PROGRAMA MULTICÊNTRICO DE PÓS-GRADUAÇÃO EM CIÊNCIAS FISIOLÓGICAS (PMPGCF)

UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA

Telefone/Ramal
Não informado

Dissertações/Teses


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2024
Descrição
  • CECÍLIA BURLE DE AGUIAR
  • Avaliação da variabilidade da frequência cardíaca em pacientes após COVID19 em Unidade de Saúde da Família de João Pessoa - Paraíba
  • Orientador : CAMILLE DE MOURA BALARINI
  • Data: 04/10/2024
  • Hora: 08:30
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  • O estudo investigou os impactos da infecção por SARS-CoV-2 na regulação autonômica cardiovascular de pacientes recuperados, analisando parâmetros de variabilidade da frequência cardíaca (VFC) e pressão arterial em diferentes estágios de recuperação. A pesquisa foi conduzida em uma Unidade de Saúde da Família em João Pessoa, Paraíba, incluindo pacientes que haviam apresentado desde formas leves até graves da doença, com acompanhamento de até 180 dias após a infecção. Utilizou-se a manobra de Valsalva para avaliar a função autonômica, comparando-se os resultados com um grupo controle saudável. Os resultados indicaram que os pacientes pós-COVID-19 apresentaram uma alteração significativa nos parâmetros de VFC, como diminuição do SDNN e RMSSD, sugerindo um desbalanço autonômico caracterizado pela predominância simpática e redução do tônus parassimpático. A resposta anormal à manobra de Valsalva, com aumento do pNN50 e ausência de queda esperada da pressão arterial, reforça a presença de disfunção autonômica prolongada nesses indivíduos. Os achados destacam a necessidade de monitoramento contínuo dos pacientes pós-COVID-19 para identificar precocemente alterações na regulação autonômica e prevenir complicações futuras. A avaliação da VFC mostrou-se uma ferramenta eficiente para detectar e acompanhar a disautonomia em pacientes após a infecção, contribuindo para o manejo clínico e uma melhor compreensão das sequelas autonômicas da doença.
  • NOÊMIA NIELLY AMARAL NOGUEIRA
  • AVALIAÇÃO DOS EFEITOS IMUNOMODULADORES DAS MOLÉCULAS BD-8, BD-15 E DIGOXINA EM MODELOS DE INFECÇÃO COM Mycobacterium smegmatis
  • Orientador : SANDRA RODRIGUES MASCARENHAS
  • Data: 18/09/2024
  • Hora: 09:00
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  • Os esteroides cardiotônicos são compostos orgânicos que têm a propriedade de inibir a Na+ /K+ -ATPase. Foi descrito na literatura que a ouabaína e a digoxina são moléculas endógenas capazes de interferir em diversos aspectos da resposta imunológica. Recentemente novos esteróides cardiotônicos foram sintetizados a partir da digoxina: BD-8 (8-benzilideno digoxina) e BD-15 (15-benzilideno digoxina). No entanto, pouco se sabe sobre o efeito destes compostos em processos inflamatórios e infecciosos. Nesse contexto, o objetivo deste trabalho é avaliar os efeitos das moléculas BD-8, BD-15 e digoxina em modelos de infecção por Mycobacterium smegmatis utilizando linhagem de macrófagos murinos RAW 264.7. Inicialmente, foram realizados ensaios in vitro por concentração inibitória mínima (MIC). Para o estudo da viabilidade celular, foi utilizado o método de colorimétrico de MTT, com diferentes concentrações (10 μM, 5 μM, 1 μM, 0.1 μM e 0.01μM), nos tempos de 24, 48 e 72 horas. Para a avaliação do efeito terapêutico, realizou-se a contagem de unidades formadoras de colônias (CFU) em ensaios de placa, onde as células RAW foram infectadas com Mycobacterium smegmatis e tratadas com os esteroides. Para a dosagem de citocinas, foi utilizado o método de ELISA. Avaliada a MIC, observou-se que as moléculas não inibiram o crescimento bacteriano em concentrações acima de 200 μg/mL. Nos resultados de viabilidade, a BD-8 não apresentou atividade citotóxica em 24 horas, porém apresentou citotoxicidade em 10μM e 5μM em 48hrs, e 10μM, 5μM e 1μM em 72 horas. A BD-15 não apresentou atividade citotóxica em nenhuma concentração e tempos testados e foi o esteroide sintético escolhido para a continuidade dos experimentos. A digoxina não apresentou atividade citotóxica no tempo de 24 horas, entretanto apresentou citotoxicidade 10μM e 5μM em 48hrs, e 10μM e 1μM em 72 horas. Com relação à contagem de CFU, a BD-15 e a digoxina reduziram o número de CFU’s por poço em 10μM em 24hrs comparado com o controle. A produção de IL-6 aumentou 50% com o tratamento da BD-15 e 19% com o tratamento da digoxina, comparado com controle infectado. A IL-1β, aumentou 13% com o tratamento da BD-15 e 1% com o tratamento da digoxina, comparado ao controle infectado. Na produção de TNF-α, houve aumento de 104% com o tratamento da BD-15 e aumento de 84% com o tratamento da digoxina, todas em comparação com o controle infectado. Dessa forma, este trabalho contribui para uma melhor compreensão do papel dos esteroides cardiotônicos em modelo de infecção com micobactérias.
  • EMMILY FERREIRA DE FARIAS CARDOSO
  • Avaliação da função vascular em modelo murinho de aterosclerose tratado com Lifepro, uma formulação nutracêutica composta por cepas de limosilactobacillus fermentum e polifenóis
  • Orientador : CAMILLE DE MOURA BALARINI
  • Data: 28/08/2024
  • Hora: 13:30
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  • A aterosclerose compreende uma das principais doenças cardiovasculares, estas por sua vez possuem grande incidência e mortalidade no mundo. A hipercolesterolemia tem sido o principal fator aterogênico em humanos, sendo reforçada pela alimentação desregulada. Os probióticos em associação com compostos fenólicos têm se mostrado eficazes na redução de lipidemia em animais. A Universidade Federal da Paraíba desenvolveu uma nova formulação nutracêutica por meio de junção do probiótico Limosilactobacillus fermentum e os compostos fenólicos quercetina e resveratrol. A presente pesquisa visou investigar os efeitos vasculares do nutracêutico em camundongos ateroscleróticos nocaute para a apolipoproteína E (apoE-/-) submetidos a dieta aterogênica. Foram analisados três grupos: animais controle sem modificação genética (wild type, WT); animais apoE-/- que receberam veículo e animais apoE-/- que receberam o nutracêutico durante oito semanas. Ao final, os animais foram eutanasiados a fim de avaliar padrões bioquímicos, estresse oxidativo, marcadores inflamatórios e reatividade vascular na artéria aorta. A administração do nutracêutico possuiu efeito hipocolesterolemiante, reduzindo o colesterol de animais apoE-/-tratados (494,11 mg/dL) quando comparado com animais apoE-/- veículo (950,277 mg/dL) e grupo controle saudável (78,3 mg/dL). Houve também efeito hipoglicemiante no grupo tratado (231 mg/dL) em relação ao grupo apoE-/- salina (294,9 mg/dL), mas não ao grupo controle saudável (212,7 mg/dL). A concentração sérica de triglicerídeos não foi afetada pelo tratamento. Os animais apoE-/-tiveram seu peso aumentado ao final do experimento (apoE-/- veículo: 29,94 g; apoE-/-tratado: 26,19g; controle saudável: 28,04g) porém o grupo controle saudável possuiu a maior taxa de consumo de ração entre os três grupos (WT: 277,41g; apoE-/- veículo: 166g; apoE-/-tratado: 180g) Em relação a reatividade vascular, o grupo apoE-/- veículo apresentou aumento na vasoconstrição frente a fenilefrina (Rmáx: 104,52±10,6) em relação ao grupo controle saudável (Rmáx: 76,15±4,1) e prejuízo no relaxamento dependente de endotélio (apoE-/-veículo - Rmáx: 63,73±9,6 e WT - (Rmáx: 101,71±6,2) destacando portanto a disfunção endotelial neste grupo comparando com o grupo controle saudável. O nutracêutico melhorou a disfunção endotelial reduzindo o comportamento vasoconstritor (apoE-/-tratado - Rmáx: 54,93±3,6) e aumentando o percentil de relaxamento frente a acetilcolina (apoE-/-tratado - Rmáx: 118,5±12,90). Assim, sugerimos que o tratamento com a formulação nutracêutica foi eficaz na melhora vascular e redução do acúmulo de colesterol e glicose séricos nesse modelo. Os próximos experimentos visam investigar estresse oxidativo no soro e em órgãos, bem como avaliar citocinas pró inflamatórias.
  • EMILLE RAULINO DE BARROS
  • Impacto das variações de temperatura na fisiologia do mosquito Aedes aegypti.
  • Orientador : FABIOLA DA CRUZ NUNES
  • Data: 28/08/2024
  • Hora: 09:00
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  • RESUMO: O mosquito Aedes aegypti é o principal vetor de arboviroses como dengue, chikungunya e zika. Sabe-se que as variáveis climáticas interferem na dinâmica do vetor, podendo contribuir para o seu aumento populacional, e consequentemente no aumento da transmissão de doenças. O presente estudo teve como objetivo analisar a influência da temperaturas no tempo de desenvolvimento de mosquitos Aedes aegypti. Foram utilizados ovos de Ae. aegypti da cepa Lapavet-SD, obtidos da colônia do Laboratório de Biotecnologia Aplicada a Parasitas e Vetores do CBiotec-UFPB, a qual é mantida em estufa BOD, sob condições de temperatura controlada de 28 ± 2°C, umidade relativa do ar de 75 ± 5% e fotoperíodo de 12 horas de claro e escuro. Para os testes, foram utilizados 180 ovos, os quais foram subdivididos em seis grupos, sendo dois submetidos a temperatura de 20 ± 2°C, dois submetidos a temperatura de 28 ± 2°C e os demais a 36 ± 2°C. O tempo de desenvolvimento desde a fase de ovo até a morte do último mosquito foi determinado por meio da análise de sobrevida pelo método de Log-rank (Mantel Cox) e a produção de óxido nítrico (NO) por hemócitos pelo método de Griess. A análise estatística foi realizada com o auxílio do programa GraphPrism 8.0.1 e considerou-se P < 0,05 para diferenças significativas. Como resultados, foi possível verificar uma diferença significativa entre as curvas de desenvolvimento na sobrevida dos mosquitos Aedes aegypti. Na temperatura 28° (grupo controle), o tempo médio de duração da fase larval foi de 7 dias, enquanto em 20° foi de 11 dias e em 36°, a fase larval durou 3 dias. Além disso, verificou-se que o tempo médio de duração da fase de pupa foi de 3 dias no grupo controle (28°), enquanto no grupo criado a 20° foi de 7 dias e na temperatura 36°, 11 dias. A duração da fase adulta, em mosquito expostos a temperatura de 28°C foi de 27 dias. Já os mosquitos criados sob a temperatura de 20°C, viveram 152 dias, enquanto na temperatura de 36°C sobreviveram 19 dias. Além disso, a temperatura mais baixa que a faixa ideal para o desenvolvimento da espécie, não afetou a produção de NO por hemócitos. Esses resultados contribuem para o entendimento acerca da relação entre a temperatura e o desenvolvimento do mosquito Aedes aegypti, para assim prever possíveis mudanças nos padrões de distribuição deste em relação as mudanças climáticas.
  • JOÃO PAULO CARVALHO DE LIMA
  • ESTUDO DOS EFEITOS DE CHALCONAS NO DESENVOLVIMENTO E NO SISTEMA IMUNE DE MOSQUITOS AEDES AEGYPTI L. (DIPTERA: CULICIDAE)
  • Data: 23/08/2024
  • Hora: 10:00
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  • Responsável por transmitir diversas arboviroses, como dengue, zika e chikungunya, o mosquito Aedes aegypti vem sofrendo um processo de expansão populacional, em parte devido à ineficiência dos métodos de controle utilizados. Compostos sintéticos têm sido estudados pelo meio científico, devido a sua vasta aplicabilidade biológica. Nesse sentido, a busca de novas moléculas sintéticas com atividade inseticida é de grande valia. Sendo assim, os objetivos deste estudo são avaliar o efeito de chalconas (CH) no desenvolvimento e no sistema imune em Ae. aegypti, sua atividade in sílico, e toxicidade em Artemia salina (AS). Como metodologia, para avaliar a atividade inseticida em Ae. aegypti, foram utilizadas concentrações entre 2,5 a 1000 ppm, e a mortalidade (Mt) avaliada em 24 e 48h. Utilizou-se da microscopia eletrônica de varredura (MEV) para análise morfológica dos ovos frente exposição às CH. Para a análise imunológica das larvas (L3), foram avaliadas as concentrações do íon nitrito (NO2-) e perfil de hemócitos totais no pool de hemolinfa. Os grupos controle foram expostos a água desclorada, Tween® 80 e 20 a (2%). Os experimentos foram feitos em triplicata. Para a análise estatística utilizou-se: ANOVA, pós teste de Tukey e p<0.05 (GraphPad Prism 8.0). Como resultados, as CH demonstraram estabilidade conformacional, menor energia de ligação (CHN: -126.547 kcal/mol-1), (CHH: -128.536 kcal/mol-1) quando comparada aos ligantes co-cristalizados. Na atividade larvicida, houve maior Mt no período de 48h, reduzindo a CL50: 10,04 ppm (24h) e 6,84 ppm (48h) para CHH; CHF: 42,01 ppm (24h) e 8,46 ppm (48h); BCH: 195,6 ppm (24h) e 161,8 ppm (48h); e CHN 595,6 ppm (24h) e 553,4 ppm (48h). Nos ensaios pupicida e adulticida, a BCH e CHN apresentaram maior Mt em 24h, CL50 = 562,1 e 893,7 ppm e Mt com 550 e 1000 ppm, respectivamente. No ensaio de eclodibilidade, houve diminuição da eclosão em 97,4%. Na análise por MEV, a CHH e CHF ocasionaram danos visíveis ao exocórion dos ovos. Nos ensaios de toxicidade, houve menor Mt frente a BCH: 4,9±0,6% e CHN: 4,0±0,6% (24h). A atividade imunológica mediada pelas CH demonstrou um aumento quantitativo dos hemócitos, CHH: 9,6±1,3% (24h) e 10,7±8,8% (48h); CHF: 10,91±1,3% (24h) e 13,7±7,8% (48h); CHN: 10,7±1,5% (24h) e 11,1±7,8% (48h), uma diminuição pela BCH: 22,3±1,3% (24h) e 16,4±1,8% (48h), e um aumento do NO2- em todas as CH (24h: 18,9±0,6% e 48h: 20,9±0,6%). Os resultados destacam as CH como moléculas com significativa atividade inseticida e imunomoduladora, aliadas à baixa toxicidade e eficácia comprovada em estudos in silico. Estas propriedades mostram-se promissoras para o desenvolvimento de novos agentes inseticidas com potencial impacto na saúde pública.
  • LAYANE DA SILVA LIMA
  • EFEITO VASORRELAXANTE E MECANISMO DE AÇÃO DO 4-METILBENZOATO DE 4-NITROOXIBUTILA SOBRE A FUNÇÃO VASCULAR DE RATOS NORMOTENSOS
  • Data: 11/06/2024
  • Hora: 14:00
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  • Os nitratos orgânicos são utilizados no tratamento de doenças cardiovasculares por serem doadores de óxido nítrico. Diante disso, este trabalho teve como objetivo investigar o mecanismo de ação de um novo nitrato orgânico, o 4- metilbenzoato de 4-nitrooxibutila (NIB7) sobre a função vascular da artéria mesentérica superior de ratos. Teve como protocolo a abordagem ex vivo, onde os anéis de artéria mesentérica foram isolados em uma solução nutridora Tyrode aerada com mistura carbogênica, utilizando o equipamento banho de órgãos compacto. Depois da estabilização de uma hora, foi verificada viabilidade dos anéis e realizado teste de endotélio. Quando os anéis foram submetidos a contração com fenilefrina (FEN), o NIB7 apresentou atividade vasorrelaxante independente do endotélio funcional (pD2= 6,328 ± 0,11 n=10; Emáx= 107,6 ± 3,07 n=10). O relaxamento foi atenuado quando utilizado outro agente contraturante, o KCl 60 mM (pD2 = 5,0 ± 0,09 n=7, *p< 0,05). Na presença do L-NAME, inibidor não seletivo da NOS, não houve diferença no efeito vasorrelaxante. Ao incubar os anéis com um sequestrador de NO (HDX), o vasorrelaxamento foi atenuado (pD2 = 5,11 ± 0,08 n=7, *p < 0,05). Ao inibir a guanilil ciclase solúvel (GCs) com ODQ, o efeito também foi atenuado (pD2= 3,819 ± 0,10 n=7; Emáx= 75,83 ± 7,50 n=7, *p< 0,05). Ao utilizar o KCl 20mM, modulador do efluxo de potássio e TEA 3mM, bloqueador inespecífico de canais de potássio, a potência foi atenuada (pD2 = 5,525 ± 0,05 n=7 e 5,320 ± 0,05 n=7, respectivamente, *p<0.05). Ao investigar os canais específicos para potássio, utilizando 4-AP 1 mM (para canais operados por voltagem), TEA 1 mM (canais sensíveis ao cálcio), BaCl2 (canais retificadores de entrada), GLIB (canal dependente de ATP), foi visto que nenhum subtipo demonstrou influência significativa no relaxamento induzido pelo composto quando avaliado isoladamente. Quando os anéis foram pré-expostas a uma alta concetração de NIB7 (100μM) para avaliar o desenvolvimento de tolerância vascular, foi observado a atenuação da potência (pD2= 5,095 ± 0,10 n=6, *p< 0,05). Com isso, foi visto que o NIB7 é um doador de NO, cujo efeito independe do endotélio. Sugere o envolvimento da via NO-GCs-PKG, com participação dos canais de potássio, apesar de não ter canal específico. Por fim, o composto parece induzir tolerância ao vasorrelaxamento na abordagem experimental ex vivo. Contudo, mais estudos são necessários para esclarecer melhor esse efeito.
  • CLARA RITTMEYER RUIZ
  • Efeitos do novo nitrato orgânico 4-clorobenzoato de 4-nitrooxibutila sobre a função vascular da artéria mesentérica superior de ratos normotensos.
  • Data: 26/04/2024
  • Hora: 14:00
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  • A função vascular normal depende do equilíbrio entre a produção endotelial de vasodilatadores e constritores e a disfunção é caracterizada pela redução da produção de vasodilatadores como o óxido nítrico (NO). Os nitratos orgânicos são fármacos doadores de NO e potentes vasodilatadores. Dessa forma, este trabalho tem por objetivo investigar o mecanismo de ação de um novo nitrato orgânico o 4-clorobenzoato de 4- nitrooxibutila (4ClBN), sobre a função vascular da artéria mesentérica superior de ratos wistar (Rattus norvegicus) normotensos. Os protocolos experimentais ex vivo foram realizados utilizando o equipamento banho de órgãos compacto (76-00xx series, Panlab, S.L. Havard Apparatus Spain). Anéis de artéria mesentérica cranial foram isolados utilizado a solução nutridora Tyrode aerada com mistura carbogênia numa temperatura de 37°C. Após uma estabilização de uma hora foi verificada viabilidade dos anéis e realizado teste de endotélio. Em seguida foi feita a pré-contração com fenilefrina (FEN) e realizada uma curva concentração-resposta utilizando o 4ClBN para avaliação do efeito vasorrelaxante. O 4ClBN foi capaz de evocar uma resposta vasorrelaxante na ausência do endotélio funcional (E-) em anéis pré-contraídos com FEN (Emáx=114,7±4,2; pD2=6,64 ±0,08). O vasorrelaxamento foi atenuado em anéis pré- contraídos com KCl 60 mM (pD2=5,18±0,03; *p<0.05 vs FEN). Ao incubar anéis com endotélio funcional (E+) com L-NAME (100 μM) a potência (pD2) foi atenuada (5,52 ± 0.02 ; *p<0.05 vs FEN), e o Emáx (109,0 ± 0,95) permaneceu igual ao anéis E+. Na presença de um sequestrador de NO - HDX (100 μM) o vasorrelaxamento foi atenuado (Emáx=74,05±6,22 e pD2=4,08±0,06; *p<0.05 vs FEN). Ao bloquear a guanilil ciclase solúvel (GCs) com ODQ (10 μM) o vasorrelaxamento também foi atenuado (Emáx=96,84±10,86 e pD2=3,69±0,06; *p<0.05 vs FEN). Ao incubar os anés com KCl 20 mM e TEA 3 mM a potência foi atenuada (5,35±0,05 e 5,03±0,04, respectivamente *p<0.05 vs FEN). Ao investigar os subtipos de canais de potássio envolvidos no vasorrelaxamento induzido pelo 4ClBN, observou-se a atenuação da potência ao realizar protocolos experimentais bloqueando canais do tipo Kir (5,79±0,08; *p<0.05 vs FEN), Kv(5,06±0,04; *p<0.05 vs FEN), Bkca (5,06±0,12; *p<0.05 vs FEN) e Katp (6,30±0,07; *p<0.05 vs FEN). Por fim, foi realizado o ensaio de tolerância farmacológica ex vivo e observou-se atenuação da potência (5,19±0,07; *p<0.05 vs FEN) do 4ClBN em anéis pré-expostos ao composto. Assim, sugerimos que a resposta vasorrelaxante induzida por 4ClBN não depende da presença do endotélio, é efetivada pelo mecanismo de doação do NO e ativação da via NO/GCs e tem participação de canais de potássio do tipo Kir, Kv, BKca e Katp. Apesar disso, a molecula induziu tolerância farmacológica ex vivo.
