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HALLISSON VINÍCIUS DE OLIVEIRA RUFINO
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CARACTERIZAÇÃO DA PREPARAÇÃO FÍSICA NO BRAZILIAN JIU-JITSU: UM ESTUDO COM TREINADORES BRASILEIROS.
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Data: 21/12/2021
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Hora: 09:00
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RESUMO
INTRODUÇÃO: A caracterização da preparação física no brazilian jiu-jitsu (BJJ), considerando a descrição de formas de treinamento, aspectos relativos à rotina de treinos e o possível impacto desse treinamento sobre as capacidades físicas mais solicitadas na modalidade, pode auxiliar na compreensão dos fatores que levam a obtenção de um bom desempenho. OBJETIVO: Identificar o perfil da preparação física e monitoramento da carga aplicado por treinadores em atletas de BJJ. MÉTODOS: Participaram da amostra 38 treinadores (idade: 36,3 ± 6,2 anos; experiência como treinador: 9,1 ± 5,0 anos), dos quais 57,9% (n=22) treinaram atletas que competiram em nível internacional e 55,3% (n=21) alcançaram pódio também em nível internacional. Utilizou-se como instrumento um questionário (aplicado via Google Forms), submetido previamente à devida validação de conteúdo (coeficiente de validação de conteúdo total CVCt = 0,95; IC 95%=0,92-0,95). RESULTADOS: A maioria dos participantes utiliza os seguintes critérios para a escolha dos exercícios do programa de treinos: características dos atletas (n=29, 76,3%); conhecimento prévio e experiência (n=24, 63,2%). Quanto à organização das cargas, a periodização em blocos foi a mais citada (n=18, 47,4%), entretanto, 21,1% (n=8) utiliza apenas a própria experiência como treinador. Com o objetivo de conseguir transferir as adaptações da preparação física para o combate, 81,6% (n=31) dos treinadores utilizam análises técnico/táticas e 60,5% (n=23) utilizam análises de tempo/movimento para planejar seus programas. Força explosiva (n=16, 42,1%), resistência de força (n=14, 36,8%) e capacidade anaeróbia (n=14, 36,8%) foram apontadas como capacidades essenciais à modalidade. O treinamento tradicional, com máquinas e pesos livres, e a pliometria são os tipos de treinamento mais utilizados para desenvolver força e potência, treinamentos intervalados com movimentação específica, para desenvolver capacidades aeróbia e anaeróbia, alongamento dinâmico para flexibilidade, exercícios unipodais/unilaterais para propriocepção e movimentações específicas de BJJ para velocidade. Estratégias de monitoramento de cargas são utilizadas por 78,9% (n=30) dos participantes para realizar ajustes na prescrição, com variações na frequência dos ajustes. A principal estratégia de monitoramento é a utilização de escalas de percepção subjetiva de esforço - PSE (n=24, 63,2%). CONCLUSÃO: Os treinadores participantes do estudo se baseiam, prioritariamente, nas próprias
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características dos atletas para estruturar a prescrição, utilizando seu conhecimento prévio e experiência como treinador. Competições alvo são utilizadas como base para o planejamento, entretanto, em virtude do complexo calendário de competições da modalidade, não foi observado um modelo específico de periodização que seja utilizado pela maioria absoluta dos treinadores. Ainda que forneçam informações tão relevantes quanto as análises técnico-táticas, as análises de tempo/movimento são menos utilizadas como fonte de informação e desconhecidas por uma parcela dos participantes, o que pode impactar na prescrição, especificamente por desconsiderar relações de esforço/pausa e alternância de blocos de alta/baixa intensidade que guardem proximidade com o que é observado nas lutas. A PSE foi a ferramenta de monitoramento mais citada pelos treinadores, entretanto, novos estudos investigando a utilização dessa variável como ferramenta de monitoramento são necessários em virtude da observação de resultados divergentes na modalidade.
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EDER JACKSON BEZERRA DE ALMEIDA FILHO
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ASSOCIAÇÃO ENTRE O ÂNGULO DE FASE E O DANO MUSCULAR INDUZIDO PELO EXERCÍCIO FÍSICO EM ATLETAS DE FUTEBOL
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Data: 14/12/2021
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Hora: 15:00
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RESUMO
Introdução: Monitorar o dano muscular induzido pelo exercício (DMIE) é necessário
para auxiliar no controle das cargas de treino do atleta. Porém, as principais
ferramentas que avaliam o DMIE são invasivas, dispendiosas ou subjetivas.
Enquanto isso, na literatura um marcador biofísico derivado da bioimpedância, o
ângulo de fase (AF), vem sendo utilizado para verificar a integridade da membrana
celular, sendo ele associado ao prognóstico de pacientes com câncer, a lesões
musculares e a melhoria do desempenho físico. Sendo o ângulo de fase capaz de
diagnosticar o estado da membrana celular e atletas apresentarem
comprometimento da integridade da membrana celular devido ao DMIE é plausível
que o AF seja capaz de detectar DMIE. Objetivo: Verificar se o ângulo de fase é
capaz de detectar o dano muscular induzido por uma sessão de exercício físico, em
atletas de futebol. Métodos: Participaram do estudo, nove atletas de futebol do sexo
masculino sub 20 que foram submetidos a uma sessão de treino resistido. Antes,
imediatamente e 24h após a sessão de treino, realizaram análise por bioimpedância,
coleta sanguínea (para análise de creatina quinase (CK)) e teste de desempenho
(salto com contramovimento (SCM)), além de uma escala de dor antes e 24h após a
sessão de treino. Como tratamento estatístico, foram realizados os testes de ANOVA
para medidas repetidas e correlação de Pearson. Resultados: A creatina quinase
(CK) aumentou 24h após a sessão de treino (349,67±162,91; 841,67±481,81,
p<0,010), a altura do SCM reduziu imediatamente (37,64±4,18; 33,84±3,74;
p<0,001) e 24h pós treino (34,98±3,93; p<0,010) e a dor aumentou 24h após a
sessão de treino (3,79±2,81; 5,32±2,78; p<0,050). O AF não apresentou alteração
significativa em nenhum dos momentos. Porém, a variação percentual do AF
apresentou correlação positiva com a perda de desempenho no teste de SCM 24h
após a sessão de treino (r=0,805). Conclusão: O AF é capaz de detectar o DMIE
em atletas de futebol.
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EDSON MENESES DA SILVA FILHO
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Efeitos da Neuromodulação do Córtex Insular Sobre a Função Cardiovascular em Hipertensos Submetidos ao Exercício Aeróbio: um ensaio clínico controlado e randomizado.
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Data: 14/12/2021
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Hora: 09:00
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Introdução: Diversas estratégias não farmacológicas têm sido empregadas para gerenciar a
pressão arterial (PA) em individuos hipertensos. O exercício físico é uma terapia que diminui a
PA através da redução da hiperatividade simpática e a disfunção vascular. A estimulação
transcraniana por corrente contínua (ETCC) é uma técnica não invasiva e segura que tem sido
utilizada para tratar diversas condições clínicas, entretanto sua eficácia para potenciar os efeitos
do exercício físico sobre a hipertensos ainda não foi testada. Objetivo: Avaliar se a ETCC pode
potencializar os efeitos do exercício físico sobre a PA e modulação autonômica cardíaca em
indivíduos com hipertensão arterial. Métodos: Ensaio clínico controlado e randomizado que
incluiu indivíduos com hipertensão arterial (pressão arterial sistólica >120 <180 mmHg e/ou
diastólica >80 <120 mmHg), os quais foram randomizados para o Grupo ETCC ativo +
exercício aeróbio ou Grupo ETCC sham + exercício aeróbio. A ETCC foi aplicada através de
corrente contínua com intensidade de 2mA por 20 minutos, logo após foi realizada a sessão de
treinamento aeróbio durante 40 minutos. Previamente ao protocolo experimental, os
hipertensos realizaram exames bioquímicos, monitorização da PA por 24h, variabilidade da
frequência cardíaca, teste ergométrico e medidas antropométricas. Ao fim da primeira e décima
segunda sessões a PA e variabilidade da frequência cardíaca foram coletadas novamente.
Resultados: Artigo 1: A PAS durante o sono foi estatisticamente menor no grupo ETCC ativo
após a intervenção (p = 0.03). Nenhuma diferença estatística foi encontrada para a PAD durante
o sono (p = 0.08). A PAD após 3 horas da intervenção demonstrou um significante decréscimo
no grupo ETCC ativo (DM: -7.19; p = 0.01). Além disso, na análise intragrupo ocorreu uma
diminuição da PAS após 3 horas da intervenção, somente no grupo ETCC ativo (p = 0.04). Não
ocorreu redução significante na PA durante a vigília e 24 horas no grupo ETCC ativo. Nenhuma
diferença entre os grupos foi detectada sobre a variabilidade da frequência cardíaca. Artigo 2:
A ETCC não foi capaz de potencializar os efeitos do exercício físico sobre a PA sistólica e
diastólica e a variabilidade da frequência cardíaca após as 12 sessões. Conclusão: A ETCC
potencializou os efeitos do exercício físico de forma aguda no sono e nas primeiras 3 horas após
a sessão, entretanto após 12 sessões nenhuma diferença foi detectada.
