PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ECOLOGIA E MONITORAMENTO AMBIENTAL (PPGEMA)

UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA

Telefone/Ramal
Não informado

Dissertações/Teses


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2024
Descrição
  • MANOEL CELESTINO DE PONTES FILHO
  • BIOLOGIA REPRODUTIVA E ALTERAÇÕES HISTOPATOLÓGICAS EM ECHINOMETRA LUCUNTER (ECHINODERMATA: ECHINOIDEA) NO ATLÂNTICO SUDOESTE TROPICAL (7º SUL, BRASIL)
  • Orientador : MIODELI NOGUEIRA JUNIOR
  • Data: 25/10/2024
  • Hora: 08:30
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  • Ouriços-do-mar são organismos modelo para inúmeras pesquisas, sobretudo para investigar sua biologia reprodutiva em diversas regiões do mundo. A espécie Echinometra lucunter possui uma ampla distribuição no Atlântico Ocidental, sendo a mais abundante da costa brasileira. Esse estudo investigou o ciclo reprodutivo de E. lucunter, presente em ecossistemas recifais do litoral da Paraíba, através da análise histológica do tecido gonadal, descrições da gametogênese e periodicidade. O estudo também contempla uma descoberta inovadora, relatando pigmentos semelhantes à lipofuscina, o primeiro registro de alteração histopatológica para a espécie. Esses pigmentos podem ser originados a partir da gametogênese, ou por estressores ambientais. As coletas foram mensais nas praias do Cabo Branco, município de João Pessoa, e de Tambaba, município de Conde, de janeiro a dezembro de 2023. Para análise da frequência de organismos que possuíam pigmentos semelhantes à lipofuscina, considerou-se espécimes coletados de janeiro a março. O ciclo reprodutivo foi contínuo, com liberação de gametas durante todo o ano. O índice gonadossomático, no geral, não teve relação com o período de maior frequência de indivíduos em estágio de maturação dos ovócitos, além de não haver relação com parâmetros morfológicos, podendo estar associado à alocação de recursos ou possíveis impactos ambientais. O diâmetro dos ovócitos teve discretas oscilações ao longo dos meses, com exceção do inverno e início da primavera, possuindo menores dimensões em ambos locais de estudo. Ao todo, 58,8% dos ouriços-do-mar tinham lipofuscina nas gônadas, sendo esta alteração mais frequente nos machos. Os pigmentos foram encontrados associados aos fagócitos nutritivos, em meio aos espermatozoides e entre os ovócitos. Tais alterações podem prejudicar a reprodução dos organismos. A pesquisa foi fundamental para compreender a dinâmica reprodutiva da espécie, possuindo resultados relevantes e inéditos, além de ser convidativa à continuidade do monitoramento no litoral da Paraíba, sobretudo devido à manifestação de alterações histopatológicas, nunca antes registrada para E. lucunter nem outros equinoides do Atlântico Sudoeste
  • THAYSS MARTINS DE OLIVEIRA VERÍSSIMO
  • AS INTERFACES DA EDUCAÇÃO AMBIENTAL E CIÊNCIA CIDADÃ PARA A CONSERVAÇÃO DOS ORGANISMOS MARINHOS FRENTE AOS INCIDENTES E ENCALHES NO LITORAL PARAIBANO
  • Data: 26/04/2024
  • Hora: 09:00
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  • As atividades antrópicas podem produzir uma série de fatores prejudiciais ao ambiente marinho, como poluição, destruição de habitats, introdução de espécies invasoras, pesca insustentável, acarretando em prejuízos à vida marinha, seja na fauna ou flora. A educação ambiental tem um papel importante quando o assunto é conscientizar e sensibilizar os diversos atores sociais para que compreendam que fazem parte da problemática e que a reponsabilidade passa por cada um, e assim, de forma coletiva e integrada, explorem questões ambientais, se envolvam na solução de problemas e busquem medidas para sua melhoria. A ciência cidadã consiste na parceria entre amadores e cientistas para a participação na coleta de dados através do engajamento de iniciativas em prol da conservação da biodiversidade, auxiliando a pesquisa científica. Neste sentido, esse trabalho busca avaliar os incidentes e encalhes com a fauna marinha no litoral paraibano nos últimos sete anos e analisar os pressupostos da Educação Ambiental, tendo em vista as contribuições recentes da Ciência Cidadã. o método de observação participante como metodologia, o qual envolve o pesquisador como parte do grupo ou comunidade estudada, ao contrário de ser um observador externo. Ficou evidente neste trabalho, que as principais ocorrências na região estudada, decorreram em sua maior parte dos grupos de espécies das tartarugas-marinhas e aves-marinhas, e que, devido aos incidentes e ocorrências registrados nos últimos anos, foram necessárias ações interdisciplinares, seja pela mobilização governamental (como no caso do incidente do óleo), como pelas organizações não governamentais, comunidade litorânea, seja pelas ações transformadoras baseadas em conhecimento científico em prol da saúde do oceano, como pela integração dos diferentes setores da sociedade associado à coleta de dados - como no caso da plataforma SISFAUMAR -, desenvolvimento da ciência, tecnologia e inovação, contribuindo para a conservação e uso sustentável do oceano. Porém, existe muito sobre a biodiversidade marinha a ser descoberto, sendo necessário investir neste conhecimento, alicerçado pela educação ambiental costeira e marinha, e cada vez mais pelo fortalecimento da ciência cidadã, a base para o desenvolvimento sustentável.
  • ANDRÉ LUIS DE OLIVEIRA
  • CARACTERIZAÇÃO E CONSERVAÇÃO DA AVIFAUNA DO PARQUE NACIONAL DAS EMAS E ÁREAS ADJACENTES, GOIÁS
  • Orientador : FREDERICO GUSTAVO RODRIGUES FRANCA
  • Data: 18/03/2024
  • Hora: 14:00
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  • As unidades de conservação surgem como estratégias nem sempre eficazes para mitigar os impactos das alterações ambientais. Compreender a comunidade de aves em tais parques é crucial, fornecendo informações regionais sobre a distribuição das espécies e identificando lacunas nos serviços ecossistêmicos, potencialmente evitando impactos significativos a longo prazo. Este estudo objetivou caracterizar a composição da avifauna no Parque Nacional das Emas, reconhecido como Patrimônio Mundial Natural. Realizamos expedições entre 1992 e 1997, com durações variáveis de 7 a 30 dias, além de amostragens trimestrais de 1998 a 1999. Registros foram obtidos em plataformas online como Wikiaves, eBird e iNaturalist, complementados por registros aleatórios. Foram identificadas 427 espécies dentro do perímetro do parque e 520 incluindo os registros no entorno. Destaca-se a significativa representatividade de espécies endêmicas e/ou ameaçadas de extinção. Compreender a capacidade de dispersão e o uso da paisagem alterada pelas aves nos remanescentes próximos à unidade de conservação é essencial. Essas informações fundamentam a criação de corredores ecológicos, fortalecendo o objetivo primordial do parque de preservação da biodiversidade. Este estudo contribui para o manejo efetivo do Parque Nacional das Emas, promovendo a conservação da avifauna e subsidiando a implementação de estratégias que visam a preservação a longo prazo da biodiversidade na região.
  • GRECILANE PEREIRA COSTA
  • Ocorrência e aspectos ecológicos de fungos macroscópicos em uma área de cerrado no estado do Maranhão.
  • Data: 29/02/2024
  • Hora: 14:00
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  • O reino Fungi abrange uma variedade de organismos, desde os microscópicos, como mofos, bolores e leveduras, até os macroscópicos, como orelhas-de-pau e cogumelos. As estruturas de reprodução sexuada dos macrofungos podem ser denominadas de esporoma, basidioma (macrofungos do filo Basidiomycota) e ascoma (filo Ascomycota). Estes fungos desempenham um papel crucial no ecossistema como, na ciclagem de nutrientes. Este estudo investigou a ocorrência de macrofungos na região de São João dos Patos, no Leste maranhense, e analisou os tipos de substratos onde são encontrados, como troncos, solo e folhas. Foram coletadas 202 espécimes, os quais foramseparados em morfoespécies em gêneros, como Coltricia, Hygrocybe, Entoloma, e em nível de espécie. Os espécimes foram organizados de acordo com o período de coleta (chuvoso ou seco) e substrato (folícola, lignícola ou terrícola). A análise mostrou que as áreas 2 e 3 (florestas com estrato arbóreo mais fechado) apresentam maior diversidade em comparação com a área 1 (floresta secundária), tanto em termos de abundância quanto de incidência de espécies. Além disso, houve variações na diversidade entre os períodos chuvoso e seco, com uma maior diversidade observada durante o período chuvoso. Em relação aos substratos, os troncos mostraram maior diversidade em comparação com o solo e as folhas. Este estudo destaca a importância da pesquisa científica contínua para compeender melhor a biodiversidade fúngica da região, uma vez que há poucos estudos na região.
  • JOSÉ AFONSO SANTANA DE ALMEIDA
  • OPORTUNIDADES E DESAFIOS PARA A PROMOÇÃO DA RESILIÊNCIA SÓCIO-ECOLÓGICA EM COMUNIDADES EXTRATIVISTAS DE BURITI, MAURITIA FLEXUOSA L. (ARECALES: ARECACEAE), EM BARÃO DE GRAJAÚ, MARANHÃO
  • Data: 28/02/2024
  • Hora: 09:00
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  • O conceito-paradigma de coviabilidade sócio-ecológica aborda a sustentabilidade no contexto Antropoceno, referindo-se à compreensão e construção das diversas formas de coexistência funcional, persistente e justa entre humanos e não-humanos em territórios que configuram sócio-ecossistemas nos quais pretende-se reconectar natureza, sociedade e economia. Sob tal perspectiva, a construção social da sustentabilidade presume a centralidade dos ecossistemas como alicerces de sócio-ecossistema moldados por interações inovadoras entre a biodiversidade e as múltiplas atividades humanas dentro de um território. Este estudo teve por objetivo caracterizar o grau de sustentabilidade do extrativismo do buriti, Mauritia fleuxosa, em três comunidades tradicionais no estado do Maranhão, sob a perspectiva da coviabilidade. Para tanto, utilizamos o Índice de Vulnerabilidade Socioambiental - IVSA como uma aproximação da resiliência dos sistemas sócio-ecológicos nessas localidades, descrevendo os graus de exposição do sistema, sua sensibilidade e seu potencial adaptativo. Duas comunidades apresentaram vulnerabilidades similares, nomeadamente Corrente (IVSA = 0,64) e Brejo dos Nogueiras (IVSA = 0,69), enquanto Sucuruju apresentou maior vulnerabilidade (IVSA = 0,56). Essas diferenças estão relacionadas a diferenças demográficas entre as comunidades e a características socio-culturais que implicam em diferentes em padrões de uso dos recursos naturais. Por exemplo, famílias que comercializam recursos provenientes do buriti apresentaram as menores rendas, tendo também sido obserrvada uma correlação inversa e significativa entre o tamanho do núcleo familiar e a renda. A alta vulnerabilidade econômica das famílias que praticam o extrativismo do buriti, associada à percepção de crescente degradação ambiental e à inexistência de políticas e projetos locais direcionados ao fortalecimento da produção susentável e do cooperativismo, sugerem que o grau de coviabilidade nessas comunidades ainda é baixo. Nesse contexto, é desafiadora a construção de um sistema de governança regional em que ações integradas que confrontem essa realidade, promovendo o monitoramento e valorização da biodiversidade dos conhecimentos tradicionais, associados à restauração das funções ecossistêmicas e o manejo das conectividades biológica e socioprodutiva para, em médio e longo prazo, promoverem-se transições sócio-ecológicas rumo à coviabilidade nessas comunidades extrativistas.
2023
Descrição
  • JULIANA DE FATIMA GALVÃO
  • AVALIAÇÃO DOS IMPACTOS AMBIENTAIS ANTRÓPICOS NO DESENVOLVIMENTO DOS EMBRIÕES DAS TARTARUGAS-DE-PENTE DO ESTADO DA PARAÍBA-BRASIL
  • Data: 30/11/2023
  • Hora: 17:00
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  • As mudanças ambientais antropogênicas ligadas ao ambiente costeiro levantam questionamentos sobre as consequências para as tartarugas marinhas, especialmente para a incubação dos ovos. É necessário ter conhecimento dos fatores que influenciam no desenvolvimento embrionário e que são responsáveis pela manutenção da população. Desta forma, identificar áreas reprodutivas prioritárias e as que sofrem impacto humano, ajudará a nortear os projetos de conservação. Assim sendo, a presente dissertação foi dividida em dois capítulos que visam trazer informações sobre o trabalho de conservação das tartarugas marinhas na Paraíba, e apresentar o efeito do ambiente na taxa de nascidos e não nascidos nas praias de João Pessoa e Cabedelo. O capítulo 1 traz um histórico da ONG Guajiru desde sua criação, principais problemas encontrados e estratégias de mitigação adotadas para proteção dos quelônios no estado. Para seu desenvolvimento, levantamos informações sobre a instituição por meio de entrevistas com voluntários, leitura de artigos, acesso ao banco de dados e diários de campo. O capítulo 2 apresenta a consequência das variáveis ambientais sobre o desenvolvimento dos embriões. Para isso, selecionamos dados de 2.418 ninhos e examinamos as influências dos fatores abióticos (precipitação mensal, temperatura do ar, umidade do ar, vento, anomalia térmica do ar e do mar, marés, concentração atmosférica de CO2, elevação média do mar, energia cinética, índice turístico, fotopoluição, vegetação) sobre eles. Nossos resultados mostraram áreas reprodutivas consideradas prioritárias para a espécie e que devem ser preservadas para as futuras gerações. Também identificamos locais com impacto urbano que modifica o comportamento das fêmeas na escolha do local para nidificar, assim como o sucesso de eclosão. Ninhos em risco, especialmente devido à inundação, são transpostos como estratégia de recuperr espécies em extinção. Das variáveis que obtivemos resultado significativo positivo para a taxa de nascidos foram longitude, velocidade do vento e anomalias térmicas do ar e do mar combinadas. A longitude, em especial, foi um fator imprescindível nas análises, pois as maiores distâncias garantiram maior alta taxa de nascidos. Resultados significativos negativos para taxa de nascidos foram encontrados quando utilizamos os fatores precipitação mensal, concentração de CO2 e vegetação. Provavelmente, se deve à compactação do solo, mudança na temperatura, difusão de gases e ciclagem de nutrientes. Quando utilizamos a taxa de não nascidos nas análises, a elevação do nível médio do mar foi a única variável que resultou correlação significativa e negativa. A concentração de CO2 indicou aumento no número de não nascidos. Com o aumento do nível do mar, esses animais buscam áreas maiores longitudes para construir suas câmaras, locais onde a taxa de natalidade é maior. É possível que seja um comportamento adaptativo a essas mudanças antropogênicas. Este estudo identificou atributos dos locais de nidificação das tartarugas-de-pente a partir de características ambientais e enfatizou a importância do trabalho dos projetos de conservação da tartaruga-de-pente na Paraíba para a manutenção da espécie no estado.
  • MARIANA MIRELLY DA SILVA SÁ
  • ESTRUTURA, COMPOSIÇÃO E COBERTURA DE COMUNIDADES DE MACROALGAS EM RECIFES URBANOS DA GRANDE JOÃO PESSOA, PARAÍBA, BRASIL
  • Data: 30/11/2023
  • Hora: 14:00
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  • O estudo da estrutura de comunidades desempenha um papel fundamental na ecologia e na compreensão dos ecossistemas. Através dessas investigações, podemos identificar a diversidade biológica presente em uma determinada área, analisar as interações entre as diferentes espécies, e compreender como fatores ambientais influenciam a composição e a dinâmica dessas comunidades. Considerando as macroalgas como uma alternativa de baixo custo e eficiente para o monitoramento ambiental, o objetivo geral do presente estudo é testar se houve variações no número de espécies, cobertura e composição das comunidades de recifes urbanos da grande João Pessoa, nos recifes de Areia Vermelha, Formosa, Picãozinho e Seixas, testando se existe estrutura na metacomunidade. Para isso, foram realizadas análises estatísticas para testar as hipóteses de diferenças significativas entre os recifes, estações e meses em relação ao número de espécies e percentual de cobertura das macroalgas. De acordo com os resultados obtidos, foram registradas 27 espécies de macroalgas em três classes principais: Chlorophyta (8 espécies), Ochrophyta (Phaeophyceae) (5 espécies) e Rhodophyta (14 espécies). A análise de Variância Multivariada Permutacional revelou que alguns fatores, como os recifes e a interação entre mês e estação, tiveram um impacto estatisticamente relevante na variação observada. A análise de coerência revelou que as espécies apresentam uma significativa substituição entre as comunidades ao longo do gradiente, indicando interações entre elas. A presença de coerência positiva sugere a existência de composições de espécies potencialmente interagentes entre as estações seca e chuvosa. A coincidência dos limites de substituição de espécies, padrão Glesoniano, confirmou a hipótese de que existe estrutura na metacomunidade de macroalgas entre os recifes estudados.
  • ALLAN OLIVEIRA BARRETO CARVALHO
  • IMPACTO DO DERRAMAMENTO DE ÓLEO NA FAUNA MARINHA DA BACIA SERGIPE-ALAGOAS E PARAÍBA
  • Data: 31/10/2023
  • Hora: 18:00
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  • Em 2019, o litoral nordestino foi acometido pelo maior desastre ambiental provocado por vazamento de petróleo no Brasil, o qual atingiu diversos ecossistemas costeiros, acarretando o encalhe de espécies aquáticas. Este estudo teve como objetivo diagnosticar o impacto do derramamento de óleo na Bacia Sergipe-Alagoas e estuário do Rio Mamanguape (Paraíba). Para isto foi realizado o monitoramento de praias durante o período de 13 de setembro a 31 de outubro de 2019, compreendendo o litoral sul do estado de Alagoas ao norte da Bahia, com a finalidade de resgatar todos os animais acometidos por óleo. Para a avaliação dos ambientes, análises de genotoxicidade (Teste de micronúcleo) foram realizadas em peixes e mariscos no Complexo estuarino Piauí-Fundo-Real (divisa entre os estados da Bahia e Sergipe) e estuário do Rio Mamanguape (Paraíba). Ao longo do período foram resgatados 77 animais, sendo 36 destes oleados, considerando 17 tartarugas (47,22%), 11 aves-marinhas (30,55%), cinco peixes (13,88%), dois cágados (5,55%) e uma ave doméstica (2,77%). Entre os animais submetidos ao Teste de Micronúcleo, os valores mais expressivos de células com um micronúcleo foram observados em tartaruga-cabeçuda (321.25 micronúcleos), seguida pela tartaruga-oliva (252.5 micronúcleos). Dentre as tainhas, os maiores valores dos micronúcleos foram observados nos animais coletados no complexo estuarino Piauí-Fundo-Real (4,4±2,7), quando comparado aos animais do estuário do Rio Mamanguape (1,8±1,5). Situação semelhante ocorreu com os mariscos coletados no complexo estuarino Piauí-Fundo-Real (7,1±3,6) e no rio Mamanguape (2,3±1,7). Estas evidências reforçam que o derramamento de óleo ocorrido no litoral de Sergipe e Bahia, desencadearam um maior impacto para as espécies costeiras, do que os efeitos observados no litoral da Paraíba. Estudos dessa natureza, são essenciais para avaliar o impacto e efeitos genotóxicos provocados pelo derramamento de óleo nas espécies aquáticas acometidas, além de contribuir para o diagnóstico da qualidade ambiental dos ecossistemas atingidos.
  • ÚRSULA RUSSO DUARTE DA SILVA DE MOURA
  • INFLUÊNCIA DAS FASES DA LUA E DAS MARÉS NO COMPORTAMENTO DE NIDIFICAÇÃO DAS TARTARUGAS DE PENTE, Eretmochelys imbricata (Linnaeus, 1766) E O EFEITO DA FOTOPOLUIÇÃO NO ESTADO DA PARAÍBA, BRASIL
  • Data: 30/10/2023
  • Hora: 14:00
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  • O crescimento desordenado das regiões costeiras tem afetado o habitat de nidificação das tartarugas marinhas. Estudos comportamentais sobre estes animais são importantes para contribuir no melhoramento das estratégias de proteção das fêmeas no momento da chegada à praia para realizar a postura dos ovos e auxiliar no sucesso reprodutivo da espécie. Do mesmo modo, pesquisas avaliando o impacto na ecologia das tartarugas marinhas em áreas urbanizadas são importantes para se entender os efeitos da fotopoluição e consequentemente traçar estratégias para sua conservação. No presente trabalho identificamos o comportamento de nidificação da espécie Eretmochelys imbricata em seis praias urbanizadas, pertencentes à Mesorregião Paraibana, ao longo de 18 temporadas reprodutivas. As atividades comportamentais foram relacionadas com as fases da lua, tábuas de marés e elevação do terreno a fim de identificar se estas exercem influência no processo reprodutivo identificando um possível padrão de desova, além da interferência da fotopoluição como um fator negativo na ecologia reprodutiva da espécie. Identificamos que o comportamento de nidificação da espécie não foi influenciado pelas fases da lua e verificamos um efeito positivo da fotopoluição no número de ninhos encontrados em pontos com uma maior taxa de natalidade. Este resultado pode estar relacionado a uma possível adaptação das fêmeas a iluminação artificial e que elas estão enfrentando a presença da luz para depositar seus ovos em pontos onde as variáveis ambientais são favoráveis para o sucesso reprodutivos de suas ninhadas. Foi realizada uma estimativa do número de fêmeas que nidificaram ao longo das temporadas e identificamos um aumento gradual ao longo dos anos com um maior número de fêmeas nos últimos triênios, tal resultado possivelmente indica que o período pandêmico referente ao vírus da COVID-19 foi positivo para esses animais.
  • KEMILLI DIAS MACHADO
  • DESCRIÇÃO DO SÍTIO DE VOCALIZAÇÃO E DOS CANTOS DAS ESPÉCIES Pristimantis ramagii e Pristimantis sp. DA MATA ATLÂNTICA PARAIBANA
  • Data: 27/10/2023
  • Hora: 17:00
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  • O Brasil possui alta diversidade de espécies de anuros e esse número cresce anualmente. Atualmente as espécies de anuros do gênero Pristimantis da Mata Atlântica compreendem nove clados principais com muitas espécies ainda não descritas. A espécie P. ramagii encontrada no norte do nordeste é considerada um complexo de espécies. Nesse contexto, este projeto tem como objetivo diferenciar as espécies pertencentes aos clado ramagii e clado do Rio São Francisco ocorrentes no litoral norte do estado da Paraíba. Essas espécies ocorrem simpatricamente em Rio Tinto e Mamanguape, e até meados do ano 2020 eram consideradas uma única espécie, P. ramagii. Assim, o presente estudo buscou analisar e identificar as espécies presentes e suas características morfológicas e bioacusticas delimitando as espécies. Nós analisamos três áreas no litoral norte da Paraíba SEMA II e III e a APA da Barra do Rio Mamanguape. A dissertação foi separada em dois artigos, o artigo 1 tem como título Redescrição do canto de Pristimantis ramagii e descrição do canto de Pristimantis sp.: implicações taxonômicas e ecológicas e trata da redescrição dos cantos de P. ramagii e do sítio do seu sítio de vocalização, da descrição do canto e do sítio de vocalização da nova espécie, além da comparação de suas características. Para isso ambas espécies foram gravadas, seus cantos analisados e as características de seus sítios de vocalização foram estudadas. Nossos resultados mostram que ocorrem duas espécies P. ramagii, e uma nova espécie ainda não nomeada nas três áreas de estudo. Ambas se diferem principalmente pelo repertório acústico, sendo que o canto de P. ramagii é bem variado, com oito tipos diferentes (anúncio crescente, anúncio crescente de insegurança, anúncio irregular, anúncio irregular de insegurança, insegurança, anúncio de transição, agressivo curto e agressivo longo), enquanto Pristimantis sp. apresenta somente o canto de anúncio e agressivo. Ambas as espécies são sensíveis aos ruídos antropogênicos e esquivas, parando de vocalizar na maioria das vezes quando percebem a presença humana e com os ruídos. A P. ramagii e a Pristimantis sp. podem ser facilmente segregadas por suas características bioacústicas. O artigo 2 tem como titulo Micro e macroevolução: detectando variações bioacusticas, ecológicas e morfológicas viii em áreas isoladas de Mata Atlântica e trata do estudo de como a frequência dominante das três populações isoladas de P. ramagii e da população Pristimantis sp. são moldadas pelos tamanhos dos indivíduos e da existência de micro e macroevolução dos padrões nos padrões do canto, morfometria e escolha do sítio de vocalização. Para tal os indivíduos de ambas espécies e das três populações foram gravados, seus cantos analisados, medidos e seus sítios de vocalização descritos. A relação do tamanho com a frequência dominante não foi significativa para nenhuma das espécies. Encontramos microevolução em duas das populações estudas APA Mamanguape e SEMA II e macroevolução em todas as áreas evidenciado pela presença da nova espécie. Portando este trabalho contribui para a identificação e preservação das espécies, pois eles exemplificam a grande diversidade de interações intraespecíficas e ecológicas.
  • FRANCIDALVA DIAS CRISPIM
  • AVALIAÇÃO DOS PARÂMETROS DE PREFERÊNCIA DOS ANFÍBIOS ANUROS EM RELAÇÃO ÀS BROMÉLIAS COMO ESCOLHA DE MICRO HABITAT NA RESERVA BIOLÓGICA GUARIBAS PARAÍBA PB
  • Data: 27/10/2023
  • Hora: 14:00
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  • O estudo da fauna de anuros associada às bromélias é importante para entender como funciona a dinâmica populacional desses indivíduos e a distribuição dessas espécies no ambiente em que vivem. A presente dissertação foi dividida com uma introdução geral enfatizando a importância das bromélias no ambiente em que elas vivem e o grau de associação em que as espécies de anuros são classificadas quanto à ocupação nessas plantas e a importância dessa interação. O Capítulo 1 também traz informações sobre essa relação e destaca que as bromélias, por contribuírem para a manutenção da biodiversidade, atraem alguns indivíduos, inclusive predadores de anfíbios, e podem prejudicar a colonização da anurofauna associada as bromélias. Assim, o presente estudo buscou entender quais os parâmetros utilizados pelas espécies bromelígenas e bromelícolas utilizarem as bromélias como escolha de micro habitat nas espécies de Bromeliaceae presentes na área de estudo. Para o desenvolvimento do trabalho foram separadas 100 manchas de bromélias aleatórias. No total foram encontrados 156 espécies de anfíbios ocupando essas espécies de bromélias. No geral foi encontrado oito espécies de anfíbios. As espécies e o hábito das bromélias mostraram não ser significativos na abundância e riqueza de anfíbios o que pode ser explicado pela baixa diversidade de espécies nas amostras. Nossos resultados mostraram que as características morfológicas das bromélias e a capacidade de armazenamento de água, por um longo período de tempo não é um fator determinístico utilizado pelos anfíbios ocuparem essas plantas. Dentre os parâmetros utilizados o que mais influenciou no número de espécies foi o efeito do predador. A abundancia e predominância de uma única espécie de aranha em todo período amostral mostrou ser um fator limitante para esses indivíduos.