  • JULIANA TELES DE ANDRADE
  • “Efeitos do consumo de Konjac Glucomanano (Konjac Massa MF®) sobre o perfil glicêmico e lipídico de camundongos experimentalmente diabéticos”
  • Orientador : JOSIANE DE CAMPOS CRUZ
  • Data: 29/02/2024
  • Hora: 14:00
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  • O diabetes mellitus tipo 1 (DMT1) é uma condição metabólica frequentemente iniciada na infância, caracterizada pela ativação imunológica contra as células beta pancreáticas. Experimentalmente, induz-se uma condição semelhante em animais através da administração de estreptozotocina (STZ), levando à disfunção destas células e à interrupção da secreção de insulina. A consequente hiperglicemia resulta da dependência dos transportadores de glicose (GLUT) pela insulina para sua expressão e funcionamento efetivo. Terapias que potencializem os níveis e a sensibilidade à insulina são essenciais para indivíduos com DMT1. Neste contexto, a dieta, incluindo fibras alimentares, se mostra como uma intervenção não farmacológica promissora para o controle glicêmico, devido à capacidade desses compostos de serem fermentados pela microbiota intestinal, resultando em metabólitos com benefícios fisiológicos. O konjac glucomanano (KGM), extraído da planta Amorphophallus konjac, destaca-se por suas propriedades hipoglicemiantes, mediadas pela produção de ácidos graxos de cadeia curta (AGCC) durante a fermentação pelas bactérias intestinais. Portanto, o objetivo deste estudo foi avaliar os efeitos do KGM comercial, na forma de Konjac Massa MF®, sobre o perfil glicêmico e lipídico de camundongos diabéticos induzidos por STZ. Utilizamos camundongos machos C57BL/6J, submetidos à indução de DMT1 com STZ e tratados durante 4 semanas com Konjac Massa MF® administrado intragastricamente (120 mg/kg/dia). Avaliamos a glicemia, o ganho de peso, e o consumo de água e ração durante o tratamento. Realizamos testes de tolerância à glicose (IPGTT) e insulina (IPITT), seguidos pela coleta de plasma para análises bioquímicas e preservação de tecidos em formol 10% para análises histológicas. Os resultados indicaram uma diminuição significativa na glicemia de jejum nos camundongos diabéticos tratados a partir da terceira semana de tratamento, comparados aos diabéticos não tratados. No entanto, não houve diferença significativa na tolerância à glicose entre os grupos diabéticos com e sem tratamento. Notavelmente, o grupo tratado exibiu melhor sensibilidade à insulina. Além disso, o tratamento resultou na diminuição dos níveis séricos de alanina aminotransferase (ALT), sugerindo um possível efeito hepatoprotetor do KGM. Concluímos que o Konjac Massa MF® é um potencial agente terapêutico para melhoria da sensibilidade à insulina e função hepática em modelos de DMT1, sem efeitos colaterais adversos. A continuidade da pesquisa é crucial para desvendar os mecanismos protetores do KGM e determinar sua aplicabilidade em protocolos clínicos para o manejo de DMT1 e suas complicações associadas.
  • JULIANA TELES DE ANDRADE
  • EFEITOS DO CONSUMO DE KONJAC GLUCOMANANO (KONJAC MASSA MF®) SOBRE O PERFIL GLICÊMICO E LIPÍDICO DE CAMUNDONGOS COM DIABETES TIPO 1
  • Orientador : JOSIANE DE CAMPOS CRUZ
  • Data: 29/02/2024
  • Hora: 14:00
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  • O diabetes mellitus tipo 1 (DMT1) é uma condição metabólica frequentemente iniciada na infância, caracterizada pela ativação imunológica contra as células beta pancreáticas. Experimentalmente, induz-se uma condição semelhante em animais através da administração de estreptozotocina (STZ), levando à disfunção destas células e à interrupção da secreção de insulina. A consequente hiperglicemia resulta da dependência dos transportadores de glicose (GLUT) pela insulina para sua expressão e funcionamento efetivo. Terapias que potencializem os níveis e a sensibilidade à insulina são essenciais para indivíduos com DMT1. Neste contexto, a dieta, incluindo fibras alimentares, se mostra como uma intervenção não farmacológica promissora para o controle glicêmico, devido à capacidade desses compostos de serem fermentados pela microbiota intestinal, resultando em metabólitos com benefícios fisiológicos. O konjac glucomanano (KGM), extraído da planta Amorphophallus konjac, destaca-se por suas propriedades hipoglicemiantes, mediadas pela produção de ácidos graxos de cadeia curta (AGCC) durante a fermentação pelas bactérias intestinais. Portanto, o objetivo deste estudo foi avaliar os efeitos do KGM comercial, na forma de Konjac Massa MF®, sobre o perfil glicêmico e lipídico de camundongos diabéticos induzidos por STZ. Utilizamos camundongos machos C57BL/6J, submetidos à indução de DMT1 com STZ e tratados durante 4 semanas com Konjac Massa MF® administrado intragastricamente (120 mg/kg/dia). Avaliamos a glicemia, o ganho de peso, e o consumo de água e ração durante o tratamento. Realizamos testes de tolerância à glicose (IPGTT) e insulina (IPITT), seguidos pela coleta de plasma para análises bioquímicas e preservação de tecidos em formol 10% para análises histológicas. Os resultados indicaram uma diminuição significativa na glicemia de jejum nos camundongos diabéticos tratados a partir da terceira semana de tratamento, comparados aos diabéticos não tratados. No entanto, não houve diferença significativa na tolerância à glicose entre os grupos diabéticos com e sem tratamento. Notavelmente, o grupo tratado exibiu melhor sensibilidade à insulina. Além disso, o tratamento resultou na diminuição dos níveis séricos de alanina aminotransferase (ALT), sugerindo um possível efeito hepatoprotetor do KGM. Concluímos que o Konjac Massa MF® é um potencial agente terapêutico para melhoria da sensibilidade à insulina e função hepática em modelos de DMT1, sem efeitos colaterais adversos. A continuidade da pesquisa é crucial para desvendar os mecanismos protetores do KGM e determinar sua aplicabilidade em protocolos clínicos para o manejo de DMT1 e suas complicações associadas.
  • DEYSE CRISTINA MADRUGA CARVALHO
  • AVALIAÇÃO DA ATIVIDADE ANTIVIRAL DA OUABAÍNA CONTRA O ZIKA VÍRUS EM MODELOS IN VITRO, IN VIVO E IN SILICO
  • Data: 29/02/2024
  • Hora: 13:30
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  • A ouabaína, um esteroide cardiotônico conhecido como inibidor da Na+/K+- ATPase, vem sendo descrita como uma substância imunomoduladora pelo nosso grupo. Além disso, a atividade antiviral da ouabaína tem sido relatada em vários estudos. O Zika vírus (ZIKV) é um arbovírus emergente associado a distúrbios neurológicos. Atualmente, não existem vacinas ou antivirais disponíveis para tratar a doença causada pelo ZIKV. Assim, esse trabalho teve como objetivo avaliar a atividade anti-ZIKV da ouabaína in vitro, in sílico e in vivo. Inicialmente, as células Vero foram utilizadas para determinar as concentrações não tóxicas da ouabaína e em seguida, a atividade antiviral foi avaliada nesse tipo celular. A ouabaína apresentou efeito inibitório dose-dependente contra o ZIKV, principalmente quando adicionada pós-infecção. A redução do vírus infeccioso foi acompanhada por uma diminuição nos níveis de RNA do ZIKV, sugerindo que o meca- nismo de inibição do vírus pela ouabaína ocorreu na etapa de replicação. Em seguida, para avaliar a atividade da ouabaína em uma abordagem mais clínica em relação a infec- ção pelo ZIKV, foi utilizado um modelo in vitro de células-tronco progenitoras neurais humanas (NS/PCs) e um modelo animal da Síndrome Congênita do Zika vírus (SCZ). Nas NS/PCs, a ouabaína reduziu a infecção pelo ZIKV nesse tipo celular e bloqueou o comprometimento da neurogênese desencadeada pelo vírus. Adicionalmente, no modelo animal da SCZ, a ouabaína foi capaz de proteger o feto da microcefalia desencadeada pela infecção. Isso pode estar relacionado à capacidade da ouabaína em inibir o vírus em células progenitoras da micróglia presentes no saco vitelino. Além da atividade antiviral, a ouabaína foi capaz de reduzir a citocina pró-inflamatória IL-1β na placenta, demons- trando seu potencial anti-inflamatório também nesse modelo. Por fim, foi realizado do- cking molecular seguido de simulações de dinâmica molecular para avaliar a interação entre a ouabaína e os principais alvos de drogas do ZIKV (NS3 Helicase, NS5 Mtase e NS5 RdRp). Nossos dados in sílico demonstraram estabilidade conformacional e energia livre de ligação favorável da ouabaína nos sítios de ligação das proteínas NS5-RdRp e NS3-helicase, sugerindo inibição da atividade dessas proteínas virais por esse esteroide. Juntos, esses dados demonstram a ação antiviral da ouabaína na infecção pelo ZIKV, sugerindo essa substância como um potencial composto para o tratamento da infecção causada por esse vírus. Dessa forma, esse estudo contribui para evidenciar a eficácia dos esteroides cardiotônicos como agentes antivirais promissores, além de gerar mais enten- dimento sobre as funções biológicas da ouabaína.
  • CLENIA DE OLIVEIRA CAVALCANTI
  • AVALIAÇÃO DA ATIVIDADE ANTIINFLAMATÓRIA DO NITRITO DE SÓDIO E DO 2-NITRATO-1,3-DIBUTOXIPROPANO (NDBP) NA ATEROSCLEROSE EXPERIMENTAL.
  • Data: 26/01/2024
  • Hora: 08:30
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  • As doenças isquêmicas cardíacas e os acidentes vasculares cerebrais estão entre as principais causas de óbitos no mundo e mantém estreita relação com a aterosclerose, uma doença inflamatória crônica do sistema vascular caracterizada por intensa atividade imunológica inata e adaptativa. No processo aterogênico observa-se uma redução na biodisponibilidade de óxido nítrico (NO) e aumento de espécies reativas de oxigênio (ROS). Nesse sentido, uma compreensão aprimorada de novas alternativas terapêuticas para melhorar a biodisponibilidade do NO são necessárias, o que inclui estudo sobre novas classes de medicamentos doadores de NO e a via nitrato-nitrito-NO. O objetivo do estudo foi avaliar a atividade anti-inflamatória do nitrito de sódio (NaNO2) e do 2-nitrato- 1,3-dibutoxipropano (NDBP) em modelo de inflamação aguda e na aterosclerose experimental. Inflamação aguda: camundongos C57BL/6 (controles) e ApoE-/- foram tratados com NaNO2 (dose 0,1mmoL/kg) ou NDBP (dose 40mg/kg) por três dias. Uma hora após o último dia de tratamento, os animais foram estimulados com zimosan (2mg/mL) de modo a induzir inflamação no peritônio. Após 4 horas, o fluido peritoneal foi coletado e utilizado para contagem de células totais e diferenciais por microscopia óptica e para quantificação de citocinas (IL-6, IL-10, TNF-α e MCP-1) por Elisa. Inflamação crônica: os camundongos ApoE-/- ao atingirem 8 semanas de idade receberam dieta aterogênica Western por 12 semanas e seus controles receberam dieta padrão para roedores. Durante as 3 últimas semanas receberam por gavagem NaNO2 (0,1mmoL/kg/dia), NDBP (40mg/kg) ou salina. Ao final do tratamento, foi realizada a coleta de sangue para análise do perfil lipídico, peroxidação lipídica, nitrito plasmático e citocinas (IL-6, IL-10, TNF-α e MCP-1) e as aortas foram removidas e processadas para avaliação histológica da deposição de placa aterosclerótica (coloração com Oil Red), produção de ROS (marcação com dihidroetídeo - DHE) e de NO (marcação com diaminofluoresceína - DAF). Os dados foram expressos como média ± erro padrão da média e as comparações estatísticas foram feitas por ANOVA, seguida do post hoc de Tuckey, considerando-se p<0,05. No modelo de peritonite, o zimosan, como esperado, induziu aumento da migração celular e dos níveis das citocinas pró-inflamatórias no peritônio. O tratamento com NaNO2 foi capaz de reduzir o número total de células para a cavidade peritoneal, pela redução na migração de polimorfonucleares em camundongos C57BL/6 e nos camundongos Apoe-/- reduziu os níveis plasmáticos das citocinas IL-10, TNF-α e MCP-1. Já o NDBP aumentou a migração celular em ambas linhagens. No modelo de aterosclerose experimenal o tratamento com NaNO2 reduziu a deposição de placa aterosclerótica, os níveis plasmáticos de MCP-1, o estresse oxidativo sistêmico e in situ na aorta, independente de alterações nos níveis de NO, nitrito plasmático e perfil lipídico. O NDBP diferiu do NaNO2 apenas nos níveis de MCP-1, aumentando essa citocina no plasma. Esses resultados sugerem que o NaNO2 tem efeito anti-inflamatório em modelo de inflamação aguda e crônica, sendo capaz de reduzir a deposição de placa aterosclerótica por mecanismos envolvendo a redução do estresse oxidativo e MCP-1. E que o NDBP apresenta um efeito dual, com ação pro-inflamatória em modelo de peritonite e ação antiaterogênica.
2023
Descrição
  • GEOVANE FERNANDES MUNIZ
  • Imunofisiologia na dinâmica do controle vetorial: Investigação dos efeitos do ácido kójico (5-Hydroxy-2-hydroxymethyl-4H-4-pyranone) sobre o desenvolvimento do Aedes aegypti L. (Diptera: Culicidae).
  • Orientador : FABIOLA DA CRUZ NUNES
  • Data: 01/12/2023
  • Hora: 10:00
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  • O controle de Ae. aegypti está associado a uma impactante redução de danos envolvendo arboviroses de grande relevância clínica e epidemiológica. Os métodos de controle podem atuar em qualquer fase de vida do vetor, desde o desenvolvimento embrionário até a sua forma alada. No processo de oviposição, os ovos no primeiro estágio da embriogênese são de cor clara e permitem a passagem livre de água pela casca do ovo. No decorrer deste estágio, ocorre o processo de melanização, o que dá ao embrião a resistência à dessecação e, consequentemente, uma maior viabilidade da eclosão dos ovos após longos períodos em ambientes secos. Também o NO (Nitric oxide) ou óxido nítrico, apresenta-se como um potencial mecanismo envolvido nas funções fisiológicas como a sinalização das células epiteliais e a indução da imunidade inata do Ae. aegypti. Atrelado a esse panorama, é interessante ressaltar o papel tirosinase que participa da formação da melanina como um catalisador, e que fica em evidência como um potencial alvo no controle do Ae. aegypti. É, então, que o AK (ácido kójico), substância química comumente utilizada para o clareamento cutâneo, entra em cena, pois possui propriedades inibitórias na síntese da tirosinase, corroborando a justificativa de um potencial método de controle do Ae. aegypti. Os resultados evidenciaram que a produção de NO em larvas (L4) expostas ao AK por 24h, teve maior índice no grupo controle (concentração de 65,76 ± 6,65 microMolar/mL) em comparação aos grupos testes (expostos a 100, 500 e 1000 ppm). A concentração de NO no grupo controle foi de 65,76 + 6,65 µM/mL, sendo significativamente maior em comparação ao grupo teste LOSC (Larvas de ovos sem cutícula), cuja concentração foi de 4,46 +5,40 µM/mL. Não houve letalidade do composto para os diferentes estágios de vida do Ae. aegypti; experimentos realizados com exposição ao AK em 1000 ppm por 24 horas. Não houve diferença significativa no intervalo de eclodibilidade, tampouco foi constatada diferença no tamanho dos ovos dos diferentes grupos analisados. A clarificação corroborou os resultados de coloração dos ovos, mostrando que àqueles com a cutícula serosa formada apresentaram pigmentação mais escura, sugerindo uma maior presença de melanina. A análise do perfil celular da hemolinfa de larvas de Ae. aegypti expostas ao AK permitiu a identificação da predominância de hemócitos dos tipos, pro-hemócitos, plasmócitos e granulócitos em aproximados 20% para os três mais evidentes tipos celulares. Ao analisar o tamanho das larvas (L4), verificou-se a diferença de tamanho equivalente a cerca de 1,5 mm entre as larvas do grupo controle com média de 6,5 mm e do grupo de Larvas de Ovos sem Cutícula Serosa (LOSC) com média de 8 mm. E, por fim, os resultados permitiram observar um aumento entre 30 e 50% da quantidade de larvas que sofreram metamorfose para a fase de pupa por volta do 10º e do 12º dia do ciclo de vida. Nossos estudos sugerem que o AK pode influenciar no desenvolvimento e em possíveis alterações na resposta imune do Ae. aegypti através de mecanismos fisiológicos que justificam a continuidade de estudos promissores com o artrópode.
  • GEOVANE FERNANDES MUNIZ
  • Imunofisiologia na dinâmica do controle vetorial: Investigação dos efeitos do ácido kójico (5-Hydroxy-2-hydroxymethyl-4H-4-pyranone) sobre o desenvolvimento do Aedes aegypti L. (Diptera: Culicidae).
  • Orientador : FABIOLA DA CRUZ NUNES
  • Data: 01/12/2023
  • Hora: 10:00
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  • O controle de Ae. aegypti está associado a uma impactante redução de danos envolvendo arboviroses de grande relevância clínica e epidemiológica. Os métodos de controle podem atuar em qualquer fase de vida do vetor, desde o desenvolvimento embrionário até a sua forma alada. No processo de oviposição, os ovos no primeiro estágio da embriogênese são de cor clara e permitem a passagem livre de água pela casca do ovo. No decorrer deste estágio, ocorre o processo de melanização, o que dá ao embrião a resistência à dessecação e, consequentemente, uma maior viabilidade da eclosão dos ovos após longos períodos em ambientes secos. Também o NO (Nitric oxide) ou óxido nítrico, apresenta-se como um potencial mecanismo envolvido nas funções fisiológicas como a sinalização das células epiteliais e a indução da imunidade inata do Ae. aegypti. Atrelado a esse panorama, é interessante ressaltar o papel tirosinase que participa da formação da melanina como um catalisador, e que fica em evidência como um potencial alvo no controle do Ae. aegypti. É, então, que o AK (ácido kójico), substância química comumente utilizada para o clareamento cutâneo, entra em cena, pois possui propriedades inibitórias na síntese da tirosinase, corroborando a justificativa de um potencial método de controle do Ae. aegypti. Os resultados evidenciaram que a produção de NO em larvas (L4) expostas ao AK por 24h, teve maior índice no grupo controle (concentração de 65,76 ± 6,65 microMolar/mL) em comparação aos grupos testes (expostos a 100, 500 e 1000 ppm). A concentração de NO no grupo controle foi de 65,76 + 6,65 µM/mL, sendo significativamente maior em comparação ao grupo teste LOSC (Larvas de ovos sem cutícula), cuja concentração foi de 4,46 +5,40 µM/mL. Não houve letalidade do composto para os diferentes estágios de vida do Ae. aegypti; experimentos realizados com exposição ao AK em 1000 ppm por 24 horas. Não houve diferença significativa no intervalo de eclodibilidade, tampouco foi constatada diferença no tamanho dos ovos dos diferentes grupos analisados. A clarificação corroborou os resultados de coloração dos ovos, mostrando que àqueles com a cutícula serosa formada apresentaram pigmentação mais escura, sugerindo uma maior presença de melanina. A análise do perfil celular da hemolinfa de larvas de Ae. aegypti expostas ao AK permitiu a identificação da predominância de hemócitos dos tipos, pro-hemócitos, plasmócitos e granulócitos em aproximados 20% para os três mais evidentes tipos celulares. Ao analisar o tamanho das larvas (L4), verificou-se a diferença de tamanho equivalente a cerca de 1,5 mm entre as larvas do grupo controle com média de 6,5 mm e do grupo de Larvas de Ovos sem Cutícula Serosa (LOSC) com média de 8 mm. E, por fim, os resultados permitiram observar um aumento entre 30 e 50% da quantidade de larvas que sofreram metamorfose para a fase de pupa por volta do 10º e do 12º dia do ciclo de vida. Nossos estudos sugerem que o AK pode influenciar no desenvolvimento e em possíveis alterações na resposta imune do Ae. aegypti através de mecanismos fisiológicos que justificam a continuidade de estudos promissores com o artrópode.
