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MYSRAYN YARGO DE FREITAS ARAÚJO REIS
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DELINEAMENTO DE MICROEMULSÕES CONTENDO ÓLEO ESSENCIAL DE AROEIRA (Schinus terebinthifolius Raddi)
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Orientador : FABIO CORREIA SAMPAIO
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Data: 18/10/2024
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Hora: 14:00
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A Schinus terebinthifolius Raddi, popularmente conhecida como Aroeira, é uma espécie nativa da América Central e do sul que produz o óleo essencial de Aroeira (OEA) amplamente utilizada na medicina tradicional brasileira e com atividades antimicrobianas, antifúngica, antitumoral, antinociceptiva, dentre outras. Porém, a utilização do OEA in natura pode exibir algumas limitações em função da fácil degradação do OE, volatidade e baixa solubilidade. Assim, uma alternativa seria a sua encapsulação em microemulsões (MEs). As MEs são definidas como sistemas isotrópicos e termidinamicamente solúveis capazes de solubilizar substâncias hidrofílicas e lipóficas, evitar a oxidação e hidrólise dos seus ativos, aumentar a permeação cutânea, e etc. O presente trabalho teve como objetivo a extração, encapsulação e caracterização do OEA em MEs, bem como a avaliação da atividade citotóxica do óleo isolado e das MEs propostas para aplicação tópica. Inicialmente, foi realizada a extração do OEA a partir dos frutos verdes (OEA1) e maduros (OEA2) pelo processo de hidrodestilação. Em seguida, foi realizado o estudo fitoquímico dos OEAs pelas técnicas de Ressonância Magnética Nuclear (RMN) e Cromatografia Gasosa acoplada a Espectrometria de Massas (CG-MS). Posteriormente, foi construído um Diagrama de Fases Pseudoternário (DFPT) pelo método de titulação de fase aquosa para obtenção das MEs. Logo depois, foi realizada a caracterização físico-química físico-química (pH, condutividade e centrifugação); morfológica (tamanho de gotículas,IPD, Potencial Zeta, Microscopia de Luz Polarizada (MLP) e reológica. Por último, foram avaliadas as atividades citotóxicas in vitro dos OEA e MEs propostas. Dessa forma, evidenciou-se que os principais componentes do OEA1 foram α-pineno (29,16%), dl-Limoneno (20,65%) e ρ-cimeno (15,86%), enquanto l-felandreno (38,91%), Silvestreno (23,02%) e α- pineno (21,62%) foram os componentes majoritários de OEA2. Baseadas na região na região óleo-em-água (O/A) do DFPT, a ME selecionada (MEB) foi composta por água destilada (54,1%), triglicérides do ácido cáprico-caprílico (TACC) (5,5%), Kolliphor HS-15 (36,36%) e Transcutol (4,04%). Sendo que, foram adicionados 2% de OEA na MEB para obter ME1 e ME2 para a presença de OEA dos frutos verdes e maduros, respectivamente. Todas as MEs se mostram líquidas translúcidas e estáveis. Os valores de pH foram compatíveis com a via tópica, observando-se 6,53±0,01 (MEB), 6,35±0,04 (ME1) e 6,38±0,03 (ME2). O menor tamanho de gotículas evidenciado foi para a MEB (16,75±0,13 nm), com aumento após a encapsulação de OEA para a ME1 (17,77±0,12 nm) e ME2 (17,98±0,19 nm), ambas com valores de IPD 0,01, 0,09 e 0,15, respectivamente. Os resultados da condutividade elétrica indicaram uma estruturação sugestiva de gotículas O/A para ambas as MEs. A reologia atestou um comportamento do tipo newtoniano para todas as amostras testadas. OEA1 apresentou atividade citotóxica em 37,5 e 18,7 μg/mL para SK-MEL-28 e HL-60, respectivamente. Por outro lado, OEA2 apresentou atividade citotóxica contra HL-60 a 100 μg/mL. Por fim, nenhuma das MEs apresentaram atividade citotóxica nas células testadas. Assim, os resultados sugerem uma relevante atividade citotóxica para OEA obtidos, mas que estudos posteriores devem ser conduzidos para otimização das MEs propostas a fim de que sejam garantidas as suas atividades citotóxicas.