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ARTHUR OLIVEIRA BARBOSA
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Períodos do dia em exposição a doses de atividade física moderada a vigorosa e indicadores do perfil lipídico em adolescentes: um estudo longitudinal
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Data: 09/12/2021
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Hora: 09:00
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Autor: Arthur Oliveira Barbosa
Orientador: José Cazuza de Farias Júnior
RESUMO
A associação da atividade física (AF) praticada em condições de vida real com indicadores do
perfil lipídico em adolescentes tem se mostrado nula ou inconsistente. Isso pode ser decorrente
da ênfase na análise do volume total de atividade física de intensidade moderada a vigorosa
(AFMV), desconsiderando as diferentes formas que adolescentes podem estar expostos à
prática durante o dia. Desse modo, os objetivos deste estudo foram: a) revisar sistematicamente
a literatura a respeito da associação entre indicadores de atividade física e do perfil lipídico em
adolescentes; e b) analisar a associação entre a quantidade de períodos do dia em exposição a
diferentes doses de AFMV e indicadores do perfil lipídico em adolescentes. Para o primeiro
objetivo, realizaram-se buscas sistematizadas nas bases de dados: Scopus, Web of Science,
PubMed, SciELO e LILACS, em língua inglesa, espanhola e portuguesa, do período de janeiro
de 2008 a maio de 2021. No segundo, foi realizado um estudo original com delineamento
observacional longitudinal, com quatro anos de seguimento e três pontos de coleta de dados,
conduzido com adolescentes de escolas públicas do município de João Pessoa, Paraíba (10 a 13
anos, média 11,6 ± 0,7, 53,5% do sexo feminino, em 2014). O tempo em AFMV e
comportamento sedentário (CS) foi mensurado por acelerômetros GT3X+ (ActiGraph). A
operacionalização dos períodos de exposição a doses de AFMV foi definida conforme segue:
determinação do tempo médio diário de AFMV para cada período do dia manhã (06:00 às
11:59), tarde (12:00 às 17:59) e noite (18:00 às 23:59); categorização do tempo médio de
AFMV em cada período do dia em pratica (Sim = 1) ou não pratica (Não = 0) doses de ≥5, ≥10
ou ≥15 minutos; e somatório das doses e recategorização em exposto a 0, 1 ou ≥2 períodos do
dia a doses de ≥5, ≥10 ou ≥15 minutos AFMV. Os indicadores do perfil lipídico foram:
colesterol total (CT), triglicerídeos (TG), lipoproteínas de alta densidade (HDL-c) e de baixa
densidade (LDL-c), não-HDL-c, razão CT/HDL e TG/HDL. O modelo de Equações de
Estimativas Generalizadas foi utilizado para analisar a associação entre a quantidade de
períodos do dia em exposição a diferentes doses de AFMV e indicadores do perfil lipídico em
adolescentes, ajustados por sexo, idade, classe econômica, cor da pele, horas de sono, ingestão
de gordura saturada e fibras, índice de massa corporal, tempo em CS e os valores de base do
indicador do perfil lipídico analisado. Nos resultados da revisão sistemática, foram incluídos
79 estudos, 45,6% classificada com qualidade metodológica moderada e 87,3% eram
transversais. Houve associação inversa do número de passos com CT; positiva da AF no lazer
e atender as recomendações de AF com HDL-c nos estudos transversais. Nos longitudinais,
observou-se uma associação positiva entre o tempo de AFMV e HDL-c. No estudo original,
maior quantidade de períodos do dia expostos a doses de ≥5 minutos de AFMV foi
inversamente associado ao CT, não-HDL-c e TG/HDL-c e a doses de ≥10 e ≥15 minutos a
todos os indicadores do perfil lipídico, exceto ao HDL-c. Conclui-se que, que adolescentes mais
ativos tendem a apresentar melhores valores de perfil lipídico e que este benefício se estende
aqueles que praticam AFMV, mesmo que seja a partir de doses de baixa duração.
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JOÃO PAULO SILVA PINTO
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A EFICÁCIA DO FORTALECIMENTO MUSCULAR DOS ABDUTORES E ROTADORES LATERAIS DO QUADRIL EM INDIVÍDUOS SEDENTÁRIOS COM SÍNDROME DA DOR FEMOROPATELAR: UMA REVISÃO
SISTEMÁTICA
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Data: 27/10/2021
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Hora: 16:00
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Objetivo: o objetivo do presente estudo foi revisar e sistematizar estudos sobre
a eficácia de protocolos de fortalecimento muscular (FTM) dos abdutores
(ABDT) e rotadores laterais (RL) do quadril associado ao FTM dos músculos do
joelho, comparado aos protocolos de FTM dos músculos do joelho e quadril de
forma isolada, em indivíduos sedentários com (SDFP). Método: As seguintes
bases de dados foram pesquisadas: Pubmed; Cochrane Central Register Of
Controlled Trials; Sciverse Scopus e Physiotherapy Evidence Databases
(PEDro), além da busca manual obtida por meio das referências bibliográficas
de outros estudos, usando as seguintes palavras-chave: [(patellofemoral pain
syndrome OR patellofemoral pain OR Patellofemoral OR anterior knee pain
syndrome OR anterior knee pain syndromes OR patellofemoral pains) AND
(resistance training OR strength training OR strengthening muscle OR
strengthening OR strengthening muscles OR) AND (randomized clinical trials
OR clinical trials OR randomized controlled clinical trials OR controlled clinical
trials)]. Dois pesquisadores, de forma independente e cega, selecionaram os
estudos com base nos critérios de inclusão e exclusão e as discordânicias
entre eles foram resolvidas por um terceiro avaliador. A busca eletrônica e
manual selecionou: 499 artigos publicados. A qualidade do estudo e do relato
foram avaliados utilizando a Tool for the assEssment of Study qualiTy and
reporting in EXercise (TESTEX), e após a triagem, apenas 10 estudos foram
selecionados. A concordância inter-avaliadores foi realizada, para cada ponto
na escala TESTEX (15 no total), separadamente, usando o coeficiente Kappa
(K), proposto por Cohen, com base na seguinte fórmula: K = (PO - PC) / (1 -
PC), onde PO é o número das concordâncias observadas e PC é o número de
concordâncias esperadas, por chance.Os dados foram analisados no Statistical
Package for the Social Science (SPSS 23.0), após a verificação de
normalidade (Shapiro Wilks test), considerando um nível de significância de P
≤ 0,05. Resultados: Após a avaliação da qualidade metodológica foi realizado
o Alfa de Conbrach para analisar a concordância entre os escores dos
avaliadores obtendo-se assim, um ICC=0,917 (P<0,001) para a qualidade do
estudo, um ICC=0,804 (P<0,012) para o relato do estudo e um ICC=0,965
(P<0,001) no escore total, mostrando, em todos os domínios analisados,
concordância quase perfeita entre os 2 avaliadores.Conclusão: Esta revisão
sistemática forneceu evidências de que a maioria dos estudos de
fortalecimento muscular dos abdutores e rotadores laterais do quadril foi mais
eficaz na diminuição da dor e melhora da função do joelho quando comparado
a protocolos que utilizaram, apenas, exercícios para joelho, em indivíduos
sedentários com SDFP. No entanto, com relação a força muscular (FM),
apenas 4 estudos apresentaram melhoras significantes, sendo que 1 deles, foi
comparado a um grupo sem intervenção.
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WAGNER KAYSE ANDRADE SANTOS
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CARACTERIZAÇÃO DO TREINAMENTO DE FORÇA DE CORREDORES DE RUA RECREACIONAIS DE TODAS AS CAPITAIS DO NORDESTE DO BRASIL
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Data: 22/10/2021
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Hora: 15:00
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RESUMO
INTRODUÇÃO: A corrida de rua tem aumentado progressivamente a sua popularidade nas últimas décadas, inclusive entre praticantes recreacionais. Os cientistas do esporte apontam que o treinamento de força (TF) é uma estratégia eficaz para diminuição da incidência de lesões e melhoria de parâmetros de desempenho em corredores de média e longa distância. OBJETIVO: Examinar a presença do treinamento de força na prática dos corredores recreacionais, compreendendo suas caracteristicas e a percepção desses corredores sobre a importância para o desempenho MÉTODOS: Uma amostra de 801 corredores recreacionais, sexo masculino (n= 493) e feminino (n=308), idade entre 18 e 73 anos (M= 39,05 ± 9,63); peso (74,53 ± 13,64 Kg); estatura (170 ± 0,91 cm) IMC (M=25,31 ± 3,67 kg/m2), residentes das 9 capitais do nordeste do Brasil responderam perguntas sobre seus hábitos de treinamento, o meio utilizado foi um questionário estruturado com validação de conteúdo efetuada. O teste estatístico utilizado foi o Qui-quadrado de independência para verificar possíveis associações entre as variáveis categoricas. Quatro níveis distintos de desempenho foram determinados usando quartil ajustado pelo sexo, idade e melhor tempo realizado nas distâncias de 5km e 10km. RESULTADOS: Nesse estudo 78,0% (n=625) realiza algum tipo de treinamento de força, 49,4%(n=310) realizam entre 3 e 4 sessões de treinamento de força por semana e a maioria 62,8% (n=394) inclui o treinamento de força em dias alternados ao treino de corrida. Diferença estatisticamente significativa foi encontrada apenas para a prevalência de corredores do gênero masculino que inclui o TF em sua rotina de treino, (82,7% no 2º quartil vs. 52,6% no 4º quartil). Quanto a importância atribuída ao TF, a grande maioria 537 (85%) dos corredores consideram o treinamento de força muito importante para a melhora do desempenho, no entanto, sem significância estatística (p = 0,072) quando comparado entre os gêneros. CONCLUSÃO: Os resultados demonstram que a grande maioria dos corredores inclui algum tipo de TF, a maior prevalência foi observada entre os homens, principalmente aqueles de maior nível de desempenho, com destaque para a realização da musculação como forma de treinamento. Esses resultados podem ser usados pelos treinadores, para esclarecer o envolvimento de corredores com diferentes tipos de TF em diferentes níveis de desempenho.