  • VANDERLEI ALVES DO NASCIMENTO NETO
  • EFEITO DO FOGO SOBRE COMUNIDADES DE AVES CAMPESTRES DO CERRADO
  • Data: 31/08/2023
  • Hora: 17:00
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  • As aves campestres são um dos grupos mais ameaçados de extinção do mundo e estão praticamente restritas às áreas protegidas. O fogo é um fator ecológico essencial na origem e evolução do Cerrado, já que é responsável por moldar ecossistemas e selecionar espécies em seus diversos ambientes. A resposta da biota ao fogo está relacionada ao regime de queima, sendo que os efeitos do fogo sobre os ecossistemas são definidos principalmente pela época do ano e a frequência com que ocorrem. O Parque Nacional da Chapada dos Veadeiros implementou, em 2017, o Programa de Manejo Integrado do Fogo na tentativa de diminuir a ocorrência de grandes incêndios e criar um mosaico de áreas que favoreçam a biodiversidade e mantenha a dinâmica do fogo no Cerrado. Neste trabalho, procuramos entender como as comunidades de aves campestres respondem a esses eventos de fogo. Foram realizadas transecções lineares nas formações campestres em diferentes regimes de queima e foram coletados dados e medidas acerca da estrutura da vegetação e variáveis climáticas. Durante as transecções foram registradas 116 espécies, sendo 11 ameaçadas de extinção. As transecções lineares refletiram uma heterogeneidade de ambientes nas formações campestres e as dez diferentes transecções foram suficientemente amostradas. Algumas espécies são correlacionadas com tipos específicos de ambientes dentro dos campos. Ao comparar, transecções anteriormente amostradas (2007 e 2008) e atuais, não encontramos diferenças significativas no padrão de diversidade. A análise da composição da comunidade com relação ao tempo após o fogo indicou que há diferenças significativas entre as categorias, indicando que há uma mudança temporal associada ao regime de queima. Nossos resultados apresentam evidências de que a implementação do manejo não afetou negativamente as comunidades de aves, e que essa estratégia pode ser uma importante ferramenta na gestão de áreas protegidas no Cerrado e da manutenção da sua biodiversidade.
  • MONIQUE CELIÃO DE OLIVEIRA
  • COMPOSIÇÃO DE ENDOPARASITAS ASSOCIADA À HELICOPS ANGULATUS (LINNAEUS, 1758) (SERPENTES, DIPSADIDAE) EM TRÊS ÁREAS DE MATA ATLÂNTICA PARAIBANA
  • Data: 31/08/2023
  • Hora: 14:00
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  • No presente estudo foram investigadas e comparadas à composição e a estrutura da comunidade parasitária de Helicops angulatus (Colubridae), coletadas em áreas urbanas, periurbanas e preservadas na Mata Atlântica Paraibana, Nordeste brasileiro. Foram coletados 158 espécimes de H. angulatus nos municípios de Rio Tinto, Mamanguape e Santa Rita ambos do estado da Paraíba. Aproximadamente 25.3% das 158 serpentes analisadas estavam infectadas por algum tipo de endoparasito. O total de 137 espécimes de endoparasitos foram encontrados. Nas áreas florestais foram encontrados 22 espécimes de endoparasitos (prevalência de 40.0%, e intensidade média de infecção de 11.0 ± 11.0), nas áreas periurbana, foram coletados 22 endoparasitas (prevalência de 25.6% e intensidade média de infecção de 2.2 ± 1.5) e em áreas urbanas, foram coletados 105 endoparasitas (prevelancia de 24.6% e intensidade média de infecção de 3.5 ± 2.5). Considerando ambos os ambientes, foram encontrados seis nematódeos: Oswaldocruzia mazzai, Eustrongylides sp., Physaloptera sp., Brevimulticaecum sp., larva de Filarideo e larva de nematoda não identificada, três trematódeo: Infidum similis, Travtrema stenocotyle, Heterodiplostomum helicopsis e uma metacercária encistada, dois acanthocephala: Centrorhychidae gen. sp. e Oligocantorynchidae gen. sp., e um Pentastomida: Sebekia oxycephala todos os parasitas encontrados apresenta primeiro registro para a H. angulatus. Nas três áreas estudadas não houve diferenças significativas na riqueza e diversidade de parasitas, mas observamos o número de indivíduos de parasita em florestas que diferiu significativamente. Não houve diferenças significativas de parasitas entre os sexos dos hospedeiros. Em relação ao tamanho das serpentes sobre a riqueza de parasitas nas diferentes áreas e sexos, não houve diferença significativas. Há uma relação positiva, porém fraca da riqueza com o tamanho das serpentes em relação às áreas. Os resultados mostram também que apesar da área urbana ter uma riqueza maior de parasitas em relaçãoas outras áreas, não houve mais de três espécies diferentes de parasitas nas H. angulatus. Os resultados também mostraram que o tamanho das fêmeas na área florestal, onde foi encontrada apenas serpentes fêmeas, foi observado uma relação negativa, pois o tamanho mostrou que as fêmeas maiores não necessariamente teriam um número maior de parasitas encontrados.
  • ALAN FELIX MEYER CARLETTO
  • TÍTULO: ESTRUTURA E PAPÉIS TOPOLÓGICOS DE ESPÉCIES EM REDES DE INTERAÇÕES ENTRE PLANTAS E FUNGOS MICORRÍZICOS ARBUSCULARES EM DUNAS COSTEIRAS NATIVAS E REVEGETADAS NO LITORAL NORTE DA PARAÍBA
  • Data: 30/08/2023
  • Hora: 09:00
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  • Restingas e dunas costeiras apresentam grande importância ecológica, pois proporcionam diversos serviços ecossistêmicos, sendo importante compreender como as interações entre as comunidades acima e abaixo do solo estão estruturadas nesses ambientes. A associação biologicamente íntima entre fungos micorrízicos arbusculares (FMA) e plantas resulta de uma longa história coevolutiva cujo estabelecimento inicial deu-se a partir da conquista do ambiente terrestre pelas plantas. Assim, essa associação é co-determinante de padrões de riqueza, abundância e interações entre espécies, padrões esses que representam a arquitetura local da biodiversidade e moldam o funcionamento ecossistêmico. Apesar de alguns trabalhos em ambientes temperados terem relatado a detecção de aninhamento e modularidade em redes de interações entre plantas e FMAs, o conhecimento sobre os padrões estruturais e papéis topológicos nessas redes de interação ainda é bastante restrito para sistemas tropicais. Neste trabalho, inferiu-se a estrutura das redes entre plantas e FMA em dunas costeiras nativas e revegetadas, no litoral norte da Paraíba; com isso, foram geradas e descritas redes putativas de interação testando a ocorrência de aninhamento e modularidade, além dos papéis topológicos das espécies. Utilizaram-se dados secundários da comunidade de plantas e de FMA (composição e abundância), que foram obtidos pela identificação morfológica e contagem de indivíduos de cada espécie. Nas duas áreas e em todas as estações o aninhamento foi significativo, porém o grau de aninhamento foi menor do que o esperado. Já a modularidade não foi significativa em todos os períodos. As espécies de FMAs das redes de interação da área revegetada apresentaram menor número de interação (grau) em relação à área nativa.
  • AMANDA DE SOUZA VASCONCELOS
  • Impactos das recentes anomalias térmicas em comunidades de recifes marginais do Nordeste do Brasil
  • Orientador : CRISTIANE FRANCISCA DA COSTA SASSI
  • Data: 28/04/2023
  • Hora: 16:00
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  • Eventos de anomalias térmicas tem sido recorrente nos anos recentes (2019, 2020 e 2022) no Atlântico Sul, afetando grande extensão dos recifes marginais do Nordeste do Brasil. Por muito tempo a região esteva fora dos grandes episódios de branqueamento em corais registrados no mundo, pois as anomalias térmicas na região eram esporádicas e de baixa intensidade. Este trabalho analisou os efeitos desses eventos nos recifes da Ponta do Seixas, Nordeste do Brasil, e descreveu a periodicidade dos registros históricos (1985-2022) dessas anomalias. Foram usados dados do DHW (Degree Heathing Week) e da SST (Sea Surface Temperature) e levantado as condições de saúde dos cnidários através de transectos lineares. Seis pulsos de aquecimento ocorreram na região e 4 deles chegaram ao nível de alerta 2 para branqueamento. O pior cenário ocorreu em 2020 provocando branqueamento severo em corais, hidroides calcários, zoantídeos e gorgônias, com o aquecimento das águas estendendo-se por 115 dias e DHW e SST acima de 15ºC-semanas e 300C, respectivamente. Em 2019, 62,5% dos corais branquearam, 20,6% ficaram doentes, e 0,2% morreram. Em 2020, branqueamento severo acometeu corais (77,0%) e zoantídeos (35,5%), com 1,4% de mortalidade em corais. Em 2021, ano sem estresse térmico, 82,0% dos corais e 97,8% dos zoantídeos haviam se recuperado, mas a proporção de corais doentes e mortos aumentou (11,1 e 2,6%, respectivamente). Em 2022 o estresse térmico foi de baixa amplitude e extensão, mas 25,0% dos corais e 20,02% dos zoantídeos branquearam severamente, mas aumentou a proporção de corais doentes (15,0%) e mortos (3,0%). Doenças só ocorreram no complexo Siderastrea. Mortalidade ocorreu em Mussismilia harttii e M. hispida, nas gorgônias e em hidroides calrários. Zoantídeos foram os únicos que não apresentaram mortalidade. O aumento na frequência e gravidade do branqueamento na área traz uma preocupação quanto a resiliência dos corais frentes aos recorrentes estresse termicos atuais e futuros.
  • MILENA MARTINS MÁXIMO
  • Rumo à One Health para surtos da doença de Chagas no Brasil, com enfoque no ocorrido no semiárido Nordestino: o uso do vetor para elucidar elementos cadeia ecoepidemiológica
  • Data: 24/04/2023
  • Hora: 08:30
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  • O princípio da saúde única, também chamada de One Heath ou Eco Health visa compreender como os componentes da trama ecoepidemiológica se moldam na transmissão da doença, com especial atenção à saúde ambiental. Na doença de Chagas, eles são representados principalmente pelo pentaedro patógeno-inseto-homem-reservatório-ambiente. Dentro desta perspectiva, os principais componentes da One Health envolvidos em casos de surtos de doença de Chagas no Brasil foram levantados, com enfoque para um surto ocorrido no Rio Grande do Norte, Brasil. Assim, uma revisão sistemática é apresentada no primeiro Capítulo. No segundo, nós tratamos estatisticamente um conjunto de dados provenientes do componente vetor (Triatoma brasiliensis) incriminado pelo surto. Foram selecionados somente os insetos ingurgitados, provenientes de infestações numerosas (n>30) e positivos para tripanosomatídeos. O DNA foi isolado da massa de sangue ingerida pelos insetos, para potencial extrapolação de informações de outros componentes, como os reservatórios (n=96). A diversidade da fonte alimentar (FA=potencial reservatório parasitário) foi observada via sequenciamento genético (CytB do MT-DNA) e a genotipagem parasitária foi determinada pelos códigos de barras de fragmentos amplificados com fluorescentes (FFLB). A quantificação do parasita Trypanosoma cruzi (n=90; componente patógeno) foi estimada via PCR em tempo real, sendo aqui denominada de carga parasitária (CP) média por inseto (T. cruzi/unidade intestinal). O componente ambiente foi caracterizado em estratos ecotípicos. Em nível específico, os dados foram analisados por meio de modelos com ajustes de modelos lineares generalizados (GLM), com distribuição de erro de Poisson corrigida. A verossimilhança máxima foi aplicada para comparar os desvios antes e após a remoção das variáveis dos componentes. Para comparações das CPs envolvendo agrupamentos em níveis variados (ex. taxonômicos, informações da literatura) das FAs, foram aplicados os testes de Mann-Whitney (M-W) e Kruskal-Wallis (K-W), conforme adequados; seguidos de teste Dunn-Bonferroni par-a-par p-ajustados. As interações são discutidas de acordo com a significância (p<0,05) entre os componentes. A CP de T. cruzi nos insetos foi significantemente (F1,79 = 2,31, p<0,005) afetada pelas FAs em nível específico, sendo que o teste post hoc identificou que os insetos que com FAs na preá Galea spixii (Mammalia: Rodentia: Caviidae) apresentaram CP mais alta (4,09E+05) do que aqueles que se alimentaram em dois vertebrados refratários à infecção por T. cruzi, como uma ave (Dubusia taeniata; 2,28E+01) e um réptil (Tropidurus semitaeniatus; 2,11E+03). Os genótipos de T. cruzi foram distribuídos em TcI (66%), TcII (24%) e TcIII (2%), com infecções mistas envolvendo também T. rangeli (<10%) – sem associação com as FAs (F3,83=1,30; p>0,05). A preá é FA prevalente em ambos os ambientes (33%+), sendo que Caviidae (G. spixii + Kerodon rupestris) representaram 50%+ das FAs em ambos os ambientes. Entretanto, os insetos silvestres tiveram também alta prevalência de FA em K. rupestris e gatos domésticos (16%), se comparados aos peridomésticos (<8%). Dentre as FAs que tiveram número robusto (n≥4%), insetos que alimentaram no gambá Didelphis albiventris (Mammalia: Didelphimorphidae) se destacaram pela mais alta CP (X=1E+06; K-W, χ2=6,32; df =2; p = 0,04), se comparada aos demais mamíferos – corroborando sugestões de que este animal possa tratar-se de um bom reservatório alternativo do T. cruzi no ambiente peridomiciliar por sua reconhecida capacidade de amplificação do T. cruzi. Além do gambá, a preá parece também estar em processo sinantrópico, mas o contrário foi observado para os gatos – que vêm visitando o ambiente silvestre. A correlação da CP com a FA para inferir sobre o reservatório deve ser vista com cautela, pois os insetos (4%) com FA no réptil Tupinambis merianae –refratário ao T. cruzi – apresentaram CP (X =5E+05) similar (p>0,05) às demais FAs não refratárias.
  • LAIS BARBOSA SILVA
  • PERCEPÇÃO AMBIENTAL DOS AGENTES ECONÔMICOS ACERCA DA POLUIÇÃO DA BACIA HIDROGRÁFICA DO RIO GRAMAME
  • Orientador : MARCIA BATISTA DA FONSECA
  • Data: 20/04/2023
  • Hora: 09:00
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  • O Rio Gramame é um dos mais importantes da zona costeira da Paraíba e é represado para o abastecimento da grande João Pessoa, sendo responsável por mais de 70% do fornecimento de água da cidade. A Bacia Hidrográfica do Rio Gramame (BHRG) compreende parcialmente os municípios de Alhandra, Conde, Cruz do Espírito Santo, João Pessoa, Santa Rita, São Miguel de Taipu e Pedras de Fogo. Esses municípios juntos responderam em 2020 por aproximadamente 40% do Produto Interno Bruto (PIB) do estado da Paraíba, e por aproximadamente um terço da população do estado, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (2021). O entorno da BHRG é altamente utilizado para o cultivo de cana, desde a nascente até à Barragem e no Baixo Gramame e também recebe uma grande carga de efluentes do maior Distrito Industrial da Paraíba. A BHRG encontra-se em elevado grau de degradação, contaminada por metais pesados. Esta pesquisa teve por objetivo central capturar a percepção dos agentes econômicos acerca dos serviços ambientais ofertados pela BHRG. Para tanto, fora utilizada uma abordagem de cunho quali-quantitativo com o objetivo de mensurar a percepção dos agentes, através da construção de uma curva de demanda delineada a partir da disposição a pagar (DAP) pela qualidade ambiental da água da BHRG, via do Método de avaliação contingente (MAC) e do modelo probabilístico Logit. A pesquisa foi feita através da aplicação de questionários sob a hipótese de que os moradores do entorno da BHRG com sua vivência cotidiana com o meio natural poderiam apresentar noções sobre poluição, ter forte ligação com a natureza e interesse em protegê-la. Os resultados evidenciaram que apenas 26,69% dos respondentes aceitaram a hipótese de pagar pela preservação da qualidade da água. O valor econômico total anual estimado através do modelo logit para os benefícios ofertados pela Valoração ambiental da BHRG é de R$51.771.340,80 e se considerar que toda a população da amostra possa arcar o pagamento, esse valor seria R$ 199.120.717. Valor este que poderia ser investido para manutenção, conservação e preservação da Bacia Hidrográfica do Rio Gramame. Percebe-se que os respondentes têm baixa percepção dos benefícios da bacia e de uma abrangência mais limitada, a produção de água, evidenciando uma pouca educação ambiental e percepção de ecossistemas.
  • GABRIEL DOS PASSOS MACENA GOMES
  • EFEITOS DA ALTERAÇÃO DE CAMPOS NATIVOS NA COMUNIDADE DE AVES CAMPESTRES DO CERRADO: IMPLICAÇÕES PARA CONSERVAÇÃO DO PARQUE NACIONAL DA CHAPADA DOS VEADEIROS - GO
  • Data: 28/02/2023
  • Hora: 09:00
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  • No Cerrado, os campos existiam inicialmente como grandes ilhas em meio às fisionomias savânicas e florestais do Brasil Central. Por serem ambientes de fácil conversão, muitos campos nativos foram perdidos pela expansão da agricultura e da pecuária, e outros foram fortemente alterados pela presença de gramíneas exóticas invasoras. Os poucos remanescentes de campos naturais estão agora praticamente restritos às unidades de conservação. Cerca de 40% das aves campestres da América do sul ocorrem no Cerrado, porém, a perda e degradação dos campos vêm afetando negativamente as populações de aves. As unidades de conservação, mesmo as de proteção integral, vêm sofrendo ameaças como espécies exóticas e invasoras, que competem e muitas vezes dizimam as espécies nativas. O principal objetivo deste trabalho foi avaliar as diferenças na riqueza, abundância e composição da comunidade de aves campestres do Parque Nacional da Chapada dos Veadeiros, uma importante unidade de conservação no nordeste de Goiás, comparando três tratamentos: campos nativos, pastos com gramíneas exóticas e áreas campestres em restauração. Nós utilizamos análises de diversidade biológica, de correlação ecológica (CCA e NMDS) e de estimativa de riqueza (Inext) para comparar as diferentes áreas amostradas. Foram registradas 92 espécies de aves campestres, distribuídas em 49 espécies na área de pastagem, 73 na área em restauração e 71 em ambientes naturais. Encontramos diferenças significativas principalmente entre as pastagens e os campos naturais e em recuperação, indicando que as pastagens de gramíneas exóticas apresentam perda de espécies e menor abundância de aves campestres. Além disso, apesar da riqueza e abundância de espécies nas áreas naturais e de recuperação serem semelhantes, as áreas de recuperação apresentaram maior expectativa de riqueza futura e menor valor de equitabilidade. Das quatro espécies de campo ameaçadas (IUCN, 2022 e MMA, 2022), Taoniscus nanus só foi registrada em áreas naturais, Alectrurus tricolor e Culicivora caudacuta foram registradas em área natural e em recuperação, e Coryphaspiza melanotis foi registrada para os três tratamentos. Nossos resultados demonstram a ameaça à diversidade de aves campestres pela conversão de campos naturais em pastagem com gramíneas exóticas, e indicam a importância da restauração dos habitats nativos para a dinâmica e conservação das aves campestres.
  • HUGO LEITE DOS SANTOS CAMPOS
  • BIODIVERSIDADE DE FUNGOS AGARICOIDES NA FLORESTA NACIONAL DA RESTINGA DE CABEDELO, NORDESTE BRASILEIRO
  • Data: 27/02/2023
  • Hora: 09:00
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  • Estimar a riqueza, diversidade e composição de espécies diante das atividades humanas impactantes ao meio ambiente que geram ameaças à biodiversidade em diferentes ambientes e áreas geográficas, têm sido alvo de interesse a comunidade científica, para buscar estratégias que visem à preservação da biodiversidade e a conservação do meio ambiente. Os fungos são organismos de distribuição cosmopolita, esses organismos são importantes para o meio ambiente e a população humana. Na região dos trópicos os fungos tem uma grande importância nos processos ecológicos. O presente estudo almejou inventariar fungos de agaricoides que ocorrem na “FLONA Restinga de Cabedelo”, João Pessoa, Brasil. O local de estudo é uma unidade de conservação que compreende um pequeno fragmento de Mata Atlântica, de extrema importância biológica. Os basidiomas agaricoides foram coletados semanalmente durante o período chuvoso entre os meses junho e julho do ano de 2012. Para representar os organismos coletados e estimar a biodiversidade de espécies dos organismos estudados, utilizamos no levantamento os índices de Simpson, Shannon e alfa de Fisher, também foi construída uma curva de acumulação e uma curva de rarefação de espécies, para estimar a riqueza de espécies na área, utilizamos o cálculo de Chao II. Ao todo, foram observados 512 espécimes, correspondendo a 61 morfoespécies distribuídas em 18 famílias, parte dos organismos coletados não foi identificada a nível específico, que provavelmente pode corresponder a espécies não descritas. A família com maior representividade de espécies foi a Agaricaceae com 17 morfoespécies. Os resultados mostram um notável número de espécies de fungos agaricóides na área, com novos registros para a Mata Atlântica e para a Paraíba nas amostragens realizadas. De acordo com os valores dos índices, na área há uma alta riqueza de espécies. As curvas de esforço de amostragem de nossa amostragem não estão saturadas. Nosso estudo é relevante, pois representa uma riqueza relativamente alta desses organismos em um pequeno fragmento de floresta de restinga.
  • MAYARA OLINTO VICENTE
  • COMPOSIÇÃO DA AVIFAUNA E INTERAÇÃO AVES-FRUGÍVORAS E PLANTAS EM ÁREAS NATIVAS E REFLORESTADAS DE RESTINGA NO NORDESTE BRASILEIRO
  • Data: 27/01/2023
  • Hora: 09:00
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  • Interações ecológicas são de extrema importância para entender o funcionamento da dinâmica ambiental de uma área, principalmente em ambientes que passaram por alguma perturbação ou teve perda da sua vegetação natural e para entendermos melhor como funciona as redes de interações é necessário identificar as espécies atuantes dentro de cada rede, tornando os inventários de fauna e flora uma peça-chave nos estudos de interações ecológicas. Diante disso, tivemos como objetivo amostrar a composição da avifuana, elaborar um guia de campo que auxilie nas identificações das aves das áreas, avaliar a variação entre as redes de interações mutualísticas entre aves frugívoras e plantas ocorrentes em áreas de diferentes anos de reflorestamentos e em fragmentos de restinga nativo. Uma revisão bibliográfica possibilitou inventariar previamente as espécies de aves da mineração Tronox S.A., onde realizamos expedições mensais de fevereiro a dezembro de 2021 com as metodologias de observação focal, ponto de escuta e busca ativa. Observamos 17 espécies de aves representantes de oito famílias, consumindo 14 espécies vegetais pertencentes a nove famílias. Um total de 49 interações de frugivoria foi registrado. O gradiente sucessional nos mostra uma mudança na composição e no número de espécies de aves entre as áreas, mas sem diferença significativa, sendo consequência da substituição natural que ocorre entre as espécies independentes, semidependentes e dependente florestal. Nosso guia reúne informações de 161 espécies de aves, sendo 44 táxons registrados apenas no levantamento bibliográfico e 19 espécies foram observadas de ocorrências exclusivamente no nosso levantamento in situ. Com base na riqueza avifaunística que encontramos no fragmento de Restinga estudado é possível afirmar que esse remanescente apresenta grande valor conservacionista e científico, entretanto a curva de rarefação ainda não atingiu a assíntota, indicando que novas espécies possam ser acrescentadas a lista da área em futuros trabalhos de campo.
2022
Descrição
  • DANDARA DA SILVA GOMES
  • ESTRUTURA MORFOLÓGICA E TRÓFICA DA TAXOCENOSE DE LAGARTOS DA RESERVA BIOLÓGICA GUARIBAS, PARAÍBA, NORDESTE DO BRASIL
  • Data: 31/08/2022
  • Hora: 14:30
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  • A estrutura de uma comunidade (ou taxocenose de espécies) pode ser reflexo de fatores que influenciam diretamente o modo como as espécies utilizam os recursos. Durante muitos anos, ecólogos determinavam os fatores recentes (competição e predação) como principais responsáveis pela a organização das comunidades. Fatores históricos hoje são igualmente considerados como explicações para diversas características ecológicas encontradas nas espécies que compõem as comunidades atuais. Este trabalho tem como objetivo, investigar se a taxocenose de lagartos do Reserva Biológica Guaribas, em Mamanguape, Paraíba, Brasil, está estruturada quanto aos fatores determinantes da relação de nicho trófico e morfológico, considerando o nível de influência dos efeitos recentes e históricos sobre os padrões encontrados. A composição da taxocenose está distribuída em 10 espécies e 6 famílias. Através das análises morfológicas foi possível identificar um padrão de segregação (1.000, p <0,05) na sobreposição de nicho morfométrico na taxocenose de lagartos da REBIO Guaribas. Ainda, quanto ao nicho trófico, a taxocenose de lagartos da REBIO Guaribas (SEMA II) não apresentou estrutura, indicando um alto nível de agrupamento.
  • ALISSON PLÁCIDO DA SILVA
  • REVISÃO BIBLIOGRÁFICA DE DÍPTEROS NA REGIÃO NEOTROPICAL, ASSOCIADOS A FUNGOS DO FILO BASIDIOMYCOTA
  • Orientador : FELIPE WARTCHOW
  • Data: 31/08/2022
  • Hora: 09:00
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  • Os dípteros são organismos com uma grande diversidade de espécies, tendo uma gama de recursos a serem explorados, tanto na fase adulta, quanto na fase larval. Um destes recursos são os fungos. Estes podem proporcionar condições ideais para o desenvolvimento, alimentação e reprodução. Este trabalho teve como objetivo conhecer e revisar os dados sobre os dípteros neotropicais, em associação com basidiomicetos, através das literaturas e sítios eletrônicos. Assim como, descrever como primeiro registro para a região da Floresta Atlântica norte de Laternea triscapa. Os dados obtidos foram organizados em uma lista, contendo 17 famílias, 48 gêneros e 97 espécies. Tendo a família Drosophilidae apresentado um número maior de gêneros e espécies associadas a micofagia em basidiomicetos. Sete famílias de ocorrência na região Neotropical não foram adicionadas à lista, mas são conhecidas nas demais regiões por terem espécies ocorrendo em fungos. Reforçando a necessidade de futuros estudos ecológicos na região para poder sanar tais lacunas.
