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MARIA ELITA DO NASCIMENTO
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Vivendo na cidade: uma etnografia sobre grupos domésticos potiguara em Mataraca (PB)
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Orientador : FABIO MURA
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Data: 23/12/2022
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Hora: 14:30
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em breve
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MARLON NILTON DA SILVA GALVÃO
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O concreto de João Pessoa sobre as redes do Porto do Capim: conflitos territoriais e identidade no contexto da cidade
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Data: 20/12/2022
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Hora: 14:30
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A comunidade ribeirinha do Porto do Capim, em João Pessoa, Paraíba, tem uma rica
trajetória de formação e defesa de um território próprio, principalmente em disputa com
a Prefeitura da cidade. Tomando corpo a partir das décadas de 1930/40, a comunidade
recebe diversos fluxos de pessoas e com o tempo compreende tal diversidade como
parte constituinte de sua identidade, a partir da relação com a maré (ASSAD, 2017). A
partir destas questões o presente trabalho se propõe a trazer algumas reflexões sobre a
formação da identidade ribeirinha entre os moradores do Porto, constituída a partir da
relação cotidiana entre os grupos domésticos e os grupos com o ambiente. Para isto,
partiremos do conceito de dominialização (BARBOSA DA SILVA & MURA, 2018).
Tomando este fluxo de pessoas, ideias e materiais, queremos trazer luz a algumas
dinâmicas que são norteadoras da formação desta identidade, e a relação entre esta e a
luta pela permanência da comunidade em seu território. Isto porque atualmente ela
segue em processo de disputa com a prefeitura de João Pessoa, que planeja a sua
remoção para a construção de espaço para fins turísticos.
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MARLON NILTON DA SILVA GALVÃO
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O concreto de João Pessoa sobre as redes do Porto do Capim: conflitos territoriais e identidade no contexto da cidade
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Data: 20/12/2022
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Hora: 14:30
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A comunidade ribeirinha do Porto do Capim, em João Pessoa, Paraíba, tem uma rica
trajetória de formação e defesa de um território próprio, principalmente em disputa com
a Prefeitura da cidade. Tomando corpo a partir das décadas de 1930/40, a comunidade
recebe diversos fluxos de pessoas e com o tempo compreende tal diversidade como
parte constituinte de sua identidade, a partir da relação com a maré (ASSAD, 2017). A
partir destas questões o presente trabalho se propõe a trazer algumas reflexões sobre a
formação da identidade ribeirinha entre os moradores do Porto, constituída a partir da
relação cotidiana entre os grupos domésticos e os grupos com o ambiente. Para isto,
partiremos do conceito de dominialização (BARBOSA DA SILVA & MURA, 2018).
Tomando este fluxo de pessoas, ideias e materiais, queremos trazer luz a algumas
dinâmicas que são norteadoras da formação desta identidade, e a relação entre esta e a
luta pela permanência da comunidade em seu território. Isto porque atualmente ela
segue em processo de disputa com a prefeitura de João Pessoa, que planeja a sua
remoção para a construção de espaço para fins turísticos.
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JOAO PAULO PEREIRA LAZARO
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A auditoria como campo etnográfico: governança e acordos privados no Brasil.
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Orientador : ALICIA FERREIRA GONCALVES
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Data: 19/12/2022
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Hora: 14:00
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Este estudo é produto de uma investigação doutoral desenvolvida a partir de um convenio de colaboração em cotutela de tese entre a Universidad Autónoma de Madrid (Espanha) e a Universidade Federal da Paraíba (Brasil). A proposta deste estudo foi submergir na rotina das instituições de governança tendo como espaço investigativo a gestão direta e contratada de unidades de saúde públicas num estado federativo do Brasil onde foram problematizadas as ações dos agentes públicos entrelaçados nas dinâmicas de poder construídas e mantidas pelas elites governativas e políticas. Analisando-as à luz do patrimonialismo, da teoria da dádiva, da teorização sobre o tempo da política e da política que penetra o tempo de governar. A investigação de campo teve como perspectiva metodológica a observação participante ocorrida no tempo de dois anos no entorno cotidiano da gestão do Hospital HGD e do setor seguimento e fiscalização de contratos de gestão DAFH, o qual exigiu um olhar direcionado ao enfoque normativo que dota o cotidiano administrativo de regras formais e outro olhar direcionado às condutas informais e/ou paralelas (informadas pela política) que atravessam a rotina governativa impondo suas regras. Este duplo olhar foi uma condição necessária para aprender como funciona o poder governativo desde dentro do movimento de suas elites. Os resultados do estudo mostram as tramas que conduzem a apropriação do público como privado e as análises conclusivas afirmam que o patrimonialismo (como prática de poder), continua presente no modo de governar as instituições e de conduzir a política no Brasil
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NÚBIA GUEDES DE BARROS FERREIRA
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LEI DE DROGAS: ETNOGRAFANDO O ENCARCERAMENTO DA MULHER E DA MATRIFOCALIDADE NA PRISÃO FEMININA MARIA JÚLIA MARANHÃO (JOÃO PESSOA-PB)
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Data: 29/11/2022
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Hora: 15:00