  • ÉSSIA DE ALMEIDA LIMA
  • Avaliação dos mecanismos de ação envolvidos no efeito anti-inflamatório da LQB 118
  • Data: 30/08/2023
  • Hora: 08:00
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  • A LQB 118 é uma molécula híbrida sintética pertencente ao grupo das pterocarpanoquinonas, tendo sua estrutura baseada em dois grupos de moléculas naturais bioativas, as naftoquinonas e os pterocarpanos. Além das várias atividades biológicas relatadas, o nosso grupo vem demonstrando o papel imunomodulador da LQB 118, pela descrição e caracterização de seu efeito anti-inflamatório. No entanto, os mecanismos envolvidos no efeito da LQB 118 como moduladora da inflamação ainda não estão totalmente definidos. Dessa forma, o objetivo desse trabalho foi avaliar os mecanismos envolvidos na atividade anti-inflamatória da LQB 118 in vitro e in vivo. Inicialmente, para os experimentos in vitro, camundongos Swiss receberam uma injeção intraperitoneal (i.p.) de tioglicolato (4%). Após quatro dias, os macrófagos peritoneais foram obtidos e cultivados na concentração de 2x105, 5x105 ou 1,5x106 cels/poço. As células foram tratadas com a LQB 118 (5 μM, 1 μM, 0.5 μM e 0.1 μM) na presença ou ausência do estímulo inflamatório, zimosan (0,2 mg/mL), por 40 m in ou 24 h. Em seguida, os sobrenadantes foram recolhidos para a quantificação das citocinas IL- 10 e IL-12 por ELISA e do NO pelo reagente de Griess. Além disso, a atividade fagocítica às partículas de zimosan também foi quantificada. Por fim, para analisar o mecanismo de ação da molécula, as células foram incubadas com os anticorpos anti- iNOS, anti-NFkB e anti-p-NFkB e com partículas de zimosan fluorescentes e analisadas por citometria de fluxo. O zimosan induziu aumento das citocinas e do óxido nítrico e o tratamento com a LQB 118 foi capaz de reduzir os níveis de IL-12 e do NO, sem interferir nos níveis de IL-10. Além disso, a LQB 118 modulou negativamente a expressão do NFkB total e fosforilado, além de reduzir a capacidade fagocítica dos macrofagos peritoneais. Adicionalmente, foi avaliado o efeito da LQB 118 in vivo, em modelo de peritonite induzida por zimosan. Para isso, camundongos Swiss foram tratados via i.p. com a LQB 118 nas doses de 10 e 20 mg/kg. 1 h após o tratamento, foram estimulados com zimosan (2 mg/mL) de modo a induzir uma inflamação no peritônio. Após 4 h o lavado peritoneal foi coletado e utilizado para contagem total e diferencial de células por microscopia óptica, para a quantificação das citocinas TNF-α, IL-1β, IL-6 e IL-10 por ELISA e para análise da expressão da MAP quinase p38 por citometria de fluxo. O zimosan, como esperado, induziu aumento da migração de células, dos níveis das citocinas e da fosforilação da p38. O tratamento com a LQB 118, por sua vez, foi capaz de reduzir o número total de células na cavidade peritoneal, pela redução na migração das células polimorfonucleares. Além disso, essa molécula foi capaz de reduzir os níveis das citocinas IL-1β, TNF-α e IL-10 e de modular negativamente a fosforilação da p38 induzida por zimosan. Dessa forma, esses dados demonstram os mecanismos envolvidos na atividade anti-inflamatória da LQB 118 e contribuem para o entendimento das potencialidades dessa substância em atuar em processos fisiológicos.
  • REPHANY FONSECA PEIXOTO
  • Estudo do perfil imunológico de subpopulações de células T de memória em pacientes convalescentes da COVID-19.
  • Data: 04/04/2023
  • Hora: 08:00
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  • A COVID-19 é uma infecção respiratória aguda grave, causada pelo vírus SARS-CoV-2. A rapida disseminação viral e o impacto social da doenca desafiaram as autoridades em saúde a buscarem soluções terapêuticas e preventivas para a doença, assim como compreender os seus efeitos no organismo humano do ponto de vista imunológico e clínico. Os sintomas da infecção podem desencadear um quadro clínico característico de resfriados comuns até formas sintomáticas mais graves. A produção de citocinas e a resposta imunológica desencadeada por linfócitos T e B, demonstram-se como determinantes no curso da doença, uma vez que casos graves da COVID-19 estariam associados ao perfil imunológico apresentado pelo indivíduo acometido, assim como a memória imunológica desenvolvida no período após os sintomas. Dessa forma, o presente estudo tem como objetivo investigar os mecanismos imunomodulatórios mediados pelas subpopulações de linfócitos T CD8 + de memória correlacionando as características clínicas de pacientes recuperados de formas leve e grave da COVID-19. Para tal, amostras de sangue periférico foram obtidas de voluntários recrutados e distribuídos nos grupos controle (CTL - n = 9), leve (n = 9) e grave (n = 6). Amostras de PBMCs foram obtidas e incubadas sob 4 diferentes condições: não estimuladas (meio), estimuladas com peptídeos SARS-CoV-2 (Pool Spike CoV-2 e Pool CoV-2), e estimuladas com Staphylococcal enterotoxin B (SEB). As células T CD8+ foram analisadas e classificadas quanto a expressão de CCR7+ e CD45RA+ em T CD8+ naive (TN), células T CD8+ de memória central (TMC), células T CD8+ de memória efetora (TME) e células T CD8+ de memória efetora que reexpressam CD45RA (TMERA). Sendo assim, nas distintas subpopulações supracitadas foram analisadas a expressão de citocinas (IL-10, IFN-y, TNF-α e IL-17) e marcadores de ativação (CD69, CD137 e Ki67) pela técnica de citometria de fluxo. Nossos resultados demonstraram que 1) alterações significativas não foram observadas entre a frequência de células dentre as subpopulações avaliadas entre o grupo CTL e os grupo de pacientes leve e graves; 2) Redução na expressão de CD69 foi observada em células T CD8 + Naive e de Memória Central entre o grupo CTL e o grupo Leve na presença do Pool-Cov2. Adicionalmente, um aumento na expressão do CD69 observou-se entre o grupo leve e grave nas subpopulações de células T CD8+ Naive e TMERA na presença do Pool Spike Cov-2 e Pool CoV-2; 3) O estimulo do Pool Spike Cov-2 promoveu aumento na expressão de CD137 em células T CD8+ de memória efetora do grupo leve em relação ao grupo CTL e uma diminuição no grupo grave em relação ao grupo leve. 4) Diminuição na expressão de IL-10 em células T CD8 + Naive e TMERA do grupo CTL em comparacao ao grupo Leve na presença do Pool Spike Cov-2 e Pool Cov-2. Além disso, aumento na expressão desta citocina na subpopulação de T CD8+ de memória central foi demonstrado entre o grupo CTL e os grupos leves e graves na presença do Pool Spike Cov-2. 5) O IFN-y por sua vez, teve sua expressão diminuída nas células T CD8+ Naive, TMERA e TME entre os grupos avaliados estimulados com os peptídeos SARS-CoV-2 aqui utilizados. 6) As células T CD8+ TMERA apresentaram uma expressão reduzida de IL-17 na presença do Pool CoV-2 no grupo leve quando comparado ao grupo CTL Por outro lado, um aumento na expressão desta citocina foi observado pelas subpopulações de T CD8+ de memória central e de memória efetora na presença do Pool Spike CoV-2 e Pool Cov-2. 7) Por fim, alterações significativas na frequência de expressão do Ki67 e do TNF-α não foram observadas em nenhuma das condições de estímulo nas distintas subpopulações avaliadas em todos os grupos. Dessa forma, torna-se notório que em pacientes convalescentes da COVID-19 leve ou grave há o estabelecimento de memória imunológica por todas as subpopulações de linfócitos T CD8+ aqui avaliadas, evidenciando a atuação coordenada de marcadores de ativação e citocinas modulatórias que auxiliam na indução de respostas efetoras na fase ativa da doença demonstrado aqui na presença de estímulo pelos peptídeos Pool Spike CoV-2 e Pool CoV-2.
  • REPHANY FONSECA PEIXOTO
  • Estudo do perfil imunológico de subpopulações de células T de memória em pacientes convalescentes da COVID-19.
  • Data: 04/04/2023
  • Hora: 08:00
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  • A COVID-19 é uma infecção respiratória aguda grave, causada pelo vírus SARS-CoV-2. A rapida disseminação viral e o impacto social da doenca desafiaram as autoridades em saúde a buscarem soluções terapêuticas e preventivas para a doença, assim como compreender os seus efeitos no organismo humano do ponto de vista imunológico e clínico. Os sintomas da infecção podem desencadear um quadro clínico característico de resfriados comuns até formas sintomáticas mais graves. A produção de citocinas e a resposta imunológica desencadeada por linfócitos T e B, demonstram-se como determinantes no curso da doença, uma vez que casos graves da COVID-19 estariam associados ao perfil imunológico apresentado pelo indivíduo acometido, assim como a memória imunológica desenvolvida no período após os sintomas. Dessa forma, o presente estudo tem como objetivo investigar os mecanismos imunomodulatórios mediados pelas subpopulações de linfócitos T CD8 + de memória correlacionando as características clínicas de pacientes recuperados de formas leve e grave da COVID-19. Para tal, amostras de sangue periférico foram obtidas de voluntários recrutados e distribuídos nos grupos controle (CTL - n = 9), leve (n = 9) e grave (n = 6). Amostras de PBMCs foram obtidas e incubadas sob 4 diferentes condições: não estimuladas (meio), estimuladas com peptídeos SARS-CoV-2 (Pool Spike CoV-2 e Pool CoV-2), e estimuladas com Staphylococcal enterotoxin B (SEB). As células T CD8+ foram analisadas e classificadas quanto a expressão de CCR7+ e CD45RA+ em T CD8+ naive (TN), células T CD8+ de memória central (TMC), células T CD8+ de memória efetora (TME) e células T CD8+ de memória efetora que reexpressam CD45RA (TMERA). Sendo assim, nas distintas subpopulações supracitadas foram analisadas a expressão de citocinas (IL-10, IFN-y, TNF-α e IL-17) e marcadores de ativação (CD69, CD137 e Ki67) pela técnica de citometria de fluxo. Nossos resultados demonstraram que 1) alterações significativas não foram observadas entre a frequência de células dentre as subpopulações avaliadas entre o grupo CTL e os grupo de pacientes leve e graves; 2) Redução na expressão de CD69 foi observada em células T CD8 + Naive e de Memória Central entre o grupo CTL e o grupo Leve na presença do Pool-Cov2. Adicionalmente, um aumento na expressão do CD69 observou-se entre o grupo leve e grave nas subpopulações de células T CD8+ Naive e TMERA na presença do Pool Spike Cov-2 e Pool CoV-2; 3) O estimulo do Pool Spike Cov-2 promoveu aumento na expressão de CD137 em células T CD8+ de memória efetora do grupo leve em relação ao grupo CTL e uma diminuição no grupo grave em relação ao grupo leve. 4) Diminuição na expressão de IL-10 em células T CD8 + Naive e TMERA do grupo CTL em comparacao ao grupo Leve na presença do Pool Spike Cov-2 e Pool Cov-2. Além disso, aumento na expressão desta citocina na subpopulação de T CD8+ de memória central foi demonstrado entre o grupo CTL e os grupos leves e graves na presença do Pool Spike Cov-2. 5) O IFN-y por sua vez, teve sua expressão diminuída nas células T CD8+ Naive, TMERA e TME entre os grupos avaliados estimulados com os peptídeos SARS-CoV-2 aqui utilizados. 6) As células T CD8+ TMERA apresentaram uma expressão reduzida de IL-17 na presença do Pool CoV-2 no grupo leve quando comparado ao grupo CTL Por outro lado, um aumento na expressão desta citocina foi observado pelas subpopulações de T CD8+ de memória central e de memória efetora na presença do Pool Spike CoV-2 e Pool Cov-2. 7) Por fim, alterações significativas na frequência de expressão do Ki67 e do TNF-α não foram observadas em nenhuma das condições de estímulo nas distintas subpopulações avaliadas em todos os grupos. Dessa forma, torna-se notório que em pacientes convalescentes da COVID-19 leve ou grave há o estabelecimento de memória imunológica por todas as subpopulações de linfócitos T CD8+ aqui avaliadas, evidenciando a atuação coordenada de marcadores de ativação e citocinas modulatórias que auxiliam na indução de respostas efetoras na fase ativa da doença demonstrado aqui na presença de estímulo pelos peptídeos Pool Spike CoV-2 e Pool CoV-2.
  • LARISSA MARIA FERREIRA COITINHO
  • O USO DA LITERATURA NO ENSINO DA FISIOLOGIA HUMANA PROMOVE A MOTIVAÇÃO E MELHORA O APRENDIZADO DE ESTUDANTES DE GRADUAÇÃO
  • Data: 28/02/2023
  • Hora: 14:00
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  • A Fisiologia é definida como o estudo de um organismo e de suas funções, incluindo processos físico-químicos. Portanto, para o seu entendimento há a necessidade do conhecimento prévio de conceitos e mecanismos da competência de outras disciplinas, como anatomia, bioquímica, biologia molecular e biofísica. A natureza interdisciplinar da fisiologia torna a compreensão de seus conceitos um desafio para os alunos. É importante estimular o desenvolvimento de novas estratégias metodológicas que auxiliem e facilitem o ensino e a aprendizagem da fisiologia. Nesse contexto, iniciamos o projeto FisioArte Era uma vez…, que propõe a interação entre fisiologia e a literatura para despertar o interesse dos alunos pelo aprendizado e compreensão de conceitos e mecanismos fisiológicos, sugerindo aos graduandos que reinterpretem contos clássicos da literatura incorporando em suas reinterpretações conceitos fisiológicos. Participaram dessa atividade n=24 discentes, os quais em grupo fizeram a reinterpretação de contos de Edgard Allan Poe no contexto da Fisiologia do sistema respiratório. Após a atividade os discentes voluntariamente responderam a um questionário de avaliação. Nossos resultados preliminares sugerem que 75% dos discentes que participaram da atividade Fisioarte Era uma vez.. consideram a disciplina de fisiologia humana difícil e 58,4% numa escala de 0 - 5, que a maioria entre 3 - 5, concordaram que o trabalho de reinterpretação do conto facilitou o entendimento sobre os conceitos e mecanismos da fisiologia humana. Além disso, os resultados mostraram que 75% dos alunos concordaram, em uma escala entre 4 e 5, que a FisioArte é um método válido para avaliação da aprendizagem e 91,7 %concordaram que a FisioArte aumentou o interesse em aprender fisiologia de uma forma mais emocionante e agradável e vimos que 79,2% dos alunos, numa escala entre 4 e 5, concordaram que o trabalho contribuiu para a compreensão do conteúdo estudado em sala. Nossos resultados preliminares sugerem que a FisioArte Era uma vez…, é ferramenta pedagógica eficiente no processo de ensino-aprendizagem da fisiologia, uma vez que estimula os alunos no ensino e na aprendizagem da fisiologia
2022
Descrição
  • PEDRO HENRIQUE DE SOUSA PALMEIRA
  • AVALIAÇÃO DE LINFÓCITOS T REGULADORES EM PACIENTES CONVALESCENTES DA COVID-19
  • Data: 30/09/2022
  • Hora: 09:00
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  • A infecção ocasionada pelo Coronavírus da Síndrome Respiratória Aguda Grave 2 (SARS-CoV-2), responsável pela Doença do Coronavírus 2019 (COVID-19), provoca uma gama de manifestações clínicas que podem levar ao óbito. Embora diversos estudos demonstrem a importância da participação do sistema imune do hospedeiro no desenvolvimento dos distintos perfis clínicos, muitos questionamentos ainda permanecem. No presente estudo, análises comparativas em células T Reguladoras (Treg) de voluntários não previamente infectados com SARS-CoV-2 (CTL) e aqueles que se recuperaram das formas leve (Leve Recuperado) e grave (Grave Recuperado) da COVID-19 foram realizadas. Células Mononucleares do Sangue Periférico (PBMC) de voluntários foram coletadas e estimuladas com peptídeos relacionados ao SARS-CoV-2 (Pool Spike CoV-2 e Pool CoV-2) ou Staphylococcal enterotoxin B (SEB). Mediante ensaio de citometria de fluxo, foram relatados, no grupo Leve Recuperado, níveis mais elevados de Tregs bem como da expressão de IL-10, IL-17, perforina, granzima B, PD- 1 e coexpressão CD39+CD73+ pelas células estudadas em comparação com grupos Grave Recuperado e/ou CTL em alguns estímulos relacionados ao SARS-CoV-2. Além disso, PBMCs do grupo Leve Recuperado não estimuladas também apresentaram maior frequência de Tregs e expressão de IL-10 e granzima B, comparado ao CTL, sugerindo alterações imunológicas de longa duração após resolução da doença. Comparado ao estímulo Pool CoV-2, Pool Spike CoV-2 reduziu a expressão de IL-10, enquanto melhorou a expressão de PD-1 pelas Tregs de voluntários Leve Recuperado. Curiosamente, Pool Spike CoV-2 provocou uma diminuição na frequência Tregs IL-17+ no grupo Grave Recuperado. No grupo CTL, por sua vez, a expressão de LAP e a coexpressão de grânulos citotóxicos perforina+granzima B+ pelas Treg foram maiores em amostras estimuladas com Pool CoV-2 sugerindo uma reatividade cruzada. No presente estudo também foram realizadas análises comparativas dos dados imunológicos entre voluntários Leve Recuperado que experienciaram ou não alguns sintomas durante a fase aguda da COVID-19. Os principais dados revelam que o estímulo Pool Spike CoV-2 provocou um padrão de redução na frequência de Tregs IL- 10+ e Tregs CTLA-4+ em PBMC de voluntários, que não experimentaram alguns sintomas. Em conjunto, níveis mais elevados de perforina e da coexpressão perforina+granzima B+ pelas células T Reguladoras foram encontrados em voluntários Leve Recuperado, que desenvolveram dispneia. Finalmente, foram observadas expressão diferencial das ectonucleotidases CD39 e CD73 em Tregs de voluntários Leve Recuperado, que se queixaram de dores musculoesqueléticas. Em resumo, o estudo sugere que mudanças nas ferramentas de imunossupressão dos linfócitos T Reguladores poderiam influenciar o desenvolvimento dos distintos perfis clínicos associados à COVID-19. Considerando os dados comparativos do grupo Leve Recuperado, o presente trabalho revelou possíveis modulações a nível de Treg que poderiam auxiliar no estabelecimento de formas mais leves da doença possuindo, assim, grande potencial para contribuir com os esforços científicos na compreensão do sistema imune durante a COVID-19.
  • MÁRCIA DANTAS DOS SANTOS
  • Avaliação do crescimento muscular e reprodutivo modulado pelo fotoperíodo da tilápia do Nilo (Oreochromis niloticus) durante todo o ciclo reprodutivo
  • Data: 28/07/2022
  • Hora: 14:00
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  • Esse trabalho está estruturado em dois capítulos: artigo de revisão, com tópicos referentes a Aquicultura e fisiologia de teleósteos, com ênfase na tilápia do Nilo (Oreochromis niloticus); e estudo em sistema de cultivo intensivo de desempenho da tilápia submetida aos diferentes fotoperíodos, durante 180 dias. Os objetivos traçados foram: identificar os padrões de crescimento somático, crescimento muscular, mobilização energética e reprodução das tilápias ao longo de 180 dias submetidas a diferentes fotoperíodos. Para tanto, foi montado um sistema de recirculação com 9 caixas d`água de 1000L, sendo 3 caixas por fotoperíodo (T1 = 24h Claro: 0h Escuro; T2 = 18hC:06hE e T3 = 12hC:12hE). Embriões foram povoados em incubadoras, depois em berçários, e por último nas caixas d`água (n=142 animais/cada). As tilápias apresentaram performances variadas a depender dos fotoperíodos. A mortalidade foi considerável nos primeiros 15 dias de vida do animal com mortes significativas até os 30 dias com diferenças estatísticas (p<0,0001 e p<0,0001, respectivamente). Os menores resultados de mortalidade foram identificados no T1. Quanto à massa corporal, diferenças estatísticas (p<0,004) foram registradas no dia 135 apresentando o T1 maior massa (56,57 ± 23,11g). Em relação ao comprimento total, houve diferenças estatísticas entre os tratamentos nos dias 135 (p<0,002) e 180 (p<0,016) pós-eclosão. O T1 apresentou os maiores comprimentos (14,85 ± 2,58 e 19,52 ± 2,99cm) em ambos os dias, respectivamente. No que tange ao ganho de massa, taxa de crescimento específico e fator de condição, não houve diferenças estatísticas entre os tratamentos. O crescimento do músculo esquelético apresentou uma tendência de aumento no comprimento da fibra ao longo dos dias, em especial do T1, caracterizando um crescimento predominantemente hipertrófico. Os animais desenvolveram, em todos os tratamentos, fibras maiores que 180µm de diâmetro, que começaram a ser identificadas a partir do dia 90. O glicogenio hepático apresentou diferenças estatisticas em função dos fotoperíodos nos dias 60, 90, 120 e 150 (p<0,002; 0,047; 0,001 e 0,001, respectivamente) com aumento na frequência de depósito de glicogênio no T1. Quanto aos estoques de lipídios, houve diferença estatística nos dias 150 e 180 (p<0,001 e 0,003, respectivamente) entre os tratamentos. O T3 obteve maior frequência de acúmulo hepático de lipídios. No que corresponde a determinação do sexo, foi identificada uma porcentagem de inversão sexual de 85,7% para machos fenotípicos e 14,3% intersexo para todos os tratamentos. Não houve potencialização pelo fotoperíodo na inversão sexual induzida pela suplementação de testosterona na alimentação. No dia 90, foram identificadas células germinativas de espermatozóides em fase indiferenciada e em processo de diferenciação. Nesse sentido, descrevemos os dados só a partir do dia 120. A partir deste período os peixes se encontraram em maturação, em razão de apresentarem as maiores porcentagens dos cistos de espermatozóides no dia 150 (T1-26% T2-53% e T3-37%) com menor porcentagem para o T1. No dia 180, os espermatozoides mostraram menores taxas em relação ao dia 150 (T1-23% T2-27% e T3-32%). Nesse último dia é possível sugerir, pelos dados decrescentes, que os animais estão entrando na fase de regressão. O presente estudo revelou que o fotoperíodo de T1 proporciona melhores resultados na criação de tilápia do Nilo, no que se refere ao desempenho produtivo. Quanto aos parâmetros de maturação sexual o T1 apresentou menores percentuais de maturação.