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FAUMANA DOS SANTOS CAMARA
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CARACTERIZAÇÃO QUÍMICA, PROPRIEDADES REOLÓGICAS, ATIVIDADES CITOTÓXICA, ANTIBACTERIANA E ANTIOXIDANTE DA MUCILAGEM DE Dioscorea cayennensis Lam.: UMA PROPOSTA DE SALIVA ARTIFICIAL
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Orientador : HILZETH DE LUNA FREIRE PESSOA
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Data: 30/08/2024
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Hora: 14:00
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O objetivo deste trabalho foi desenvolver uma formulação de saliva artificial contendo mucilagem de Dioscorea cayennenis (MDC) para o tratamento da hipossalivação (associada ou não à xerostomia). Para tanto, foram desenvolvidas formulações de saliva artificial compostas por cloreto de cálcio (CaCl2), cloreto de potássio (KCl) e fluoreto de sódio (NF) com diferentes concentrações de MDC (0,125g; 0,250g; 0,500g; 0,750g e 1g) e estas foram avaliadas quanto às suas propriedades reológicas assim como a sua atividade biológica. Primeiro, a mucilagem foi caracterizada quanto a sua concentração de lipídios e proteínas pelo método de Bligh e Dyer, Kjeldhl, respectivamente. A determinação da concentração de carboidratos, foi calculada subtraindo-se a soma das porcentagens de umidade, proteína, gordura e cinzas de 100. Foi avaliado o pH e a capacidade tampão de todas as 5 formulações da saliva com auxílio de um pHmetro e solução de ácido clorídrico 5 mM. A viscosidade da formulação de saliva foi mensurada em seis diferentes taxas de cisalhamento (1,10,20,30,50,60 e 100 mPa/ s) com auxílio de um viscosímetro. A molhabilidade da formulação foi determinada a partir da medição do ângulo de contato em uma superfície de dente bovino. Ainda, a toxicidade in vitro foi determinada através da avaliação hemolítica/antihemolítica em eritrócitos humanos (A, B e O) e atividade oxidante/antioxidante sobre hemoglobina humana. O efeito antibacteriano foi avaliado frente às linhagens bacterianas Gram-positivas e Gram-negativas de importância odontológica e avaliado o efeito sobre a formação e degradação do biofilme. Assim, observou-se que: Sobre a caracterização química, a MDC liofilizada contém proteínas (7,34%), lipídios (1,48%) e carboidratos (73,84%). O pH das formulações de saliva artificial foi considerado ácido e a capacidade tampão da saliva MDC 1g é considerada normal; MDC 0,750g, 0,500g e 0,250g limítrofe e a 0,125g baixa. A saliva artificial a base de MDC possui um perfil reológico de fluído pseudoplástico não newtoniano semelhante a saliva humana em que o ângulo de contato de todas as formulações de saliva MDC foram menores do que 900 demonstrando ser um líquido hidrofílico. A MDC apresenta baixa toxicidade em eritrócitos humanos para os tipos sanguíneos avaliados, protege contra hemólise em eritrócitos humanos e apresenta atividade antioxidante. Não foi observado efeito antibacteriano nas cepas testadas. Porém, a MDC foi capaz de inibir a formação de biofilmes assim como degradou biofilmes pré formados. Embora a MDC ainda não tenha sido explorada como componente para fabricação de substitutos salivares no tratamento da hipossalivação (associada ou não à xerostomia), a literatura e os resultados preliminares deste estudo sugerem sua utilização como recurso promissor para esse fim.