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O presente trabalho tem por objetivo central a compreensão do encarceramento da mulher e da matrifocalidade promovido pela Lei de Drogas. De forma basilar, a pesquisa consiste em uma etnografia realizada com mulheres presas em regime fechado e com suas famílias no dia de visita, mas também se debruça em uma análise de sentenças em autos criminais da única Vara de Entorpecentes da Capital. A Lei de Drogas, nº 11.343/2006, consiste na principal incursão das mulheres encontradas nas prisões brasileiras. A pesquisa aponta a lei referida como a racionalidade do Estado, a biopolítica para controle social dos corpos, a higienização social de lastro racista. No campo, revelam-se variadas formas de percepção da imersão da mulher no tráfico de drogas. Do lucro fácil às razões motivadas por sentimentos por seus companheiros, sustento financeiro dos filhos, pela vida miserável em que se encontram, pela feminização da pobreza, por amor ao filho. O Estado assume neste estudo uma configuração antropomorfa. A pesquisa perpassa períodos diversos, mas tem ênfase no tempo marcado pela pandemia do Covid-19. A etnografia de documentos e as falas de policiais revelam que a mulher é presa por uma inopinada, ainda tem prisão em flagrante estendida ao do companheiro. O verbo guardar esteia, em grande parte, a prisão da mulher. A visita social da família consolidou-se como a maior forma de humanização da pena. Os afetos são os devires, potencialidades de existir do preso e de sua família. A pandemia do Covid-19 consolida a legitimidade de antigas práticas do sistema prisional, sistematiza o óbice dos afetos por meio do interdito da visita. Os dados etnográficos apontam os óbices de vivência dos afetos da prisioneira e de sua família como a racionalidade do Estado na construção e imputação da dor. A prisão da mulher é observada como mais sofrível que a prisão do homem devido à maternidade, assim, tira duas cadeias. Os obstáculos à visita da família causam problemas de saúde física e psicológica às mulheres e às crianças. A dor e o ócio das prisioneiras constituem uma racionalidade do sistema prisional. As práticas violentas da revista dos corpos são observadas como uma sanção para além da dosimetria da pena que se estende à família, ultrapassando a pessoa do apenado. A automutilação, característica imbricada na prisão feminina, consiste em produção de vida. Os recursos metodológicos utilizados na pesquisa foram observação direta, caderno de campo, conversas informais, entrevistas, desenhos, memorização, análise de sentenças judiciais na única Vara de Entorpecente da cidade de João Pessoa-PB.
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VALCLECIA BEZERRA SOARES
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Os Warao e a Interculturalidade: Propostas para uma educação escolar indígena migrante a partir da ACP/Roraima
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Data: 30/09/2022
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Hora: 09:30
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O Brasil tem vivenciado desde 2014, a chegada de grupos indígenas venezuelanos. O
fluxo começa a se intensificar em 2016 e quantitativo maior corresponde a indígenas da
etnia Warao, vindos do delta do rio Orinoco, região Nordeste da Venezuela. A fronteira
pela qual entram no país fica localizada no município de Pacaraima/RR. Ao chegarem
ao Brasil, parte desses grupos se deslocam para outras regiões do país, mas o Estado de
Roraima continua com uma forte presença de indígenas venezuelanos, seja de novos
grupos que chegam, seja dos grupos que permanecem no Estado desde a chegada. A
permanência desses grupo desperta várias discussões e o quantitativo de crianças e
adolescentes em idade escolar obrigatória que não estavam sendo atendidos levou a
instauração de uma Ação Civil Pública (ACP), em 2018, provocada pelo Ministério
Público Federal, cujos réus são a União, a Funai, o Estado de Roraima e os municípios
de Boa Vista/RR e Pacaraima/RR. O objetivo da ACP é fazer com que os réus adotem as
medidas necessárias para a oferta da educação escolar aos povos indígenas
venezuelanos residentes em Roraima. Nesta dissertação, busco compreender como o
atendimento escolar para os indígenas venezuelanos é pensado, a partir das posturas dos
atores sociais envolvidos, através da análise do conjunto de documentos que compõem a
ACP-Warao/RR e outras fontes consultadas.
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LAYZA ARIANE ALVES BANDEIRA
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A poesia é para qualquer pessoa: Estudo etnográfico da poesia marginal produzida por mulheres inseridas no movimento Slam Dandaras do Norte.
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Orientador : MARCIA REIS LONGHI
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Data: 12/09/2022
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Hora: 14:30
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O presente estudo etnográfico foi desenvolvido com o coletivo Slam Dandaras do Norte, provocado pela aproximação ao trabalho poético e político das organizadoras do slam, que está localizado na cidade de Belém-PA. Este estudo tem por objetivo apresentar por meio da poesia falada, que está presente no universo do slam, como as experiências das mulheres aparecem no slam Dandaras do Norte criado por mulheres e para mulheres. Desse modo, a etnografia desenvolvida busca: a) apresentar o percurso, aproximação e inserção ao grupo, como pesquisadora e integrante; b) analisar por meio das poesias das Dandaras suas experiências de vida, que são as mais variadas, levando em consideração as interseccionalidades e c) apontar o slam Dandaras do Norte como um marcador do protagonismo das Dandaras e em defesa de grupos majoritariamente excluídos. Esta pesquisa se justifica devido à dimensão das batalhas de poesias que se circunscreve em várias cidades brasileiras, mas, sobretudo pelo carácter das poesias produzidas, a partir da autoafirmação das experiências de vida. Este estudo foi realizado entre os meses de março a dezembro de 2021, através dos meios virtuais devido a pandemia e mediante a encontros presenciais com a retomada de algumas apresentações do coletivo.