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IALLY RAYSSA DIAS MOURA
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TIPOS E FONTES DE APOIO SOCIAL E PRÁTICAS DE ATIVIDADE FÍSICA EM ADOLESCENTES: UMA ANÁLISE LONGITUDINAL
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Data: 15/10/2021
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Hora: 09:00
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Tipos e fontes de apoio social e práticas de atividade física dos adolescentes: uma análise longitudinal
Autora: Ially Rayssa Dias Moura
Orientador: Dr. José Cazuza de Farias Júnior
O apoio social (AS) para a prática de atividade física (AF) pode ser fornecido por diferentes fontes (pai, mãe e amigos) e tipos de AS (emocional, instrumental e informacional), e tem sido associado a maiores níveis de prática em adolescentes. Entretanto, grande parte dos estudos são transversais, consideraram o escore total de AS dos pais (AS pai e mãe agrupados), e o tempo total de AF, por domínios ou suas combinações. Nesta perspectiva, o objetivo desse estudo foi analisar longitudinalmente a relação dos tipos de AS fornecidos por diferentes fontes com grupos de práticas de AF em adolescentes de João Pessoa, Paraíba. Trata-se de um estudo observacional, utilizando dados de 330 adolescentes do LONCAAFS (Estudo Longitudinal sobre Comportamento Sedentário, Atividade Física, Hábitos Alimentares e Saúde de Adolescentes), realizado de 2014 a 2017, em escolas públicas. Aplicou-se um questionário por meio de entrevista face a face para mensurar as variáveis sociodemográficas (sexo, idade, escolaridade da mãe, classe econômica, turno de aula, AS, AF) e realizado medidas de estatura e massa corporal para determinar o índice de massa corporal. O AS (escore) foi mensurado por uma escala com 5 itens para cada fonte de AS (pai, mãe e amigos), agrupando-os em apoio emocional (AE incentivar, assistir e comentar) e instrumental (AI praticar junto e transportar/convidar). Foram criados escores de AF (minutos/semana), agrupando-as em esportes (EP), exercícios físicos (EF), atividades recreativas (AR) e deslocamento ativo (DA). Utilizou-se a análise de Equações por Estimativas Generalizadas (GEE) para associar os tipos de AS fornecidos por diferentes fontes com os grupos de AF, e para testar interação do sexo e idade com os tipos de AS foram criados termos de interação. Todas as análises foram realizadas no software Stata 16.0 e o nível de significância adotado foi p < 0,05. O AE e AI fornecidos pelo pai e amigos associaram-se positiva e significativamente a prática de EP, EF e AR, e fornecidos pela mãe, a todas as práticas. O AI teve maior magnitude de associação em todas as fontes e práticas de AF, exceto no apoio da mãe para as AR. Os adolescentes que recebiam AI do pai e dos amigos influenciaram mais, respectivamente, o tempo de prática de EP e AR, e quando recebiam AI da mãe, o tempo de prática dos EF e DA. Conclui-se que, adolescentes que recebem maiores níveis de AE ou AI dos pais e amigos contribui para um aumento no tempo das práticas de AF, sobretudo aquelas realizadas no lazer.
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ALCIDES PRAZERES FILHO
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PRÁTICA DE ATIVIDADE FÍSICA E PRESSÃO ARTERIAL EM ADOLESCENTES: UMA ANÁLISE LONGITUDINAL
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Data: 30/09/2021
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Hora: 09:00
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PRÁTICA DE ATIVIDADE FÍSICA E PRESSÃO ARTERIAL EM ADOLESCENTES: UMA ANÁLISE LONGITUDINAL
Autor: Alcides Prazeres Filho
Orientador: José Cazuza de Farias Júnior
A relação do tempo de prática de atividade física de intensidade moderada a vigorosa com a pressão arterial em adolescentes ainda permanece inconclusiva, sobretudo ao considerar a forma de acúmulo deste tempo (tempos total e em bouts), a relação dose-resposta e o possível papel moderador do estado nutricional, que é um dos principais fatores de risco para elevação da pressão arterial. O objetivo deste estudo foi de analisar a influência dos tempos total e em bouts de prática de atividade física moderada (AFM), vigorosa (AFMV) e moderada a vigorosa (AFMV) e a realização de doses de AFMV, sobre a pressão arterial de adolescentes. Trata-se de um estudo longitudinal observacional, que utilizou dados de 138 adolescentes (53,6% feminino), de 10 a 13 anos de idade no ano base, submetidos ao uso de acelerômetro nos quatro anos de coleta (2014 a 2017) do Estudo LONCAAFS Estudo Longitudinal sobre Comportamento Sedentário, Atividade Física, Alimentação e Saúde dos Adolescentes. As AFM, AFV e AFMV foram mensuradas por acelerômetro da Actigraph. Foram somados os tempos total e em bouts <5, <10, >5 e >10 minutos de cada intensidade de AF (minutos/dia). Além disso, foram criadas doses de AFMV (>15 e >30 minutos/dia) dos tempos total e em bouts, classificando os adolescentes em dois grupos: os que atendiam à dose de AFMV (>15 ou >30 minutos/dia) em dois ou mais anos vs. os que não atendiam ou atendiam em menos de dois anos. A pressão arterial sistólica (PAS) e a diastólica (PAD) foram mensuradas por monitor automático de marca Omron HEM 7200. A análise de Equações de Estimativas Generalizadas (GEE) foi usada para associar os indicadores de prática de AF com a PAS e PAD, considerando o estado nutricional como moderador. Os tempos total e em bouts <5 e <10 minutos de AFM e em bouts <5 e <10 minutos de AFMV foram associados a valores médios mais baixos de PAS e PAD, nos adolescentes do sexo feminino. Nos adolescentes com sobrepeso/obesidade, os tempos de AFM, AFV e AFMV acumulados em bouts <5 e <10 minutos se associaram de forma inversa à PAS e PAD e o tempo de AFV em bouts > 5 minutos à PAD. A exposição a doses >15 minutos/dia de AFMV em dois ou mais anos, foi associada a menores valores de PAS e PAD. Não foram observadas interações significativas (p>0,05) das doses de AFMV com sexo e estado nutricional. Os achados deste estudo indicaram que há uma relação inversa entre a prática de AF e PA em adolescente e que os adolescentes do sexo feminino e os com sobrepeso/obesidade que acumulavam o tempo de prática, mesmo que em bouts abaixo de 10 minutos e os adolescentes que se mantinham ativos ao longo dos anos em doses de pelo menos 15 minutos por dia de AFMV, tenderam a apresentar valores médios mais baixos de PA.
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DIEGO TRINDADE LOPES
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A PARTICIPAÇÃO DE ATLETAS TRANS NO VOLEIBOL: ANALISANDO OS DISCURSOS DE TÉCNICOS E ATLETAS.
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Data: 30/09/2021
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Hora: 09:00
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Resumo
A presença de pessoas transexuais em competições esportivas ainda causa estranheza e vem despertando o interesse de diferentes áreas, muito se fala sobre a temática, mas ainda há uma escassez significativa de estudos que possam embasar cientificamente esses discursos. Na tentativa de ampliar a discussão e o número de estudos na área, a presente pesquisa tem como objetivo compreender os argumentos utilizados por técnicos; atletas cisgênero e transexuais de voleibol para legitimar ou deslegitimar a participação de atletas transexuais em competições esportivas da modalidade. Esta pesquisa é de natureza qualitativa, de campo e descritiva. Participaram da pesquisa 12 pessoas, sendo 4 atletas trans; 5 atletas cisgêneras e 3 técnicos esportivos, que foram selecionados através da referência em cadeia. A fim de levantar elementos de análise para o estudo, utilizamos a entrevista do tipo semiestruturada. A análise foi baseada na análise de discurso de Foucault com o intuito de entender como as práticas de poder se ligam aos discursos com o propósito de produzir efeitos de verdade. A presente investigação conduziu a construção de dois artigos originais. O primeiro tem como objetivo analisar a experiência de atletas trans em competições esportivas da modalidade. Os resultados revelaram que há inclusão e exclusão dentro da categoria de acordo com a competição; da mesma forma, há discrepância no modo que as atletas foram tratadas nas competições, havendo casos de inclusão; de transfobia e de assujeitamentos; a testosterona é utilizada como argumento central para buscar justificar os discursos de legitimação e deslegitimação. O segundo artigo teve como objetivo compreender o posicionamento de técnicos e atletas cisgênero de voleibol sobre a participação de pessoas transexuais em competições esportivas. Os resultados apontam que não há um consenso entre os técnicos e atletas entrevistados sobre o tema abordado; havendo posicionamentos favoráveis apoiados nos estudos científicos e nos aspectos sociais do esporte, e posicionamentos contrários baseados em aspectos biológicos.
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FABIO THIAGO MACIEL DA SILVA
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CONTROLE NEUROVASCULAR E MODULAÇÃO AUTONÔMICA CARDÍACA EM ADOLESCENTES INSUFICIENTEMENTE ATIVOS: UM ESTUDO EXPLORATÓRIO
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Data: 20/09/2021
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Hora: 13:00
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A disfunção endotelial e autonômica vem sendo observadas em adolescentes com níveis insuficientes de atividade física, com isso, o objetivo desse estudo foi de avaliar o controle neurovascular e a modulação autonômica cardíaca em adolescentes insuficientemente ativos. A pesquisa foi de cunho quantitativo, exploratório e correlacional. A amostra foi composta por 26 adolescentes (10 meninos e 16 meninas), com idade média de 16,4 ± 0,2 anos, eutróficos, saudáveis e classificados como insuficientemente ativos. Inicialmente os adolescentes preencheram uma ficha de anamnese e Questionário Internacional de Atividade Física (IPAQ) versão curta. Em seguida, os participantes realizaram as avaliações hemodinâmicas, antropométricas, coletas sanguíneas, eletrocardiograma e a pletismografia de oclusão venosa. Para análise estatística foi considerado um nível de significância p<0,05. Em relação aos resultados pode-se observar que os valores do fluxo sanguíneo no antebraço (FSA) e condutância vascular (CV) no basal foram semelhantes ao da manobra de exercício isométrico de preensão manual (handgrip) (p=0,145 e p=1,000, respectivamente), enquanto a pressão arterial média (PAM) apresentou valores significativamente maiores durante o handgrip (p<0,001). Na comparação do momento basal com a hiperemia, observou-se valores significativamente menores do FSA (p=0,038) e CV (p<0,001). Foram observadas correlações significativas de sentido inverso entre a idade e a CV durante o handgrip e na hiperemia reativa (p=0,010 e p=0,039, respectivamente). Os resultados apresentaram correlações positivas e significativas entre as variáveis FSA (p=0,027), CV (p=0,011) na hiperemia reativa e a da CV durante o handgrip (p=0,023), com a quantidade de dias de atividades moderadas. Demonstrou-se correlações significativas de sentido inverso do FSA e da CV durante o handgrip com o colesterol total (p=0,009 e p=0,050, respectivamente) e do LDL-colesterol com o FSA (p=0,009) e com a CV (p=0,036) durante o handgrip. Em relação a modulação autonômica, observou-se valores de 1,0 ± 0,0 para razão entre SDNN/RMSSD e 0,96 ± 0,1 para o LF/HF. Os resultados apresentaram correlações positivas e significativas entre as variáveis SDNN, RMSSD, NN50, pNN50 e a quantidade de dias de atividades vigorosas (p=0,048; p=0,042; p=0,027; p=0,026, respectivamente). Observou-se uma correlação positiva e significativa com HFms² (p=0,015), inversa com o componente normalizado LF (p=0,047) e LF/HF (p=0,047) com a quantidade de dias de atividades vigorosas. Nas
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correlações com os parâmetros hemodinâmicos observou-se que o componente normalizado LF apresentou correlação significativa com a PAS (p=0,041), com a PAD (p=0,006) e a PAM (p=0,002). Em relação ao componente normalizado HF, também foram observadas correlações significativas, porém de sentido inversos, entre a PAS (p=0,041), a PAD (p=0,006) e PAM (p=0,002). O balanço simpatovagal (LF/HF) apresentou correlação significativa com a PAM (p=0,005). Nas comparações dos componentes da VFC, de acordo com os grupos categorizados, observou-se uma diferença significativa no componente HF ms², no qual o grupo 1 apresentou valores significativamente menores do que o grupo 2 (p=0,015) e 3 (p=0,021). Portanto, sugere-se que adolescentes insuficientemente ativos apresentaram uma resposta vasodilatadora comprometida e uma predominância vagal autonômica e que níveis maiores de atividade física moderada e vigorosa podem contribuir para melhores valores dos parâmetros de função vascular e de modulação autonômica.