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REBECCA RHUANNY TOLENTINO LIMEIRA
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CARACTERIZAÇÂO FÍSICO-QUÍMICA E AVALIAÇÃO DOS
EFEITOS ANTIBACTERIANOS, ANTIOXIDANTES E CITOTÓXICOS DE EXSUDATO
DE Anacardium occidentale L. (GOMA DO CAJUEIRO): UM POSSÌVEL
TRATAMENTO PARA MUCOSITE ORA
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Orientador : HILZETH DE LUNA FREIRE PESSOA
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Data: 28/06/2024
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Hora: 14:00
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A mucosite oral (MO) é um efeito adverso agudo importante na
cavidade oral em pacientes submetidos à quimioterapia e/ou radioterapia. As lesões
podem levar a uma diminuição considerável da qualidade de vida ocasionando
dificuldade na alimentação, dor ou ardor ao engolir e podem representar uma porta
de entrada para infecções oportunistas. A literatura científica descreve alguns
tratamentos paliativos para a mucosite oral, entretanto eles não trazem grandes
benefícios para a prevenção e/ou tratamento da doença. As plantas medicinais têm
contribuído fortemente para o desenvolvimento de novas estratégias terapêuticas
por meio de seus metabólitos secundários, dentre elas está a Anacardium
occidentale L. que já tem evidenciado que a casca, as folhas e o óleo da casca são
usados em preparações medicamentosas como anti-inflamatórios, e a goma tem
sido usada recentemente tanto na indústria farmacêutica como na indústria alimentar
e possui muitas propriedades farmacológicas já descritas, como atividade
cicatrizante, antibacteriana, antifúngica, gastroprotetora, antidiarreica e antitumoral.
Objetivo: Investigar as atividades antibacterianas, antioxidantes e citotóxicas do
exsudato de Anacardium occidentale L. (goma do cajueiro) como um possível
tratamento para mucosite oral. Métodos: Foi realizada triagem antibacteriana sobre
linhagens Gram-positivas e Gram-negativas de importância clínica e coleção,
determinou a concentração inibitória mínima (CIM) e a concentração bactericida
mínima (CBM) frente às cepas selecionadas. Foi avaliado o uso combinado da goma
do cajueiro com antibacterianos sintéticos, pelo método de disco de infusão.
Posteriormente, avaliou a atividade da goma sobre a formação e na pré-formação de
biofilmes. Foi determinada a atividade oxidante e antioxidante sobre hemoglobina
humana. Amostras de sangue humano do tipo A, B e O foram submetidas à
avaliação de citotoxicidade nas concentrações do extrato de 125μg/mL a 1000μg/mL
frente aos ensaios de atividade hemolítica e anti-hemolítica. Resultados: A goma do
cajueiro apresentou uma CIM e CBM de 1000μg/mL para Streptococcus mutans de
coleção ATCC25175 e Pseudomonas aeruginosa da coleção ATCC9027, com
natureza bactericida. Foi possível identificar efeito sinérgico quando associado à
azitromicina frente à cepa de Pseudomonas aeruginosa e efeito indiferente frente à
Streptococcus mutans. Em relação ao biofilme, a goma do cajueiro reduziu a
formação, mas não foi capaz de destruir o biofilme pré-formado Não foi observada
atividade oxidante da goma do cajueiro, mas no que se refere a sua atividade
antioxidante, verificou-se que a goma foi capaz de reduzir em 59,7% o efeito do
agente oxidante fenilhidrazina. Na atividade hemolítica, nas concentrações testadas,
apresentou baixa atividade sobre os eritrócitos humanos do sistema ABO, e
apresentou atividade anti-hemolítica, reduzindo 42,78% o grau de hemólise causado
pela solução hipotônica no sangue tipo A, 62% no sangue tipo B e 49,96% no
sangue O. Conclusão: Os dados encontrados demonstram que a goma do cajueiro
é um candidato para possíveis aplicações terapêuticas frente à mucosite oral e seu
perfil de toxicidade indica viabilidade para estudos futuros.
