PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM FISIOTERAPIA (PPGFIS)

UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA

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Dissertações/Teses


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2024
Descrição
  • WANESSA DO NASCIMENTO FERREIRA
  • Análise da mobilidade diafragmática e distensão de veia cava inferior durante a aplicação da pressão inspiratória e expiratória em indivíduos saudáveis
  • Orientador : EDUARDO ERIKO TENÓRIO DE FRANÇA
  • Data: 27/09/2024
  • Hora: 09:00
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  • Introdução: A ventilação não invasiva (VNI) é uma abordagem comum para tratar condições como DPOC, edema agudo de pulmão e insuficiência respiratória, e é conhecida por aumentar os volumes pulmonares e reduzir o trabalho respiratório. Contudo, a aplicação prolongada de pressão positiva pode levar à atrofia do diafragma e afetar o débito cardíaco, alterando a capacidade de distensão da veia cava inferior. A ultrassonografia (US) tem se mostrado eficaz na avaliação da função diafragmática e da veia cava inferior, sendo uma ferramenta valiosa para o monitoramento e ajuste da terapia em ambientes críticos. Objetivo: Analisar os efeitos agudos das pressões positivas inspiratória e expiratória na cinética diafragmática e na distensão da VCI de indivíduos saudáveis. Método: Este é um ensaio clínico randomizado, cruzado e duplo-cego conduzido com indivíduos saudáveis com idades entre 18 e 50 anos. Os participantes receberam aleatoriamente: pressão positiva contínua nas vias aéreas (CPAP) de 5, 10 e 15 cmH2O, ou pressão positiva inspiratória de dois níveis (IPAP) de 10, 12 e 15cmH2O com pressão positiva expiratória final (PEEP) de 5cmH2O. Foram avaliados por ultrassonografia o movimento do diafragma e o comportamento da veia cava inferior (VCI), durante a respiração espontânea e os seis níveis de pressão positiva. Os dados foram analisados usando um modelo linear misto e pós-teste de Dunn-Sidak. Resultados: Foram incluídos 82 voluntários. A mobilidade diafragmática aumentou nos modos CPAP com pressões de 15cmH2O e no modo Bi-level com IPAP de 10, 12 e 15cmH2O e PEEP fixada em 5cmH2O, em comparação à respiração espontânea. Também foi observada uma associação positiva fraca e não significativa entre a força muscular inspiratória, avaliada pela pressão inspiratória máxima, e a mobilidade diafragmática. Houve aumento na distensão da VCI comparado a respiração espontânea ao administrarmos o modo CPAP nas pressões 5, 10 e 15 cmH2O e o modo Bi-level com IPAP de 10,12 e 15 cmH2O e PEEP fixa de 5 cmH2O. Quando avaliada a variação do diâmetro da VCI, não obtivemos alterações significativas. Conclusão: As pressões inspiratória e expiratória positivas foram suficientes para aumentar a cinética diafragmática, principalmente quando pressões positivas mais altas foram utilizadas, e foram capazes de aumentar o diâmetro de VCI tanto na inspiração quanto na expiração.
  • MARIA CLARA SILVA DE MELO
  • ESTIMULAÇÃO MAGNÉTICA TRANSESPINHAL THETA-BURST ASSOCIADA AO TREINAMENTO EM ESTEIRA NO EQUILÍBRIO POSTURAL DE PESSOAS COM DOENÇA DE PARKINSON: estudo piloto randomizado cruzado
  • Orientador : ADRIANA CARLA COSTA RIBEIRO CLEMENTINO
  • Data: 26/09/2024
  • Hora: 10:00
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  • Introdução: A instabilidade postural é uma limitação significativa na Doença de Parkinson (DP) e, sendo refratária ao tratamento dopaminérgico. No aspecto da neuromodulação, a estimulação magnética transespinhal theta-burst é uma abordagem inovadora que apresenta baixo risco de efeitos adversos e promete efeitos positivos no equilíbrio postural e na marcha. Objetivo: Analisar a efetividade dos parâmetros distintos de protocolos de Estimulação Magnética Transespinhal repetitiva ThetaBurst (iTBS) associado ao treinamento de macha em esteira no equilíbrio postural estático e dinâmico pessoas com DP. Método: Trata-se de um estudo piloto de ensaio clínico randomizado, cego e cruzado, conduzido na Universidade Federal da Paraíba, para comparar a efetividade de dois protocolos com diferentes intensidades de pulsos de estimulação. Foram incluídos pacientes com Doença de Parkinson idiopática entre os estágios 1,5 e 4 de acordo com a escala de Hoehn Yahr modificada e que apresentem queixa de instabilidade postural. O desfecho primário do equilíbrio postural será avaliado por meio do MiniBest Test antes do início do protocolo e imediatamente após a primeira e segunda fase do estudo, na qual os participantes receberão diferentes doses de pulsos de iTBS (60 trens e 20 trens) durante 5 dias consecutivos em cada uma das fases. Como medidas de desfechos secundários avaliou-se o histórico de quedas, o medo de cair, qualidade de vida, função motora e velocidade de marcha. Resultados: Participaram do estudo 10 pessoas com DP, sendo 5 alocados para a sequência AB e 5 para a sequência BA, com média de idade 64,20 ± 7,46 anos, tempo de diagnóstico de 129,40 ± 110,24 meses e predominantemente do fenótipo acinético rígido (50%). O tratamento com 60 trens de iTBS forneceu resultados positivos e significativos para o equilíbrio postural (p = 0,025) e para a função motora (p = 0,020). Não foram observadas mudanças significativas entre os grupos para a capacidade de girar para ambos os lados (p>0,05), qualidade de vida (p=0,208) e medo de cair (p=0,591). 70% dos participantes relataram melhorias no equilíbrio e 40% relatou melhora na estabilidade postural. Conclusões: O protocolo de estimulação transespinhal iTBS com 60 trens promoveu modificações no equilíbrio postural e redução do risco de quedas em pessoas com DP. O protocolo foi aceito e bem tolerado, sem a presença de efeitos adversos graves.
  • GRAZIELA NOGUEIRA EDUARDO
  • TERMOGRAFIA POR INFRAVERMELHO NA GESTAÇÃO: mapeamento da temperatura cutânea por trimestre
  • Orientador : PALLOMA RODRIGUES DE ANDRADE
  • Data: 23/09/2024
  • Hora: 15:00
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  • INTRODUÇÃO: Durante todo o período gestacional são observadas alterações fisiológicas nos sistemas do organismo materno. Embora a literatura indique tendência a aumento da temperatura corporal neste período, pouco se sabe do perfil térmico cutâneo em cada trimestre. A termografia por infravermelho é uma forma de acompanhamento da temperatura cutânea, seguro, não invasivo, indolor e sem contraindicação. Assim, considera-se um instrumento auxiliar no monitoramento das alterações fisiológicas durante a gestação. OBJETIVO: Conhecer o perfil térmico de mulheres grávidas, durante o primeiro, segundo e terceiro trimestre gestacional. METODOLOGIA: Trata-se de um estudo observacional transversal realizado no Laboratório de Termografia (LabTerm) da Universidade Federal da Paraíba. Foram avaliados a imagem térmica (termografia), antropometria (estadiômetro e balança), circunferência abdominal, mama e quadril, altura uterina (fita métrica flexível) e diástase abdominal (paquímetro) de 74 gestantes de risco habitual, com idade no intervalo de 18 a 40 anos, as quais serão divididas em três grupos de acordo com a idade gestacional: primeiro, segundo e terceiro trimestre; além de 26 mulheres não grávidas como grupo comparador. O processamento e análise dos termogramas serão realizados por meio do software Teledyne Flir. As ROIs foram demarcadas por meio de polígonos e analisadas conforme fórmula padrão proposta por Nadel. O desfecho principal foram as médias da temperatura cutânea e das principais ROIs em gestantes na vista anterior e posterior e o desfecho secundário foram as comparações da circunferência abdominal, mama, quadril, diástase e da altura uterina. A análise dos dados estatísticos será realizada por meio software SPSS 21.0. RESULTADOS: Observou-se que a média da temperatura cutânea das gestantes no primeiro trimestre é maior que a média da temperatura cutânea das gestantes do terceiro trimestre gestacional (P<0,05); a temperatura do abdome das gestantes do primeiro trimestre tende a ser superior em relação às gestantes do segundo e terceiro trimestres (P<0,05); e a temperatura cutânea da mama das gestantes é superior em comparação às mulheres não grávidas (P<0,05). Ainda, há uma tendência de correlações negativas entre a média da temperatura cutânea e da temperatura das regiões do abdome e da região de diástase com as medidas de desenvolvimento fetal. CONCLUSÃO: De maneira geral, observa-se que existem diferenças das temperaturas cutâneas de regiões como a mama entre gestantes e mulheres não grávidas, bem como uma tendência a maiores temperaturas do abdome em gestantes do primeiro trimestre em relação às do terceiro trimestre.
  • MARIA LUÍSA ANDRADE GOMES
  • ESTIMULAÇÃO MAGNÉTICA TRANSESPINAL THETA BURST ASSOCIADA AO TREINAMENTO EM ESTEIRA NA MOBILIDADE FUNCIONAL DE PESSOAS COM DOENÇA DE PARKINSON: estudo piloto randomizado cruzado
  • Orientador : ADRIANA CARLA COSTA RIBEIRO CLEMENTINO
  • Data: 23/09/2024
  • Hora: 12:30
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  • Introdução: A estimulação magnética transespinal Theta-Burst intermitente é uma intervenção inovadora e promissora, com potencial de aumentar a plasticidade neuronal e melhorar a marcha de pessoas com Doença de Parkinson. No entanto, sua eficácia ainda não está clara. Objetivo: comparar a efetividade de dois protocolos de estimulação transespinal Theta-Burst intermitente — um com 3.600 pulsos e outro com 1.200 pulsos — ambos seguidos de treinamento em esteira, na mobilidade funcional de pessoas com Doença de Parkinson. Método: Trata-se de um estudo piloto simples-cego, controlado, cruzado de dois períodos. Dez participantes (5 para receber o tratamento A primeiro, e 5 para receber o tratamento B primeiro) com Doença de Parkinson idiopática entre os estádios 1,5 a 3 de Hoehn & Yahr modificada e média de idade 61,4 ± 9,71 completaram o estudo. Todos os participantes receberam dois tratamentos: A (60 trens de estimulação, 3.600 pulsos) e B (20 trens de estimulação, 1.200 pulsos), ambos seguidos de treinamento em esteira, separados por um período de 4 semanas. O desfecho primário foi a mobilidade funcional, avaliada pelo teste Timed up and go. Os resultados secundários incluíram: Timed up and go dupla tarefa, teste de caminhada de 10 metros, Escala Unificada de Avaliação da Doença de Parkinson parte III, Questionário de Doença de Parkinson-39, Escala de Sintomas Não-Motores e Escala de Percepção Global de Mudança. Resultados: Para a mobilidade funcional, os tratamentos apresentaram desempenhos semelhantes (p=0,404; F=0,773). Para velocidade da marcha, não foram observadas diferenças significativas (p=0,373; F=0,37). Na qualidade de vida (p=0,208; F=1,88) e nos sintomas não motores (p=0,859; F=0,03), os resultados entre os grupos foram semelhantes. No entanto, houve uma diferença significativa na função motora (p=0,020; F=8,261) favorável ao Tratamento A. O tratamento A teve um impacto positivo maior na percepção do desempenho da marcha (90% dos participantes) em relação ao B (50%), e na segurança ao caminhar (50% para A e 30% para B). Não foram relatados eventos adversos graves. Conclusões: Este estudo piloto sugere que ambos os protocolos de estimulação são seguros, e quando combinados com treinamento em esteira beneficiam a mobilidade funcional de pessoas com Doença de Parkinson. Porém, o protocolo mais intensivo parece oferecer maiores benefícios para a função motora. É necessária uma maior investigação para fundamentar estes resultados. Registro Brasileiro de Ensaios Clínicos (RBR-5r6pm9x).
  • LUÊNIA MARIA VASCONCELOS DE AZEVEDO
  • IMPACTO DO SPIN EM RESUMO DE ENSAIO CLÍNICO NA INTERPRETAÇÃO CLÍNICA DE FISIOTERAPEUTAS
  • Orientador : VALÉRIA MAYALY ALVES DE OLIVEIRA
  • Data: 23/09/2024
  • Hora: 10:00
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  • Introdução: Na comunidade científica distorcer, mascarar e tendenciar resultados refere-se a uma prática denominada spin. Essa prática torna-se um risco para a Prática Baseada em Evidência de fisioterapeutas pois impactam negativamente na interpretação dos resultados e afetam o julgamento terapêutico. Objetivo: Comparar a interpretação dos fisioterapeutas sobre resumo de ensaio clínico controlado randomizado relatados com e sem spin. Materiais e métodos: Tratou-se de um estudo transversal com grupo controlado e randomizado. Foi selecionado um resumo com maior nota no checklist de spin e menor no CONSORT-A e adaptado em duas versões: uma reescrita sem spin e outra mantendo as distorções originais (com spin). Os fisioterapeutas foram randomizados em dois grupos: o grupo resumo com spin (GCS=59) e o grupo resumo sem spin (GSS=53). Resultados: Foi possível observar que 37,5% dos fisioterapeutas falharam na interpretação do resumo ao recomendarem um tratamento sem eficácia comprovada. O grupo exposto ao resumo com spin avaliou o tratamento como mais benéfico (p<0,001) e o grupo que recebeu a versão sem spin considerou o estudo metodologicamente mais rigoroso e de maior relevância científica (p<0,013). A chance do grupo com spin recomendar/utilizar um tratamento sem eficácia foi 12,61 vezes (IC95%= 4,52 a 33,26) maior comparado ao grupo sem spin (p<0,001). Entretanto, não foi possível observar uma associação entre o nível e o tempo de formação sobre a falha na interpretação do resumo. Conclusões: Fisioterapeutas expostos à resumos com spin são mais propensos a recomendar/utilizar um tratamento sem eficácia, independentemente do nível e o tempo de formação dos profissionais.
  • ROBERTO VINICIUS ANTONINO DA COSTA
  • Efeitos da pressão positiva expiratória e inspiratória na configuração do diafragma de indivíduos saudáveis em respiração espontânea
  • Data: 23/09/2024
  • Hora: 10:00
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  • Introdução: O diafragma é o principal músculo respiratório e a ventilação com pressão positiva pode afetar o diafragma, levando a dependência do ventilador e desfechos clínicos ruins. No entanto, o impacto específico da pressão positiva sobre o diafragma ainda não está bem compreendido. Assim a ultrassonografia se destaca como uma ferramenta capaz de identificar alterações no diafragma. O estudo visa investigar os efeitos agudos da pressão positiva inspiratória e expiratória no diafragma de indivíduos saudáveis em respiração espontânea. Objetivo: Identificar os efeitos agudos da utilização da pressão positiva inspiratória e expiratória aplicada por meio do CPAP e Bi-level sob o espessamento diafragmático de indivíduos saudáveis em respiração espontânea. Além de correlacionar a força, resistência e características corporais com o espessamento do diafragma. Metodologia: METODOLOGIA: Trata-se de um ensaio clínico randomizado, cruzado e duplo cego realizado com indivíduos de idade entre 18-50 anos, sendo excluídos os voluntários com história de tabagismo ou alguma outra doença prévia. Foi feita a ultrassonografia para avaliar o espessamento do diafragma em respiração espontânea e com seis níveis de pressão positiva, com o participante em posição supina. Os dados foram analisados por meio de Modelo Linear Misto e pelo Pós teste de Dunn Sidak, as correlações foram feitas pelo teste Spearman. Resultados: Foram coletados dados de 94 participantes em respiração espontânea e nos modos: CPAP (5, 10 e 15 cmH2O) e Bi-level (5, 7 e 10 cmH2O). Os dados obtidos mostram que a utilização do CPAP aumentou o espessamento do diafragma em comparação com a respiração espontânea, especialmente nas pressões de 10 e 15 cmH2O, enquanto no modo Bi-level o espessamento aumentou nos níveis de pressões inspiratórias de 12 e 15 cmH2O e PEEP de 5 cmH2O. O espessamento diafragmático durante a inspiração se correlacionou de forma positiva com a força muscular respiratória, da mesma forma, as características corporais foram correlacionadas de forma positiva com o espessamento inspiratório e expiratório, entretanto, os dados de resistência muscular respiratória não apresentaram correlação com o espessamento diafragmático. Conclusão: O uso do CPAP acima de 5 cmH2O e do Bi-level com pressão inspiratória a partir de 12cmH2O e PEEP de 5cmH2O aumentam a espessura do diafragma. Se correlacionaram de forma positiva com o espessamento diafragmático os dados de força muscular respiratória e características corporais.
  • MARCIA DE ARAUJO CORCINO FERNANDES
  • CAPACIDADE DISCRIMINATIVA DOS INSTRUMENTOS DO RISCO DE SARCOPENIA SARC-F E SARC-CALF NA IDENTIFICAÇÃO DE COMPROMETIMENTO FUNCIONAL EM IDOSOS COMUNITÁRIOS.
  • Orientador : GERALDO EDUARDO GUEDES DE BRITO
  • Data: 17/09/2024
  • Hora: 14:00
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  • INTRODUÇÃO: O envelhecimento gera uma série alterações e adaptações fisiológicas. Há redução da massa e a força muscular de forma progressiva e generalizada. A sarcopenia é conceituada para além da diminuição progressiva e generalizada da massa muscular esquelética, mas também pela diminuição da força muscular e do desempenho físico e é associada a desfechos desfavoráveis. São utilizados testes e ferramentas para avaliar sua gravidade e impacto no desempenho muscular. OBJETIVO: Identificar o risco de sarcopenia e avaliar a capacidade discriminativa de rastreio positivo de sarcopenia pelos instrumentos SARC F e SARC – CalF na determinação da redução do desempenho funcional de pessoas idosas residentes em um município de pequeno porte. METODOLOGIA: Trata-se de um estudo observacional transversal de natureza descritiva e quantitativa e uma análise de capacidade discriminatória. Os dados analisados são referentes a primeira onda do estudo EPI_força Jacaraú coletados entre dezembro de 2023 e maio de 2024. O projeto obteve aprovação do Comitê de Ética em Pesquisa: CAAE: 74096623.7.0000.5188. Foi utilizado um instrumento semiestruturado. A análise estatística utilizou o software R® (versão 4.1.3). A estatísticas descritivas utilizou tabelas de frequência absoluta (n) e relativa (%). A associação entre cada exposição de desempenho funcional e o risco de sarcopenia foi realizada pelo teste Qui Quadrado. A capacidade discriminatória determinada pela Area Under de Curve (AUC) gerada pela Curva Roc. RESULTADOS: A prevalência do risco para sarcopenia verificada pela SARC-F foi de 20,2% e pela SARC-CalF foi de 27,3%. Houve predominância feminina, com idade média de 71,61 anos, autodeclarados pretos ou pardos, residentes na área urbana, casado ou em união estável, moravam com 1 ou 2 pessoas, com média de anos estudados foi de 4 anos e com renda per capita do domicílio menor que um salário mínimo. O perfil acompanhou a tendência de amostras em pessoas idosas. O risco de sarcopenia verificado pela SARC-F apresentou associação univariada com todos os testes verificados e possuem maior probabilidade de ter baixa força de preensão palma, lentidão da marcha, baixa força de membros inferiores e ausência de equilíbrio na postura pés juntos, semi-tandem e tandem. Já com a SARC-CalF houve associação entre força de preensão palma, velocidade de marcha e equilíbrio tandem e possuem maior probabilidade de ter baixa força de preensão palma, lentidão da marcha, baixa força de membros inferiores e ausência de equilíbrio na postura tandem. A capacidade discriminativa da SARC-F é maior nas posturas de equilíbrio avaliadas. A capacidade discriminativa da SARC-F e SARC-CalF foram semelhantes para a velocidade da marcha e força de membros inferiores. Com relação à força de preensão palmar capacidade discriminativa da SARC-CalF foi maior. CONCLUSÃO: Os valores da AUC obtidos pelos dois instrumentos estão entre 0.51 e 0.8 o que indica boa capacidade discriminatória para todos os testes verificados.
  • LUANA DE LIMA FERREIRA
  • ÓRTESE DINÂMICA PARA MEMBRO INFERIOR DE PESSOAS COM HEMIPLEGIA POR ACIDENTE VASCULAR CEREBRAL: Um protótipo de inovação tecnológica
  • Data: 29/02/2024
  • Hora: 15:00
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  • Introdução: O desempenho da marcha é frequentemente comprometido após o AVC. A diminuição na distribuição de carga no membro inferior do hemicorpo acometido e atraso nas reações de equilíbrio promovidos pela espasticidade tornam a marcha assimétrica, com alterações no comprimento do passo e cadência. Por isso, é necessário melhorar o padrão de marcha no processo de reabilitação, já que limitações comprometem a qualidade de vida e impõem isolamento social. O uso de órtese reduz o consumo de energia durante a caminhada, aliviando os problemas cinesiológicos do complexo pé-tornozelo e melhora o desempenho espaço-temporal da caminhada. Objetivo: Desenvolver um protótipo de órtese de tornozelo-pé que influencie no posicionamento do tornozelo e promova inibição da espasticidade do tibial posterior durante a marcha de participantes hemiplégicos. Método: O estudo é de caráter descritivo de natureza aplicada/tecnológica e experimental. O processo de desenvolvimento e fabricação do protótipo impresso em 3D para tornozelo-pé de pessoas hemiplégicas foi realizado a partir de ferramentas como pesquisa de campo, entrevistas, identificação do perfil dos usuários, as quais guiaram a geração de soluções por meio da criação da matriz morfológica e brainstorming. O conjunto foi projetado a partir de uma órtese comercial com o auxílio do software BLENDER®. A impressão foi realizada no FabLab - UFPB com o uso da Impressora Ender 5 Plus, tendo como material de escolha o filamento ABS. O processo de produção da liga de memória de forma, composta por alumínio, titânio, manganês e cobre se deu por etapas como à fundição e usinagem da liga. Os elementos foram pesados com precisão, e a mistura foi preparada de acordo com as proporções estabelecidas em forno de alta temperatura. Resultados: O protótipo foi impresso utilizando a temperatura de bico em 245ºC e a mesa em 110ºC. O tempo de impressão das duas peças foi de 17h32min. Foi utilizado 155,12g e 52,01m do material ABS. Durante o processo de impressão existiram falhas e as peças foram impressas duas vezes para a peça B e três vezes para a peça A. Discussão: A necessidade de garantir o acesso dos pacientes com sequela de hemiplegia pós-AVC na Paraíba a um dispositivo eficaz e gratuito é uma prioridade fundamental. As órteses do tipo AFO, confeccionadas por impressão 3D, têm sido adotadas de forma promissora e podem ser aplicadas para produzir produtos personalizados de forma rápida e a um custo menor por promoverem limitação ao movimento de flexão plantar e produzir um padrão fisiológico de caminhada durante as fases da marcha. Conclusão: O processo de desenvolvimento da órtese se mostrou viável, graças ao uso de informações teóricas obtidas por meio de pesquisas e à experiência do grupo multidisciplinar. Porém, agora há necessidade de incluir um especialista em design ou engenheiro com proficiência em softwares CAD e conhecimentos em impressão 3D para que a tecnologia assistiva de baixo custo possa estar disponível a uma população com baixo poder aquisitivo e vulnerabilidade social.