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TATIANE ALVES SILVA
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"MATERNIDADE ATÍPICA E AUTISMO: TRILHANDO CAMINHOS DE DOR, PERTENCIMENTO E ATIVISMO NAS MÍDIAS SOCIAIS.
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Orientador : FLAVIA FERREIRA PIRES
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Data: 06/09/2022
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Hora: 14:30
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O presente trabalho tem como objetivo compreender o uso da mídia social como possibilidade de construção de redes de apoio ao exercício da maternidade de crianças autistas por mães não autistas e por mães autistas. Busco ainda compreender a construção de redes de apoio ao exercício da maternidade de crianças autistas, a compreensão das relações, tensões relativas à maternidade e ao autismo. Trata-se de um estudo com arcabouço etnográfico, cuja escolha metodológica foi direcionada em função do isolamento social causado pela pandemia de covid-19. Este trabalho consiste em uma análise qualitativa realizada a partir de um universo de 10 mulheres participantes, dentre estas, 6 são também autistas. O trabalho, uma etnografia para internet, se consolidou com base em observação participante por meio de mídia social, em especial, o Instagram, mas também no Youtube, Podcasts e outras plataformas digitais, conversas abertas realizadas por meio das próprias ferramentas de bate papo do Instagram e interações também pelo WhatsApp e Email, além do uso de caderno de campo. O estudo foi amparado em discussões sobre os estudos da deficiência, assim como em teorias do cuidado, estudos sobre maternidade e também sobre autismo, alguns aspectos envoltos ao feminismo, redes de apoio e a utilização de mídias sociais. Ao inquirir sobre a construção de redes de apoio circunscritas ao digital, mas com possibilidade de extrapolar o online, foi encontrada a maternidade como um vetor de composição de forças face às dificuldades enfrentadas por mães e crianças, para além dos conflitos em meio aos descasos social e político em torno do autismo. A maternidade apareceu como um lugar de solidão, mas também como um lugar político, de representatividade, de resistência ao unir subjetividades e fomentar o sentimento de pertença.
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LUCIANA DA SILVA MENENDEZ
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MIGRAR ENTRE FRONTEIRAS: POLÍTICAS DE GESTÃO DA VIDA WARAO (JOÃO PESSOA-PB)
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Orientador : RITA DE CASSIA MELO SANTOS
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Data: 30/08/2022
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Hora: 14:00
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O fluxo migratório dos Warao para o Brasil revelou a presença do grupo em
João Pessoa/PB no final do ano de 2019. Direcionados na busca por uma forma de
sobreviver e continuar com suas existências, encontram com o Estado que irá traçar
seus destinos e rotas rumo à implementação de seus direitos sociais. Nesse caminho,
analiso construções sociais vindas de discursos da mídia, sociedade civil e agentes
públicos sobre essa população e o modo que estas refletirão na implementação de
políticas públicas pensadas às especificidades do que analisei sob a ideia de um
problema social. A investigação perpassa pela compreensão do conceito do Estado
que se relaciona com eles, da identidade dos agentes públicos envolvidos e dos
mecanismos e tecnologias de governo utilizados na gestão dessa população. A história
do grupo é revelada sob a ótica da lógica das expulsões, a qual, pela continuidade de
esbulhos ainda que no contexto brasileiro, promoverão o cruzar de outras fronteiras. A
temporalidade Warao mostrará conflitos com agentes públicos que fundamentam ações
com base na necessidade de garantir seus direitos humanos, mas que realizam a
segurança de suas fronteiras contra possíveis ameaças. Para obtenção dos dados que
apresento nesta pesquisa, procedi com análise dos documentos contidos em processos
judiciais, administrativos e inquéritos civis públicos, entrevistas, reportagens,
observação participante nos abrigos, projetos de extensão e em reuniões com os agentes
públicos envolvidos na solução das demandas em João Pessoa-PB.
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RAQUEL VIANA DOS ANJOS
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EXPERIÊNCIAS DE MORADIA COLETIVA ENTRE JOVENS DE UMA RESIDÊNCIA ESTUDANTIL NO IFPI CAMPUS URUÇUÍ
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Data: 29/08/2022
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Hora: 09:00
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Esta pesquisa busca compreender as relações de sociabilidades que jovens estudantes estabelecem durante a experiência de moradia coletiva em uma residência estudantil mantida por um Instituto Federal em uma cidade do interior do Piauí. Tento compreender também suas trajetórias de chegada à residência estudantil e suas motivações por essa escolha para além de questões econômicas. Diante da impossibilidade de um campo físico, uma vez que com a pandemia, a residência-escola estava fechada, o contato com os interlocutores foi mediado pelas tecnologias digitais de comunicação e informação -TIC´S, e três encontros físicos, me fazendo refletir sobre os limites e alcances da etnografia em tempos de pandemia. Participaram desta pesquisa dez estudantes, de ambos os gêneros, entre residentes e ex-residentes além de três profissionais da instituição que trabalham diretamente na gestão e organização da moradia estudantil. Os dados obtidos durante a pesquisa indicaram o processo de consolidação da assistência estudantil no campus e as estratégias de convivência e superação de dificuldades dos estudantes durante as suas permanências na residência estudantil. Verifiquei nas falas dos meus interlocutores o reconhecimento da importância da existência de uma residência estudantil como uma ação que garanta o acesso e permanência destes ao ensino médio integrado e no ensino superior, oferecidos pelo Instituto Federal de Educação Ciência e Tecnologia do Piauí IFPI, Campus Uruçuí, além da ressignificação do espaço e das relações que são estabelecidas por eles no espaço.