  • MATHEUS MIR LEITE FERREIRA
  • COMO RECEBER E PARA ONDE DESTINAR: A IMPORTÂNCIA DOS CENTROS DE TRIAGEM E REABILITAÇÃO DE ANIMAIS SILVESTRES (CETAS) PARA OS PRIMATAS NÃO HUMANOS NO BRASIL
  • Data: 30/08/2022
  • Hora: 09:00
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  • A fauna silvestre é ameaçada principalmente pela perda de habitat e pelo tráfico. Nesse contexto, surgiram os Centros de Triagem e Reabilitação de Animais Silvestres (CETAS) que atuam na reabilitação dos animais vítimas das ações antrópicas. Essa pesquisa objetivou realizar um diagnóstico da situação dos primatas recebidos pelo CETAS de Belo Horizonte (MG), para auxiliar no manejo e na mitigação dos efeitos do tráfico. De 1992 a 2021 chegaram 1895 primatas de 10 genêros e 22 espécies. Callithrix foi o gênero mais abundante (n=1586). Os primatas foram provenientes de 92 cidades mineiras além de Goiás, do Amazonas, do Ceará, da Bahia e do Rio de Janeiro. Belo Horizonte concentrou 44,9% do total. A principal forma de entrada foi o recolhimento (n=1135), seguido da entrega voluntária (n=500) e da apreensão (n =210). Já para a destinação, o óbito (n=100) e a soltura (n=98) se destacaram em relação ao envio para outro cativeiro (n=26). O ano de 2008 foi o de maior entrada de primatas (n=127) enquanto que 2001, foi o de menor (n=6). A maior parte dos primatas chegou com a condição corporal boa (n=108). Indivíduos com melhor condição corporal ficaram menos tempo no CETAS (p<0,001). Também houve associação entre a condição corporal e as formas de destinação (p< 0,001). Já as variáveis condição corporal, sexo, origem e distância de onde viram não apresentaram influência no tempo de permanência dos indivíduos no CETAS. Os resultados reforçam a importância dos CETAS para a fauna silvestre, incluindo os primatas. Também apontam para a necessidade de ações em diferentes frentes para diminuir a pressão do tráfico tais como investimentos em educação ambiental e ciência, criação de novos empreendimentos de fauna, mudanças na legislação e fiscalização mais atuante.
  • MARILIA CAROLINA PEREIRA DA PAZ
  • EFEITOS DE DISTÚRBIOS ANTROPOGÊNICOS PARA A PREGUIÇA-DE-GARGANTA-MARROM, BRADYPUS VARIEGATUS (Schinz, 1825), EM FRAGMENTOS DE MATA ATLÂNTICA EM ÁREA URBANA
  • Data: 26/08/2022
  • Hora: 14:00
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  • O habitat natural das preguiças da espécie Bradypus variegatus tem sido reduzido com a modificação da paisagem, especialmente em áreas urbanas. No campus I da Universidade Federal da Paraíba, localizado no município de João Pessoa, cerca de 45 ha de fragmentos florestais de Mata Atlântica abrigam uma população de B. variegatus. Devido à sua inserção na matriz urbana, as preguiças estão expostas a diversos distúrbios antropogênicos. Passagens de fauna suspensas conectam onze fragmentos internos entre si, e estes ao fragmento externo ao campus I na UFPB. A pesquisa teve como objetivo identificar, descrever e testar o efeito dos distúrbios antropogênicos (presença de pessoas, animais domésticos e veículos) na presença de B. variegatus em fragmentos do campus I, quantificar situações de riscos e propor ações mitigadoras. As observações foram realizadas de setembro de 2021 a janeiro de 2022 utilizando o método ad libitum através de caminhadas diárias de 4 h no entorno dos fragmentos. Em 16% (n=45) das 269 observações foi registrado o comportamento de locomoção, predominantemente, em árvores (44 registros) e apenas um registro em calçamento. Em média 24,5 (min. 3 max. 61) avistamentos/fragmento foram registrados, mas não houve correlação significativa entre área, ou distância dos fragmentos e número de avistamentos. A correlação entre os distúrbios (número de pessoas, de veículos e de animais domésticos) e o número de avistamentos foi positiva e significativa, sugerindo que estes fatores não influenciam negativamente a presença das preguiças. Prevaleceram situações de riscos baixos, com os poucos riscos altos sendo atribuídos a veículos (17,5%), animais (14,9%) e pessoas (1%). Os fragmentos que apresentaram maior proporção de riscos altos e tiveram um número elevado de avistamentos foram F09 (em frente ao Departamento de Mídias Digitais), F08 (atrás da Biblioteca Central) e F02 (entre a entrada do Campus I no bairro Castelo Branco e a pista de atletismo). O instagram (@bichopreguiça.ufpb), com 1.640 seguidores, teve 16 postagens, 2.893 curtidas, 96 comentários, 153 salvamentos, 552 compartilhamentos, 13.818 alcances, 2.893 interações e 16.600 impressões. A análise dos comentários (nuvem de palavras) mostrou que as legendas precisam ser melhor elaboradas, estimulando os seguidores a interagirem mais com as postagens. Como produto da dissertação, foi elaborado um mapa colaborativo com os dados coletados que poderá ser utilizado no monitoramento das preguiças.
  • JANDUY GONÇALVES DO NASCIMENTO
  • VARIÁVEIS CLIMÁTICAS E SUA RELAÇÃO COM OS CASOS DE DENGUE EM QUATRO MESORREGIÕES DO ESTADO PARAÍBA ENTRE OS ANOS DE 2009 a 2019
  • Data: 07/03/2022
  • Hora: 15:00
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  • O Aedes aegypti apresenta características evolutivas que proporcionaram à espécie total sucesso adaptativo no ambiente urbano, ou seja, em ambientes alterados pela ação antrópica promovendo altas taxas de incidências em ambientes modificados. O objetivo da pesquisa é analisar como as variáveis ambientais climáticas influenciam nos casos de dengue consequentemente nas altas taxas de casos de dengue em cidades do estado da Paraíba, entre a escala temporal de 2009 a 2019. Para isso foram determinadas 20 cidades do estado da Paraíba das quatro mesorregiões sendo utilizados dados anuais das temperaturas do ar, e umidade relativa do ar, coletadas nas estações do Instituto Nacional de Meteorologia (INMET) além da precipitação (AESA). Os banco de dados em relação aos números de casos de dengue e nível de infestação do Aedes aegypti foram obtidos através do (SINAN e LIRAA). Para a correlação entre as variáveis climáticas e os casos de dengue foi aplicado o coeficiente de determinação (R²) e coeficiente de correlação de Pearson (r). Os resultados apontaram diferenças significativas entre as variáveis climáticas nas cidades, entre os anos de 2009 a 2019 a média da temperatura foi de 26,1˚C, a umidade 74% e a precipitação de 800 mm. Foram notificados 43.080 casos de dengue. Os casos de dengue e os elementos climáticos mostraram fortes correlações positivas e perfeitas respondendo 100% da relação. Quando avaliaram- se os números de casos anualmente entre todas as cidades notou-se a prevalência entre os anos de 2013, 2019, 2017 e 2018 com altas incidência dos casos totais com valores representativos de infestações prediais dos casos de dengue. Esses anos foram anos epidêmicos registrando 75,3% de todos os casos da série histórica. As menores médias dos casos de dengue foram verificados nos anos de 2012, 2011, 2010, 2009, 2015, e 2016, respectivamente totalizaram 24,7% dos casos da série histórica. Portanto, foi possivel identificar as áreas mais e menos vulneráveis a partir das condições climáticas propícias para uma maior concentração dos casos de dengue das quais destacaram-se: João Pessoa, Areia, Santa Rita, Patos e Souza, as áreas não vulneráveis foram: Cabaceiras, Frei Martinho e Cubatí. Diante da ocorrência dos casos de dengue e busca pela mitigação das epidemias nas cidades da Paraíba, nos últimos anos trabalhos como este tornam-se necessários, pois além de fornecerem embasamento científico, produzem uma significativa base de dados que poderão ser usados à posteriori.
  • VANESSA DO NASCIMENTO BARBOSA
  • HERPETOFAUNA DA ÁREA DE PROTEÇÃO AMBIENTAL DA BARRA DO RIO MAMANGUAPE, NORDESTE DO BRASIL
  • Data: 25/02/2022
  • Hora: 14:00
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  • A Floresta Atlântica é um dos principais Hotspot de biodiversidade mundial, restando apenas 12% de sua cobertura vegetal original e 40% de sua fauna e flora são endêmicas. Dentro do Centro de Endemismo Pernambuco encontra-se o Estado da Paraíba onde este bioma ocorre em 63 municípios. Entre a fauna de vertebrados presentes na Floresta Atlântica, já são descritas cerca de 130 espécies de serpentes com adição de novas espécies nos últimos anos. Atualmente existem no mundo 3.956 espécies de serpentes catalogadas. as serpentes são animais de grande no equilíbrio da teia alimentar, bioindicadoras, e também atuam na bioprospecção. Trabalhos de inventários são de grande importância para obtenção de dados básicos sobre ecologia e a criação de medidas de conservação para as espécies estudadas. O objetivo principal desde trabalho foi avaliar a riqueza e abundância da comunidade de serpentes e inventariar a herpetofauna de uma Área de Proteção Ambiental no litoral do Nordeste do Brasil. As coletas foram realizadas entre maio de 2019 a agosto de 2021 e foram registradas uma espécie da ordem Crocodylia e 36 da ordem Squamata distribuídos em três clados: Serpentes com 22 espécies, Lagartos 12 espécies e Anfisbenas com apenas duas espécies registradas. Com relação aos anfíbios, as 16 espécies registradas pertencem a ordem Anura. A espécie de serpente mais abundante foi a Chironius flavolineatus (Jan, 1863), para os lagartos foi o Tropidurus hispidus (Spix, 1825) e de anfíbios o Leptodactylus troglodytes (A. Lutz, 1926) todos com mais de 100 espécimes capturados. Todos os métodos amostrais foram considerados eficientes obtendo registros exclusivos por cada método, reforçando a importância da utilização de diferentes metodologias para uma maior amostragem na herpetofauna. A maioria das espécies registradas possuem distribuição para outros biomas e a família com maior riqueza de serpentes foi a Dipsadidade, Teiidae para os lagartos e Leptodactylidae para os anfíbios, é um resultado encontrado em outros trabalhos para herpetofauna em Floresta Atlântica. A Área de Proteção Ambiental da Barra do Rio Mamanguape recebe muitas atividades turísticas, sendo essencial a criação de ações de educação ambiental e estratégias de conservação junto com os moradores e visitantes para desmistificação desses animais e conscientização da importância da preservação da herpetofauna.
  • FABRÍCIO FERREIRA JERÔNIMO
  • INFERINDO INTERAÇÕES ENTRE PLANTAS E AVES FRUGÍVORAS EM MATA DE TABULEIRO DA RESERVA BIOLÓGICA GUARIBAS, LITORAL NORTE PARAIBANO: ESTRUTURA DE REDES, PAPÉIS TOPOLÓGICOS E VARIAÇÕES SAZONAIS
  • Data: 25/02/2022
  • Hora: 10:00
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  • Interações entre plantas e animais frugívoros e os processos de dispersão de sementes associados representam um dos principais mecanismos geradores e mantenedores da biodiversidade terrestre. A descrição da estrutura local das redes de interações ecológicas e da contribuição de cada espécie para essa estrutura são passos fundamentais para aumentarmos nossa compreensão sobre a organização e funcionamento das comunidades ecológicas. Entretanto, a disponibilidade de dados sobre interações ecológicas é restrita para muitos sistemas, demandando o desenvolvimento de abordagens preditivas que possam inferir a topologia das redes multi-específicas partir de dados mais frequentemente disponíveis sobre os determinantes dos padrões de interações, tais como abundâncias, morfologia e fenologia das espécies. Neste estudo, foi desenvolvida uma abordagem de construção de redes putativas de interações entre plantas e aves frugívoras para uma área de mata de tabuleiro na Reserva Biológica Guaribas, litoral norte do estado da Paraíba. Utilizando dados secundários, definimos probabilidades de encontro para as espécies mutualistas e inferimos possíveis ligações proibidas (interações que não podem ocorrer devido a restrições biológicas) na rede com base em traços morfológicos e fenológicos. As redes putativas assim construídas sugerem que, ao longo do ano, essa assembleia de plantas e aves frugívoras apresenta uma arquitetura de interações com aninhamento e modularidade significativos. No período entre janeiro e setembro, há um turnover de espécies de plantas que desempenham papéis topológicos centrais na rede, tais como Maytenus erythroxyla, Miconia albicans e Hirtella racemosa. Um grupo de 8 espécies de aves frugívoras facultativas – o fruxu-do-cerradão (Neopelma pallescens), o saí-azul (Dacnis cayana), a saíra-amarela (Tangara cayana), a pipira-preta (Tachyphonus rufus), o surucuá-de-barriga-vermelha (Trogon curucui), o sabiá-barranco (Turdus leucomelas), a guaracava-de-topete-uniforme (Elaenia cristata) e o pitiguari (Cyclarhis gujanensis) – aparecem como conectoras da rede nesse período, sugerindo que a dinâmica do sistema é influenciada por esse grupo de generalistas que rastreiam os recursos disponíveis ao longo da maior parte do ano. O período mais seco, entre outubro e dezembro, é caracterizado por uma redefinição das plantas que são hubs na rede, que passam a ser Tetracera breyniana, Guapira pernambucensis e Ocotea gardneri, eo das aves com maior conectividade, que passam a ser o tuim (Forpus xanthopterygius flavissimus), o sanhaço-cinzento (Tangara sayaca), fim-fim (Euphonia chlorotica), a cambacica (Coereba flaveola) e o tangará-princípe (Chiroxiphia pareola), ainda que as aves mais centrais dos semestres anteriores continuem atuando como conectoras. No futuro, espera-se que pesquisas de campo possam testar essas predições e que a incorporação de novos tipos de dados, particularmente aqueles relacionados à composição nutricional e aspectos cromáticos dos frutos, possam contribuir para o avanço de abordagens preditivas da estrutura de redes ecológicas.
  • ISIS CHAGAS DE ALMEIDA
  • ESTIMATIVA DO TAMANHO POPULACIONAL, ÁREA DE USO E FATORES DE AMEAÇAS DE BOTO-CINZA (Sotalia guianensis VAN BENEDEN, 1864) NO NORDESTE DO BRASIL
  • Data: 24/02/2022
  • Hora: 14:00
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  • Estudos com estimativas de abundância, uso de habitat e fatores de ameaças dos botos-cinzas (Sotalia guianensis) ainda são reduzidos na região Nordeste do Brasil. Assim, este estudo teve como objetivo realizar a estimativa populacional e identificar os principais fatores de ameaças dos botos-cinza. Para isto, transectos lineares foram realizadas uma vez por semana na APA da Barra do Rio Mamanguape, durante os períodos seco e chuvoso, de novembro/2020 a outubro/2021. Quando os animais foram avistados, registrou-se o tamanho e composição do grupo, aferidos os parâmetros de salinidade, temperatura da superfície da água e profundidade. Ao longo dos transectos, as atividades antrópicas existentes foram registradas. Para identificar as causas de mortalidade de botos-cinzas encalhados na APA da Barra de Mamanguape, os espécimes resgatados foram submetidos as avaliações post mortem. Com o mesmo propósito, na bacia Sergipe-Alagoas, para a identificação dos animais encalhados, diariamente foram percorridos 260 km de praias, de março 2010 a dezembro 2019. As causas de mortalidades foram classificadas em três categorias (natural, antropogênica e indeterminada). O tamanho estimado para a população da APA na Barra do Rio Mamanguape foi de 17 (IC 95% 5-46) indivíduos. As avistagens ocorreram mais próximas a foz do rio Mamanguape, e 52,94% dos grupos foram avistados em profundidades de 2,1 a 3,9m. Embarcações pesqueiras representaram 47,05% das atividades antrópicas e 70% dos eventos de encalhes evidenciaram interações com as atividades de pesca. No tocantes as causas de encalhes e os fatores de ameaça dos botos-cinzas na Bacia Sergipe-Alagoas, 292 animais foram recuperados, onde 41,09% destes possuíam evidências de interação com atividades antrópicas. O alto índice de eventos de encalhes na bacia Sergipe-Alagoas ocasionando mortalidades por atividades antrópicas, evidenciam a vulnerabilidade da espécie.
  • VANESSA ARAUJO REBELO
  • INFECÇÃO POR Giardia sp. E Cryptosporidium spp. EM SIRÊNIOS E MUSTELÍDEOS NO NORTE E NORDESTE DO BRASIL
  • Data: 24/02/2022
  • Hora: 09:00
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  • Devido ao uso compartilhado das áreas costeiras, marinhas e fluviais, diversas espécies de mamíferos aquáticos tornam-se susceptíveis a diferentes efeitos antropogênicos e a ocorrência de agentes patogênicos. Entre estes agentes, tem sido crescente os diagnósticos de enfermidades desencadeadas por protozoários, como Giardia sp. e Cryptosporidium spp. Desta forma, o presente estudo teve como objetivo diagnosticar as infecções ocasionadas por Giardia sp. e Cryptosporidium spp. em sirênios e mustelídeos no Brasil. Para isto, 212 amostras de conteúdo fecal provenientes de peixes-bois-marinhos (Trichechus manatus), peixes-bois-amazônicos (Trichechus inunguis), lontras (Lontra longicaudis) e ariranhas (Pteronura brasiliensis) foram submetidas ao processamento por meio da técnica de Reação em Cadeia da Polímerase (PCR). A frequência da infecção por Giardia sp. foi de 16,5% (35/212), sendo todas as amostras negativas para as pesquisas com Cryptosporidium spp. A infecção por Giardia sp. foi maior nos peixes-bois-marinhos 71,4% (25/35) do que nos peixes-bois-amazônicos 28,5% (10/35). Todas as amostras provenientes dos mustelídeos foram negativas para os dois protozoários pesquisados. Nas amostras positivas, observou-se identidades genotípicas superiores a 98% (98,06% - 99,72%) entre as sequências de DNA obtidas para Giardia intestinalis. O presente trabalho é o primeiro registro de Giardia intestinalis de assemblage C em sirênios.
2021
Descrição
  • PATRÍCIA DE MOURA ALMEIDA
  • DOENÇA NECROSANTE AFETANDO O METABOLISMO E A INTERAÇÃO COM OS MICROSSIMBIONTES DE Palythoa caribaeorum (Duchassaing & Michelotti, 1860) DOS RECIFES DO SEIXAS, NORDESTE DO BRASIL
  • Orientador : CRISTIANE FRANCISCA DA COSTA SASSI
  • Data: 23/12/2021
  • Hora: 14:00
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  • Nos recifes costeiros da Paraíba, Nordeste do Brasil, P. caribaeorum tem sido afetado por uma doença necrosante, provavelmente associada a alterações em sua microbiota simbiótica, cuja evolução resulta na decomposição do tecido e exposição do substrato. O estudo desta relação foi o objetivo deste trabalho, sendo realizado em tecidos saudáveis e doentes. Procurou-se: 1. caracterizar os microssimbiontes das amostras através de análise microscópica, e 2. avaliar as consequências da doença na produção de metabólitos primários e ácidos graxos nos tecidos e nas zooxantelas. Cianobactérias foram cultivadas, identificadas por biologia molecular, e sua toxicidade determinada por imunoensaio. Carboidratos e proteínas foram analisados por espectrofotometria, lipídios por gravimetria e ácidos graxos por cromatografia gasosa usando amostras dialisadas e não dialisadas. Zooxantelas, várias diatomáceas e três gêneros de cianobactérias foram mais abundantes nas colônias saudáveis; todas tóxicas, e com concentrações sempre maiores de microcistina/nodularina nos tecidos doentes. Os maiores valores de metabólitos primários sempre ocorreram nas amostras dialisadas. As porcentagens de lipídios, proteínas e carboidratos foram maiores nas zooxantelas de amostras saudáveis, e a diferença com os valores obtidos em tecidos doentes foi significativa. Os teores de lipídios foram maiores em tecidos doentes livres de zooxantelas; os de proteína foram maiores em indivíduos saudáveis, e os de carboidratos não mostraram diferenças significativas nas duas condições de saúde analisadas. Verificou-se que a doença reduz a densidade de microssimbiontes e que potencializa o aumento de cianotoxinas nos tecidos. É possível inferir a participação desses compostos no surgimento e evolução da doença, que uma vez instalada provoca alterações metabólicas, tanto nas zooxantelas quanto nos tecidos do hospedeiro, resultando inclusive em alterações no perfil de ácidos graxos.
  • ANA CARLA GREGOLIN MENDES
  • Diversidade e estrutura da comunidade de peixes do recife de Picãozinho, João Pessoa – Paraíba
  • Data: 30/11/2021
  • Hora: 14:00
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  • As comunidades animais recifais são estruturadas pela interação de fatores biológicos, ambientais e influências antrópicas. Assim, o presente estudo objetivou analisar a composição e estrutura da comunidade de peixes do recife de Picãozinho visando estabelecer suas possíveis relações com as características e variáveis abióticas. Para isso foi necessário caracterizar a ictiofauna de Picãozinho quanto à composição, número de espécies, quantidade de peixes, frequência de ocorrência e grupos tróficos; verificar os indicadores ecológicos da comunidade de peixes (riqueza, abundância, diversidade e equitabilidade) e suas variações para as diferentes estações do ano e pontos amostrais; analisar a complexidade e cobertura do substrato de cada ponto de amostragem e avaliar a influência sobre a composição e estrutura ictiofaunística; verificar as possíveis correlações entre os atributos da comunidade de peixes e a presença de turistas. Os dados da ictiofauna coletados por meio de censos visuais estacionários entre fevereiro de 2016 e janeiro de 2017 e as características do habitats foram coletadas uma única vez pelo método de quadrats, como uso de classificação visual e fotografias. O recife foi caracterizado pelo domíno de algas folhosas e baixa abundância de corais. Em relação aos peixes, em 180 censos foi registrado um total de 5965 espécimes, representados por 53 espécies e 21 famílias. Os Pomacentrídeos foram os mais abundantes e os Haemulídeos mais diversos. Houve uma predominância de onívoros no recife, mas não foi observada a relação dos grupos tróficos com o tipo de substrato de cada ponto amostral. Fatores como a altura do substrato e rugosidade, utilizados para medir a complexidade estrutural do habitat, mostraram correlação positiva com a riqueza de espécies. De forma temporal, a comunidade de peixes se manteve constante ao longo do período de estudo. Quanto a presença de pessoas, foi possível observar uma área com maior fluxo e que possuía menor quantidade de espécies e menor índice de diversidade quando comparada a área menos frequentada. A presença de espécies em perigo de extinção alerta para a necessidade de estratégias de conservação no local.
  • JÉSSICA MONIQUE DA SILVA AMARAL
  • ECOLOGIA POPULACIONAL DE Chironius flavolineatus Jan, 1983 NA FLORESTA ATLÂNTICA DO NORDESTE DO BRASIL
  • Data: 26/10/2021
  • Hora: 14:00
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  • A Floresta Atlântica possui uma alta diversidade biológica e endemismo, entretanto, é um dos biomas mais ameaçado do mundo, restando atualmente cerca de 12% da sua cobertura vegetal original. As serpentes representam o grupo mais diverso da ordem Squamata com cerca de 3.921 espécies descritas para o mundo. Estudos de ecologia de populações têm o objetivo de elencar diversos parâmetros populacionais como distribuição espacial, tamanho populacional, taxa de crescimento, características reprodutivas entre outros, auxiliando na conservação dessas espécies. Para a realização destes estudos, é de grande importância a utilização de técnicas de marcação duradouras e que possibilitem individualizar cada espécime. O objetivo principal desse trabalho foi estimar o tamanho populacional e descrever o uso da área de distribuição de uma população de Chironius flavolineatus habitando um fragmento de Floresta Atlântica no Nordeste do Brasil. As coletas foram realizadas entre maio de 2019 a abril de 2021 e foram capturados 111 indivíduos, sendo 81 machos e 30 fêmeas. Os indivíduos foram marcados com o elastômero de implante visível (EIV), permitindo individualizar cada espécime e em seguida soltos no mesmo local de captura para posterior monitoramento. No total obtivemos 40 recapturas em um período de três a 696 dias, sendo 29 indivíduos recapturados uma vez, nove recapturados duas vezes e um indivíduo recapturado três vezes. Analisamos a eficácia do método de marcação, sendo o EIV considerado muito eficiente para estudos populacionais com serpentes. A população de C. flavolineatus se encontra agrupada na área de estudo, tendo a influência da proximidade com a possível área de alimentação. Os indivíduos empoleram em diferentes alturas da floresta, dependendo da fase da lua, machos e fêmeas apresentam taxas de crescimento semelhantes durante o ano e machos apresentam caudas significativamente maiores. Apesar do elevado número de indivíduos encontrados, a população de C. flavolineatus pode chegar a ser até duas vezes maior.