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ARTHUR JOSÉ PONTES OLIVEIRA DE ALMEIDA
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EFEITOS DE TERPENOS NO ENVELHECIMENTO CARDIOVASCULAR: O PAPEL DA
SENESCÊNCIA E DO ESTRESSE OXIDATIVO
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Data: 26/02/2024
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Hora: 13:50
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A população acima dos 60 anos está crescendo substancialmente, chegando a 22% em 2050. Doenças cardiovasculares (DCVs), a principal causa de morbidade e mortalidade pelo mundo, tem sua prevalência aumentada pela idade, por isso, urge estratégias para combater e/ou preveni-las. Nesse contexto, o objetivo desse trabalho foi avaliar o efeito anti-senescente de 20 terpenos e caracterizar o efeito do mais promissor in vitro e in vivo. Para isso, células endoteliais de aorta de ratos (RAEC) e ratos whistar foram utilizados. A D-(+)-Galactose (Dgal) foi usado como modelo do envelhecimento. Inicialmente, foi realizado um triplo screening, para ação anti- senescente, de viabilidade celular e antioxidante com 20 terpenos. O Terpinolene (TPO), apresentou eficácia para os três ensaios, sendo as concentrações de 10-7 e 10-6 mol.L-1 com triplo efeito. O ensaio de Anexina V/7-AAD confirmou a capacidade
do TPO em melhorar a viabilidade celular. Para os ensaios in vivo, a dose de 5 e 25 mg/kg foi utilizada por 56 dias. Em paralelo, o animal recebeu salina ou Dgal via intraperitoneal para indução do modelo de envelhecimento acelerado. Durante o tratamento, não foi evidenciado alterações no peso corpóreo dos grupos. No dia anterior a eutanásia, a pressão arterial sistólica e frequência cárdica foram avaliados, sem alterações significativas. A glicemia capilar não foi alterada entre o grupo CTL (108.00 ± 1.64; n=8) e Dgal (111.87 ± 2.30; n=8), no entanto, o grupo TPO25 teve redução nos níveis glicêmicos (103.12 ± 2.57; n=8). Após anestesia, foi realizado os registros eletrocardiográficos, com posterior coleta de sangue para os ensaios bioquímicos e hematológicos, além da retirada da artéria aorta e dos órgãos coração, fígado e rins. Os parâmetros bioquímicos foram divididos em lipídicos, proteicos,
renais e hepáticos, com destaque para o aumento do LDL no grupo Dgal (7.40 ± 1.00; n=10) comparado ao CTL (4.55 ± 0.60; n=9), e restaurado pelo TPO25 (2.66 ± 0.55; n=9). Ademais, os níveis de proteína totais estavam elevados no grupo Dgal comparado ao CTL, e o TPO5 e TPO25 foi capaz de restaurar esses níveis. Já o perfil hematológico não detectou alterações entre os grupos. No entanto, para os testes de coagulação, o TP aumentado no grupo Dgal foi restaurado para os níveis basais pelo TPO25. O TPPA não detectou alterações entre os grupos, assim como a reatividade plaquetária. Além disso, foi realizado testes para reatividade vascular em tiras de aorta, o qual não houve alterações significativas entre os grupos no Emáx para contração frente a FEN, nem para o relaxamento induzido por NPS. Por outro lado, o relaxamento induzido por ACh estava comprometido no grupo Dgal (Emáx: 85.20 ± 2.18; n=8) quando comparado ao grupo CTL (Emáx: 100.5 ± 2.40; n=6), e restaurado pelo TPO25 (Emáx: 98.60 ± 2.91; n=7). Tal achado foi acompanhado por um estresse oxidativo vascular, evidenciado pela sonda DHE nos grupos CTL (100.00 ± 4.05; n=6), DGAL (157.59 ± 6.01; n=6), restaurado pelo TPO25 . Por fim, analisamos os aspectos
eletrocardiográficos como duração de onda P com tendencia de alta no grupo Dgal comparado ao CTL, restaurado pelo TPO25 (105.28 ± 6.96; n=6). Ademais, o índice
de hipertrofia cardíaca no Dgal (0.360 ± 0.012, n=8), aumentado em relação ao CTL
(0.312 ± 0.011, n=7), e restaurado pelo TPO25 (0.301 ± 0.006, n=10). Portanto, o TPO
selecionado pelo Screening foi capaz de exercer efeitos benéficos no envelhecimento
cardiovascular, sendo candidato promissor na busca pelo envelhecimento saudável.