  • LARISSA SUELEN DA SILVA LINS
  • AVALIAÇÃO DOS EFEITOS INDUZIDOS PELO 5-HIDROXIFLAVONE SOBRE O SISTEMA CARDIOVASCULAR DE RATOS
  • Data: 29/04/2022
  • Hora: 09:00
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  • RESUMO Flavonoides são polifenóis bioativos conhecidos por apresentar, em sua grande maioria ação cardioprotetora, sendo eficazes no tratamento de agravos cardiovasculares como a hipertensão arterial. Neste trabalho foram verificados alguns efeitos induzidos pelos flavonoides flavona (FVN), 3-hidroxiflavona (3FVN) e 5-hidroxiflavona (5FVN) em ratos normotensos, mediante a utilização de abordagens in silico, ex vivo, e in vivo. Nos experimentos ex vivo avaliamos o efeito relaxante promovido pelo FVN, 3FVN ou 5FVN em artéria mesentérica superior isolada de ratos pré-contraída com fenilefrina (FEN 10 μM). Afim de investigar o mecanismo de ação do 5FVN foram utilizados outros protocolos experimentais como a pré contração dos anéis com soluções despolarizantes KCl 60 mM e 20 mM, e a incubação dos anéis na presença de bloqueadores para canais iônicos, a glibenclamida (1mM) e o 4-aminopiridina (10 μM). Em seguida por meio dos experimentos in vivo, pôde-se analisar o efeito fisiológico induzido pela administração endovenosa aguda de diferentes doses do 5FVN na pressão arterial e frequência cardíaca de ratos não anestesiados. Os resultados in silico demonstraram uma serie de potenciais atividades cardiovasculares benéficas associadas aos compostos, como ação vasodilatadora, antioxidante e cardioprotetora. Os protocolos ex vivo demonstraram que os compostos FVN, 3FVN e 5FVN apresentaram atividade vasorrelaxante concentração-dependente em anéis pré-contraídos com FEN. A remoção do endotélio não alterou o efeito induzido pelos compostos. Ao comparar os valores de pD 2 , observou-se que o 5FVN foi o mais potente em promover vasorrelaxamento, quando comparado ao 3FVN e FVN, tanto em anéis com endotélio intacto quanto em anéis cujo endotélio foi removido. Sendo assim o 5FVN foi escolhido para as análises futuras. O efeito vasodilatador do 5FVN foi atenuado quando os anéis vasculares foram pré-contraídos com KCl 60 mM em comparação aos pré-contraídos com FEN na ausência do endotélio funcional. A incubação dos anéis com KCl 20 e glibenclamida não foi capaz de alterar a curva concentração resposta do 5FVN comparando com o grupo controle, já na presença do 4-aminopiridina houve uma atenuação significativa na resposta do 5FVN e, portanto, sugerimos que o efeito do composto se dá por meio de canais K v . A administração endovenosa aguda das doses 1mg/kg; 5mg/kg; 10mg/kg e 20mg/kg do 5FVN causou hipotensão e taquicardia nos ratos normotensos não-anestesiados. Conclui-se que, dentre os flavonoides analisados, o 5FVN apresenta maior potência em exercer vasorrelaxamento em anéis de artéria mesentérica superior de ratos normotensos. O relaxamento induzido por este composto é independente do endotélio funcional e envolve os canais para K + controlados por voltagem (K v ) presentes no músculo liso vascular. A vasodilatação induzida pelo 5FVN provavelmente contribui para a hipotensão observada nos ratos normotensos não anestesiados.
  • RAYANE MARIA PESSOA DE SOUZA
  • Efeitos do tratamento crônico com extrato de Cannabis rico em canabidiol na modulação cardiovascular de ratos com hipertensão renovascular
  • Data: 20/04/2022
  • Hora: 09:00
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  • A hipertensão arterial sistêmica (HAS) é uma condição multifatorial que afeta milhares de pessoas no mundo, sendo a principal causa de mortalidade. O tratamento medicamentoso para a HAS é iniciado com um ou dois anti-hipertensivos, que podem ser aliados a outros fármacos, aumentando o risco de efeitos adversos, assim, o uso de compostos naturais para o tratamento da HAS pode ser uma alternativa ao uso de combinações medicamentosas. O canabidiol (CBD) é um princípio não-psicoativo da planta Cannabis Sativa que vem sendo utilizado em doenças neurodegenerativas, câncer e ansiedade. Alguns estudos sugerem que o sistema endocanabinóide atua modulando a função cardiovascular. Há outros estudos indicando os efeitos cardiovasculares dos fitocanabinoides. Nesse contexto nossa hipótese é que o tratamento crônico oral com CBD promove efeitos benéficos cardiovasculares em ratos hipertensos. Para testar nossa hipótese utilizamos um extrato de cannabis rico em CBD produzido pelo instituto ABRACE ESPERANÇA em ratos hipertensos 2Rins1clipe (2R1C). Foram utilizados ratos Wistar [(180-200g; 8 semanas) CEUA n. 5531250320]. Quatro semanas após as cirurgias 2R1C ou cirurgia fictícia (SHAM), os animais foram submetidos ao tratamento com CBD (20mg/kg) por gavagem (2x ao dia, por 14 dias), de acordo com os seguintes grupos: SHAM (n=6); SHAM+ECCBD (n=6); 2R1C (n=6); 2R1C+ECCBD (n=8). Após o tratamento, as artérias e as veias femorais dos animais foram cateterizadas. No dia seguinte, a cânula arterial foi conectada a um transdutor de pressão para o registro das respostas cardiovasculares basais e à injeção intravenosa (iv) de: cianeto de potássio (KCN; 40 mg/kg), fenilefrina (Phe; 8µ/kg), nitroprussiato de sódio (NPS; 25 µ/kg) e hexametônio (HEXA; 30 mg/kg). A análise estatística foi realizada através do teste Anova One way, pós-teste de Tukey (GraphPad Prism 6). Os resultados mostraram que o tratamento com CBD não promoveu alterações significativas na pressão arterial média basal (PAM, mmHg) dos ratos SHAM (110,8 ± 2,5 vs. 124,1 ± 8 mmHg), mas promoveu redução significativa na PAM basal dos ratos 2R1C (138,7 ± 9,6 vs. 170,8 ± 7,5 mmHg). O tratamento ainda melhorou a sensibilidade do barorreflexo (-1,8 ± 0,06 vs. -2,1 ± 0,1 bpm.mmHg-1), bem como reduziu significativamente a resposta hipotensora induzida pelo HEXA nos animais hipertensos 2R1C (∆-50,0 ± 3,4 vs. ∆-92,5 ± 13,4). O tratamento crônico com CBD promoveu redução da PAM em ratos hipertensos renovascular (2R1C), provavelmente devido a melhora da função barorreflexa, bem como melhora da atividade autonômica cardiovascular.
2021
Descrição
  • ATALIA FERREIRA DE LIMA
  • Estudo dos mecanismos glutamatérgicos astrogliais do bulbo e hipotálamo na modulação cardiovascular em ratos com hipertensão renovascular
  • Data: 26/11/2021
  • Hora: 14:30
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  • Os Astrócitos modulam a atividade neuronal por meio de diferentes mecanismos, incluindo a recaptação de neurotransmissores do meio extracelular. Sabe-se que na hipertensão renovascular (HRv) há aumento na liberação do glutamato por neurônios de núcleos bulbares envolvidos com a modulação cardiovascular, contribuindo para o aumento da atividade de neurônios pré-simpáticos. Entretanto, pouco se sabe sobre a participação dos astrócitos na recaptação e conversão do glutamato na região do bulbo de ratos hipertensos. O objetivo deste estudo foi analisar a participação dos astrócitos na recaptação e reciclagem do glutamato no bulbo de ratos com HRv. Para tanto, realizamos o implante de cânula-guia na região intracisterna magna (ICM) de ratos normotensos e com HRv (pelo modelo 2Rins-1Clipe / 2R1C) para a realização das microinjeções: a) do Inibidor do transportador de glutamato astrocítico GLT1 [DHK (1 mM)], b) do inibidor da glutamina sintetase astrocítica [L-AAA (2 mM)] e c) da gliotoxina fluorocitrato [FCt (0,2 mM)]. Um grupo de animais com HRv foi tratado com Losartan (antagonista AT1) por gavagem na dose de 30mg/kg/dia durante 4 semanas após o período de estabilização do quadro hipertensivo. Para os estudos in vitro, realizamos, por meio da técnica de western blotting, a análise da expressão proteica do citoesqueleto astrocítico - glial fibrillary acid protein - (GFAP), dos recaptadores de glutamato (GLT1 e GLAST) e da enzima glutamina sintetase (GS) das regiões do órgão subfornicial (SFO), núcleo paraventricular do hipotálamo (PVN), bulbo ventrolateral rostral (RVLM), núcleo do trato solitário (NTS) e Córtex. Nossos resultados mostraram que a inibição dos transportadores de glutamato astrocíticos com o DHK ou a inibição da enzima GS com a L-AAA ICM não promoveu alterações cardiovasculares significativas entre os animais dos grupos SHAM, 2R1C e 2R1C/LOS. Entretanto, a inibição da atividade da glia com o FCt ICM promoveu aumento significativo na pressão arterial média (PAM) dos animais 2R1C, mas não nos animais SHAM ou 2R1C/LOS. A análise da expressão proteica no bulbo mostrou que os animais hipertensos apresentaram redução da expressão dos transportadores GLT1 e GLAST no RVLM, bem como redução na expressão de GFAP e da GS no NTS e no RVLM. Na região do hipotálamo, observamos redução na expressão proteica do transportador GLAST no SFO e aumento na expressão de GFAP no PVN dos animais hipertensos. Nossos resultados mostraram que os transportadores de glutamato astrocíticos e a GS da superfície bulbar parecem não estar envolvidos com a modulação cardiovascular de animais normotensos ou com HRv. Entretanto, a glia parece estar envolvida com a modulação da PAM nesta fisiopatologia. Além disso, nossos estudos in vitro mostraram alterações na expressão proteica de diferentes marcadores da atividade astrocítica nos núcleos bulbares (NTS e RVLM) e hipotalâmicos (SFO e PVN) de animais com HRv. Nesse sentido, nossos estudos sugerem a participação das células da glia na modulação da pressão arterial na HRv, contudo são necessários estudos adicionais, para melhor compreendermos a participação dos astrócitos na modulação cardiovascular em ratos hipertensos.
  • ATALIA FERREIRA DE LIMA
  • Estudo dos mecanismos glutamatérgicos astrogliais do bulbo e hipotálamo na modulação cardiovascular em ratos com hipertensão renovascular
  • Data: 26/11/2021
  • Hora: 14:00
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  • Os Astrócitos modulam a atividade neuronal por meio de diferentes mecanismos, incluindo a recaptação de neurotransmissores do meio extracelular. Sabe-se que na hipertensão renovascular (HRv) há aumento na liberação do glutamato por neurônios de núcleos bulbares envolvidos com a modulação cardiovascular, contribuindo para o aumento da atividade de neurônios pré-simpáticos. Entretanto, pouco se sabe sobre a participação dos astrócitos na recaptação e conversão do glutamato na região do bulbo de ratos hipertensos. O objetivo deste estudo foi analisar a participação dos astrócitos na recaptação e reciclagem do glutamato no bulbo de ratos com HRv. Para tanto, realizamos o implante de cânula-guia na região intracisterna magna (ICM) de ratos normotensos e com HRv (pelo modelo 2Rins-1Clipe / 2R1C) para a realização das microinjeções: a) do Inibidor do transportador de glutamato astrocítico GLT1 [DHK (1 mM)], b) do inibidor da glutamina sintetase astrocítica [L-AAA (2 mM)] e c) da gliotoxina fluorocitrato [FCt (0,2 mM)]. Um grupo de animais com HRv foi tratado com Losartan (antagonista AT1) por gavagem na dose de 30mg/kg/dia durante 4 semanas após o período de estabilização do quadro hipertensivo. Para os estudos in vitro, realizamos, por meio da técnica de western blotting, a análise da expressão proteica do citoesqueleto astrocítico - glial fibrillary acid protein - (GFAP), dos recaptadores de glutamato (GLT1 e GLAST) e da enzima glutamina sintetase (GS) das regiões do órgão subfornicial (SFO), núcleo paraventricular do hipotálamo (PVN), bulbo ventrolateral rostral (RVLM), núcleo do trato solitário (NTS) e Córtex. Nossos resultados mostraram que a inibição dos transportadores de glutamato astrocíticos com o DHK ou a inibição da enzima GS com a L-AAA ICM não promoveu alterações cardiovasculares significativas entre os animais dos grupos SHAM, 2R1C e 2R1C/LOS. Entretanto, a inibição da atividade da glia com o FCt ICM promoveu aumento significativo na pressão arterial média (PAM) dos animais 2R1C, mas não nos animais SHAM ou 2R1C/LOS. A análise da expressão proteica no bulbo mostrou que os animais hipertensos apresentaram redução da expressão dos transportadores GLT1 e GLAST no RVLM, bem como redução na expressão de GFAP e da GS no NTS e no RVLM. Na região do hipotálamo, observamos redução na expressão proteica do transportador GLAST no SFO e aumento na expressão de GFAP no PVN dos animais hipertensos. Nossos resultados mostraram que os transportadores de glutamato astrocíticos e a GS da superfície bulbar parecem não estar envolvidos com a modulação cardiovascular de animais normotensos ou com HRv. Entretanto, a glia parece estar envolvida com a modulação da PAM nesta fisiopatologia. Além disso, nossos estudos in vitro mostraram alterações na expressão proteica de diferentes marcadores da atividade astrocítica nos núcleos bulbares (NTS e RVLM) e hipotalâmicos (SFO e PVN) de animais com HRv. Nesse sentido, nossos estudos sugerem a participação das células da glia na modulação da pressão arterial na HRv, contudo são necessários estudos adicionais, para melhor compreendermos a participação dos astrócitos na modulação cardiovascular em ratos hipertensos.
  • GEORGIANNA DE ARAUJO HENRIQUES FERREIRA
  • EFEITOS DA INTERVENÇÃO COM UMA FORMULAÇÃO PROBIÓTICA DE Limosilactobacillus fermentum SOBRE A MICROBIOTA INTESTINAL E OS PARÂMETROS CARDIOMETABÓLICOS EM RATOS
  • Data: 25/08/2021
  • Hora: 14:00
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  • A Hipertensão Arterial Sistêmica é uma doença crônica não transmissivel ́ de etiologia multifatorial. O estilo de vida sedentário associado à um contexto alimentar rico em ácidos graxos saturados (AGS) e açúcares culmina em dislipidemias, as quais podem favorecer o desenvolvimento da HAS. Por sua vez, a HAS desenvolvida em um quadro dislipidêmico é associada com alterações qualitativas e quantitativas do microbioma intestinal, caracterizando a disbiose intestinal. Alterações sistêmicas surgem junto à disbiose intestinal, como o aumento do estresse oxidativo, inflamação e hiperatividade simpática, refletindo em maiores niveis de press ́ ao arterial (PA). O microbioma intestinal ̃ pode ser recuperado a partir da inoculação de bactérias com potencial probiótico e essa modulação intestinal pode afetar órgãos de controle da PA, visto que em estudos experimentais anteriores probióticos atenuaram a disfunção autonômica e em estudos clinicos reduziram fatores de risco para doen ́ ças cardiovasculares. Cepas de Limosiactobacillus fermentum apresentaram boas caracteristicas probióticas (agregação, antagonismo, adesão, entre outras) e exerceram papel hipolipemiante em ratos, no entanto a atuação em distúrbios cardiovasculares e metabólicos não foi estudada. Por isso, o presente estudo investigou os efeitos da administração de uma formulaçao probiótica de L. fermentum (cepas 139, 263 e 296) sobre os parâmetros cardiorrespiratórios, metabólicos e alterações na microbiota intestinal de ratos aos 90 dias alimentados com uma dieta rica em AGS. Ratos Wistar (n=18) adultos com 90 dias foram alimentados com dieta controle (CTL) ou dieta rica em AGS (high-fat diet, HFD). Os animais foram divididos em 3 grupos: grupo controle (CTL: n=6); grupo dieta rica em AGS + formulação probiótica de L. fermentum 139, 263 e 296 (HFD-LF: n=6); grupo dieta rica em AGS (HFD: n=6). A administração das cepas de L. fermentum (109 UFC/mL de cada cepa) foi realizada diariamente via gavagem do 90o ao 120o dia de vida. Ao 120o dia de vida, as fezes foram coletadas para análise da microbiota fecal, nas amostras de sangue foram quantificados colesterol total (CT), lipoproteina de alta densidade (HDL -colesterol), lipoproteina de baixa densidade (LDL ́-colesterol), triglicerideos (TG) e foi feito o teste de tolerância à insulina (TII). Parâmetros cardiovasculares foram obtidos a partir do registro da PA e da frequência cardiaca (FC) em níveis basais e após administração de hexametônio (fármaco bloqueador ganglionar do sistema nervoso simpático; dosagem 25mg/kg) para avaliar a contribuição do tônus simpático. A variabilidade da FC e PA foi avaliada em condições basais. O grupo HFD-LF apresentou niveis séricos de TG, CT e LDL-colesterol menores, maior concentração plasmática de HDL-colesterol e menor área sob a curva do TII após receber o tratamento da formulação probiótica de L. fermentum por 4 semanas, quando comparado ao grupo HFD (p<0.05). Os niveis de PA foram menores no grupo HFD -LF em relação ao grupo HFD (p<0.05),mas sem alteração da FC (p>0.05). Na análise espectral, a formulação probiótica com L. fermentum preveniu um aumento nas oscilações de LF da pressão arterial sistólica (PAS) e a razão LH/HF do intervalo cardiaco do grupo HFD ́-LF (p<0.05) em relação ao grupo HFD. No entanto, o tratamento não interferiu em oscilações de HF e na sensibilidade espontânea do barorreflexo em comparaçao ao grupo HFD (p>0.05). Ap ̃ ós administração do hexametônio, o aumento do tônus vasomotor foi prevenido nos animais do grupo HFD-LF em relação ao grupo HFD (p<0.05). Considerando a composição da microbiota intestinal, foi encontrada baixa riqueza e baixa diversidade no grupo HFD-LF em relação ao CTL. No grupo HFD, a dieta rica em AGS aumentou a abundância relativa de bactérias que prejudicam integridade intestinal, como as ordens Enterobacteriales, e Campylobacterales, as famílias Clostridiaceae, Peptostreptococcaceae e demonstrou uma correlação positiva com as espécies Ruminococcus torques e Ruminococcus gnavus, as quais também prejudicam a função de barreira intestinal. Em adiçao, a dieta rica em AGS ̃ reduziu a abundância relativa de bactérias que favorecem a integridade intestinal, como as famílias Lachnospiraceae, outras espécies de Ruminococcaceae, Erysipelotrichaceae, e as ordens Mollicutes RF39, Gastranaerophilales do grupo HFD em relação ao grupo CTL. Após a administração de L. fermentum foi encontrada menor abundância de bactérias que afetam o microbioma intestinal Campylobacterales, Helicobacteraceae e correlação negativa com Ruminococcus gnavus e Ruminococcus torques. Foi encontrada correlação positiva com bactérias que fortalecem a barreira intestinal, como Ruminococcaceae_UCG-004. O tratamento com formulação probiótica de L. fermentum melhorou a composiçao da microbiota intestinal, atenuou desordens no perfil lip ̃ idico, ́ preveniu a resistência à insulina e a hiperatividade simpática em ratos alimentados com uma dieta rica em AGS.
  • FABIANA GÓES BARBOSA DE FREITAS
  • O IMPACTO DO TEMPO DE CIRCULAÇÃO EXTRACORPÓREA NO PÓS-OPERATÓRIO IMEDIATO DE REVASCULARIZAÇÃO DO MIOCÁRDIO
  • Data: 27/07/2021
  • Hora: 14:00
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  • A cirurgia cardíaca é uma intervenção importante pois reduz o índice de morbimortalidade dos pacientes com doenças cardiovasculares com baixa probabilidade de cura, sendo a revascularização do miocárdio a mais frequente. Esta tem como objetivo amenizar os sintomas causados pela obstrução das artérias coronarianas, prolongando a vida dos indivíduos. O uso da circulação extracorpórea tem sido o “padrão ouro” para a realização dessa cirurgia, contudo, pode desencadear efeitos deletérios ao organismo como uma resposta inflamatória sistêmica, depressão miocárdica, coagulopatias, instabilidade hemodinâmica e disfunção pulmonar. Assim, o objetivo desse estudo foi avaliar o impacto do tempo de CEC no pós-operatório imediato dos pacientes submetidos à revascularização por meio da análise de parâmetros cardiovasculares e marcadores biológicos de indivíduos submetidos a CEC por diferentes períodos. Foram analisados 153 pacientes submetidos à cirurgia de revascularização do miocárdio num hospital da cidade de João Pessoa-PB, sendo divididos em 3 grupos de acordo com o tempo de CEC: Grupo 0-60 (pacientes submetidos a CEC por 0 a 60 minutos; Grupo 61- 60 (pacientes submetidos a CEC por 61 a 90 minutos); e Grupo 91+ (pacientes submetidos a CEC por mais de 90 minutos). Foram analisadas, no pós-operatório imediato, as variáveis: pressão arterial média, frequência cardíaca, pressão venosa central, creatinina, glicemia, gasometria arterial, número de leucócitos, hemoglobina e o tempo de extubação. Foi possível observar que o perfil dos pacientes foi sexo masculino, idade média de 63,06 ± 9,41 anos, hipertensos e idosos. Com base nos dados obtidos, não houve correlação entre os diferentes tempos de CEC e os níveis de pressão arterial média, frequência cardíaca e pressão venosa central. O mesmo foi observado para os parâmetros ventilatórios, pressão parcial de gás carbônico e oxigênio e saturação de oxigênio. Houve uma correlação negativa entre o tempo de CEC e os níveis sanguíneos de bicarbonato (r=-0,2576; p=0,0013) e excesso de base (r=- 0,2940; p=0,0002). Não foi apresentada correlação entre os níveis de leucócitos e os grupos avaliados. Por outro lado, observamos correlação nos níveis de hemoglobina (r=-0,3608; p<0,0001) e glicemia (r=0,1714; p=0,0400). Quanto ao tempo de extubação, observou-se que os indivíduos com menor tempo de CEC apresentaram com maior frequência a extubação ainda no bloco cirúrgico quando comparado aos demais. Os dados obtidos sugerem que o tempo de CEC teve impacto no equilíbrio ácido-básico, nos valores de glicemia, hemoglobina e no tempo de extubação dos pacientes analisados, influenciando diretamente a homeostase desses indivíduos. Apesar do tempo de uso da CEC não ser o único responsável pelo surgimento de complicações, os dados obtidos, até então, demonstram a necessidade de uma atuação precisa e qualificada dos profissionais envolvidos no pós-operatório imediato como enfermeiros, médicos e fisioterapeutas, a fim de diminuir os efeitos deletérios do pós-operatório imediato de cirurgia cardíaca.