  • BÁRBARAH CAROLYNE MOREIRA RODRIGUES ANTAS
  • Efetividade do treinamento de marcha com dupla-tarefa associado à neuromodulação na mobilidade funcional e função executiva de pessoas com doença de Parkinson
  • Data: 29/02/2024
  • Hora: 10:00
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  • Introdução: Na doença de Parkinson (DP), a presença de sintomas motores e não motores gera repercussões na mobilidade funcional e consequentes restrições nas atividades de vida diária que tornam a pessoa com DP mais dependente e suscetível a quedas. Assim, o treinamento de marcha em esteira associado à dupla tarefa e à estimulação transcraniana por corrente contínua (tDCS) parece ser uma terapia eficaz nos sintomas da DP. Objetivo: Analisar a efetividade do treinamento cognitivo-motor associado à tDCS anódica sobre a mobilidade funcional, velocidade da marcha, função motora e executiva de pessoas com DP. Métodos: 28 indivíduos com DP foram incluídos nesse ensaio clínico, aleatorizado e duplo-cego. Os participantes foram alocados em dois grupos: Experimental (treinamento de marcha em esteira + dupla tarefa (DT) + tDCS) e Controle (treinamento de marcha simples em esteira + tDCS). A avaliação foi realizada em três tempos. Para o desfecho primário (mobilidade funcional), foi utilizado o Timed up and go test (TUGT). Para os desfechos secundários, o TUG dupla tarefa (TUG_DT), a UPDRS III, o teste de caminhada de 10 metros, o teste de construção de trilhas, o teste de fluência verbal e o teste de Stroop. As intervenções com e sem dupla-tarefa foram realizadas em 12 sessões, durante quatro semanas. O software SPSS foi utilizado e foi considerado um valor de p≤0,05 para diferença entre as variáveis. Resultados: Houve diferença significativa no fator tempo para os desfechos mobilidade funcional com e sem dupla tarefa concorrente, fluência verbal e memória semântica em ambos os grupos. Conclusão: Os dois treinamentos realizados resultaram em melhora na mobilidade funcional com e sem a dupla-tarefa concorrente, como também na fluência verbal e memória semântica. O treinamento com DT pode não ser um complemento eficaz ao treinamento de marcha com tDCS na DP.
  • CAMILA FERNANDES PONTES DOS SANTOS
  • Efeitos Agudos do Treinamento Respiratório e Resistido com Restrição de Fluxo Sanguíneo sobre Variáveis Respiratórias, Hemodinâmicas e Força Muscular Periférica em Sujeitos com DPOC
  • Data: 29/02/2024
  • Hora: 10:00
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  • Introdução: A Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (DPOC) é uma limitação crônica do fluxo aéreo e que apresenta dispneia e redução da capacidade funcional. Para tanto, o treinamento muscular inspiratório (TMI) e o treinamento resistido (TR), com restrição de fluxo sanguíneo surgem para melhorar a força muscular e o desempenho funcional. Objetivo: Avaliar os efeitos agudos do treinamento respiratório e resistido com restrição de fluxo sanguíneo sobre as variáveis respiratórias, hemodinâmica e força muscular periférica em sujeitos com DPOC. Metodologia: A amostra constituída por 14 sujeitos, acima de 60 anos, com DPOC leve, moderada ou grave, os quais participaram dos 3 protocolos experimentais, aleatoriamente com um wash-out de 48h-72h, que foram as seguintes: 1) Treinamento resistido com baixa carga + Treinamento muscular inspiratório; 2) Treinamento resistido com baixa carga + restrição de fluxo sanguíneo/50% da POA + Treinamento muscular inspiratório e 3) Treinamento resistido com moderada carga + Treinamento muscular inspiratório. A avaliação foi composta por: composição corporal, Índice Tornozelo/Braquial (ITB), determinação da POA, avaliação da força inspiratória (Powerbreathe®), dinamometria e teste de 1RM. Foram registradas as variáveis: pressão inspiratória máxima (Pi_máx) e força muscular (FM), previamente na avaliação e após cada sessão; além da frequência cardíaca (FC); respiratória (FR), pressão arterial (PA), saturação periférica de oxigênio (SpO2), percepção subjetiva do esforço (PSE) e dispneia, nos momentos: pré, imediatamente após e 10 minutos após as sessões. Foi utilizado, para análise estatística, o SPSS (26.0) e, para verificar a normalidade, homogeneidade e esfericidade dos dados, os testes de Shapiro-Wilk, Levene e Mauchly, respectivamente. Nos dados paramétricos foi utilizada Anova One-Way, seguido do post-hoc de Tukey, e de medidas repetidas, seguido do post-hoc de Bonferroni, e para dados não paramétricos, realizado o teste Anova de Friedman, seguido do teste de Wilcoxon. Foi realizado também o teste de Pearson para correlacionar a POA e Pimáx, adotando-se um nível de significância de P≤0,05. Resultados: Houve redução significante da PAS (P < 0,01), FC (P < 0,05), FR (P < 0,05) e dispneia (P < 0,05) em todos os protocolos no momento 10’ e aumento da FR, imediatamente após, no TRBC+TMI (P < 0,01) e TRMC+TMI (P < 0,05); da dispneia no TRBC+RFS+TMI (P < 0,05) e TRMC+TMI (P < 0,01), e da SpO2 em todos os protocolos (P < 0,01), no entanto, apenas o TRBC+RFS+TMI apresentou efeito hipotensor da PAD (P < 0,05). Houve aumento significante também da PSE (P < 0,05) em todos os protocolos e treinos; da força periférica de MMSS e MMII (P < 0,01) em todos os protocolos; e da força inspiratória, apenas no TRBC+RFS+TMI (P < 0,01), porém não houve correlação entre a POA e Pimáx (P > 0,05). Conclusão: O TMI associado ao TR, com ou sem RFS, promoveu efeito hipotensor na PAS, diminuição da FC; FR e dispneia, além de aumentos da SpO2, força muscular periférica e respiratória, e PSE, em todos os protocolos analisados, entretanto, o TRBC+RFS+TMI foi mais efetivo por ter sido o único a apresentar aumento da força inspiratória e efeito hipotensor na PAD.
  • HALEKSON BARBOSA DE FREITAS
  • Efeitos do pré-condicionamento isquêmico (PCI) sobre variáveis neuromusculares e bioquímicas, em atletas paralímpicos em período de destreinamento.
  • Data: 28/02/2024
  • Hora: 09:00
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  • Introdução: Estudos têm indicado que impor isquemia aos músculos esqueléticos, antes ou durante a realização de exercícios, induz a adaptações agudas e crônicas que melhoram o desempenho físico. O pré-condicionamento isquêmico (PCI) é uma das formas de impor esta isquemia, alternando oclusão vascular completa e reperfusão antes do exercício, a fim de pré-condicionar funções fisiológicas variadas. No contexto esportivo, existem momentos em que o atleta interrompe suas atividades físicas, com consequente redução de força e massa muscular. Sendo assim, surge a hipótese de que o PCI poderá diminuir esses efeitos do destreinamento, acelerando o processo de retorno do atleta às suas atividades esportivas. Objetivo: Avaliar os efeitos do PCI sobre as variáveis neuromusculares (força, trofismo e EMG) e bioquímicas (CK, MDA e CAT), em atletas paralímpicos, submetidos a períodos de descontinuidade das cargas de treinamento. Materiais e Métodos: A amostra foi composta por 19 atletas adultos jovens (29,47,9 anos, 1,70,1 m, 79,414,2 kg e IMC de 27,05,2 kg/m2), de ambos os sexos, que disputam competições em nível nacional e internacional, em suas modalidades, sendo dividida, de forma aleatória, em 2 grupos: grupo PCI (GPCI: n = 9), e controle (GC: n = 10). O GPCI foi submetido a duas semanas de PCI duas vezes ao dia (20 sessões) e, ambos os grupos, foram avaliados pré e pós intervenção, quanto à: composição corporal, força de flexores e extensores dos joelhos, força explosiva (salto vertical), EMG e marcadores bioquímicos (CK, MDA e CAT). Os dados foram analisados no Statistical Package for the Social Science (SPSS – 20.0). Inicialmente, foram verificadas a normalidade (teste de Shapiro-Wilk) e a homogeneidade das variâncias (teste de Levene), seguido dos testes t Student (pareado) ou Wilcoxon para analisar os efeitos pré e pós intervenção e dos testes t Student (independente) ou MannWhitney para análise intergrupos, adotando-se um nível de significância de P ≤ 0,05, em todas as análises. Resultados: Houve diminuição na massa gorda total (MGT) no GPCI na composição corporal (massa gorda e massa magra), pré versus pós-intervenção. Já na força explosiva de membros inferiores foram observados aumentos significantes (P ≤ 0,05), no movimento de extensão do joelho esquerdo, em ambos os grupos. Para as variáveis eletromigráficas, quando comparado pré e pós, observou-se aumento na amplitude do sinal EMG, nos músculos Ísquiotibiais esquerdo, em ambos os grupos. Além de uma diminuição da atividade EMG no músculo quadríceps direito, do grupo controle. As correlações se demonstraram de moderadas a fracas (joelhos versus força explosiva de membros inferiores) e força extensora e flexora dos joelhos versus EMG. Na análise, pré versus pós intervenção, não foram observadas diferenças significantes (P>0,05), tanto no grupo experimental, quanto no grupo controle, em nenhuma das variáveis bioquímicas analisadas (CK, MDA, CAT) Conclusão: De modo geral, o protocolo de PCI utilizado, não surtiu efeito sobre o período de destreinamento, avaliados pela força explosiva (salto vertical), força isométrica e sinal eletromiográfico (EMG) de extensores e flexores dos joelhos, em atletas paralímpicos.
  • MARIA GABRIELA ALVES DE BRITO
  • Relação entre a saúde digital e o processo de trabalho: a percepção de fisioterapeutas do Centro Especializado em Reabilitação
  • Data: 28/02/2024
  • Hora: 08:00
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  • Introdução: Ao longo da história, as Pessoas com Deficiência (PCD) foram negligenciadas socialmente. O cenário no país começa a mudar, a causa da deficiência passa a ser entendida sob a influência da sua determinação social, e a pessoa com deficiência passa a ser vista de forma mais integral. No Brasil, para que houvesse uma ampliação do olhar integral a PCD, foi publicado pelo governo federal, em 2011, o Plano Viver sem Limite – Plano Nacional dos Direitos da Pessoa com Deficiência. Em 2012, foram criados os CER, para ser uma referência na atenção à saúde dentro do território e objetivando ampliar o acesso e a qualidade dos serviços de saúde voltados a PCD. A construção de um cuidado integral nos CER demanda uma revisão no processo de trabalho dos profissionais que compõem suas equipes, incluindo os fisioterapeutas. Atualmente, os processos de trabalho contam com um novo recurso que, por vezes, os auxilia: a tecnologia. Objetivo: O presente trabalho busca conhecer como se dá a relação entre as ferramentas digitais e o processo de trabalho dos fisioterapeutas de um CER. Metodologia: Trata-se de um estudo de caso qualitativo e exploratório, orientado pela Análise de Conteúdo Temática. A pesquisa de campo teve como lócus um CER na Paraíba, referência no serviço de habilitação e reabilitação nas quatro áreas da deficiência. Foram incluídos os fisioterapeutas, de ambos os sexos, que prestam cuidado à PCD no CER, e que estavam disponíveis para entrevista realizada de maneira presencial, e que tinham alguma experiência com as ferramentas de saúde digital. Um roteiro de entrevista do tipo semiestruturada com perguntas norteadoras foi utilizado como instrumento para coleta de dados. Para a análise dos dados coletados, foi utilizada a Análise de Conteúdo Temática, realizada em três etapas: 1. Pré-análise; 2. Exploração do material ou codificação; e 3. Tratamento dos resultados obtidos/interpretação. Resultados: Realizaram as entrevistas um total de 18 fisioterapeutas, que trabalham distribuídos em dois setores dentro do CER. O primeiro deles, voltado para triagem e diagnóstico; e o segundo setor, voltado ao atendimento à pessoa com deficiência física. Por tratar-se de profissionais de diferentes coordenações do mesmo CER, observamos as características de dois ambientes de trabalho diferentes. Os achados da pesquisa revelaram, em termos de características do trabalho colaborativo que se desenvolve lá, que há um trabalho colaborativo interprofissional. Os dados revelam que a organização do trabalho no CER junto com a falta de equipamento têm sido os principais elementos de entrave para que os profissionais façam o uso adequado e contínuo da ferramenta digital e de suas potencialidades de interagir no processo de trabalho deles. Um ponto importante a ser considerado quando falamos sobre o tema da saúde digital, é o fato de os profissionais serem ou não “seres informatizados”, termo utilizado por um dos entrevistados para definir uma maior proximidade com a área de computação e tecnologia. Considerações finais: Há no CER, características de dois processos de trabalho distintos, e diversos objetivos de trabalho diferentes. Alguns entraves atrapalham a relação dos profissionais com o prontuário eletrônico. A dificuldade que alguns profissionais do CER encontram na operacionalização do sistema não se trata de uma questão etária ou geracional, e sim de Identidade Digital. São necessários investimentos em capacitação e recursos físicos para melhor estabelecer essa relação.
  • AURICELI SILVA ARAUJO
  • O Uso Da Termografia Infravermelho na Avaliação de Condições Músculo Esqueléticas Dolorosas: Scoping Review
  • Data: 26/02/2024
  • Hora: 08:00
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  • Introdução: A dor é um sintoma subjetivo e pessoal que indica um sinal de alerta ao organismo de que pode haver algum dano real ou potencial no corpo, podendo refletir em mudanças na temperatura da pele que podem ser detectados por Termografia por Infravermelho (TIV). A avaliação da TIV de processos dolorosos tem sido um desafio para os Clínicos e Pesquisadores que utilizam esta ferramenta. Sendo assim, torna-se interessante investigar até onde a literatura atual tem abordado o tema e quais as perspectivas futuras de estudos para melhorar o conhecimento e aplicabilidade dessa ferramenta. Objetivos: O objetivo geral do estudo é revisar e documentar as formas e estratégias como a TI vem sendo utilizada para avaliar a dor em seus diferentes contextos e patologias. Métodos: Para execução dessa revisão foi realizada uma busca no Medline/PubMed, Embase e Cumulative Index to Nursingand Allied Health Literature(CINAHL). Os termos “Dor Musculoesquelética” e “Termografia por Infravermelho” junto a seus sinônimos foram usados e combinados com os operadores boleanos “OR” e “AND”. Três revisores realizaram a análise dos títulos, resumos e textos completos de forma independente. Resultados: 41 estudos foram incluídos nesta revisão. Dentre essas condições musculoesqueléticas mencionadas nos estudos, quatro (9,7%) foram dor neuropática, quatro (9,7%) em dor nociplástica e 33 ( 80,5 %) foram classificadas em soméstésica quanto as alterações de temperatura na dor neuropática dois (66,6%) tiveram alteração de temperatura relacionada a dor, ambas foram aumento de temperatura, e um (33,4%) não teve correlação de temperatura com o desfecho analisado. Nas dores somestésicas 17 (50,0%) apresentaram relação da TIV com a dor, onde 11 (64,7%) foi aumento da temperatura local, cinco (29,4%) houve redução e um (5,9%) não informou a alteração. Por fim, no tipo nociplástica, dois (50,0%) apresentaram alterações termográficas da pele, onde um (50,0%) obteve aumento de temperatura e um (50,0%) redução. Os outros dois (50,0%) não tiveram nenhuma alteração da TI com relação ao desfecho de dor presente nesse estudo. As patologias classificadas como dor neuropática foram a artropatias, distrofia simpático reflexa e lombalgia por radiculopatia. A dor do tipo somestésica foram a artrite reumatoide, distúrbio de articulação temporomandibular, osteoartrites, dor muscular tardia, dor pós cirúrgica e capsulite adesiva. cervicalgia, lombalgia e síndrome da dor miofascial. Por fim, a dor nociplástica foi classificada na lombalgia e cervicalgia especificada como crônica. Conclusão: A TIV é uma ferramenta promissora na análise da dor demonstrada pela maioria dos estudos, principalmente em dores somestésicas, porém houve variação das anormalidades térmicas encontradas. Houve fragilidades metodológicas em alguns resultados presentes nesta revisão e devido à ausência de artigos de acurácia nesta temática, conclui-se que mais estudos devem ser desenvolvidos, tendo como foco a padronização na metodologia de coleta, assim como da normalidade da temperatura da pele, considerando a ampla variedade de grupos de pessoas e patologias.
  • KELLY DE JESUS SANTANA
  • A utilização do eletroencefalograma como biomarcador de classificação na Covid Longa
  • Orientador : SUELLEN MARY MARINHO DOS SANTOS ANDRADE
  • Data: 20/02/2024
  • Hora: 09:30
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  • A Covid Longa (CL) é uma condição comum entre os sobreviventes da infecção pelo SARSCoV2. A fadiga é o sintoma mais frequente entre as sequelas persistentes desta condição. Anormalidades nos achados de neuroimagem e eletroencefalográficos podem ser observados durante a fase aguda, porém os dados sobre os pacientes que tem persistência da fadiga na fase crônica da COVID-19 restam inconclusivos. Na tentativa de fornecer informações robustas à esta lacuna, o eletroencefalograma (EEG) pode ser utilizado para avaliar a atividade elétrica cerebral, fornecendo informações diferenciadas da neurofisiologia, provavelmente alterada, na CL. O objetivo geral deste estudo foi caracterizar o padrão da atividade cortical, através do EEG de repouso, de pacientes com CL. Foi realizado um estudo observacional com um grupo com 15 indivíduos com CL e um grupo controle com 7 indivíduos saudáveis pareados pela idade e sexo. Quando comparados ao grupo controle, alterações significativas foram observadas na atividade eletroencefalográfica nas regiões frontal, central, temporal e frontotemporal no grupo CL, além de correlações de theta temporal e alfa central com a fadiga cognitiva, beta frontal e frontotemporal com o aspecto psicossocial da fadiga.
2023
Descrição
  • PATRICK KERVIN DE ALMEIDA CHAVES
  • EFEITO IMEDIATO DO EXERCÍCIO RESISTIDO EM CADEIA CINÉTICA ABERTA E FECHADA SOBRE A TEMPERATURA DA PELE DE INDIVÍDUOS COM OSTEOARTRITE DE JOELHO: UM ESTUDO CRUZADO
  • Data: 21/12/2023
  • Hora: 09:00
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  • A osteoartrite de joelho (OAJ) é uma degeneração articular com processo inflamatório subjacente resultando em dor, rigidez articular e perda de funcionalidade nos indivíduos acometidos. Dentre os sinais flogísticos do processo inflamatório, pode-se observar o aumento da temperatura da pele (Tsk) da região, a qual pode ser avaliada por meio da Termografia Infravermelha (TI). As principais diretrizes de tratamento indicam o manejo primário por meio do exercício físico, para manutenção da funcionalidade e qualidade de vida desses indivíduos. Objetivo: o objetivo deste estudo é investigar as principais alterações termográficas nos joelhos de indivíduos acometidos por OAJ, submetidos a duas modalidades de exercício: em cadeia cinética aberta (CCA) e em cadeia cinética fechada (CCF). Metodologia: Este é um estudo cruzado, com indivíduos com OAJ (GO; n=16) e sem OAJ (GSO; n=14), que realizaram os exercícios em CCA e CCF com uma semana de intervalo entre as intervenções. Os participantes responderam ao questionário WOMAC e escala visual analógica da dor (EVA), foram submetidos a avaliação termográfica da região da coxa e joelho durante a execução dos protocolos de exercícios em 7 momentos distintos: T1 – tempo de repouso inicial; imediatamente após a 1ª série (T2) 2ª série (T3) 3ª série (T4) e 1 min (T5), 2 min (T6) e 3 min (T7) após a última série, respectivamente. Para a análise de dados, foi realizada ANOVA de Friedman para analisar a temperatura da região objeto de interesse (ROI) na coxa (ROI1), Tendão Patelar (ROI 2) Joelho (ROI3) durante a intervenção, para cada grupo ao longo do tempo, e o teste de Wilcoxon para localizar as diferenças de T1 a T7 para cada ROI. Resultados: O GO apresentou diferença no WOMAC com média de 36,3±22,2 comparado a 6,5±14do GSO (p=0,001). A temperatura da ROI 1 e 3 durante CCA apresentou alteração significativa apenas para GO (p=0,001 e 0,03). Na ROI 2, tanto GO (p=0,002) quanto GSO (p=0,04) obtiveram diferença de temperatura no decorrer da avaliação em CCA, e em CCF os grupos não apresentaram significância. Conclusão: ambos os exercícios apresentaram influência no aumento da temperatura, sendo a CCF de maior influência na mudança de tsk de joelho e coxa de indivíduos dos dois grupos e CCA apresentando maior influência nas mesmas áreas apenas no grupo com OAJ.