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LURIANA DE SOUSA BARROS
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Nós lutamos por dignidade. Quem não por seus direitos? Trabalhadoras Domésticas em Contexto de Pandemia de Covid-19 na cidade de São Luís-Maranhão
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Data: 26/08/2022
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Hora: 14:00
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Este trabalho aborda as condições estabelecidas para as trabalhadoras domésticas no período de pandemia de Covid-19, na cidade de São Luís do Maranhão (Brasil), contando desde a declaração, no Brasil, em março de 2020, da situação de emergência sanitária, até julho de 2022. A partir da perspectiva da antropologia da saúde e do aporte teórico do pensamento feminista negro e decolonial, esta pesquisa aborda como têm se dado as experiências desta categoria profissional, historicamente vulnerabilizada, no contexto de convivência com uma doença contagiosa e de evolução incerta, que tem provocado inúmeros impactos na saúde e na organização da vida cotidiana das pessoas, embora que de modo diferenciado e intensidades igualmente distintas, pensando a temporalidade da pandemia com suas curvas de óbitos e novas infecções. O Sindicato dos Trabalhadores Domésticos do Maranhão (Sindoméstico-MA) foi a porta de entrada para fazer o contato com as mulheres trabalhadoras domésticas e um dos campos privilegiados de observação. A metodologia incluiu visitas ao sindicato, participação em atividades e entrevistas semiestruturadas realizadas com as mulheres que guiam atualmente este espaço e trabalhadoras não sindicalizadas, mas que utilizam os serviços oferecidos pelo sindicato. Também foram acompanhadas mesas redondas, campanhas e reuniões, através das redes sociais de organizações das trabalhadoras domésticas no Brasil e no exterior. A reivindicação pela garantia dos direitos trabalhistas surgiu de modo evidente no campo. Com isso, observa-se de modo mais acentuado, no contexto pandêmico, a falta de acesso à seguridade social - conjunto de políticas públicas de iniciativa dos Poderes Públicos, que tem como dever assegurar acesso aos direitos relativos à saúde, previdência e assistência social -, que nos chama a atenção para pensarmos a precarização das condições de trabalho estabelecidas para as trabalhadoras domésticas no atual cenário. A pesquisa também possibilitou acessar a memória sobre as trajetórias, experiências e narrativas da vida das trabalhadoras domésticas em São Luís do Maranhão.
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ARTUR PEREIRA QUINTEIRO COSTA
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Covid-19, Um Visitante indesejado: O cotidiano das Instituições de Longa Permanência para Pessoas Idosas- no Sertão de Pernambuco, no Contexto da pandemia do SARS- CoV-2.
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Orientador : MARCIA REIS LONGHI
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Data: 25/08/2022
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Hora: 14:30
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A pesquisa intitulada Covid-19, Um Visitante indesejado: O cotidiano
das Instituições de Longa Permanência para Pessoas Idosas no Sertão de Pernambuco,
no Contexto da pandemia do SARS- CoV-2 teve por finalidade observar o cotidiano
das Instituições de Longa Permanência para Pessoas Idosas, no período da pandemia de
Covid-19, buscou conhecer quem eram os residentes desse espaço, e compreender se o
momento pandêmico trouxe impactos à rotina dos residentes e demais integrantes de
uma Instituição pública, localizada no Sertão do Moxotó , no Estado de Pernambuco.
Analisando as principais estratégias utilizadas de prevenção e combate para evitar a
entrada do vírus SARS-CoV-2 no estabelecimento, pesquisando as repercussões das
novas rotinas das redes de cuidado estabelecidas. Além de pautar as percepções dos
atores que participam do processo de institucionalização, como forma de desmitificar o
universo institucional que permeia a vida de idosos, funcionários e familiares.
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ROBERTA DO NASCIMENTO MELLO
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SOCIABILIZANDO NA CASA: Uma análise antropológica das sociabilidades de crianças e adolescentes em situação de acolhimento institucional em tempos de pandemia de Covid-19
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Orientador : MARCIA REIS LONGHI
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Data: 25/08/2022
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Hora: 09:00
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A presente dissertação tem por objetivo de investigar as formas de sociabilidades que as crianças e adolescentes em situação de acolhimento institucional constroem dentro deste contexto em tempos de pandemia de Covid-19 em uma instituição de acolhimento no estado da Paraíba. Enquanto que o isolamento social é algo que para nós foi uma novidade em tempos de pandêmicos, para as crianças e adolescentes que vivem em uma instituição de acolhimento institucional isto não é uma novidade, visto que apesar do que é previsto em lei pela promoção do direito a convivência familiar e comunitária, a verdade é que as crianças e adolescentes apesar de estarem inseridas na cidade, estão isoladas dela. Visto que suas saídas da instituição são sempre limitadas e acompanhadas de algum funcionário da instituição, fazendo assim com que esses sujeitos em tempos de pandemia vivem o que chamo de isolamento em dobro. A pesquisa etnográfica realizada em uma Casa de Acolhimento na Região Metropolitana de João Pessoa, na Paraíba, teve enquanto interlocutores principais 15 crianças e adolescentes e foi realizada durante todo o ano de 2021.
