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LINDENBERGUE MEIRA DE SOUZA
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MANEJO E DESEMPENHO REPRODUTIVOS DE ÉGUAS MESTIÇAS E PO DA RAÇA QUARTO DE MILHA EM HARAS LOCALIZADOS NOS ESTADOS DA PARAÍBA, PERNAMBUCO E RIO GRANDE DO NORTE
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Data: 28/08/2020
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Hora: 15:00
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O desenvolvimento de sistemas de criação na Região Semi-árida do Brasil deve considerar a fragilidade do bioma caatinga, as adversidades edafoclimáticas e a necessidade de conservação de recursos naturais. Com objetivo de identificar as características relacionadas com os sistemas de criação de equinos mestiços e puro sangue da raça Quarto de Milha nos estados da Região Nordeste e os índices reprodutivos obtidos sob essas condições de criação.
Foram analisadas 40 criatórios de equinos em 27 municípios de diversas regiões dos Estados da Paraíba, Pernambuco e Rio Grande do Norte. Foram aplicados questionários visando obter informações relacionadas aos sistemas de criação equina, envolvendo aspectos sanitários, nutricionais e reprodutivos. Também foram consultados o sistema de registros da Associação
Brasileira de Criadores da Raça Quarto de Milha - ABQM, a fim de obter informações acerca
dos registros e do histórico reprodutivo dos animais em questão. Os resultados obtidos demonstram que, de forma geral, as práticas de manejo para os equinos da raça Quarto de Milha, verificadas na região, estão em sintonia com a demanda necessária para a obtenção de um desempenho reprodutivo satisfatório.
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DALLYANA ROBERTA DOS SANTOS QUERINO
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PARÂMETROS ULTRASSONOGRÁFICOS E DOPPLERFLUXOMÉTRICOS RENAIS DE COELHOS JOVENS E ADULTOS DA RAÇA MINI LIONHEAD.
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Data: 30/06/2020
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Hora: 14:00
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O Brasil, no decorrer dos anos, vem despertando o interesse para o desenvolvimento da cunicultura através da criação de coelhos de estimação, destacando-se diversas raças utilizadas para esta finalidade, dentre elas a mini Lionhead, Fuzzy lop, Mini lop e Netherland Dwarf. O Lionhead ou mini Lionhead, que tem finalidade pet, é uma raça bastante procurada pelas suas características anatômicas. A ultrassonografia, como método de diagnóstico por imagem, permite a avaliação e o diagnóstico de alterações anatômicas e patológicas, assim como o companhamento da evolução terapêutica. Ainda são poucos os estudos realizados nesta espécie, não havendo um padrão de normalidade para diversos parâmetros, entre eles a dopplerfluxometria renal. O objetivo deste trabalho foi descrever os parâmetros ultrassonográficos do parênquima renal e padronizar os valores dopplerfluxométricos de coelhos jovens e adultos da raça Mini Lionhead. Foram utilizados trinta e um coelhos da raça Mini Lionhead, hígidos, com peso entre 0,48 gramas e 1,98 quilogramas, provenientes do setor de Cunicultura da Universidade Federal da Paraíba. Os animais foram divididos em dois grupos distintos, animais jovens com até 2 meses de idade (G1, 11 animais) e fêmeas adultas com até 2 anos de idade (G2, 19 animais). Utilizou-se o equipamento ultrassonográfico portátil com um transdutor convexo (8 12 MHz). Os animais foram avaliados nos decúbitos dorsal ou lateral. Foram obtidas imagens dos rins através de cortes longitudinais, coronais e transversais em modo B, realizando-se a avalição morfológica e a mensuração da altura, largura e espessura e volume renal. Os rins apresentaram formato de feijão, bordas definidas, relação corticomedular preservada e ecotextura homogênea tanto em jovens quanto em adultos. A ecogencidade da cortical do rim esquerdo foi hipoecóica quando comparado ao baço e do rim direito isoecóica e discretamente hiperecóica, quando equiparado ao fígado. Nos animais jovens o rim direito mostrou-se apenas isoecóico em relação ao fígado. Houve
uma correlação positiva (p <0,05) entre o peso corporal, as medidas de comprimento, as medidas de largura, as medidas de espessura e o volume renal direito e esquerdo. Os valores dopplerfuxométricos das artérias arqueadas foram significativamente maiores nos rins direito e esquerdo nos animais do grupo G2 quando comparados aos Grupo G1 (p<0,05). Obteve no grupo dos animais jovens a média de IR das artérias arqueadas de 0.44±0.05 para o rim esquerdo e de 0.44±0.05 para o rim direito, enquanto no grupo dos adultos de 0,55±0,07 para o rim esquerdo e de 0,56±0,07 para o rim direito. O conhecimento destes parâmetros contribuíra no auxílio do diagnóstico das patologias renais em coelhos, uma vez que estes animais estão sendo introduzindo com maior frequência no âmbito familiar, aumento sua longevidade e com o aumento da idade, surgem doenças comuns aos idosos, como a doença renal.