  • JERSSICA MAYARA AGUSTINHO DA SILVA
  • AÇÕES DE REABILITAÇÃO REALIZADAS NA ATENÇÃO BÁSICA PARA PESSOAS COM DEFICIÊNCIA COMO COMPONENTE DA RCPD
  • Data: 24/11/2023
  • Hora: 14:00
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  • INTRODUÇÃO: O acesso aos serviços de saúde em tempo apropriado se faz presente nas prerrogativas do Sistema Único de Saúde, neste aspecto a organização da atenção básica visa guiar as demandas nas redes de atenção à saúde para garantir a continuidade do cuidado. As Redes de Atenção à Saúde são arranjos de organização de serviços com ações e objetivos em comum com atenção continua e integral determinada pela população coordenada pela Atenção Básica. A rede de cuidados a pessoas com deficiência implantada pela Portaria n.º 793/2012, de 24 de abril de 2012, tem sua articulação iniciada na Atenção Básica. Vale ressaltar que a atenção primária busca nortear as melhores ações profissionais para as pessoas com Deficiência, além da equipe mínima também conta com o apoio do Núcleo Ampliado de Saúde da Família. OBJETIVOS: Analisar comparativamente as ações de reabilitação realizadas pela AB voltadas a pessoas com deficiência à luz do que preconiza a Rede de Cuidados à Pessoa com Deficiência no Sistema Único de Saúde na perspectiva de gerentes e profissionais das equipes da atenção básica; Apontar o papel atribuído à AB na RCPD; Identificar as ações para reabilitação de pessoas com deficiências realizadas por profissionais da AB, (equipe mínima e NASF) de oito estado brasileiros; Comparar as ações realizadas pelos profissionais da AB com profissionais do NASF e dentre estes, os fisioterapeutas. MÉTODOS: A pesquisa foi aprovada pelo Comitê de Ética em pesquisa pelo CAEE: 13083519.3.1001.5188. Realizou-se um estudo descritivo, transversal, com abordagem quantitativa. Trata-se de um recorte do projeto de pesquisa intitulado “Avaliação da Rede de Cuidados Integral à Pessoa com Deficiência no SUS - REDECIN BRASIL”, que foi contemplado na Chamada CNPq/MS/SCTIE/DECIT/SAS/DAPES/CGSPD Nº 35/2018, na Linha 1 - Estudos sobre grau de implantação da Rede de Cuidados à Pessoa com Deficiência (RCPD). População: Profissionais e gerentes das equipes da Atenção básica e do Núcleo ampliado de saúde da família dos oito estados participantes do estudo. Foi realizado em oito estados brasileiros: Paraíba e Bahia (região Nordeste); Amazonas (região Norte); Mato Grosso do Sul (Centro-oeste); São Paulo, Minas Gerais e Espírito Santo (região Sudeste); e Rio Grande do Sul (região Sul). Foram incluídos na coleta os gerentes das unidades básicas selecionadas. Até o momento da elaboração do presente projeto Na pesquisa geral, foi realizada uma coleta com 254 gerentes e n= 1555 profissionais da atenção básica nos 50 municípios participantes do estudo. A coleta de dados ocorreu mediante a aplicação de um questionário altoaplicável, no qual indaga-se acerca da realização das ações voltadas à prevenção e reabilitação de deficiências a serem realizadas na atenção básica, com base no que definiu a Portaria 793/2012. Os dados quantitativos serão organizados em planilhas eletrônicas com uso do programa Microsoft Excel Windows® (versão 2010). Os dados serão organizados através do software Statistical Package for the Social Sciences (SPSS), versão 22.0 for Windows. O nível de significância a ser adotado a ser adotado de 0,05.
  • LETÍCIA MYLENA GUEDES SOUZA GOMES
  • A experiência dos fisioterapeutas do NASF-AB de João Pessoa/PB na pandemia de COVID-19
  • Data: 21/11/2023
  • Hora: 08:00
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  • O fisioterapeuta é um profissional qualificado para atuar nos três níveis de atenção à saúde e durante a pandemia de COVID-19 essa atuação ficou mais evidente, principalmente na atenção secundária e terciária. No âmbito da atenção primária à saúde a atuação da fisioterapia no enfrentamento da pandemia também esteve presente e, na maioria das vezes, foi desenvolvida por fisioterapeutas integrantes do Núcleo Ampliado de Saúde da Família e Atenção Básica (NASF-AB). Nesse sentido, surge a seguinte questão: Do que tratam os relatos de fisioterapeutas do NASF-AB sobre sua atuação como trabalhador de saúde na pandemia de COVID-19? Analisar os relatos dos fisioterapeutas inseridos no NASF-AB de João Pessoa/PB acerca da atuação como trabalhador de saúde durante a pandemia de COVID-19 com ênfase na rotina de trabalho, aprendizados e vivências nesse período. Trata-se de uma pesquisa qualitativa e exploratória. A pesquisa foi realizada no município de João Pessoa-PB, no período de 24 de junho a 07 de julho de 2020. Para a composição do corpus, foram realizadas entrevistas por meio do Google Meet®, guiadas por um roteiro de entrevista semiestruturada. A amostra final foi estabelecida por critérios de conveniência do acesso e saturação teórica. Fizeram parte do estudo 7 fisioterapeutas inseridos no NASF-AB que apresentavam, no mínimo, um ano de exercício na função. Os dados empíricos referentes aos resultados da pesquisa serão tratados à luz da Técnica de Análise de Conteúdo na modalidade temática proposta por Bardin (2016). Os resultados do presente estudo podem auxiliar na melhor compreensão da prática desse profissional durante a pandemia no âmbito da APS e também pode apontar elementos da atuação do fisioterapeuta que podem ser aproveitados e aprimorados para outras situações de emergência sanitária, desastres, dentre outras situações agudas que aflijam as populações.
  • JONATHAN DAVID BIU DA SILVA
  • TENDÊNCIAS NA INCIDÊNCIA DA FEBRE CHIKUNGUNYA DURANTE A PANDEMIA DO COVID-19 NO NORDESTE BRASILEIRO
  • Data: 31/10/2023
  • Hora: 10:00
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  • Introdução: O CHIKV é uma arbovirose transmitida pelos mosquitos da família Aedes, seus sinais e sintomas são semelhantes a outras arboviroses, sendo sua característica marcante a poliartalgia simétrica. O diagnóstico é feito baseado nos sinais clínicos e através da testagem sanguínea. O período de transmissão do vírus é maior nos períodos chuvosos devido ao ciclo de vida do vetor. Em contrapartida durante o Brasil passou por uma pandemia concomitantemente de covid-19, sus sinais clínicos muitas vezes são bem semelhantes das arboviroses, o que pode levar a diagnósticos errôneos, porém a covid-19 possui maior característica respiratória. O objetivo desse estudo foi analisar as tendências temporais da incidência da febre chikungunya durante a pandemia de COVID-19 no nordeste brasileiro. Método: Trata-se de estudo descritivo, ecológico de análise de série temporal, através da análise de dados secundários informatizados do Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde (DATASUS), além das fichas de notificação através do sistema de notificações e agravos online SINAN/Web. Os dados foram extraídos e o modelo de regressão Joinpoint foi escolhido para analisar as tendências da taxa de infecção do vírus CHIKV durante a pandemia do COVID-19. Resultados: Dentre os achados observou-se decrescimento do número de casos no ano de 2020, com evolução e crescimento no ano de 2022, período que pode-se remeter ao início e fim da pandemia de covid-19. Além do mais os resultados mostraram maior taxa de incidência em meses de março-junho. Conclusões: O CHIKV não tem relação direta com o vírus do covid-19, porem alguns sintomas iguais, podem levar a erros de diagnóstico, uma vez que com o período da pandemia ativo as atenção se voltaram para essa doença. Além do mais este estudo nos mostra a dificuldade de testagem, uma vez que a taxa de incidência na população é baixa porem a realidade em número de internações e sequelas da febre chikungunya não condiz com quantidade notificada.
  • JONATHAN DAVID BIU DA SILVA
  • Incidência da febre chikungunya durante a pandemia do covid-19 no Nordeste Brasileiro: um estudo de prevalência.
  • Data: 31/10/2023
  • Hora: 10:00
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  • O chikungunya (CHIKV) é um vírus da família Togaviridae do gênero Alphavírus. Sua infecção é comumente confundida com o quadro clínico da dengue, sendo seus sintomas articulares frequentes mesmo após período ativo da infecção. Durante o período de 2017 a 2018 o Brasil registrou um aumento considerável de registro de notificações da febre chikungunya, vale salientar que o ciclo hospedeiro do vírus é semelhante ao da dengue o que reforça as medidas de controle sanitário. O COVID-19 vírus que causa doença respiratória teve início epidêmico no Brasil em meados de março de 2020, logo se tornando pandemia, momento no qual o sistema de saúde Brasileiro voltou as atenções para o cuidado aos doentes e combate a propagação desse vírus. Com essa crise sanitária instalada junto do medo ao buscar os serviços de saúde e se contaminar com o vírus devido ao lockdown, muitas das pessoas que contraíram o CHIKV durante esse período ficaram em casa e não procuraram os devidos cuidados. Assim torna-se importante analisar o panorama do ciclo da doença na população durante esse período pandêmico do COVID-19, uma vez que o vírus da CHIKV também circulava pela população. Objetivo: Analisar o impacto da transmissibilidade do vírus chikungunya durante o período da pandemia do COVID-19 no Nordeste Brasileiro. Metodologia: Trata-se de um estudo observacional, descritivo com abordagem quantitativa, através da análise de dados informatizados do SIH/SUS disponibilizados pela plataforma DATASUS, será realizado uma análise estatística descritiva dos dados, a fim de caracterizar a amostra.
  • CAROLINA DIAS DE CARVALHO
  • Preditores da eficácia do tratamento com Estimulação Transcraniana por Corrente Contínua na dor neuropática: Metanálise e meta-regressão de ensaios clínicos randomizados
  • Data: 30/08/2023
  • Hora: 09:00
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  • Resumo: Contextualização: Na literatura tem sido bem relatado os efeitos analgésicos da Estimulação Transcraniana por Corrente Contínua (ETCC) em populações com dor crônica. Na Dor Neuropática os resultados ainda são contrastantes, com revisões anteriores mostrando tamanhos de efeito pequenos e com nível considerável de heterogeneidade. O objetivo do presente estudo é avaliar os fatores preditivos da eficácia da ETCC no tratamento de pacientes com dor neuropática crônica, determinando o efeito preditor e a influência exercida pelas características do paciente, delineamento do estudo e parâmetros da intervenção. Metodologia: Uma busca sistemática nos bancos de dados eletrônicos da MEDLINE, CINAHL, EMBASE e CENTRAL conduzida no período de junho a julho de 2021 foi realizada. Ensaios clínicos controlados envolvendo pacientes com dor neuropática crônica que aplicassem a ETCC, foram incluídos. A mensuração do efeito foi por meio da diferença média padronizada (SMD) com intervalo de confiança de 95%, calculados com os valores obtidos pós intervenção entre os grupos ativo e controle. O nível de evidência foi avaliado com o GRADE (Grading of Recommendations Assessment, Development and Evoluation), para explorar os potenciais fatores moderadores realizamos análises de meta-regressão. Resultados: Com base em 16 ensaios clínicos controlados, total de 432 indivíduos, a ETCC foi superior a simulação para melhora da dor (SMD = -0,41; 95% IC (-0,72, -0,11); p=0,007). A meta-análise não apresentou significância estatística favorável à intervenção ativa para melhorar a incapacidade. Quanto aos desfechos psicossociais, apenas para o nível de depressão, a ETCC ativa se revelou mais eficaz. Esses resultados foram baseados em baixo nível de evidência. As análises de meta-regressão mostraram que o tempo de duração da dor está correlacionado negativamente com o tamanho de efeito [diff SMD=0,003 (0,001; 0,012), p=0,02], R²= 1,00. O alvo da estimulação foi responsável por 86% da variabilidade, enquanto que a descrição da randomização foi responsável por 15% da heterogeneidade [diff SMD=0,385 (-1,749; -0,239), p=0,009], assim como o desenho do estudo [diff SMD=0,380 (-0,033; 1,457), p=0,03]. Conclusão: A ETCC pode ter efeitos benéficos sobre a intensidade da dor e depressão. A duração dos sintomas, local de aplicação da ETCC e qualidade metodológica apresentam são moderadores dos efeitos da ETCC. Estudos futuros são necessários para melhorar a qualidade de evidência
  • CAROLINA DIAS DE CARVALHO
  • Preditores da eficácia do tratamento com Estimulação Transcraniana por Corrente Contínua na dor neuropática: Metanálise e meta-regressão de ensaios clínicos randomizados
  • Data: 30/08/2023
  • Hora: 09:00
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  • Resumo: Contextualização: Na literatura tem sido bem relatado os efeitos analgésicos da Estimulação Transcraniana por Corrente Contínua (ETCC) em populações com dor crônica. Na Dor Neuropática os resultados ainda são contrastantes, com revisões anteriores mostrando tamanhos de efeito pequenos e com nível considerável de heterogeneidade. O objetivo do presente estudo é avaliar os fatores preditivos da eficácia da ETCC no tratamento de pacientes com dor neuropática crônica, determinando o efeito preditor e a influência exercida pelas características do paciente, delineamento do estudo e parâmetros da intervenção. Metodologia: Uma busca sistemática nos bancos de dados eletrônicos da MEDLINE, CINAHL, EMBASE e CENTRAL conduzida no período de junho a julho de 2021 foi realizada. Ensaios clínicos controlados envolvendo pacientes com dor neuropática crônica que aplicassem a ETCC, foram incluídos. A mensuração do efeito foi por meio da diferença média padronizada (SMD) com intervalo de confiança de 95%, calculados com os valores obtidos pós intervenção entre os grupos ativo e controle. O nível de evidência foi avaliado com o GRADE (Grading of Recommendations Assessment, Development and Evoluation), para explorar os potenciais fatores moderadores realizamos análises de meta-regressão. Resultados: Com base em 16 ensaios clínicos controlados, total de 432 indivíduos, a ETCC foi superior a simulação para melhora da dor (SMD = -0,41; 95% IC (-0,72, -0,11); p=0,007). A meta-análise não apresentou significância estatística favorável à intervenção ativa para melhorar a incapacidade. Quanto aos desfechos psicossociais, apenas para o nível de depressão, a ETCC ativa se revelou mais eficaz. Esses resultados foram baseados em baixo nível de evidência. As análises de meta-regressão mostraram que o tempo de duração da dor está correlacionado negativamente com o tamanho de efeito [diff SMD=0,003 (0,001; 0,012), p=0,02], R²= 1,00. O alvo da estimulação foi responsável por 86% da variabilidade, enquanto que a descrição da randomização foi responsável por 15% da heterogeneidade [diff SMD=0,385 (-1,749; -0,239), p=0,009], assim como o desenho do estudo [diff SMD=0,380 (-0,033; 1,457), p=0,03]. Conclusão: A ETCC pode ter efeitos benéficos sobre a intensidade da dor e depressão. A duração dos sintomas, local de aplicação da ETCC e qualidade metodológica apresentam são moderadores dos efeitos da ETCC. Estudos futuros são necessários para melhorar a qualidade de evidência
  • DENISE ALVES DE ALMEIDA ALCANTARA
  • KINESIOTAPING NA RESOLUÇÃO DE EDEMAS: REVISÃO SISTEMÁTICA COM METANÁLISE
  • Data: 29/08/2023
  • Hora: 08:00
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  • Introdução. O edema é uma disfunção que ocorre por um defeito local ou sistêmico em 300 milhões de pessoas no mundo, gerando dor e fadiga e afetando a qualidade de vida. O Kinesiotaping (KT) tem surgido como uma opção ao apresentar benefícios relacionados a esses sinais e sintomas. Objetivo. Sumarizar a evidência científica dos efeitos do KT no edema através de uma pesquisa sistemática de literatura. Método. Será realizada uma revisão sistemática, com busca de estudos nas bases de dados: Pubmed, Central, CINAHL, PEDro e Embase; sem restrição de tempo ou idioma, com estratégia de busca dividida em três blocos de descritores: intervenção, condição de saúde e tipo de estudo. Serão incluídos ensaios clínicos randomizados, comparando os efeitos do KT a qualquer outro tipo de controle no edema, e serão excluídos revisões de literatura, relatórios de caso, estudos experimentais, comentários pessoais, estudos não revisado por pares, livros, estudos que usem bandagens compressivas. Os artigos foram selecionados por título, resumo e texto completo e analisados por dois revisores e quando havia Universidade Federal da Paraíba Centro de Ciências da Saúde Programa de Pós-Graduação em Fisioterapia/PPGPFis discordância, um terceiro revisor auxiliava como juiz. Foram coletadas informações sobre o uso do KT para a redução do edema, utilizando uma ficha de extração elaborada para a extração de informação dos estudos, a qual continha itens de caracterização do estudo, da forma de uso do KT e do desfecho, buscando sumarizar em termos de média e desvio-padrão. O risco de viés dos estudos foi avaliado, utilizando a escala PEDro, enquanto a confiança na evidência será avaliada de acordo com a GRADE. Os resultados serão apresentados em gráficos e tabelas, com a sumarização quantitativa por meio de uma metanálise, utilizando o Revman. Resultados. Identificou-se 3.750 artigos, dos quais 70 foram incluídos na revisão, os quais foram divididos por área em face/cabeça, membros superiores (MMSS) e membros inferiores (MMII); e por tempo de tratamento, em curta e longa duração. Observou-se que nos protocolos de curta duração o KT foi superior aos comparadores para a região da face (Std mean-1.07 IC95% -1.48, -0.65) e dos MMII (-0.55; IC95% -1.06, -0.05). Já para os protocolos de longa duração o KT foi superior que os comparadores para a região de MMII (-0.72; IC95% -1.25; -0.18). No que diz respeito aos MMSS, o KT não foi superior aos comparadores em protocolos de curta duração (Std mean -0.05; IC95% -0.89, 0.80), nem de longa duração (-0.04; IC95% -0.31-0.24). Conclusão: O KT é um recurso interessante paraa redução de edemas agudos em protocolos para face e MMII tanto em protocolos de curta como em longa duração, mas não parece ser efetivo para edemas crônicos para MMSS.
  • ERICK MICHELL BEZERRA OLIVEIRA
  • FATORES ASSOCIADOS À SATISFAÇÃO DE FISIOTERAPEUTAS COM O SEU TRABALHO
  • Data: 28/08/2023
  • Hora: 14:00
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  • Introdução: Uma reflexão contínua a respeito do processo de trabalho e sua frequente modificação, como no caso da Fisioterapia, é que se trata de um elemento importante da evolução do desenvolvimento da humanidade. O nível da problematica dessa reflexão cresce pela complexidade do trabalho e principalmente dos escassos estudos desenvolvidos sobre a temática, principalmente no campo da saúde e novamente, no campo da Fisioterapia. Objetivo: Analisar os fatores associados à satisfação de Fisioterapeutas brasileiros com o seu próprio trabalho. Método: Trata-se de um estudo descritivo, exploratório, quantitativo, com a coleta de dados realizada por meio de um instrumento semi-estruturado on-line. Com o objetivo de originar dados para a estruturação desta pesquisa, optou-se pelo enviar via WhatsApp de um instrumento semi-estruturado on-line para fisioterapeutas em todo o Brasil, através da estratégia bola de neve. O estudo contêm 19 variáveis. Resultados: O processo de captação de sujeitos, foi por meio de convites disparados via whatsapp, ocorreu nos dias 22, 23 e 29 de novembro de 2021. Após três meses de permanência do instrumento aberto on-line, um total de 620 pessoas acessaram o questionário. Destes, um não respondeu o questionário na íntegra (0,16%), dois (0,32%) não aceitaram participar do estudo e 123 (19,83%) declararam não estar exercendo a Fisioterapia em atividades assistenciais (atendimento a pacientes) e/ou de ensino e/ou de gestão. Assim, 126 sujeitos (20,16%) foram excluídos no banco de dados e o total de participantes neste estudo foi de 495 Fisioterapeutas. As características avaliadas pelo modelo de regressão, com um conjunto de dados, teve como objetivo analisar os fatores estatisticamente significativo relacionadas a satisfação. Assim foi considerado as variáveis: Satisfeito com a Remuneração com valor de OR1 3.89, Satisfeito com a Formação OR1 3.51, Cursou ou estar cursando Doutorado OR1 3.31, Crescimento na Fisioterapia OR1 2.91, Satisfeito com as condições do Trabalho OR1 2.53, Cursou ou estar Especialização OR1 2.47, Satisfeito com a pós-graduação OR1 2.16, Sexo: Mulheres OR1 1.71. Sendo no total 8 caraterísticas avaliadas. Conclusão: O Fisioterapeuta vem conquistando seu espaço em diversos campos de atuação, adquirindo sua importância em todos os níveis de atenção a saúde. O seu processo de trabalho ainda encontra-se em construção contínua, e é observado um reflexo de todo um contexto social sofrido durante anos. Esse processo tem um impacto significante na satisfação desse profissional, mediante as novas reflexões sobre trabalho e satisfação. Mesmo o estudo obtendo um número expressivo de participantes, as características encontradas não possibilitam uma generalização. Alguns fatores tiveram destaque na influência dessa satisfação como: remuneração, formação, programas de pós-graduação, condições de trabalho sexo e outros. É valido ressaltar que se trata de um estudo inédito, com uma abordagem de alta relevância não somente para a Fisioterapia, mas toda o campo da saúde. O desenvolvimento de pesquisas futuras abordando lacunas desta pesquisa, contribuirá grandemente com o avanço da temática.