  • MICAELLE OLIVEIRA DE LUNA FREIRE
  • Formulação probiótica de Lactobacillus fermentum atenua dislipidemia, inflamação e estresse oxidativo em ratos alimentados com uma dieta hiperlipídica.
  • Data: 07/06/2021
  • Hora: 13:00
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  • O desequilíbrio da microbiota intestinal (MI) induzido por uma dieta rica em gordura vem sendo associado ao desenvolvimento distúrbios cardiometabólicos. Alguns estudos demonstraram possíveis métodos para manter a homeostase da MI, sendo a administração com probióticos uma das escolhas para utilização de intervenção não-farmacológica. Esses compostos são conhecidos por contribuir para saúde do hospedeiro, através de suas propriedades hipocolesterolêmicas, anti-inflamatórias e antioxidantes, podendo ser uma estratégia promissora para o tratamento de doenças metabólicas e cardiovasculares. O presente estudo teve como objetivo investigar os efeitos da administração oral de uma formulação probiótica contendo Lactobacillus fermentum 139, 263 e 296 nos parâmetros bioquímicos, inflamação e estresse oxidativo em ratos alimentados com uma dieta hiperlipídica. Para isso, os ratos foram divididos em três grupos experimentais: grupo controle (dieta controle + placebo), grupo HFHC (dieta rica em lipídeos e colesterol + placebo), e grupo HFHC + Lf (dieta rica em lipídeos e colesterol + L. fermentum 139, 263 e 296). Esses grupos foram submetidos à suplementação com solução placebo ou L. fermentum 139, 263 e 296, por 4 semanas, duas vezes ao dia. A avaliação de peso corporal e consumo alimentar ocorreu durante todo experimento, e após 4 semanas de suplementação, ocorreu coleta de soro, tecidos do cólon e coração, e fezes, para realização de: mensuração sérica de perfil lipídico e citocinas inflamatórias, quantificação de ácidos orgânicos e açúcares nas fezes dos animais, além de avaliação de malondialdeído (MDA) e atividade de enzimas antioxidantes e grupamentos tióis totais em tecidos do cólon e coração. Os resultados do presente estudo demonstraram que o grupo HFHC-Lf apresentou redução dos níveis séricos de colesterol total (CT), lipoproteína de baixa densidade (LDL) e triglicerídeos (TG), e redução de lipoproteína de alta densidade (HDL), além de reduzir os índices aterogênicos quando comparado ao grupo dislipidêmico. A administração com L. fermentum 139, 263 e 296 promoveu redução de IL-1β e aumento de IL-10. A administração com L. fermentum 139, 263 e 296 contribuiu para o aumento de rafinose nas fezes, mas sem alterações significativas na frutose e ácidos graxos de cadeia curta. Adicionalmente, a suplementação com L. fermentum 139, 263 e 296 foi capaz de reduzir as concentrações de MDA e aumentar atividade de superóxido dismutase (SOD), glutationa-S-transferase (GST) e grupamentos tióis totais no cólon, e ainda, promover aumento da atividade de catalase (CAT), GST e quantidade de grupamentos tióis totais nos tecidos cardíacos. Portanto, estes resultados indicam os efeitos potenciais promovidos por L. fermentum 139, 263 e 296 em parâmetros bioquímicos, além das propriedades anti-inflamatórias e antioxidantes dessas cepas probióticas, podendo ser utilizadas como possíveis agentes terapêuticos em distúrbios cardiometabólicos.
  • ALYNNE CARVALHO GALVÃO
  • AVALIAÇÃO DOS EFEITOS INDUZIDOS PELA CARBOXIMETIL-GLUCANA (CM-G) SOBRE O SISTEMA CARDIOVASCULAR DE RATOS NORMOTENSOS E HIPERTENSOS.
  • Orientador : VALDIR DE ANDRADE BRAGA
  • Data: 11/05/2021
  • Hora: 14:30
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  • A hipertensão arterial (HA) é uma doença de alta prevalência em todo o mundo, sendo caracterizada por uma condição clínica multifatorial. Nesse contexto, este estudo teve como objetivo investigar os efeitos da carboximetil- glucana (CM-G) na pressão arterial (PA), sensibilidade do barorreflexo (SBR) e modulação vascular em ratos com hipertensão renovascular. Ratos Wistar foram divididos em quatro grupos: SHAM+SALINA; 2R1C+SALINA (submetidos à cirurgia de indução da hipertensão dois rins um clipe); SHAM+CM-G (tratados com CM-G) e 2R1C+CM-G (tratados com CM-G). O tratamento diário com CM- G (40 mg/kg) foi realizado durante o período de duas semanas. Pressão arterial, frequência cardíaca (FC), variabilidade da pressão arterial sistólica (PAS), sensibilidade do barorreflexo e tônus vascular simpático foram avaliados. Após seis semanas da cirurgia de indução da hipertensão, ratos do grupo 2R1C apresentaram hipertensão arterial (171 ± 11 vs. 118 ± 4 mmHg, p < 0.05), redução na SBR (−1.30 ± 0.10 vs. −2.59 ± 0.17 bpm.mmHg-1, p < 0.05) e aumento da atividade simpática em 81%, quando comparados aos animais normotensos. A administração oral de CM-G em ratos com hipertensão renovascular reduziu a hipertensão (126 ± 4 vs. 171 ± 11 mmHg, p < 0.05) e melhorou a SBR (−2.03±0.16 vs. −1.30 ± 0.10 bpm.mmHg−1, p < 0.05) em ratos hipertensos quando comparado ao grupo 2R1C tratado apenas com salina. Estes efeitos parecem ter sido causados por uma redução na atividade simpática. Ademais, ratos do grupo 2R1C apresentaram aumento da contratilidade vascular em resposta à fenilefrina (126.60% ± 2.97% vs. 95.24% ± 5.49%; p < 0.05), que foi normalizada pelo tratamento com CM-G (90.26% ± 8.54%vs. 95.24% ± 5.49%; p > 0.05). O vasorelaxamento em resposta à acetilcolina e ao nitroprussiato de sódio foi potencializado pelo tratamento com CM-G. Por fim, o tratamento oral com CM-G reduziu os níveis séricos de malondialdeído, um importante biomarcador utilizado na avaliação do estresse oxidativo, em animais hipertensos tratados quando comparados aos tratados apenas com salina (14,62 ± 0,93 vs. 21,82 ± 1,27 nmol/mL, p ˂ 0,05). O presente 2 estudo revelou pela primeira vez que o tratamento com CM-G reduziu a hipertensão arterial e restaurou a sensibilidade do barorreflexo por meio da redução no tônus simpático, mormalização da reatividade vascular e redução do estresse oxidativo em ratos com hipertensão renovascular.
  • LUCAS RANNIER RIBEIRO ANTONINO CARVALHO
  • Efeitos do consumo de nitrato inorgânico (NaNO3) sobre a longevidade e envelhecimento de ratos Wistar.
  • Data: 31/03/2021
  • Hora: 09:00
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  • A busca com intervenções e fármacos que aumentem a longevidade e diminuam os efeitos do tempo sobre o organismo (envelhecimento), é tão antiga quanto a própria humanidade. Com base nas recentes descrições de efeitos benéficos dos nitratos sobre diversas condições de saúde, o consumo de vegetais ricos neste sal, como o espinafre e as folhas da beterraba, tem sido estimulado. No entanto, os efeitos crônicos dessa suplementação ainda não foram descritos e, devido seu potencial tóxico, avaliações a longo prazo são urgentes e necessárias. Sendo assim, com este trabalho objetivou-se a avaliação dos efeitos do consumo de nitrato de sódio sobre a longevidade e envelhecimento de ratos idosos. Para tanto, foram utilizados ratos Wistar de ambos os sexos, com 15 meses de idade, suplementados continuadamente com água de beber (placebo) ou solução nitrato de sódio (NaNO3 - 10mM), até a morte natural por senescência. Durante o período de tratamento, os animais foram submetidos a acompanhamentos clínicos semanais e exames laboratoriais a cada três meses. Após a morte, foi realizada a avaliação da reatividade vascular e coleta de amostras para análise histopatológica e determinação da causa mortis. Os resultados demonstram que a suplementação com nitrato inorgânico, por longos períodos, não altera o tempo de vida e o envelhecimento dos indivíduos. Além disso, o consumo crônico foi responsável por uma significativa melhora no efeito e sensibilidade de substâncias vasoconstritoras e vasodilatadoras, sugerindo uma melhora da função vascular, sem indícios de tolerância. Quanto ao acompanhamento laboratorial, não foram demonstradas alterações causadas pelo nitrato, independente do sexo, apenas alterações relacionadas ao envelhecimento saudável. Similar ao diagnóstico da causa da morte, onde foram descritas alterações causadas pelo envelhecimento em quase todos os sistemas orgânicos, porém não houve diferenças entre os grupos. Dessa forma, foi possível concluir que a suplementação a longo prazo com nitrato inorgânico não interfere significativamente no tempo de vida e processo de envelhecimento saudável, sugerindo tratar-se de uma intervenção segura e de fácil acesso, para o consumo por longos períodos. No entanto, seus efeitos parecem ser dose-dependentes e estudos que avaliem seu custo-benefício são necessários.
  • MICKAEL SOUSA DA LUZ
  • Avaliação do efeito do borneol sobre a modulação autonômica da pressão arterial de ratos normotensos e hipertensos.
  • Data: 26/02/2021
  • Hora: 14:00
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  • O borneol é um monoterpeno bicíclico extraído de óleos essenciais de diversas plantas medicinais. Este composto é utilizado há muito tempo na medicina tradicional chinesa com efeitos cardiovasculares promissores. Alguns estudos demonstraram o potencial antioxidante, vasodilatador e anti-hipertensivo do borneol em animais normotensos e com hipertensão L-NAME, entretanto nada tem sido relatado sobre seus efeitos na hipertensão renovascular, assim como na modulação autonômica da pressão arterial e em seus mecanismos de controle. O presente estudo teve como objetivo avaliar os efeitos induzidos pelo borneol em parâmetros cardiovasculares de ratos normotensos e com hipertensão renovascular. Para isso, uma combinação de protocolos in vivo foi realizada em ratos SHAM e 2R1C, assim avaliou-se o efeito do tratamento oral por 14 dias com o borneol sobre a pressão arterial, frequência cardíaca, atividade autonômica simpática e parassimpática e sensibilidade do barorreflexo. O tratamento oral com o borneol foi capaz de reduzir a pressão arterial apenas em ratos 2R1C (2R1C: 169,43 ± 9 vs. 2R1C + borneol: 123,12 ± 6 mmHg, p < 0,05), assim como diminuiu a pressão arterial sistólica (2R1C: 196 ± 11,39 vs. 2R1C + borneol: 144 ± 5,3 mmHg) e diastólica (2R1C: 154,9 ± 4,6 vs. 2R1C + borneol: 103,1 ± 4,5 mmHg). O tratamento não provocou alterações significativas na frequência cardíaca. Ao avaliar a função autonômica, o borneol não induziu alterações na atividade parassimpática, entretanto, foi capaz de reduzir a hiperatividade simpática em ratos 2R1C (2R1C: (-73,43 ± 4,969 vs. 2R1C + borneol: -48,52 ± 7,289 mmHg, p < 0,05). Adicionalmente, também reduziu as bandas de baixa frequência - LF (2R1C: 9,16 ± 0,52 vs. 2R1C + borneol: 3,59 ± 0,68 mmHg2, p < 0,05), sem demonstrar alteração nas bandas de alta frequência – HF e índice simpato-vagal (LF/HF). Finalmente o tratamento oral com o borneol melhorou a sensibilidade do barorreflexo induzido farmacologicamente com agentes vasoativos (2R1C: -1,3 ± 0,1 vs. 2R1C + borneol: -3,6 ± 0,3 bpm.mmHg-1, p < 0,05), assim como no barorreflexo espontâneo (2R1C: -1,38 ± 0,1 vs. 2R1C + borneol: -3,56 ± 0,64 bpm.mmHg-1, p < 0,05). Esses dados prévios sugerem um efeito anti-hipertensivo do borneol, uma vez que ele reduziu a pressão arterial somente em ratos com hipertensão renovascular. Este efeito pode estar relacionado, em parte, pela sua atividade vasorrelaxante e capacidade de reduzir a atividade simpática. Essas informações associadas com a melhora na sensibilidade do barorreflexo fazem do borneol uma molécula com um futuro importante na terapia da hipertensão.
2020
Descrição
  • LUDMILLA CHRISTINE SILVA DE SALES
  • EFEITOS DA SUPLEMENTAÇÃO DE ÓLEO DE LINHAÇA SOBRE O ESTRESSE OXIDATIVO E AS LESÕES MUSCULARES INDUZIDOS PELO EXERCÍCIO FÍSICO AGUDO.
  • Data: 14/12/2020
  • Hora: 14:00
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  • A realização de exercícios físicos de alta intensidade ou exaustivos pode aumentar a probabilidade de lesões musculares e fadiga crônica devido à produção em excesso de radicais livres, que podem provocar danos musculares seguidos de processo inflamatório e prejuízo na função muscular. A linhaça (Linum usitatissimim L.) possui efeito antioxidante e antiinflamatório, e o óleo extraído das suas sementes se destaca por conter maior concentração de ômega-3, quando comparado com os outros óleos vegetais. É reconhecido que a suplementação com ácido graxo ômega-3 pode estimular as defesas antioxidantes do organismo e a redução de marcadores pró-inflamatórios. Com isso nosso objetivo é investigar o efeito da suplementação com óleo de linhaça sobre o estresse oxidativo e lesões musculares induzidos por exercício físico. Participaram 20 indivíduos do gênero masculino, com idade entre 18 a 39 anos, fisicamente ativos e não portadores de doenças crônicas não transmissíveis. Os indivíduos foram distribuídos aleatoriamente em 03 grupos experimentais: Grupo Controle- Placebo (1,5g/dia) + Exercício; Grupo Linhaça 06g/dia- Óleo de Linhaça (6g/dia) + Exercício; Grupo Linhaça 12g/dia- Óleo de Linhaça (12g/dia) + Exercício. A suplementação foi realizada por 07 dias. Os participantes submetidos a uma sessão de corrida em esteira ergométrica por 40 minutos, composto de 05 minutos de aquecimento (4-5Km/h), 30 minutos com a intensidade determinada pela frequência cardíaca alcançada em 70-75% do VO2 máximo e 05 minutos de desaquecimento (4-5Km/h). Aferimos a pressão arterial, frequência cardíaca máxima, variáveis antropométricas [peso, altura, circunferência da cintura, índice de massa corporal (IMC) e percentual de gordura corporal] e parâmetros bioquímicos, e inflamatórios assim como o estresse oxidativo (níveis de glicose, perfil lipídico, desidrogenase lática, creatina quinase, e peroxidação lipídica). A composição corporal, pressão arterial e ingestão energética foram semelhantes entre os grupos. A suplementação com 06g/dia durante 07 dias de óleo de linhaça reduziu a glicemia quando comparado ao grupo controle (p<0,05), no entanto, essa redução não foi observada no grupo que recebeu 12g/dia de óleo de linhaça. Os níveis de colesterol total, HDL e LDL, foram similares antes e após a intervenção. Os marcadores de lesão muscular e estresse oxidativo não apresentaram alterações antes, durante e após a intervenção, indicando que provavelmente, o exercício de 40 minutos na intensidade de 70-75% do VO2 máximo não foi suficiente para promover exaustão nos indivíduos e que a suplementação com 06 e 12g/dia óleo de linhaça durante uma semana não resulta em modulação das concentrações séricas desses marcadores.
  • EMMANUEL VERISSIMO DE ARAUJO
  • Efeitos da dislipidemia materna sobre os níveis de pressão arterial, controle cardiorrespiratório e parâmetros bioquímicos na prole de fêmeas.
  • Data: 31/01/2020
  • Hora: 09:00
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  • A hipertensão arterial evidenciada em ratos adultos expostos a dislipidemia materna pode ser dependente do sexo. Neste trabalho, investigamos os efeitos da dislipidemia durante a gestação e lactação sobre parâmetros cardiorrespiratórios e metabólicos na prole fêmea. Ratas foram divididas em dois grupos: um recebeu dieta controle (CTL) e outro recebeu dieta dislipidêmica (DLP) durante a gestação e lactação. Parâmetros antropométricos e bioquímicos, foram realizados nos filhotes dessas ratas aos 30 e 90 dias de idade, tais como: peso e comprimento da prole, testes oral de tolerância à glicose (TOTG), tolerância à insulina (TTI), colesterol total (CT), lipoproteínas de alta (HDL), baixa (LDL), muito baixa densidade (VLDL), triglicerídeos (TG) e o malondialdeído (MDA). Além disso, parâmetros respiratórios, tais como frequência respiratória (FR), volume corrente (VT) e ventilação (VE), foram avaliadas por pletismografia de corpo inteiro durante um período basal e após ativação de quimiorreceptores respiratórios com mistura hipercápnica (7 % CO2). Aos 90 dias de idade, a pressão arterial (PA) e a frequência cardíaca (FC) foram mensuradas em condições basais e após administração de cianeto de potássio (KCN, 0,04%) para avaliação do quimiorreflexo periférico, e do hexametônio (30 mg/kg), para avaliação do tônus simpático. Finalmente, avaliamos a variabilidade da FC e PA em condições basais. O grupo DLP apresentou baixo peso ao nascer (P<0.05), porém sem diferi-lo na fase adulta. Aos 30 dias de idade, os níveis séricos de TG e CT estavam aumentados na prole DLP (P<0.05). As fêmeas DLP também apresentaram aumento na FR basal, e maior resposta ventilatória à hipercapnia comparado ao grupo CTL (P<0.05). Aos 90 dias, a prole DLP apresentou maior área sob a curva no TOTG e TTI em comparação ao grupo CTL. Em condições basais, a FR, VT, VE, foram semelhantes entre os grupos, mas a prole DLP apresentou uma resposta cardiovascular e ventilatória elevada à hipercapnia quando comparada ao grupo CTL (P<0.0001). Os níveis pressóricos das ratas DLP estavam elevados (P<0.05), mas sem alteração na FC. Na análise espectral, foi observado que o componente LF da PA sistólica e a razão LF/HF do intervalo cardíaco foram elevados no grupo DLP (P<0.05). Os desafios farmacológicos impostos pelo KCN, revelou maior resposta pressórica do grupo DLP (P<0.05), mas sem alterar o delta de FC. Após administração do hexametônio, as fêmeas DLP demonstraram uma tendência a tônus simpático (P<0.06). Esses achados foram combinados com elevados níveis séricos de MDA (P<0.05). A prole de ratas DLP apresentaram hipertensão arterial na vida adulta combinada com hiperatividade simpática e respostas ventilatórias e autonômicas amplificadas frente à hipóxia e hipercapnia.
  • FRANCINEIDE FERNANDES COSTA
  • Interação central entre óxido nítrico, lactato e as células da glia na modulação comportamental de ingestão de água e sódio em ratos
  • Data: 23/01/2020
  • Hora: 09:00
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  • Estudos recentes do nosso laboratório mostraram que a glia da região dos órgãos circumventriculares (OCVs) participam da modulação do equilíbrio hidroeletrolítico. Há evidências de que o lactato produzido pelos astrócitos, por meio do mecanismo chamado “astrocyte-neuron lactate shuttle” (ANLS), participa da via inibitória de modulação da ingestão de sódio através da ativação de interneurônios GABAérgicos. Um outro neuromodulador dessa via inibitória é o óxido nítrico (NO), o qual promove um aumento na atividade de interneurônios GABAérgicos. Além disso, é conhecido que o NO atua no metabolismo energético astrocítico, inibindo a respiração mitocondrial e estimulando o consumo de glicose, resultando na produção e acúmulo de lactato nos astrócitos. Nesse contexto, a nossa hipótese é que o NO na região dos OCVs induz a liberação de GABA direta ou indiretamente via produção de lactato astrocítico. O GABA por sua vez, atuaria modulando a via tônica inibitória envolvida na modulação da ingestão de água e sódio. Para tanto, utilizamos ratos Wistar, que foram submetidos à cirurgia de estereotaxia para implante de cânula guia no ventrículo lateral (VL). Após a cirurgia, os animais foram alojados em gaiolas metabólicas individuais e adaptados à ingestão de sódio (NaCl 0,3M) durante 5 dias. Após, realizamos a microinjeção intracerebroventricular (icv) de salina estéril 0,9%; L-NAME (40 μg/0,5 μl- inibidor da óxido nítrico sintase); L-Lactato (2 μg/0,5 μl); α-CHCA (3 μg/0,5 μl-inibidor MCT4, um transportador de lactato astrocítico); oxamate (17 μg/0,5 μl-inibidor da LDH) ou fluorocitrato (FCt, 8 μg/0,5 μl-inibidor glial). Em um outro protocolo realizamos a microinjeção de salina estéril 0,9% e do α-CHCA (3 μg/0,5) em ratos após a privação hídrica (48h). Após as microinjeções, a ingestão de água e sódio foi mensurada aos 5, 15, 30, 60 e 120 minutos. Realizamos ainda um protocolo ex vivo, incubando o SFO de ratos por 1h à 37ºC em meio osmótico normal (145mM de Na+), hiperosmótico (170mM de Na+) e hiperosmótico na presença de L-NAME (500 µM), dosando em seguida a concentração de lactato da amostra. Os resultados mostraram que o L-NAME icv aumentou a ingestão de água e sódio, enquanto a inibição da glia com o FCt não alterou a ingestão de água ou sódio. Entretanto, a microinjeção prévia do FCt reduziu a ingestão de água e de sódio induzida pelo L-NAME. O L-Lactato icv não alterou a ingestão basal de água ou de sódio, mas aboliu a ingestão de água e de sódio induzidas pelo L-NAME. O bloqueio dos transportadores de lactato astrocíticos com o α-CHCA não alterou a ingestão basal de água ou de sódio, bem como a ingestão de água ou de sódio induzida pelo L-NAME. Por outro lado, nos animais submetidos à privação hídrica, o α-CHCA promoveu aumento na ingestão de água e sódio. Observamos ainda que a submissão do SFO ex vivo dos animais ao meio hiperosmótico promoveu aumento na concentração de lactato; em contrapartida, esse resultado não sofreu alteração na presença do L-NAME. Nossos resultados sugerem que há uma interação entre NO e as células da glia na modulação comportamental de ingestão de água e sódio em animais normohidratados. E que o mecanismo de transporte de lactato astrócito-neurônio (ANLS) na região dos OCVs parece estar envolvido na modulação da ingestão de água e sódio em condições de hipertonicidade do meio extracelular.