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DEBORA CRISTINA BASILIO CRISPIM DA SILVA
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A IMPORTÂNCIA DA IMPLANTAÇÃO DE PROGRAMAS SOCIAIS DE CASTRAÇÃO DE FELINOS: O QUE OS TUTORES E VETERINÁRIOS SABEM A RESPEITO DA RELAÇÃO DA REPRODUÇÃO DESSES ANIMAIS COM A SAÚDE PÚBLICA E O QUE TEM SIDO FEITO?
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Data: 21/04/2020
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Hora: 14:00
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Os felinos conquistam cada vez mais os lares modernos e cabe aos médicos veterinários atualizações referentes ao trato destes animais para atender as necessidades desse tipo de público. Conhecer o perfil de tutores da região onde trabalha é fundamental para direcionar a atuação desses profissionais. Este estudo teve como objetivo principal avaliar a percepção quanto ao conhecimento dos tutores de gatos levados voluntariamente a um projeto social de castração na cidade de João Pessoa-PB, em relação às características reprodutivas da espécie e a sua importância para o controle das zoonoses, assim como avaliar a conduta de orientação dos médicos veterinários da região em relação ao manejo reprodutivo destes animais. Respostas de questionários virtuais aplicados a 326 tutores e 47 veterinários foram avaliadas. A maioria dos tutores possuía grau de escolaridade de nível superior, recebiam entre um e três salários mínimos (fator limitante para a realização da avaliação pré-operatória dos animais) e mostraram-se bem informados quanto aos riscos do uso de medicações anticoncepcionais, vantagens da criação indoor, importância do controle populacional para a prevenção de doenças e bemestar. Mas, quanto aos riscos de castrar durante o cio, castração precoce e comportamento pós-castração mostraram-se pouco informados. Os animais eram na maioria fêmeas oriundas da rua com idades entre dois meses e um ano. Os veterinários mostraram-se atualizados quantos às particularidades reprodutivas felinas e a sua relação com a saúde pública, esclareciam os seus clientes sobre o assunto, porém a maioria acredita que o cio impede de realizar a castração. Mostraram-se, ainda, inclinados a desenvolver projetos semelhantes nos seus locais de atuação.
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THIENE DE LIMA RODRIGUES
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EFEITO DA ACUPUNTURA NA PRESSÃO INTRAOCULAR E SECREÇÃO LACRIMAL EM EQUINOS.
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Data: 20/03/2020
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Hora: 09:00
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A acupuntura é uma terapia milenar de origem chinesa que funciona por meio da estimulação de pontos específicos do corpo com agulhas, visando efeitos terapêuticos e homeostáticos. A técnica é utilizada por profissionais da saúde em diversas modalidades da medicina veterinária. A acupuntura tem auxiliado como terapia convencional ou adjuvante de inúmeras afecções oculares, incluindo miopia, estrabismo, olho seco, catarata, entre outras. O sistema visual dos equinos é de grande importância para sua sobrevivência, uma vez que esses animais dependem da visão para o desempenho de suas atividades rotineiras como seleção de alimentos, ingestão de água, socialização, esporte e auto-proteção. Esse estudo teve como propósito avaliar o efeito da acupuntura no comportamento da produção lacrimal e da pressão intraocular em equinos. Utilizaram 10 equinos hígidos, fêmeas e machos, com idades variando entre oito meses e nove anos. O teste lacrimal de Schirmer tipo I e tonometria de aplanação foram utilizados para avaliar a produção basal de lágrima (PL) e a pressão intraocular (PIO) de ambos os olhos. As aferições foram realizadas imediatamente antes da inserção das agulhas (T0) e cinco (T5), 15 (T15), 30 (T30) e 60 (T60) minutos e 24 (T24) horas após sessão de acupuntura de 20 minutos. Os valores obtidos foram analisados quanto ao seu comportamento ao longo do tempo, utilizando-se a média dos dois olhos de cada animal. A PL aumentou em 50% dos animais em T5, T15 e T24, 30% dos animais em T30 e 40% dos animais em T60, com aumento de até 8,5 mm/min em T15 e T60. Além disso, observou-se diferença significativa entre o T24 e o T30 (p = 0,0128), com aumento de 14,1% na PL no T24. Com relação a PIO, notou-se redução da pressão em 50% dos animais em T5 e T30, 20% dos animais redução em T15, em 60% dos animais em T60 e em 70% dos animais apresentaram redução em T24. A estimulação dos acupontos relacionados ao sistema visual foi capaz de aumentar a produção lacrimal e diminuir a pressão intraocular em equinos sadios. Dessa maneira, sugere-se que a acupuntura é uma técnica que poderá trazer benefícios a portadores de doenças que cursam com a alteração desses parâmetros, tanto quando empregada isoladamente, como quando adjuvante a protocolos terapêuticos convencionais.