  • FRANCIELLY NATANAELLY ANDRADE DOS SANTOS
  • DRENAGEM LINFÁTICA E TAPING NO TRATAMENTO DE EDEMA EM GESTANTES: ensaio clínico aleatorizado e controlado
  • Data: 28/08/2023
  • Hora: 09:00
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  • Introdução: O edema gestacional atinge de 50 a 80% das gestantes, principalmente da vigésima sétima à quadragésima semana de gestação. A drenagem linfática manual (DML) é um dos recursos para alívio do edema gestacional e, nos últimos anos, o taping surge como uma terapia alternativa, não obstante as evidências de sua eficiência neste tipo de edema sejam escassas. Objetivo: Comparar o volume dos membros inferiores no terceiro trimestre gestacional antes e após o tratamento com a DLM (GC), com o taping (GT), e com a associação da DLM ao taping (GA). Métodos: Foi realizado um ensaio clínico controlado, aleatorizado, paralelo e fatorial no laboratório da Liga de Estudos em Fisioterapia Dermatofuncional (LEFIDEF) do Departamento de Fisioterapia da Universidade Federal da Paraíba (UFPB). Foram mensurados o volume de membro inferior, dor, fadiga e qualidade de vida de 37 gestantes a partir do terceiro trimestre de gestação, com idades entre 18 e 35 anos, que apresentaram edema nos membros inferiores. As voluntárias receberam uma sessão de uma intervenção, sendo alocadas aleatoriamente em três grupos, de acordo com o protocolo de tratamento: Grupo Taping (GT), Grupo Taping associado à DLM (GA) e Grupo DLM (GC). As variáveis dependentes foram medidas antes e após a sessão, enquanto a variável independente foi o grupo de tratamento. Resultados: No que diz respeito à análise intragrupos, não se observou alterações estatisticamente significativas do volume dos membros inferiores em nenhum dos grupos de intervenção [F(1,0, 34)=0,73, p=0,40], porém houve um aumento da qualidade de vida (P=0,01), diminuição da dor (p=0,0001) e fadiga (P=0,01) no GA. Quanto à comparação intergrupos, nenhum dos desfechos apresentou diferenças estatisticamente significativas entre as intervenções na reavaliação. Além disso, observou-se uma correlação positiva entre fadiga e dor (r=0,34, p = 0,04), e uma correlação negativa destas com a qualidade de vida (r=-0,52, p =0,001; e r=-0,36, p=0,03, respectivamente). Conclusão: O taping, a DLM e a associação de ambos não apresentam impacto no edema gestacional após 48 horas de sua aplicação. Entretanto a associação destes recursos parece auxiliar a melhorar sintomas como dor e fadiga, aumentando a qualidade de vida das gestantes.
  • TAYNÁ BERNARDINO GOMES
  • POSTOS DE TRABALHO E AÇÕES DA FISIOTERAPIA NA ATENÇÃO PRIMÁRIA BRASIL: uma análise de tendência temporal
  • Data: 28/08/2023
  • Hora: 09:00
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  • Introdução: A Atenção Primária à Saúde (APS) representa o conjunto de serviços diversificados com ações de saúde de baixa densidade tecnológica que foram criados para ser o primeiro contato dos usuários com o sistema de saúde. A fisioterapia passou a integrar de maneira formal a atenção primária apenas no ano de 2008 por meio da criação do Núcleo de Apoio à Saúde da Família (NASF). A inserção do profissional traz desafios para seu processo de trabalho, pois a gênesis da sua concepção profissional é tradicionalmente vinculado ao campo da reabilitação. Entretanto, a atuação no cuidado à saúde em serviços da primária contribui com a resolutividade do sistema e com um cuidado integral. Assim, tornase assim de fundamental importância reflexões acerca da situação do fisioterapeuta no âmbito da APS. Objetivo: Analisar a inserção e a produção dos profissionais fisioterapeutas nos serviços de saúde de atenção primária no Brasil e suas regiões no período de 2008 a 2021. Metodologia: Trata-se de estudo de abordagem quantitativo com avaliação de tendência temporal, obtidos por meio banco de dados do Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde (DATASUS) e pelo Sistema de Informações de Atenção Básica (SISAB). OS dados foram analisados por meio do modelo de regressão Joinpoint e foram obtidas as tendências temporais para o número de postos de trabalho dos profissionais fisioterapeutas lotados na APS e a de sua produção no Brasil e suas regiões. Conclusão: Observou-se um incremento percentual no número de para o número de postos de trabalho ocupados por fisioterapeutas lotados na APS entre os todos estabelecimentos de saúde. A UBS/CS obteve o maior número de postos de trabalhos ocupados por fisioterapeutas lotados na APS. A produção do fisioterapeuta lotado na APS é expressivamente de atendimentos individuais. As análises das tendências temporais para Academia da Saúde e UBS/CS apenas obtiveram tendências de crescimento para o Brasil e suas regiões. As análises das tendências temporais no período total (2014-2022) apontaram um aumento significativo para o quantitativo total e todos os tipos de atendimentos individuais.
  • RENATA DE LIMA MARTINS
  • EFEITO DA TELERREABILITAÇÃO SOBRE A CAPACIDADE FUNCIONAL DO EXERCÍCIO, FUNÇÃO PULMONAR, APTIDÃO FÍSICA, DISPNEIA, FADIGA E QUALIDADE DE VIDA EM PACIENTES COM COVID-19: Uma revisão sistemática e metanálise
  • Data: 24/08/2023
  • Hora: 13:00
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  • Introdução: A COVID-19 pode gerar agravos sistêmicos e complicações em diversos órgãos deixando sequelas nas pessoas acometidas. Com a finalidade de tratar as funções prejudicas pela COVID-19, a reabilitação física se propôs a restaurar ou minizar os danos provocados pela doença. A reabilitação via recursos de modo digital ou telerreabilitação é indicada como um ramo da telessaúde que caracteriza um sistema de controle da reabilitação remota por meio de tecnologias de telecomunicação, a qual tem se mostrado efetiva, propicia economia de tempo e recursos para a atenção de saúde. Objetivo: Identificar os efeitos das intervenções por meio da telerreabilitação sobre a capacidade funcional e físicas, função pulmonar, dispneia, fadiga e a qualidade de vida em pacientes acometidos pela COVID-19. Métodos: Este estudo foi registrado na base de protocolos de revisão sistemática PROSPERO com inscrição CRD42022347642. A estratégia PICO contemplou os seguintes critérios de inclusão: ser pessoas de ambos os sexos, com idade ≥ 18 anos com e pós-COVID-19, hospitalizados ou não, que realizassem protocolos de de telerreabilitação comparados ou não a tratamentos presenciais ou cuidados habituais. Os desfechos avaliados foram a capacidade funcional, função pulmonar, força muscular respiratória, parâmetros de aptidão física, qualidade de vida, dispneia e fadiga. A busca foi realizada nas bases: PubMed/MEDLINE, Cochrane Library, PEDro Physiotherapy Evidence Database, CINAHL Database/EBSCO e Web of Science. Livros, metanálises, revisões e revisões sistemáticas foram excluídos. A qualidade e o relatório dos estudos foram analisados pela escala TESTEX. A síntese quatitativa foi realizada no Review Manager (RevMan 5.4) com análises para mensurar a diferença da média padronizada (DMP) ou diferença da média (DM) entre os ensaios, com os intervalos de confiança de 95% (IC 95%). A heterogeneidade foi avaliada pelo I2, e os efeitos aleatórios ou fixo foram aplicados de acordo com a heterogeneidade do estudo. Resultados: Trinta e quatro artigos avaliando 1,344 individuos com e pós COVID-19 foram incluídos para a síntese qualitativa, e catorze estudos seguiu para a metanálise. O conjunto de dados revelou que a telereabilitação melhorou a capacidade funcional [DM 79.65 [63.57, 95.73m], I2 = 52%, P < 0.00001), agilidade [DM -0.69 [IC95%-1.33, -0.04], I2 = 0%, P = 0,04], força e resistência dos membros inferiores [DMP 0.74 [IC95%0.52, 0.96Kg], I2 = 10%, P < 0.00001], VEF1 [MD 0.20 [IC95%0.04, 0.37L], I2= 55%, P = 0,02], e dispneia [DMP -0.94 [IC95% -1.64, -0.24], I2 = 90%, P = 0,009]. Também se verifica que a telereabilitação melhorou a força muscular inspiratória [DM 13.71 [IC95%5.41, 22.00cmH2O], I2 = 0%, P = 0,001] mas não foi favorável para melhorar a função pulmonar. Na anáise de subgrupo, os protocolos de telereabilitação com TRMD associado ou não a outras modalidades físicas foi favorável para aumentar a força de preensão manual [MD 4.69 [IC95% 0.44, 8.94kg], I2 = 0%, P = 0,03] e a fadiga [DMP -0.97 [IC95%-1.74, -0.20], I2 = 74%, P = 0,01], P < 0.00001]. Já a qualidade de vida com a oferta da telereabilitação na fase de contágio da COVID-19 foi melhorada. Conclussão: A telereabilitação é favorável para melhorar a capacidade funcional, força dos músculos inspiratórios, força e resistência aeróbia dos membros inferiores, agilidade e dispneia. Na análise de subgrupo foi observado redução da fadiga, melhora da força de preensão manual e do VEF1 nos protocolos com TRMD isolado ou combinado com outras modalidades de exercício. A qualidade de vida foi melhorada nos protocolos empregados na fase de contágio da doença e a melhora da capacidade funcional independe do tempo e do tipo da intervenção realizada.
  • IARA TAINÁ CORDEIRO DE SOUZA
  • EFEITOS DA HD-tDCS ASSOCIADA AO TREINAMENTO MUSCULAR INSPIRATÓRIO EM PACIENTES COM SÍNDROME PÓS-COVID-19: ENSAIO CLÍNICO RANDOMIZADO DUPLO CEGO.
  • Data: 23/08/2023
  • Hora: 09:00
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  • INTRODUÇÃO: A COVID longa inicia-se após três semanas da infecção aguda com persistência dos sintomas por um período de 12 semanas ou mais, após a resolução da infecção. A variação do espectro de sintomas demonstra a natureza multifacetada da COVID longa em atingir múltiplos órgãos, independente da intensidade da doença. Além do acometimento respiratório primário, a COVID longa tem sua fisiopatologia envolvendo o sistema nervoso central, podendo causar complicações neurológicas duradouras. METODOS: Trata-se de um ensaio clínico controlado e randomizado com duplo cegamento, onde 32 participantes com COVID longa foram divididos em grupo ativo e sham, para receber um protocolo de treinamento muscular inspiratório associado a estimulação transcraniana no córtex motor diafragmático por meio da HD-tDCS, enquanto o grupo sham não recebeu a estimulação, apenas a colocação dos eletrodos. RESULTADOS: Não foram observadas mudanças significativas nas variáveis de função muscular respiratória e função pulmonar na comparação entre os grupos, porém, o grupo ativo melhorou em relação à linha de base nas seguintes variáveis: pressão inspiratória máxima, pressão gerada pelo músculos inspiratórios nos 100 primeiros milissegundos, relação volume expiratório forçado pela capacidade vital forçada e pico de fluxo expiratório. CONCLUSÃO: A HD-tDCs pode ser uma terapia adjuvante a ser adicionada a um protocolo de reabilitação pós-COVID-19, entretanto, são necessárias mais pesquisas.
  • EWERTON GRAZIANE GOMES DOS SANTOS
  • EFEITOS DE UM PROTOCOLO DE REABILITAÇÃO CARDIOPULMONAR NA CAPACIDADE FUNCIONAL, DISPNEIA, FADIGA E COMPOSIÇÃO CORPORAL EM INDIVÍDUOS COM SÍNDROME PÓS COVID-19: um ensaio clínico, controlado e randomizado
  • Data: 21/08/2023
  • Hora: 14:00
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  • Introdução: Os indivíduos contaminados pela COVID-19 podem sofrer com a persistência de um ou mais sintomas após o período agudo de infecção, estes sintomas de médio a longo prazo caracteriza uma condição denominada “Síndrome pós COVID-19” (SPC) ou “COVID longo”, os sintomas são diversos, como: fadiga, dispneia, perda de massa muscular e redução da capacidade funcional. Assim a reabilitação cardiopulmonar surge como uma terapia viável, eficaz, segura e de baixo custo para o tratamento desta condição clínica. Objetivo: Analisar os efeitos de um protocolo de reabilitação cardiopulmonar na capacidade funcional, dispneia, fadiga e composição corporal em pacientes com SPC. Métodos: Trata-se de um ensaio clínico, controlado e randomizado, composto por indivíduos com SPC. Foram recrutados 33 indivíduos alocados em dois grupos, grupo reabilitação cardiopulmonar (n=17) e grupo controle (n=16). O grupo de reabilitação cardiopulmonar realizou um protocolo composto por treinamento muscular respiratório, aeróbico e resistido. A capacidade funcional, dispneia, fadiga e composição corporal foram avaliados antes e após o protocolo. Resultados: Após seis semanas, o grupo de reabilitação cardiopulmonar aumentou a capacidade funcional, com diferença de 100,46 m (intervalo de confiança [IC] de 95%: 7,40 a 193 m) na distância percorrida no teste de caminhada de seis minutos, reduziu dispneia (-1,45, IC 95%: - 1,98 a -0,92) no Medical Research Council modificado, e aumentou 0,63 kg (IC 95%: 0,09 a 1,18 kg) de massa muscular nos membros superiores em comparação com o grupo controle. Conclusão: A reabilitação cardiopulmonar melhorou a capacidade funcional, reduziu a sensação de dispneia e promoveu o ganho de massa muscular de membros superiores de indivíduos com SPC
  • IRLLANNA KETLEY SANTOS DO NASCIMENTO
  • PERSPECTIVAS DAS EQUIPE MULTIPROFISSIONAL DE ATENÇÃO DOMICILIAR (EMADS) E EQUIPE MULTIPROFISSIONAL DE APOIO (EMAPS) ACERCA DAS ATUAÇÕES FISIOTERAPEUTICAS ANTES E DURANTE A PANDEMIA
  • Data: 15/08/2023
  • Hora: 14:00
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  • Introdução: O Sistema Único de Saúde (SUS), é um sistema de saúde pública que visa promover, prevenir e reabilitar saúde, assim sendo, muito importante para a saúde da população. Dentre os níveis de atenção, está a Atenção Primária, que é responsável pela maior parte dos atendimentos, diminuindo possíveis necessidades de hospitalização. Dentro ainda do SUS, existe o Serviço de Atenção Domiciliar (SAD), que é responsável por organizar as equipes: Equipe Multiprofissional de Atenção Domiciliar (EMAD) e Equipe Multiprofissional de Apoio (EMAP), para o atendimento domiciliar da população, que por algum motivo não pode se dirigir à Unidade de Atendimento. Essas equipes são constituídas por diversos profissionais, entre eles está o Fisioterapeuta, que atua diretamente nas desordens de alguns sistemas do corpo humano, que geralmente acompanha os usuários elegíveis para esse serviço. A atuação do Fisioterapeuta ocorre em conjunto com os demais profissionais, então é interessante que todos trabalhem em conjunto, que discutam sobre os casos, acompanhem os serviços de cada área para melhor manejo dos pacientes principalmente durante a pandemia da COVID-19. Objetivo: Avaliar a percepção dos profissionais das EMADs e EMAPs de João Pessoa/PB sobre as diferenças da atuação, perspectivas, demandas e dificuldades dos Fisioterapeutas nos atendimentos domiciliares antes e durante a pandemia da COVID-19. Método:trata-se de um estudo do tipo descritivo, observacional e de caráter quantitativo, que foi realizado por meio de um questionário aplicado aos seguintes profissionais: assistente social, fisioterapeuta, fonoaudiólogo, nutricionista, odontólogo, técnicos de enfermagem, psicólogo, farmacêutico, terapeuta ocupacional, médicos e enfermeiros das equipes EMAD e EMAP de João Pessoa. Resultados: Como alguns dos resultados,todos os fisioterapeutas que participaram eram das EMADs; as equipes relataram que a pandemia repercutiu de modo negativo nos atendimentos; que os profissionais trabalham em conjunto e que na atualidade, os atendimentos estão mais tranquilos. Não houve muita diferença de patologias atendidas antes e depois da pandemia e atualmente os atendimentos em fisioterapia são principalmente voltados à parte motora. Além disso, as equipes veêm o fisioterapeuta como importante e que as dificuldades enfrentadas por eles, percebidas por toda a equipe foram principalmente o medo da COVID-19, a falta de equipamentos e informação, assim como dificuldade com o transporte a ser utilizado. Conclusões: os profissionais das equipes têm bom entendimento acerca das atuações fisioterapêuticas e assim como em outros serviços, o SAD de João Pessoa também teve suas dificuldades, mas conseguiu manter os atendimentos trabalhando em conjunto, porém, percebe-se ainda uma necessidade de maior interação entre profissionais que pode contribuir para uma melhor assistência e desempenho do serviço.
  • RICARDO RODRIGUES DA SILVA
  • ANÁLISE DE TENDÊNCIAS DA DOENÇA CARDIOVASCULAR NO BRASIL E ASSISTÊNCIA FISIOTERAPÊUTICA NOS TRÊS NÍVEIS DE COMPLEXIDADE: Série temporal do Sistema Único de Saúde entre 2011 e 2021
  • Data: 27/07/2023
  • Hora: 16:00
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  • Introdução: A doença cardiovascular (DCV) é a principal causa de morbimortalidade no mundo, no Brasil há prevalência de aproximadamente 35% da população. No Brasil, o contingente de atendimento no SUS na atenção cardiovascular representou 0,27% do total dos procedimentos no começo dos anos 2000. Já é relatado na literatura a sobrecarga do setor terciário pelas internações de pacientes com insuficiência cardíaca em regiões baixa cobertura ambulatorial. O profissional fisioterapeuta segundo as diretrizes de reabilitação cardiovascular é habilitado na prevenção, cuidado ambulatorial e cuidados intensivos. Ainda não há análises sobre a fisioterapia cardiovascular frente às demandas de atendimento no SUS. Mediante o exposto se faz necessária uma observação dos impactos da doença cardiovascular e das produções na baixa, média e alta complexidades da fisioterapia na doença cardiovascular no Brasil. Objetivo: Analisar dados da doença cardiovascular e produção da fisioterapia na doença cardiovascular nos três níveis de complexidade entre 2011 e 2021. Método: Trata-se de um estudo observacional descritivo e epidemiológico utilizando o DATASUS com extração bruta pelo TabWin, sendo coletados pelo SIH/SUS e SIA/SUS, transformando as variáveis em taxas sendo feita análise temporal das tendências com software joinpoint regression®. Resultados: na década 2011 a 2021, a. mortalidade e permanência no Brasil se mantiveram estáveis ao compasso que as internações, custos hospitalares, serviços profissionais tiveram tendência de alta, por regiões, Norte e Nordeste apresentaram índices mais agravados em relação a Sudeste, Sul e Centro-Oeste. Nacionalmente a fisioterapia na baixa complexidade sofreu tendência de diminuição, enquanto na média apresentou aumento e a alta complexidade estabilidade. Conclusão: Percebem-se assimetrias regionais na doença cardiovascular, ao ponto que no Brasil a fisioterapia na baixa complexidade sofreu acentuada inflexão, aumento na média complexidade e estabilidade na alta complexidade.
  • BEATRIZ ROZENDO DA SILVA
  • IMPACTOS DO ISOLAMENTO SOCIAL NA FUNCIONALIDADE E QUALIDADE DE VIDA DE IDOSOS DURANTE A PANDEMIA DA COVID-19: uma revisão sistemática
  • Data: 27/07/2023
  • Hora: 14:00
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  • A Organização Mundial da Saúde (OMS), considera como idoso, aquele habitante de País em desenvolvimento com 60 anos ou mais e o habitante de País desenvolvido que tenha 65 anos ou mais. Um fato importante de ser citado, é que o envelhecimento pode cursar com certas reduções das reservas funcionais. Assim, é essencial buscar meios para proporcionar ao idoso, uma autonomia funcional. Com o surgimento do novo coronavírus, SARS-CoV-2, o isolamento social tornou-se o meio mais recomendado para prevenir sua transmissibilidade, sendo os idosos, a população mais vulnerável. Objetivo: Analisar os impactos que o isolamento social realizado durante a pandemia da COVID-19 promoveu na funcionalidade e na qualidade de vida da população idosa. Método: Foi realizada uma revisão sistemática da literatura, utilizando as bases de dados: PubMed, EMBASE, CENTRAL, CINAHL, Web of Science, Science Direct, PEDro e BVS. Os artigos foram publicados entre 2020-2022 e não houve restrição de idioma. Foram aceitos estudos do tipo ensaio clínico randomizado concluídos ou em andamento que avaliassem os impactos do isolamento social durante a COVID-19 na funcionalidade e na qualidade de vida de idosos. O risco de viés dos estudos foi avaliado por meio da ferramenta Cochrane Risk of Bias Tool. Já a qualidade da evidência foi analisada pelo sistema GRADE. Resultados: Foram encontrados 11.391 artigos, destes, 2.801 foram excluídos por duplicatas; restaram 8.590 analisados na primeira triagem por título e resumo, e desses 8.484 foram excluídos por não abordarem o tema sugerido para esta revisão. Por fim, 106 estudos restantes passaram para segunda triagem com a leitura do texto completo. Assim, 97 estudos foram excluídos por não serem ensaios clínicos randomizados, não estarem no contexto de isolamento social e pandemia, e não ter avaliado os principais desfechos desta revisão. Sendo assim, foram incluídos nesta revisão apenas 9 artigos, em que o risco de viés foi classificado em alto risco e a análise GRADE foi classificada como muito baixa. Conclusões: Embora os estudos incluídos nesta revisão tenham sido classificados com um grau metodológico e de evidência ruim, ao final observou-se que o isolamento social, durante a pandemia da COVID-19, trouxe mudanças para a saúde do idoso, em especial, na saúde física, mental e na qualidade de vida, e que as estratégias de intervenções remotas foram benéficas para os desfechos avaliados nesta revisão.