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CINTHIA RODRIGUES MELO
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INVESTIGAÇÃO DA TOXICIDADE E DO MECANISMO DE AÇÃO DO ADUTO DE
MORITA-BAYLIS-HILLMAN (CH3ISACN) COMO UM ANTIMALÁRICO
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Data: 20/02/2024
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Hora: 09:00
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Em 2022 a malária acometeu cerca de 249 milhões de pessoas, e destes, 608.000 foram a óbito. Esta doença é causada pela picada do mosquito fêmea Anopheles, que está infectado pelo parasito do gênero Plasmodium spp. Apesar de existirem diferentes antimaláricos, os parasitos têm apresentado resistência à ação destes medicamentos, sendo necessário que novos fármacos sejam desenvolvidos, apresentando maior eficácia e segurança. Assim, o presente trabalho teve como objetivo avaliar a toxicidade subaguda do aduto 2- (3-hidroxi-
1-metil-2-oxoindolin-3-il) acrilonitrila (CH3ISACN), e sua capacidade de reduzir a
parasitemia de animais infectados por Plasmodium berghei, bem como investigar seu mecanismo de ação como um antimalárico. O estudo toxicológico subagudo foi baseado na OECD 407 (2008). A CH3ISACN foi administrada nos camundongos Swiss por via oral, durante 28 dias em diferentes doses. Os animais foram distribuídos em um grupo controle e três grupos tratados (75 mg/Kg, 150 mg/Kg, 300 mg/Kg). Cada grupo continha 5 machos e 5 fêmeas. Foram analisados o consumo de água, ração, peso corporal, sinais clínicos e
mortalidade. Após 28 dias, os animais foram eutanasiados por sobredose de anestésico, e seu sangue coletado para avaliação de parâmetros bioquímicos e hematológicos, e seus órgãos coletados para análise histopatológica. Foi realizado estudo de genotoxicidade seguindo a OECD 474 (2014). Cada grupo continha três animais, sendo: grupo controle positivo (50 mg/Kg de ciclofosfamida), grupo controle negativo (veículo), grupo tratado 1 e 2 com 300 mg/Kg e 600 mg/Kg de CH3ISACN respectivamente. A administração foi em dose
única por gavagem, em 24 horas. Para avaliação farmacológica, foram separados 5 camundongos por grupo. Grupo 1: teste (250 mg/Kg do aduto); Grupo 2: controle negativo (veículo); Grupo 3: controle positivo (15 mg de cloroquina); Grupo 4: controle de órgãos. Inicialmente os animais foram inoculados IP com eritrócitos infectados com P. berghei ANKA, exceto o grupo 4. Receberam tratamento durante 4 dias consecutivos, e no 5o e 7o dia após a infecção, esfregaços sanguíneos foram examinados para determinação da parasitemia. A mortalidade cumulativa foi observada até a morte de um dos animais do grupo 2. E os órgãos dos animais foram submetidos à análise histopatológica. O mecanismo de ação da CH3ISACN como antiplasmodial, foi investigado a partir de sua capacidade de inibir falcipaínas e/ou berghepaínas. Para isso foram realizados abordagem de modelagem molecular e cálculos quânticos sendo aplicado análise de docking, dinâmica molecular, cálculos QM/MM, e MFCC. Os resultados toxicológicos mostraram que a CH3ISACN não
provocou alterações comportamentais e fisiológicas. Assim, os resultados obtidos não mostraram intoxicação significativa, garantindo maior segurança para seu uso. A CH3ISACN foi ativa contra o P.berghei, reduzindo a parasitemia dos animais infectados em 49,7%. Seu mecanismo de ação envolve a inibição das FP-2, FP-3, BP-1 e BP-2. A partir dos resultados já obtidos, podemos presumir que a CH3ISACN é promissora. Sendo importante a continuação de seu estudo, para alcançar a fase clínica, e assim fazer parte do arsenal terapêutico contra a malária.