2019
Descrição
  • FRANCISCO ANTONIO DE OLIVEIRA JUNIOR
  • Efeitos da suplementação com óleo de coco em pacientes com hipertensão arterial de estágio 1
  • Data: 28/11/2019
  • Hora: 09:00
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  • Mesmo considerando o avanço na farmacologia anti-hipertensiva e no conhecimento sobre os mecanismos subjacentes à hipertensão arterial sistêmica (HAS) conquistados ao longo do tempo, o impacto gerado pela HAS sobre a saúde segue em contínua ascensão. Como alternativa ao tratamento farmacológico tradicional, foi testada a hipótese que a suplementação alimentar com óleo de coco extravirgem (OCEV), isolada ou combinada ao treinamento físico aeróbio, poderia exercer efeito anti-hipertensivo em pacientes com hipertensão arterial de estágio 1. Para isso, 46 (quarenta e seis) voluntários hipertensos de ambos os sexos, com idade de 42,5 ± 11,7 anos foram divididos em dois grupos (treinado e não-treinado) e submetidos a um ensaio clínico placebo-controlado para avaliar os efeitos da suplementação com óleo de coco extravirgem (10ml/dia) por um período experimental de 30 dias. O estudo foi devidamente aprovado pelo Comitê de Ética e Pesquisa do Hospital Universitário Lauro Wanderlei (UFPB) sob parecer nº 1.523.128/2016. Após a triagem e recrutamento, os pacientes foram submetidos ao monitoramento ambulatorial da pressão arterial por 24 horas, avaliação da variabilidade da frequência cardíaca, coleta sanguínea para análise dos níveis séricos de colesterol total, HDL, LDL, triglicerídeos e glicose, malodialdeído e capacidade antioxidante total. Adicionalmente, foram realizadas análise nutricional, avaliação antropométrica e composição corporal. Os dados foram expressos como média e 95% do intervalo de confiança e tratados com teste t Student ou ANOVA mista com medidas repetidas, seguida de pós-teste de Bonferroni e p < 0,05. Os resultados indicam que, apesar de promover uma elevação da ingestão calórica em relação a suplementação com placebo (1861 kcal [IC 95% = 1656 – 2066] versus 1613 kcal [IC 95% = 1400 – 1826]; p = 0,03), os pacientes que foram suplementados com OCEV não apresentaram alterações significativas nas variáveis antropométricas e de composição corporal. Não foram observadas diferenças significativas entre os grupos em relação às concentrações séricas de colesterol total (F (1,41) = 0,924; p = 0,333 e η2 = 0,022); LDL (F (1,41) = 3,790; p = 0,058 e η2 = 0,085); HDL (F (1,41) = 1,562; p = 0,219 e η2 = 0,038); triglicerídeos (F (1,41) = 0,584; p = 0,440 e η2 = 0,014) e também não houve interação de efeitos relacionados ao tipo de suplementação e treinamento físico em função do tempo. No que diz respeito à glicemia, não houve efeito de OCEV (F (1,41) = 0,069; p = 0,795 e η2 = 0,002) nos grupos suplementados, embora os valores de glicemia tenham demonstrado um padrão diferente de modificação entre os pacientes suplementados com OCV e placebo ao longo do período experimental (F (1,41) = 5,020; p = 0,031 e η2 = 0,117). Não houve efeito sobre as concentrações séricas de MDA (F (1,41) = 0,391; p = 0,535 e η2 = 0,010) associado ao OCEV, isolado ou combinado ao treinamento aeróbio, mas, de maneira similar ao que ocorreu para glicemia, houve efeito da interação do tipo de suplementação utilizada ao longo do tempo (F (1,41) = 8,147; p = 0,007 e η2 = 0,169). Essa resposta não se refletiu na capacidade antioxidante total (F (1,39) = 0,544; p = 0,466 e η2 = 0,015). Não foram identificadas mudanças significativas sobre os níveis de pressão arterial sistólica (F (1,39) = 3,217; p = 0,081 e η2 = 0,078), diastólica (F (1,39) = 0,350; p = 0,558 e η2 = 0,009) e média (F (1,39) = 1,498; p = 0,228 e η2 = 0,038) em nenhum grupo após o período experimental. Por fim, os dados de variabilidade da pressão arterial não mostraram um efeito isolado do tratamento, mas ratificam o efeito da interação entre o tipo de suplementação em função do tempo: F (1,39) = 5,564, p =0,023, η2 = 0,125, λ = 0,875) em relação a PAM. Entretanto, essa resposta não foi confirmada pelos parâmetros de variabilidade da frequência SDNN (F (1,17) = 0,274; p = 0,608 e η2 = 0,017), RMSSD (F (1,17) = 0,946; p = 0,345 e η2 = 0,056), razão SDNN/RMSSD (F (1,17) = 1,449; p = 0,246 e η2 = 0,008) e SD2/SD1 (F (1,17) = 2,063; p = 0,170 e η2 = 0,114). Em conclusão, a suplementação com OCEV (10ml/dia) por um período de 30 dias, isolada ou combinada com treinamento físico aeróbio, não foi capaz de induzir efeitos terapêuticos sobre a hipertensão arterial de estágio 1 em humanos. Além disso, não demonstrou associação direta com a melhora do estresse oxidativo e da função autonômica dos pacientes hipertensos.
  • ERICKA GARCIA LEITE
  • AVALIAÇÃO DOS EFEITOS INDUZIDO PELO 2-NITRATO-1,3-DIBUTOXIPROPANO (NDBP) NA FUNÇÃO VASCULAR EM MODELO DE ATEROSCLEROSE
  • Data: 30/08/2019
  • Hora: 14:00
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  • A aterosclerose é uma doença arterial crônica, de caráter inflamatório e fibroproliferativo que acomete milhares de pessoas ao ano sendo uma das principais causas de morte a nível mundial. A disfunção endotelial é uma das principais alterações detectáveis durante o desenvolvimento da aterosclerose. Caracterizada por vasodilatação prejudicada e aumento da resposta vasoconstritora, principalmente pela diminuição da biodisponibilidade de NO e perda da sinalização da via NO/GMPc/PKG. Experimentalmente, pode ser demonstrada por prejuízo do relaxamento dependente de endotélio à acetilcolina (ACh) e aumento da resposta de contração à fenilefrina (Fen). Os nitratos orgânicos vêm sendo utilizados há anos para tratamento de doenças cardiovasculares mimetizando o papel do NO endógeno. Porém, a utilização desses compostos a longo prazo resulta no desenvolvimento de tolerância. Neste estudo foi avaliado um nitrato orgânico sintetizado a partir da glicerina, o 2-nitrato-1,3-dibutoxipropano (NDBP). Com o objetivo de avaliar os efeitos do NDBP na função vascular em modelo de aterosclerose, utilizou-se camundongos machos, das linhagens C57BL/6 (CT) e nocautes para a apolipoproteína E (apoE-/-), os quais respectivamente receberam dieta padrão e dieta aterogênica Western Type (Rhoster, São Paulo, Brasil), contendo 41% de calorias em forma de lipídios e 1,5% de colesterol a partir de 8 semanas de vida, durante as 12 semana subsequentes. Os animais foram separados em 3 grupos: animais C57 controle com dieta padrão, animais apoE-/- com dieta aterogênica e animais apoE-/- com dieta aterogênica tratados com NDBP crônicamente. O sangue dos animais foi coletado para dosagem de colesterol total. As aortas dos animais foram coletadas e processadas para estudos em banho de órgãos ou avaliação histológica da deposição de placa (coloração Oil-Red), produção de EROs (DHE) e NO (DAF-2DA). A função vascular foi avaliada por meio da construção de curvas concentração-resposta à ACh (100 pM – 30 μM), após pré-contração com fenilefrina (FEN, 10 μM) e curvas concentração-resposta à FEN (100 pM – 30 μM). Para avaliar a produção basal de NO por método indireto, após uma pré-contração com FEN (10μM) os anéis foram incubados com o inibidor não específico da isoformas da óxido nítrico sintase L-NAME (100 μM). Com intuito de avaliar a influência do NDBP sobre a função vascular, os anéis foram incubados com NDBP (10 μM) em seguida foram realizados os testes de função vascular. A avaliação da atividade vasorrelaxante do NDBP foi realizada por meio de curvas concentração-resposta ao NDBP (100 pM – 30 μM) após pré-contração com FEN (10 μM) em anéis com e sem endotélio. Para avaliar se o efeito do NPBP sobre a função vascular é dependente de NO ou de atividade antioxidante, os anéis foram incubados com NDBP (10μM) mais hidroxicobalamina (HDX, 100μM) ou tempol (1μM). No grupo apoE-/- que foi tratado cronicamente por 14 dias, após o tratamento foi realizado teste de função vascular e avaliação da produção basal de NO. Os animais apoE-/- apresentaram incremento de aproximadamente 12 vezes nos níveis de colesterol (CT 58.2±3.6 vs. apoE-/- 704.9±29.9) e marcante deposição de placa (CT 0±0 vs. apoE-/- 57±4.9). Nos grupos sem tratamento crônico observou-se que os animais apoE-/- demonstraram marcante disfunção endotelial com comprometimento no relaxamento a ACh (CT Rmáx: 76.7±5.4 e pD2: 7.9±0.3 vs. apoE-/- Rmáx: 62.7±5.5 e pD2: 6.7±0.2) e maior resposta a FEN (CT Rmáx: 51.1±9.2 e pD2: 6.8±0.06 vs. apoE-/ Rmáx: 82.0±8.3 e pD2: 6.8±0.07). Através de método indireto, a produção de NO endógeno encontrou-se diminuída nesses animais, demostrada pela diminuição no delta de contração após bloqueio com L-NAME (CT 0.46±0.04 e 45.3±4.1% vs. apoE 0.30±0.01 e 33.2±1.9%). O mesmo foi observado através do método direto utilizando DAF-2DA: os animais apoE-/- apresentaram diminuição na produção de NO (CT 131855±15774 vs. apoE-/- 84057±13397). A produção de NO diminuída nos animais apoE-/- foi revertida após incubação com NDBP, demonstrada por aumento na concentração de NO medida por DAF-2DA em ambos os grupos (CT 196357±18312 vs. apoE-/- 223507±6996). Através da utilização da sonda DHE observou-se que os animais apoE-/- apresentaram aumento na produção de EROs (CT 114036±15280 vs. apoE-/- 166649±13022) e após incubação com NDBP a produção de EROs foi diminuída nesses animais (136043±8281). O NDBP promoveu relaxamento vascular na mesma proporção em ambos os grupos na ausência de endotélio (apoE-/- Rmáx: 93±4.1 e pD2: 5.8±0.3; CT Rmáx: 102±9.6 e pD2: 5.6±0.4), porém na presença de endotélio os animais apoE-/- demonstraram maior sensibilidade ao composto (Rmáx: 76±11,3 e pD2: 7,2±0,4) quando comparados ao controle (Rmáx: 69±6,7; pD2: 7,3±0,4). Após incubação com NDBP o prejuízo ao relaxamento a ACh observado nos animais apoE-/- foi revertido (79,4±3,9; pD2: 8,2±0,4) quando comparado ao controle (Rmáx: 76,0±3.7; pD2: 7,9±0,2). A melhora da função vascular induzida pelo NDBP foi abolida após incubação conjunta com HDX (Rmáx: 59,9±7,1 e pD2: 6,6±0,3). O relaxamento induzido pelo NDBP em vasos de animais apoE-/- sem endotélio (Rmáx: 93±4,1; pD2:5,8±0,3) foi abolido após pré-incubação com HDX (Rmáx: 0,5±0,6; pD2: 6,8±0,9). No intuito de avaliar se o NDBP possui atividade antioxidante, o tempol (mimético da SOD) foi pré-incubado com ou sem NDBP. O tempol pré-incubado com NDBP não tem seu efeito potencializado (Rmáx: 65,1±7,3) quando comparado ao tempol sem NDBP (Rmáx: 67,4±9,5). Os animais apoE-/- tratados cronicamente com NDBP (40mg/kg/in), apresentaram reversão no quadro de disfunção endotelial, demonstrado por melhora na resposta de relaxamento a ACh quando comparado aos animais apoE-/- não tratados (Rmáx: 87,4±3,1; pD2: 7,8±0,1 vs. Rmáx: 62,7±5,5; pD2: 6,7±0,2 respectivamente), equiparando aos animais controle (Rmáx:76,7±5,4; pD2: 7,9±0,3). Também apresentaram aumento na produção basal de NO demonstrado pelo aumento no delta de contração quando comparado ao apoE-/- não tratado (Δ: 0,39±0,2 vs. Δ: 0,30±0,01 respectivamente). Desta maneira, é possível concluir que o NDBP apresenta efeitos benéficos na aterosclerose experimental, sendo capaz de reverter o quadro de disfunção endotelial através do aumento da biodisponibilidade de NO e de seu efeito antioxidante.
  • ELLEN SONNALY VILAR RAMALHO
  • Avaliação da variabilidade da frequência cardíaca em sedentários submetidos ao treinamento resistido e aeróbico
  • Data: 30/08/2019
  • Hora: 10:00
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  • A prática regular do exercício físico resistido (ER) vem sendo utilizada como estratégia de redução ao risco de doenças cardiovasculares, sendo recomendada tanto para indivíduos saudáveis quanto para pacientes portadores de doenças cardiovasculares. Os ER associados à alteração da composição corporal melhoram a condição física e diminuem a incidência de sobrepeso, promovendo uma série de respostas fisiológicas resultantes de adaptações autonômicas e hemodinâmicas que influenciam na função do sistema cardiovascular. A variabilidade da frequência cardíaca (VFC), utilizando o método do domínio da frequência, é uma ferramenta útil para avaliar o balanço autonômico cardíaco. Neste estudo longitudinal, em homens (n = 47) e mulheres (n = 51) normotensos, sedentários expostos ao exercício aeróbico (EA), foram investigados os parâmetros antropométricos [peso, índice de massa corporal (IMC) e percentual de gordura, glicemia, pressão arterial e frequência cardíaca. Ao final dos treinamentos, foram realizados os testes ortostático (TO) e a manobra de Valsalva (MA) para avaliação da VFC, utlizando o software nerve express. Os resultados mostraram que os ER e EA promovem redução dos parâmetros antropométricos no grupo feminino, bem como redução do percentual de gordura em ambos os gêneros. Os ER e EA promoveram bradicardia de repouso e redução da PAM basal em ambos os gêneros. Interessantemente, a redução da PAM após ER foi maior no grupo feminino em relação ao masculino. Na avaliação do sistema nervoso autônomo pela VFC os resultados mostraram que o ER promoveu um aumento significativo no HF do grupo feminino, sem alterações no grupo EA. Na comparação entre os exercícios no grupo feminino, os resultados mostraram que o ER promoveu um aumento significatvo no HF em relação ao EA. Quanto a análise espectral da VFC na MV combinado com respiração profunda, os ER e EA não promoveram alterações significativas nos componentes HF, LF ou da relação LF/HF (ms2). Nossos resultados sugerem que o ER, além das alterações antropométricas, promove importantes alterações autonômicas que influenciam o funcionamento cardiovascular e o metabólico. Os resultados sugerem que o ER pode ser indicado para estilo de vida saudável, bem como para a prevenção de doenças cardiometabólicas, sobretudo em indivíduos com históricos familiares.
  • RAYANNE MAIRA FELIX RIBEIRO ALVES
  • Efeito do Carvacrol em Ratos com Hipertensão Pulmonar Induzida por Monocrotalina
  • Data: 26/08/2019
  • Hora: 14:00
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  • acarreta na elevação da pressão arterial pulmonar (PAP), insuficiência ventricular direita e morte. O carvacrol (CRV) é um monoterpeno fenólico presente em algumas plantas aromáticas e apresenta propriedades importantes como a atividade vasorelaxante, anti-inflamatória, antibacteriana e antitumoral. Diante disto, o objetivo do trabalho foi avaliar os efeitos do carvacrol no tratamento de ratos com HP induzida pela monocrotalina. Para o desenvolvimento deste estudo, ratos Wistar receberam injeção subcutânea com salina 0,9% (grupo controle - CTL) ou monocrotalina (60 mg/Kg) para indução da HP. Os animais foram divididos nos seguintes grupos: CTL; MCT; MCT+CRV 50mg/Kg; MCT+CRV 100mg/Kg; e MCT+SILD (sildenafila 50mg/Kg). Após 24 horas, os ratos foram tratados diariamente por administração oral durante 28 dias. Os seguintes parâmetros foram avaliados: pressão arterial pulmonar (PAP), razão entre o peso do ventrículo direito sobre o peso do ventrículo esquerdo e septo (índice de Fulton), reatividade vascular, remodelamento vascular pulmonar e produção de ânions superóxido. A aferição da PAP mostrou que o grupo MCT (37 ± 3 mmHg; n= 4) apresentou aumento na pressão sistólica ventricular direita quando comparado ao grupo CTL (20 ± 2 mmHg; n= 4). Os grupos MCT+CRV 50mg/Kg (24 ± 1 mmHg; n= 4) e MCT+SILD (21 ± 4 mmHg; n= 4) atenuaram significativamente a pressão. Quanto ao índice da hipertrofia ventricular direita o grupo MCT (0,38± 0,02 g; n= 4) mostrou um aumento quando comparado ao grupo CTL (0,23 ± 0,04 g; n= 4). Os grupos MCT+CRV 50mg/Kg (0,26 ± 0,02g; n= 4) e MCT+CRV 100mg/Kg (0,26 ± 0,05g; n= 4) reduziram significativamente a hipertrofia ventricular direita. A análise de reatividade vascular mostrou que as contrações frente fenilefrina (FEN), assim como, vasodilatação frente acetilcolina (ACh) ou nitroprussiato de sódio (NPS) foram significativamente reduzidas (Emáx = 66 ± 5%; n= 6, Emáx = 44 ± 8%; n= 6, ou Emáx = 78 ± 3%; n= 8, respectivamente) no grupo MCT quando comparado ao grupo CTL. Por outro lado, o tratamento com CRV (MCT+CRV 50 mg/kg ou MCT+CRV 100 mg/kg) melhoraram significativamente as contrações frente FEN (Emáx = 98 ± 9%; n= 6, ou Emáx= 88 ± 8%; n= 6, respectivamente) ou vasodilatação frente ACh (Emáx= 75 ± 8%; n= 7, ou Emáx = 130 ± 13%; n= 5, respectivamente). Contudo, alterações significativas não foram observadas ao NPS, com exceção do grupo MCT+CRV 50mg/kg (Emáx = 90 ± 2%; n= 8), que demonstrou melhora a vasodilatação frente NPS. As análises histológicas da parede da artéria pulmonar demonstraram que o grupo MCT (310 ± 5,2 %; n= 5) apresentou espessamento da parede do vaso, com aumento significativo de células musculares lisas quando comparados ao grupo CTL (100 ± 5,2 %; n= 5). Os grupos MCT+CRV 100mg/Kg (147 ± 10,5 %; n= 5) e MCT+SILD (94 ± 10,5 %; n= 5) atenuaram a proliferação de células musculares lisas. Quanto à análise de estresse oxidativo nos tecidos das artérias pulmonares, foi observado que o grupo MCT (216 ± 22%; n= 5) apresentou elevada porcentagem de fluorescência, quando comparados ao grupo CTL (100 ± 6%; n= 5). Os grupos MCT+CRV 50mg/Kg (119 ± 8%; n= 5); MCT+CRV 100mg/Kg (68 ± 6%; n= 5) e MCT+SILD (96 ± 7%; n= 5) atenuaram este estresse oxidativo. Estes resultados demonstram que o modelo escolhido para indução da HP, a monocrotalina, é eficaz ao levar as alterações estruturais e funcionais da artéria pulmonar, gerando alterações fisiológicas semelhantes ao que ocorre em humanos, ademais, o carvacrol mostrou ser uma substância promissora para o tratamento da HP visto que, atenua a pressão arterial pulmonar, hipertrofia ventricular direita, remodelamento vascular pulmonar, melhora a disfunção endotelial, e reduz o estresse oxidativo.