  • AMANDA SANTANA OLIVEIRA
  • Evolução fenotípica em modelos de mutualismos entre plantas e insetos herbívoros-polinizadores: interação entre diferentes modos de seleção natural e sexual
  • Data: 29/09/2021
  • Hora: 10:00
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  • Populações de espécies inseridas em comunidades biológicas multi-específicas podem estar sujeitas a regimes de seleção natural conflitantes advindos de interações ecológicas que podem promover ou restringir a diversificação fenotípica. Outra pressão seletiva que pode influenciar a diversificação é a seleção sexual, tal como ocorre quando há competição por exploração entre machos por fêmeas. Neste estudo, investigamos como diferentes pressões seletivas moldam a evolução e diversificação de traços ecológicos e sexuais sob distintos níveis de correlação genética, usando como referência biológica um conhecido sistema mutualista planta-polinizador/herbívoro. Para isso, desenvolvemos um modelo baseado em indivíduos (IBM) de diversificação adaptativa para modelar a evolução fenotípica da planta (Datura wrightii) e da mariposa, Manduca sexta, sob os efeitos de cinco parâmetros-chave envolvendo (i) força da competição intraespecífica, (ii) impacto da herbivoria nas plantas, (iii) número de parceiros mutualistas individuais envolvidos na interação e a proporção da população da planta avaliada por cada inseto(iv) níveis de correlação genética entre as traços ecológicas e sexuais e (v) força da seleção sexual. Nossas simulações mostraram que, em todos os cenários, nos traços ecológicos e sexuais dos polinizadores não houve diversificação. O traço ecológico da planta pode apresentar diferentes padrões de diversificação, variando de polimorfismos, ciclos de especiação-extinção e irradiações adaptativas, dependendo da combinação paramétrica. Além da competição intraespecífica dependente de frequência, a herbivoria também atua como força diversificadora nesse sistema, enquanto o mutualismo baseado em complementaridade de traços restringe a diversificação ao gerar seleção estabilizadora. Nesse sentido, tanto o aumento do número de parceiros mutualistas quanto a proporção da população da planta que os insetos avaliam atuam restringindo a diversificação. O efeito da correlação genética forte entre os traços ecológico e sexual dos polinizadores é acoplar as dinâmicas evolutivas de ambos os traços, impondo ao padrão emergente de diversificação da planta a direção imposta pela seleção sexual . Nesse sistema, a adaptação e a resposta à seleção constituem um cabo de guerra entre diferentes pressões seletivas. No futuro, modelos que busquem investigar como diferentes forças evolutivas geradas por interações ecológicas e sexuais moldam a evolução fenotípica em metacomunidades podem lançar luz sobre os processos de diversificação adaptativa e especiação ecológica, incrementando nosso entendimento sobre a origem da biodiversidade e embasando estratégias para sua conservação.
  • JERFERSON DE LIMA FREIRES
  • Distribuição espaço-temporal das espécies de mangue e dos apicuns do estuário do Rio Mamanguape, Estado da Paraíba.
  • Data: 27/09/2021
  • Hora: 14:00
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  • O ecossistema manguezal está sendo submetido a várias pressões antrópicas, incluindo os efeitos relacionados às mudanças climáticas e às alterações nas bacias hidrográficas. Nesse sentido, o monitoramento detalhado sobre a distribuição das feições de mangue pode fornecer informações importantes de como este ecossistema está respondendo a essas pressões. Dessa forma, no presente estudo, investigamos a distribuição espaço-temporal das espécies de mangue e dos apicuns (planícies hipersalinas) do estuário do rio Mamanguape, Estado da Paraíba, Brasil. Utilizando o algoritmo Random Forest foram realizadas classificações de imagens de satélite Landsat para identificar as diferentes feições no estuário nos anos de 1985, 2001 e 2020. Os resultados identificaram 17 classes, sendo 9 classes pertencentes ao manguezal e 8 classes associadas. A classe composta por R. mangle, A. schaueriana e L. racemosa foi a dominante. A análise da mudança na composição das espécies de mangue no estuário do rio Mamanguape mostrou que a classe de R. mangle, A. schaueriana e L. racemosa e a classe de A. schaueriana diminuíram, enquanto a classe R. mangle e L. racemosa e a classe apicum aumentaram durante o período de estudo. A carcinicultura foi identificada como a principal causa de perda da área do manguezal do rio Mamanguape. Entre os anos de 1985 e 2020 o manguezal perdeu 117 ha, entretanto, o mesmo também apresentou potencial de regeneração e expansão, mas com intensidade menor em relação à perda de área.
  • JÉSSICA JOSEANE VIANA DE VASCONCELOS
  • INFLUÊNCIA DA SALINIDADE NA ESTRUTURA VEGETAL E DISTRIBUIÇÃO DE ESPÉCIES DE MANGUE EM UM ESTUÁRIO NO NORDESTE DO BRASIL
  • Orientador : ELAINE BERNINI
  • Data: 10/06/2021
  • Hora: 14:00
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  • O manguezal é um ecossistema de elevada importância ecológica, social e econômica. O presente estudo testou a hipótese de que os bosques de mangue apresentam gradiente estrutural ao longo do estuário do rio Mamanguape, Estado da Paraíba, Brasil, e que a distribuição de espécies de mangue está relacionada ao gradiente de salinidade ao longo do estuário. A estrutura da vegetação foi analisada pelo método de parcelas. Foram registradas quatro espécies vegetais: Avicennia germinans (L.) Stearn., Avicennia schaueriana Stapft & Leechm., Laguncularia racemosa (L.) Gaertn. e Rhizophora mangle L. Considerando todos os sítios, o DAP médio variou de 6,13 a 16 cm, a altura média de 5,1 a 11,8 m, a área basal de 4,84 a 20,2 m2/ha e a densidade de 1.333 a 3.000 indivíduos/ha. Não foi identificado um padrão na estrutura da vegetação, porém foi observada a zonação das espécies ao longo do estuário, que foi atribuído à variação salinidade intersticial. Avicennia schaueriana apresentou os maiores valores de densidade relativa e dominância. Avicennia germinans exibiu maior densidade no estuário superior (menor influência marinha) e Rhizophora mangle no estuário inferior (maior influência marinha). Laguncularia racemosa apresentou tendência de aumento em direção ao continente e Avicennia schaueriana exibiu tendência inversa.
2020
Descrição
  • JÉSSICA TAMARA TARGINO DE BRITO
  • COMPARAÇÃO DOS ESTOQUES DE CARBONO ENTRE ÁREAS DE MANGUEZAL, APICUM E VIVEIROS DE CAMARÃO NA BARRA DO MAMANGUAPE, PARAÍBA, BRASIL
  • Orientador : PABLO RIUL
  • Data: 22/12/2020
  • Hora: 14:00
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  • Tendo em vista a importância ecológica dos manguezais, é fundamental avaliar a produção e a alocação do carbono na biomassa aérea e subterrânea destas florestas a beira-mar para se estimar contribuição para o ciclo global do carbono. Diante disto, este estudo teve como objetivo estimar a biomassa aérea e subterrânea do Manguezal da APA do Rio Mamanguape, bem como em planícies hipersalinas (apicum) e em viveiros de carcinicultura e estimar o estoque total de carbono em manguezal e apicum. Foram amostrados 447 indivíduos totais de Rhizophora mangle, Avicennia schaueriana e Laguncularia racemosa. A espécie R. mangle apresentou maior abundância entre as espécies amostradas. Os parâmetros estruturais do bosque não apresentaram diferenças significativas entre os pontos na área de manguezal. A área de estudo apresentou alto desenvolvimento em comparação com outros manguezais brasileiros. Tantos os valores de biomassa aérea quanto os de biomassa subterrânea apresentaram valores significativamente maiores do que no apicum e nos viveiros de carcinicultura. O presente trabalho estimou as biomassas totais de áreas de mangue, apicum e biomassa subterrâneas na barra do Mamanguape, Paraíba, Brasil, gerando subsídios para uma avaliação dos estoques de carbono e do potencial de emissão de CO2 frente ao desmatamento de áreas de mangue e apicum.
  • MARIANA CARNEIRO DE ANDRADE
  • O MONITORAMENTO ACÚSTICO PASSIVO E A DETECÇÃO AUTOMÁTICA DE AVES
  • Data: 24/11/2020
  • Hora: 14:30
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  • Uma paisagem continuamente alterada pela perda de habitat configura uma ameaça iminente à diversidade biológica, e somente monitorando o estado das espécies, suas populações locais e os ambientes em que vivem, podemos prever resultados e traçar estratégias eficientes que otimizam o uso dos recursos naturais. Nesse cenário, há uma necessidade urgente de maneiras mais rápidas de acessar informações sobre a biodiversidade, que os projetos tradicionais de monitoramento de longo prazo não fornecem imediatamente. Métodos autônomos de monitoramento in situ e análise, como o uso de gravadores autônomos e detecção automática têm levado a pesquisa ecológica a um novo patamar. Aqui avaliamos e melhoramos a eficiência da detecção automática de correspondência de modelos por meio de correlação cruzada de espectrogramas na ave neotropical caneleiro-preto. Vimos que o desempenho do algoritmo de busca depende da estrutura física do modelo. Como nossa espécie alvo possui sílabas com estruturas variáveis, a seleção do modelo mais eficiente é bastante relevante. Adicionar um ao conjunto pode melhorar a eficiência geral, especialmente se diferença estrutural levar a detecções complementares. O valor de corte foi decisivo para um bom desempenho do modelo, e calibrá-los individualmente pode fornecer o melhor equilíbrio entre o número de detecções e a precisão de cada modelo e, portanto, melhorar a eficiência geral da detecção. Concluímos então que, o sucesso da análise de detecção automática deve considerar não apenas diferenças estruturais dentro do mesmo componente de repertório, mas também a variação geográfica e a sazonalidade do comportamento da espécie.
  • ANDRESSA ROCHA FRAGA
  • ESTRUTURA DA COMUNIDADE DE MAMÍFEROS EM REGIÃO DE AGROECOSSISTEMA NO PANTANAL SUL DE MIRANDA, MATO GROSSO DO SUL
  • Data: 29/10/2020
  • Hora: 14:30
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  • Nos últimos anos, atividades agropastoris têm sido as principais impulsionadoras de declínio da fauna silvestre devido à severa destruição de habitats naturais. O Brasil se destaca na cadeia produtiva mundial de alimentos, tendo regiões de grande biodiversidade, como Pantanal e Cerrado, fortemente alteradas para tais atividades. Assim, o objetivo deste estudo foi analisar padrões de diversidade na comunidade de mamíferos terrestres de médio e grande porte em área de agroecossistema composta por lavouras de arroz, soja e milho, pastagens para pecuária e áreas com vegetação nativa em área de ecótono de Pantanal e Cerrado no estado do Mato Grosso do Sul, Brasil. Para tanto, utilizamos armadilhamento fotográfico em campanhas anuais, por dois anos consecutivos, com esforço amostral total de 5.200 câmeras-dias, 3.399 registros independentes e registro de 33 espécies. Também realizamos levantamento bibliográfico das espécies desse grupo ocorrentes no Estado. Avaliamos a diversidade em diferentes escalas a partir de índices variados e calculamos a diversidade beta. O índice de Shannon-Wiener indicou maior diversidade nas áreas destinadas à pecuária, indo de encontro aos resultados publicados para a região, o que atribuímos à persistência de fragmentos de vegetação nativa no habitat. A maior dissimilaridade foi obtida entre as áreas de vegetação nativa de Pantanal e as alteradas para cultivo de arroz irrigado (0,58), indicando que poucas espécies ocupam o arroz em abundância, enquanto para presença de outras este cultivo é detrimental. Por fim, nossos resultados apontam que o agroecossistema avaliado mantém uma comunidade diversa de mamíferos terrestres silvestres de médio e grande porte, se dando esse resultado, possivelmente, pela configuração espacial da área, inserida um mosaico de habitats no ecótono entre os biomas Pantanal e Cerrado.
  • IARA DOS SANTOS MEDEIROS
  • DINÂMICA ESPAÇO-TEMPORAL DOS BOSQUES DE MANGUES E SUA RELAÇÃO COM AS OCORRÊNCIAS DE ENCALHES DE FILHOTES DE PEIXES-BOIS-MARINHOS (Trichechus manatus) NA PARAÍBA
  • Data: 30/09/2020
  • Hora: 14:00
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  • Por diversos fatores antrópicos, os ambientes estuarinos se encontram ameaçados, sendo estes recursos costeiros, intrinsecamente utilizados pelos peixes-bois-marinhos no nordeste do Brasil, o que contribuiu para a criação de áreas costeiras protegidas como uma das estratégias de conservação. Este trabalho teve como objetivo analisar e quantificar a dinâmica espaço-temporal dos manguezais do estado da Paraíba e a relação existente entre os eventos de encalhes dos filhotes de peixes-bois-marinhos. A área de estudo contemplou 10 bosques de mangue distribuídos ao longo do litoral paraibano. Quatro estavam localizados em unidades de conservação (UC) federal: ARIE de Manguezais da Foz do Rio Mamanguape, APA da Barra do Rio Mamanguape, FLONA da Restinga de Cabedelo e RESEX de Acaú-Goiana. As informações sobre os bosques de mangue foram obtidas por imagens de satélite das décadas de 1980 a 2010, considerando o período anterior e posterior à criação das UCs. Foi utilizado um banco de dados com registros de encalhes de 1980 a 2019. Os dados foram analisados por meio de classificação supervisionada, cálculo de área e teste de regressão logística. Os bosques de mangue tiveram na década de 80 as maiores áreas, apresentando redução nos períodos seguintes e com um pequeno acréscimo na última década. O número de encalhes cresceu ao longo dos anos, sendo maior no litoral norte. O menor número de encalhes ocorreu na década de 80, a qual continha os maiores bosques de mangue. A FLONA e a RESEX apresentaram bosques de mangue mais conservados em escala temporal, enquanto, a ARIE e a APA registraram as maiores reduções. A expansão urbana, monocultura de cana-de-açúcar e a carcinicultura foram os principais impactos negativos identificados espacialmente para estas UCs. As constatações obtidas neste estudo, reforçam a essencialidade do ecossistema manguezal para os peixes-bois-marinhos. No que diz respeito a efetividade das UCs, RESEX apresentou maior efetividade na manutenção dos bosques de mangue, enquanto a ARIE apresentou menor efetividade.
  • SEBASTIAO SILVA DOS SANTOS
  • ÁREA DE VIDA DE PEIXES-BOI MARINHOS (Trichechus manatus) SOLTOS NO BRASIL
  • Data: 30/09/2020
  • Hora: 09:00
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  • A distribuição dos peixes-bois-marinhos é influenciada por fatores físicos e ambientais, sendo este conhecimento relevante para subsidiar a estratégia de conservação da espécie. Por este motivo, este estudo teve como objetivo identificar e caracterizar a área de vida dos peixes-bois-marinhos soltos no Brasil. O presente trabalho foi realizado no transcorrer de 2016 a 2019, nos estados da Paraíba, Sergipe e Bahia, região Nordeste do Brasil, sendo realizado o monitoramento de seis animais (sistemas satelital e VHF). Para fins de caracterização das áreas, empregou-se métodos que permitiram identificar o tipo de ambiente, tipo de solo, profundidade, itens alimentares, parâmetros físico-químicos da água, presença de resíduo, ocupações humanas e embarcações. O tamanho das áreas de vida dos peixes-bois-marinhos variou de 2,56 km² a 42,07 km², constatando-se que os sítios de fidelidade se localizavam em áreas protegidas. Os dados de área de vida não foram significativamente diferentes entre os períodos climáticos, mas houve diferença significativa entre os sexos, onde os machos apresentaram áreas maiores quando comparado às fêmeas. Constatou-se que 83,33% dos animais deste estudo demonstraram-se adaptados às condições de vida livre. Foi observado a utilização predominantemente de áreas com até 1,50 metros de profundidade. No tocante a disponibilidade de itens alimentares constatou-se redução ao longo dos anos e que os recursos estavam disponíveis em maiores quantidades durante a estação seca. A identificação espacial e temporal dos padrões de uso de habitat pelos peixes-bois-marinhos, assim como o mapeamento das áreas intensamente utilizadas, são de suma importância para auxiliar os gestores de Unidades de Conservação a definirem áreas prioritárias para conservação da espécie.
  • NATÁLIA DOS SANTOS FALCÃO SATURNINO
  • USANDO MONITORAMENTO ACÚSTICO PASSIVO PARA DETERMINAR O EFEITO DA HETEROGENEIDADE AMBIENTAL, PRESENÇA DE ESTRADAS E RUÍDO ACÚSTICO NA DIVERSIDADE LOCAL DE AVES
  • Data: 07/08/2020
  • Hora: 09:00
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  • Nessa pesquisa, primeiramente, buscamos criar um protocolo de monitoramento acústico passivo que permita a amostragem padronizada das aves no Bioma Caatinga, reduzindo temporalmente e espacialmente o esforço em campo, com perda mínima de informação da diversidade. Instalamos 11 gravadores autônomos que documentaram o ambiente por cerca de 40 horas, gerando arquivos MP3 com aproximadamente seis horas e depois os cortamos em arquivos de um minuto e ouvimos um minuto a cada 10 (6 minutos por hora), totalizando 2595 minutos ouvidos. Propusemos uma redução no esforço amostral em termos de tempo e espaço (4min / h ao longo do período de maior atividade vocal) e comparamos os resultados com as estimativas feitas com um esforço amostral completo (6min / h, 24h / dia, 11 pontos). Dessa forma, conseguimos obter 88% das informações de espécies do conjunto de dados geral (73/83 espécies). Em seguida, aplicamos esse protocolo no local de estudo (Floresta Nacional de Açu – FLONA-Açu), analisando também a influência das estradas, ruído e variáveis ambientais sobre a diversidade das aves. Concluímos que o meio ambiente e as estradas têm uma influência negativa sobre as aves, ou seja, quanto mais próximo das estradas, menor é a diversidade. Compreender a diversidade de espécies em uma área é essencial para entender a natureza e, portanto, otimizar o manejo da área para a conservação dos recursos naturais.
  • ANTONIO JÚDSON TARGINO MACHADO
  • EFEITOS DE NANOPARTÍCULAS DE POLIESTIRENO AMINO-FUNCIONALIZADAS NO DESENVOLVIMENTO LARVAL DO MICROCRUSTÁCEO Artemia franciscana (KELLOGG, 1906)
  • Data: 27/07/2020
  • Hora: 14:00
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  • O crescente uso e descarte de nanoplásticos no ambiente marinho tornou-se um problema persistente. Assim, é fundamental a realização de estudos simulando cenários realísticos para compreender seus efeitos sobre a biota. O objetivo deste trabalho foi investigar a toxicidade aguda de nanopartículas de poliestireno amino-funcionalizadas (PS-NH2; 50 nm) em diferentes condições de cultura e estágios do desenvolvimento de A. franciscana; e o efeito da coexposição de PS-NH2 com dicromato de potássio (K2Cr2O7) e sulfato de cobre (CuSO4) na sobrevida das larvas. Os náuplios (instar II ou III) foram expostos às PS-NH2 (0,005, 0,05, 0,5 e 5 μg.mL-1), por até 48 h, com ou sem agitação. A bioacumulação das nanopartículas foram monitoradas sob microscopia. Para os ensaios de coexposição, as PS-NH2 (0,005 e 5 μg.mL-1) foram associadas com K2Cr2O7 (1; 5; 7,5; 10; 15; 25 e 50 μg.mL-1) ou CuSO4 (1; 3; 4; 5; 10 e 30 μg.mL-1). As PS-NH2 sozinhas apresentaram toxicidade na maior concentração (48 h de exposição). O método de incubação não foi relevante (35% e 38,8% de sobrevida; sem e com agitação, respectivamente). Contudo, o estágio instar III foi o mais sensível (61,8% de sobrevida; 24 h de exposição). Foi observado acúmulo das PS-NH2 no trato gastrointestinal de maneira concentração/tempo dependente. As misturas das PS-NH2 (0,005 e 5 μg.mL-1) com K2Cr2O7 aumentaram mortalidade das larvas após 48 h de exposição, comparadas ao tóxico sozinho. Resultado semelhante foi observado na coexposição das PS-NH2 (5 μg.mL-1) com CuSO4 por 48 h. Entretanto, foi observada uma diminuição da mortalidade dos náuplios coexpostos às PS-NH2 (0,005 μg.mL-1) e CuSO4, em comparação ao tóxico sozinho. Este trabalho destaca o potencial risco das PS-NH2 para os ecossistemas aquáticos, além de uma possível biomagnificação, e ressalta a relevância de estudos acerca dos efeitos da coexposição de nanoplásticos com contaminantes ambientais sobre os organismos aquáticos.
  • CICERO PEREIRA DE OLIVEIRA NETO
  • COMUNIDADE DE PHLEBOTOMINAE (DIPTERA, PSYCHODIDAE) EM ÁREA DE TRANSMISSÃO DE LEISHMANIOSES, LITORAL NORTE DA PARAÍBA, BRASIL
  • Orientador : ELAINE FOLLY RAMOS
  • Data: 27/02/2020
  • Hora: 14:00
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  • Os flebotomíneos são insetos amplamente distribuídos ao redor do planeta e são responsáveis pela transmissão de protozoários que causam várias doenças, como a leishmaniose. A fim de conhecer a fauna de flebotomíneos do município de Rio Tinto, bem como verificar a abundância e riqueza de espécies na área, tendo em vista que o município se enquadra como área de transmissão esporádica da doença. Foram realizados levantamentos entomológicos em duas localidades (rural e silvestre). As amostragens foram realizadas duas vezes em cada local e em cada período (seco e chuvoso). Ao todo, o esforço amostral foi de 4.320 horas e os flebotomíneos coletados foram identificados e a abundância de cada espécie determinada. Avaliou-se a riqueza e diversidade de Shannon dos flebotomíneos. Para verificar diferenças entre os fatores estudados (local e período de coleta) utilizou-se o teste não-paramétrico de Kruskal-Wallis a 5% de probabilidade. A abundância entre machos e fêmeas das espécies também foi comparada pelo teste de Kruskal-Wallis, e verificou-se também a diferença da abundância de cada sexo entre os períodos seco e chuvoso, utilizando-se a função “kruskal.test. A análise de espécie indicadora também foi considerada. Os dados de composição da comunidade de flebotomíneos foram relativizados para a realização das análises multivariadas. Para verificar se havia diferença entre as comunidades de flebotomíneos entre os locais foi realizada a análise de permutação multivariada (Permanova), utilizando-se a função “adonis”. Foram identificados 1.247 flebotomíneos, os quais foram agrupados em dois gêneros: Lutzomyia e Brumptomya. Entre as localidades, a que apresentou maior riqueza e diversidade foi a silvestre, tendo como espécies indicadoras deste ambiente Brumptomya sp., Lutzomyia migonei, Lutzomyia evandroi e Lutzomyia whitmanii; enquanto a localidade rural apresentou Lutzomyia longipalpis como espécie indicadora, corroborando que esta espécie está mais bem adaptada a ambientes com alterações antrópicas.
2019
Descrição
  • LAÍZA DE QUEIROZ VIANA BRAGA
  • Infecções múltiplas e a saúde de carnívoros silvestres em um agroecossistema brasileiro
  • Data: 25/11/2019
  • Hora: 09:00
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  • Nos últimos anos, estudos envolvendo a ocorrência de parasitos em animais silvestres têm aumentado, a sua maioria, porém, sendo realizada em áreas preservadas. Devido à importância das parasitoses tanto para a conservação da fauna como para a saúde humana e ambiental como um todo e à intensa modificação de paisagens para a agropecuária, o objetivo do nosso estudo foi investigar a ocorrência de hemoparasitos em jaguatiricas (Leopardus pardalis) e cachorros-do-mato (Cerdocyon thous) capturados em lavouras de arroz e pastagens em área de ecótono de pantanal e cerrado no Mato Grosso do Sul, Brasil. Para tanto, realizamos testes sorológicos e moleculares para 18 agentes. Todos os indivíduos capturados foram positivos para pelo menos um agente, e X indivíduos foram positivos para quatro ou mais dos parasitos. De forma geral, os felídeos foram mais parasitados que os canídeos. Leptospira spp. foi um dos agentes detectados de maior destaque, tanto pela alta ocorrência (%), como por seu potencial patogênico para animais e humanos. Assim, ressaltamos que, ainda que o agroecossistema possa favorecer a permanência de algumas espécies, investigar se essa fauna está saudável é um desafio complementar para investigar os impactos causados pelas modificações geradas pelo uso humano.
  • TARCIANNE MARIA DE LIMA OLIVEIRA
  • ECOEPIDEMIOLOGIA MOLECULAR DE Triatoma petrocchiae NOS ESTADOS DO RIO GRANDE DO NORTE E DA PARAÍBA E POTENCIALIDADE VETORIAL
  • Data: 30/08/2019
  • Hora: 15:00
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  • Triatoma petrocchiae e o novo membro do complexo de especies Triatoma brasiliensis. Esta especie se sobrepoe ao T. brasiliensis na ocupacao geografica e ecotipica no habitat silvestre, pois ambos habitam afloramentos rochosos na regiao semi-arida do nordeste brasileiro. Diferentemente de T. brasiliensis, T. petrocchiae e raramente encontrado em habitats peri ou intradomesticos - razao pela qual pouco se sabe sobre esta especie. Portanto, aqui apresentamos as primeiras informacoes sobre a ecoepidemiologia molecular de T. petrocchiae e sobre sua potencialidade vetorial. Este experimento revelou uma alta taxa de mortalidade para a especie, compreendendo 60% para o periodo de eclosao ate o estadio adulto, ocorrendo no primeiro estadio (N1) a maior mortalidade com 25%. Obtivemos uma media aproximada de 241 dias da eclosao (N1) a muda adulto, um tempo de desenvolvimento maior comparado as outras especies de triatomineos. Referindo-se ao jejum pos-ecdise o maior periodo foi apresentado pelas ninfas de primeiro estadio, com uma media de 20, 64 dias, e a menor media no quarto estadio com 6,91. No jejum pre-ecdise apresentou o menor periodo no quarto estadio, com 14,40 dias. Registramos que as ninfas do 1º ao 5º estadio obtiveram uma media de 2 a 3 repastos para realizar a ecdise. Nesta pesquisa observamos que os quatro primeiros estadios evolutivos apresentaram uma media crescente de 10 a 15 minutos, havendo um aumento para 24 minutos no 5º estadio no tempo de succao. Apresentando o tempo decorrido entre o fim da refeicao e a defecacao, uma media de 2 minutos para os estadios iniciais N1, N2, N3 e N4, e uma media de 1 minuto para os estadios finais N5 e fase adulta, considerando que 22,36% aconteceram imediatamente apos o repasto. A quantidade de sangue ingerida foi crescente do 1º ao 5º estadio, ocorrendo uma diminuicao apenas na fase adulta. E no que se refere a postura de ovos T. petrocchiae apresentou uma media de 66 ovos. Utilizamos ainda o teste D de Tajima para o acesso a assinaturas de eventos demograficos historicos recentes, sugerindo que a especie esta evoluindo no equilibrio de mutacao-deriva em nossa linha de coleta. Apenas duas populacoes silvestres possuiam insetos infectados pelo Trypanosoma cruzi, exibindo 4% (3/68) de prevalencia parasitaria. Um metodo molecular altamente sensivel - Comprimento do Fragmento Fluorescente - foi usado para genotipar esses parasitas usando o DNA do conteudo do intestino e todos os insetos abrigavam TcI. T. petrocchiae apresentou caracteristicas biologicas comparaveis a alguns importantes vetores da doenca de Chagas, que podem favorecer a transmissao de T. cruzi ao homem. E os resultados para a variacao genetica de T. petrocchiae foram semelhantes aos observados para T. brasiliensis, pois ambos exibem pouca estrutura geografica dentro da faixa de amostragem. Em relacao a infeccao pelo T. cruzi, a prevalencia e definitivamente menor para T. petrocchiae do que para T. brasiliensis. Apesar do baixo numero de insetos infectados (N = 3) para realizar inferencias robustas sobre a diversidade do T. cruzi, os resultados indicam que ele nao carrega infeccoes mistas, como e comumente observado para T. brasiliensis. Desse modo, esses triatomineos devem ser mantidos sob vigilancia entomologica constante.