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ANA DENISE DE SOUZA ANDRADE
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VALIDADE E ACURÁCIA DE EQUAÇÕES GENERALIZADAS PARA ESTIMAR A CARGA DE UMA REPETIÇÃO MÁXIMA NO AGACHAMENTO COM PESOS LIVRES DE HOMENS E MULHERES
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Data: 10/08/2021
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Hora: 09:00
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O objetivo do estudo foi determinar a acurácia das equações generalizadas para
estimar a carga de 1 RM no agachamento com pesos livres de homens e mulheres.
Participaram do estudo 21 homens (24,45 ± 4,35 anos; 1,77 ± 0,07 metros; 80,26 ±
8,35 kg; tempo de prática: 3,40 ± 3,10 anos) e 21 mulheres (25,22 ± 3,06 anos; 1,64
± 0,05 metros; 64,27 ± 7,49 kg; tempo de prática: 3,49 ± 2,32 anos). O estudo ocorreu
em 2 dias, com intervalo de ~72h. A familiarização com o exercício agachamento com
pesos livres ocorreu no 1° dia e, no segundo dia, foi realizado o teste incremental no
exercício proposto. A velocidade propulsiva média (VPM) foi mensurada durante o
teste. A predição de 1RM foi realizada por meio de equações generalizadas: geral (a
partir da amostra do estudo) e proposta por Pareja-Blanco et al., a partir das VPM
relativas a ~50% e ~80% de 1RM. Os dados foram analisados por meio da estatística
descritiva. A relação carga-velocidade foi testada por meio da regressão linear (L) e
polinomial (P). As diferenças entre sexos foram avaliadas por meio do teste t e
tamanho do efeito e, para comparar o 1RM real e os valores preditos, utilizou-se
ANOVA de medidas repetidas e post hoc de Bonferroni. O nível de concordância entre
o 1RM real e predito foi testado por meio do coeficiente de correlação intra-classe
(CCI) e diagrama de Bland-Altiman. Foram identificados bons ajustes na relação
carga-velocidade de homens (L: R² = 0,9628; EPE = 0,0553 m/s; P: R² = 0,9630; EPE
= 0,0553 m/s) e mulheres (linear: R² = 0,9327; EPE = 0,0595 m/s; R² = 0,9328; EPE
= 0,0595 m/s). Os homens imprimiram maior velocidade de deslocamento da barra
em cargas relativas ≤ 90% de 1RM em comparação às mulheres (p = 0,005 0,03;
TE = 0,67 1,07). Não houve diferença significativa entre o 1RM real e predito por
equações gerais (50% e 80%), independente do modelo de regressão utilizado.
Contudo, houve diferença significante (p < 0,001) para o 1RM predito pela equação
de Pareja-Blanco. Houve concordância e baixo viés (<5%) de predição a partir das
equações gerais lineares, utilizando a VPM relativa à ~80% de 1RM. Os resultados
indicam que as relações carga-velocidade do presente estudo são sexo-dependente
e podem ser utilizadas para a prescrição da intensidade do exercício no agachamento
com pesos livres.
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SAMARA QUEIROZ DO NASCIMENTO FLORÊNCIO
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CONFIGURAÇÕES DOCENTES: BEM-ESTAR NA DOCÊNCIA EM EDUCAÇÃO FÍSICA
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Data: 27/07/2021
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Hora: 14:00
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RESUMONossa pesquisa reconhece que o cenário educacionalé desfavorável ao trabalho do professor e ao aumento do número de profissionaisdessa área que adoecem, por isso a necessidade deampliaras discussõessobre o bem-estar docente. Para abordar esse assunto, partimos daseguinte indagação: Quais relações podem ser estabelecidas entre os modosde praticar adocênciae as experiências de bem-estar nas situações educativas? Nessa perspectiva, oobjetivo da pesquisa foi de desvelar as diferentes configurações do professor de Educação Física na situação educativa e suas relações com o bem-estar. Ancoramos nosso olhar metodológico na fenomenologia existencial eevocamos comosujeitos da pesquisa trêsprofessores colaboradoresde Educação Física que lecionam no Ensino Fundamental II da Rede Municipal de Ensino de João Pessoa-PB e 355 alunos em situação de aula. Para produção dos dados, utilizamos a técnica da observação nãoparticipante, além de umroteiro de observação, do caderno de campo,registros imagéticos (fotografia e filmagem das aulas), a narrativaautobiográficae questionárioscom roteiro de questões abertas.Nabusca por desvelar a atmosfera a configuração docentena situação de movimento-recorremos à Semióticaescrituralda Pedagogia da Corporeidade, em sua esfera analítica.Nossas análises indicaram que uma ambiência de bem-estar é construída na interação coletiva dos docentes e dos alunos, do conhecimento abordado e do meio em que se vivencia o processo. Temos evidenciado que, embora não seja o docente o único responsável porpromoverbem-estar, sua corporeidade, observadospelas enunciaçõesgestuais, posturais e espaciais, são influenciadores significativosnaprodução e promoção de zonas de bem-estar.As zonas de corporeidadeem que mais se produziubem-estar estiveram associadas aestados deconfigurações docentes mais incentivadores, primorosos, comunicativos, gestualmente dialógicos, amorosos, brincantes, alegres, cuidadosos, criativosedesbravadoresconfluindo parauma configuração docente salutar.Quanto menos envolvimento e modulações de bem-estar dos professores, menosinteraçãoe bem-estar foram percebidos nos alunos na zona comunicativa, e quanto mais envolvimento e suporte afetivo docente na zona de corporeidade, mais participação dos alunos e mais situações de movimento comconfigurações de bem-estar.
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ROMULO LEAL ALMEIDA
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AVALIAÇÃO DA DEFORMAÇÃO MIOCÁRDICA EM REPOUSO E DURANTE O EXERCÍCIO EM PACIENTES HIPERTENSOS SEM HIPERTROFIADO VENTRÍCULO ESQUERDO
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Data: 27/07/2021
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Hora: 10:00
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RESUMO
Introdução: a hipertensão arterial sistêmica possui alta prevalência e baixas
taxas de controle, sendo responsável por alterações funcionais e estruturais
em diversos órgãos, entre eles o coração. A ecocardiografia com speckle
tracking permite a análise da dinâmica de contração ventricular, possibilitando
a detecção precoce da disfunção miocárdica.
Objetivos: avaliar o grau de deformação miocárdica no repouso e no pico do
exercício aeróbio em pacientes hipertensos sem hipertrofia ventricular
esquerda e comparar estes parâmetros com controles saudáveis.
Métodos: trata-se de um estudo observacional com corte transversal, que foi
realizado no período de outubro de 2020 a maio de 2021, em pacientes com
diagnóstico de hipertensão arterial, com fração de ejeção preservada, sem
hipertrofia do ventrículo esquerdo e de ambos os sexos (grupo hipertenso).
Indivíduos saudáveis (grupo controle) com características semelhantes aos
hipertensos foram incluídos no estudo. Os voluntários foram submetidos a
avaliação da deformação miocárdica pela medida do strain longitudinal global
(GLS), no repouso e no pico do estresse durante o teste de esforço máximo. A
normalidade e a homocedasticidade foram avaliadas pelos testes de Shapiro-
Wilk e Levene, respectivamente. Os testes t ou U Mann Whitney, ANOVA de
um fator e o teste de correlação de Spearman foram empregados e o nível de
significância aceito foi de p < 0,05. O d de Cohen foi utilizado para avaliar o
tamanho do efeito relatado a variação da deformação miocardica entre os
grupos.
Resultados: foram avaliados 20 voluntários, pareados por sexo, idade, índice
de massa corporal e parâmetros ecocardiográficos. O grupo de hipertensos
apresentou maior PAS (137,3 ± 10,5 mmHg vs 122,3 ± 9,3 mmHg, p = 0,01) e
PAM (104,0 ± 9,2 mmHg vs 94,1 ± 5,4 mmHg, p = 0,03) em comparação com o
grupo controle. As demais características e parâmetros hemodinâmicos de
repouso e ao teste ergométrico foram similares entre os grupos (p>0,05 para
todas as comparações). Na análise do GLS, não houveram diferenças
significantes nos hipertensos em relação ao controle, quer seja no GLS basal
(18,5 ± 1,9 vs 18,0 ± 1,6%, respectivamente; p = 0,48) ou durante o GLS pico
(21,0 ± 1,4 vs 22,0 ± 2,8%, respectivamente; p = 0,39). Na análise intragrupo
entre o GLS basal vs pico, verifica-se diferença estatística no grupo de
hipertensos (18,5 ± 1,9 vs 21,0 ± 1,4%, p=0,003) e no grupo controle (18,0 ±
1,6 vs 22,0 ± 2,8%, p=0,001).