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MATEUS LACERDA PEREIRA LEMOS
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EFEITOS DA ADMINISTRAÇÃO PROFILÁTICA PÓS-ECLOSÃO DE CEFTIOFUR E DA SUPLEMENTAÇÃO COM SANGUINARINA NA MICROBIOTA CECAL DE PINTINHOS
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Data: 02/03/2020
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Hora: 09:30
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A aplicação profilática de ceftiofur em frangos de corte recém-eclodidos é uma prática comum em vários incubatórios. Investigamos os efeitos dessa prática na microbiota cecal de pintinhos de 14 dias. Além disso, também investigamos os efeitos da suplementação dietética da sanguinarina como aditivo alimentar fitogênico na microbiota intestinal. As amostras de DNA foram extraídas do conteúdo cecal, amplificadas para as regiões v3-v4 do gene 16S rRNA microbiano e sequenciadas em uma plataforma ilumina Miseq. Após bioinformática a jusante e análises estatísticas, nossos resultados demonstraram que os tratamentos envolvendo tanto o ceftiofur como a sanguinarina aumentaram as proporções do filo Bacteroidetes e dos gêneros Bacteroides e Megamonas no ceco das aves, enquanto reduziram a abundância relativa do filo Firmicutes e da família achnospiraceae. A inferência gênica indicou um aumento nas vias metabólicas associadas à digestibilidade na microbiota de aves tratadas com ceftiofur. As mudanças de diversidade e abundância na comunidade bacteriana cecal de frangos de corte, desencadeados pelo ceftiofur, foram semelhantes às observadas nas aves que receberam dieta suplementada com sanguinarina. Tais descobertas apoiam relatos anteriores sobre os benefícios da sanguinarina na produtividade como uma alternativa para melhorar a saúde animal.
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CAMILLA FLÁVIA AVELINO DE FARIAS
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ESTUDO DA EFICÁCIA DA Aloe vera COMO CRIOPROTETOR VEGETAL NA CRIOPRESERVAÇÃO DE
ESPERMATOZOIDE CAPRINO
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Data: 29/02/2020
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Hora: 09:00
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O objetivo deste trabalho foi avaliar diferentes concentrações de Aloe vera (AV) na produção de um diluidor de origem vegetal para criopreservação de células espermáticas de caprino. A AV foi processada e submetida à caracterização qualitativa, mensuração de pH e determinação de açúcares redutores. Após caraterização, foi elaborada solução tampão à base de TRIS com as seguintes concentrações: A1 (TRIS, concentração AV1, 5% de glicerol); A2 (TRIS, concentração
AV2, 5% de glicerol); e A3 (TRIS, concentração AV3, 5% de glicerol), submetidos a testes de osmolaridade e reologia. Ejaculados aprovados de três caprinos foram homogeneizados e submetidos ao protocolo de congelação, divididos em quatro grupos experimentais (GC diluidor à base de TRIS-gema; A1, A2 e A3). Após descongelação, as amostras seminais foram avaliadas quanto à cinética (Computer Assisted Sperm Analysis), integridade das membranas plasmática e acrossomal, potencial de membrana mitocondrial e níveis de espécies reativas de oxigênio
intracelular (Citometria de fluxo). A AV apresentou terpenoides, esteróis e saponina, pH ácido (5,5) e alta quantidade de açúcares redutores (1g/L). A osmolaridade do GC e dos grupos AV se mantiveram próximas, entretanto, quanto maior a porcentagem de AV, menor a osmolaridade. No ensaio reológico, observou-se redução da viscosidade com o aumento da temperatura e os grupos AV obtiveram menor viscosidade quando comparados ao GC. Na análise do sêmen caprino submetido à congelação, os grupos AV apresentaram menor (P<0,05) motilidade total e
progressiva em relação ao sêmen fresco e GC. Foi observada redução (P0,05) entre os grupos para os demais testes realizados, tanto de cinética quanto de integridade de membranas. Um diluidor seminal requer osmolaridade e pH adequados, fonte de energia e crioprotetores, e estes quesitos foram atendidos pelo diluidor à base de AV, que apresentou ainda substâncias antioxidantes (terpenoides) e lipídeos (esteróis), que conferem proteção da célula em baixas temperaturas. A motilidade é um parâmetro necessário para que a célula alcance o oócito e fecundeo. Os grupos AV apresentaram valores de motilidade aquém dos observados no GC provavelmente devido à sua composição, que apresenta polissacarídeos complexos que formam uma malha e retém esses espermatozoides. Quanto maior a porcentagem de AV, maior a proporção desses polissacarídeos. Isso é refletido no maior potencial da membrana mitocondrial no grupo A3, uma vez que o espermatozoide aumenta o gasto para tentar se locomover através do meio. Os grupos AV conseguiram manter integridade das membranas compatíveis ao GC, bem como os níveis de ROS produzido. Esta condição é possível devido aos bioativos presentes na AV, que possibilitou proteção à célula durante a congelação celular.