  • MAYARA DE SOUSA DANTAS
  • DETERMINAÇÃO DE PARÂMETROS ESTRUTURAIS E FUNCIONAIS, DE CLASSES DE PAISAGEM, EM ÁREA DE OCORRÊNCIA DO MACACOPREGO-GALEGO (Sapajusflavius SCHREBER, 1774), PARAÍBA, BRASIL.
  • Data: 23/08/2019
  • Hora: 10:00
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  • A fragmentacao e perda de habitat acarretam mudancas na estrutura da paisagem e alteracoes no padrao de atividades das especies. A presente pesquisa teve o objetivo de determinar os parametros estruturais e funcionais de classes de paisagem utilizadas por individuos de S. flavius. Foram registrados os locais utilizados e calculadas as distancias que os individuos adentraram as plantacoes de cana-de-acucar. As classes de paisagem: floresta, plantacoes de cana-de-acucar e pomares foram digitalizadas em tela no software Qgis (versao 2.18.0), utilizando a imagem do Google Earth Pro. As metricas foram calculadas na extensao V-late do software ArcGis versao 10.3 e as metricas de conectividade foram calculadas no software Fragstats 4.2. Foi elaborado um mapa com as classes de paisagem, a frequencia de visitas e o tipo de uso (ex: alimentacao, deslocamento e coleta de cana-de-acucar e/ou frutos). As metricas de paisagem demonstraram fragmentacao da classe Floresta e as plantacoes de cana-de-acucar apresentaram baixa permeabilidade, pois a distancia maxima que os individuos adentraram foi de 20 metros. Nas plantacoes de cana-de-acucar os individuos coletam a cana, nos pomares coletam frutos cultivados e na Floresta (RPPN) consomem cana-de-acucar e frutos nativos e exoticos. Os dados reforcam a importancia da criacao de corredores de vegetacao nativa, aumentando a conectividade da paisagem, permitindo o deslocamento dos individuos e contribuindo para conservacao da especie.
  • MARIA CLARA DE CLARO LIRA
  • LAGARTIXAS URBANAS E EFEITOS DA VIDA NA CIDADE: UMA ANÁLISE DA MORFOLOGIA E PARASITOS DO LAGARTO TROPICAL TROPIDURUS HISPIDUS (SPIX, 1825)
  • Data: 18/06/2019
  • Hora: 09:00
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  • As atividades humanas tem transformado profundamente a natureza por meio de modificacoes da paisagem como, por exemplo, a conversao de florestas para agropecuaria, construcoes de estradas e cidades. As areas urbanas podem exercer uma poderosa forca seletiva nas especies, atuando como um filtro e alterando drasticamente as comunidades e as interacoes ecologicas. Essa nova pressao seletiva pode induzir rapidas mudancas fenotipicas, apresentando variacoes na morfologia, assim como na composicao e estrutura de comunidade de parasitos em especies que exploram o meio urbano. Como resultado, este e o primeiro estudo realizado com o lagarto Tropidurus hispidus no Brasil, que avaliou e observou variacoes morfologicas comparando populacoes urbanas e naturais. O estresse urbano tambem afeta a estrutura parasitologica desses lagartos, apresentando um padrao na composicao de especies comuns de parasitas que infectam T. hispidus provenientes de habitats antropicos (areas urbanas e impactadas). Alem disso, como a composicao de especies comuns e abundantes e similar entre T. hispidus e habitats antropicos, as especies raras sao comuns aquelas presentes em outras especies de lagartos (por exemplo, Hemidactylus mabouia, Phyllopezus pollicaris) provenientes de areas antropicas. Mostrando uma pressao comum dentro das populacoes de T. hispidus, bem como entre os ecossistemas antropicos.
  • JESSICA MARIA PEREIRA DE SOUZA FRANÇA
  • EVENTOS DE BRANQUEAMENTO E DOENÇAS E SEUS EFEITOS NA INTEGRIDADE TECIDUAL E NA COMPOSIÇÃO DOS ÁCIDOS GRAXOS DO CORAL Siderastrea stellata VERRILL, 1868 DOS RECIFES COSTEIROS DA PARAÍBA
  • Data: 29/03/2019
  • Hora: 14:00
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  • Branqueamento e doencas em corais tem sido apontados como as principais causas do declinio da biodiversidade dos recifes. Tais episodios vem sendo registrados desde 1970 e quando ocorrem afetam a taxa de crescimento, reproducao e a sintese de compostos organicos das especies, promovem a expulsao das zooxantelas, rompem as relacoes simbioticas que corais mantem com seus holobiontes, entre outros efeitos. Nesse contexto, a pesquisa teve por objetivo analisar os efeitos desses eventos na integridade tecidual e na sintese dos acidos graxos do coral Siderastrea stellata e de suas zooxantelas simbiontes, nos recifes costeiros da Paraiba. Laminas histologicas foram preparadas usando fragmentos dos corais saudaveis, branqueados e doentes, coradas com eosina e hematoxilina (H&E), fotografadas em microscopio binocular em varios aumentos e analisadas. Tambem foram analisadas laminas histologicas do coral S. stellata pertencente ao acervo do LARBIM/UFPB. Os acidos graxos foram analisados para as mesmas amostras coletadas, apos metilacao dos lipidios com acido cloridrico e metanol, separacao das fases com heptano, e quantificacao gravimetrica apos evaporacao dos solventes. Os esteres metilicos de acidos graxos foram determinados por transesterificacao direta da biomassa usando um cromatografo a gas equipado com detector FID. As analises histologicas demostraram diferentes respostas teciduais, quando comparadas entre as condicoes de saude dos corais, a exemplo de hiperplasia da mesogleia que chegam a comprimir a epiderme, necrose celular e microrganismos associados a colonias branqueadas, o que nao foi observado em colonias saudaveis. Alem das alteracoes histologicas observadas nas colonias branqueadas e doentes, o estudo revelou diferencas e alteracoes na composicao dos acidos graxos entre as diferentes condicoes de saude analisadas, indicando que tais analises podem contribuir para o real entendimento das respostas bioquimicas de especies de corais na presenca de agentes estressores.
  • JULIA MARTINI FALKENBERG
  • Parasitos metazoários da tainha Mugil curema Valenciennes, 1836 (Osteichthyes: Mugilidae): preferência por microhábitats e coocorrência de parasitos branquiais e novos registros de ocorrência
  • Data: 01/03/2019
  • Hora: 09:00
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  • Preferencias por microhabitats especificos e interacoes entre especies de parasitos tem sido o foco de muitos estudos. As branquias dos peixes sao parasitadas por diferentes grupos e as especies podem interagir de forma positiva, negativa ou neutra, dependendo da abundancia parasitaria e da disponibilidade de recursos. Aqui, estudamos a distribuicao das especies de ectoparasitos branquiais da tainha Mugil curema na regiao do porto de Cabedelo (Brasil) para identificar se os parasitos: (1) preferem se fixar em arcos branquiais especificos dos hospedeiros; (2) Coocorrem nas branquias dos hospedeiros; (3) Interagem entre si, de modo que a ocorrencia de uma especie afete a abundancia de outra nos mesmos arcos branquiais. Utilizamos Modelos Lineares Generalizados, Modelos Lineares Generalizados Mistos e Modelos com Inflacao de Zeros para definir os microhabitats (arcos) com maior abundancia de parasitos. Foram registradas tres especies do grupo Monogenea (Ligophorus brasiliensis, Ligophorus sp.1 e Ligophorus sp. 2) e seis especies de Copepoda (Bomolochus nitidus, Caligus praetextus, Ergasilus atafonensis, E. bahiensis, E. caraguatatubensis e E. lizae). Os resultados obtidos mostram que, de maneira geral, as especies de parasitos apresentaram preferencia pelos arcos branquiais I e II dos hospedeiros, compartilharam tais preferencias e apresentaram coocorrencia nos arcos branquiais. Entretanto, a presenca de uma especie de parasito nao influenciou a abundancia de outra, caracterizando as infracomunidades como nao interativas nas branquias dessa especie hospedeira.
  • PEDRO RICARDO ALEXANDRE DE ALBUQUERQUE
  • Padrões de Diversidade das Serpentes da Caatinga, Nordeste do Brasil
  • Data: 27/02/2019
  • Hora: 14:00
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  • Tradicionalmente a competicao e os filtros abioticos sao considerados os processos mais influentes na montagem das comunidades. Com relacao aos componentes da diversidade das comunidades, espera-se que aquelas influenciadas por competicao apresentem padroes funcionais e filogeneticos dispersos, enquanto os filtros abioticos devem gerar comunidades funcional e filogeneticamente agregadas. Neste trabalho buscamos determinar os processos que levaram a montagem das taxocenoses de serpentes da Caatinga acessando os componentes da diversidade destas. Nos obtivemos dados funcionais e de distribuicao das serpentes no bioma a partir de revisao bibliografica. Para acessar os componentes de diversidade das taxocenoses nos utilizamos metricas de diversidade filogenetica e funcional e realizamos tambem regressoes lineares simples para testar a relacao dos diferentes componentes de diversidade entre si e com a disponibilidade de nicho e area das ecorregioes da Caatinga. Nossos resultados mostraram que a maior parte das ecorregioes da Caatinga possui taxocenoses de serpentes com padroes filogeneticos e funcionais aleatorios, nao sendo fortemente influenciadas por competicao ou filtros abioticos. Nao encontramos nenhuma relacao entre diversidade filogenetica e funcional, apesar de todos os caracteres funcionais terem apresentado sinal filogenetico, indicando que a diversidade filogenetica inclui caracteres chave que nao sao levados em consideracao na analise funcional. Alem disso, nenhum dos componentes de diversidade esta relacionado com a disponibilidade de nicho. Apenas para diversidade taxonomica encontramos relacao com a area das ecorregioes.
  • WILLIAM MEDEIROS DA SILVA
  • Carretel de rastreamento em serpentes da mata atlântica no município de Rio Tinto, Paraíba Brasil.
  • Data: 26/02/2019
  • Hora: 10:00
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  • Serpentes possuem uma plasticidade fisiologica, morfologica e comportamental, que as torna excelentes modelos para estudos ecologicos. Apesar disso, muitos pesquisadores relutam em trabalhar com o grupo, perdurando as lacunas no conhecimento acerca desses animais, de modo que informacoes basicas de muitas especies ainda sao incompletas ou inexistentes. Recentes inovacoes tecnologicas permitiram que novos campos da ciencia fossem aplicados ao grupo, como a ecologia do movimento. Estudos deste tipo nos revelam dados sobre como os organismos utilizam seu habitat. Dentre as metodologias usadas para monitorar serpentes, as que obtiveram sucesso foram o po de rastreamento, a radio-telemetria e o carretel de rastreamento. A radio-telemetria e a mais eficaz, porem o preco elevado e as dificuldades no acesso ao equipamento restringem sua utilizacao. Alem disso, o metodo fornece apenas o ponto de localizacao do animal, enquanto demais informacoes como distancia percorrida e trajetoria sao apenas estimados. Apesar de nao ser eficaz para monitoramento a prazos extremamente longos, com o carretel de rastreamento e possivel visualizar e analisar o percurso exato percorrido pelo animal, alem de ter menor custo e mais facil acesso. O presente trabalho mostra a utilizacao do carretel em serpentes num fragmento de Mata Atlantica do municipio de Rio Tinto no estado da Paraiba, Brasil. No primeiro capitulo nos testamos a tecnica do carretel de rastreamento em 71 serpentes de 25 diferentes especies onde em 35 de 14 especies a tecnica foi bem-sucedida, em 14 individuos de 5 especies ela falhou, e outras 28 serpentes de 12 especies foram excluidas por falta de compatibilidade com o metodo. No segundo capitulo, nos analisamos o monitoramento das especies que foram consideradas adequadas no capitulo um, relacionado as variacoes no movimento com as variaveis morfometricas e ambientais atraves dos testes ANOVA e GLM. Neste capitulo, as serpentes foram divididas por familias e cada uma teve preditores diferentes, porem para praticamente todas as familias, a temperatura ambiente foi o preditor de maior influencia na taxa de movimentacao das serpentes.
2018
Descrição
  • ISIS EMANUELLE DIAS MARTINS
  • DISTRIBUIÇÃO DE MACROALGAS EM MANGUEZAIS DO ESTADO DA PARAÍBA, COMPARAÇÃO ENTRE O ESTUÁRIO DO RIO MAMANGUAPE E ESTUÁRIO DO RIO PARAÍBA.
  • Orientador : GEORGE EMMANUEL CAVALCANTI DE MIRANDA
  • Data: 31/07/2018
  • Hora: 14:00
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  • N/A
  • MARIA MAYARA DA SILVA RIBEIRO DE MORAIS
  • COMPONENTES DE DIVERSIDADE DAS SERPENTES DO CENTRO DE ENDEMISMO PERNAMBUCO
  • Data: 31/07/2018
  • Hora: 09:00
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  • O uso dos componentes funcional e filogenetico da diversidade, alem da riqueza amplamente utilizada, tem se mostrado como uma estrategia eficaz para o planejamento de conservacao uma vez que se torna possivel maximizar a protecao de areas de maior estabilidade. Neste estudo nos propomos utilizar uma abordagem integrativa levando em consideracao a riqueza das serpentes e a diversidade funcional e filogenetica a fim de identificar locais de maiores valores de diversidade no Centro de Endemismo Pernambuco (CEP). Alem disso, analisar se as Unidades de Conservacao contidas nessas areas estao dentro desses locais mais diversos. Utilizando dados de morfologia e ocorrencia das especies calculamos indices de diversidade funcional e filogenetica e descobrimos muitas areas de incompatibilidade e poucas areas de congruencia entre os componentes de diversidade. Ainda, revelamos uma distribuicao desigual dos componentes dentro das areas de conservacao do CEP: a diversidade taxonomica foi a mais representada dentro das UC’s enquanto a diversidade filogenetica foi sub-representada. Sugerimos areas selecionadas para futuros planejamentos de conservacao como tambem uma correlacao com fatores ambientais para um entendimento mais completo de nossos resultados. Por fim, enfatizamos a necessidade do uso integrado dos componentes da diversidade nos planejamentos de conservacao.
  • EDILENE CRISTINA DO NASCIMENTO COSTA
  • INTEGRANDO PROCESSOS EVOLUTIVOS A UM PORTFÓLIO DE CONSERVAÇÃO DE MAMÍFEROS MARINHOS
  • Data: 25/05/2018
  • Hora: 14:00
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  • A atual crise da biodiversidade exige o direcionamento urgente de acoes de conservacao envolvendo aspectos sociais, economicos e cientificos. Uma resposta comum a esse desafio e a criacao de reservas naturais. Em teoria, o principal objetivo da criacao de uma reserva natural e a protecao e conservacao da biodiversidade ao longo do tempo. No entanto, na pratica, essa meta geralmente nao e alcancada. No entanto, na pratica, a maioria das atuais abordagens de conservacao concentra-se apenas em hotspots de biodiversidade, em especial areas com alta riqueza de especies ou endemicos, mas geralmente nao considera a conservacao de processos evolutivos dos quais a biodiversidade se origina e, portanto, falha no objetivo de conservacao no longo prazo. Neste artigo, nos fornecemos uma resposta para este problema, propondo um portfolio de areas prioritarias para conservacao de mamiferos marinhos considerando complementaridade e processos evolutivos. Nosso objetivo e testar se a inclusao da estimativa da taxa de diversificacao na analise de priorizacao espacial altera de maneira significativa a alocacao das prioridades de conservacao quando comparado a um portfolio baseado em complementaridade apenas. A comparacao entre as abordagens mostra como a inclusao da estimativa da taxa de diversificacao altera o cenario das priorizacoes espaciais para mamiferos marinhos. De um modo geral, ambas as abordagens identificam areas prioritarias ao longo das aguas da Zona Economica Exclusiva nos dois hemisferios, porem em proporcoes diferentes. Uma abordagem considerando estimativa da taxa de diversificacao fornece uma oportunidade de identificar areas nas quais os clados irradiaram mais ativamente, podendo ajudar a conservar os potenciais centros de origem de especies e, assim complementar as estimativas baseadas apenas em riqueza de especies.
  • WILMARA GUEDES DE LUCENA
  • VARIAÇÃO ACÚSTICA DE AVES EM FLORESTAS SECAS NEOTROPICAIS E SUA RELAÇÃO COM O CLIMA
  • Data: 27/02/2018
  • Hora: 14:00
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  • A principal função biológica do canto é o reconhecimento específico, e este está submetido aos mesmos processos de evolução que outras características fenotípicas, podendo ser utilizado para o estudo da história evolutiva de diferentes populações de aves. Divergências ecológicas também desempenham um papel importante neste processo. O objetivo deste estudo é compreender como os efeitos dos padrões biogeográficos e fatores físicos do ambiente interferem na variação acústica de aves que vivem em florestas secas Neotropicais (Caatinga e Chaco). Para isto foram testadas as hipóteses: H1) os pares de táxons/populações apresentam variações vocais de acordo com o bioma, H2) Existem variáveis climáticas entre as áreas que são mais importantes para distribuição destes táxons/populações; e H3) o ambiente afeta os parâmetros vocais das espécies, de forma que existe um padrão geral de acordo com regras eco-geográficas. Selecionamos 376 cantos para a análise com base na qualidade de gravação e componente do canto de seis pares de táxons/populações que ocorrem na Caatinga e no Chaco. Utilizamos modelos de Nicho Ecológico para avaliar, visualmente, o nicho abiótico das espécies de estudo, e utilizamos os dados das variáveis climáticas para testar estatisticamente essa diferença. Modelos de regressão foram utilizados para verificar a diferença entre o canto e o clima das áreas de estudo. Além disso, utilizamos protocolos desenvolvidos para verificar diferença entre espécies a partir de dados acústicos. Foram verificados diferenças acústicas e climáticas entre as áreas de estudo de acordo com os diferentes pares. Além disso, a frequência máxima demonstrou um padrão em todos os pares (menor ao sul). Nosso estudo apoia a hipótese que o ambiente é central na evolução vocal, e diferenças climáticas podem levar à divergência acústica. Tal variação pode estar associada ao tamanho corporal em resposta à variação de temperatura (conforme descrito no modelo de Bergmman).
2017
Descrição
  • RAMON LIMA SILVA
  • PADRÕES DE ATROPELAMENTO DE VERTEBRADOS EM PAISAGEM FRAGMENTADA NO LITORAL NORTE DA PARAÍBA
  • Data: 30/10/2017
  • Hora: 10:00
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  • O atropelamento de fauna e um problema recorrente em todo o mundo, inclusive no Brasil. O litoral norte da Paraiba apresenta diversos fragmentos de Mata Atlantica ao longo das rodovias BR-101 e PB-071. Essa regiao esta inserida no Centro de Endemismo de Pernambuco, reconhecido por sua alta diversidade biologica. Essas rodovias circulam uma das poucas unidades de conservacao do estado, a reserva biologica Guaribas e passam nas proximidades de outras duas Reservas Particulares do Patrimonio Natural. Assim, entender os mecanismos dos padroes de atropelamentos envolvidos na relacao entre empreendimentos rodoviarios e as especies e fundamental para a conservacao das especies, especialmente nessa area fragmentada e proxima aos poucos refugios de fauna da regiao. Nos monitoramos os atropelamentos de vertebrados em trechos da BR-101 e PB-071 semanalmente entre fevereiro/2016 e maio/2017 e avaliamos a influencia das caracteristicas da paisagem e da conectividade nos atropelamentos encontrados. Nos dividimos a estrada de amostragem em 63 segmentos de 1000m. Analisamos as taxas de atropelamento, as aglomeracoes nos padroes de atropelamento, comparando as estatisticas globais K e Linear K; utilizamos as analises espaciais graficas para identificar os mapping clusters. Os hotspots foram calculados pelos atropelamentos esperados em relacao aos observados pela distribuicao de Poisson; utilizamos o AIC para verificar quais preditores deram melhores interpretacoes aos hotspots; e avaliamos a conectividade entre os fragmentos. Obtivemos 232 registros de vertebrados atropelados. O grupo mais atropelado foram os mamiferos, principalmente Cerdocyon thous (n=60). Leopardus pardalis, Alouatta belzebul e Penelope superciliares foram registradas e sao ameacadas de extincao. No geral, a maioria dos hotspots foi proximo as passagens de fauna e links de conectividade entre os fragmentos, embora os preditores tenham variado entre os grupos analisados. Barreiras de New Jersey sao um problema em potencial para mamiferos e C. thous. Essas informacoes servirao de base para futuros projetos mitigatorios.
  • BRUNA ELIZABETH SILVA DE PONTES
  • Ameaça Potencial de Invasões de Serpentes Exóticas no Continente Americano
  • Data: 27/10/2017
  • Hora: 14:00
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  • A introducao de especies exoticas em uma nova regiao consiste em uma das principais causas relacionadas a perda da biodiversidade e extincao de especies em escalas global e local. Nas ultimas decadas, houve um consideravel aumento de animais exoticos invasores devido as acoes humanas relacionadas ao crescimento e expansao do comercio internacional.
  • MERCIA MARIA ARAÚJO LUNA
  • RESPOSTAS FOTOQUÍMICAS E CRESCIMENTO INICIAL DE ESPÉCIES DE MANGUE SOB DIFERENTES NÍVEIS DE LUMININOSIDADE
  • Data: 25/09/2017
  • Hora: 09:00
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  • O elevado nivel de luminosidade pode ser decisivo para o sucesso ou fracasso na producao de mudas visando a restauracao de areas degradadas. O objetivo deste estudo e avaliar as respostas fotoquimicas no crescimento inicial de tres especies arboreas de mangue (Avicennia germinans (L.) L., Laguncularia racemosa (L.) Gaertn., Rhizophora mangle L.) sob tres niveis de luz (pleno sol, 50% e 80% de sombreamento). O experimento foi conduzido no municipio de Rio Tinto-PB, Brasil (06º49’S, 35°03’O), com duracao de 80 dias entre os meses de marco e junho de 2016. As analises dos transientes da fluorescencia da clorofila a e os parametros derivados da curva OJIP foram obtidos em folhas saudaveis no periodo de maior luminosidade (10:00-12:00h), quando as mudas completaram 60 dias de exposicao aos niveis de luz. Os dados morfologicos e as concentracoes de pigmentos fotossinteticos foram obtidos apos a realizacao das medidas de fluorescencia no final do experimento. A curva OJIP indicou fotoinibicao nas tres especies sob pleno sol. Houve queda no rendimento quantico fotoquimico (TRo/ABS) e aumento na dissipacao de energia (DIo/ABS) para as tres especies no tratamento de pleno sol. Entretanto, apenas L. racemosa apresentou queda significativa nos valores de ETo/TRo e ETo/ABS indicando dificuldade dessa especie em mover os eletrons pela cadeia transportadora nos tratamentos pleno sol e 50% sombreado. A reducao nas concentracoes de clorofila a e b revelaram ajuste das tres especies sob maior nivel luminoso. Para os parametros morfologicos altura e area foliar, os maiores valores foram obtidos nos ambientes mais sombreados. As mudas de R. mangle e A. germinans apresentaram as melhores respostas ao elevado nivel de luminosidade, sendo as mais aclimatadas as variacoes nos niveis de luz utilizados neste trabalho. Os resultados confirmam que o tratamento com maior nivel de sombreamento proporciona as melhores condicoes para o desenvolvimento das mudas.
  • IVAN LIVIO ROCHA SAMPAIO
  • Ecologia de Helicops angulatus em Fragmentos de Floresta Atlântica no Litoral Norte da Paraíba, Nordeste do Brasil
  • Orientador : GUSTAVO HENRIQUE CALAZANS VIEIRA
  • Data: 11/09/2017
  • Hora: 14:00
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  • O genero Helicops e o mais rico da tribo Hydropsini, com ampla distribuicao na America do Sul, sendo composto por 17 especies que fazem parte de uma linhagem de serpentes aquaticas. A cobra d’agua Helicops angulatus e uma serpente noturna que se alimenta principalmente de peixes, com ampla distribuicao por varias regioes da America do Sul. Nesse trabalho, nos estudamos a ecologia de Helicops angulatus no litoral norte do estado da Paraiba. Nos analisamos 205 especimes, sendo 103 femeas e 102 machos. Foi encontrado dimorfismo sexual, onde femeas possuem maior tamanho corporal que os machos, e os machos apresentaram caudas maiores. Helicops angulatus consumiu uma grande variedade de peixes (75,6% do total de presas consumidas) e anfibios (24,4 %). A maior variedade de peixes foi da ordem dos Characiformes e Perciformes, e para os anfibios, identificamos ras da familia Leptodactylidae. Para os peixes, aproximadamente 96% das vezes, o sentido da ingestao foi antero-posterior, e para os anfibios 50%. A sobreposicao na dieta foi alta entre os sexos e nao houve relacao significativa no tamanho da serpente com o tamanho das presas. O ciclo reprodutivo foi continuo, com aumento do diametro dos foliculos no final da estacao chuvosa e a reproducao na estacao seca e inicio do periodo chuvoso. O numero de ovos por ninhada variou de tres ate treze ovos e houve relacao positiva entre o comprimento da serpente com o tamanho da ninhada, indicando que femeas maiores tem capacidade de produzir maiores ninhadas. Nossos resultados indicam que H. angulatus apresenta conservatismo nas caracteristicas ecologicas mesmo sobrevivendo em biomas distintos.