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EVANIELLY SHEYLA VELOZO SILVA
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Ofensivas antigênero na Câmara Municipal de João Pessoa: uma análise sobre
legislação e discursos
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Data: 23/08/2022
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Hora: 09:00
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Eventos transnacionais, ocorridos na década de 1990 e organizados pela ONU, abriram espaço para um período de politização ativa e reativa acerca da noção de gênero e dos direitos reprodutivos e sexuais. Estudos identificam o momento como uma nova temporalidade, marcada pela criação de condições para a irrupção renovada e simultânea das políticas antigênero. Devido a ocupação massiva da extrema-direita em instituições públicas, como as Casas Legislativas, em países da América Latina, como o Brasil, as ofensivas antigênero têm assumido lugares de relevância em contextos de transição política. Atentando para a ausência de estudos voltados para a compreensão de como as ofensivas são construídas e pulverizadas em contextos locais, esta pesquisa se ocupará em fazer um balanço das cruzadas antigênero encontradas na Câmara Municipal de João Pessoa (CMJP) do ano de 2016 até 2022. Tratará também de apresentar os fluxos institucionais e a tramitação de projetos de lei na Casa Legislativa a partir de uma etnografia dos processos legislativos, utilizando documentos de ação e registros encontrados no Sistema de Apoio Legislativo (SAPL). Como resultado, apresento uma análise acerca das tentativas de aprovação de projetos de lei sobre a proibição da linguagem neutra no município de João Pessoa, expondo os trâmites burocráticos e as manobras políticas e discursivas utilizadas em prol de suas aprovações, compreendendo que este assunto tem se tornado um dos temas atuais e constantemente atacados por alianças neoconservadoras, religiosas ou seculares.
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AMANDDA YVNNE FIGUEIREDO DA CRUZ
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OS DONOS DA ALDEIA: HISTÓRIA, MEMÓRIA E MOBILIZAÇÃO ÉTNICA DO POVO TABAJARA DA PARAÍBA AMANDDA YVNNE FIGUEIREDO DA CRUZ
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Data: 25/07/2022
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Hora: 14:00
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O trabalho analisa o caso do povo Tabajara da Paraíba, uma etnia que era considerada
desaparecida desde o século XIX e que, a partir de 2006 inicia uma mobilização étnica para
o reconhecimento de sua identidade pelo Estado brasileiro e a demarcação de suas terras.
Para tanto, a dissertação divide-se em cinco capítulos: no primeiro, por meio da análise de
três situações históricas vividas pelo grupo, foi feita uma reconstrução de como se deu o seu
desaparecimento oficial; no segundo e terceiro, através da micro-história, trajetórias
familiares de alguns indígenas que receberam lotes na Jacoca foram refeitas; no quatro, é
descrita a distribuição de poder no município do Conde, palco da mobilização étnica
tabajara; no quinto, a mobilização protagonizada pelas famílias Tabajaras e analisada,
focando o direito ao retorno das famílias ao território tradicional e a redefinição do controle
social dos seus recursos ambientais.
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LAIS CABRAL NECKEL
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Entre o Emergencial e o Estratégico. Entre a Pandemia e o Pandemônio: A Articulação Nacional de Emergência Cultural e a Lei Aldir Blanc.
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Orientador : ALEXANDRA BARBOSA DA SILVA
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Data: 21/07/2022
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Hora: 14:00
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A seguinte dissertação tem como objetivo apresentar e discutir as ações
realizadas pela organização política Articulação Nacional de Emergência Cultural, que
emergiu e se articulou por intermédio de plataformas digitais no contexto da situação de
pandemia provocada pelo vírus SARS-CoV-2, conhecido como COVID-19. Realizou-se
o acompanhamento das ações desenvolvidas pela organização no período
correspondente a março de 2020 a agosto de 2021. A pesquisa centrou no processo de
tramitação do Projeto de Lei nº 1.075/2020, o qual foi implementado por meio da Lei
n°14.017/2020, conhecida como Lei de Emergência Cultural Aldir Blanc, sendo esta a
pauta central da mobilização política na área do movimento de agentes culturais no
período da pesquisa, assim como da organização. Desta forma, buscou-se compreender,
como objetivo principal, a articulação do movimento e suas estratégias de mobilização
em virtude da constituição de políticas de regulamentação para implementação de ações
mediante a situação de calamidade pública no Brasil, assim como mediante o embate
político no setor cultural no governo de Jair Bolsonaro. Como objetivos específicos
destacam-se a análise da organização de um movimento político cultural no contexto de
pandemia, a mobilização na constituição de uma política emergencial para o setor, as
ações da articulação realizadas pelo meio digital como mobilização e pressão política e
as negociações e estratégias políticas em virtude da aprovação do projeto de lei no
Congresso Nacional. A partir da concepção do movimento de articulação, organizou-se
uma agenda de atuações que se fez prioritária no setor cultural no contexto pandêmico
por meio da realização de webconferências, reuniões setoriais, encontros regionais e etc.