Conclusão: hipertensos com pressão arterial controlada, sem remodelamento
cardíaco e fração de ejeção preservada apresenta similar GLS em comparação
aos voluntários controles. Contudo, os hipertensos têm menos variação clínica
da contratilidade sistólica do ventrículo esquerdo ao estresse físico.
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TAIS FEITOSA DA SILVA
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Relações entre atividade física, habilidades motoras fundamentais, aptidão física e status de peso corporal em pré-escolares
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Data: 26/07/2021
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Hora: 14:00
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Introdução: a prática de atividade física (AF) deve ser estimulada para crianças
desde a idade pré-escolar, no entanto grande parte das crianças não alcança
essas recomendações, podendo gerar prejuízos para a saúde. Modelos teóricos
hipotetizam a relação entre AF e Habilidades Motoras Fundamentais (HMF), com
a participação de outros fatores intervenientes desta relação, como a aptidão
física (ApF) e o status de peso corporal. Objetivo: investigar as associações
transversais e a relação causal entre AF e HMF, considerando ApF e status de
peso corporal como possíveis variáveis intervenientes. Métodos: a realização
desta tese levou à produção de um estudo transversal (4,35±0,77 anos) e um
estudo de intervenção (4.19±0.94 anos) com crianças em idade pré-escolar. AF
foi mensurada através de acelerometria. As HMF foram avaliadas a partir do Test
of Gross Motor Development 2
nd edition (TGMD-2). A ApF foi mensurada a
partir da bateria Field-Based Physical FitnessTest Battery in Preschool Children
(PREFIT Battery) e o status de peso corporal foi representado pelo Índice de
Massa Corporal (IMC) (massa corporal/estatura²). No estudo transversal foi
aplicada a regressão linear com análise de moderação e mediação,
respectivamente, considerado um nível de significância <0.05. Para o estudo de
intervenção, os dados foram analisados a partir de uma perspectiva de análises
de redes. Resultados: os resultados transversais indicaram que a AF se associou
negativamente aos scores de HMF e esta associação foi moderada pela ApF,
que diminuiu a força da associação entre AF e QM (de β=-0,130, r²=0,232 para
β=-0,099, r²=0,298), e aumentou o effect size da associação (de f²=0,302 para
f²=0,424). O mesmo aconteceu para os scores de locomoção (de β=-0,069,
r²=0,171, f²=0,206 para β=-0,047, r²=0,269, f²=0,367) e controle de objetos (de
β=-0,060, r²=0,202, f²=0,253 para β=-0,052, r²=0,212, f²=0,269). Os dados da
intervenção indicaram que entre os momentos pré e pós, para a variável grupo,
a influência esperada aumentou ( -0.762 vs. 1.084), enquanto que para o IMC
reduziu (1.887 vs. 0.655). A AF moderada a vigorosa (AFMV) e a aptidão
cardiorrespiratória, respectivamente, aumentaram a força de centralidade dentro
da rede entre os dois momentos (0.215 para 0.500; e -1.233 para 0.630).
Conclusão: nos pré-escolares avaliados, a ApF desempenhou um papel
moderador na associação entre AF e HMF. Adicionalmente, um pograma de
intervenção foi capaz de alterar a rede de associações entre AF, HMF, ApF e
IMC, sendo observadas melhorias na aptidão cárdiorrespiratória, manutenção
dos níveis de HMF e redução da influência do IMC no padrão emergente das
crianças do grupo intervenção em relação às do grupo controle.
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CLEENE TAVARES DE SOUZA
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PERCEPÇÃO DOS PAIS SOBRE O AMBIENTE E TEMPO EM ATIVIDADE FÍSICA
AO AR LIVRE DE PRÉ-ESCOLARES DE BAIXA RENDA
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Data: 16/07/2021
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Hora: 16:00
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Introdução: as atividades físicas ao ar livre (AFAL) contribuem para o desenvolvimento das crianças. No entanto, supõe-se que em crianças pré-escolares, a percepção dos pais sobre o ambiente pode estar relacionada com o menor ou maior tempo despendido nessas atividades. Objetivo: analisar a associação entre percepção dos pais sobre o ambiente e AFAL fora da escola em pré-escolares de baixa renda, considerando possíveis correlatos sociodemográficos. Métodos: participaram do estudo 129 pré-escolares (4,4 ± 0,7 anos, 50% meninos). A percepção dos pais sobre o ambiente e o tempo das crianças em AFAL foram avaliados através de questionário, aplicado em entrevista face-a-face com os pais. Dados sociodemográficos como sexo, idade, escolaridade da mãe, renda familiar e presença de irmãos foram informados pelos pais durante a entrevista. Para analisar as associações entre percepção dos pais sobre ambiente e AFAL utilizou-se a regressão logística, considerando um nível de significância de 95% para os desfechos AFAL durante a semana e no final de semana. Os dados foram analisados através do Statistical Package for Social Sciences (SPSS; versão 21.0). Resultados: Um total de 76,9% dos pré-escolares apresentou < 2 horas/dia em AFAL durante a semana. Já no final de semana, 65,9% atingiram > 2 horas em AFAL. No modelo bruto, a percepção dos pais sobre a ausência de segurança no trânsito apresentou maiores chances para o menor tempo em AFAL durante a semana (OR: 0,39; p: 0,03) e no final de semana (OR: 0,46; p:0,04). Ainda, a percepção dos pais sobre a falta de locais para caminhar (OR: 0,33; p: 0,02) e segurança noturna (OR: 0,36; p: 0,04) apresentaram maiores chances para que as crianças atingissem menos tempo em AFAL durante a semana. Após ajustes para confundidores sociodemográficos, a percepção de ausência de segurança no trânsito (OR: 0,26; p: 0,01) e de locais para caminhar (OR: 0,15; p: 0,01) apresentaram maiores chances para o menor tempo dos pré-escolares em AFAL durante a semana. Conclusão: A percepção dos pais sobre ausência de segurança no trânsito e de locais para caminhar aumentou as chances de um menor acúmulo de tempo em AFAL em pré-escolares de baixa renda durante os dias de semana.
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JOSE DAMIAO RODRIGUES
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Atuação do Profissional de Educação Física e o Cuidado de si na Atenção Primária à Saúde: processos e construções
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Data: 21/06/2021
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Hora: 09:00
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As pesquisas apontam que o Profissional de Educação Física (PEF), assim como os demais profissionais da saúde, atuamcom predominância metodológica do modelo biomédico prescritivo. Consideramos que esse modelo é insuficiente para atender as demandas socioculturais que envolvem a saúde dos sujeitos inseridosnesse contexto. Conjecturamos a necessidade de avançar superando os desafios da atuação do PEFno âmbito da atenção básicaà saúde, sobretudo no cuidar de si e no cuidar dos outros. Objetivamos analisar a percepção dos PEFatuantes na Atenção básica à saúdeconcernente ao cuidar de si nos processos e construções desse campo de atuação. O estudo é uma pesquisa de abordagem qualitativa na qual, a primeira etapaconsistiu ementrevista com14PEFtrabalhadores da ESF/NASF-ABda cidade de João Pessoa. Foi realizada uma segundaentrevistadurante a pandemia da COVID-19. Nesse momento, 9 profissionaisforam entrevistadossobrea atuação deles nesse período. Para coleta de dados foiutilizado um roteiro de entrevista semiestruturada. A pesquisa foi desenvolvida considerando as seguintes etapas: diagnóstico,planejamentoe coleta de dados. Para análise de dados foi utilizada a análise de conteúdoconforme Bardin. Os preceitos éticos foram rigorosamente respeitados. Os resultados indicam conhecimento dos PEFquanto àsdiretrizes e portariasvigentes do Ministério da Saúde, contudo,sua maior dificuldade é gerenciar a unidade básica de saúde da famíliaconcomitante asuaatividade de núcleo,poisdificulta o próprio cuidado de si; o cuidado é amplo e complexo; existe conhecimento sobre cuidar de si; hánecessidade de cuidar de si para poder cuidar dos outros; os PEFmantêm bom vínculo com os usuários;não realizam apoio matricial;não realizam educação popular em saúdeehá pouco conhecimento sobre o tema, comcompreensão aindaconfusa. Conclui-se que apesar das dificuldades enfrentadas pelos PEF, como formação inadequada, falta de equipamento, de referência e contrarreferência, dentre outras, do ponto de vista da dialética, nossa tese inicial é confrontada com a realidade encontrada, pois os achados nos mostram como antítese, que os PEF não se percebem preparadospara atuação na ABS/NASF-AB, contudo, nossasíntese produzida é de que, apesar de os PEF não terem sido bem preparados academicamente para atuação no âmbito da saúde, a partir das suas experiências vividas, eles adquiriram conhecimentos com a práxis, mas ainda insuficientes para promover um cuidar de si integral, que envolva a plenitude da compreensão de sujeito. Mesmo que eles tivessem competências, habilidadese atitudes,atualmente,estariam engessados pelo sistema político, que os impedem de atuarem de acordo comas diretrizes e cadernos da ABS.No campo da saúde, o cuidadode sise destaca e é algo muito mais amplo e complexo do que a prática clínica, necessitando, nonúcleo da Educação Física, transcender os aspectos biológicosda avaliação e da prescrição de exercícios, pois deve ser realizado holisticamente e visto com o olhar queleva em conta o ser humano, sua subjetividade, sua autogovernabilidade e seu protagonismo na construção da sua história, o que ainda parece bastante raro.