  • HENRIQUE DOUGLAS DOS SANTOS BORBUREMA
  • MUDANÇAS AMBIENTAIS GLOBAIS, EFEITOS DA VARIAÇÃO DE TEMPERATURA, SALINIDADE E NUTRIENTES SOBRE O CRESCIMENTO DE ESPÉCIES DE Bostrychia (RHODOPHYTA)
  • Data: 31/08/2017
  • Hora: 10:00
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  • RESUMO Este trabalho teve por objetivo analisar e comparar o crescimento de Bostrychia binderi e Bostrychia montagnei em diferentes temperaturas, salinidades e condicoes de nutrientes, em decorrencia das mudancas climaticas globais e do continuo aporte de nutrientes, principalmente de fontes de nitrogenio e fosforo, para os ecossistemas aquaticos. Para obtencao de culturas unialgais de Bostrychia foi desenvolvido um protocolo de eliminacao de organismos associados aos talos com detergente liquido e hipoclorito de sodio. Amostras das especies de Bostrychia foram cultivadas experimentalmente em temperaturas de 24, 28 e 32°C, em salinidades de 18, 24, 30, 36 e 42psu, e em diferentes condicoes de nutrientes. B. binderi e B. montagnei apresentaram resistencia a temperatura maxima a que foram submetidas (32°C). A taxa de crescimento das especies foi similar em 28 e 32°C, e as maiores taxas de crescimento foram observadas quando as algas foram cultivadas em 24°C. As diferentes salinidades nao apresentaram efeito significativo sobre a taxa de crescimento das especies, corroborando com outros estudos ecofisiologicos com Bostrychia. Taxas de crescimento relativo negativas foram observadas em tratamentos em que nao houve enriquecimento do meio, sendo nas maiores temperaturas testadas (28 e 32°C) e baixas salinidades (18 e 24psu). As especies apresentaram tolerancia as altas concentracoes de nutrientes a que foram submetidas. Dados obtidos neste estudo permitem concluir que as especies analisadas estariam adaptadas em futuros cenarios de aquecimento global e de alteracoes em gradientes de salinidade, e que podem se estabelecer em condicoes eutroficas, devido sua tolerancia para altas concentracoes de nutrientes. Ao se considerar a resistencia de Bostrychia a elevadas temperaturas, variacao de salinidade e altas concentracoes de nutrientes, numa perspectiva de mudancas ambientais futuras este taxon sera fundamental em ecossistemas estuarinos, como uma relevante fonte de produtividade primaria e materia organica.
  • CAROLINA HOLANDA ALVES
  • RUÍDO SONORO NA RODOVIA BR 230 E O IMPACTO PARA AVES TERRITORIALISTAS
  • Data: 14/07/2017
  • Hora: 09:00
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  • Em areas urbanas, os limites dos niveis de ruido sao estabelecidos para evitar desconforto e prejuizo a saude humana. No entanto, quando observamos uma Unidade de Conservacao inserida nesse espaco urbano, nos deparamos com a falta de atencao aos possiveis impactos a fauna ali presente. Nos caracterizamos os niveis de ruido presente ao longo da Floresta Nacional da Restinga de Cabedelo, area de importancia para a manutencao ecologica do estuario do Rio Paraiba. Estao localizadas em area urbana, entre os municipios de Joao Pessoa e Cabedelo, e recebe influencia direta do trafego presente na rodovia BR-230. As medidas de intensidade do ruido foram feitas em termos L90, que representa o nivel de ruido em 90% do tempo. Relacionamos essas medidas aos niveis de ruido em uma area urbana sem vegetacao, e em outra UC localizada em uma area rural, sem intensa influencia do ruido do trafego. Os resultados demonstraram que os niveis de ruido de fundo na FLONA de Cabedelo se encontram superiores a 62 dB em 90% do tempo (L90), podendo apresentar valores altos, cerca de 70 dB. A UC numa area sem trafego, apresentou uma diferenca de 24 dB (L90), em relacao ao ruido encontrado na FLONA de Cabedelo. Na area sem vegetacao, observamos que a perda de energia sonora e menor, o que revela a eficiencia no papel da contencao do ruido pela vegetacao densa. Apesar de existirem leis que estabelecem os limites de ruido para a sociedade, nao vemos uma preocupacao no sentido de minimizar os efeitos para a fauna presente na area protegida. A metodologia demonstrou ser uma ferramenta eficiente neste estudo, o que serve de base para tomada de decisoes por parte dos gestores.
  • ALLANA BARBOSA DE SOUSA FEITOSA
  • ANÁLISE DE FORRAGEIO EXTRATIVO E LATERALIDADE EM SEIS ESPÉCIES DE MACACO-PREGO EM CATIVEIRO.
  • Data: 06/07/2017
  • Hora: 14:00
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  • Forrageio e a busca de alimento por animais e o forrageio extrativo e um tipo no qual o alimento deve ser removido de uma matriz (ex. frutos encapsulados, insetos no interior de galhos, tuberculos). Este tipo forrageio requer um maior nivel de controle motor e habilidade de manipulacao, o que alguns autores sugerem que promova preferencia para o uso da mao direita. Algumas especies de primatas que vivem em regioes fortemente sazonais ou de maior aridez parecem praticar o forrageio extrativo mais frequentemente. E possivel que nesses ambientes essas populacoes de primatas sejam mais lateralizadas. Lateralidade e a preferencia do uso de uma das maos ao realizar tarefas e e provavel que populacoes de macacos-prego de areas mais secas apresentem maior uso da mao direita, pois o forrageio extrativo nessas populacoes e mais frequente. Individuos de 6 especies de macaco-prego (Sapajus sp. e Cebus sp.), mantidas em cativeiro, foram testadas em relacao ao forrageio extrativo, usando entrenos fechados de bambus, e lateralidade, usando tubos de PVC com comida no interior (Tube task), que forcava os macacos a segurarem um tubo com uma mao e removerem o alimento com a outra. Foram observados 222 individuos, de diferentes instituicoes (zoologicos, centros de primatas e de triagem) de diferentes locais do Brasil. Os resultados indicam diferencas entre os dois generos e entre as especies de Sapajus. S. robustus e S. flavius foram as especies que apresentaram maior frequencia de forrageio extrativo e as que apresentaram preferencia pelo uso da mao direita. Contrario ao que se esperava, S. libidinosus apresentou menor media de forrageio extrativo do que S. robustus e S. flavius e preferiu usar a mao esquerda. S. apella e Cebus sp. tiveram as menores medias de forrageio extrativo e tambem preferiram usar a mao esquerda. Mesmo sendo individuos de cativeiro, a lateralidade das especies nao foi afetada ou influenciada pelo contato com humanos. E possivel que a especializacao em forrageio extrativo e uso de ferramentas nao estejam associados a preferencia pelo uso da mao direita como se tem pensado.
2016
Descrição
  • LAURA MARTINI FALKENBERG
  • ECOLOGIA DE TAXOCENOSE DE ANFÍBIOS ANURO EM FRAGMENTO URBANO DE FLORESTA ATLÂNTICA NA CIDADE DE CABEDELO, PARAÍBA, BRASIL
  • Orientador : GUSTAVO HENRIQUE CALAZANS VIEIRA
  • Data: 05/10/2016
  • Hora: 14:00
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  • ECOLOGIA DE TAXOCENOSE DE ANFIBIOS ANURO EM FRAGMENTO URBANO DE FLORESTA ATLANTICA NA CIDADE DE CABEDELO, PARAIBA, BRASIL
  • FELIPE ARAUJO DE OLIVEIRA
  • VARIAÇÃO GEOGRÁFICA NA ECOLOGIA DE Tantilla melanocephala (SERPENTES: COLUBRIDAE), EM ÁREAS DE CAATINGA E FLORESTA ATLÂNTICA DO NORDESTE NA REGIÃO NEOTROPICAL.
  • Orientador : FREDERICO GUSTAVO RODRIGUES FRANCA
  • Data: 03/10/2016
  • Hora: 09:00
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  • Especies com ampla abrangencia geografica sao bons objetos de estudo para avaliar como as variacoes ambientais podem influenciar a sua ecologia. Neste trabalho, verificamos como as populacoes de Tantilla melanocephala (Serpentes: Colubridae) respondem as da Caatinga e da Floresta Atlantica do Nordeste. Foram analisados 252 especimes, 164 coletados em Floresta Atlantica e 88 em Caatinga.. As populacoes de T. melanocephala, apesar de ocuparem ambientes com temperatura, umidade, radiacao solar, vegetacao, regime de chuva, disponibilidade de alimento, dentre outros aspectos, diferentes, apresentam ecologia e morfologia conservada. Nao foi encontrado dimorfismo sexual e nem diferencas morfologicas na especie entre biomas. Alem disso, encontramos conservadorismo filogenetico na dieta da especie, que especializada no consumo de poucos itens alimentares, esses pertencentes a mesma Classe taxonomica – Chilopoda. Porem, existem diferencas sutis nos generos de lacraias mais consumidos. Quanto a reproducao, as populacoes dos dois biomas sao similares no numero e tamanho dos ovos e foliculos. Foi encontrada variacao apenas no periodo de postura, o que pode ser relacionado as caracteristicas ambientais das regioes, como diferencas no regime de precipitacao. Tantilla melanocephala e uma serpente com influencia predominante de fatores historicos sobre sua ecologia, expressando alto grau de conservadorismo filogenetico em sua historia de vida.
  • ELAINE PESSOA PEDROSA
  • ANÁLISE DA VIABILIDADE POPULACIONAL DA PREGUIÇA-COMUM (Bradypus variegatus Schinz, 1985) EM FRAGMENTO DE MATA ATLÂNTICA E AS PRINCIPAIS AMEAÇAS DOS AMBIENTES URBANOS NA PARAÍBA
  • Data: 29/03/2016
  • Hora: 14:00
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  • A preguica-comum (Bradypus variegatus) tem chamado atencao devido aos diversos registros de populacoes isoladas em pequenos fragmentos florestais e por sua presenca em ambientes urbanos, estando vulneravel aos efeitos da estocasticidade demografica e ambiental, endogamia e perturbacoes nos ambientes urbanos. Este trabalho teve os objetivos de analisar a viabilidade populacional da preguica-comum e identificar as principais ameacas os ambientes urbanos na Paraiba. Para a analise da viabilidade populacional foi utilizado o programa Vortex, 10.1 para uma populacao na ReBio Guaribas (SEMA III). Cenarios foram construidos para Populacao Minima Viavel (PMV), capacidade de suporte, reproducao e suplementacao. Segundo o modelo, a populacao da SEMA III (n=28) e menor que a PMV (estimada em n=55), podendo extinguir-se localmente nos proximos 100 anos. A capacidade de suporte (k) para a populacao de preguica-comum na SEMA III e de k=113 e se mantem viavel para a PMV quando e reduzida (k=85). As femeas apresentaram uma taxa reprodutiva de 30%, mas quando esta taxa foi elevada em 40% no modelo, a populacao torna-se viavel. A suplementacao tambem depende da taxa de reproducao das femeas de 40%. A inviabilidade da populacao no cenario atual deve-se ao pequeno tamanho populacional e a baixa taxa reprodutiva das femeas. Manejar machos para proximo das femeas e/ou introduzir novos machos a intervalos de quatro anos aumentara a taxa reprodutiva das femeas. Para identificar as principais ameacas dos ambientes urbanos foram obtidas informacoes dos registros de recebimento de fauna no Centro de Triagem de Animais Silvestres, Reserva Biologica Guaribas, Area de Protecao Ambiental da Barra do Rio Mamanguape e Parque Zoobotanico Arruda Camara, bem como o monitoramento dos individuos de preguica-comum na Praca Joao Pessoa, em Rio Tinto. A maioria dos registros de impactos para foram em ambientes urbanos (ruas, pracas e vilarejos) e em menor quantidade em rodovias (BR 101, BR 230 e PB 071). Os filhotes foram significativamente mais impactados (x2 = 17,0; gl = 1; p < 0,01). Os individuos registrados nos ambientes urbanos sofreram mais impactos do que aqueles registrados em rodovias (x2 = 4,78; gl = 1; p < 0,02). Os filhotes tambem sofreram maiores impactos na Praca Joao Pessoa, em Rio Tinto, apresentando 84,6% dos obitos. As mortes dos filhotes na Praca estao relacionadas com quedas das arvores e abandono pelas maes. Dentre os impactos em rodovias e em ambientes urbanos o abandono precoce de filhotes pelas maes parece ser o impacto mais negativo, pois os filhotes nao conseguem sobreviver longe das maes, morrendo logo apos serem levados ao CETAS.
  • ELAINE PESSOA PEDROSA
  • ANÁLISE DA VIABILIDADE POPULACIONAL DA PREGUIÇA-COMUM (Bradypus variegatus Schinz, 1985) EM FRAGMENTO DE MATA ATLÂNTICA E AS PRINCIPAIS AMEAÇAS DOS AMBIENTES URBANOS NA PARAÍBA
  • Data: 29/03/2016
  • Hora: 14:00
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  • A preguica-comum (Bradypus variegatus) tem chamado atencao devido aos diversos registros de populacoes isoladas em pequenos fragmentos florestais e por sua presenca em ambientes urbanos, estando vulneravel aos efeitos da estocasticidade demografica e ambiental, endogamia e perturbacoes nos ambientes urbanos. Este trabalho teve os objetivos de analisar a viabilidade populacional da preguica-comum e identificar as principais ameacas os ambientes urbanos na Paraiba. Para a analise da viabilidade populacional foi utilizado o programa Vortex, 10.1 para uma populacao na ReBio Guaribas (SEMA III). Cenarios foram construidos para Populacao Minima Viavel (PMV), capacidade de suporte, reproducao e suplementacao. Segundo o modelo, a populacao da SEMA III (n=28) e menor que a PMV (estimada em n=55), podendo extinguir-se localmente nos proximos 100 anos. A capacidade de suporte (k) para a populacao de preguica-comum na SEMA III e de k=113 e se mantem viavel para a PMV quando e reduzida (k=85). As femeas apresentaram uma taxa reprodutiva de 30%, mas quando esta taxa foi elevada em 40% no modelo, a populacao torna-se viavel. A suplementacao tambem depende da taxa de reproducao das femeas de 40%. A inviabilidade da populacao no cenario atual deve-se ao pequeno tamanho populacional e a baixa taxa reprodutiva das femeas. Manejar machos para proximo das femeas e/ou introduzir novos machos a intervalos de quatro anos aumentara a taxa reprodutiva das femeas. Para identificar as principais ameacas dos ambientes urbanos foram obtidas informacoes dos registros de recebimento de fauna no Centro de Triagem de Animais Silvestres, Reserva Biologica Guaribas, Area de Protecao Ambiental da Barra do Rio Mamanguape e Parque Zoobotanico Arruda Camara, bem como o monitoramento dos individuos de preguica-comum na Praca Joao Pessoa, em Rio Tinto. A maioria dos registros de impactos para foram em ambientes urbanos (ruas, pracas e vilarejos) e em menor quantidade em rodovias (BR 101, BR 230 e PB 071). Os filhotes foram significativamente mais impactados (x2 = 17,0; gl = 1; p < 0,01). Os individuos registrados nos ambientes urbanos sofreram mais impactos do que aqueles registrados em rodovias (x2 = 4,78; gl = 1; p < 0,02). Os filhotes tambem sofreram maiores impactos na Praca Joao Pessoa, em Rio Tinto, apresentando 84,6% dos obitos. As mortes dos filhotes na Praca estao relacionadas com quedas das arvores e abandono pelas maes. Dentre os impactos em rodovias e em ambientes urbanos o abandono precoce de filhotes pelas maes parece ser o impacto mais negativo, pois os filhotes nao conseguem sobreviver longe das maes, morrendo logo apos serem levados ao CETAS.
  • CARLOS EDUARDO DE SOUSA GERMANO
  • Aspectos ecológicos da Salamanta Epicrates assisi Machado 1945 (Serpente: Boidae) do litoral da Paraíba
  • Data: 22/03/2016
  • Hora: 09:00
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  • Epicrates assisi foi elevada ao nível de espécie em um novo arranjo taxonômico baseado em análises de variações morfológicas, merísticas, padrões de cores e características morfométricas. A distribuição de E. assisi abrange regiões de Caatinga e Floresta Atlântica do Nordeste do Brasil, ocorrendo em quase toda a extensão do litoral nordestino. As informações disponíveis indicam E. assisi com tamanho máximo entre 1,6 m e 2 m de comprimento, de hábito crepuscular e noturno, terrestre, com reprodução vivípara e ninhadas variando de oito a vinte filhotes. Alimentando-se de mamíferos, aves e lagartos. Presume-se que populações de serpentes, incluindo os boídeos, declinem com a perda de hábitat, visto que a Floresta Atlântica compõe uma das 25 áreas prioritárias de conservação à biodiversidade no mundo (hotspots) e a porção nordestina ocupa apenas 0,3% da composição original. Epicrates assisi causa aversão aos humanos e é constantemente morta pela população. Neste trabalho foram analisados 105 exemplares capturados entre 2010 e 2015, provenientes das coleções dos campi I e IV da UFPB, capturados principalmente nos municípios de João Pessoa e Rio Tinto, respectivamente. Os exemplares foram divididos em dois grupos, denominados litoral norte e litoral sul. Os resultados revelaram que 69,2% dos espécimes foram encontrados sobre locais pavimentados, sendo 55,8% sobre calçamento e 13,5% sobre asfalto. O número de indivíduos encontrados em área urbana foi bastante superior comparado com os fragmentos locais de floresta Atlântica. A espécie apresentou atividade diurna e noturna e foi significativamente mais abundante na estação chuvosa do que na estação seca, com pico de atividade no mês de abril coincidindo com a época de recrutamento. Foi encontrado dimorfismo sexual na massa e CRC entre os recém-nascidos. Também houve diferença significativa entre os grupos litoral norte e litoral sul com relação às variáveis morfométricas tomadas simultaneamente, entretanto apenas uma variável foi encontrada como discriminante entre os grupos, sendo a compressão lateral maior nos indivíduos do litoral sul. Dos 97 espécimes dissecados, apenas sete apresentaram conteúdo identificável sendo mamífero o item mais encontrado com 96,71% de importância relativa. Além de mamíferos, um lagarto Hemidactylus mabouia também foi encontrado. Palavras chaves: Serpente boídeo, área urbana, autoecologia
  • DIMITRI DE ARAÚJO COSTA
  • ASSEMBLEIAS DE POLIQUETAS (ANNELIDA), ASSOCIADOS AOS RODOLITOS (CORALLINOPHYCIDAE, RHODOPHYTA), NA PRAIA DO SEIXAS, JOÃO PESSOA, PARAÍBA, BRASIL
  • Data: 04/03/2016
  • Hora: 08:30
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  • O presente estudo analisou as assembleias de poliquetas associados aos rodolitos na Praia do Seixas, João Pessoa, Paraíba, Brasil, durante o ano de 2015, quanto à riqueza específica, abundância, diversidade de espécies, e composições taxonômica e funcional. O grupo Polychaeta abrange uma grande diversidade de organismos metamerizados, sendo característico de ambientes marinhos, e possuem diversas estratégias de alimentação: carnívoros, detritívoros, suspensívoros, herbívoros e onívoros. As amostras deste estudo são constituídas de rodolitos, que são agregados de nódulos de algas calcárias incrustantes não articuladas, formando bancos extensos de habitat de substrato duro. Estes agregados fornecem abrigo e alimento para uma vasta diversidade de espécies marinhas. Foram realizadas expedições na região infralitoral da Praia do Seixas, e em cada ponto as amostras foram coletadas nas profundidades de 1,5 e 4,0 m. As coletas foram realizadas durante as marés baixas de sizígia, ao longo dos meses de Janeiro, Março, Maio, Julho, Setembro e Novembro, dos quais os meses de Janeiro, Setembro e Novembro corresponderam à estação seca, e Março, Maio e Julho, à estação chuvosa. Em cada mês, foi coletada uma amostra por profundidade, totalizando duas por mês, resultando em 12 coletas durante o ano. No total, foram coletados 733 poliquetas, organizados em 21 famílias, 36 gêneros e 49 espécies. Destes, 445 indivíduos, de 36 espécies ocorreram na profundidade de 1,5 m; e 288, de 36 espécies, na profundidade de 4,0 m. Em relação à estação, foram coletados 333 organismos durante a estação seca, e 400 durante a estação chuvosa. A espécie Eunice wasinensis (Eunicidae) foi a mais abundante, com um total de 280 indivíduos, que representou 38,2% do total de poliquetas. Os poliquetas com hábito alimentar onívoro foram os mais abundantes (70,8%). Os índices de diversidade de Shannon e equitabilidade de Pielou foram maiores na profundidade 1,5m (2,70 e 0,83, respectivamente) em relação à profundidade 4,0m (2,10 e 0,75); e uma estimativa de riqueza (Chao1) de 49,75 (prof. 1,5m) e 46,00 (prof. 4,0m). O teste de Wilcoxon demonstrou que a profundidade afeta significativamente a abundância desses organismos (p<0,05). Ocorreu uma correlação negativa significativa (-3,53) entre os indivíduos da profundidade de 1,5 m quando comparado aos índices pluviométricos. Os dendrogramas de similaridade de Jaccard para as amostras, entre os meses, indicam que há dois agrupamentos em cada profundidade. O presente estudo consolida-se na tentativa de contribuir para o conhecimento da associação destes organismos no litoral paraibano, Nordeste do Brasil.
  • DIMITRI DE ARAÚJO COSTA
  • ASSEMBLEIAS DE POLIQUETAS (ANNELIDA), ASSOCIADOS AOS RODOLITOS (CORALLINOPHYCIDAE, RHODOPHYTA), NA PRAIA DO SEIXAS, JOÃO PESSOA, PARAÍBA, BRASIL
  • Data: 04/03/2016
  • Hora: 08:30
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  • O presente estudo analisou as assembleias de poliquetas associados aos rodolitos na Praia do Seixas, Joao Pessoa, Paraiba, Brasil, durante o ano de 2015, quanto a riqueza especifica, abundancia, diversidade de especies, e composicoes taxonomica e funcional. O grupo Polychaeta abrange uma grande diversidade de organismos metamerizados, sendo caracteristico de ambientes marinhos, e possuem diversas estrategias de alimentacao: carnivoros, detritivoros, suspensivoros, herbivoros e onivoros. As amostras deste estudo sao constituidas de rodolitos, que sao agregados de nodulos de algas calcarias incrustantes nao articuladas, formando bancos extensos de habitat de substrato duro. Estes agregados fornecem abrigo e alimento para uma vasta diversidade de especies marinhas. Foram realizadas expedicoes na regiao infralitoral da Praia do Seixas, e em cada ponto as amostras foram coletadas nas profundidades de 1,5 e 4,0 m. As coletas foram realizadas durante as mares baixas de sizigia, ao longo dos meses de Janeiro, Marco, Maio, Julho, Setembro e Novembro, dos quais os meses de Janeiro, Setembro e Novembro corresponderam a estacao seca, e Marco, Maio e Julho, a estacao chuvosa. Em cada mes, foi coletada uma amostra por profundidade, totalizando duas por mes, resultando em 12 coletas durante o ano. No total, foram coletados 733 poliquetas, organizados em 21 familias, 36 generos e 49 especies. Destes, 445 individuos, de 36 especies ocorreram na profundidade de 1,5 m; e 288, de 36 especies, na profundidade de 4,0 m. Em relacao a estacao, foram coletados 333 organismos durante a estacao seca, e 400 durante a estacao chuvosa. A especie Eunice wasinensis (Eunicidae) foi a mais abundante, com um total de 280 individuos, que representou 38,2% do total de poliquetas. Os poliquetas com habito alimentar onivoro foram os mais abundantes (70,8%). Os indices de diversidade de Shannon e equitabilidade de Pielou foram maiores na profundidade 1,5m (2,70 e 0,83, respectivamente) em relacao a profundidade 4,0m (2,10 e 0,75); e uma estimativa de riqueza (Chao1) de 49,75 (prof. 1,5m) e 46,00 (prof. 4,0m). O teste de Wilcoxon demonstrou que a profundidade afeta significativamente a abundancia desses organismos (p<0,05). Ocorreu uma correlacao negativa significativa (-3,53) entre os individuos da profundidade de 1,5 m quando comparado aos indices pluviometricos. Os dendrogramas de similaridade de Jaccard para as amostras, entre os meses, indicam que ha dois agrupamentos em cada profundidade. O presente estudo consolida-se na tentativa de contribuir para o conhecimento da associacao destes organismos no litoral paraibano, Nordeste do Brasil.
  • DIMITRI DE ARAÚJO COSTA
  • ASSEMBLEIAS DE POLIQUETAS (ANNELIDA), ASSOCIADOS AOS RODOLITOS (CORALLINOPHYCIDAE, RHODOPHYTA), NA PRAIA DO SEIXAS, JOÃO PESSOA, PARAÍBA, BRASIL
  • Data: 04/03/2016
  • Hora: 08:30
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  • O presente estudo analisou as assembleias de poliquetas associados aos rodolitos na Praia do Seixas, Joao Pessoa, Paraiba, Brasil, durante o ano de 2015, quanto a riqueza especifica, abundancia, diversidade de especies, e composicoes taxonomica e funcional. O grupo Polychaeta abrange uma grande diversidade de organismos metamerizados, sendo caracteristico de ambientes marinhos, e possuem diversas estrategias de alimentacao: carnivoros, detritivoros, suspensivoros, herbivoros e onivoros. As amostras deste estudo sao constituidas de rodolitos, que sao agregados de nodulos de algas calcarias incrustantes nao articuladas, formando bancos extensos de habitat de substrato duro. Estes agregados fornecem abrigo e alimento para uma vasta diversidade de especies marinhas. Foram realizadas expedicoes na regiao infralitoral da Praia do Seixas, e em cada ponto as amostras foram coletadas nas profundidades de 1,5 e 4,0 m. As coletas foram realizadas durante as mares baixas de sizigia, ao longo dos meses de Janeiro, Marco, Maio, Julho, Setembro e Novembro, dos quais os meses de Janeiro, Setembro e Novembro corresponderam a estacao seca, e Marco, Maio e Julho, a estacao chuvosa. Em cada mes, foi coletada uma amostra por profundidade, totalizando duas por mes, resultando em 12 coletas durante o ano. No total, foram coletados 733 poliquetas, organizados em 21 familias, 36 generos e 49 especies. Destes, 445 individuos, de 36 especies ocorreram na profundidade de 1,5 m; e 288, de 36 especies, na profundidade de 4,0 m. Em relacao a estacao, foram coletados 333 organismos durante a estacao seca, e 400 durante a estacao chuvosa. A especie Eunice wasinensis (Eunicidae) foi a mais abundante, com um total de 280 individuos, que representou 38,2% do total de poliquetas. Os poliquetas com habito alimentar onivoro foram os mais abundantes (70,8%). Os indices de diversidade de Shannon e equitabilidade de Pielou foram maiores na profundidade 1,5m (2,70 e 0,83, respectivamente) em relacao a profundidade 4,0m (2,10 e 0,75); e uma estimativa de riqueza (Chao1) de 49,75 (prof. 1,5m) e 46,00 (prof. 4,0m). O teste de Wilcoxon demonstrou que a profundidade afeta significativamente a abundancia desses organismos (p<0,05). Ocorreu uma correlacao negativa significativa (-3,53) entre os individuos da profundidade de 1,5 m quando comparado aos indices pluviometricos. Os dendrogramas de similaridade de Jaccard para as amostras, entre os meses, indicam que ha dois agrupamentos em cada profundidade. O presente estudo consolida-se na tentativa de contribuir para o conhecimento da associacao destes organismos no litoral paraibano, Nordeste do Brasil.