Os acompanhamentos e análises da pesquisa foram realizadas por meio digital, tanto no
que se refere à constituição do campo de pesquisa quanto ao que se relaciona aos
métodos aplicados. A pesquisa se debruçou no acompanhamento do cenário nacional,
sobretudo nas ações desenvolvidas no âmbito do Congresso Nacional. No entanto,
buscou aproximar diferentes níveis analíticos, trazendo também descrições de sujeitos e
dados em uma escala local, referente ao município de Olinda e ao estado de
Pernambuco, escalas estas que se apresentam conectadas em um campo político
(TURNER, 2008) articulado.
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ROSIANE TRABUCO DE OLIVEIRA
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Cidadania brasileira e a construção do negro pela retórica jurídica no Brasil.
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Data: 30/06/2022
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Hora: 09:00
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A noção de cidadania atrelada à igualdade de direitos pouco tem a dizer. É preciso ir a fundo e verificar em quais bases se fincam esta noção. Desse modo, a proposta do presente estudo é analisar o processo jurídico de construção da cidadania brasileira, cujas questões incidem de modo extremamente negativo sobre a população negra, principalmente se tomarmos os textos Constitucionais e os dispositivos legais correlatos, para comparar com o momento contemporâneo. O intento é demonstrar, através de uma análise documental etnografia em arquivos e mídias as condições da produção desses enunciados jurídicos em determinado contexto histórico, em interlocução com os sujeitos que os produziram e embebidos de valores morais e configurados em relações de poder. Como a noção de cidadania está marcada por uma ideia de pessoa universal amparada pelo Direito, que, consequentemente, passa a excluir uma parcela da população do convívio social e da garantia de se portar e circular enquanto detentor de direitos, parte dos discursos e da prática jurídicos vêm colocando o negro no limbo, ao considerá-lo uma pessoa de modo muito particular, tendo sido, igualmente, propriedade. Nesse movimento, o conceito de dispositivo será caro na presente investigação, por apreender o elo entre os seres viventes e o contexto em que vivem, desembocando no processo de saber-poder dos enunciados constitucionais e de teorias posteriores (dos homens de sciencia), a reverberar sobre a população negra e, consequentemente na construção de uma determinada identidade.
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MARIANA CRUZ E SILVA DA COSTA
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Quando me vi negra: a formação da identidade da mulher negra de pele clara e o fortalecimento do movimento negro ciberativista na Paraíba
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Data: 28/04/2022
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Hora: 14:00
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A pesquisa se propõe a discutir os conceitos de identidade negra, raça, mestiçagem e ciberativismo em uma perspectiva antropológica, com o objetivo de compreender o fortalecimento do movimento negro ciberativista, a partir da formação da identidade de mulheres negras de pele clara (mestiças). Foram entrevistadas mulheres negras mestiças que fazem produção de conteúdo digital e ciberativismo nas cidades de João Pessoa, Campina Grande e Santa Rita, na Paraíba. A metodologia utilizada foi a etnografia virtual, ou a etnografia on-line, com a pesquisa sendo realizada na plataforma digital Instagram, entendida como uma rede social. Assim, a pesquisa pretende investigar o problema da identidade de mulheres mestiças que, em um contexto social e familiar, permeado pelo racismo e pelo mito da democracia racial brasileira, aderem ao movimento negro ciberativista, a partir do momento que se identificam como negras.
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MARIANA CRUZ E SILVA DA COSTA
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Quando me vi negra: a formação da identidade da mulher negra de pele clara e o fortalecimento do movimento negro ciberativista na Paraíba
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Data: 28/04/2022
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Hora: 14:00
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A pesquisa se propõe a discutir os conceitos de identidade negra, raça, mestiçagem e ciberativismo em uma perspectiva antropológica, com o objetivo de compreender o fortalecimento do movimento negro ciberativista, a partir da formação da identidade de mulheres negras de pele clara (mestiças). Foram entrevistadas mulheres negras mestiças que fazem produção de conteúdo digital e ciberativismo nas cidades de João Pessoa, Campina Grande e Santa Rita, na Paraíba. A metodologia utilizada foi a etnografia virtual, ou a etnografia on-line, com a pesquisa sendo realizada na plataforma digital Instagram, entendida como uma rede social. Assim, a pesquisa pretende investigar o problema da identidade de mulheres mestiças que, em um contexto social e familiar, permeado pelo racismo e pelo mito da democracia racial brasileira, aderem ao movimento negro ciberativista, a partir do momento que se identificam como negras.