  • GERALDO CARVALHO MAGALHÃES
  • O efeito adicional da microeletrólise percutânea em pacientes com tendinopatia do manguito rotador: um ensaio clínico randomizado controlado
  • Data: 14/07/2023
  • Hora: 09:00
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  • Introdução: A tendinopatia do manguito rotador é a principal causa de dor no ombro e perda funcional em adultos no Brasil. Estima-se que sua prevalência na população brasileira está entre 5% e 33%. Estudos comprovam que o tratamento conservador pode envolver exercícios físicos e eletroterapia. A microeletrólise percutânea (MEP) é um método terapêutico minimamente invasivo que tem sido usado com bons resultados nas tendinopatias, embora as evidências acerca de seu uso isolado ou associado aos exercícios físicos ainda não está bem definido. Objetivo: Comparar um programa de exercícios específicos para o ombro com e sem a adição da MEP na dor e função do ombro em pessoas com tendinopatia do manguito rotador. Materiais e métodos: Trata-se de um ensaio clínico randomizado controlado, paralelo, simples cego no qual quarenta e dois sujeitos com diagnóstico de tendinopatia do manguito rotador foram aleatoriamente alocados e divididos igualmente em 2 grupos de 21 sujeitos: grupo experimental (GE) e grupo controle (GC). Ambos foram submetidos a um protocolo clínico de exercícios terapêuticos, mas apenas o GE recebeu tratamento adicional com MEP. Para avaliar os desfechos desse estudo foram usados o questionário para função do ombro SPADI (Shoulder Pain and Disability Index) e a EN (Escala Numérica) para avaliação da dor, aplicados antes e 8 semanas após o protocolo de tratamento de 6 sessões presenciais e supervisionadas por profissional. A todos participantes foram recomendados a prática domiciliar de exercícios terapêuticos. Resultados: Foram observadas mudanças positivas tanto no desfecho dor quanto na função em ambos os grupos, com diminuição da pontuação SPADI e na EN no GE (DM= - 3,19; IC95%= -4,45 a -1,94; p<0,001 para dor e DM= -35,76; IC95%= -47,77 a -23,76; p<0,001 para função) e no GC (DM= -3,99; IC95%= -5,27 a -2,72; p<0,001 para dor e DM=- 38,26; IC95%= -50,45 a -26,07;p<0,001 para função), porém não houve diferenças estatisticamente significantes entre grupos, tanto para dor (DM= 1,23; IC95%= -2,54 a 0,07; p=0,064) quanto para função (DM= 7,17: IC95%= -7,02 a 21,35; p=0,317). Conclusão: Os achados deste estudo não permitem afirmar que a adição da MEP a um programa de exercícios terapêuticos seja mais eficaz que o uso isolado desse último, embora os dois protocolos tenham alterado positivamente os desfechos clínicos de dor e função.
  • ISLANE FREIRE RODRIGUES
  • “QUALIDADE DE VIDA NO TRABALHO: PERCEPÇÕES DEFISIOTERAPEUTAS QUE ATUARAM NA LINHA DE FRENTE NA PANDEMIA DACOVID-19 NO ESTADO DA PARAÍBA”.
  • Data: 28/02/2023
  • Hora: 14:00
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  • Os profissionais de saúde que atuam na linha de frente à COVID-19, apresentam numerosos fatores de riscos que competem não apenas para a saúde física e mental desses profissionais, pois o exercício da ocupação no trabalho e as condições destes acabam sendo fontes potenciais de exposição ao vírus. Problemas como cansaço físico e estresse psicológico, ansiedade por perder pacientes e colegas, falta de recursos que protejam os profissionais no trabalho, risco de infecção e de transmitir para familiares, são cuidados a saúde desses profissionais, de modo a evitar a redução da capacidade de trabalho, da qualidade de vida e da atenção prestada aos pacientes. Objetivo: Analisar o impacto na qualidade de vida no trabalho, dos fisioterapeutas atuantes da linha de frente no combate à pandemia pelo COVID-19, no Estado da Paraíba. Métodos: Trata-se de um estudo quantitativo transversal, descritivo. A amostra foi composta por fisioterapeutas da rede pública e privada do Estado da Paraíba-PB, atuantes na linha de frente no combate a COVID-19 em hospitais, UPAS, centro de atendimentos COVID-19, serviços de atendimento especializados a domicilio, com respostas voluntárias ao questionário com perguntas fechadas. A coleta online foi aplicada no período de agosto a dezembro de 2022. Resultados: A amostra se estendeu a 68 fisioterapeutas, em relação a sintomatologia para ambas variáveis resultado Normal: estresse (39,7%), ansiedade (38,2%) e depressão (41,2%); constatou-se que a qualidade de vida média no trabalho foi de 59,77%, considerando-se satisfatória. Os domínios com maior satisfação, quando comparados, foram o pessoal (66,91%) e o psicológico (61,64%). Conclusão: Osresultados evidenciaram que a qualidade de vida no trabalho dos fisioterapeutas atuantes na linha de frente a COVID-19 é satisfatória, obtendo um bom desempenho. Esses resultados apontam aspectos a serem considerados pelos serviços de saúde para melhorar conhecimento sobre a saúde do trabalhador.
  • NATASHA FELIPE DA SILVA
  • A ORGANIZAÇÃO DO TRABALHO DE FISIOTERAPEUTAS EM UM CENTRO ESPECIALIZADO EM REABILITAÇÃO
  • Data: 28/02/2023
  • Hora: 14:00
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  • As práticas do fisioterapeuta vem sofrendo transformações ao longo dos anos na busca pelo primado da assistência integral, direcionada para a abordagem biopsicossocial nos serviços de reabilitação. Objetivo: Compreender a relação entre as práticas e ações de cuidado realizadas pelos fisioterapeutas voltadas para à Pessoa com Deficiência e a organização do seu trabalho no Centro Especializado em Reabilitação. Metodologia: Trata-se de um estudo de caráter qualitativo, descritivo, tomando como modelo condutor o estudo de caso, a partir de recursos da análise etnográfica. O estudo foi desenvolvido com a associação de três estratégias de coleta de dados: análise documental, observação direta com abordagens conversacionais e entrevistas com os fisioterapeutas do Centro Especializado em Reabilitação no estado da Paraíba- PB. Resultados: O estudo revela que há diferenças e nuances entre o trabalho prescrito e o trabalho real, os fisioterapeutas apresentam parcialmente, ou não apresentam em sua rotina elementos como a prática de reavaliação dos usuários assistidos, elaboração e execução do Projeto Terapêutico Singular, e reuniões periódicas em equipe, como preconizado pelo instrutivo, e que há obstáculos na organização do trabalho destes que implicam nas práticas de cuidados prestadas às Pessoas com Deficiência. Conclusão: O conhecimento das práticas permitiu identificar a distância existente entre o trabalho prescrito e as condições concretas de sua realização, o que possibilita a adoção de estratégias para melhoria no processo e organização do trabalho no Centro Especializado em Reabilitação.
  • ANNY RAFAELLY DE CARVALHO QUEIROZ SILVA
  • EFEITOS AGUDOS DE DIFERENTES PROTOCOLOS DE PRÉCONDICIONAMENTO ISQUÊMICO SOBRE O DESEMPENHO, FORÇA E TEMPERATURA SUPERFICIAL DA PELE EM PRATICANTES DO CROSSFIT: “ESTUDO CROSSOVER”
  • Data: 28/02/2023
  • Hora: 10:00
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  • O CrossFit é uma modalidade que se caracteriza por ser intervalado de alta intensidade, proporcionando aos praticantes desenvolvimento de habilidades que promovem melhora no desempenho esportivo. De maneira análoga, o pré-condicionamento isquêmico (PCI) apresenta-se como uma forma de treinamento que visa otimizar o desempenho muscular aumentando a tolerância dos tecidos aos episódios de isquemia seguidos de reperfusão. Objetivo: Comparar os efeitos agudos de diferentes protocolos de PCI no desempenho muscular e resposta térmica superficial de atletas amadores do CrossFit. Metodologia: Participaram do estudo, 15 sujeitos (10 homens e 5 mulheres), de ambos os gêneros, na faixa etária de 18 a 35 anos, sem história de doenças metabólicas, cardiovasculares, ou do aparelho locomotor com Índice Tornozelo Braquial (ITB) entre 0,91 e 1,30 e que responderam negativamente a todos os itens do Questionário de Prontidão para Atividade Física/PAR-Q. Após a seleção eles executaram, de forma aleatória, um dos três protocolos a seguir: 1) pré-condicionamento isquêmico com 2 ciclos de isquemia nos membros (PCI-2C); 2) pré-condicionamento isquêmico com 4 ciclos de isquemia nos membros (PCI-4C); 3) pré-condicionamento isquêmico controle (PCI-CONT). Foram realizadas medidas de força isométrica de extensores de cotovelo e de joelho, antes e após o (WOD) e a termografia infravermelha, no início, pós PCI e WOD. Os dados foram analisados no software SPSS (v. 20.0), adotando um P0,05. Utilizou-se ANOVA (one way) para análise do tempo de execução do WOD, e para análise da força isométrica dos extensores de cotovelo e de joelho, além de ANOVA de medidas repetidas para comparação das médias, normalizadas, das temperaturas ao longo dos momentos de avaliação. Resultados: Não foram encontradas diferenças significantes entre os protocolos no que refere ao tempo de execução do WOD (F:2;12=0,09; P=0,916), assim como para a força isométrica de extensores de cotovelo (F:2;12=0,248; P=0,781) e de joelho (F:2;12=0,827; P=0,439). Para os termogramas das ROI’s superiores, inferiores e do rosto não foram observadas diferenças significantes entre os protocolos (P>0,05); entretanto existiram diferenças significantes entre as avaliações (P<0,05). Conclusão: Os protocolos se comportaram de maneira semelhantes, quanto ao tempo de execução e a força isométrica de extensores de cotovelo e de joelho, porém as médias normalizadas da temperatura ao longo das avaliações, diminuíram.
  • JOSÉ ERIVONALDO FERREIRA PAIVA JÚNIOR
  • A EXPERIÊNCIA DOS FISIOTERAPEUTAS DO CENTRO ESPECIALIZADO DE REABILITAÇÃO ACERCA DA ABORDAGEM DE CUIDADO À PESSOA COM DEFICIÊNCIA
  • Data: 28/02/2023
  • Hora: 08:00
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  • As práticas de cuidado do fisioterapeuta à Pessoa com Deficiência (PcD), ao longo do tempo, vem passando por transformações na busca pela oferta de assistência integral e centrada nas ideias da abordagem biopsicossocial. Objetivo: Conhecer os sentidos que emergem dos contextos pessoais dos fisioterapeutas que atuam no cuidado à PcD no Centro Especializado de Reabilitação (CER). Metodologia: Trata-se de um estudo qualitativo, descritivo e exploratório, apoiado teórico metodologicamente na análise de conteúdo proposta por Bardin. Para esta pesquisa foi adotado como técnica de trabalho de campo a observação participante e a entrevista, que foi guiada por um roteiro previamente definido. O contexto localizador da pesquisa foi um CER no estado da Paraíba - PB. Foram entrevistados 13 fisioterapeutas. Resultados: O estudo mostra que ainda existem dificuldades em ofertar o cuidado integral aos usuários no CER. Os fisioterapeutas do CER apresentam problemas na comunicação interna e com a rede de cuidado, além de dificuldades na operacionalização do trabalho interprofissional; e que a prática fisioterapêutica no CER ainda é muito dependente de equipamentos e tecnologias. Conclusão: Os conhecimentos dos contextos particulares contidos nas experiências dos fisioterapeutas. permitiram identificar que ainda existem barreiras para proporcionar o cuidado ampliado e integral com foco no modelo biopsicossocial à PcD.
  • SILVANA CRISTINA DE ARAÚJO PEREIRA VENCESLAU
  • “EFEITOS DA FOTOBIOMODULAÇÃO NO REPARO TECIDUAL DE LESÕES POR QUEIMADURAS DE SEGUNDO GRAU: ENSAIO CLÍNICO ALEATORIZADO, CONTROLADO E DUPLO CEGO”
  • Orientador : HELEODORIO HONORATO DOS SANTOS
  • Data: 27/02/2023
  • Hora: 16:00
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  • Queimadura é uma injúria tecidual causada por agentes térmicos, químicos, elétricos, biológicos ou radioativos, que vem sendo tratada por meio da fotobiomodulação por ser uma opção de baixo custo para acelerar a cicatrização desse tipo de lesão, como vem sendo demonstrado em pesquisas experimentais com animais. Objetivo: Comparar o efeito da fotobiomodulação por LED vermelho, LED infravermelho e terapia simulada, sobre a taxa de reepitelização, presença de dor, prurido, temperatura cutânea, qualidade da cicatrização e mobilidade da cicatriz entre indivíduos com queimaduras de segundo grau. Métodos: Trata-se de um ensaio clínico aleatorizado e controlado duplo cego. Foram tratadas 12 lesões por queimadura, divididas em 3 grupos: Grupo Led Vermelho (n = 2), Grupo LED infravermelho (n = 5), e Grupo Sham (n = 4). Foram avaliadas, diariamente, até a cicatrização a presença de: dor, prurido, temperatura cutânea e tamanho da ferida, e ao término da cicatrização, foram avaliadas a mobilidade e qualidade da cicatriz. Os dados foram analisados por meio da estatística descritiva, taxa de reptelização, temperatura cutânea e mobilidade da cicatriz foi realizado ANOVA para medidas repetidas, seguido de post-hoc de Bonferroni, Para a comparação de dias totais para a cicatrização completa por grupo, foi realizada uma anova de um fator e para qualidade da cicatriz Kruskall wallis considerando um nível de significância de P0,05. Resultados: Apesar dos resultados não demostrarem mudança significativa no que diz respeito a taxa de reepitelização, dor, prurido e qualidade da cicatriz é possível observar uma melhora clínica dos voluntários que foram tratados com ledterapia.
  • EMANOEL DOS SANTOS NASCIMENTO
  • A IDENTIDADE DE SI DO PROFISSIONAL FISIOTERAPEUTA: uma aproximação inicial
  • Data: 27/02/2023
  • Hora: 14:00
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  • INTRODUÇÃO: Em 1969 a Fisioterapia passa a ser reconhecida como uma profissão no Brasil, tornando-se uma das 14 profissões regulamentadas no campo da saúde. Calcada no modelo biomédico e pelo discurso do profissionalismo como forma estatutária e ideológica de organização de trabalho, a profissão vem (re)escrevendo seu caminho pautada na autonomia profissional, em busca de uma identidade profissional própria fundamentado numa prática cientificamente orientada. OBJETIVO: Analisar a identidade de si do profissional dos fisioterapeutas atuantes no Brasil. METODOLOGIA: Tratou-se de um estudo descritivo, exploratório e não probabilístico, operacionalizado por meio do uso combinado dos métodos qualitativo e quantitativo, com a utilização da técnica de coleta de dados por um questionário semiestruturado online. Os dados quantitativos foram analisados por meio da estatística descritiva e os qualitativos, oriundos das evocações das palavras, por meio da frequência dos grupos semânticos, ordem média de evocações e nuvens de palavras. RESULTADOS: Participaram do estudo 495 fisioterapeutas, predominantemente do sexo feminino, brancos, formados por instituições de ensino superior privadas, que tinha o curso de Fisioterapia como primeira escolha, haviam cursado ou estavam cursando especialização e estavam satisfeitos com o seu trabalho. Considerando as categorias propostas por Claude Dubar, os participantes caracterizaram a formação como difícil e demanda conhecimento; a carreira como difícil e gratificante; o mercado de trabalho como difícil e concorrido; e o processo de trabalho como gratificante e cansativo. CONCLUSÃO: Embora a Fisioterapia seja uma profissão recente no âmbito da saúde, apresentando fragilidades na sua inserção no mercado de trabalho e forma de atuação, a profissão tende a ganhar novos espaços, sobretudo a ser reconhecida com uma identidade própria, quebrando o paradigma de uma imagem reabilitadora e cristalizada no modelo biomédico.
  • ADALBERTO GOMES PEREIRA JUNIOR
  • NÍVEL DE SATISFAÇÃO, QUALIDADE DO SONO E DE VIDA DE PACIENTES ATENDIDOS COM ACUPUNTURA E AURICULOPUNTURA EM SERVIÇO PÚBLICO ESPECIALIZADO.
  • Data: 27/02/2023
  • Hora: 09:00
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  • A Qualidade de Vida Relacionada à Saúde pode ser definida como o quanto a condição de vida do paciente está sendo deteriorada, modificando os componentes físico e mental. O Sono é um estado fisiológico que acontece reparações, desordens nele, podem ocasionar a não consolidação da memória, imunossupressão, estresse físico e mental. A Política Nacional das Práticas Integrativas e Complementares foi instituída no Sistema Único de Saúde com o intuito de prevenir agravos, promover saúde e recuperar os enfermos. O objetivo do estudo foi analisar a influência da utilização da Acupuntura e/ou Auriculopuntura no Nível de Satisfação, Qualidade de Vida Relacionada à Saúde (QVRS) e Sono dos pacientes atendidos em serviço especializado do Município de João Pessoa – PB. Trata-se de um Pesquisa de campo, descritiva, com abordagem quali-quantitativa, de caráter longitudinal, realizada no CPICS “Equilíbrio do Ser” entre out/22 e jan/23. Obteve-se a amostra por acessibilidade, sendo um total de vinte pacientes, submetidos no início, a um Questionário de Perfil Sociodemográfico e Clínico, Questionário de Qualidade de Vida SF-36 e Índice de Sono de Pittsburg (Pré e pós intervenção) e Questionário de Satisfação do Cliente (CSQ-8), após a alta terapêutica. Aos terapeutas também se direcionou um questionário de perfil clínico e relação com as Práticas Integrativas. Para a análise estatística descritiva e inferencial dos dados utilizou-se o programa estatístico IBM SPSS Statistics, versão 22.0. O Teste de Shapiro-Wilk foi empregado para verificar a normalidade das variáveis, o teste t de Student para comparação das médias das variáveis contínuas e o teste de Wilcoxon para as medianas das variáveis discretas, considerando um teste significativo (P<0,05). A grande maioria dos pacientes são mulheres (90%), faixa etária de 60 a 69 anos (45%) e solteiros(as) (45%). Realizou-se 148 sessões, sendo a Auriculopuntura a técnica mais difundida (93,1%). Os domínios SF36 Capacidade Funcional (P=0,004), Saúde Mental (P=0,018), Aspectos Sociais (P=0,041), Vitalidade (P= 0,043) e escore geral (P=0,025) tiveram uma mudança estatisticamente significativa. Ao final do tratamento 90% dos indivíduos ficaram muito satisfeitos. Quanto aos terapeutas, metade tem remuneração entre 1SM e 2SM nesse vínculo e não tiveram contato com Acupuntura durante a graduação. O serviço especializado foi eficaz proporcionando melhora significativa na QVRS e alto índice de satisfação com as sessões de Acupuntura/Auriculopuntura em seus pacientes.
2022
Descrição
  • LUANNY BERNARDO DE MEDEIROS
  • TERMOMONITORAMENTO DO TENDÃO DO CALCÂNEO DURANTE EXERCÍCIOS ISOMÉTRICO E ISOTÔNICO ASSOCIADO À FOTOBIOMODULAÇÃO
  • Data: 30/11/2022
  • Hora: 14:30
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  • O conhecimento prévio das adaptações fisiológicas e térmicas do tendão aos diferentes tipos de exercício, bem como da sua associação com a fotobiomodulação (FBM) são essenciais para o estabelecimento de protocolos eficazes na prevenção e no tratamento das tendinopatias do calcâneo. Objetivo: Analisar o padrão termal da pele sobre o TC de indivíduos saudáveis submetidos a FBM em associação aos exercícios isométrico e isotônico. Método: Trata-se de um estudo experimental, cross-over, aleatorizado e simples cego, que utilizou dois grupos independentes de exercício: 1. Isométrico e 2. Isotônico, associados a FBM real e simulada, com tempo de washout de uma semana. A amostra foi constituída por 32 voluntários saudáveis, de ambos os gêneros e fisicamente ativos, distribuídos igualmente entre os grupos (n= 16 sujeitos, sendo 8 do gênero masculino e 8 do gênero feminino). Que foram submetidos a avaliação por vídeo termográfico; avaliação da força muscular isométrica do tríceps sural; da percepção subjetiva de esforço e dor. Os dados foram processados por meio do SPSS versão 20.0 adotando um nível de significância de 5% e intervalo de confiança de 95%. Utilizou-se Test t pareado para comparação das medidas de força pré e pós e aplicou-se uma Anova de medidas repetidas para comparação das médias das temperaturas nos 10 tempos. A dor e o esforço percebido foram comparados com o teste de Man Whitney e utilizou-se o êta parcial (η2) para interpretação do tamanho do efeito. Resultados: Observou-se interações significativas entre tempo x membro (p= 0,01), na qual a temperatura do membro experimental foi maior que a do membro controle. E na análise tempo x exercício (p=0,001), com o grupo excêntrico apresentando temperaturas maiores do que o grupo isométrico nos tempos referentes a execução do protocolo de exercício. As medidas de força apresentaram uma boa reprodutibilidade (ICC=0,859; p=0,001) e não foram verificadas diferenças significativas com a aplicação prévia da FBM. O grupo excêntrico apresentou uma maior percepção de esforço (p=0,001) e dor (p=0,001) do que o grupo isométrico, verificou-se uma fraca correlação significativa (r=0,336; p=0,007) entre elas. Conclusões: O exercício isotônico apresenta maior amplitude térmica sobre o TC exercitado, podendo atuar de forma preventiva e na reabilitação das tendinopatias. Por outro lado, o exercício isométrico pode ser indicado nas fases precoces da reabilitação de rupturas tendinosas, pois pode ser melhor tolerado já que apresentaram uma menor esforço percebido e desconforto. A FBM na dose aplicada neste estudo não foi capaz de provocar alterações térmicas ou na força muscular nos sujeitos.