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LUIZ ANDRE DE ARAUJO SILVA
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DESENVOLVIMENTO DE DERIVADOS TETRAHIDROISOQUINOLÍNICOS E
CONSTRUÇÃO DE APARELHO DE ELETRÓLISE DE BAIXO CUSTO
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Orientador : LUIS CEZAR RODRIGUES
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Data: 31/01/2024
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Hora: 09:00
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O desenvolvimento de metodologias sintéticas é uma área muito estudada por químicos
orgânicos, encontrar novas rotas é ideal para melhorar custos e rendimentos reacionais, essas novas melhorias podem também estar relacionados a produção de ferramentas para servir de fonte de algum reagente ou procedimento. Sendo assim o objetivo desse trabalho é sintetizar derivados bisfeniltetrahidroisoquinolínicos e avaliar sua atividade antimicrobiana em cepas de bactérias e fúngicas, além de descrever a produção de um aparelho de eletrolise de baixo custo. A metodologia da pesquisa envolveu uma abordagem multifacetada, começando com a bromação da vanilina, seguida pela reação de Ullmann para a formação do éter difenílico. A pesquisa progrediu com a síntese de derivados bisfeniltetrahidroisoquinolínicos e desmetilados,
utilizando técnicas avançadas de purificação e caracterização por espectroscopia de ressonância magnética nuclear. Além disso, foram realizados testes antimicrobianos significativos em várias cepas bacterianas e fúngicas, destacando a eficácia dos compostos MHTP e DiMHTP. Paralelamente, o estudo incluiu a construção de um aparelho compacto de eletrólise, crucial para a produção de hidrogênio gasoso usado na hidrogenação de acrilamidas, um passo vital na modificação de propriedades químicas e na síntese de compostos bioativos com potenciais aplicações farmacológicas. Foram exploradas três áreas principais: a síntese de derivados isoquinolínicos, ensaios antimicrobianos e a aplicação de um aparelho compacto de eletrólise. Na síntese, utilizando técnicas como a reação de Pictet-Spengler, foram desenvolvidos derivados bistetrahidroisoquinolinicos com estruturas confirmadas por espectroscopia de ressonância magnética nuclear. Nos ensaios antimicrobianos, os compostos MHTP e DiMHTP demonstraram atividade diferenciada, com o MHTP exibindo maior eficácia contra cepas fúngicas, destacando o potencial das isoquinolinas como agentes antimicrobianos. Por fim, o aparelho compacto de eletrólise provou ser crucial na produção de hidrogênio gasoso para a hidrogenação de acrilamidas, abrindo novas possibilidades para a síntese de compostos bioativos com propriedades farmacológicas melhoradas. Esta pesquisa representa um avanço significativo na farmacoquímica, oferecendo novas perspectivas para o desenvolvimento de medicamentos e tratamentos mais eficazes.
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LUIZ ANDRE DE ARAUJO SILVA
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DESENVOLVIMENTO DE DERIVADOS TETRAHIDROISOQUINOLÍNICOS E
CONSTRUÇÃO DE APARELHO DE ELETRÓLISE DE BAIXO CUSTO
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Orientador : LUIS CEZAR RODRIGUES
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Data: 31/01/2024
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Hora: 09:00
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O desenvolvimento de metodologias sintéticas é uma área muito estudada por químicos
orgânicos, encontrar novas rotas é ideal para melhorar custos e rendimentos reacionais, essas novas melhorias podem também estar relacionados a produção de ferramentas para servir de fonte de algum reagente ou procedimento. Sendo assim o objetivo desse trabalho é sintetizar derivados bisfeniltetrahidroisoquinolínicos e avaliar sua atividade antimicrobiana em cepas de bactérias e fúngicas, além de descrever a produção de um aparelho de eletrolise de baixo custo. A metodologia da pesquisa envolveu uma abordagem multifacetada, começando com a bromação da vanilina, seguida pela reação de Ullmann para a formação do éter difenílico. A pesquisa progrediu com a síntese de derivados bisfeniltetrahidroisoquinolínicos e desmetilados,
utilizando técnicas avançadas de purificação e caracterização por espectroscopia de ressonância magnética nuclear. Além disso, foram realizados testes antimicrobianos significativos em várias cepas bacterianas e fúngicas, destacando a eficácia dos compostos MHTP e DiMHTP. Paralelamente, o estudo incluiu a construção de um aparelho compacto de eletrólise, crucial para a produção de hidrogênio gasoso usado na hidrogenação de acrilamidas, um passo vital na modificação de propriedades químicas e na síntese de compostos bioativos com potenciais aplicações farmacológicas. Foram exploradas três áreas principais: a síntese de derivados isoquinolínicos, ensaios antimicrobianos e a aplicação de um aparelho compacto de eletrólise. Na síntese, utilizando técnicas como a reação de Pictet-Spengler, foram desenvolvidos derivados bistetrahidroisoquinolinicos com estruturas confirmadas por espectroscopia de ressonância magnética nuclear. Nos ensaios antimicrobianos, os compostos MHTP e DiMHTP demonstraram atividade diferenciada, com o MHTP exibindo maior eficácia contra cepas fúngicas, destacando o potencial das isoquinolinas como agentes antimicrobianos. Por fim, o aparelho compacto de eletrólise provou ser crucial na produção de hidrogênio gasoso para a hidrogenação de acrilamidas, abrindo novas possibilidades para a síntese de compostos bioativos com propriedades farmacológicas melhoradas. Esta pesquisa representa um avanço significativo na farmacoquímica, oferecendo novas perspectivas para o desenvolvimento de medicamentos e tratamentos mais eficazes.