2015
Descrição
  • MAURICIO LILIOSO DE LUCENA FILHO
  • Ecoepidemiologia de Triatoma brasiliensis nos estados da Paraíba e Rio Grande do Norte: indicadores entomológicos e estruturas ecotípica e composicional etária
  • Data: 15/10/2015
  • Hora: 10:00
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  • Em uma primeira etapa, este estudo avaliou os riscos impostos por Triatoma brasiliensis na epidemiologia Chagasica em distintos pontos rurais de municipios da Paraiba (PB; Cajazeiras, Sao Jose de Espinharas, Condado, Santa Teresinha e Sao Mamede) e Rio Grande do Norte (RN; Caico e Currais Novos) com a aplicacao de indicadores entomologicos. O indice de infeccao natural e a diversidade do parasita Trypanosoma cruzi de acordo com as duas principais linhagens (TCI e TCII) foram tambem avaliados por tecnicas moleculares. Com as informacoes de campo, a estrutura composicional etaria de populacoes de T. brasiliensis foi caracterizada. Um total de 3.021 triatomineos foi capturado, com uma destacada prevalencia de T. brasiliensis (80%), seguido por T. pseudomaculata (16%) e T. petrochii (4%). A colonizacao domiciliar foi baixa em todos os pontos investigados, sendo os insetos predominantemente peridomiciliares, o que minimiza os riscos de transmissao de T. cruzi. Embora Condado tenha apresentado os mais altos indices de infestacao (50%) e colonizacao (40%) domiciliar, estes foram acompanhados por indices nulos de infecao natural e de baixa densidade triatominica (10,1 insetos/casa). Ja em Currais Novos houve a mais alta densidade triatominica (41,1 insetos/casa) e valores tambem altos de infestacao (37%) e colonizacao domiciliar (37%), bem como de infeccao natural (media de 24,4%), indicando que este municipio apresenta o mais alto risco de transmissao de T. cruzi a humanos. A variacao nos indices de infeccao natural por T. cruzi em unidades domiciliares esta possivelmente associada a estrutura ecotipica, pois nos municipios da PB os insetos peridomiciliares sao encontrados principalmente em galinheiros ao passo que em Currais Novos (RN) os amontoados de pedras, paralelepipedos e galhos no peridomicilio estao infestados tanto por T. brasiliensis, quanto por roedores silvestres da familia Caviidae (Galea spixx e Kerodon rupestris). A mais baixa prevalencia de infeccao por T. cruzi em populacoes silvestres de T. brasiliensis nos pontos de PB (media de 3,4%) se comparado aos pontos amostrados do RN (media de 51,8%) esta possivelmente associada a degradacao ambiental observada na Paraiba. Tecnicas moleculares apontaram a presenca das duas linhagens do parasita coabitando tanto no peridomicilio quanto no ambiente silvestre. De setembro a dezembro foi observada maior incidencia de adultos nos ambientes silvestres, em relacao as coletas de marco e aos trabalhos encontrados na literatura. Estes resultados alertam para a possibilidade de uma maior incidencia de invasoes domiciliares pelas formas alares de T. brasiliensis nos ultimos meses do ano.
  • EMANUEL UBALDINO TORRES JUNIOR
  • CONHECIMENTO ECOLÓGICO E PERCEPÇÃO AMBIENTAL SOBRE PRIMATAS POR UMA COMUNIDADE RURAL NO ENTORNO DA RESERVA PARTICULAR DO PATRIMÔNIO NATURAL ENGENHO GARGAÚ, PARAÍBA – BRASIL
  • Data: 25/09/2015
  • Hora: 14:30
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  • O conhecimento ecológico, proveniente do contato humano com os recursos naturais, está relacionado com a percepção que cada indivíduo tem do ambiente em que vive. O presente estudo teve por objetivos avaliar o conhecimento ecológico e a percepção ambiental sobre primatas por uma comunidade rural no entorno da Reserva Particular do Patrimônio Natural (RPPN) Engenho Gargaú, na Paraíba, onde habitam as espécies Alouatta belzebul (guariba-de-mãos-ruivas), Sapajus flavius (macaco-prego-galego) e Callithrix jacchus (sagui-do-nordeste). Foram realizadas 200 entrevistas semiestruturadas com adultos e coletados 102 mapas mentais de crianças. As respostas das entrevistas foram avaliadas pela Análise de Conteúdo Temático que receberam pesos específicos para formulação de uma medida ponderada do Conhecimento Ecológico Local (CELP). Apesar da proximidade com a RPPN Engenho Gargaú, os adultos apresentaram um baixo conhecimento ecológico. No entanto, os que possuem um maior contato com os primatas, os homens e os moradores mais antigos apresentaram um CELP significativamente mais elevado comparado aos demais. A faixa etária não influenciou no CELP. A comunidade aparentemente não explora intensamente recursos da RPPN, justificando o baixo conhecimento encontrado no local. De acordo com os mapas mentais, as crianças que já avistaram primatas mostraram uma percepção ambiental mais realista e detalhada do que aquelas que nunca avistaram, evidenciando um maior contato com o meio ambiente e, possivelmente, com a RPPN. Tais dados podem subsidiar futuras pesquisas e ações de Educação Ambiental, especificamente envolvendo A. belzebul e S. flavius da RPPN Engenho Gargaú, duas das cinco espécies alvo do Plano de Ação Nacional para Conservação dos Primatas do Nordeste (PAN PriNE).
  • ELISANGELA DE ARAUJO BARBOSA
  • SÍNDROMES DE POLINIZAÇÃO E DISPONIBILIDADE DE RECURSOS FLORAIS DE MACRÓFITAS AQUÁTICAS EM REMANESCENTE URBANO DE FLORESTA ATLÂNTICA, NORDESTE, BRASIL.
  • Data: 27/08/2015
  • Hora: 09:00
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  • As síndromes de polinização relacionam as características morfológicas das plantas e os seus possíveis polinizadores. Os recursos florais disponibilizados para os visitantes são considerados como atrativos primários, os quais compõem a dieta de vários animais. A maioria das macrófitas disponibiliza pólen e néctar. O objetivo principal do trabalho foi realizar um levantamento das síndromes de polinização de macrófitas aquáticas e da flora ruderal associada, e fazer um levantamento dos recursos florais oferecidos pelas macrófitas, relacionando sua disponibilidade ao longo do ano com os fatores abióticos. O estudo foi realizado em um remanescente urbano de Floresta Atlântica (Nordeste, Brasil), durante treze meses (2014/2015), sendo feitas visitas quinzenais a campo. O levantamento das síndromes de polinização resultou em 50 espécies encontradas, sendo 25 famílias e 40 gêneros. A maioria foi Angiosperma. As famílias mais representativas foram Cyperaceae (11), Asteraceae (6) e Fabaceae (5). A maior composição foi de ervas (40) e anfíbias (41). A maioria ocupou os três substratos (água/margem/terra). As macrófitas apresentaram um maior número de espécies (27). Predominaram flores de cor lilás (14). Os tipos florais campanular (6) e papilionáceae (6) foram os mais comuns. A síndrome mais representativa foi a melitofilia. Nas macrófitas predominaram as síndromes melitofilia (8), anemofilia (7) e generalista (8). Na flora ruderal associada predominaram as síndromes melitofilia (8) e anemofilia (8). A disponibilidade de recursos florais foi observada em 17 espécies de macrófitas (15 gêneros e 12 famílias), tendo sido estimada com base na intensidade de floração. Cyperaceae foi a mais rica (4). N. rudgeana apresentou a maior cobertura floral (5,21%). A maioria das espécies ofertou néctar, entretanto o pólen foi o mais frequente, presente em todo estudo e sendo influenciado pela espécie dominante (N. rudgeana). Os recursos foram mais frequentes no período úmido, mas não apresentaram relações com os fatores abióticos. As macrófitas apresentaram um grande potencial para a manutenção da fauna polinizadora na reserva florestal ao longo do ano e contribuíram de forma expressiva para a composição florística da área de estudo. Observa-se uma influência significativa da flora ruderal associada para esta comunidade, as quais podem ser utilizadas como indicadoras da ação antrópica nesse remanescente de Floresta Atlântica.
  • PAULA FONSÊCA DA SILVA
  • Helmintos Gastrointestinais de populações naturais de Leptodactylus macrosternum Miranda-Ribeiro, 1926 (Anura: Leptodactylidae) da Caatinga e da Floresta Atlântica Brasileira
  • Data: 17/07/2015
  • Hora: 09:00
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  • Os anfibios, por serem utilizados como hospedeiros intermediarios e definitivos por varias especies de nematoides, sao fundamentais para os estudos de comunidades parasitas. No presente trabalho descrevem-se as comunidades de helmintos parasitos da ra Leptodactylus macrosternum em populacoes da Caatinga e da Floresta Atlantica brasileira, testando as seguintes hipoteses: i) animais oriundos da Caatinga e da Floresta Atlantica apresentam diferencas nos padroes de infeccao; ii) machos e femeas nao diferem quanto aos padroes de infeccao; iii) o tamanho dos hospedeiros influencia a probabilidade de infeccao; iv) os itens alimentares consumidos estao associados a helmintofauna infestante. Foram utilizados 220 animais hospedeiros, sendo 185 de localidades encontradas na Caatinga e 35 de areas de bioma Floresta Atlantica, oriundos de um total de 31 municipios. Para amostrar os parasitos, os hospedeiros foram dissecados, e depois de removidos, seus tratos gastrointestinais foram abertos atraves de corte longitudinal e analisados cuidadosamente para a deteccao de helmintos. Para identificacao, os endoparasitos foram alocados em laminas com meio de Hoyer, corados com carmim, quando necessario, e observados em microscopio optico. Foi utilizada uma Regressao Logistica para testar a influencia do sexo dos hospedeiros, do comprimento rostro-cloacal, do sitio de infeccao, do bioma e da especie de parasito na probabilidade de infeccao. Para testar a influencia dos mesmos fatores sobre a intensidade de infeccao, foi utilizado uma Regressao de Poisson. A associacao entre as abundancias das especies de endoparasitos e a dieta foi testada atraves de Analises de Redundancia (RDA). Os resultados demonstraram o tipo de bioma como fator importante para a intensidade de infeccao na especie, com a Floresta Atlantica apresentando uma abundancia significativamente maior de helmintos infestantes do que a Caatinga. A probabilidade de infeccao esta positivamente relacionada ao tamanho corporeo desses animais. Os itens alimentares consumidos pela especie nao influenciaram significativamente a helmintofauna infestante. Os resultados sao discutidos sobre a luz da atual literatura atrelada aos endoparasitos de anfibios no Brasil e da America do sul.
  • LEANDRO DO NASCIMENTO MAXIMO
  • ESTRUTURA E DINÂMICA DE POPULAÇÕES E COMUNIDADES DE MACROALGAS EM AMBIENTES RECIFAIS DA PARAÍBA
  • Data: 19/05/2015
  • Hora: 09:00
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  • As algas constituem alguns dos organismos mais importantes nos ambientes recifais, pois compõem a base da cadeia trófica, atuam como estruturadoras do habitat e servem como potenciais bioindicadoras de qualidade ambiental. Este trabalho teve por objetivo analisar a estrutura e a dinâmica de assembléias de macroalgas em ambientes recifais rasos da Paraíba e avaliar a utilização destes organismos/processos como mecanismo bioindicador. A dissertação foi dividida em três estudos de caso nos quais a estrutura e/ou dinâmica das populações e comunidade de macroalgas possuem papel fundamental: O primeiro teve por objetivos conhecer o status da população de Gracilaria caudata J. Agardh e comunidade de macroalgas associadas ao ambiente recifal de Ponta de Mato, Cabedelo/PB, após o impacto de sobreexplotação ocorrido a quase 20 anos, tendo como base de comparação um banco de dados pretéritos dessa população. O forte impacto sobre a população dominante teve como resposta a substituição de espécies e a área outrora dominada por G. caudata é atualmente dominada por Jania subulata (Ellis & Solander) Sonder e Sargassum sp. O segundo trabalho teve por objetivo avaliar a qualidade ambiental de dois ambientes recifais submetidos a diferentes pressões turísticas, Picãozinho e São Gonçalo ambos localizados no município de João Pessoa/PB. Nas áreas de intensa atividade turística, as algas apresentaram-se com riqueza, biomassa e diversidade mais baixas quando comparados com as áreas que não recebem turistas, sugerindo que o ambiente está sob efeito de distúrbios e regime de estresse. O terceiro caso de estudo teve por objetivo analisar a estrutura e a dinâmica das comunidades macrofitobênticas do recife de Formosa, Cabedelo/PB sob uma perspectiva temporal. Houve variação temporal nos descritores de riqueza e biomassa, com os valores mais baixos registrados nos meses de Agosto/2013 e Agosto/2014, e os mais altos em Fevereiro/2014 e Maio/14. O entendimento de como os impactos (naturais ou antropogênicos) afeta a distribuição e a dinâmica das espécies é importante na seleção e potencial utilização de espécies bioindicadoras de distúrbios ambientais.
2014
Descrição
  • WALCÍRIA ALVES DA SILVA
  • DANOS FOLIARES POR HERBIVORIA EM FLORESTAS DE MANGUE EM TRÊS ESTUÁRIOS DO ESTADO DA PARAÍBA
  • Data: 08/12/2014
  • Hora: 14:00
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  • A frequência de danos e a taxa de herbivoria em folhas maduras de Avicennia schaueriana Stapf & Leechm ex Moldenke, Laguncularia racemosa (L.) Gaertn.f. e Rhizophora mangle L. foram avaliadas em três florestas de mangues (Sítios 1, 2 e 3) adjacentes a planícies hipersalinas no Estado da Paraíba, Brasil, para verificar se existe variação interespecífica e intraespecífica. Nove tipos de danos foram identificados: buraco, fungo, galha, indefinido, margem, mina, necrose, ovo e raspagem, sendo Laguncularia racemosa a espécie que apresentou maior frequência de danos e maior taxa de herbivoria média (3,17 a 7,07%) comparada com Rhizophora mangle (0,77 a 1,76%) e Avicennia schaueriana (0,36 a 0,91%). Houve diferenças intraespecíficas significativas para danos foliares e taxas de herbivoria entre os sítios de estudo, sem padrão específico. Laguncularia racemosa apresentou maior razão peso úmido/área das folhas (peso/área) em relação às demais espécies. Em geral, as correlações entre a razão peso úmido/área das folhas (peso/área) e as taxas de herbivoria foram baixas ou positivas, sugerindo que outros fatores, tais como características químicas, condições edáficas (ex. salinidade intersticial), bem como os herbívoros envolvidos, podem exercer maior influência no processo de herbivoria. Os valores de herbivoria obtidos neste estudo são considerados baixos em relação a outros manguezais.
  • ANA MARIA CRISTINA MALTA ARAUJO LIMA
  • “AUTOECOLOGIA COMPARATIVA DE VANZOSAURA RUBRICAUDA DA CAATINGA E DO CERRADO”
  • Orientador : FREDERICO GUSTAVO RODRIGUES FRANCA
  • Data: 08/07/2014
  • Hora: 09:00
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  • Populações de espécies que apresentam uma ampla distribuição geográfica podem estar submetidas a uma grande variabilidade de condições ambientais e expostas a diferentes pressões seletivas que associadas ao tempo de isolamento e a variabilidade genética podem influenciar respostas adaptativas diferenciadas (plasticidade fenotípica). O gênero Vanzosaura pertence à família Gymnophthalmidae, e apresenta distribuição na diagonal de áreas secas da América do Sul, ocorrendo em pelo menos três formações distintas (Cerrado, Caatinga e Chaco). Neste trabalho comparamos dados de reprodução, dieta e morfometria de indivíduos das espécies V. multiscutata amostrados em área da Caatinga e V. savanicola e V. rubricauda do Cerrado. A dieta das espécies não apresentou diferenças significativas sendo as categorias mais consumidas aranhas, ortópteros e plecopteras. O tamanho da ninhada foi o mesmo para todas as espécies (02 ovos) o que parece ser uma sinapomorfia em gimnoftalmídeos. Vanzosaura multiscutata apresentou reprodução contínua durante todo o ano com indícios de ninhadas seqüenciais e ovos menores. Vanzosaura savanicola e V. rubricauda, apresentaram reprodução concentrada no final da estação seca e início da estação chuvosa com ovos maiores. As espécies apresentaram diferenças morfométricas, com as espécies do Cerrado com maior comprimento rostro cloacal e da cabeça, corpo mais largo e cauda mais curta quando comparado com a espécie da Caatinga. Tanto a filogenia quanto a ecologia influenciam na história de vida de Vanzosaura spp. . A dieta é mais influenciada por fatores históricos, e a morfometria e reprodução por fatores ecológicos.
  • GABRIELA MARQUES PEIXOTO DIAS
  • “RELAÇÃO ENTRE OS COMPONENTES DA BIODIVERSIDADE: DIVERSIDADE FILOGENÉTICA, FUNCIONAL E TAXONÔMICA DE TAXOCENOSES DE LAGARTOS DO CERRADO BRASILEIRO”
  • Data: 02/05/2014
  • Hora: 14:00
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  • Medidas de diversidade filogenética e funcional são propostas como um caminho promissor para explicar o papel das interações entre as espécies e funcionamento dos ecossistemas. Neste estudo avaliamos como a estrutura funcional das distintas taxocenoses de lagartos do Cerrado brasileiro se relaciona com a diversidade taxonômica e filogenética. Para isto, recolhemos informações referentes a 5520 indivíduos de 50 espécies, em vinte sítios de amostragem, localizados tanto em Cerrado contínuo, quanto em enclaves de Savanas amazônicas. Estimamos a riqueza de espécies e a diversidade taxonômica através do índice de Simpson. A diversidade funcional foi obtida através de traços relacionados a morfometria e aspectos ecológicos de cada espécie. Já a diversidade filogenética foi baseada em filogenias recentes para os lagartos brasileiros. Nossos resultados revelaram que a diversidade filogenética e a riqueza de espécies foram relacionadas positivamente com a diversidade funcional, o que não ocorreu com o indice de diversidade taxonômica. A maioria dos traços funcionais foram conservados dentro das linhagens, e as taxocenoses foram estruturadas tanto de forma agregada (influência de filtros ambientais), quanto dispersas funcionalmente (similaridade limitante). Concluímos então, que a supressão de espécie de lagartos filogeneticamente distintas dentro das taxocenoses acarreta em perda de papel funcional, o que pode afetar diretamente os processos ecossistêmicos. E que dados referentes aos aspectos filogenéticos, ou a própria riqueza de espécies, podem ser bons substitutos para inferir acerca das informações funcionais que influenciam as regras de estruturação de taxocenoses de lagarto do Cerrado.
  • THIAGO BRANDÃO DE ASSIS
  • Estudo da Estrutura Populacional e história de Vida de Aedes albopictus em bromélias da espécie Aechmea fasciata
  • Orientador : LUIZ CARLOS SERRAMO LOPEZ
  • Data: 31/03/2014
  • Hora: 09:00
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  • O Aedes albopictus é um culicídeo invasor originário do continente asiático, capaz de utilizar recipientes artificiais e naturais para oviposição. Um dos ambientes de oviposição que essa espécie pode utilizar são os tanques foliares encontrados em plantas da família Bromeliaceae. O objetivo deste trabalho foi avaliar a influência da bromélia Aechmea fasciata sobre a história de vida de Ae. albopictus. Foram conduzidos dois experimentos em um fragmento de Mata Atlântico no período de abril a julho de 2013 (experimento 1) e setembro a dezembro de 2013 (experimento 2). Comparou-se o pH, a condutividade, a razão sexual, a densidade larval e de adultos e o tamanho corporal (baseado no comprimento alar) de mosquitos entre as bromélias e os controles nos dois experimentos. O pH das bromélias foi significativamente mais ácido que nos controles nos dois experimentos. A condutividade das bromélias foi mais baixa do que nos controles apenas no experimento 2. Não houve diferença significativa na densidade de larvas de mosquitos entre bromélias e controles, contudo emergiram significativamente mais adultos Ae. albopictus nas bromélias do que nos recipientes controles. Os adultos emergidos das bromélias tiveram uma razão sexual favorecendo o sexo masculino, comparado a razão sexual dos controles. O tamanho da asa dos Ae. albopictus emergidos das bromélias foi significativamente maior do que dos adultos emergidos dos controles. Uma hipótese para explicar as diferenças na estrutura populacional de Ae. albopictus entre bromélias e controles seria o processo de absorção de excretas nitrogenadas por parte da bromélia que reduziria o efeito tóxico de substâncias excretadas pelas larvas, como a amônia, o que favoreceria a produção de um maior número de adultos nas bromélias do que nos controles.
2013
Descrição
  • PAULO RAGNER SILVA DE FREITAS
  • "ECOLOGIA COMPARATIVA DOS LAGARTOS Phyllopezus periosus e Phyllopezus pollicaris (SAURIA: PHYLLODACTYLIDAE) EM SIMPATRIA EM ÁREA DE CAATINGA NO NORDESTE DO BRASIL"
  • Data: 05/12/2013
  • Hora: 08:00
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  • As dimensoes em que as especies animais partilham recursos podem ser classificadas em tres grupos gerais: tipo de alimento, habitat e tempo. A forma mais comum de segregacao e por habitat, seguido por tipo de alimento e, por fim, divisao temporal. O grau de partilha de recursos pode ser definido indiretamente atraves das diferencas morfologicas, do tipo de forrageamento e da utilizacao dos recursos espaciais por especies simpatricas. O presente estudo foi desenvolvido em dois capitulos, o primeiro deles e intitulado de “Particao de nicho entre os lagartos Phyllopezus periosus e Phyllopezus pollicaris (Sauria: Phyllodactylidae) em simpatria em uma area de Caatinga no Nordeste do Brasil”. Foram abordados dados sobre uso do habitat, altura de empoleiramento, periodo de atividade, dieta e morfometria em ambas as especies de lagartos. No segundo capitulo, intitulado de “Aspectos demograficos dos lagartos Phyllopezus periosus e Phyllopezus pollicaris (Sauria: Phyllodactylidae) em simpatria em area de Caatinga no Nordeste do Brasil”, foi estimada a probabilidade de sobrevivencia (sobrevivencia aparente), probabilidade de recaptura e densidade populacional de P. periosus e P. pollicaris. A coleta de dados foi realizada em uma area (dividida nas sub-areas I, II e III) de caatinga no municipio de Salgadinho – PB, durante os meses de abril de 2012 a marco de 2013. A busca pelos lagartos ocorreu entre 18:00 e 05:00 horas do dia seguinte. Para cada individuo observado e/ou capturado, eram registradas as seguintes informacoes: data e horario da observacao, categoria de microhabitat utilizado, altura do empoleiramento, medidas morfometricas, sexo e numero de marcacao. A marcacao dos lagartos foi realizada atraves do Implante Visivel de Elastomero Fluorescente (polimero liquido pastoso - que depois de aplicado subcutaneamente solidifica-se, porem, se mantendo flexivel e visivel). As analises de sobrevivencia aparente e probabilidade de recaptura foram realizadas atraves do modelo Cormack-Jolly Sebber (CJS), no software MARK 6.2. As estimativas de densidade populacional foram calculadas atraves da soma dos individuos avistados, divididos pela ii area (sub-area I) utilizada no estudo. Ambas as especies ocuparam predominantemente microhabitats saxicolas, sendo constatada uma alta sobreposicao quanto ao uso dos diferentes microhabitats. A altura de empoleiramento utilizada preferencialmente por P. periosus e P. pollicaris foi de 0 e 60 cm, entretanto, P. periosus ocupou poleiros mais altos (421 ate 540 cm de altura), o que nao foi observado em P. pollicaris. Os primeiros individuos de ambas as especies foram avistados a partir das 18:02 ate as 04:29 horas da manha do dia seguinte e as duas especies de lagartos nao apresentaram diferencas significativas quanto ao periodo de atividade. As presas mais consumidas por P. periosus foram Coleoptera, Formicidae e Hemiptera, ja para P. pollicaris os itens mais consumidos foram Coleoptera, Isoptera e Aranae. P. pollicaris apresentou ambas as larguras de nicho trofico (numero e volume) bem superiores quando comparado com P. periosus. No entanto, as duas especies apresentaram alta sobreposicao em suas dietas. Nao foi constatado diferencas quanto ao volume das presas consumidas. As duas especies diferiram em relacao ao tamanho do corpo e massa corporea. Mas, individuos adultos de P. periosus e P. pollicaris nao apresentaram diferencas intraespecificas do tamanho do corpo e massa corporea em relacao ao sexo. P. periosus apresentou uma taxa de recaptura de 30%, enquanto que seu congenere apresentou uma taxa media de 19%. Apenas a especie P. pollicaris apresentou variacao na taxa de recaptura ao longo do tempo, que se mostrou negativamente correlacionada com a precipitacao media de cada mes. A estimativa de sobrevivencia em ambas as especies foi constante ao longo do tempo. P. periosus e P. pollicaris apresentaram estimativas de sobrevivencia de 66% e 94%, respectivamente. P. pollicaris apresentou densidade populacional maior que P. periosus durante todo o estudo. A maior densidade observada para P. periosus foi no mes de julho de 2012, ja para P. pollicaris foi no mes de novembro do mesmo ano. Ambas as especies apresentaram variacoes em suas abundancias populacionais dependendo da sub-area amostrada. Enquanto P. pollicaris foi mais abundante na sub-area I, P. periosus mostrou-se mais abundante que seu congenere na sub-area III. Variacoes nas abundancias populacionais entre essas duas especies, provavelmente seja um fator que possa vir a contribuir para coexistencia das duas especies na area de estudo.