Baseado no exposto, conclui-se que a Aloe vera pode ser um substituto aos diluidores comumente utilizados na congelação de espermatozoide caprino, entretanto, são necessários mais estudos para aumento da motilidade espermática após a descongelação.
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ALEXANDRA MELO OLIVEIRA
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INTOXICAÇÃO NATURAL E EXPERIMENTAL POR PORTULACA OLERACEA E LEUCAENA LEUCOCEPHALA EM PEQUENOS RUMINANTES
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Data: 28/02/2020
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Hora: 10:00
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No Nordeste do Brasil são frequentes as perdas de animais decorrentes de intoxicações por plantas. O conhecimento das plantas tóxicas, os quadros clínicos e lesões associados a ingestão dessas é importante para que as medidas preventivas sejam adotadas. Apresenta-se nessa dissertação dois surtos naturais de intoxicações por plantas ocorridos no Estado da Paraíba - Brasil. Um deles associado a ingestão da Portulaca oleracea em caprinos e ovinos e outro decorrente da ingestão de Leucaena leucocephala por caprinos. São apresentados também os resultados das reproduções experimentais das intoxicações. Um total de 160 animais, de um rebanho de aproximadamente 1000 cabeças de ovinos e caprinos, morreram no município do Congo-Paraíba após acesso a áreas invadidas por Portulaca oleracea. Os testes realizados para determinação da quantidade de nitratos, realizados em plantas colhidas das áreas de pastejo, foram positivos. Na intoxicação experimental dois caprinos receberam Portulaca oleracea, em dose única de 40 g/kg. Os sinais clínicos identificados foram taquicardia, dispneia, midríase, vocalização, nistagmo, distensão abdominal, atonia ruminal, mucosas cianóticas, tremores musculares, salivação, incoordenação, quedas, decúbito, movimentos de pedalagem e morte. Na necropsia, as mucosas estavam cianóticas, o sangue coagulava rapidamente e tinha coloração marrom-escuro. O teste de difenilamina foi positivo em amostras do conteúdo ruminal e sangue. A presença de grandes áreas invadidas pela planta, com concentração de nitrato superior a 2%, justificou o número elevado de mortes, sendo este um dos maiores surtos de mortalidade por ingestão de plantas tóxicas relatado na região semiárida do Brasil. O surto natural de intoxicação por Leucaena leucocephala ocorreu no Município de Arara- Paraíba. Dez cabras adultas tiveram acesso as folhas e frutos da leucena cortada das árvores. No dia seguinte dois animais apresentaram salivação excessiva, tremores, incoordenação, salivação espumosa, dificuldade na apreensão dos alimentos e tremores labiais. Posteriormente os animais tiveram queda de pelo e o proprietário optou pela comercialização dos animais. A intoxicação experimental foi realizada em um caprino macho, de aproximadamente seis meses, pesando 15 kg. A Leucaena leucocephala foi ofertada de forma fresca, exclusiva e ad libitum, durante 18 dias. Na reprodução experimental sinais clínicos foram identificados três dias após o consumo da planta. Hipotireoidismo, elevações das enzimas hepáticas e redução de creatinina foram identificados. O animal foi eutanasiado in extremis quando apresentou grave quadro de debilidade. Edemas e ulcerações foram visualizados em vários órgãos. O histórico do caso, os sinais clínicos apresentados pelos animais e a reprodução experimental comprovaram a intoxicação aguda por Leucaena leucocephala em caprinos. A manifestação dos sintomas foi mais rápida que a registrada por outros autores, se iniciando por sinais neurológicos no surto. Além dos sinais comumente identificados nos casos de intoxicação registrou-se perda da vocalização na reprodução experimental. A ausência de espermatozoide nos túbulos seminíferos foi uma alteração também identificada e que ainda não tinha sido relatado em estudos anteriores, o que pode estar relacionado com a interferência da mimosina na esfera reprodutiva. Conclui-se que a ingestão natural e experimental da planta produziu intoxicação na espécie caprina e sugere alta toxicidade das plantas na região.