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LUIZ CARLOS DE LIMA DO NASCIMENTO
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SOCIABILIDADE E RESISTÊNCIA: REDES DE APOIO ENTRE BGILRS DIANTE DA DISPARIDADE DE GÊNERO NOS TREINOS E COMPETIÇÕES DE BREAKING
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Orientador : MARCO AURELIO PAZ TELLA
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Data: 07/03/2022
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Hora: 15:00
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Esta dissertação parte da análise das competições de breaking para construir uma
discussão sobre a disparidade de gênero e provocações a partir desse estilo de dança.
Tendo o movimento hip hop relacionada a cultura juvenil e oriunda dos grandes centros
urbanos, tal atividade e seus/suas participantes adquirem relevância fundamental quanto
as dimensões socializadoras do mundo da rua. Com a pandemia surge um dilema para
muitos/as pesquisadores/as que seria pensar no seu campo e extrair algo durante o período
de isolamento social. Nesse caso específico: como investigar um fenômeno das ruas
através da internet? Diante desse contexto, também reflito sobre a interação e
aproximações que essas jovens (b.girls) constroem através das redes sociais.
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ANA PAULA MARCELINO DA SILVA
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Os riscos do cuidado: experiências das profissionais de enfermagem na pandemia de COVID-19.
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Data: 07/03/2022
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Hora: 14:00
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Desde março de 2020 o Brasil atravessa um de seus períodos históricos mais
difíceis. Com o passar dos meses, a pandemia de Covid-19 deixou de ser apenas um
problema grave do ponto de vista sanitário, mas expôs questões estruturais bem mais
complexas, inclusive algumas que permaneciam praticamente marginais até então.
Nesse contexto, as profissionais de enfermagem, que já vinham trabalhando em
condições bastante complicadas devido à falta de reconhecimento salarial e de
condições de trabalho adequadas, foram diretamente impactadas pelo problema. As
experiências de trabalho dessas profissionais durante a pandemia na cidade de João
Pessoa são o tema deste trabalho. Responsáveis pelo cuidado direto com os pacientes
infectados, as narrativas das vivências das enfermeiras são o ponto a partir do qual a
pandemia está aqui sendo contada. Ao longo de oito entrevistas realizadas de maneira
remota essas profissionais do cuidado relataram os acontecimentos ocorridos durante o
primeiro ano da pandemia de COVID-19 nos serviços hospitalares em que trabalham
em João Pessoa, no estado da Paraíba. Questões como risco, adoecimento, falta de
condições de trabalho adequadas e a intensificação das dimensões do processo de cuidar
em um momento de completa vulnerabilidade social foram apontadas como agravantes
nesse período.
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GEISSY DOS REIS FERREIRA DE OLIVEIRA
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Experiências de adoecimento por Covid-19 entre mulheres domiciliadas em João Pessoa/PB: experimentando linguagens.
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Data: 04/03/2022
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Hora: 09:00
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Esta pesquisa é orientada à compreensão e análise de experiências de
adoecimento por Covid-19, vivenciadas por mulheres domiciliadas na cidade de João
Pessoa, no estado da Paraíba/Brasil. Declarada pandemia em 11 de março de 2020, pela
OMS (Organização Mundial de Saúde), esta pesquisa se situa no marco da Covid-19,
doença ocasionada a partir da infecção pelo novo coronavírus (Sars-Cov-2). Busco
compreender, a partir da Antropologia da Saúde e da Antropologia Visual, o modo
como adoecer por Covid-19 é experienciado, significado e refletido por estas mulheres.
Analiso o modo como a infecção por Sars-Cov-2, atuou e atua ainda hoje, no
adoecimento e pós adoecimento, na vida destas mulheres, tendo em vista a
possibilidade do desenvolvimento de sequelas físicas e subjetivas, ocasionadas em
virtude da infecção pelo novo coronavírus.
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DRIELLY ELIENNY DUARTE DE FIGUEIREDO
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HOMEM INTERNAUTICUS: REFLEXÕES SOBRE JUVENTUDE(S), INFLUENCERS DIGITAIS E ESTÉTICAS DA MASCULINIDADE ATRAVÉS DE PERFIS DO INSTAGRAM
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Data: 25/02/2022
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Hora: 10:00
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A presente dissertação tem como objetivo trazer um debate a respeito de
como as estéticas das masculinidades são vistas, construídas e exercidas pela juventude
através das redes sociais. Estamos interpretando como juventude as gerações Millenial
e Z, também conhecidos como nativos digitais de primeira e segunda geração. É a partir
deles que a figura do influenciador digital, os interlocutores desta pesquisa, emerge na
sociedade. Pensando a respeito do alcance e papel que os produtores de conteúdo online
(influencers) têm na sociedade de consumo, procuramos traçar uma linha de
entendimento sobre como e em que medida esses profissionais contribuem para a
construção de novas identidades estéticas da masculinidade.
Sendo a pesquisa sobre influenciadores digitais, o campo foi feito na plataforma digital
Instagram, onde foram observados os perfis de cada interlocutor, suas postagens,
interações com os seguidores e contatos breves via chat; também foi utilizado o Google
Meet para entrevistas mais longas.
Nas considerações finais, é possível compreender o papel que os influenciadores digitais
tem na construção de novas formas de masculinidades na sociedade de consumo,
principalmente no que diz respeito às gerações abordadas nesta pesquisa, os Millenials e
a geração Z.