2018
Descrição
  • DEYSE CRISTINA MADRUGA CARVALHO
  • Atividade anti-inflamatória da marinobufagina em modelos in vivo e in vitro
  • Data: 30/04/2018
  • Hora: 10:00
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  • Os esteroides cardiotonicos sao compostos naturais capazes de inibir a Na+/K+-ATPase. Esses esteroides, tais como, a marinobufagina e a ouabaina, foram identificados como substancias endogenas presentes no plasma de mamiferos. Nosso grupo vem evidenciando o papel modulador da ouabaina na resposta imunologica, pela descricao e caracterizacao de seu efeito anti-inflamatorio. No entanto, ainda nao ha relatos na literatura sobre a marinobufagina nesse aspecto. Dessa forma, o objetivo deste trabalho foi analisar, in vivo e in vitro, o papel da marinobufagina na inflamacao. Inicialmente, camundongos Swiss foram tratados via intraperitoneal (i.p.) com a marinobufagina na dose 0,56 mg/kg, a mesma utilizada nos experimentos com a ouabaina (LEITE et al., 2015), durante tres dias consecutivos. Uma hora apos o ultimo dia de tratamento, os animais foram estimulados com zimosan (2 mg/mL) via intraperitoneal, de modo a induzir uma inflamacao no peritonio. Apos 4 h, o fluido peritoneal foi coletado e utilizado para a contagem das celulas por microscopia optica e para a quantificacao das citocinas pro-inflamatorias (IL-1β, IL-6 e TNF-α) pelo ensaio imunoenzimatico (ELISA). O zimosan, como esperado, induziu aumento da migracao celular e dos niveis das citocinas pro-inflamatorias no peritonio. Por sua vez, o tratamento com a marinobufagina foi capaz de reduzir o numero total de celulas para a cavidade peritoneal, pela reducao na migracao das celulas polimorfonucleares. Alem disso, esse esteroide foi capaz de reduzir os niveis das citocinas IL-1β e IL-6. Esse efeito parece ser independente do TNF-α, visto que os seus niveis nao foram alterados. Adicionalmente, foi avaliado o efeito da marinobufagina in vitro, pela cultura de macrofagos peritoneais com o estimulo do zimosan (2 mg/mL) ou lipopolissacarideo (LPS) (1 μg/mL). Na cultura de macrofagos com o estimulo do zimosan, observou-se que as diferentes concentracoes da marinobufagina (10, 100, 1.000 e 10.000 nM) nao interferiram na viabilidade dos macrofagos peritoneais e apenas a menor concentracao foi capaz de reduzir os niveis das citocinas pro-inflamatorias IL-1 β, IL-6 e TNF-α. Na cultura de macrofagos com o estimulo do LPS, foi observado que todas as concentracoes da marinobufagina foram capazes de reduzir a producao do oxido nitrico (NO) nessas celulas. Dessa forma, a partir da analise dos resultados, pode-se sugerir que ha evidencias de que a marinobufagina possui papel anti-inflamatorio in vivo e in vitro. Portanto, esse trabalho e pioneiro em caracterizar o papel imunologico do esteroide cardiotonico marinobufagina.
  • REPHANY FONSECA PEIXOTO
  • Investigação da Imunomodulação por Subpopulações de Linfócitos na Leishmaniose Visceral Humana
  • Data: 25/04/2018
  • Hora: 14:00
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  • As leishmanioses se caracterizam como um complexo de doencas infecto-parasitarias, causadas por protozoarios do genero Leishmania. Essas doencas estao presentes em 98 paises, nos quais cerca de 350 milhoes de pessoas encontram-se sob risco de infeccao. A leishmaniose visceral (LV) e a forma clinica mais grave da doenca e induz respostas imunes mediadas por distintas subpopulacoes celulares, incluindo celulas T natural killer invariantes (iNKT-CD3+6B11+), celulas T reguladoras (Tregs - CD4 + CD25 high FOXP3 +), as quais podem ser classificadas em Treg natural (CD4 + CD25 high FOXP3 + CD45RA +) e Treg de memoria (CD4 + CD25 high FOXP3 + CD45RA-). Entretanto, os mecanismos de acao dessas subpopulacoes, envolvidos na modulacao imunologica da leishmaniose visceral humana, ainda nao foram bem elucidados. Assim, nosso objetivo foi caracterizar os mecanismos das celulas iNKT, celulas T reguladoras natural (nTreg) e de memoria (mTreg) na doenca e avaliar as principais citocinas produzidas por elas. Para atingir esse objetivo, na primeira parte desse trabalho coletou-se sangue total de pacientes LV (n=11) e individuos nao infectados (n=7), e as subpopulacoes nTreg e mTreg foram avaliadas, com e sem estimulacao especifica do antigeno soluvel de Leishmania (SLA). A analise das celulas iNKT tambem foram realizadas, com e sem estimulacao especifica do antigeno total de Leishmania (TLA) em amostras de sangue total nos grupos de pacientes LV (n=12), em controles nao endemico (CNE – n = 6) e no grupo controle negativo endemico (CNegE – n = 6). Todas as analises foram realizadas atraves de citometria de fluxo. Em relacao as celulas Tregs, os resultados demonstraram que: 1) Um numero elevado de celulas Tregs de memoria foi observado quando comparado ao numero total de celulas Tregs naturais em todos os grupos avaliados; 2) Uma reducao significativa na expressao de CD39/CD73 em celulas Treg de memoria foi observada nos grupos LV independentemente de estimulo; 3) Uma diminuicao na expressao de CTLA-4 foi observada em celulas Treg de memoria no grupo LV na ausencia de estimulo, quando comparada ao grupo controle. Entretanto, o SLA induziu aumento de expressao de CTLA-4, nos pacientes com LV; 4) Alteracoes significativas na producao de IFN-γ nao foram observadas em nenhum dos grupos avaliados e 5) Baixos niveis de IL-10 foram observados em celulas Treg de memoria nos grupos LV independentemente de estimulo. Ja nas celulas iNKT observamos que, 6) o numero total ex vivo de celulas no grupo de pacientes LV nao se alterou significativamente em relacao aos grupos CNE e CNegE; 7) Em relacao ao perfil de ativacao recente dessas celulas, os pacientes LV nao apresentaram alteracoes significativas na expressao de CD69, em comparacao aos grupos controle tanto ex vivo como apos a cultura in vitro (meio e TLA); 8) Apos o estimulo com TLA de L. infantum as celulas iNKT reduziram a producao de IFN-γ. No entanto, a maior producao de IFN-γ foi observada em celulas iNKT no grupo CNE; 9) Em relacao a producao de IL-17, alteracoes significativas nao foram observadas, antes ou apos a estimulacao com o TLA, em todos os grupos avaliados; 10) Uma elevacao na producao de IL-10, foi observada no grupo CNE quando comparado ao CNegE e pacientes com LV de forma independente a estimulacao. Dessa forma, sugere-se que apesar da manutencao da regulacao por celulas nTreg, o perfil pro-inflamatorio esta favorecido pela reducao de mecanismos regulatorios de celulas mTreg e modulacao positiva de mecanismos de celulas iNKT.
  • ARACELE TOSCANO ROCHA
  • Disfunção autonômica cardíaca em crianças e adolescentes obesos após manobra de valsalva
  • Data: 05/03/2018
  • Hora: 09:00
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  • A obesidade infantil e um grande problema de saude publica. A associacao entre obesidade e disfuncao autonomica cardiaca, entre adultos, ja e consensual, e na faixa etaria pediatrica ainda e motivo de varias investigacoes. Nosso estudo objetivou avaliar a modulacao autonomica cardiaca em criancas e adolescentes obesos, na faixa etaria de 6 a 14 anos de idade, de ambos os sexos, sem outras comorbidades associadas, por meio do estudo da variabilidade da frequencia cardiaca e determinar os niveis de insulina e perfil lipidico nesse grupo. Foram estudadas 59 criancas, sendo 44 (74,6%) classificadas como pre-puberes e 15 (25,4%) classificadas como puberes. As criancas foram agrupadas de acordo o indice de massa corporal (IMC), onde 23 (39%) criancas foram classificadas como eutroficas, 16 (27,1%) criancas classificadas como obesas e 20 (33,9%) com obesidade grave. Todas foram submetidas a avaliacao antropometrica, clinica e laboratorial, bem como a analise da variabilidade da frequencia cardiaca (VFC) por meio do software Nerve Express®, estudando-se as variaveis no dominio do tempo (SDNN) e no dominio da frequencia (TP, LF, HF, LF/HF), dividido em 2 etapas, o teste ortostatico, seguido da manobra de Valsalva combinada com respiracao profunda. Foi realizada uma analise estatistica descritiva dos dados. Para os testes de hipotese foram utilizados o ANOVA e o teste de correlacao de Pearson, sendo o nivel de significancia adotado de p<0,05. Na avaliacao laboratorial, obteve-se valores elevados de insulina no grupo de pacientes obesos graves quando comparados ao eutrofico (p= 0,019). Os niveis de triglicerideos foram maiores nas criancas obesas e obesas graves em relacao as eutroficas (p= 0,001). Os valores de colesterol total foram semelhantes entre os grupos, porem a fracao HDL foi significantemente menor nos obesos (p= 0,009). Durante a realizacao do teste ortostatico, nao houve diferencas nos indices de VFC entre os grupos eutrofico e obeso/obeso grave, tanto na posicao supino, como na bipede. Na analise da VFC durante a realizacao da manobra de Valsalva combinada com a respiracao profunda, encontramos uma reducao da atividade parassimpatica, representada pela diminuicao do componente HFun no grupo de obesos, principalmente no de obesos graves (p=0,010), e um aumento de atividade simpatica, observado atraves de valores maiores de LFun (p= 0,010) e da razao LF/HF (p= 0,001) no grupo obesos/obesos graves quando comparados aos eutroficos. Apos estes resultados, pode-se sugerir um comprometimento da funcao autonomica cardiaca em criancas e adolescentes obesos, principalmente nos obesos graves, bem como niveis de insulina e triglicerideos mais significativos no grupo de obesos. Estes achados constituem fatores de risco que, de forma independente, podem contribuir para o aumento do risco cardiovascular neste grupo.
2017
Descrição
  • CRISTIANE RODRIGUES DE ALMEIDA SILVA ALVES
  • Agonista tendencioso para o receptor AT1 exerce efeitos benéficos sobre parâmetros cardiovasculares de ratos espontaneamente hipertensos.
  • Data: 01/11/2017
  • Hora: 09:00
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  • A hipertensao arterial (HA) e uma desordem que resulta do prejuizo nos mecanismos de controle da pressao arterial, dentre os quais destacam-se o barorreflexo e o Sistema Renina Angiotensina Aldosterona (SRAA). As acoes da Angiotensina II no receptor do tipo AT1 (AT1R) sao determinantes para a elevacao da pressao arterial via ativacao da fosfolipase C (PLC). Devido a esse fato, antagonistas do AT1R tem sido boas opcoes para o tratamento da HA, porem com efeitos colaterais indesejados. O TRV027 e um agonista tendencioso para o receptor AT1, ou seja, e capaz de se ligar ao AT1R sem ativar a PLC, mas sim algumas MAPKs e a β-arrestina, promovendo como resultado a ativacao de vias cardioprotetoras. Estudos apontam o TRV027 como uma droga em potencial para o tratamento da insuficiencia cardiaca, porem nada tem sido relatado sobre esse composto na hipertensao. O objetivo do presente trabalho foi investigar os efeitos do TRV027 sobre a pressao arterial, a sensibilidade do barorreflexo e o estresse oxidativo plasmatico e tecidual em ratos normotensos Wistar Kyoto (WKY) e espontaneamente hipertensos (SHR). Os ratos WKY e SHR foram divididos em quatro grupos: WKY Controle (WKY-C), WKY tratado com o TRV027 (WKY-T), SHR Controle (SHR-C) e SHR tratado com o TRV027 (SHR-T). O tratamento com o TRV027 foi realizado por via intracerebroventricular utilizando minibombas osmoticas acopladas a uma canula guia implantadas em direcao ao ventriculo lateral dos animais, por meio das quais o composto foi injetado durante 14 dias (20 ng/kg/dia). No 13º dia do tratamento, foram implantados cateteres na veia e arteria femorais dos animais para administracao de drogas e avaliacao dos parametros cardiovasculares, respectivamente. Em seguida, os animais foram sacrificados e foi feita a coleta de sangue, rins e figado para avaliacao do estresse oxidativo pelo metodo do acido tiobarbiturico. Todos os protocolos foram aprovados pelo CEUA-UFPB (parecer nº 109/2015). O tratamento com TRV027 nao apresentou efeitos significativos na pressao arterial dos animais normotensos (WKY-C: 119 ± 3 vs. WKY+TRV: 108± 3 mmHg), mas foi eficiente em reduzir a pressao arterial nos animais SHR+TRV quando comparados ao grupo SHR-C (160 ± 3 vs.181 ± 3 mmHg, respectivamente, p<0,05), nao foi observada diferenca significativa na frequencia cardiaca entre os grupos avaliados. O tratamento melhorou o tonus vagal tanto nos animais WKY (ΔFC = 72 ± 4 vs. 110 ± 5 bpm, p<0,05) quanto nos animais SHR (ΔFC = 54 ± 4 vs. 83 ± 1 bpm, p< 0,05), assim como reduziu o barorreflexo espontaneo nestes ultimos (SHR-C: 0,5 ± 0,1 vs. SHR+TRV: 1,8 ± 0,3, p<0,05). O TRV027 tambem foi capaz de reduzir os niveis plasmaticos e renais de MDA nos animais SHR+TRV quando comparados ao grupo SHR-C (Soro: 0,37 ± 0,05 vs. 2,58 ± 0,08nmol/ml; Rins: 8,18 ± 0,03 vs. 11,7 ± 0,05 nmol/mg do orgao). Os resultados obtidos demonstram que o TRV027, atuando no Sistema Nervoso Central, e capaz de reduzir a PA de ratos espontaneamente hipertensos, melhorar a atividade vagal, restaurar a sensibilidade do barorreflexo e reduzir o estresse oxidativo presente nesses animais. Esses dados reforcam o envolvimento do AT1R no processo hipertensivo bem como apontam para o potencial benefico do agonista tendencioso TRV027 contra a hipertensao e eventos a ela relacionados.
  • ESTEVAM LUIZ DE SOUZA JUNIOR
  • Avaliação da variabilidade cardíaca durante acompanhamento de indivíduos que fazem uso de esteróides anabólicos de maneira recreativa
  • Data: 24/08/2017
  • Hora: 09:00
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  • O uso indiscriminado de esteroides anabolicos de maneira recreativa por praticantes de atividades fisicas pode constituir-se de um grave problema para a saude. No presente trabalho investigamos as possiveis alteracoes hormonais, bioquimicas e na variabilidade da frequencia cardiaca de pacientes que se apresentaram na clinica para acompanhamento alegando estarem se submetendo a diferentes protocolos de uso de esteroides. Com base na cauistica, os pacientes foram divididos em 4 grupos: grupo I: pacientes que usaram apenas testosterona; grupo II: pacientes usando testosterona e deca durabolim; grupo 3 pacientes utilizando testosterona + deca durabolim + oxandrolona e grupo IV: pacientes que nao usavam esteroides, os quais serviram como controle. Nao forma observadas alteracoes na variabilidade da frequencia cardiaca dos pacientes ao longo das 6 semanas de acompanhamento. Os valores de HDL se mostraram reduzidos nos grupos que usaram esteroides, independente da combinacao. Os marcadores de funcao hepatica TGO e TGP se apresentaram aumentados no grupo III, o qual os pacientes estavam sob a influencia de 3 drogas anabolicas. Observou-se tambem um bloqueio do eixo hipotalamo-hipofise destes pacientes nos 3 grupos sob uso de esteroides, evidenciado pela reducao significativa dos niveis de LH e FSH, provavelmente causando comprometimento gonadal nestes pacientes. Nossos achados sugerem que o uso recreativo de esteroides anabolicos induz ao bloqueio do eixo hipotalamo hiposide, causando comprometimento gonadal e que a combinacao de tres esteroides pode ocasionar comprometimento hepatico. Entretanto, nao forma observadas alteracoes na variabilidade da frequencia cardiaca destes pacientes.
  • TAÍSA FRANÇA DE MEDEIROS ASSIS
  • Avaliação do estresse oxidativo no órgão subfornical e no bulbo ventrolateral rostral de animais knockout para apolipoproteína E
  • Data: 13/06/2017
  • Hora: 09:00
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  • A aterosclerose e uma doenca multifatorial, considerada como um dos principais fatores de risco que levam ao desenvolvimento de doenca cardiovascular. E caracterizada por disfuncao endotelial e autonomica devido a presenca de inflamacao e estresse oxidativo sistemico. O objetivo deste trabalho foi avaliar a presenca de EROs no orgao subfornical (SFO) e no bulbo ventrolateral rostral (RVLM) de animais knockout para apolipoproteina E (apoE-/-), alimentados com dieta padrao e a possivel relacao da presenca de citocinas inflamatorias perifericas com a geracao de estresse oxidativo central. Para isso foi realizada a coleta do soro de camundongos C57BL/6, camundongos isogenicos, e apoE-/-, camundongos, tambem isogenicos, geneticamente modificados para a delecao do gene que codifica a apolipoproteina E. O soro foi utilizado para a dosagem do colesterol, da peroxidacao lipidica na forma de malonialdeido (MDA) e das citocinas inflamatorias (IL-1β, TNF-α e IL-10). Alem disso, foram coletadas as aortas de ambos os grupos para a avaliacao “en face” da deposicao lipidica. Ainda foi realizada a coleta de amostras do SFO e do RVLM dos dois grupos para a realizacao da dosagem de especies reativas de oxigenio pela tecnica do di-hidroetidio (DHE) e para a quantificacao de citocinas inflamatorias (IL-1β, TNF-α e IL-10) no SFO. Observamos um aumento significativo dos niveis de colesterol total nos animais apoE-/- em relacao aos animais controle (237,4±17,7 mg/dL n=6 vs 90,7±6,4 mg/dL n=6, p<0,05), ambos alimentados com dieta padrao e com idade de 13 meses. Observamos tambem uma maior deposicao lipidica nos animais apoE-/- quando comparados com os controles (27,7±4,8% n=3 vs 5,3± 0,6% n=4, p<0,05, respectivamente). Houve aumento nos niveis sericos de malondialdeido nos camundongos apoE-/- quando comparados com o controle (1,8±0,2 nmol/mL, n=15 vs 1,1±0,2 nmol/mL, n=12, p<0,05). Com relacao a avaliacao inflamatoria sistemica, observamos aumento nos niveis de IL-1β nos animais apoE-/- quando comparados aos controles (17,7±2,9 pg/mL, n=11 vs 5,8±0,5 pg/mL, n=11, p<0,05), bem como o TNF-α que tambem se apresentou elevado nos animais ateroscleroticos (4,6±0,8 pg/mL, n=8 vs 2,1±0,6 pg/mL, n=8, p<0,05). No entanto, nao constatamos diferenca significativa nos niveis de IL-10 quando comparamos ambos os grupos (apoE-/-:201,6±16,0 pg/mL,n=6 vs C57BL/6:190,1±11,1 pg/mL,n=6). Quanto a avaliacao do estresse oxidativo no SFO e no RVLM foi observado aumento nos niveis de O2•- em ambas as areas dos camundongos apoE-/- quando comparados com o controle (SFO: 36,4±2,1 FR/u.a, n=4 vs 19,4±2,1 FR/u.a, n=4, p<0,05; RVLM: 31,7±2,7 FR/u.a, n=4 vs 16,0±1,0 FR/u.a, n=5, p<0,05). Por fim avaliamos os niveis de citocinas inflamatorias no SFO e observamos uma diminuicao nos niveis tanto das citocinas pro-inflamatorias (TNF-α como da IL-1β), como da IL-10 (anti-inflamatoria) nos camundongos apoE-/- quando comparados com o controle: IL-1β (4,4±0,3 pg/mL n=5, vs 9,1±0,8 pg/mL n=5, p<0,05), TNF-α (3,0±0,7pg/mL, n=7 vs 6,4±0,9 pg/mL n=7, p<0,05), IL-10 (214,0±1,9 pg/mL n=3, vs 354,2±19,3 pg/mL n=3, p<0,05). Portanto, concluimos que os animas apoE-/- alimentados com dieta padrao apresentam niveis elevados de EROs no SFO e RVLM, que em conjunto, sao importantes regioes responsaveis pelo controle cardiovascular. Podemos ainda sugerir que as citocinas inflamatorias perifericas participam da inducao do estresse oxidativo central a partir da sua acao no SFO.
  • MÁRCIA DANTAS DOS SANTOS
  • Influência do fotoperíodo sobre o relógio molecular e o eixo somatotrópico de alevinos da tilápia-do-Nilo (Oreochromis niloticus)
  • Data: 31/05/2017
  • Hora: 09:00
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  • A maioria dos organismos vivos possui um ciclo habitual do qual desenvolve todas suas atividades. Estas sao geradas internamente pelo relogio molecular e sincronizadas pelos fatores abioticos a um periodo em torno de 24 horas. Para os peixes, o fotoperiodo e um dos sincronizadores ambientais que apresenta uma grande influencia sobre o relogio molecular, coordenando fatores ambientais com sua a fisiologia. Um dos sistemas que parece estar sob a influencia do relogio molecular endogeno e o sistema endocrino, precisamente, o eixo somatotropico. Para investigar a relacao entre o relogio e o sistema endocrino, objetivamos analisar a expressao de um gene do relogio molecular, o clock1a, e o gene do eixo somatotropico, gh, de alevinos de tilapia-do-Nilo (Oreochromis niloticus) quando expostos aos fotoperiodos de 12h:12h e 24h:0h claro:escuro (7 animais a cada 6h; e verificar a influencia do fotoperiodo sobre o comprimento, massa, crescimento corporal e fator de condicao. Os alevinos foram mantidos no fotoperiodo por 7 dias e a biometria foi realizada nos XX dias. Ao final da exposicao, os animais foram sacrificados e o cerebro foi extraido para quantificacao da expressao genica. Em relacao ao comprimento nao observamos diferencas em funcao do fotoperiodo, exceto, nos tempos 22 e 37 (dia), cujas medias foram de 4,95±0,36, 4,75±0,41 e 6,65±0,66, 6,39±0,68 para o claro:claro (C:C) e claro:escuro (C:E), respectivamente. No tocante a massa corporal, teve-se diferenca, apenas, no tempo de 7 dias, com 1,08±0,23 C:C e 0,98±0,23 C:E, respectivamente. No que se refere ao crescimento, nao foram observadas diferencas significativas entre os tratamentos, exceto entre o dia 7 e 37 que apresentaram um crescimento diferenciado em que condicao de fotoperiodo. Com relacao ao fator de condicao, os dados nao revelaram diferencas significativas entre os tratamentos. Os genes analisados nao apresentaram padrao circadiano de expressao, mas o gene clock1a, apresentou grandes diferencas nos seus niveis diarios, isto e, entre os pontos de amostragem para as duas condicoes de fotoperiodo. Tambem foram observadas oscilacoes de expressao maiores para o fotoperiodo C:E para o gene clock1a. O gh, por sua vez, nao apresentou um ritmo biologico como tambem ausencia de diferencas entre os tempos nas condicoes. Por fim, foi testada a possibilidade de uma correlacao entre os genes supracitados nas suas respectivas condicoes de fotoperiodo. Contudo, os escores resultantes foram altamente distantes de qualquer correlacao. Em sintese, a exposicao aos fotoperiodos nao interferiram de maneira significativa no comprimento, crescimento, massa corporal e fator condicao de alevinos de tilapia-do-Nilo. Porem, observou-se que os peixes podem sofrer influencia do fotoperiodo num estagio de vida especifico.