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MARLON MADEIRO BRASILIANO
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EFEITO CRÔNICO DO TREINAMENTO DE FORÇA COMRESTRIÇÃO DE FLUXO SANGUÍNEO NO DESEMPENHO DA FUNÇÃO COGNITIVA E SAÚDE MENTAL DE MULHERES: UM ESTUDO CLÍNICO RANDOMIZADO E CONTROLADO
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Data: 31/05/2021
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Hora: 14:00
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Oenvelhecimento humano é um processo natural acompanhado de diversas alterações morfológicas, funcionais e cognitivas.O avanço da idade provoca consequente aumentona incidência de doenças neurodegenerativas, ansiedade e depressão, contribuindo para o declínio no desempenho cognitivo. Estratégias de prevenção por meio doexercício físico, especialmente o treinamento de força são indicadas para melhoraraspectos da função cognitivae saúde mental. Oobjetivodo estudo foianalisar o efeito crônico do treinamento de força com restrição de fluxo sanguíneo (RFS) no desempenho da função cognitiva e saúde mentalde mulheres.Para isso 30 mulheres(65±3 anos),cognitivamente saudáveis, participaram de um estudo clinico aleatorizado e controlado, com dezesseis semanas de intervenção em dias não consecutivos. As participantesforam aleatorizadas, de acordo com a idade e níveis de força muscular, em trêsgrupos: 1) treinamento deforça com restrição de fluxo sanguíneo (TFRFS: n = 10); 2) treinamento de força com baixa carga (TFBC: n = 10);e3) treinamento de força com modera carga (TFMC: n = 10). Os exercícios (rosca bíceps, supino reto, agachamento e leg press 45º) foram realizados3x por semanaem diferentesintensidades(15RM e 30RM), evolume igual (3x10 repetições).Antes e após os experimentos foram realizados os testes de avaliaçãoneuropsicológica: stroop teste, teste de fluência verbalsemântica e fonológica, teste de trilhas A e B, teste de dígitos; e de saúde mental:inventário de depressão de Becke inventáriode ansiedade traço-estado. Os resultados mostram que, na análise de modelos mistos foram observados efeitos significantes no tempo nas variáveis defunção cognitiva (TFBC: digit span = IC 95%: 0,22;4,18; TFMC: teste de fluência verbal fonológica = IC 95%: -7,58; -0,28), e na depressão(TFRFS: depressão = IC 95%: 0,11; 4,68)intragrupos, porém na analise entre os grupos nenhum efeito foi significativo, o que mostra não haver diferença entre as intervenções. Desta forma, realizar treinamento de força durante 16 semanas promove melhorias no desempenho cognitivo e diminui os níveis de depressão de idosas saudáveis.
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KALINNE FERNANDES SILVA
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MONITORAMENTO DA CARGA INTERNA DE ATLETAS DE VOLEIBOL DE PRAIA ANTES, DURANTE E APÓS UMA ETAPA DO CIRCUITO NACIONAL
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Data: 26/04/2021
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Hora: 09:00
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O monitoramento da carga interna de treinamento tem sido bastante utilizado nas
modalidades esportivas, afim de quantificar de forma precisa a aplicação das cargas de
treino impostas pela equipe técnica. No entanto, poucos estudos investigaram o
monitoramento da carga interna antes da competição (AC), em competição (EC) e pós
competição (PC) no voleibol de praia. Sendo assim, o objetivo desse estudo foi monitorar
a carga interna antes da competição, em competição e pós competição de atletas de
voleibol de praia considerando a posição do jogador. Oito atletas de voleibol de praia do
alto rendimento que disputam campeonatos a nível nacional e mundial (23,1 ± 4,0 anos;
85,4 ± 11,1 Kg; 190,3 ± 9,3 cm; 69,3 ± 9,5 Kg massa magra; 11,8 ± 2,8 Kg de massa
gorda; e 13,8 ± 3,0 %G), participaram voluntariamente do estudo. No decorrer das quatro
semanas do presente estudo foi realizado o monitoramento da variabilidade da frequência
cardíaca (VFC), salto vertical, impulso de treinamento (TRIMP) e percepção subjetiva de
esforço (PSE). Verificou-se na VFC que houve interação significativa no grupo x tempo
(p<0,05) e no tempo (p< 0,05). No entanto, na análise comparativa do TRIMP, carga total
acumulada, média diária semanal e Strain não houve interação significativa no grupo x
tempo (p> 0,05), no entanto houve interação significativa no tempo (p< 0,05). Além disso,
observou-se que na análise comparativa da monotonia e do salto vertical, não houve
interação significativa no grupo x tempo (p> 0,05) e no tempo (p> 0,05).
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JOAMIRA PEREIRA DE ARAÚJO
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Adaptações da função cognitiva e neuromuscular induzidas pelo treinamento de força com restrição de fluxo sanguíneo em 16 semanas: uma abordagem prática e mecanicista para idosas.
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Data: 26/02/2021
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Hora: 14:00
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No processo de envelhecimento ocorre a diminuição de aspectos cognitivos e neuromusculares,contudo, o Treinamento de Força deBaixa Intensidade associadoà Restrição de Fluxo Sanguíneo (TFBI + RFS),pode manter ou melhorar osaspectos neuromusculares,no entanto,não estãoclarosseusefeitos na função cognitiva de idosos.O objetivo do presente estudo foianalisar as adaptações da função cognitiva e neuromuscular induzidas pelo TFBI + RFS,em idosas,sob uma abordagem prática e mecanicista. Para investigar o efeito do Treinamento de Força (TF)de diferentes intensidades,40mulheresidosas (65+3 anos), cognitivamentesaudáveis, participaram de um estudo clínico, aleatorizado e controlado, com dezesseis semanas de intervençãoem dias não consecutivos. As participantes foram aleatorizadasem quatrogrupos:1)Treinamento de Força de Moderada Intensidade(TFMI); 2)Treinamento de forçade Baixa Intensidadecom Restrição de Fluxo Sanguíneo (TFBI + RFS); 3)Treinamento de Forçade Baixa Intensidade (TFBI) e;4) Controle (CON). Asavaliaçõesno momento inicial e pós 16 semanas foram realizadas considerando as variáveis:função cognitiva ([global-Mini Exame de Estado Mental(MEEM), função executivaDigit Span Fowarde Bacward, Stroop test, Trial Making TestA-B(TMT), fluência verbal fonológica e semântica];fator neurotrófico-BDNF); desempenho funcional (força muscular,Desempenho Dupla Tarefa Motora Cognitiva (DDTMC), Motora-Motora (DDTMM),Dupla Motora-Cognitiva (DDTDMC),Equilíbrio Estático Geral (EEG), Ântero-Posterior (EEAP), Médio-Lateral (EEML), risco de quedas, teste Sentar e Levantarda cadeira(SLC),Timed Up and Go test(TUG), Tempo de Caminhada Habitual (TCH) e Máxima(TCM)), enquanto que ogrupo CON não participou de programas de exercícios físicos. Osexercícios (rosca bíceps, supino reto, agachamento e leg press45º) foram realizados, utilizando o mesmo volume absoluto(3x10 repetições)e diferentes intensidades(15RM e 30RM)com frequência semanal de3 vezes, intervalo de descanso entre as séries de 60 segundos e exercícios de 120 segundos ecom aplicação de 50% de pressão de RFSpara o TFBI + RFS. Os resultados demonstram que, na análise de modelos mistos foramobservados efeitos significantes nosdesfechosprimáriofunção cognitiva;e secundários capacidade funcional, desempenho dupla tarefa, força muscular e equilíbrio estático entre os grupos experimentais e CON(P<0,05), no entanto não foi encontrado efeito significante entre os grupos experimentaistanto nosdesfechosprimário quanto secundários, o que mostra não haver diferença entre os 3 tipos de intervenção.Porém, observou-se efeitos principais no tempo nas seguintes variáveis: MMSE (P=0,04), fluência verbal semântica (P<0,001), fonológica (P=0,003), compositedo desempenhoda função executiva(P=0,003), SLC (P<0,001), TUG (P = 0,008), TCH (P<0,001), TCM (P=0,003), DDTMC(P=0,002), DDTMM(P=0,001), DDTDMC(P=0,041), forçamuscular (P = 0,001), EEG(P=0,028), EEAP (P=0,020), EEML (P=0,038)e BDNF (P =0,001). Dessa forma, foidemonstrado que TFBI + RFS não se diferencia dos TFMI e TFBI quanto a mudanças proporcionadas às idosas, porém os três grupos são superiores ao grupo controle.
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MATEUS DUARTE RIBEIRO
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EFEITO DE UM PROGRAMA DE CORRIDA EM NÍVEL DE TREINAMENTO DESPORTIVO SOB A COMPOSIÇÃO CORPORAL DE ADULTOS COM SOBREPESO E OBESIDADE
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Data: 25/02/2021
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Hora: 09:00
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Construir protocolos de treinamento visando emagrecimento eficazes ainda é um desafio. Os dados atuais, indicam que o processo do emagrecimento é multifatorial, dos quais participam pelo menos balanço calórico (ingestão nutricional e gasto com atividades / exercícios físicos), fatores motivacionais (engajamento ao programa), fatores fisiológicos e genéticos, no caso do treinamento físico, até a natureza da carga de treino é um fator determinante. Com isso, o objetivo deste estudo será avaliar o potencial de um programa de treinamento de corrida baseado na metodologia do treinamento desportivo, sobre a adesão ao programa e seus desfechos na composição corporal, considerando fatores nutricionais (consumo alimentar), fisiológicos (inflamação sistêmica e estresse oxidativo), e comportamentais (comportamento sedentário) em pessoas com obesidade e/ou sobrepeso. Para isso, 100 voluntários, serão avaliados quanto aos hábitos nutricionais (recordatório alimentar), capacidade aeróbia e limiar anaeróbio (ergoespirométria), composição corporal (antropometria e bioimpedância), perfil bioquímico (coleta sanguínea) e aspectos comportamentais (questionário). Em seguida, o grupo experimental iniciará um programa de treinamento com abordagem desportiva durante 24 semanas, enquanto isso, um grupo controle realizará sessões de alongamento e relaxamento. No meio (12 semanas), assim como no fim, todos os procedimentos de avaliação serão repetidos. Para o controle da carga de treinamento, no início de cada mês o grupo experimental será monitorado por questionários e por registros da frequência cardíaca. Para as análises dos dados, recorreremos às técnicas de estatística para o cálculo de medidas de tendência central e de dispersão (média e desvio padrão). Será executado o teste de Kolmogorov-Smirnov e de Levene para verificar a normalidade e homogeneidade dos dados, respectivamente. se os dados apresentarem normalidade, será realizado teste de variância ANOVA two way para medidas repetidas, com post hoc de Tukey. teste de correlação de Pearson. Caso os dados não sejam normais, será aplicada uma estatística não-paramétrica com testes equivalentes. As análises estatísticas serão realizadas pelo programa estatístico SPSS para Windows (Versão: 25.0, PASW Statistics SPSS, Chicago, IL, EUA). O nível de significância será estabelecido em 5%.