  • LEÂNIA GERIZ PEREIRA DE OLIVEIRA
  • A ATUAÇÃO DOS FISIOTERAPÊUTAS NOS CENTROS ESPECIALIZADOS EM REABILITAÇÃO A PARTIR DA IMPLEMENTAÇÃO DA REDE DE CUIDADO À PESSOA COM DEFICIÊNCIA
  • Data: 29/11/2022
  • Hora: 14:00
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  • Esta pesquisa tem como tema a atuação fisioterapêutica nos Centros Especializados em Reabilitação, a partir das diretrizes que norteiam o cuidado integral à saúde dispostas na Rede de Cuidado à Pessoa com Deficiência. Para tanto, objetivou analisar comparativamente e caracterizar as ações realizadas pelos fisioterapeutas dos Centros Especializados em Reabilitação de oito estados do país na perspectiva do cuidado integral à saúde, tendo como referência a implementação da Rede de Cuidado à Pessoa com Deficiência no SUS. A partir disso, identificou-se o conhecimento dos fisioterapeutas dos CER´s sobre os dispositivos para gestão do cuidado, a saber: Apoio Matricial (AM) e Projeto Terapêutico Singular (PTS); elencou-se as ações de cuidado à saúde realizadas pelos fisioterapeutas dos CER, relacionando-as com os pressupostos para estruturação do cuidado previstos na Portaria de Consolidação nº 3/2017; criou-se um escore para classificar as ações realizadas, considerando sua abrangência intra-serviço, entre serviços e intersetorial; e, com base no escore, comparou-se as diferenças das ações realizadas pelos fisioterapeutas entre os estados participantes do estudo, na perspectiva do cuidado integral. A pesquisa caracterizou-se como um Estudo de Caso e contou com a participação de 387 (trezentos e oitenta e sete) fisioterapeutas inseridos em CER’s espalhados por 99 centros distribuídos por oito estados brasileiros. Pôde-se observar como a perspectiva de cuidado integral à saúde aparece na atuação fisioterapêutica nos CER’s, se a conduta dos profissionais está alinhada ao que concerne à Rede de Cuidado à Pessoa com Deficiência, dispostas na legislação do SUS. Como resultado desta pesquisa, observou-se que, de modo geral, as ações desenvolvidas pelos fisioterapeutas entendem o cuidado como uma demanda no CER, e trabalham de maneira articulada dentro do centro. No entanto, quando a articulação é entre os demais serviços, externos ao CER, seja na RCPD, seja com outros setores, como a educação, apresenta fragilidade.
  • RAFAEL MEDEIROS DA SILVA
  • : O CUIDADO À SAÚDE DA PESSOA COM DEFICIÊNCIA NOS CENTROS ESPECIALIZADOS EM REABILITAÇÃO (CER) DA PARAÍBA NO CONTEXTO DA PANDEMIA DE COVID-19
  • Data: 28/11/2022
  • Hora: 11:00
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  • A pandemia de COVID-19 modificou, repentinamente, o cenário de vida das pessoas, em especial, da população de pessoas com deficiência (PCD), que tiveram alterações no seu processo de reabilitação, devido às medidas de isolamento social que ocasionaram a interrupção do atendimento dos Centros Especializados em Reabilitação (CER). Assim, para garantir a continuidade da assistência e cuidado aos usuários, esses serviços precisaram desenvolver estratégias e se adaptar à utilização de atividades remotas, com ênfase nas modalidades de telerreabilitação. Nesse contexto, se faz necessário analisar como essas adaptações impactaram no processo de reabilitação das PCD. OBJETIVO: Compreender a repercussão das estratégias de gestão do cuidado utilizadas por CER’S durante as diversas Universidade Federal da Paraíba Centro de Ciências da Saúde Programa de Pós-Graduação em Fisioterapia/PPGPFis fases da pandemia de COVID-19, na perspectiva dos gestores, fisioterapeutas e outros profissionais de saúde de nível superior das equipes multiprofissionais destes serviços. MÉTODOS: Trata-se de uma pesquisa descritiva de métodos mistos, realizada nos CER’s do tipo IV da Paraíba, estruturada em etapas, composta por: uma pesquisa documental, entrevistas em profundidade com gestores e fisioterapeutas, e aplicação de questionário online com a equipe multiprofissional destes serviços. Os dados foram analisados por meio de triangulação de métodos, mediante o cruzamento dos dados obtidos na análise documental, nas entrevistas e nos questionários aplicados aos profissionais da equipe multiprofissional. RESULTADOS: Participaram da pesquisa 03 gestores e 175 profissionais de saúde de nível superior, dos quais, 08 fisioterapeutas participaram de entrevista semiestruturada em profundidade e 167 profissionais responderam ao questionário auto aplicado pela plataforma google forms. Os entrevistados e a maior parte dos profissionais (94%) informaram que os serviços interromperam o atendimento, interrompendo nas duas primeiras ondas pandêmicas (52,2%), e durante um intervalo 8 a 10 meses (41,4%). Os participantes se concentraram na realização do atendimento remoto (34,4%), com um predomínio no desenvolvimento de até duas modalidades remotas: Tele Atendimento e a Tele Consulta (45,9%). Todos os profissionais (100%) participantes afirmaram que os usuários apresentaram alguma dificuldade, sendo a mais frequente, a resistência na adesão às atividades propostas (44,9%). A maior parte (80,3%) afirmou que os usuários apresentaram evolução insatisfatória ou regressão do seu quadro clínico, sendo mais frequente, a redução das capacidades intelectuais (25,7%). A maioria dos participantes afirmou que a teleconsulta pode ser incorporada às atividades de rotina (48,5%) do CER. CONCLUSÃO: Ficou evidenciado que a interrupção no funcionamento dos CER’s, e as adaptações às novas modalidades de atendimento de Telerreabilitação ocasionaram evoluções insatisfatórias nos usuários. O papel do cuidador/familiar ganhou ainda mais respaldo como elo fundamental no processo de adesão às terapias propostas, sendo fator condicionante para o êxito do tratamento. A telerreabilitação ganhou destaque como fator adjuvante ao tratamento convencional para manter os ganhos obtidos, melhorar a logística ou permitir a continuidade do atendimento, quando não for possível a realização do atendimento presencial ou de forma complementar a esta modalidade de atendimento. Salienta-se a necessidade de investimentos visando qualificar essa modalidade assistencial
  • ANA PATRÍCIA GOMES CLEMENTINO
  • DOR E DESCONFORTO OSTEOMIOARTICULAR EM TRABALHADORES DO SETOR DE TRANSPORTE EM JOÃO PESSOA: UM ESTUDO DE PREVALÊNCIA
  • Data: 09/11/2022
  • Hora: 08:30
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  • Introdução: A dor, é um evento comum nos diversos cenários que envolvem a assistência à saúde, desde o nascimento até a morte, seja no âmbito hospitalar ou fora dele. No Brasil, as afecções musculoesqueléticas relacionadas com o trabalho, conhecidas como Distúrbios Osteomioarticulares, representam atualmente o principal grupo de agravos à saúde, entre as doenças ocupacionais no mundo moderno. Objetivo: Identificar a prevalência da dor e das afecções osteomioarticulares nos diversos segmentos corporais dos trabalhadores do setor de transporte, no município de João Pessoa/PB. Materiais e Métodos: Esse estudo é do tipo documental, observacional, descritivo, transversal, de caráter quantitativo, desenvolvido no Serviço Social do Transporte (SEST) em João Pessoa/PB, no período de Janeiro a Fevereiro de 2022. O universo do estudo foi constituído de indivíduos do ramo do transporte, de ambos os sexos, na faixa etária entre 25 a 74 anos, cuja amostra totalizou em 152 sujeitos escolhidos de forma aleatória e por conveniência. As variáveis gênero, peso, idade e altura, índice de massa corpórea(IMC), além de dados clínicos e de saúde, e estilo de vida foram estudadas. Os dados foram agrupados em banco de dados no aplicativo EXCEL®. A estatística descritiva foi realizada por meio do software SPSS, versão 20.0 para Windows, com as respectivas frequências absolutas e percentuais, Razão de risco e proporções. Aplicou-se o modelo descritivo de Peso da Evidência (WoE), o qual permitiu determinar a influência dos fatores. Assim como, o modelo Multivariado de análise de correspondência simples e Analise de variância. O estudo teve aprovação previa do Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade Federal da Paraíba, através do Parecer: 5.156.893. Resultados: Verificou-se que 82,0% dos trabalhadores relataram algum tipo de sintoma músculo esquelético, localizados, principalmente, na região lombar (41,0%), cervical (37,1%), seguido de joelhos (9,5%). Observou-se associação entre os sintomas e os fatores socio demograficos, estilo de vida, faixa etária, assim como, o IMC. Conclusões: A prevalência de dor e afecções osteomioarticulares nos trabalhadores de transporte é expressiva, necessitando de ações de promoção à saúde.
  • JOHNATHAN ALLYSON QUARIGUASI FERREIRA
  • MonitoramentoTermográfico Dos Pontos Gatilhos Do Músculo Trapézio e Elevador da Escápula Durante Agulhamento à Seco e Compressão Isquêmica
  • Data: 28/10/2022
  • Hora: 08:30
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  • As dores musculoesqueléticas acometem grande parte da população e a Síndrome da Dor Miofascial (SDM) destaca-se por causar dor muscular em regiões específicas devido à presença de nódulos hipersensíveis, denominados Trigger Points (TPs). O Agulhamento À Seco (AS)e a Compressão Isquêmica (CI) são recursos terapêuticos frequentemente utilizados na SDM. A termografia Infravermelha (TI) tem sido utilizada para identificar alterações térmicas nos músculos acometidos e pode ajudar na monitoração da resposta termal durante os procedimentos terapêuticos. Objetivo: Analisar as variações de temperatura da pele em portadores de SDM, antes, durante e após a aplicação das técnicas de AS e CI.Metodologia: Trata-se de um estudo clínico randomizado, realizado com 32 participantes de ambos os sexos que foram alocados no grupo de AS (n=16) ou de CI (n=16) e receberam uma sessão de uma das técnicas. Foi utilizada a algometria para a mensuração do limiar de dor à pressão, a Escala Numérica de Dor (END) para a quantificação da dor e a TI para analisar as alterações de temperatura da pele durante os procedimentos de AS e CI. Os dados desta pesquisa foram analisados noStatisticalPackage for the Social Sciences(SPSS) versão 20.0, onde foram aplicados os modelos estatísticos paramétricos (ANOVA com medidas repetidas) ou não paramétricos (ANOVA de Friedman) para a comparação de dois grupos independentes com nível de significância de 5%.Resultados: Observou-se que houve uma maior temperatura na área experimental em relação a área controle imediatamente após o procedimento, que também ocorreu um aumento de temperatura, porém apenas no grupo CI, após o procedimento. E adicionalmente, houve melhora aguda do LDP e da END após a aplicação dos procedimentos, sem diferença intergrupos. Conclusão:A CI resultou em uma maior elevação de temperatura na área da intervenção do que o AS. Tendo as intervenções resultados significantes sobre o aumento do LDP e da END referida pelos sujeitos, imediatamente após a aplicação dos procedimentos terapêuticos evidenciando-se que as intervenções podem resultar na melhora clínica aguda dos indivíduos com SDM. As alterações termais da CI e AS ocorrem em magnitudes e tempos diferentes, porém podem representar a indicação de um caminho para elucidação dos mecanismos de ação terapêutica e de dosificação da aplicação das técnicas com implicações para o aperfeiçoamento dos tratamentos das condições clínicas musculoesqueléticas.
  • FRANCILENE LIRA MATIAS
  • ACOMPANHAMENTO DA TEMPERATURA CUTÂNEA DE MULHERES EM USO DE HORMÔNIOS EXÓGENOS: ESTUDO LONGITUDINAL
  • Data: 31/08/2022
  • Hora: 10:30
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  • Introdução: Os hormônios sintéticos contidos nas preparações anticoncepcionais orais podem exercer efeitos diferentes dos hormônios endógenos e modificar o perfil térmico corporal de mulheres usuárias. Sendo assim, a medição da temperatura pela via cutânea pode investigar sua variação ao longo do ciclo menstrual e auxiliar na detecção precoce de anormalidades. Objetivo: Acompanhar e comparar o perfil térmico cutâneo de mulheres jovens usuárias e não usuárias de anticoncepcional oral combinado durante as fases do ciclo menstrual. Método: Trata-se de um estudo observacional prospectivo, com abordagem quantitativa, que foi realizado no Laboratório de Termografia da Universidade Federal da Paraíba. Foram avaliadas o perfil antropométrico e sociodemográfico, a imagem térmica cutânea, a composição corporal e a Síndrome da Tensão Pré-Menstrual (STPM) de 30 voluntárias, alocadas em dois grupos, por conveniência: Grupo Hormônio Exógeno (GHE), e Grupo Ciclo Menstrual Fisiológico (GCMF), as quais foram submetidas a quatro avaliações uma vez por semana, em um período de 28 dias. O desfecho principal foi a média das temperaturas de regiões específicas (mamas, glúteos, lombar, abdômen, posterior de coxas e canto interno dos olhos) e a média geral das áreas, enquanto o desfecho secundário foi a comparação da composição corporal com a temperatura e os sinais da STPM entre o GHE e GCMF. Foram realizados testes ANOVA para medidas repetidas com Bonferroni, correlação linear de Pearson e teste t-Student, utilizando o Software SPSS, Versão 21.0. Resultados: Observou-se que os grupos GHE e GCMF eram semelhantes na linha de base quanto as variáveis antropométricas e de composição corporal. Embora tenha-se verificado na análise intragrupo que a temperatura cutânea das voluntárias não variou significativamente ao longo dos tempos de avaliação, na análise intergrupos observou-se que o GCMF apresentou temperaturas maiores (DIF= -0,44 ºC e P= 0,04) para a mama em relação ao GHE na fase lútea. No que diz respeito à composição corporal, encontrou-se correlação negativa significativa entre a gordura dos segmentos analisados e a temperatura cutânea (P<0,05). Por fim, as mulheres do GHE apresentaram mais queixas físicas da STPM, porém não houve diferença estatisticamente (P>0,05) significativa do escore geral da STPM comparando-se os grupos de estudo. Conclusão: Os achados apontam que não houve interferência da atuação dos hormônios fisiológicos ou exógenos na temperatura cutânea de mulheres jovens, e que as regiões com maior percentual de gordura apresentam temperaturas mais baixas e o uso de hormônios combinados não afeta os sintomas da STPM.
  • KARINA VIEIRA DA COSTA
  • Eficácia de um protocolo de reabilitação cardiopulmonar na função pulmonar e muscular respiratória de pacientes com síndrome pós COVID-19:um ensaio clínico randomizado
  • Data: 31/08/2022
  • Hora: 09:00
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  • Introdução: O surgimento da COVID-19 vem demandando respostas rápidas e efetivas no campo da Saúde Pública. Além dos sintomas durante a doença, as pessoas que foram infectadas pelo corona vírus também podem ser acometidas pela síndrome pós COVID 19, que consiste em sintomas persistentes como a fadiga e dispneia. Sendo assim, é necessário proporcionar estratégias de recuperação físico-funcional e a reintegração social dessas pessoas por meio da reabilitação cardiopulmonar. No entanto a literatura ainda é escassa quanto aos exercícios que mais beneficiam essa população e qual o protocolo e parâmetros adequados para a potencialização dos resultados. Objetivo: avaliar a eficácia de um protocolo de reabilitação na função pulmonar e muscular respiratória em pacientes com síndrome pós COVID-19. Métodos: Trata-se de um ensaio clínico controlado e randomizado, envolvendo dois grupos de participantes:(1) reabilitação cardiopulmonar;(2) controle. O grupo reabilitação cardiopulmonar participou de um programa de reabilitação que foi composto por: terapia de expansão pulmonar, treinamento muscular respiratório, exercício de fortalecimento de membro superior e exercício aeróbico em esteira. Já o grupo controle participou de palestras de forma remota. Foram avaliados a função pulmonar e muscular respiratória dos sujeitos e a sensação de dispneia. Inicialmente, foram realizadas análises descritivas e inspeções de histogramas para determinar a normalidade dos dados ou a falta dela. As diferenças entre os grupos e seus respectivos intervalos de confiança a 95% foram calculados usando modelos lineares mistos com termos de interação: grupo e tempo. Foi considerada a matriz de covariância simetria composta. O software SPSS versão22.0 (IBM SPSS Corp., Armonk, NY) foi utilizado para análise estatística. Resultados: Foi observado um incremento da função muscular respiratória e a redução na sensação de dispneia após o protocolo de reabilitação cardiopulmonar comparado ao controle. Após a análise intra-grupo, os participantes da reabilitação obtiveram melhora na capacidade vital forçada, volume expiratório forçado no primeiro segundo e pico de fluxo expiratório na análise da função pulmonar. No entanto, o protocolo de reabilitação não foi associado a mudanças na fração de espessamento e mobilidade diafragmática durante a respiração basal destes pacientes. Conclusão: A reabilitação cardiopulmonar demonstrou ser uma importante alternativa complementar aos tratamentos já existentes, por proporcionar melhora na função pulmonar, força e resistência muscular respiratória e na sensação de dispneia de pacientes com síndrome pós COVID-19.
  • DAVID SAM PESSOA DE MENEZES
  • DUPLA TAREFA EM ESTEIRA E NEUROMODULAÇÃO NA FUNÇÃO EXECUTIVA E MOBILIDADE FUNCIONAL EM PESSOAS COM DOENÇA DE PARKINSON: um ensaio clínico piloto duplo cego e aleatorizado.
  • Data: 30/08/2022
  • Hora: 10:00
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  • Resumo: O treinamento de dupla tarefa associado à tDCS anódica parece melhorar a função cognitiva na DP. Objetivo: Analisar os efeitos de um treinamento de dupla tarefa durante marcha em esteira associado à neuromodulação na melhora da função executiva, mobilidade funcional e função motora de pessoas com doença de Parkinson. Método: Trata-se de um ensaio clínico piloto, placebo-controlado, duplo-cego e aleatorizado, realizado no laboratório NeuroMove da UFPB. Para o desfecho primário função executiva serão utilizadas as seguintes medidas de mensuração: Teste Stroop (desfecho primário), Teste de construção de trilhas, Teste de fluência verbal, Escala de avaliação cognitiva de Montreal. Para os desfechos secundários serão utilizados o TUG (mobilidade funcional); Teste de caminhada de 10 metros e MDS-UPDRS II e III (função motora). As avaliações foram realizadas em dois momentos: antes de iniciar o tratamento (T0) e após a décima segunda sessão (T1). As 12 sessões de intervenção foram realizadas três vezes por semana, seguidas ao longo de quatro semanas. O estudo foi composto por dois grupos: (1) treinamento de dupla tarefa associado à tDCS anódica; (2) treinamento de marcha simples associado à tDCS anódica. Os participantes também foram estratificados quanto ao fenótipo motor “tremor dominante” (TD) e “Desordens da marcha/instabilidade postural” (DMIP).O software Statistical Package for Social Sciences - SPSS, Versão 20.0 foi utilizado e, considerado um valor de P < 0,05 (chance de erro) para diferença entre os momentos entre avaliação inicial e avaliação pós intervenção. Os resultados da presente dissertação produziram dois artigos científicos originais. A análise por estratificação dos fenótipos mostrou diferença significativa entre os fenótipos para o TUG, e para o nível de ansiedade e de depressão. Para o fenótipo TD: houve correlação positiva do Stroop com o TUG-DT e TMT; e do MoCA com o TFV. Houve correlação negativa do TMT com o com o TFV; Stroop com o TFV e com o MoCA. Para o fenótipo DMIP: houve correlação positiva do Stroop com a MDS-UPDRS III e com o TMT; e da MDS-UPDRS III com o TMT. Houve correlação negativa do Stroop com o MoCA e com o TFV; e do MoCA com o TUG e com o TMT. Os dados preliminares do ensaio clínico evidenciaram que ambos os grupos (experimental e controle) mostraram mudança no Stroop NC (p=0,039), TMT (p=0,022), TFVA 5s, TFVP 5s (p=0,005), TFVP 60s (p=0,001) e TUG (p=0,051). Houve diferença significativa entre os grupos para o TFVP 60s (p=0,020). Conclusão: Os fenótipos TD e DMIP apresentam características diferentes quanto à mobilidade funcional e níveis de ansiedade e depressão. A melhora da memória semântica foi mais expressiva no grupo submetido ao treinamento por dupla tarefa associada tDCS.
  • ALESSANDRA FEITOSA GONÇALVES
  • AVALIAÇÃO DA TEMPERATURA CUTÂNEA, COMPOSIÇÃO CORPORAL E QUALIDADE DE VIDA DE MULHERES EM IDADE REPRODUTIVA E NA MENOPAUSA: ESTUDO LONGITUDINAL
  • Data: 29/08/2022
  • Hora: 09:00
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  • INTRODUÇÃO: O ciclo menstrual e a menopausa são acontecimentos fisiológicos femininos, marcados por alterações hormonais, capazes de afetar o mecanismo de termorregulação corporal e, consequentemente, causar modificações na temperatura basal. OBJETIVO: Avaliar a temperatura cutânea de mulheres durante o ciclo menstrual fisiológico e na menopausa utilizando a termografia por infravermelho. METODOLOGIA: O estudo caracteriza-se por ser do tipo observacional, longitudinal e prospectivo, com abordagem quantitativa. A amostra total foi de 30 mulheres, divididas em dois grupos: ciclo menstrual fisiológico - CMF (n=15) e menopausa - MN (n=15). O protocolo foi desenvolvido tendo como base o período de um mês para os dois grupos, constituindo-se de quatro avaliações da temperatura cutânea (face e regiões superior e inferior do corpo nas vistas anterior e posterior) por meio da termografia por infravermelho e da composição corporal, utilizando uma balança de bioimpedância, realizadas semanalmente. Foram conduzidas análises descritivas, por meio de contagem de frequência e de medidas de tendência central, para todos os desfechos, bem como para as características sociodemográficas e de saúde da amostra. Também se procedeu um teste de ANOVA (medidas repetidas) com post hoc de Bonferroni, objetivando realizar comparações intragrupos e intergrupos das variações da temperatura cutânea ao longo dos períodos de avaliação e testes de correlação linear de Pearson entre a temperatura cutânea, temperatura corporal central, e composição corporal. As análises foram realizadas por meio do SPSS (versão 21,0), adotando-se um nível de significância de 5% (P≤ 0,05) e intervalo de confiança de 95%. RESULTADOS: De modo geral, não houve diferença estatisticamente significativa nas temperaturas cutâneas médias para ambos os grupos, tanto ao se realizar comparações intragrupos quanto intergrupos (P>0,05). Quanto às correlações, observou-se que apenas o CMF apresentou correlação positiva entre temperatura média de glúteos com o canto interno dos dois olhos (r=0,530; P=0,042) e especificamente com o do olho direito (r=0,522; P=0,046). Ademais, para o grupo CMF, observou-se que a temperatura da mama, abdômen e região posterior do tronco apresentaram correlação negativa significativa (P<0,05) com a gordura do tronco, membros superiores e inferiores. Já para o grupo MN, observou-se apenas uma correlação negativa moderada (r=-0,591; P=0,020) entre a temperatura média do tronco e gordura do tronco. Para ambos os grupos, a qualidade de vida foi afetada em relação aos sintomas relatados pela amostra. CONCLUSÃO: Para o protocolo adotado e a amostra do estudo, os achados apontam que não houve interferência significativa da atuação dos hormônios fisiológicos na temperatura cutânea de mulheres eumenorreicas e menopáusicas, o que sugere que a fase do ciclo menstrual fisiológico e a menopausa não impactam significativamente nos resultados obtidos por meio da termografia por infravermelho.