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VANESSA MORAIS MUNIZ
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DESENVOLVIMENTO DE FORMA FARMACÊUTICA SEMISSÓLIDA CONTENDO
MICROPARTÍCULAS COM CLOREXIDINA E TIMOL
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Orientador : FABIO CORREIA SAMPAIO
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Data: 30/01/2024
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Hora: 09:00
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Clorexidina (CLX) e timol são duas substâncias antimicrobianas exploradas especialmente na
área de odontologia, com atividade contra biofilmes de várias espécies de microrganismos,
como a bactéria Staphylococcus aureus. O sinergismo de ação entre os dois pode potencializar a ação farmacológica antimicrobiana final, especialmente quando atrelados ao uso de tecnologia farmacêutica, como micropartículas. O produto microparticulado contendo clorexidina e timol teve suas características otimizadas, sendo produzido pela técnica de liofilização, com auxílio de um planejamento fatorial (PF) 3², que avaliou a influência de hidroxipropilmmetilcelulose (HPMC) e polietilenoglicol 6000 (PEG 6000) na eficiência de encapsulação dos insumos farmacêuticos ativos (IFAs). De acordo com os dados estatísticos, a mudança de proporção de HPMC e/ou PEG 6000 não demonstrou influência significativa sobre os parâmetros avaliados. Um método analítico de doseamento foi desenvolvido e validado por Cromatografia Líquida de Alta Eficiência com detector de arranjo de diodos (CLAE-DAD), apresentando-se linear. Os resíduos de CLX foram consideramos homocedásticos, sendo possível realizar a análise estatística por meio de regressão linear ordinária. Os resíduos de timol foram heterocedásticos, sendo necessária a utilização de uma análise estatística por regressão linear ponderada. Entre os pesos (wi) testados em cálculo, determinou-se que wi=1/x² foi o que melhor se adequou. O método mostrou-se válido por apresentar valores adequados de precisão e exatidão para ambos os analitos. A seletividade foi avaliada a partir da análise de amostras que foram submetidas a situações de estresse. Em todas as situações, foi possível observar com seletividade os picos dos dois analitos. A robustez foi avaliada através da ferramenta estatística Box-Behnken design(BBD), que também foi utilizada para otimizar o método e, através dos resultados estatísticos,
permitiu o ajuste do método analítico, melhorando sua eficiência. Um teste de potência
antimicrobiana foi desenvolvido e validado, também mostrando-se linear, seletivo, preciso,
exato e robusto. Após validação, foi realizado o ensaio de potência do produto microparticuladocontendo clorexidina e timol em comparação com um padrão de placebo contaminado com clorexidina, apresentando uma potência de 1450,97 µg/mL, superior à do padrão de comparação. A caracterização por Difração em Raios-x (DRX) apresentou uma micropartícula com caráter amorfo. A Microscopia Eletrônica de Varredura (MEV) apresentou uma estrutura porosa, característica da técnica de secagem utilizada. Foi realizado um teste de estabilidade forçada, analisando-se amostras nos tempos de 30, 60 e 90 dias. As análises de doseamento por CLAE-DAD e termogravimetria (TG) mostraram que não houve formação de produtos de degradação durante os 90 dias. Foi observado um leve aumento na concentração de clorexidina e uma diminuição da concentração de timol. Uma formulação farmacêutica semissólida foi desenvolvida com gel Poloxamer 407 (P407), incorporando-se as micropartículas contendo CLX e timol, mostrando-se tecnicamente ideal para o produto e suas aplicações. Nos testes de liberação in vitro, o produto final apresentou uma adequada liberação dos ativos dentro de 360 minutos. No tempo de 60 minutos, foi possível observar que houve uma liberação superior a 85% para ambos os ativos. O produto final semissólido com micropartículas contendo clorexidina e timol se apresenta como uma possibilidade promissora em potencial para opções terapêuticas envolvendo microrganismos sensíveis aos antimicrobianos CLX e timol, especialmente na área de odontologia.
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