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BRUNA CARLA CORDEIRO DE CARVALHO
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FIQUE EM CASA? Estudo antropológico sobre os desdobramentos da pandemia da covid-19 nos encontros entre o Consultório na Rua e pessoas em situação de rua.
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Data: 24/02/2022
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Hora: 16:30
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Esta pesquisa tem como objetivo delinear os desdobramentos da
pandemia da covid nos atendimentos entre o consultório na rua e as pessoas em
situação de rua na cidade de João Pessoa/PB, Brasil. A investigação pretende
compreender a macropolítica implementada durante a pandemia e, a partir dela,
analisar as micropolíticas da realidade local da população de rua por meio de um
trabalho de campo etnográfico realizado no acompanhamento dos atendimentos
realizados pelo consultório itinerante e sua van, desde a prevenção contra o vírus até
os estágios iniciais de vacinação. Esta etnografia tem se dedicado aos meandros
urbanos, ao atendimento à saúde, aos encontros entre profissionais e os que habitam
à rua, o que evidencia o alcance da invisibilidade vivida por essa população. Percebemse
várias inconsistências entre as políticas públicas sobre o vírus e a população em
situação de rua, como fique em casa e lave as mãos. A premissa fundamental
desta pesquisa é o antagonismo que permeia o combate à pandemia e o sofrimento
estrutural constantemente vivido por quem está nas ruas, também marcado por
enfermidades já presentes e reunidas em seus corpos vulneráveis em uma veraz
sindemia.
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LUANA FERREIRA CÂMARA GENOUD
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SOBRE RESPEITAR TODAS AS VIDAS: ANÁLISE DA PRODUÇÃO E DA COMERCIALIZAÇÃO AGROECOLÓGICA DA ECOVÁRZEA EM SUA FEIRA EM JOÃO PESSOA.
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Data: 24/02/2022
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Hora: 14:30
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Esta pesquisa investigou, através de pesquisa etnográfica, a produção e o consumo agroecológico na feira da Ecovárzea (Associação das Agricultoras e Agricultores Agroecológicos da Várzea Paraibana) localizada na Universidade Federal da Paraíba, na cidade de João Pessoa/PB. O proposito deste trabalho foi compreender como a Ecovárzea, através da produção e comercialização de produtos agroecológicos, existe diante deste cenário alimentar hegemônico. Diante de um contexto no qual o Agronegócio, o nutricionismo, os supermercados, a lógica capitalista, a aceleração do espaço/tempo na modernidade e a inserção das mulheres no mercado de trabalho têm contribuído para que os saberes alimentares tradicionais (de produção e consumo), a preservação ambiental e a autonomia de todos os seres estejam em declínio, sendo substituídos pela indústria da alimentação. Desta forma, este estudo etnográfico fez uso dos conceitos de Ecologia da Vida e de Malha (Ingold 2000; 2012) para analisar este processo. Olhar a alimentação através de seu potencial de resistência e de superação da dicotomia natureza/cultura na formulação de uma nova perspectiva de mundo. Assim, é objetivo deste trabalho apreender como os clientes, os agricultores e as agricultoras, a UFPB (Universidade Federal da Paraíba), os movimentos sociais e o estilo da feira contribuem para este movimento.
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FABRICIO BRUGNAGO
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COZINHANDO PELO TERRITÓRIO XUKURU: Construções cosmológicas e identitárias a partir de práticas alimentares.
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Orientador : FABIO MURA
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Data: 23/02/2022
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Hora: 14:30
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A alimentação permeia grande parte das relações humanas e é acessada diariamente pelas
relações de sentidos e necessidades mais básicas do corpo humano, expandindo-se em suas
relações sociais na formação de identidades. No caso do povo Xukuru, a alimentação é central
enquanto modo de vida, permeando toda a sua tradição de conhecimento e relações entre
humanos, ambiente e seres encantados. Essa pesquisa foi feita no território xukuru, a partir de
uma metodologia de uma antropologia comprometida sensível, com dados de minhas
experiências nas cozinhas xukuru desde 2016 e com trabalho de campo até o ano de 2021,
visitas nas quais pude acompanhar o dia a dia das cozinhas, as cozinhas de evento, e
compreender como as relações com a alimentação começam nos momentos de plantar,
expandindo-se em relações cosmológicas em todo o ciclo de vida xukuru. Meu principal ponto
de pesquisa é a comunidade xukuru Caxo da Boa Vista, que pratica experiências com
agricultura, alimentação e espiritualidade, que são absorvidas pelo Projeto de Vida Xukuru.
As construções cosmológicas têm o alimento como o elemento principal de integração entre
corpos, ambiente e espiritualidade. Isso se reflete em práticas fundadas em conhecimentos
advindos da ciência da mata, que se torna epistemologia xukuru sobre sua relação com a
natureza sagrada e institucionaliza-se enquanto Projeto de Vida Xukuru. Este artigo busca
compreender como se formam essa tradição de conhecimento, compreendendo os fluxos
culturais que permeiam a formação de sub-tradições de conhecimento, assim como sugerido
por Barth. Esses fluxos culturais se somam as experiências e aos sentidos, que incorporam
significados e identidade das práticas alimentares, em um processo criativo de construções
técnicas com processos de construção cosmológica em constante mudança.
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