  • LAIZE GABRIELE DE CASTRO SILVA
  • Associação da fragilidade com diabetes mellitus e hipertensão arterial sistêmica
  • Data: 29/08/2022
  • Hora: 09:00
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  • Introdução: A fragilidade, diabetes mellitus e hipertensão arterial sistêmica são condições frequentes na população idosa e cada vez mais reconhecidos como problemas de saúde pública, no entanto essa associação ainda é pouco explorado na população brasileira. Objetivo: Analisar a relação entre itens do fenótipo de fragilidade de Fried com Diabetes Mellitus e Hipertensão Arterial Sistêmica. Metodologia: Foram utilizados os dados obtidos pela REDE FIBRA (Rede de Estudos sobre Fragilidade em Idosos Brasileiros), que consiste em um estudo epidemiológico de corte transversal, multicêntrico e multidisciplinar. Foi realizado com idosos com 65 anos ou mais, moradores de 8 cidades de diferentes regiões do país. Foram avaliados características sociodemográficas, doenças crônicas (Diabetes Mellitus e Hipertensão Arterial Sistêmica) e os componentes da fragilidade física. Para análise de dados foi empregada a estatística descritiva, seguida um modelo de Regressão de Poisson e modelo de Regressão logística. Resultados: A amostra total foi composta por 3390 idosos e 2365 idosos apresentaram pelo menos 1 item positivo. A prevalência da fragilidade foi de 16,4% e de pré –frágeis foi de 53,4%. A redução no nível de atividade física foi o item mais prevalente na amostra (57,3%). Os idosos com diagnósticos diabetes e aqueles com ambas as comorbidades (diabetes e hipertensão) obtiveram maiores prevalências de um maior número de itens positivos no Fenótipo de Fried. Conforme o modelo de regressão logística os idosos com diagnóstico de diabetes apresentaram maior chance (OR = 2,34) de obter o critério de perda de peso positivo e os idosos hipertensos apresentaram maiores chances (OR= 1,62) de ter o critério de fadiga positivo comparado aqueles sem nenhum diagnóstico. Para a redução de preensão palmar aqueles com ambas as doenças possuíram menos chances de obter o critério positivo. Em relação à redução do nível de atividade física e à lentidão na marcha, não foi observada nenhuma associação com as doenças avaliadas. Conclusões: É importante a avaliação e identificação da fragilidade no cuidado de rotina dos pacientes com diabetes e hipertensão, além disso medidas de ação específicas podem ser incorporadas nos diferentes níveis de atenção à saúde para o manejo da fragilidade.
  • MARIA ALESSANDRA SIPRIANO DA SILVA
  • Impacto de um programa com treinamento funcional por telerreabilitação sobre a função pulmonar, capacidade de exercício e qualidade de vida em pacientes pós covid-19: Ensaio clínico randomizado
  • Data: 27/01/2022
  • Hora: 09:00
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  • Introdução: o ano de 2020 foi marcado pela pandemia da Covid-19, causada pelo SARS-CoV2. Esta doença viral pode prejudicar diversos sistemas, e o sistema respiratório torna-se alvo principal para se estabelecer sequelas e disfunções sistêmicas que quando associadas podem predispor a intolerância ao esforço físico. Estratégias de reabilitação física presencial para restabelecer funções prejudicas nestes pacientes é um desafio, principalmente pelas medidas restritivas de isolamento social e neste sentido, as estratégias em domicilio por via remota pode contribuir na recuperação dos pacientes pós COVID 19. Objetivo: avaliar a eficácia e a viabilidade de um programa com treinamento funcional por telerreabilitação sobre a função pulmonar, tolerância ao esforço e qualidade de vida em indivíduos pós COVID-19. Métodos: ensaio clinico randomizado, com participação de indivíduos recuperados da COVID19 que foram alocados no grupo treinamento funcional com telerreabilitação e palestras (GT) e grupo controle com palestras (GC). Foram avaliados 30 indivíduos (60% mulheres) com média de idade de 48,2 ± 12,8 anos e IMC médio de 29,0 ± 6,3 Kg/m2 . O protocolo de intervenção teve duração de oito semanas, realizado por chamada de vídeo durante 3x/semana. Um total de oito palestras com temas de educação em saúde foram realizadas com encontros remotos a cada duas semanas entre os pesquisadores e os participantes. Foram avaliados a função pulmonar, a tolerância ao esforço e a qualidade de vida. A estatística foi realizada com planilhas excel e o programa SPSS 20.0. A normalidade e homocedasticidade foram avaliadas pelos testes de Shapiro-Wilk e Levene, respectivamente. Para as análises inferenciais foram empregados o teste ANOVA one way com Post hoc de Bonferroni, teste t de Student ou teste U de Mann-Whitney. Foi considerado como diferença estatística p < 0.05. Resultados: Na análise intragrupo, observa-se aumento significativo na capacidade vital (CV) e no VEF1para o GT (p = 0.000; p = 0,001), com aumento da CV para GC (p = 0.006). Não houveram diferenças significantes na CV forçada para o GT e GC (p = 0.144; p = 0.383, respectivamente) e na relação VEF1/CVF (p = 0.275; p = 0.197, respectivamente). Na análise da diferença da média entre grupos, verifica-se que a CV e o VEF1 apresentaram melhores respostas com o treinamento funcional (p = 0.032; p = 0.018, respectivamente). Nenhuma outra diferença estatística foi verificada para a CVF e o VEF1/CVF (p = 0.167; p = 0.434, respectivamente). O GT teve aumento significativo na distância percorrida (469,80 [429,43 - 510,16] vs 591,63 [560,04 - 623,23] metros; p = 0.003). Na análise entre grupos, o GT teve aumento de 121,84 metros e o GC foi de 6,56 metros (p = 0.000). Na análise intragrupo, o GC apresentou redução significante na saturação de oxigênio (98,2 [97,9 - 98,5] vs 97,9 [97,5 - 98,2] %; p = 0.048), mas sem diferença estatística na análise entre os grupos (p = 0.115). Não foram observadas diferenças significantes na análises intragrupo e entre os grupos na percepção subjetiva de esforço e frequência respiratória (p > 0.05, para todas as comparações).Na análise intragrupo, o GT teve melhora em todos os domínios da qualidade de vida (p < 0.05). Na análise da diferença da média entre grupos, observa-se que o GT apresentou melhora comparado ao GC, nos domínios de capacidade funcional (p = 0.015), limitações físicas (p = 0.03), dor (p = 0.00), vitalidade (p = 0.04) e no score geral (p = 0.04). Conclusão: O treinamento funcional supervisionado e realizado de forma remota foi capaz de melhorar a parâmetros da pulmonar, a tolerância ao esforço e a qualidade de vida em pacientes que apresentaram sequelas pós COVID-19. O protocolo por telerreabilitação com treinamento funcional mostrou-se seguro e eficaz na recuperação da funcionalidade dos indivíduos sobrevivente da COVID-19.
  • PALOMA LOPES DE ARAÚJO FURTADO
  • Efeitos do treinamento funcional por telereabilitação sobre a aptidão física, força muscular, e nível de depressão/ansiedade em indivíduos pós covid-19: Ensaio controlado randomizado
  • Data: 26/01/2022
  • Hora: 09:00
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  • Introdução: A COVID-19 é uma doença com alta taxa de mortalidade, causada pelo vírus SARS-CoV-2, com variação sintomática ou assintomática, que ataca o sistema cardiorrespiratório, neuromuscular e psicológico. Os indivíduos recuperados da doença necessitam de acompanhamento fisioterapêutico, porém o acesso à reabilitação física, neste momento, é dificultado pelas medidas de distanciamento social. A intervenção com exercício físico tem sido uma importante aliada na melhora da função cardiorrespiratória, motora e mental, porém há poucos estudos relacionados ao tratamento específico dessa população, principalmente relacionado à telereabilitação adaptada para o ambiente domiciliar. Objetivo: Avaliar os efeitos de um programa de treinamento funcional por telereabilitação, sobre a aptidão física, força muscular e nível de depressão/ansiedade em indivíduos pós COVID-19. Métodos: Ensaio controlado randomizado, amostra de 30 indivíduos recuperados da COVID19, ≥ 18 anos, alocados no Grupo Treinamento Funcional (GTF – treinamento funcional e palestras de educação em saúde; n=15) e Grupo Controle (GC – palestras de educação em saúde; n=15). Foram submetidos à avaliação da aptidão física (bateria de testes de Rikli e Jones), da força de preensão palmar (dinamômetro de preensão manual), e nível de depressão/ansiedade (Inventário de depressão e ansiedade de Beck), antes e 8º semana após intervenção. Foi utilizado o SPSS 20.0, teste de Shapiro-Wilk (normalidade dos dados) e Levene (homogeneidade das variâncias), t Student (comparação inter e intra grupo); com p<0,05. Resultados: Na força muscular, foi encontrada melhora significativa nos 2 grupos (p=0,00), porém sem diferença entre eles (p=0,28). Na aptidão física, o GTF obteve melhora significativa em todos os testes (p=0,00), e ao comparar com o GC houve melhora dos índices para todos eles: sentar e levantar, flexão de braço, TC6M (p=0,00) e levantar e ir (p=0,02), sem melhora para os índices do GC (sentar e levantar p=0,82; flexão de braço p=0,09; levantar e ir p=0,73; TC6M p=0,75). Com relação à saúde mental, o GTF apresentou redução significativa nos níveis de ansiedade (p=0,03) e depressão (p=0,01), e quando comparado ao GC, houve melhora estatisticamente significativa apenas nos níveis de depressão (p=0,00), sem melhora nos índices do GC (ansiedade p=0,10; depressão p=0,67). Conclusão: O treinamento de 8 semanas demonstrou ser viável e seguro para indivíduos pós COVID-19, repercutindo positivamente na função motora e saúde mental.
  • ANGÉLICA PALITOT DIAS DE LACERDA
  • Acurácia da Termografia Infravermelha na Detecção da Tendinopatia ou Risco de Lesão Tendínea: revisão sistemática com metanálise
  • Data: 21/01/2022
  • Hora: 14:00
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  • Introdução: Foi identificado que o sistema nervoso simpático (SNS) desenvolve papel como componente da tendinopatia, com aumento de sua inervação e intervenção sobre o fluxo sanguíneo local. Essa alteração pode ser diretamente retratada pela temperatura da pele na área do tendão patológico. Devido a sua capacidade de detectar variações da temperatura da pele, a termografia infravermelha (TI) pode ser uma ferramenta empregada para avaliação dessas alterações ocasionadas pelos processos da tendinopatia. Objetivo: Revisar sistematicamente as evidências do uso da TI no diagnóstico da tendinopatia e na detecção de risco de lesão tendínea. Métodos: Essa é uma revisão sistemática com metanálise realizada de janeiro a dezembro de 2021, baseada nas diretrizes metodológicas do PRISMA 2020. Foi realizada uma pesquisa abrangente nas bases de dados PubMed, PEDro, SciELO, Embase, CENTRAL e CINAHL. Foram inclusos na busca estudos de acurácia, ensaios clínicos randomizados e controlados, estudos longitudinais prospectivos e transversais, sem restrição de linguagem ou de tempo. A análise de risco de viés foi executada de acordo com o QUADAS-2 e foi realizada uma síntese quantitativa utilizando o programa Meta-DiSc 1.4. As medidas de acurácia da termografia infravermelha foram analisadas por meio da sensibilidade, especificidade, curva ROC sumária (SROC) e diagnostic Odds Ratio (DOR). Resultados: Oito estudos preencheram os critérios de elegibilidade para a revisão, mas para a metanálise foram inclusos sete estudos. Essa revisão com metanálise sugere que a TI possui acurácia para detectar tendinopatia por meio do cálculo da sensibilidade (72%; IC 95%: 67% - 77%), especificidade (95%; IC 95%: 92% - 98%), SROC (AUC= 0,97) e DOR (75,94; IC 95%: 12,04 – 479,14). Ao realizar uma análise de sensibilidade essa revisão sugere que para a epicondilite lateral a TI possui capacidade de detecção com sensibilidade de 93% (IC 95%: 86% - 97%), especificidade de 97% (IC 95%: 93% - 99%) e DOR de 221,38 (IC 95%: 21,09 – 2321,13). Já para tendinopatias da região do ombro a TI também demonstrou acurácia com sensibilidade de 63% (IC 95%: 56% - 70%), especificidade de 100% (IC 95%: 91% - 100%) e DOR de 60,71 (IC 95%: 8,10 – 454,87). Conclusão: A TI possui um alto poder de especificidade, com ausência de heterogeneidade entre os estudos, tanto na avaliação da epicondilite lateral quanto para tendinites da região do ombro. Foi demonstrado seu poder de diagnosticar a tendinopatia por meio dos resultados da análise da SROC e da DOR, porém o nível de heterogeneidade entre os estudos foi considerado importante, o que pode levar a imprecisão da estimativa de sua sensibilidade.
  • CAMILA MENDES VILLARIM MEIRA
  • Termografia infravermelha na avaliação da sobrecarga osteomioarticular por posturas de trabalho: uma revisão sistemática
  • Data: 19/01/2022
  • Hora: 09:00
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  • Introdução: Alguns fatores individuais e do ambiente de trabalho podem predispor o trabalhador aos distúrbios osteomusculares relacionados ao trabalho (DORT), comprometendo sua saúde, produtividade e segurança. A sobrecarga osteomioarticular pode causar alterações vasculares, metabólicas e inflamatórias que são sentidas pelos trabalhadores como dor, dormência, formigamento e fraqueza, que podem estar relacionadas às mudanças na temperatura corporal. Dentre os instrumentos de avaliação utilizados na análise ergonômica, a Termografia Infravermelha (TI) permite a visualização e quantificação das mudanças de temperatura na superfície da pele representando uma ferramenta auxiliar no diagnóstico e prevenção de doenças musculoesqueléticas. Objetivo: Analisar a utilização da TI como ferramenta auxiliar na avaliação da sobrecarga osteomioarticular em trabalhadores de diferentes categorias. Métodos: Uma revisão sistemática da literatura foi realizada utilizando as bases de dados PubMed, EMBASE, CENTRAL, CINAHL, PEDro e DITA, sem utilização de filtros, sem restrições de idioma ou período de publicação. Foram incluídos estudos de acurácia, ensaios clínicos randomizados, e observacionais do tipo estudo de caso, caso-controle, coorte e transversais que utilizaram a termografia infravermelha para avaliar a sobrecarga osteomioarticular. Foram excluídos estudos de revisão teórica (narrativa, integrativa, sistemática ou Scoping Review), estudos sem acesso ao texto completo, capítulos de livros, resumos de congressos e estudos duplicados. Os dados foram obtidos e analisados quanto ao risco de viés por meio do QUADAS 2. A escassez dos dados de acurácia não permitiu a realização de metanálise. Resultados e Discussão: Foram encontrados encontrados 6.609 artigos, destes, 2.165 foram excluídos por duplicatas; 4.392 excluídos após a leitura dos títulos; e 17 excluídos após a leitura dos resumos. Assim, 35 artigos foram selecionados para serem lidos na íntegra e avaliados quanto a elegibilidade. Destes, 25 foram excluídos pela falta de acesso ao texto completo e 01 por não utilizar a TI como tecnologia de avaliação da sobrecarga. Sendo assim, ao final, foram incluídos nesta revisão 09 artigos, em que o risco de viés incerto foi classificado na maioria dos estudos incluídos. Conclusão: Embora a TI já seja amplamente utilizada como auxiliar no diagnóstico de doença, a sua aplicabilidade e eficácia na avaliação e predição de riscos à saúde do trabalhador ainda é pouco estudada. De acordo com a literatura analisada, entende-se que a TI pode ser utilizada como recurso auxiliar na avaliação da sobrecarga osteomioarticular em trabalhadores. Porém, estudos de acurácia diagnóstica utilizando técnicas comparativas padrão ouro devem ser estimulados para que a sensibilidade e especificidade da TI seja referendada.
  • ANGELA MARIA BARROS SILVA
  • EFEITOS DO AGULHAMENTO SECO NOS PONTOS-GATILHO MIOFASCIAIS EM SUJEITOS COM INSTABILIDADE CRÔNICA DO TORNOZELO: ensaio clínico aleatorizado e controlado
  • Data: 18/01/2022
  • Hora: 14:00
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  • Introdução: A Instabilidade Crônica do Tornozelo (ICT) é caracterizada por um quadro de entorses recidivantes associado ao autorrelato de instabilidade na articulação. Estudos apontam que os déficits sensório-motores na ICT estão relacionados com a presença de Pontos Gatilhos Miofasciais (PGMs). O Agulhamento Seco de PGMs (AS-PGMs) promove efeitos bioquímicos, mecânicos e vasculares, que podem modificar os distúrbios neuromecânicos dos sujeitos com ICT. Objetivo: Avaliar o efeito crônico do AS-PGM nos Fibular Longo (FL) e Fibular Curto (FC) sobre o sistema sensório-motor de sujeitos com ICT. Método: A amostra foi constituída por 15 sujeitos com ICT, com histórico de pelo menos uma entorse unilateral há pelo menos 12 meses. Todos sujeitos realizaram treino de controle neuromuscular, contudo foram aleatorizados em 2 grupos: 1) Agulhamento Seco Real - gAR: 8 sujeitos e 2) Agulhamento Seco Sham - gAS: 7 sujeitos. Os sujeitos foram avaliados pelo Cumberland Ankle Instability Tool – CAIT e Escala Visual Analógica - EVA (desfecho primário) e pela Termografia Cutânea, Limiar de Dor à Pressão - LDP, EMGs do FL e Curto FC, força eversora do tornozelo e controle postural dinâmico unipodal (desfechos secundários), na linha de base, ponto final (após 12 sessões) e pós 1 semana. A análise estatística foi realizada por meio do software Statistical Package for the Social Sciences (SPSS -20.0), aplicando-se o teste ANOVA de medidas repetidas. Resultados: Foi observado aumento do escore CAIT e diminuição da pontuação EVA ao longo do tempo (P<0,001), sem diferença entre os grupos, além de diminuição do deslocamento ântero-posterior (AP) e médio-lateral (ML) no gAR após a intervenção e em uma semana (P<0,001); não foi observado diferenças significantes para LDP, EMG, força muscular ou temperatura cutânea. Conclusão: o AS de PGMs do FL e FC aumentou o controle postural, nos deslocamentos AP e ML, sem alterar os níveis de LDP, EMG, força muscular, percepção de dor e instabilidade dos sujeitos com ICT. Além disso, os PGMs da musculatura investigada não apresentaram um padrão térmico e nem sofreu alteração da temperatura, ao longo do tempo, em nenhuma das intervenções propostas.
  • HEBER ALVES DE SOUSA MENDES
  • USO DE PALMILHA POSTURAL NA CORREÇÃO DO VALGO DINÂMICO DO JOELHO DE ATLETAS AMADORES DE ESPORTES DE GIRO E SALTO: ENSAIO CLÍNICO ALEATORIZADO
  • Data: 17/01/2022
  • Hora: 09:00
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  • Introdução: O alinhamento alterado do quadril, joelho, tornozelo e pé promove o desalinhamento articular do joelho, em particular o valgo dinâmico do joelho (VDJ). Muitas são as lesões associadas ao VDJ, que geram afastamentos, dentre elas, as alterações nos pontos de distribuição das pressões plantares, que são fatores menos estudados na literatura, assim como seu tratamento por meio de palmilhas posturais geradoras de elevação do arco plantar longitudinal medial (APLM) do pé. Objetivo: Analisar o efeito do uso da palmilha postural na correção do VDJ de atletas amadores de esportes de giro e saltos. Materiais e Método: Trata-se de um ensaio clínico aleatorizado e controlado, realizado com 16 atletas amadores do sexo masculino, idade (12 – 23 anos), estatura (1,81 – 1,57m), massa corporal (44,1 – 70,3kg) e IMC (6,0 – 26%) com VDJ e pronação excessiva nos pés, distribuídos, aleatoriamente, em 2 grupos: Grupo Palmilha Postural Corretiva (gPPC) e Grupo Palmilha Postural Placebo (gPPP). Após coleta de dados antropométricos, foram fixados marcadores reflexivos nos membros inferiores e foram medidos: o ângulo de projeção no plano frontal (APPF) do joelho, por captura de vídeo durante o lateral step down (LSD) associado ao Índice de Excursão do Centro de Pressão (IECP) do pé, por Baropodometria Computadorizada (BPC). Resultados: Foram observadas diferenças significantes entre as médias obtidas nas avaliações do APPF do grupo gPPP (P=0,005) e do gPPC (P=0,049), já as médias das avaliações do IECP em ambos os grupos não foram significantes (P>0,05). Conclusões: Palmilhas posturais apresentam evidências positivas no tratamento do VDJ pelo aumento gradativo do APPF, apesar deste resultado de não garantir que peças podais elevadoras do APLM sejam necessárias para tal correção.