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ANA CLARISSE DIAS DA SILVA
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AVALIAÇÃO CLÍNICA DA PRESENÇA DA ALÇA DE HENLE EM CHELONOIDIS CARBONARIUS (SPIX, 1824) PELO USO DO DIURÉTICO FUROSEMIDA
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Data: 28/02/2020
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Hora: 09:00
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Os répteis apresentam alça de Henle, porém autores afirmam a perda da porção ascendente da
mesma. Essa região é o local de ação de alguns diuréticos, como a furosemida. O objetivo deste
trabalho foi verificar se há ação desse fármaco em jabutis Chelonoidis carbonarius. Foram feitos dois experimentos: no primeiro, avaliou-se o tempo que os animais levaram para urinar após aplicação da furosemida e no segundo, quantificou-se o volume de urina produzido. Todos os animais foram provenientes do Parque Zoobotânico Arruda Câmara, localizado na cidade de João Pessoa-PB, onde os experimentos foram realizados. No experimento 1, os animais que receberam a furosemida urinaram numa média de tempo inferior (41,83±23,96) quando comparados aos animais que não receberam (90,17±68,99). No experimento 2, houve um aumento significativo da diurese após a aplicação da furosemida, sendo o aumento do volume da urina equivalente a 177,9%. Esses resultados apontam para eficácia da furosemida na espécie C. carbonarius, por consequente, conclui-se que o néfron do jabuti C. carbonarius apresenta a porção ascendente da alça de Henle.
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RODRIGO ALVES MONTEIRO
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AVALIAÇÃO DAS PRÁTICAS DE CRIOPRESERVAÇÃO SOBRE ESPERMATOZOIDES DE JUMENTO (Equus asinus)
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Data: 27/02/2020
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Hora: 14:00
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A maioria das técnicas utilizadas para criopreservação de sêmen em asininos são adaptações de outras espécies, a espécie equina servindo de base para essas práticas. Portanto, o desenvolvimento de técnicas de criopreservação, voltadas exclusivamente para jumentos, é uma necessidade na reprodução desses animais. Baseado nisso o objetivo desse estudo foi avaliar as técnicas de remoção do plasma seminal e os métodos de congelação de sêmen na espécie asinina (Equus asinus), preconizando protocolos aplicáveis à rotina de campo. Foram testados dois métodos de remoção do PM, centrifugação e filtração, e os sistemas de congelação, automatizado e convencional. Foram usados três machos adultos, saudáveis. Para as colheitas de sêmen foi utilizado o método de vagina artificial, totalizando 18 ejaculados aprovados, compreendendo seis ejaculados por cada animal. Após as colheitas e remoção da fração gel, o sêmen foi previamente diluído (1:1; sêmen:diluidor). O sêmen, então, foi dividido em duas partes, uma submetida ao filtro de membrana comercial (SpermFilter®), a outra parte submetida à centrifugação (600 x g por 10 minutos). Para os métodos de congelação foram usados o sistema convencional (geladeira 5 °C/rampa em caixa de isopor) e o sistema automatizado (TK-3000®, curva P2S2). Assim, formou-se os grupos: centrifugado automatizado (MC), filtrado automatizado (MF), centrifugado convencional (RC) e filtrado convencional (RF). Foram realizadas análises subjetivas no sêmen fresco, (motilidade, vigor, concentração, pH, morfologia e integridade de membrana plasmática) e pós-descongelação (cinética espermática, integridade de membranas plasmática e mitocondrial). Os dados foram submetidos à avaliação estatística (teste de normalidade, ANOVA e pós-teste de Tukey, com nível de significância de 5%). Os animais foram avaliados individualmente e após a constatação que não houve diferença entre os indivíduos, os dados foram agrupados por grupo experimental formado. Foi constatado que os grupos submetidos à técnica de filtração apresentaram maior recuperação espermática (P0,05) distinção entre os grupos experimentais. Foi observado que o grupo RF apresentou menor (P<0,05) motilidade progressiva e velocidade curvilinear que os demais grupos testados. Conclui-se que o método centrifugação é o mais indicado para espécie asinina. O método de congelação automatizado, em jumentos, se apresentou mais seguro e constante na redução da temperatura, o método convencional pode ser uma alternativa desde de que realizado na curva rápida.