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MARIA LUIZA FÉLIX PESSOA
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Relação entre a composição das 24 horas do movimento e a variabilidade da frequência cardíaca em pré-escolares.
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Data: 10/02/2021
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Hora: 14:00
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Estudos associativos vêm relacionando os comportamentos atividade física (AF), comportamento sedentário (CS) e sono à atividade autonômica em diferentes populações. Entretanto, a faixa etária de pré-escolares ainda tem sido pouco explorada. Uma nova perspectiva de análise vem emergindo na área de saúde, levando em consideração a composição desses comportamentos ao longo das 24 horas. Assim, o objetivo desse estudo foi associar a composição dos comportamentos de movimento ao longo de 24 horas e a variabilidade da frequência cardíaca (VFC) em crianças pré-escolares da cidade de João Pessoa-PB. Para isso, 123 crianças entre 3-5 anos (4.52 ±0.25 anos, 62 meninas) estudantes de dois Centros de Referência em Educação Infantil CREIs de João Pessoa foram avaliadas. A AF e o CS foram mensurados utilizando um acelerômetro (wGT3x) e analisados de acordo com as intensidades (leve, moderada, vigorosa e comportamento sedentário). O tempo de sono foi determinado a partir de entrevista com os pais ou responsáveis. A VFC foi mensurada usando uma cinta torácica (Firstbeat®, Finlândia) durante 10 minutos, sendo os últimos cinco minutos utilizados para as análises. Além disto, o peso e a estatura foram mensurados, de acordo com procedimentos padrão, e calculado o índice de massa corporal. Os dados foram analisados a partir das análises composicionais, através do R Core Team (versão3.6.1, 2019). Os resultados descritivos apontaram haver diferenças significativas para o CS entre crianças de 3-4 e 4-5 anos. Os comportamentos que apresentaram menor relação de co-dependência foram AFMV e CS. Apenas o índice RMSSD foi significativamente associado à composição das 24 horas do movimento (p<0,05). Assim, concluímos que a melhor composição diária em comportamentos do movimento foi capaz de predizer a atividade parassimpática em crianças pré-escolares.
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JOSÉ FELLIPE SOARES MARANHÃO
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Análise das Propriedades Psicométricas do Questionário de Conhecimento Processual no Voleibol para Jovens Atletas Brasileiros.
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Data: 28/01/2021
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Hora: 10:00
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O presente estudo teve por objetivo analisar as propriedades psicométricas do Questionário de Conhecimento Processual no Voleibol (QCPV) para jovens atletas brasileiros. Para se avaliar a validade de conteúdo do instrumento, foram convidados 5 especialistas (dentre eles, doutores e treinadores de seleções de voleibol), para avaliar a clareza de linguagem (CL), pertinência prática (PP) e relevância teórica (RT) dos itens do instrumento, de uma escala tipo likert de 5 pontos (sendo: 1- pouquíssima, 2- como pouca, 3- como média, 4- como muita e por fim 5- como muitíssima), onde a posteriori foi verificado o Coeficiente de Validade de Conteúdo (CVC), de cada critério que os especialistas avaliaram. Após, resultados da validade de conteúdo, 501 atletas de voleibol, de ambos os sexos, com idade de 11 a 15 anos, participantes da Taça Paraná de Voleibol, do ano de 2019, responderam o instrumento a fim de analisar a validade de construto do através da análise fatorial exploratória (AFE) e posteriormente através da análise fatorial confirmatória (AFC). Para verificar a validade convergente foi utilizado a Variância Extraída Média (VEM) e, para verificar a consistência do instrumento foi utilizada a confiabilidade composta (CC) e a fidedignidade teste-reteste através do índice de correlação intraclasse. Os dados obtidos pela validade de conteúdo foram tabulados e analisados com formula própria no Microsoft excel versão 2013. A validade de construto obtida através da AFE, foram analisados pelo software IBM SPSS versão 24.0, através da técnica de fatoração pelo eixo principal com rotação obliqua Promax, corrigidos pela normalização de Kaiser, sendo excluídos itens com carga fatorial inferior a 0,3, ou está disposto em mais de um fator. A AFC foi analisada no software Amos, onde foram utilizados indicadores: Qui-Quadrado (x² e pvalor), Qui-Quadrado Normalizado (x²/df), Índice de Qualidade do Ajuste (GFI), Raiz do Erro Quadrático Médio de Aproximação (RMSEA), Índice de Ajuste Normalizado (NFI), Índice Tucker-Lewis (TLI), Índice de Qualidade de Ajuste Calibrado (AGFI) e Índice de Ajuste Comparativo (CFI) para analisar o modelo gerado. Por fim, a CC e a validade convergente foram tabuladas e analisadas em planilha no excel. Os resultados apontaram que para validade de conteúdo, o instrumento apresentou índices positivos no CVC para CL (0,92), PP (0,91) e RT (0,91), sendo apenas o item 23 excluído do instrumento por apresentar valores de CVC inferiores a 0,8. Na validade de construto, após realizada a AFE, apenas 13 dos 23 itens restantes do
instrumento apresentaram carga fatorial acima de 0,3, sendo os 13 itens dispostos em 3 fatores. Os resultados obtidos pela AFC mostraram que o instrumento apresentou bons índices de ajuste (x² = 95.91; p =0,004; x²/gl = 1.55; CFI = 0,90;GFI = 0,97; NFI = 0,78; TLI = 0,88 e RMSEA = 0,035), entretanto apenas três itens apresentaram carga fatorial acima de 0,5. A consistência interna através da CC, apresentou valor aceitável para o construto como todo (0,71), entretanto os valores individuais de cada fator do instrumento apresentaram valores abaixo de 0,5. A validade convergente através da VEM, apresentou índices fracos, sendo em todas os fatores, como no instrumento em sua totalidade, abaixo de 0,2. O instrumento QCPV versão final brasileira, apresentou 13 itens dispostos em 3 fatores. A alteração da quantidade de itens ou fatores é uma possibilidade quando se realiza o processo de validação de um instrumento, entretanto, com base nos resultados apresentados durante da análise das propriedades psicométricas do questionário, conclui-se que o instrumento não obteve índices satisfatórias nos parâmetros utilizados, sendo necessários novos estudos com o construto para que seja possível a utilização do mesmo por treinadores e pesquisadores da psicologia do esporte.
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PEDRO CRISÓSTOMO ALVES FREIRE JÚNIOR
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IMPACTO DAGRAVIDADE DA APNEIA OBSTRUTIVA DO SONO SOBRE A FREQUENCIA CARDÍACA E PRESSÃO ARTERIAL AO TESTE CARDIOPULMONAR DE EXERCÍCIOEM IDOSOS COM HIPERTENSÃO ARTERIAL
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Data: 28/01/2021
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Hora: 09:00
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17Introdução: o processo de envelhecimento ocasiona disfunção autonômica e endotelial o que predispõe à instalação da hipertensão arterial e síndrome da apneia obstrutiva do sono. Estas enfermidades quando associadas, pode exacerbar a hiperatividade simpática e atenuar a frequência cardíaca de recuperação,ambos desarranjos estão relatados piora desfechos cardiovasculares. Objetivos:avaliar o efeito da gravidade da apneia obstrutiva do sono sobre a frequência cardíaca de recuperação e as respostas hemodinâmicas durante o teste cardiopulmonar de exercício em idosos com hipertensão arterial.Métodos:foram incluídos 39idosos hipertensos com SAOS que foram alocados em 3 grupos, de acordo com o índice de apneia/hipopneia (IAH): SAOS leve (IAH ≥5e ≤15 eventos/h; n = 15),SAOS moderada (IAH>15 e ≤30 eventos/h; n = 18)eSAOS grave(IAH >30 eventos/h; n = 9). Todos realizaram TCPE, exame de polissonografiae preencheram o questionário de qualidade do sono (PSQI).Os testes de Shapiro-WilkeLevene foram utilizados para avaliar a distribuição dos dados e a homogeneidade da amostra. Foram empregados os testes de ANOVA de um fator, Kruskal-Wallis e a Correlação de Spearman. O nível de significância aceito foi p < 0,05. Resultados:não ocorreu diferenças estatística no consumo de oxigênio, pulso de oxigênio, ventilação minuto, eficiência ventilatória, trocas respiratórias, frequência cardíaca máxima e prevista e pressão arterial entre os grupos de idosos avaliados durante o TCPE(p > 0,05 para todas as comparações). Os idosos com SAOS grave apresentou menor delta de resposta da FCrec1 em comparação ao grupo SAOS moderada (18,3 ± 4,9 vs13,7 ± 6,9 bpm; p = 0,041) e SAOS leve (18,2 ± 3,4 vs13,7 ± 6,9 bpm; p = 0,042). Diferentemente, não se verifica diferenças entre os valores absolutos e os deltas de resposta da FCrec2nos grupos avaliados. Contudo, o grupo de idosos com SAOS grave apresenta uma atenuação na reativação parassimpática em comparação ao grupo SAOS moderada (26,4 ± 7,4 vs29,0 ± 5,1 bpm, respectivamente, p = 0,059) e ao grupo SAOS leve (26,4 ± 7,4 vs30,7 ± 4,7 bpm, respectivamente, p = 0,094)..Não existe correlação entre o IAH com a ∆FCrec1(r = -0,210; p = 0,198) e ∆FCrec2 (r = -0,114; p = 0,488). Osidosos com SAOS grave apresenta piorqualidade do sono, comparado aos idosos com SAOS Leve (9,5 ± 3,11 vs 4,3 ± 0,96; respectivamente, p = 0,018). De modo similar, também observa-se que os idosos com SAOS moderada são maus dormidores em comparação aos idosos com SAOS leve (7,0 ± 1,52 vs 4,3 ± 0,96; respectivamente, p = 0,019). Por outro lado, não se observa diferença significante entre os grupos de idosos com SAOS grave e moderada (9,5 ± 3,11 vs 7,0 ± 1,52; respectivamente, p = 0,133). Conclusão:a gravidade da apneia obstrutiva do sono atenua a reativação parassimpática e piora a qualidade subjetiva do sono em idosos hipertensos, mas não altera a capacidade de exercício e as respostas hemodinâmicas durante o esforço físico máximo.Palavras-