2021
Descrição
  • PAMELA CRISTINA SANTOS DE ALMEIDA
  • Determinantes Clínicos para a Estratificação do Risco Cardiovascular e Avaliação da Qualidade de Vida de Portadores de Diabetes Tipo 2
  • Data: 21/12/2021
  • Hora: 08:00
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  • Introdução: As doenças e complicações do sistema cardiovascular constituem as condições mais comuns apresentadas em decorrencia da hiperglicemia não controlada na população com diabetes tipo 2 (DM2), ocasionando um grande impacto nas suas atividades rotineiras e afetando negativamente sua qualidade de vida, além de ser considerada a causa mais comum de mortalidade para os diabéticos, principalmente para os idosos. Objetivo: Identificar os determinantes clínicos para o risco cardiovascular e avaliar a qualidade de vida (QV) de portadores de DM2. Metodologia: Trata-se de um estudo observacional descritivo, com abordagem quantitativa, que investigou o perfil de saúde dos pacientes diabéticos acompanhados nos seguintes locais: Setor de Endocrinologia do Hospital Universitário Lauro Wanderley (HULW) e no Centro de Atenção Integrada à Saúde de Jaguaribe, em João Pessoa, Paraíba. A amostra foi obtida por conveniência e no total foram avaliados 87 pacientes diabéticos idosos e não idosos < 60 anos – (n=34) e ≥ 60 anos (n=53). Foram utilizados os seguintes instrumentos: avaliação fisioterapêutica (elaborada especialmente para este estudo), avaliação do risco cardiovascular (utilizando o Escore de Framingham), avaliação socioeconômica (elaborada para este estudo) e a avaliação da qualidade de vida (utilizando o WHOQOL-bref). Os dados foram analisados por meio do programa SPSS for Windows (Statistical Package for the Social Sciences) versão 23.0. Para análise inferencial foram utilizados inicialmente testes de normalidade e posteriormente comparação entre os grupos pelos testes T Student e Mann Whithey. O teste Qui- quadrado foi utilizado para verificação de associação entre as variáveis. Foi considerado um nível de significância p< 0,05 para todas as análises. Resultados: A maior parte dos pacientes deste estudo tinha idade ≥ 60 anos (n = 53; 60,9%) e destes, 69,8% (n=37) eram do sexo feminino. Quase a metade dos participantes do estudo, independentemente da idade, tinha, apenas, o ensino fundamental (p = 0,988). A associação entre o diabetes e a hipertensão arterial esteve presente no grupo ≥ 60 anos, acomentendo 88,7% dos participantes (n=47; p<0,001). Para os pacientes < 60 anos, as complicações mais prevalentes foram as renais e oftálmicas (ambas com 26,5%), enquanto, para os indivíduos ≥ 60 anos, as complicações oftálmicas (34,0%) e cardiovasculares (41,5%) foram as mais identificadas (p<0,001). O sobrepeso foi mais detectado em ambos os grupos, (n = 19; 55,9%) e (n = 17; 32,1%), respectivamente, < 60 anos e ≥ 60 anos. O grupo ≥ 60 anos possuia um alto risco para o desenvolvimento de episódios cardiovasculares (p = 0,011). Na avaliação da QV no grupo < 60 anos as médias dos domínios físico (54,72±10,47), psicológico (57,70±8,19) e meio ambiente (56,46±7,82) foram superiores, em relação às dos usuários com idade ≥ 60 anos. Conclusão: Constatou-se que a população idosa está classificada como de alto risco para o desenvolvimento de doenças cardiovasculares, porém, possuindo uma boa média geral na avaliação da qualidade de vida quando comparada ao grupo <60 anos.
  • SAVANA OLIVEIRA HENRIQUES E SOUZA
  • PERFIL EPIDEMIOLÓGICO E FATORES DE RISCO PARA NEUROPATIA DIABÉTICA PERIFÉRICA EM IDOSOS USUÁRIOS DO SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE
  • Data: 10/12/2021
  • Hora: 09:00
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  • Introdução: O diabetes mellitus é uma doença crônica que requer monitoramento permanente e controle da glicemia, para evitar complicações como a neuropatia diabética. Objetivo: Traçar o perfil epidemiológico-funcional e verificar os fatores de risco de neuropatia diabética periférica em de idosos com diabetes tipo 2. Metodologia: Realizou-se um estudo transversal do tipo descritivo, de caráter quantitativo, a partir de dados levantados na avaliação inicial dos participantes da pesquisa, oriundos dos serviços especializados em atendimento à pessoa com diabetes: Centro de Atenção Especializada em Saúde e do Serviço de Endocrinologia e Metabologia do Hospital Universitário Lauro Wanderley, situados no município de João Pessoa, Paraíba, no período de março a junho de 2021. Os participantes foram recrutados por conveniência e alocados em dois grupos: Grupo sem neuropatia (GSN) com n= 44 e Grupo com neuropatia (GCN) com n= 35. Após o consentimento formal, foram coletados dados por meio de avaliação fisioterapêutica, elaborada especialmente para o estudo. Em seguida, foram aplicados os instrumentos: a Escala de Equilíbrio de Berg e a Escala de Tinetti, além do Teste de Alcance Funcional, do Timed Up and Go, do Miniexame do Estado Mental.Os dados foram tabulados por meio de dupla entrada de dados. Para a apresentação da distribuição da frequência das variáveis, foram utilizadas medidas de tendência central e do teste do Qui-quadrado, para as diferenças de proporções e do Teste do Qui-quadrado e do teste exato de Fisher para tendência linear entre variáveis categóricas. Em todas as análises, foi considerado um nível de confiança de 95% (p < 0,05). Utilizou-se o software EPI-INFO e do pacote estatístico IBM SPSS Statistics Base 22.0. Resultados: A amostra foi constituída por 79 participantes de ambos os gêneros, com a idade variando entre 60 e 82 anos, com faixa etária mais prevalente entre 60- 69 anos (n=61; 77,2% - p < 0,001). O gênero feminino foi predominante (n=60; 75,9% - p < 0,001). Quanto à escolaridade, (n=47; 59,5%) concluíram o ensino fundamental (p < 0,001). A presença de neuropatia foi identificada em (n=44; 55,7%) dessa população (p < 0,001). Em relação ao tempo de diagnóstico do diabetes (n=66; 83,5%) dos participantes apresentava ≥ 24 meses de diagnóstico (p < 0,001). O sobrepeso/obesidade I foi constatado em (n=61; 77,2%) da amostra (p < 0,001). A associação do diabetes com a hipertensão arterial foi observada em (n=67; 84,8%) dos participantes (p < 0,001). O nível glicêmico dos participantes (n=61; 77,2%) encontrava-se entre 127 a 199 mg/dL (p˂0,001). Conclusão: Constatou-se que o GCN apresentou maior comprometimento nos testes de equilíbrio e marcha do que o GSN, evidenciando que os fatores de riscos relacionados à neuropatia diabética não se restringem à sensibilidade, mas possuem maior evidência clínica no contole motor dinâmico.
  • FELLICIA FERREIRA DA MOTA
  • Acessibilidade à assistência fisioterapêutica por pacientes que tiveram COVID-19
  • Data: 30/11/2021
  • Hora: 09:00
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  • Introdução: A pandemia causada pela COVID-19 ocasionou aumento da demanda por internação hospitalar e assistência fisioterapêutica. Entretanto, após a alta hospitalar, esses sujeitos podem requerer a continuidade dos cuidados fisioterapêuticos, pois esta infecção repercute de modo severo no organismo. Diante das demandas de cuidados fisioterapêuticos que o vírus Sars-Cov-2 tem ocasionado, este estudo tem como objetivo: analisar a acessibilidade à assistência fisioterapêutica por pacientes que tiveram COVID19. Metodologia: trata-se de um estudo transversal, quali-quantitativo, realizado em um hospital universitário, utilizando informações de 73 prontuários de saúde dos indivíduos acima de 18 anos que tiveram COVID-19 e receberam alta hospitalar. A coleta de dados se deu com análise documental, entrevista estruturada por ligação telefônica e entrevista em profundidade com gestor municipal de saúde. A análise dos achados dos prontuários utilizou o modelo estatístico WoE e Odds Ratio, com nível de significância de 0,05; os dados sobre acessibilidade foram organizados conforme o fluxo de eventos proposto por Frenk (1992), submetidos à Análise de Correspondência Múltipla (ACM) e análise de conteúdo para a entrevista em profundidade (gestor). Resultados: Os sintomas mais presentes foram febre, tosse e dispneia; a mediana do tempo de internação foi de 14 dias, o sexo masculino apresentou probabilidade de permanecer mais dias hospitalizado e 92% dos participantes necessitou de suporte ventilatório. O Modelo WoE apontou que a classificação da fisioterapia, local de admissão, número de dias em suporte ventilatório, recrutamento alveolar, aspiração de vias aéreas e ventilação manual por pressão positiva tiveram maior peso frente ao desfecho tempo de internação; 82,9% dos sujeitos relataram algum tipo de queixa ou limitação após a alta hospitalar, contudo, apenas 20% conseguiram ter acesso ao atendimento fisioterapêutico. A ACM apontou que houve um distanciamento entre os pacientes com fatores de risco (maior gravidade) da posição vetorial dos sujeitos que conseguiram acesso, o que sugere dificuldade da acessibilidade. A entrevista com o gestor explicitou a ênfase na garantia de assistência hospitalar, dificultando a continuidade da assistência dos usuários à assistência fisioterapêutica após a alta hospitalar. Conclusão: Verificou-se que após a alta hospitalar, os sujeitos tiveram dificuldades obter acessibilidade aos serviços de fisioterapia, com o agravante de que a maioria não recebeu encaminhamento por ocasião da alta. Evidenciou-se que as variáveis relacionadas ao perfil clínico mostraram maior influência sobre o desfecho tempo de internação do que a assistência fisioterapêutica realizada durante a internação.
  • MAYANE LAÍS VELOSO FERRER
  • NEUROMODULAÇÃO E TREINAMENTO DE MARCHA EM ESTEIRA NA DOENÇA DE PARKINSON: um ensaio clínico randomizado, controlado e duplo-cego
  • Data: 19/11/2021
  • Hora: 08:30
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  • Introdução: A Estimulação Transcraniana por Corrente Contínua (ETCC/tDCS) associada ao treinamento motor parece ser uma eficaz terapia no alívio sintomático da Doença de Parkinson. Objetivos: Analisar a influência da associação da tDCS com treinamento de marcha em esteira sobre sintomas da DP. Métodos: Pessoas com DP idiopática, idade entre 40-80 anos, estadiamento da doença 1-3 na escala Hoehn e Yahr modificada foram alocados aleatoriamente em dois grupos: 1) Grupo Experimental- aplicação de tDCS durante 20 minutos seguida de 20 minutos de treinamento de marcha em esteira e 2) Grupo Controle- aplicação de tDCS sham seguida do mesmo treinamento de marcha. Os participantes foram avaliados em três momentos pelos testes Timed Up and Go (TUG), Ten meter walk test (10MWT), 5x Sit to Stand test (5XSTS), Escala Unificada da Doença de Parkinson parte III (UPDRS- III), Mini Balance Evaluation Systems Test (Mini-BESTest), Escala de confiança no Equilíbrio específica para Atividade (escala ABC) e Parkinson’s disease questionnaire-39 (PDQ-39). As medidas de desfecho foram analisadas por meio de ANOVA de medidas repetidas (3x2) no pacote estatístico Statistical Package for Social Sciences – SPSS 20.0 e considerado como significativo P≤0,05. Resultados: A tDCs foi capaz de potencializar o treinamento de marcha em esteira por melhorar o equilíbrio de pessoas com DP (P=0,043). A esteira, por outro lado, foi capaz de melhorar todos os desfechos avaliados em ambos os grupos. Conclusões: A associação da tDCS com o treinamento de marcha foi superior ao treinamento em esteira sozinho para melhorar o equilíbrio de pessoas com DP.
  • JULIA LACET SILVA FERREIRA
  • PERCEPÇÃO DOLOROSA E TEMPERATURA CUTÂNEA DE INDIVÍDUOS ATENDIDOS COM FOTOTERAPIA: ENSAIO CLÍNICO RANDOMIZADO CONTROLADO
  • Data: 04/11/2021
  • Hora: 15:00
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  • Introdução: A dor cervical é um problema de saúde de elevada prevalência mundial e existem vários recursos físicos que tem por objetivo promover a analgesia, incluindo a terapia por luz, como a terapia por laser de baixa intensidade e a terapia por infravermelho. Embora estes recursos sejam amplamente utilizados na prática fisioterapêutica, são escassos os estudos de superioridade que comparem seus efeitos. Objetivo: Comparar os efeitos agudos do laser de baixa potência de 808nm e da radiação infravermelha na intensidade da dor, na dor induzida por pressão e na temperatura cutânea da região do músculo trapézio em voluntários com dor subaguda e crônica. Métodos: Foi realizado um ensaio clínico de superioridade, paralelo com três braços, aleatorizado, controlado por sham e com cegamento do avaliador e do estatístico. Avaliou-se a intensidade dolorosa por meio da Escala Visual Analógica; a dor induzida por pressão com um dinamômetro de pressão; e a temperatura cutânea da região do trapézio, por meio da termografia por infravermelho, de 91 sujeitos antes (T0), imediatamente após (T1), 10 minutos (T2), 20 minutos (T3) e 48 horas (T4) após a realização de uma sessão de tratamento com fototerapia. Os sujeitos foram alocados aleatoriamente, em três grupos: 1) Laserterapia (GLAS), com aplicação de laser de forma pontual (808nm, 0.5J/cm², potência de saída de 10mW); 2); Infravermelho (GINFRA), com aplicação realizada a uma distância de 30 cm e um ângulo de incidência de 90º da região do trapézio, por 30 minutos; e 3) Sham (GSHAM), onde foi simulada uma aplicação pontual com Laser. Foi realizada uma análise de modelos lineares mistos, usando termos de interação de grupo, tempo e de grupo-versus-tempo, considerando-se uma matriz de covariância automática de primeira ordem. Todas as análises foram realizadas por meio do Software SPSS, versão 21.0. Resultados: Observou-se uma redução significativa da intensidade da dor intragrupos em todos os tempos de avaliação (P<0,05) sendo a maior redução no GINF após 20 min de intervenção com redução de 2,38, entretanto, não houve diferenças significativas intergrupos em relação a este desfecho. No que diz respeito à intensidade da dor por pressão não houve alterações estatisticamente significativas entre os tempos de avaliação e entre os grupos (P>0,05). Por fim, quanto à temperatura cutânea, houve um aumento significativo apenas para o GINF imediatamente após a intervenção com uma alteração média de -2,35oC, sendo que este grupo se manteve com maior temperatura que o GSHAM até 10 minutos após a intervenção. Conclusão: A aplicação única das terapias a laser de baixa potência e infravermelho não se mostrou mais eficaz a curto prazo que o laser-sham no tratamento da dor cervical subaguda e crônica, nem promoveu alterações significativas na temperatura cutânea da região do trapézio.
  • MELQUISEDEK MONTEIRO DE OLIVEIRA
  • EFEITOS DO MÉTODO PILATES NO CONTROLE DA DOR EM MULHERES COM FIBROMIALGIA: UMA REVISÃO SISTEMÁTICA
  • Data: 06/10/2021
  • Hora: 08:30
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  • Introdução: A fibromialgia (FM) é uma doença caracterizada pela presença de dor musculoesquelética difusa e crônica, associada a sintomas como fadiga, alterações do sono, ansiedade e depressão. A prática de exercícios físicos tem sido recomendada como uma das formas de tratamento para pacientes com FM. Nesse contexto, o método Pilates pode ser considerado uma alternativa para o tratamento da FM. Objetivo: investigar os efeitos do método Pilates no controle da dor em mulheres com FM. Métodos: Trata-se de uma revisão sistemática de ensaios clínicos randomizados que utilizaram o método Pilates como protocolo de intervenção no tratamento da FM. A busca foi realizada nas bases de dados LILACS, MedLine, PubMed, SciELO, CENTRAL e PEDro, incluindo artigos publicados a partir de 2011, nos idiomas Inglês, Espanhol e Português. A amostra foi composta por mulheres com diagnóstico de fibromialgia e idade igual ou superior a 18 anos. O desfecho primário foi a dor e como desfechos secundários foram avaliados o impacto da FM, qualidade de vida, ansiedade e depressão. Resultados: foram incluídos cinco estudos, publicados entre 2016 e 2020. Todas as participantes dos grupos que utilizaram o método Pilates apresentaram diminuição da dor e melhora da qualidade de vida. Se comparado a outras terapias, não se pode afirmar que o método Pilates seja mais eficaz do que as outras modalidades de tratamento. Conclusão: é possível sugerir que o método Pilates seja uma alternativa coadjuvante usada no tratamento da FM, visto que os estudos incluídos nesta revisão têm apresentado bons resultados na diminuição dos sintomas de mulheres fibromiálgicas
  • ANGÉLICA PEREIRA DA CRUZ
  • O CLIMA DE TRABALHO EM EQUIPE NOS NÚCLEOS AMPLIADOS DE SAÚDE DA FAMÍLIA E ATENÇÃO BÁSICA
  • Data: 06/08/2021
  • Hora: 14:00
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  • Introdução: A consolidação da Atenção Primária à Saúde (APS) nas últimas décadas representa um dos avanços mais relevantes do Sistema Único de Saúde enquanto política pública e sistema de saúde universal no Brasil. Esse avanço deve-se em grande parte à abrangência da Estratégia Saúde da Família, seu principal modelo assistencial. Porém, diante do aumento das demandas e limitações, foi criado o Núcleo de Apoio à Saúde da Família e Atenção Básica (NASF-AB), para ampliar o escopo das ações na atenção básica, por meio de equipes formadas por diversas profissões. O estudo do Clima de Trabalho em Equipe permite a avaliação das equipes para monitorar a efetividade do trabalho em equipe, na produção de resultados no cuidado dos usuários e da população. Objetivo: Analisar o clima de trabalho em equipe dos NASF-AB. Métodos: Trata-se de um estudo quantitativo transversal, de casos múltiplos (João Pessoa/PB e Campo Grande/MS). A amostra foi composta por 182 profissionais dos NASF-AB dessas duas capitais. Para obtenção dos dados, foi aplicado, no período de janeiro a março de 2020, um questionário estruturado com questões que caracterizavam os participantes e seu processo de trabalho e a Escala de Clima de Equipe (ECE). Para armazenamento, processamento e análise, utilizou-se o programa Excel e o pacote estatístico R. Os entrevistados foram agrupados por equipes e calculado seu escore total (média dos escores individuais da ECE). A partir disso, as equipes foram classificadas em 4 tipos. Resultados: O NASF-AB foi composto por 10 diferentes profissões, sendo os fisioterapeutas os mais prevalentes. Predominaram profissionais adultos jovens, mulheres, especialistas, que desejavam trabalhar no NASF-AB, formados há cerca de 9 anos, com uma média de 4 anos de experiência na APS e com uma média de 2 anos de vínculo com suas atuais equipes. Os profissionais estavam satisfeitos com seu próprio trabalho e com o da sua equipe, com o relacionamento e a comunicação com os outros membros da equipe, com o gestor da unidade e com o quanto seu trabalho era centrado nas necessidades dos usuários, porém insatisfeitos com a infraestrutura das unidades. Os atendimentos realizados foram predominantemente individuais e com ações curativistas. Desenvolveu-se um modelo analítico das características de fisioterapeutas e de seu processo de trabalho no NASF-AB, evidenciando que é centrado nas necessidades dos usuários. Foi visto que equipes que apoiam novas ideias, têm clareza dos objetivos da equipe, adequada orientação para tarefas e que desenvolvem menos atividades com outros profissionais do NASF-AB e da ESF, são aquelas que tiveram melhor clima de trabalho em equipe. Conclusões: Para que haja um bom clima de trabalho em equipe e que a colaboração interprofissional aconteça na prática, é de mister importância o envolvimento dos profissionais. Assim, a educação permanente é fundamental para a transformação do fazer profissional, de forma integrada e colaborativa. Ademais, deve-se promover o desenvolvimento de espaços dialógicos, a implantação de estratégias, o apoio institucional, o encontro das equipes, a troca de saberes, o compartilhamento de práticas e a definição de planos de ação com um sistema de contrarreferência funcionante.
  • BRUNA ARAUJO PIRES
  • Fisioterapeutas do NASF-AB: o que têm a dizer sobre a saúde do trabalhador na atenção primária à saúde?
  • Data: 04/08/2021
  • Hora: 14:00
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  • A Saúde do Trabalhador (ST) é o campo da saúde pública que tem como objeto de estudo e intervenção as relações produção-consumo e o processo saúde-doença dos trabalhadores. A instituição da Política Nacional de Saúde do Trabalhador e da Trabalhadora (PNSTT) afirmou a necessidade da atenção integral à saúde do trabalhador e moldou princípios, diretrizes e estratégias, no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS). No que diz respeito à atenção primária a saúde (APS), o Núcleo Ampliado de Saúde da Família e Atenção Básica (NASF-AB), no qual está inserido o profissional fisioterapeuta, apresenta-se como apoio matricial e retaguarda especializada para as Equipes de Saúde da Família. O objetivo do estudo foi analisar os relatos de profissionais fisioterapeutas inseridos no NASF-AB acerca da saúde do trabalhador com ênfase em suas práticas de cuidado desenvolvidas para usuários-trabalhadores presentes no território da atenção primária à saúde. Trata-se de uma pesquisa qualitativa e exploratória, orientada pela teoria geral do discurso e tendo na Análise de Conteúdo suas bases analíticas fundamentais. A pesquisa foi realizada no município de João Pessoa-PB, no período de 24 de junho a 07 de julho de 2020.Para a composição do corpus, foram realizadas entrevistas por meio do Google Meet®, guiadas por um roteiro de entrevista semiestruturada. A amostra final foi estabelecida por critérios de conveniência do acesso e saturação teórica. Fizeram parte do estudo 7 fisioterapeutas inseridos no NASF-AB que apresentavam, no mínimo, um ano de exercício na função. As categorias analíticas foram organizadas, principalmente, pelos conceitos de ações de campo e ações de núcleo, gerando subcategorias que contemplavam ações de avaliação e intervenção fisioterapêutica em saúde do trabalhador na APS. Destacam-se a avaliação fisioterapêutica em ST na APS, encaminhamento dos usuários-trabalhadores para os serviços de referência do município, ações assistenciais realizadas pelo fisioterapeuta e as ferramentas utilizadas em saúde, ações de promoção e prevenção à saúde em ST, territorialização e vigilância em ST na APS. Percebe-se que o profissional fisioterapeuta está cada vez mais se aproximando do campo da ST, mas precisa do auxílio da educação permanente em saúde para aprimorar suas práticas de cuidado em relação ao usuário-trabalhador, especialmente por meio da incorporação de ferramentas que o auxiliem na territorialização e na aproximação do planejamento estratégico situacional para que se solidifique ainda mais sua responsabilidade sanitária no âmbito da APS.