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GABRIELA SOARES BARBOSA
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ESTUDO RETROSPECTIVO DA ANEMIA INFECCIOSA EQUINA NO ESTADO DA PARAÍBA, BRASIL, 2010-2018.
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Data: 27/02/2020
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Hora: 13:30
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A Anemia Infecciosa Equina (AIE) é uma doença infecciosa de distribuição mundial, que acomete equídeos de modo geral, é causada pelo vírus da Anemia Infecciosa Equina (vAIE), que pertence à família Retroviridae e gênero lentívirus. É considerada uma importante enfermidade para a sanidade equina, de notificação obrigatória no Brasil. Objetivou-se realizar um estudo retrospectivo da anemia infecciosa equina entre o período de 2010 a 2018, em equídeos do estado Paraíba, além de caracterizar a situação epidemiológica da AIE, estimar a frequência da doença e a distribuição da doença no Estado. Os dados foram fornecidos pelo serviço veterinário oficial, referentes aos diagnósticos positivos para AIE notificados pelos médicos veterinários habilitados para executar ações previstas no Programa Nacional de Sanidade Equina (PNSE). De 2010 a 2018 foram identificados 684 focos de AIE distribuído pelo Estado. Foram examinados 1.841 equídeos, sendo que 803 animais distribuídos em104 (46,6%) munícipios da Paraíba apresentaram testes positivos para AIE. Entre as espécies foi observado que 90,7% eram equinos, 7,9% muares e 1,2% asininos. A anemia infecciosa equina está presente em todas as mesorregiões do estado da Paraíba, ocorrendo notificações de casos em todos os anos do período estudado.
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ISIS DANIELE DOS SANTOS ROCHA
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Caracterização da Suinocultura no Estado da Paraíba, Brasil
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Data: 27/02/2020
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Hora: 09:00
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A suinocultura é um importante setor pecuário para a economia brasileira, uma vez que, influencia na geração de emprego e renda, além de fomentar o setor de insumos. A região Sul do país concentra a maior parte da criação de suínos, apresentando maior grau de tecnificação da atividade, sendo responsável pela maior parcela de exportação da proteína e seus subprodutos. No Nordeste, a atividade suinícola ainda está em crescimento, sendo voltada basicamente, para subsistência. A produção de suínos no Estado da Paraíba ainda é pequena quando comparada a outros Estados nordestinos, havendo carência de estudos que caracterizem a suinocultura local, que são importantes para fornecer informações para programas de controle de doenças, bem como identificar falhas ou distinção no manejo dos animais, além de voltar à atenção de políticas públicas para o setor ainda em crescimento.
Sendo assim, o objetivo deste trabalho foi caracterizar as criações de suínos nas diferentes
mesorregiões do Estado da Paraíba. Os dados analisados foram fornecidos pelo Serviço
Veterinário Oficial do Estado, obtidos por meio da aplicação de questionários estruturados
durante visitas as unidades produtoras de suínos entre os meses de fevereiro a agosto de 2012.