2016
Descrição
  • RENATA DA SILVEIRA RODRIGUES PAIVA
  • CARACTERIZAÇÃO DO PERFIL DE MONÓCITOS: COMPARAÇÃO DA FENOTIPAGEM ENTRE ADULTOS E CRIANÇAS SADIAS E EM CRIANÇAS PORTADORAS DE DERMATITE ATÓPICA
  • Data: 15/12/2016
  • Hora: 09:00
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  • Os monocitos/macrofagos representam componente fundamental da resposta imune. Com base na expressao do co-receptor de LPS CD14 e na expressao do CD16, receptor FCγIII, os monocitos/macrofagos sao classificados em 3 subtipos: M1, ou monocitos classicos, que sao CD14+CD16-; Mi, ou monocitos intermediarios, que sao CD14hiD16+; e monocitos M2, nao-classicos, ou CD14lowCD16+. Nosso grupo realizou analise comparativa entre os subtipos monocitarios atraves do estudo da frequencia e da media de intensidade de fluorescencia (MFI) de moleculas de superficie (HLA-DR, CCR5, CD80, CD86, PD1L) e producao de citocinas (IL6, TNFα, IL10) em adultos e criancas utilizando a citometria de fluxo. A pesquisa foi executada em duas etapas. Primeiro comparamos os subtipos de monocitos entre adultos e criancas saudaveis e em seguida, entre criancas sadias e criancas portadoras de dermatite atopica (DA). A DA e uma doenca inflamatoria cutanea cronica, de etiologia multifatorial. O papel dos monocitos/macrofagos na ativacao, manutencao e modulacao do processo inflamatorio foi objeto da nossa investigacao. Os resultados desse estudo mostraram que: (1) a frequencia relativa dos subtipos de monocitos foi similar em adultos, criancas saudaveis e criancas portadoras de DA, com predominio de monocitos classicos; (2) monocitos M1, Mi e M2 de criancas atopicas apresentaram maior MFI de HLA-DR que os mesmos subtipos em criancas sadias e essas demonstraram maior MFI que adultos sadios; (3) adultos, criancas saudaveis e criancas doentes apresentaram maior expressao e MFI de CCR5 em Mi e M2 que em M1; (4) a expressao e MFI do CD80 foi maior em monocitos Mi e M2 tanto em criancas como em adultos saudaveis e a MFI de CD86 foi mais expressiva em Mi desses dois grupos. Ja a MFI das moleculas de CD80 e CD86 em M1 de criancas portadoras de DA foi maior que em criancas saudaveis; (5) a expressao de PD1L nos subtipos de monocitos foi semelhante em adultos e criancas, entretanto, houve maior MFI dessa molecula em M1 de criancas que em adultos saudaveis. Alem disso, criancas atopicas apresentaram maior MFI desta molecula em M1 que criancas saudaveis; (6) Mi e M2 de adultos e criancas saudaveis apresentaram maior atividade inflamatoria que M1 ao se avaliar a expressao e MFI de IL-6 e TNF-α, ao contrario do que se observou em criancas com DA, que apresentaram maior frequencia e MFI de IL-6 e TNF-α em M1 e Mi que as criancas saudaveis; (7) Mi e M2 demonstraram maior producao de IL10 que M1 em adultos e criancas saudaveis. Nossos resultados mostraram, portanto que a frequencia relativa de monocitos e constante nos tres grupos populacionais estudados, mas a frequencia e MFI de moleculas de superficie e citocinas apresentam particularidades significativas. Em resumo, criancas atopicas apresentam maior capacidade de apresentacao antigenica que criancas saudaveis e essas, que adultos saudaveis. Os subtipos de monocitos mais envolvidos na resposta inflamatoria em adultos e criancas sadias sao monocitos Mi e M2, enquanto monocitos M1 de criancas atopicas sao mais inflamatorios quando comparados ao mesmo subtipo em criancas saudaveis. Essas descobertas revelam alteracoes na resposta imunologica de criancas portadoras de dermatite atopica de extrema importancia para a compreensao da fisiopatologia da doenca.
  • ATALIA FERREIRA DE LIMA
  • Participação da glia hipotalâmica na modulação das respostas neuroendócrinas, comportamentais e cardio-respiratórias induzidas pela Angiotensina II no ventrículo lateral de ratos não anestesiados.
  • Data: 05/12/2016
  • Hora: 08:20
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  • A Angiotensina II (ANGII) intracerebroventricular (icv) induz respostas neuroendocrinas, comportamentais e cardiovasculares. Sabendo que receptores AT1 e AT2 para ANG-II estao localizados em neuronios e celulas da glia dos orgaos circumventriculares, nossa hipotese e que as respostas neuroendocrinas, comportamentais e cardiorespiratorias induzidas pela ANG-II central sao mediadas, em parte, pela glia hipotalamica. O objetivo do presente estudo foi avaliar a participacao da glia hipotalamica na liberacao de Vasopressina (AVP) e Ocitocina (OT) plasmaticas, ingestao de agua e salina hipertonica (1,5%) e nas respostas cardiorespiratorias induzidas pela microinjecao de ANG-II no ventriculo lateral (VL) de ratos nao anestesiados. Utilizamos ratos Wistar [(260-280g) Ceua/Cbiotec nº133/2015]. Realizamos microinjecoes de Fluorocitrato [FCt (50 ou 100mM)], um inibidor da atividade da glia, de ANG II (0,05M ou 0,1M) ou de salina esteril (0,9%/500nl) no VL de ratos nao anestesiados. O plasma foi coletado para analise da concentracao AVP e OT plasmaticas, pela tecnica de radioimunoensaio. A analise da ingestao de agua e salina (1,5%) foi feita apos a adaptacao dos animais a gaiola metabolica. Em outro grupo de animais, a arteria femoral foi cateterizada para os registros da pressao arterial (PA, mmHg) e frequencia cardiaca (FC, bpm) basais. Para o registro da frequencia respiratoria (cpm) os animais foram colocados em uma camera pletismografica. Os resultados mostraram que a ANG II no VL promoveu um aumento na concentracao de AVP [2,3 ± 0,4 vs. 1,3 ± 0,1 pg / ml, p=0,039 (n=6)] e OT plasmaticas [3,7 ± 0,8 vs. 1,4 ± 0,2 pg / ml, p=0,025 (n=6)] comparada ao controle salina (0,9%). O FCt microinjetado no VL promoveu uma aumento na liberacao de OT plasmatica (2,6 ± 0,4 vs. 1,4 ± 0,2 pg / ml, p=0,024 (n=6)], mas nao alterou a concentracao plasmatica de AVP (0,99 ± 0,1 vs. 1,3 ± 0,1 pg/ ml, p=0,78 (n=6)]. A previa microinjecao de FCt atenuou a resposta a ANG II de aumento na concentracao de AVP (1,30 ± 0,16 vs 2,3 ± 0,4 pg / ml, p=0,05 (n=6)], mas nao de OT plasmatica (2,9 ± 0,4 vs. 3,9 ± 0,8 pg / ml, p=0,31 (n=5-6)]. A ANG II no VL promoveu aumento na ingestao cumulativa de agua (5,3 ± 1,6 vs. 1,2 ± 0,4 ml / 4 hrs, p=0,02 (n=4-6)] e de salina (1.5% NaCl) [16 ± 1 vs. 2,5 ± 0,7 ml / 4 hrs, p=0,0001 (n=5-6)]. O FCt nao promoveu alteracoes na ingestao cumulativa de agua [1,3 ± 0,3 vs. 1,2 ± 0,4 ml / 4 hrs,p=0,79 (n=5-6)], mas reduziu a ingestao cumulativa de salina (1.5% NaCl)[0,8 ± 0,3 vs. 2,5 ± 0,7ml / 4 hrs, p=0,04 (n=6)]. A previa microinjecao de FCt inibiu a resposta de apetite ao sodio [2,7 ± 0,3 vs. 16 ± 1 ml / 4 hrs, p=0,0001 (n=5-7)], mas nao alterou a ingestao de agua induzida pela ANG II no VL [8 ± 2,4 vs. 5,3 ± 1,6 ml / 4 hrs, p=0,44 (n=4-7)]. A ANG II no VL promoveu um aumento na PAM basal dos ratos [137,8 ± 4,9 vs. 115,1 ± 3,6 mmHg, p=0,002 (n=7)]. A resposta pressora promovida pela ANG II foi significativamente reduzida pela previa microinjecao do FCt no VL apos 5 minutos [Δ12,6 ± 2,1 vs. Δ22,6 ± 1,9 mmHg, p=0,004 (n=7)]. Nao foram observadas alteracoes promovidas pela ANG II [311,7 ± 37,9 vs. 352,4 ± 15 bpm, p=0,106 (n=7)] ou FCt [310,4 ± 16,7 vs. 341,3 ± 14 bpm, p=0,182 (n=7)] na FC basal (bpm) dos animais. A microinjecao de ANG II nao promoveu alteracao significativas na frequencia respiratoria basal {FR [109,6 ± 5,9 vs. 105,9 ± 4,6 cpm, p=0,63 (n=6)]}, no volume corrente {VT [8,6 ± 0,7 vs. 7,8 ± 0,7 mL.Kg-1, p=0,43 (n=6)]} ou no volume expirado no primeiro minuto {VE [950,7 ± 98,2 vs. 873,5 ± 86,7 mL.Kg-1.min-1, p=0,57 (n=6)]}. A microinjecao de FCt promoveu uma diminuicao significativa na frequencia respiratoria basal {FR [80,5 ± 3,8 vs. 102,2 ± 5,8 cpm, p=0,002 (n=6)]}, sem alteracoes significativas no VT [9,7 ± 0,6 vs. 7,8 ± 0,7 mL.Kg-1, p=0,66 (n=6)] e no VE basais [827,2 ± 57,3 vs. 873,5 ± 86,7 mL.Kg-1.min-1, p=0,66 (n=6)]. Nossos resultados sugerem que as celulas da glia hipotalamicas: a) participam da modulacao tonica da liberacao de OT plasmatica e da ingestao de sodio; b) modulam a resposta angiotensinergica central para a liberacao de vasopressina plasmatica, inducao da ingestao de sodio e de resposta pressora. c) alem disso, participam da modulacao da frequencia respiratoria basal em ratos nao anestesiados.
  • CLENIA DE OLIVEIRA CAVALCANTI
  • AVALIAÇÃO PRÉ-CLÍNICA DO EFEITO DO CITRATO DE SILDENAFIL SOBRE O CONTROLE CENTRAL DA PRESSÃO ARTERIAL NA HIPERTENSÃO
  • Data: 24/10/2016
  • Hora: 09:00
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  • A hipertensao arterial sistemica (HAS) esta relacionada a diversos eventos cardiovasculares e desponta como uma das principais causas de obito atualmente. Na fisiopatologia da HAS ocorrem disfuncoes no sistema nervoso autonomo que resultam em prejuizo aos mecanismos neuronais de controle central da pressao, em especial ao barorreflexo. Parte deste dano e mediada pelo aumento do estresse oxidativo. Abordagens terapeuticas que reduzam o estresse oxidativo podem se mostrar eficazes no combate a esta doenca. O sildenafil e uma droga que atua inibindo a acao da fosfodiesterase 5 (PDE5) e tem sido observado que promove uma diminuicao do estresse oxidativo. A inibicao da PDE5 se mostrou eficiente na melhora da funcao vascular e reducao da pressao arterial em modelos experimentais. Contudo, seus efeitos sobre o controle barorreflexo da pressao arterial na vigencia de hipertensao resistente ainda nao foram estudados. O estudo atual teve como objetivo avaliar se o tratamento com sildenafil e capaz de influenciar o controle barorreflexo da pressao arterial. Foram utilizados ratos Wistar, submetidos a cirurgia sham ou indutora de hipertensao renovascular (2R1C). Apos 5 semanas, os animais receberam veiculo (agua) ou citrato de sildenafil (45mg/Kg/dia) durante 7 dias, perfazendo 4 grupos: sham + veiculo, sham + sildenafil, 2R1C + veiculo, 2R1C + sildenafil. Ao fim do tratamento os animais foram canulados para medidas hemodinamicas. Foram avaliados: pressao arterial media, frequencia cardiaca, barorreflexo espontaneo e induzido, tonus autonomico cardiaco e estresse oxidativo sistemico. (CEUA-UFPB protocolo n. 042/2015). O tratamento com sildenafil foi eficiente em reduzir a pressao arterial nos animais 2R1C (139 ± 5 vs.175 ± 6 mmHg, p < 0,01), sem efeitos significativos nos animais normotensos (121 ± 7 vs.118± 3 mmHg). Os animais 2R1C apresentaram reducao do ganho do barorreflexo induzido (-1,93±0,12) e espontaneo (-1,90±0,22), quando comparados aos sham (-3,63±0,31; -3,95 ± 0,46). Estes parametros foram normalizados nos animais hipertensos pelo tratamento com sildenafil (-3,18±0,23; -3,51 ± 0,29). Os bloqueios com atropina e propranolol revelaram alteracoes no balanco autonomico cardiaco na vigencia de hipertensao, normalizadas, pelo tratamento, o tonus simpatico (-24,5 ± 3 bpm, p <0,01) e o tonus vagal (110 ± 9 bpm, p <0,01). O sildenafil tambem foi capaz de reduzir o estresse oxidativo sistemico nos ratos 2R1C, quando comparado com os animais 2R1C + salina (1,04±0,07 vs. 1,67±0,08). O tratamento com sildenafil melhorou o controle barorreflexo da pressao arterial, por meio da correcao do desbalanco autonomico e reducao do estresse oxidativo.
  • ALYNNE CARVALHO GALVÃO
  • A INIBIÇÃO CENTRAL DO TNF-α REDUZ A PRESSÃO ARTERIAL VIA INIBIÇÃO DO TÔNUS SIMPÁTICO EM RATOS COM HIPERTENSÃO RENOVASCULAR.
  • Data: 20/06/2016
  • Hora: 14:00
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  • Ao longo dos anos, evidencias sugerem uma relacao entre a angiotensina II e citocinas pro-inflamatorias, como o TNF-α, na patogenese de doencas cardiovasculares, tais como a hipertensao arterial. Recentemente, o foco de novos estudos tem sido compreender os mecanismos centrais envolvidos na manutencao de eventos que desencadeiam o aumento da atividade simpatica durante a hipertensao. O objetivo deste estudo foi avaliar os efeitos da inibicao central do TNF-α sobre a pressao arterial, o tonus simpatico, a sensibilidade do barorreflexo e o estresse oxidativo no RVLM de ratos com hipertensao renovascular (2R1C). Um clipe de prata (diametro interno = 0,2mm) foi implantado na arteria renal direita para inducao da hipertensao (por seis semanas). Os animais foram divididos em tres grupos, Sham, 2R1C e 2R1C+PTX. Este ultimo grupo recebeu infusao central (no ventriculo lateral) de pentoxifilina (30 nmol/uL/h), um inibidor do TNF-α, por minibombas osmoticas durante 14 dias, quatro semanas apos a implantacao do clipe de prata. Cateteres foram implantados na aorta abdominal e veia cava caudal de animais de todos os grupos para o registro dos parametros cardiovasculares e administracao de drogas, respectivamente. Fenilefrina (8 μg/kg, i.v.) e nitroprussiato de sodio (25 μg/kg, i.v.) foram administrados para avaliacao da sensibilidade do barorreflexo, o qual tambem foi avaliado por meio do metodo de sequencias para barorreflexo espontaneo (Cardioseries v.2.4). Uma avaliacao indireta da modulacao autonomica da resistencia vascular foi realizada com analise espectral do componente simpatico de baixa frequencia (LF) da pressao arterial sistolica (PAS) (CardioSeries v.2.4), enquanto o tonus simpatico vascular foi avaliado mediante o bloqueio ganglionar por hexametonio (30 mg/kg, i.v). A medida do acumulo de superoxido no RVLM dos animais foi feita pela tecnica do diidroetidio (DHE), e expressa pela fluorescencia relativa (unidades arbitrarias). O grupo 2R1C apresentou aumento na pressao arterial media (PAM) em comparacao ao grupo Sham (171 ± 11 vs. 113 ± 5 mmHg; n= 8; p < 0.05). Os animais hipertensos apresentaram diminuicao na sensibilidade do barorreflexo em relacao aos animais normotensos na analise pelo metodo de Oxford (-1,30 ± 0,10 vs. -2,59 ± 0,17 bpm.mmHg−1 ; n = 8; p < 0.05) e pelo metodo de sequencias (0.58 ± 0,08 vs. 1.48 ± 0,04 ms/mmHg; n = 8; p<0.05). Quanto a avaliacao da atividade vasomotora simpatica por analise espectral, os animais 2R1C apresentaram aumento do componente LF em relacao ao grupo Sham (9,16 ± 0,52 vs. 3,32 ± 0,38 mmHg2 ; n = 8; p<0.05). O aumento tambem foi observado em animais 2R1C comparados aos normotensos em relacao a variacao da PAM apos bloqueio com hexametonio (-60 ± 5 vs. -33 ± 2 ΔmmHg; n = 8; p < 0.05) e ao acumulo de superoxido no RVLM (18 ± 2 vs. 4 ± 1; n = 8; p < 0.05). Quando comparado ao grupo 2R1C que nao recebeu infusao de pentoxifilina (n=8), a inibicao central do TNF-α por 14 dias em animais com hipertensao renovascular (n=6) reduziu a pressao arterial media (171 ± 11 vs. 131 ± 2 mmHg; p <0.05) e o acumulo de superoxido no RVLM (18 ± 2 vs. 8 ± 1; p < 0.05). Alem disso, animais do grupo 2R1C+PTX apresentaram melhora na sensibilidade do barorreflexo e reducao do tonus simpatico quando comparado ao grupo 2R1C (-34 ± 3 vs. -60 ± 5 ΔmmHg, n=8; p< 0.05). Adicionalmente, a analise espectral do LF (PAS) mostrou que a inibicao central do TNF-α reduziu esse componente no grupo 2R1C+PTX em relacao ao grupo 2R1C (4,90 ± 0,66 vs. 9.16 ± 0,52 mmHg2 ; p < 0.05). Baseado em nossos resultados, sugerimos o envolvimento do TNF-α na manutencao da atividade vasomotora simpatica e no estresse oxidativo na regiao do RVLM no modelo de hipertensao renovascular (2R1C).
  • JOSÉ GUILHERME FERREIRA MARQUES GALVÃO
  • PAPEL DA OUABAÍNA NA INFLAMAÇÃO ALÉRGICA PULMONAR: ASPECTOS FENOTÍPICOS E FUNCIONAIS.
  • Data: 16/06/2016
  • Hora: 09:00
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  • A ouabaina (OUA), um potente inibidor da Na+/K+ ATPase, foi identificada como uma substancia endogena presente no plasma humano. Nos ultimos anos, foi evidenciado que a OUA e capaz de interferir em diversos aspectos do sistema imunologico e em diferentes modelos de inflamacao, porem o seu efeito na inflamacao alergica pulmonar nao tinha sido investigado previamente. Processos inflamatorios alergicos das vias aereas inferiores sao caracterizados por migracao celular e hiperresponsividade bronquica, em decorrencia da sensibilizacao por antigenos proteicos como a ovalbumina (OVA). Objetivo: Avaliar o efeito da ouabaina no modelo de inflamacao alergica pulmonar induzida por OVA. Metodos: Camundongos BALB/c femeas (n = 6) foram sensibilizados e desafiados com OVA e pre-tratados via intraperitoneal (i.p.) com OUA (0,56 mg/kg) dois dias antes das sensibilizacoes e uma hora antes destas, ou com dexametasona (2 mg/kg) subcutanea 1 hora antes de cada desafio. Parametros da inflamacao alergica, como migracao celular e producao de citocinas no fluido do lavado broncoalveolar (BALF), producao de muco e remodelamento histopatologico pulmonar quantificacao de IgE serica, foram analisados posteriormente. Resultados: A ouabaina reduziu em 60% o numero total de celulas presentes no BALF como um reflexo da inibicao de leucocitos polimorfonucleares e linfocitos T CD3+, bem como a producao de citocinas do fenotipo Th2, IL-4 e IL-13. Ademais, a ouabaina reduziu os parametros inflamatorios histopatologicos, como hiperplasia das celulas caliciformes com consequente diminuicao de muco, alem de reduzir o titulo de OVA-IgE especifica. Conclusao: Estes dados sugerem que a OUA apresenta efeito anti-inflamatoria no modelo de inflamacao alergica pulmonar, modulando parametros do fenotipo Th2.