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ALDO NEVES DA SILVA
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DESENVOLVIMENTO DE UM CICLOERGÔMETRO PARA AVALIAÇÃO DE PARÂMETROS ECOCARDIOGRÁFICOS DURANTE O TESTE MÁXIMO DE EXERCÍCIO FÍSICO
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Data: 27/01/2021
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Hora: 09:00
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Introdução: Exames não-invasivos para a detecção de doenças coronarianas como a isquemia do miocárdio são rotineiramente utilizados no Brasil e no mundo. Sob esse prisma, o ecocardiograma realizado durante o teste de esforço máximo possui uma ótima relação custo-efetividade, no entanto, para a sua realização é necessário um ergômetro que possa ser ajustado de modo que o paciente fique em posição adequada para que o ecocardiografista consiga fazer uma boa aquisição das imagens durante todas as fases do teste. Objetivos: Construir um cicloergômetro de baixo custo que possa ser aplicado na avaliação de parâmetros ecocardiográficos durante o teste máximo de exercício físico, bem como, avaliar a qualidade dos parâmetros ecocardiográficos obtidos no teste máximo de exercício físico. Métodos: Utilizou-se o software CAD Solid Works para Windows versão 2018 para formatar o projeto da base do cicloergômetro, como também para esquematizar a montagem e o funcionamento do sistema de transmissão. Em seguida, iniciou-se a construção propriamente dita do cicloergômetro, enfatizando a utilização de materiais alternativos, mas que proporcionariam conforto, estabilidade e segurança para os pacientes durante o teste. Após a montagem do cicloergômetro, um rolo de treinamento para bike, modelo Bushido Smart T2300 foi acoplado a ele. Para a avaliação do cicloergômetro foi realizado o teste de carga estável (50 e 100 Watts respectivamente) durante 10 minutos cada carga, e o teste incremental (30, 60, 90 e 120 Watts) durante 3 minutos cada carga, ambos os testes com cadência de 60 ciclos por minuto. Registros eletrocardiográficos e imagens ecocardiográficas foram obtidas de 11 indivíduos (8 homens e 3 mulheres), com idade média de 479 anos e IMC de 303 Kg/m2, sem comorbidades cardiovasculares ou osteomioarticulares. Resultados: O cicloergômetro apresentou boa resposta para o teste de carga estável e incremental, demostrando a capacidade do equipamento para realizar exames onde o exercício é o agente estressor. Oitenta e dois por cento dos testes foram bem-sucedidos e a média da FC máxima atingida nos testes foi de 15215 bpm, para uma previsão média de 1749 bpm. Isso representou um esforço de 89% do estimado. O traçado eletrocardiográfico apresentou boa qualidade, sem apresentar qualquer dificuldade para sua avaliação ou diagnóstico. As imagens do ecocardiograma foram de excelente qualidade permitindo um diagnóstico dos parâmetros em todas as janelas avaliadas sem dificuldades. Conclusão: neste estudo podemos demonstrar que o cicloergômetro construído e avaliado, apesar de sua construção simples e de baixo custo, mostrou-se útil e adequado para realizar o ecocardiograma durante o teste máximo de exercício físico, preenchendo uma lacuna no comércio de equipamentos médicos, como também atendendo plenamente aos objetivos do LETFAS de contribuir para a ciência com o avanço de suas pesquisas na linha do exercício na saúde e nas doenças.
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DAVI RODRIGUES LEÃO
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Efeito de uma Sessão de Exercício Intervalado de Alta Intensidade Sobre o Controle Autonômico Cardíaco em Obesos
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Data: 26/01/2021
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Hora: 14:00
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Introdução: A obesidade é uma doença e tem crescido de forma alarmante em todo o mundo, traz consigo um maior aumento no risco de morte e desenvolvimento de doenças crônicas e disfunção no sistema nervoso autonômico cardíaco. Por outro lado, o exercício intervalado de alta intensidade (EIAI) pode ser um método eficiente no controle do balanço autonômico cardiovascular, tendo em vista sua influência no sistema nervoso parassimpático. Objetivos: Avaliar o efeito de uma sessão de exercício intervalado de alta intensidade sobre o controle autonômico cardíaco em obesos. Métodos: Foram avaliados 11 jovens (26 ± 2,5 anos) classificados como obesos e 11 jovens (25,2 ± 3,8 anos) classificados como Eutróficos, os quais se submeteram randomicamente a uma sessão experimental. A sessão de EIAI iniciou com aquecimento (5 min a 50% da FCmáx) consistiu em 10 estímulos/recuperação passiva (sem exercício) de 1:1min a 92% da FCmáx. Todos os participantes realizaram teste ergométrico, avaliação antropométrica, e coleta do Eletrocardiograma e pressão arterial pré e após sessão. Os dados foram tabulados no Excel e SPSS (Statistical Package for the Social Sciences, IBM®). Os valores da modulação autonômica cardíaca e pressão arterial foram avaliados pelo teste t, teste U de Mann Whitney ou teste de Wilcoxon com o objetivo de avaliar as magnitudes das diferenças intrasessão (pós vs. pré) e entre as sessões (pós vs. pós). A transformação logarítmica foi empregada nos componentes absolutos do RMSSD e SDDN e balanço autonômico baixa frequência/ alta frequência (BF/AF). Foi considerado nível de significância estatística p≤0,05. Resultados: Na avaliação autonômica cardiovascular intragrupo, EIAI promoveu redução nos obesos nos índices SDNNlog (1,60 ± 0,19ms vs. 1,42 ± 0,33, p=0,045), no RMSSDlog (1,63 ± 0,20ms vs. 1,44 ± 0,37ms, p=0,031) e no grupo eutróficos, houve redução nos índices de SDNNlog (1,72 ± 0,15ms vs. 1,48 ± 0,20, p=0,007), no RMSSDlog (1,76 ± 0,17ms vs. 1,43 ± 0,23ms, p=0,001), e no componente de AF (45,53 ± 19,63un vs. 23,70 ± 22,60un, p=0,004). Para a avaliação entre os grupos, não houve diferença significativa para os índices autonômicos. Na análise da pressão arterial intragrupo nos obesos, não foi encontrada diferença significativa, já no grupo eutróficos foram encontradas reduções na PAS: -11mmHg, p=0,007; PAD: -8mmHg, p=0,000 e PAM: -8mmHg, p=0,002. Conclusão: Uma sessão de EIAI não apresentou reduções na variabilidade da frequência cardíaca em indivíduos com obesidade.
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MURILLO FRAZÃO DE LIMA E COSTA
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APTIDÃO CARDIORRESPIRATÓRIA E DESEMPENHO NEUROMUSCULAR DE PACIENTES RECUPERADOS DA COVID-19.
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Data: 26/01/2021
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Hora: 08:30
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Introdução: no final de dezembro de 2019, um novo coronavírus, denominado
corona vírus de síndrome respiratória aguda grave 2 (SARS-CoV-2), foi
causador da pandemia de doença do corona vírus 2019 (COVID-19). A doença
afeta múltiplos sistemas, apresentando disfunções fisiológicas diversas de
acordo com o grau de evolução. Em decorrência deste efeito multissistêmico, é
razoável pensar que a COVID-19 pode diminuir a aptidão cardiorrespiratória e
o desempenho muscular. Objetivos: avaliar a aptidão cardiorrespiratória e o
desempenho neuromuscular em pacientes recuperados de COVID-19. Ainda
iremos investigar a validade da eletromiografia (EMG) como método não
invasivo de detecção do limiar anaeróbio e do ponto de compensação
respiratória em pacientes recuperados de COVID-19. Métodos: trata-se de um
estudo prospectivo observacional. Foram avaliados pacientes recuperados da
COVID-19, que foram divididos em dois grupos de acordo com a intensidade
da doença (leves ou severos) e comparados com um grupo controle de
saudáveis. Os indivíduos foram submetidos a uma avaliação por teste
cardiopulmonar de exercício (TCPE) associado à EMG de quadríceps (vasto
lateral). Da análise do TCPE, consideradas as seguintes variáveis: potência,
consumo de oxigênio de pico (VO2), pulso de oxigênio no esforço máximo
(O2Pulso), eficiência cardiovascular (ΔHR/ΔVO2), ventilação de pico (VE),
reserva respiratória (BR), eficiência ventilatória (VE/VCO2 slope), limiar
anaeróbico (LA) e ponto de compensação respiratória (PCR). Da análise da
EMG, foram consideradas a root mean square (RMS), eficiência
neuromuscular (Δwatts/Δ%RMS) e o primeiro e segundo postos de inflexão da
EMG ao longo do esforço. Resultados: pacientes com COVID-19 grave
apresentaram VO2, O2Pulso e VE mais baixos do que pacientes com COVID19 leve e indivíduos saudáveis (p <0,05 para todas as comparações). Não
foram observadas diferenças na ΔHR/ΔVO2, BR ou VE/VCO2 slope entre os
grupos (p> 0,05 para todas as comparações). As fibras do tipo IIa e IIb foram
ativadas em uma menor potência em pacientes graves do que em pacientes
com COVID-19 leve e indivíduos saudáveis (p <0,05). Δwatts/Δ%RMS foi
menor em pacientes graves do que em COVID-19 leve e indivíduos saudáveis
(p <0,05). A EMG e a análise de trocas gasosas apresentaram forte correlação
na detecção do limiar anaeróbio (r = 0,97, p <0,0001) e do ponto de
compensação respiratória (r = 0,99, p <0,0001). A análise de Bland-Altman
demonstrou um viés = -4,7 watts para detecção de LA em EMG em
comparação com a análise de troca gasosa e um viés = -2,1 watts na detecção
do PCR. Conclusões: os pacientes recuperados de COVID-19 grave
apresentam menor aptidão cardiorrespiratória e eficiência neuromuscular (fato
não observado em pacientes recuperados de COVID-19 leve) e que a EMG
pode ser utilizada como método não invasivo para detecção de LA e PCR
nestes pacientes.
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