Os técnicos visitaram 3.561 criadores de suínos, sendo 1.174 na mesorregião do Sertão Paraibano (SP), 1.034 na Borborema (B), 1.088 no Agreste Paraibano (AP) e 265 na Mata Paraibana (MP). Os resultados indicam que a suinocultura na Paraíba é caracterizada por propriedades pequenas, contendo, em média, 12,72 suínos, com tempo médio de atividade de 12,2 anos. As propriedades são localizadas principalmente na zona rural e praticam a suinocultura artesanal de subsistência. São criações individuais, onde predominam o sistema de chiqueiros/baias, produção por ciclo completo e de terminação. A fonte de água utilizada na atividade depende da disponibilidade e condições geoclimáticas das diferentes mesorregiões, sendo principalmente açude e poços no AP, rede pública, poços e rios na MP e poços e açude no SP. Os resíduos são descartados principalmente a céu aberto, e em menor proporção recebem outros destinos, como fossas e rios, sobretudo na MP e AP. No SP e no AP as paredes das instalações são predominantemente de madeira, o tipo de piso é principalmente terra batida e a cobertura das instalações são de telha ou palha. Por sua vez, as propriedades da MP se destacaram das demais pelo maior percentual de paredes de alvenaria, menor quantidade de paredes de arame ou madeira, piso predominantemente de cimento, não diferindo dos pisos nas propriedades na B, e cobertura de telha. Em conjunto, a estrutura das granjas na região da MP indica propriedades mais tecnificadas e mais adequadas as normas de segurança e bem-estar dos animais
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NAYADJALA TÁVITA ALVES DOS SANTOS
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ESTUDO RETROSPECTIVO DAS DOENÇAS INFECCIOSAS EM AVES SILVESTRES E EXÓTICAS DIAGNOSTICADAS NO HOSPITAL VETERINÁRIO DA UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA
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Data: 20/02/2020
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Hora: 14:00
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A dissertação foi dividida em dois capítulos. O primeiro capítulo aborda as doenças infecciosas que acometeram as aves silvestres e exóticas entre os anos de 2013 e 2018 de acordo com o livro de necrópsias do Laboratório de Patologia Veterinária (LPV) da Universidade Federal da Paraíba-UFPB. Foram abordados os casos gerais de aves com diversas condições infecciosas diagnosticadas através de exame necroscópico, histopatologia, histoquímica e imuno-histoquímica. Divide as doenças infecciosas em bacterianas, fúngicas e causadas por protozoário, não sendo possível, muitas vezes, a classificação dos agentes evolvidos na enfermidade diagnosticada nos espécimes estudados. Em um total de 189 amostras de tecidos oriundos de necrópsia ou biópsia coletados em aves silvestres e exóticas. Desses animais 50 (26,45%) foram identificados como doenças infecciosas. As doenças bacterianas foram as mais prevalentes representando 26 (52%) casos, seguido dos fungos com 11 (22%) aves acometidas e por último os protozoários com 2 (4%) do total de aves com diagnóstico de enfermidade infecciosa. As espécies mais acometidas foram Papagaio-verdadeiro (Amazona aestiva, Linnaeus, 1758), Maracanã-nobre (Diopsittaca nobilis, Linnaeus, 1758), Gavião-asade-telha (Parabuteo unicinctus, Temminck, 1824) e canário-da-terra-verdadeiro (Sicalis flaveola, Linnaeus, 1766), respectivamente. Este levantamento confirma a necessidade de investigação de patógenos de origem infecciosa, sejam eles bacterianos, fúngicos ou protozoários em rapinantes, passeriformes e psitaciformes, pois estes podem ser acometidos, bem como representar uma fonte de infecção de forma direta ou indiretamente. Já o segundo capítulo aborda os casos de aspergilose, uma doença fúngica que acometeu várias espécies descritas no levantamento, bem como suas caracterizações patológicas e dados epidemiológicos dos espécimes acometidos. Em passeriformes a enfermidade apresentou-se na forma cutânea e sistêmica, já em psitaciformes a forma pulmonar e a sistêmica foram as principais, padrão que se repete quando se trata dos falconiformes (Bonaparte, 1831). Os principais achados clínicos foram dispneia, má digestibilidade de grãos e desenvolvimento de lesões granulomatosas seguida por morte súbita. Na necrópsia as principais alterações foram circulatórias, incluindo hemorragia, edema e congestão em pulmão, fígado e baço, lesões granulomatosas em órgãos parenquimatosos e na pele. Na histopatologia os principais achados foram aerosaculite granulomatosa, pneumonia granulomatosa, granulomas hepáticos e foliculite fúngica. Em dois casos da A. aestiva foram realizados isolamentos microbiológicos positivos para Aspergillus sp. Em outro caso da Fregata magnificens (Mathews, 1914) foi feito exame de imuno-histoquímica, que marcou positivamente para o anticorpo anti-aspergillus e anti-zigomicetos. Nos demais casos a confirmação se deu através do exame histoquímico, no qual as hifas septadas do agente foram marcadas positivamente com as colorações de ácido periódico de schiff- PAS e metanamina de prata de Gomori-Grocott. Nosso estudo afirma a possibilidade de infecção por Aspergillus sp. em Amazona aestiva, Parabuteo unicinctus, Sporophila nigricollis (Vieillot, 1823), Crotophaga ani (Linnaeus, 1758) e Fregata magnificens. Apesar de serem espécies diferentes apresentaram patogenia e lesões patológicas semelhantes, sendo possível estabelecer um padrão de apresentação clínica e patológica da doença em aves silvestres no nordeste do Brasil.
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DIOGO VIEIRA MOURA
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ESTUDO QUALITATIVO DA MICROBIOTA BACTERIANA PREPUCIAL DE REPRODUTORES CAPRINOS NO ESTADO DA PARAÍBA
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Data: 17/02/2020
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Hora: 14:00
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No Brasil, a caprinocultura apresenta grande importância social e econômica para populações rurais, principalmente, na Região Nordeste. O desempenho produtivo, porém, é insatisfatório, em consequência do baixo emprego de tecnologias, bem como o ineficiente manejo sanitário reprodutivo pode resultar em graves consequências na produtividade dos rebanhos. Infecções, sobretudo, as bacterianas, podem causar subfertilidade ou infertilidade. As espécies da microbiota normal têm papel relevante tanto na manutenção da saúde, como na possibilidade de causar doenças. Essas são capazes de se tornarem patogênicas em condições errantes ou em situações de imunossupressão. Ademais, a ausência da flora bacteriana normal do prepúcio pode facilitar o estabelecimento de infecções oportunistas por patógenos de importância clínica. Alguns trabalhos têm descrito a microbiota bacteriana presente no prepúcio de animais, entretanto, há poucas publicações sobre a microbiota prepucial em caprinos. Em face dos escassos dados, este estudo objetivou descrever, por meio do isolamento e identificação, as bactérias que habitam o prepúcio de reprodutores caprinos das mesorregiões Agreste Paraibano e Borborema do estado da Paraíba, Brasil. Amostras da cavidade prepucial de 40 caprinos foram coletadas e analisadas microbiologicamente. Os resultados demonstraram crescimento bacteriano em todos os swabs prepuciais, com isolamento de 81 tipos bacterianos pertencentes a 16 gêneros e 26 espécies diferentes. As bactérias mais prevalentes foram Bacillus spp. (28,4%), Citrobacter sp. (9,9%), Corynebacterium sp. (7,4%), Staphylococcus sp., Klebsiella sp. e Streptococcus spp. (4,9% cada), Staphylococcus lutrae e Tatumella spp. (3,7% cada). Os resultados divergiram dos encontrados na escassa literatura existente e evidenciaram uma boa diversidade de bactérias da microbiota prepucial desses animais. Apesar da maioria das bactérias isoladas ser considerada comensal, várias podem ser patogênicas oportunistas em condições favoráveis
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ERIKA DE LOURDES GOMES DE QUEIROZ
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ESTUDO COMPARATIVO ENTRE ESFREGAÇOS DE SANGUE TOTAL, PERIFÉRICO E ESPLÊNICO PARA DIAGNÓSTICO DE PIROPLASMOSE EM EQUINOS DA PARAÍBA
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Data: 07/02/2020
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Hora: 14:00
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A piroplasmose equina, também conhecida como babesiose, é uma enfermidade 11 causada pelos protozoários Babesia caballi e Theileria equi, que acomete equinos, asininos, 12 zebras e muares transmitida principalmente por carrapatos. Desta forma, o objetivo desse 13 trabalho foi comparar os resultados obtidos com o uso das amostras de esfregaços de sangue 14 total, ponta de orelha e de punção esplênica e verificar melhor metodologia simples e precisa 15 para diagnóstico de piroplasmose em equinos portadores subclínicos no estado da Paraíba. No 16 período de junho a novembro de 2019, um total de 90 equinos foram avaliados, com peso 17 médio de 350 Kg, idade entre 2 a 25 anos, de ambos os sexos. A frequência dos animais 18 positivos para esfregaço de sangue total colhido da venopunção da jugular (60% Babesia 19 caballi; 17,8% Theileria equi), no sangue esplênico (55,6% Babesia caballi; 11,1% Theileria 20 equi) e no sangue colhido da veia auricular interna (48,9% Babesia caballi; 11,1% Theileria 21 equi), respectivamente. Os resultados obtidos por este estudo revelaram que 65 animais foram 22 positivos em pelo menos uma das técnicas e 25 foram negativos em todas as técnicas. Não 23 houve associação significativa entre a infecção e os carrapatos. Os três métodos são de fácil realização, seguros e pouco invasivos, porém o esfregaço do sangue da jugular foi o mais eficaz em detectar Piroplasmose em equinos.
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