  • PALOMA JOANA ALBUQUERQUE DE OLIVEIRA
  • ESTRUTURA POPULACIONAL DE Glossophaga soricina (PALLAS, 1766) MAMMALIA, CHIROPTERA, GLOSSOPHAGINAE) EM ABRIGO ANTRÓPICO
  • Data: 29/11/2013
  • Hora: 14:00
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  • Chiroptera é a segunda maior ordem de mamíferos, sendo os únicos representantes com a capacidade de voo dentro desta classe, hibernam, longíveros, habitam todos os continentes, exceto os pólos e possuem diversidade de hábitos alimentares. As populações apresentam um comportamento dinâmico, que se modifica de forma continua no tempo. Assim a caracterização das populações é de grande importância para a compreensão da sua estabilidade ecológica, possibilitando o entendimento da relação entre a espécie e o habitat. Uma ferramenta que pode ser utilizada para inferir sobre a estrutura das populações é o Índice de Condição Corporal, este tem por principal finalidade separar os aspectos da massa corporal relacionados ao tamanho estrutural e os aspectos que refletem a gordura e outros componentes da reserva de energia de um indivíduo para gerar informações que possam auxiliar em trabalhos de gestão, monitoramento e conhecimento das espécies. Já os padrões de atividade apresentam caráter determinante para a sobrevivência e reprodução de uma espécie, isso associado a hábitos alimentares, pode ser de grande relevância para entender como morcegos gerenciam seus recursos. Dessa forma, objetivou-se conhecer a estrutura populacional e padrão de atividade de Glossophaga soricina, a fim de adicionar novas informações e complementar as existentes para outras regiões do país.
  • PATRICIA SILVA BASILIO
  • “Abundância e sucessão de Palythoa caribaeorum no Banco dos Abrolhos, BA: Um estudo experimental”
  • Data: 30/09/2013
  • Hora: 10:30
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  • Os recifes de corais são as maiores estruturas biológicas dos oceanos, formados, principalmente, por organismos construtores (ex. corais escleractíneos e algas calcárias). Nas ultimas cinco décadas, foram registrados declínios acentuados na cobertura de corais em todo o mundo. Sobrepesca, poluição e aumento da sedimentação costeira são apontados como os principais impactos responsáveis por esses declínios e pelo aumento na abundância de organismos não construtores (e.g. algas e zoantideos), processo conhecido como “mudança de fase”. O zoantídeo Palythoa caribaeorum é abundante no Atlântico Sul, particularmente no Brasil. Ele é capaz de tolerar alta variabilidade ambiental e apresenta a maior taxa de crescimento entre os antozoários, além de estratégias elaboradas de competição por espaço, as quais garantem sua superioridade competitiva sobre a maioria de outros invertebrados bentônicos recifais. O presente trabalho foi realizado no Banco dos Abrolhos, BA, e tem como objetivos principais: 1) descrever os padrões espaço-temporais de cobertura de P. caribaeorum ao longo do Banco dos Abrolhos, 2) avaliar a influência da distância da costa, profundidade, latitude e biomassa de peixes predadores de zoantídeo na abundância de P. caribaeorum, 3) descrever a sucessão bentônica em áreas nas quais P. caribaeorum foi retirada. O estudo dos padrões espaço-temporais foi conduzido em seis recifes de 2006 a 2008: Parcel dos Abrolhos (cinco sítios), Arquipélago (cinco sítios), Timbebas (três sítios), Itacolomis (oito sítios), Parcel das Paredes (dois sítios) e Sebastião Gomes (um sítio). O experimento de exclusão foi realizado de 2006 a 2009 no topo dos sítios Arenguera (Parcel das Paredes) e PAB4 (Parcel dos Abrolhos). Em cada sitio foram selecionadas quatro áreas de 5 x 5 m, sendo duas manipuladas (cobertura de P. caribaeorum retirada). Três tratamentos foram aplicados dentro de cada área: gaiola fechada, gaiola aberta e sem gaiola. Os métodos utilizados foram foto-quadrado (caracterização do bentos) e censo visual estacionário (quantificação de peixes). Os resultados mostraram que P. caribaeorum domina no topo dos recifes, com coberturas insignificantes na parede, demonstrando a preferência de P. caribaeorum por ambientes mais iluminados e horizontais. A cobertura relativa de P. caribaeorum foi maior nos sítios PAB4, PAB5, TIM2, TIM3, ARENG e SG, tendo sido influenciada positivamente pela profundidade e negativamente pela distância da costa. A biomassa de predadores variou entre os sítios mas não influenciou significativamente na distribuição da P. caribaeorum. As cinco espécies de predadores de P. caribaeorum mais abundantes em termos de biomassa foram Abudefduf saxatilis, Pomacanthus paru, Pomacanthus arcuatus, Holacanthus ciliares e Chaetodon striatus. No experimento de exclusão foi registrada recuperação lenta de P. caribaeorum na área manipulada, não sendo registrada diferença nos padrões de recolonização entre os dois sítios (próximo e afastado da costa). Um dos fatores que pode ter inibido o assentamento da P. caribaeorum na área manipulada foi a proliferação de algas epilíticas, principalmente dentro das gaiolas fechadas, fato conhecido como uma das primeiras fases de degradação nos ambientes recifais. A taxa de recolonização (i.e. assentamento seguido de crescimento) foi maior em ARENG (0,23 cm-2.dia-1) do que em PAB4 (0,12 cm-2.dia-1) na área manipulada. Entretanto, na área controle, PAB4 apresentou taxa de recuperação de 3,18 cm-2.dia-1 enquanto que em ARENG a área de P. caribaeorum declinou (-0,25 cm2.dia-1). Pode-se concluir: 1) variáveis ambientais, como profundidade e distância da costa, são mais importantes do que variáveis bióticas (i.e predação) na dinâmica de P. caribaeorum, 2) apesar da cobertura de P. caribaeorum apresentar relação negativa com a distância da costa, as taxas de recolonização não foram maiores no sítio mais próximo a costa, 3) a cobertura de P. caribaeorum aumenta em períodos próximos ao verão, em ambos os sítios e 3) a baixa densidade de Palythoa foi desfavorável para um processo mais rápido de recolonização.
  • IEDA ZAPAROLLI MARTINS
  • “Ecologia espacial das Baleias Minke e deslocamento dos barcos baleeiros durante a caça comercial em águas oceânicas da Paraíba, 1974-1985”
  • Orientador : ALFREDO RICARDO LANGGUTH BONINO
  • Data: 30/09/2013
  • Hora: 08:30
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  • A baleia minke-antártica (Balaenoptera bonaerensis) habita as águas oceânicas do Hemisfério Sul. Estudos a respeito de sua biologia vem sendo realizados a fim de conhecer as etapas do seu ciclo reprodutivo. Existem registros de B bonaerensis na costa brasileira em diversas latitudes, mas a maior parte dos dados biológicos se referem às águas oceânicas da Paraíba área de caça comercial de Costinha, nordeste do Brasil. Essa região é tida como área de acasalamento de baleias-minke e estudos sobre sua reprodução são realizados desde o período de caça comercial, no ano de 1975. Os mapas de bordo e planilhas de dados biológicos coletados durante o processamento das baleias capturadas durante a caça fornecem informações detalhadas da sua biologia e formam uma base rica para estudos sobre sua ecologia. Tivemos acesso a dados obtidos durante a caça nos anos de 1974 e 1985, pela Companhia de Pesca Norte do Brasil, em Costinha. Foram analisados os números de capturas, sexo e comprimento do corpo das baleias capturadas, assim como suas posições geográficas. Os resultados mostraram que o período de maior captura de baleias se encontrava nos meses de setembro e outubro. O número de machos e fêmeas na área era diferente, em média existia o dobro de fêmeas que de machos, refletindo uma estratégia reprodutiva de poliginia. As baleias que chegam inicialmente na área de Costinha apresentaram comprimento abaixo da média das baleias maduras, significando que animais jovens imaturos chegam a área de acasalamento no começo da temporada e deixam a área também mais cedo. A área de caça não mudou durante a temporada, então nos períodos de maior número de baleias, a densidade cresceu. O adensamento se mostra como ótima situação para o acasalamento. As localizações geográficas de machos e fêmeas se aproximam a medida que a população vai ficando mais densa. São raríssimos os casos de fêmeas lactantes e filhotes na área de Costinha e na Antártica Filhotes em lactação são encontradas perto da costa oeste da África do Sul e Sul do Brasil.. Isso indica que fêmeas parem e amamentam em médias latitudes, acasalam em médias e baixas, e se alimentam em altas latitudes. Evidências mostram que em medias latitudes 88% das fêmeas ovulam enquanto estão amamentando, o que abre espaço para mais de uma hipóteses de duração de ciclo reprodutivo. O presente estudo aponta a idéia da existência de dois ciclos, um longo que conecta a alimentação na Antártica com o acasalamento em Costinha (baixa latitude), e outro curto com alimentação na Antártica e acasalamento em médias latitudes. As rotas de migração da baleia minke-antártica ainda são uma conjectura.
  • ISA FERNANDA MARTINS SANTOS DE MOURA
  • “Estudo da biodiversidade de Copepoda Harpacticoida em um Cânion Submarino e sua Área de Talude Adjacente no Atlântico Sudoeste (Bacia de Campos, Brasil)”
  • Data: 27/09/2013
  • Hora: 13:30
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  • Copepoda Harpacticoida é o segundo maior grupo da meiofauna na maioria dos habitats bentônicos, incluindo o mar profundo. Apesar do grande número de espécies, o táxon Harpacticoida não é adequadamente conhecido, principalmente em áreas de cânion submarino. Este trabalho analisa as amostras de Copepoda obtidas em triplicata, no período de maio/julho de 2008, durante o desenvolvimento do projeto “HABITATS – Heterogeneidade Ambiental da Bacia de Campos”, coordenado pelo CENPES-PETROBRAS. O objetivo do presente estudo é determinar a diversidade de Harpacticoida no cânion Almirante Câmara e na área de Talude Adjacente, considerando diferentes isóbatas, na Bacia de Campos, Rio de Janeiro, Brasil. As estações de coleta foram divididas da seguinte forma: 2 áreas (Cânion e Talude Adjacente); 4 isóbatas (400, 700, 1.000 e 1.300m) e 2 estratos sedimentares (0-2 e 2- 5cm). Após a coleta, as amostras de sedimento foram armazenadas em potes plásticos com formol a 10%. Em laboratório, os copépodes foram separados em intervalos de 0,044 a 0,5 mm de abertura de malha e identificados. Os dados obtidos foram então expressos em densidade através do número de indivíduos por 10 cm2. O índice de diversidade utilizado foi o de Shannon-Wiener. A análise de variância (ANOVA) foi aplicada aos valores do número total de indivíduos, por amostra, a fim de testar diferenças entre os estratos trabalhados. Para a determinação de padrões ecológicos da comunidade, aplicou-se o índice de similaridade de Bray-Curtis e foi realizada uma análise de ordenação não-métrica multidimensional. A significância da formação dos grupos de amostras foi testada pela análise PERMANOVA. A análise SIMPER foi aplicada para indicar quais táxons foram representativos. Para uma avaliação da relação, entre a densidade das famílias e as variáveis ambientais, foi feita uma correlação usando o teste de Spearman. A composição da fauna de harpacticóides da Bacia de Campos está de acordo com o que é considerado típico de mar profundo. No presente estudo foram encontradas 23 famílias, 108 gêneros e 115 espécies. Dentre elas, Ectinosomatidae foi a mais abundante (22%), seguida de Argestidae (19%) e Cletodidae (14%). Os valores de densidade apresentaram uma tendência de redução com o aumento da profundidade, o que não foi observado para os valores de diversidade. Além disso, o estrato mais superficial apresentou, significativamente, os maiores valores destes parâmetros, caracterizando, em mar profundo, uma concentração maior dos Copepoda Harpacticoida nos primeiros dois centímetros de sedimento. O MDS indicou que há uma interação entre os fatores área e isóbata e a análise de Simper indicou que as famílias Argestidae, Ectinosomatidae, Ameiridae, Miracidae e seus respectivos gêneros demonstraram robustas similaridades ao longo de todas as isóbatas tanto no Cânion Almirante Câmara como em sua área de Talude Adjacente. Com relação ao teste de Spearman, na área do cânion, a família Cletodidae foi a que apresentou o maior número de correlações significativas e na área do talude foram as famílias Ectinosomatidae e Miraciidae que se destacaram. Dados de diversidade de Harpacticoida em mar profundo são escassos e, por isso, mais estudos precisam ser realizados.
  • CAMILLA MARQUES DE LUCENA
  • ESTUDO ETNOBOTÂNICO E ECOLÓGICO DE CACTÁCEAS NO SEMIÁRIDO DO NORDESTE DO BRASIL
  • Data: 16/09/2013
  • Hora: 10:00
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  • A família de Cactaceae no semiárido nordestino destacam-se devido tanto a sua importância econômica como cultural para as populações rurais, como exemplo, agricultores. Espécies como Cereus jamacaru DC. e Pilosocereus pachycladus F. Ritter são cactos colunares que os agricultores utilizam tanto para alimentar os animais como também tratar doenças humanas a partir do uso medicinal. O presente estudo teve como objetivo registrar conhecimento de agricultores em uma comunidade rural do semiárido da Paraíba sobre o uso de cactáceas, além de avaliar características ecológicas de duas espécies de cactoos colunar em particular: Cereus jamacaru DC. e Pilosocereus pachycladus F.Ritter. Foram realizadas entrevistas semiestruturadas com 99 chefes domiciliares (41 homens e 58 mulheres). Os cactos citados foram organizados em categorias de uso. Além do inventário etnobotânico foi realizado o método da turnê guiada em que indivíduos de Pilosocereus pachycladus F. Ritter e Cereus jamacaru DC. foram registrados durante uma caminhada de 24 horas pela comunidade rural estudada. As coordenadas geográficas de todos os indivíduos foram marcados com GPS para posteriormente ser elaborado um mapa de distribuição dos indivíduos de cada espécie. Identificaram-se onze espécies na comunidade rural: Cereus jamacaru DC., Melocactus sp., Nopalea cochenillifera (L.) Salm-Dyck, Opuntia sp., Opuntia ficus indica (L.) Mill., Opuntia stricta (Haw.) Haw., Pilosocereus chrysostele (Vaupel) Byles & G. D. Rowley, Pilosocereus gounellei (F.A.C. Weber) Byles & Rowley, Pilosocereus pachycladus F.Ritter, Tacinga inamoena (K. Schum.) N.P.Taylor & Stuppy e Tacinga palmadora (Britton & Rose) N.P.Taylor & Stuppy. Registraram-se 1.122 citações organizadas em onze categorias de uso. A espécie mais citada foi Cereus jamacaru e categoria de uso mais proeminente foi forragem. A maioria dos informantes relatou coletar os cactos na serra da comunidade. A partir da turnê guiada registrou-se 6 indivíduos de P. pachycladus e 96 de C. jamacaru. Tanto os indivíduos de C. jamacaru como de P. pachycladus se mostraram associados as espécies Poincianella pyramidalis Tul. e Croton blanchetianus Baill.. Com relação ao local de ocorrência a maioria dos indivíduos se apresentaram em mata secundária. Na disseminação do conhecimento foi predominante a transissão do tipo vertical, ou seja, de pais para filhos. As cactáceas apresentaram valor econômico e cultural para a comunidade de Santa Rita devido aos vários usos atribuídos as espécies.

    A família de Cactaceae no semiárido nordestino destacam-se devido tanto a sua importância econômica como cultural para as populações rurais, como exemplo, agricultores. Espécies como Cereus jamacaru DC. e Pilosocereus pachycladus F. Ritter são cactos colunares que os agricultores utilizam tanto para alimentar os animais como também tratar doenças humanas a partir do uso medicinal. O presente estudo teve como objetivo registrar conhecimento de agricultores em uma comunidade rural do semiárido da Paraíba sobre o uso de cactáceas, além de avaliar características ecológicas de duas espécies de cactoos colunar em particular: Cereus jamacaru DC. e Pilosocereus pachycladus F.Ritter. Foram realizadas entrevistas semiestruturadas com 99 chefes domiciliares (41 homens e 58 mulheres). Os cactos citados foram organizados em categorias de uso. Além do inventário etnobotânico foi realizado o método da turnê guiada em que indivíduos de Pilosocereus pachycladus F. Ritter e Cereus jamacaru DC. foram registrados durante uma caminhada de 24 horas pela comunidade rural estudada. As coordenadas geográficas de todos os indivíduos foram marcados com GPS para posteriormente ser elaborado um mapa de distribuição dos indivíduos de cada espécie. Identificaram-se onze espécies na comunidade rural: Cereus jamacaru DC., Melocactus sp., Nopalea cochenillifera (L.) Salm-Dyck, Opuntia sp., Opuntia ficus indica (L.) Mill.,Opuntia stricta (Haw.) Haw., Pilosocereus chrysostele (Vaupel) Byles & G. D. Rowley,Pilosocereus gounellei (F.A.C. Weber) Byles & Rowley, Pilosocereus pachycladus F.Ritter, Tacinga inamoena (K. Schum.) N.P.Taylor & Stuppy e Tacinga palmadora (Britton & Rose) N.P.Taylor & Stuppy. Registraram-se 1.122 citações organizadas em onze categorias de uso. A espécie mais citada foi Cereus jamacaru e categoria de uso mais proeminente foi forragem. A maioria dos informantes relatou coletar os cactos na serra da comunidade. A partir da turnê guiada registrou-se 6 indivíduos de P. pachycladus e 96 de C. jamacaru. Tanto os indivíduos de C. jamacaru como de P. pachycladus se mostraram associados as espécies Poincianella pyramidalis Tul. e Croton blanchetianus Baill.. Com relação ao local de ocorrência a maioria dos indivíduos se apresentaram em mata secundária. Na disseminação do conhecimento foi predominante a transissão do tipo vertical, ou seja, de pais para filhos. As cactáceas apresentaram valor econômico e cultural para a comunidade de Santa Rita devido aos vários usos atribuídos as espécies.

  • MARIANNA BARBOSA DA SILVA
  • DINÂMICA DOS PADRÕES SUCESSIONAIS DO MACROFITOBENTOS EM ÁREAS MARINHAS SOB DIFERENTES REGIMES DE PROTEÇÃO
  • Data: 26/08/2013
  • Hora: 09:00
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  • Os recifes formam ecossistemas que apresentam grande diversidade biológica e, no entanto, têm sofrido diversos impactos, resultantes de ações antrópicas. Estes estressores antropogênicos podem promover um impacto especial sobre as comunidades bentônicas dos recifes, que quase sempre são estruturadas por organismos sésseis. Desta forma, conhecimentos a respeito da estrutura das comunidades de fitobentos têm sido utilizados como base para a avaliação de impactos ambientais em muitos ambientes marinhos. No caso dos recifes, as alterações nas concentrações de nutrientes, assim como a sobrepesca, têm sido apontados como os maiores responsáveis pelo comprometimento da estrutura desse ecossistema. Assim, diversos estudos têm sido conduzidos com o propósito de compreender melhor o papel da herbivoria e do enriquecimento de nutrientes na estrutura das comunidades de algas marinhas. Neste contexto, o presente estudo se propôs a analisar os padrões de colonização e sucessão do macrofitobentos, bem como a influência da herbivoria, em especial pela ictiofauna, sobre esses processos. Desta forma, o presente trabalho foi dividido em dois capítulos, sendo o primeiro: “Avaliação dos padrões de colonização e sucessão do macrofitobentos em comunidades recifais do litoral paraibano”. O ensaio utilizou substratos artificiais e foi conduzido dentro dos limites de uma reserva marinha (O Parque Estadual Marinho de Areia Vermelha-PEMAV) e numa localidade adjacente que apresenta características bióticas semelhantes; e evidenciou que a colonização e sucessão dos diferentes grupos ao longo do tempo provavelmente está relacionada às características biológicas das espécies (ciclo de vida, estrutura morfológica e estratégias reprodutivas). Já o segundo capítulo, intitulado “A influência da ictoufauna herbívora sobre os padrões de colonização e sucessão do macrofitobentos em ecossistemas recifais”, verificou que o grupo dos herbívoros não atuou de maneira a afetar a estrutura da comunidade do macrofitobentos presente no PEMAV, o que provavelmente está relacionado à degradação dos recifes costeiros paraibanos, que acaba por alterar a estrutura das comunidades ícticas e fitobentônicas.
  • MONIQUE SILVA XIMENES
  • VARIAÇÕES TEMPORAIS NO GRAU DE GLICEMIA E CONDIÇÃO CORPORAL DE Artibeus planirostris EM ÁREAS DE TABULEIRO E MATA ATLÂNTICA NO ESTADO DA PARAÍBA
  • Data: 14/08/2013
  • Hora: 09:00
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  • As variações no Índice de Condição Corporal (ICC), glicemia e cetonemia de Artibeus planirostris (Chiroptera: Phyllostomidae) foram analisadas em áreas de Tabuleiro e Mata Atlântica da Paraíba em campo e cativeiro. O ICC escolhido foi baseado na menor influência do comprimento do antebraço na massa corporal e avaliado de acordo com o sexo, estado reprodutivo, local e horário de coleta. A glicemia e cetonemia também foram correlacionadas entre si, com o ICC e as demais variáveis, e variações no ICC e glicemia foram registradas após captura, jejum e alimentação de morcegos em cativeiro. Os resultados mostraram que o Fator de Condição Relativa de Le Cren (Kn) e a Razão Simples com Ajuste de Curva (AjC) foram os índices mais indicados para A. planirostris. A glicemia esteve correlacionada com o Kn e se mostrou um bom método para validar o ICC utilizado. Na REBIO Guaribas, as fêmeas tiveram maior Kn, provavelmente relacionado a vieses na metodologia ou a reservas energéticas durante o estado reprodutivo. Os morcegos do Tabuleiro obtiveram maior Kn e glicemia que os da Mata Atlântica, o que pode indicar subamostragem pela exclusão de morcegos que forrageavam no dossel da última área. As doze horas de coleta indicaram que A. planirostris forrageia durante toda a noite com variação de Kn e glicemia, sobretudo durante a madrugada, quando atinge o valor máximo antes de retornar para o abrigo. Em cativeiro, os morcegos apresentaram grande variação de Kn e glicemia em jejum e após a alimentação, registrando medidas de Kn para estes estados que podem ser utilizadas como parâmetro para estudos em campo na região. A glicemia manteve valores considerados normais para mamíferos, mas cerca de 30% dos morcegos apresentaram níveis acima do normal após a captura em todas as áreas, provavelmente devido ao estresse. Os corpos de cetona estiveram correlacionados apenas aos níveis de glicose e, portanto, não foi considerado um bom método para validar o Kn nestes animais.
  • DIEGO VALVERDE MEDEIROS
  • “Atividade de forrageio e uso de habitats por peixes mesopredadores no Arquipélago de São Pedro e São Paulo”,
  • Orientador : RONALDO BASTOS FRANCINI FILHO
  • Data: 13/08/2013
  • Hora: 14:00
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  • A atividade de forrageio é um aspecto fundamental da história de vida dos peixes recifais.O forrageio consiste em atividades relacionadas à procura, seleção e obtenção de alimento, período de atividade e alternância com outros comportamentos. A atividade de forrageio e o uso do habitat por peixes recifais podem variar de acordo com o período do dia, a complexidade estrutural e composição do habitat e interações intra e interespecíficas. Estas últimas são muito comuns entre peixes recifais durante o forrageio. Neste trabalho foram estudadas as atividades de forrageio de três peixes meso-predadores (Aulostomus strigosus, Muraena pavonina e Rypticus saponaceus) no Arquipélago de São Pedro e São Paulo (ASPSP), Dorsal Meso-Atlântica, Brasil. No primeiro capítulo procurou-se responder: (a) a atividade de forrageio e uso de habitat pelo peixe-trombeta, A. strigosus, difere entre os estratos de profundidade, períodos do dia, níveis de complexidade do habitat e padrões de coloração empregados? (b) Aulostomus strigosus é generalista ou especialista quanto ao uso de micro-habitats e tipos de presas? (c) Qual o grau de similaridade (sobreposição) no uso de micro-habitats entre indivíduos que empregaram padrões de coloração distintos? No segundo capítulo, considerando evidências de forrageio cooperativo entre a moréia-de-pintas-brancas, Muraena pavonina e o peixe-sabão, Rypticus saponaceus no ASPSP foram enfocadas as questões seguintes: (d) qual o grau de sobreposição na atividade de forrageio de M. pavonina e R. saponaceus considerando diferentes períodos do dia, estratos de profundidade e graus de complexidade do habitat? (e) há seletividade no uso de micro-habitats por estas espécies? (f) existe similaridade entre M. pavonina e R. saponaceus no uso de macro e micro-habitats? Aulostomus strigosus demonstrou ser um predador versátil que explora diversos tipos de habitats, emprega táticas complexas de captura e que utiliza vários padrões de coloração como camuflagem. Suas presas são pequenas espécies de peixes, algumas endêmicas e naturalmente vulneráveis à extinção devido ao isolamento geográfico do ASPSP. Rypticus saponaceus e Muraena pavonina apresentaram atividade conjunta de caça coordenada e, consequentemente, sobreposição na atividade de forrageio e uso do habitat. Este é o primeiro registro de caça cooperativa interespecífica para peixes recifais no Oceano Atlântico. De forma geral, este estudo demonstra que diversos aspectos da atividade de forrageio de A. strigosus, M. pavonina e R. saponaceus, como a frequência de interações intra e interespecíficas e uso do macro e micro-habitathabitat, diferiram entre os períodos do dia, estratos de 3 profundidade e complexidade estrutural do substrato. Considerando as interações ocorrentes entre A. strigosus, M. pavonina e R. saponaceus com outras espécies que compõem as assembléias de peixes recifais do ASPSP, é sugerido aqui que as espécies estudadas exercem um importante papel no funcionamento da rede trófica e fluxo energético local.
  • MATILDE VASCONCELOS ERNESTO
  • TÉRMITAS DE DUAS ÁREAS DE FLORESTA ATLÂNTICA BRASILEIRA: UMA ANÁLISE DO DESEMPENHO DE ESTIMADORES NÃO PARAMÉTRICOS
  • Data: 26/07/2013
  • Hora: 15:00
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  • ERNESTO, M. V. Térmitas de duas áreas de Floresta Atlântica Brasileira: Uma análise do desempenho de estimadores não paramétricos. 2013. 71p. Dissertação (Mestrado em Ecologia e Monitoramento Ambiental) - Universidade Federal da Paraíba Campus IV, Rio Tinto, PB. Estimadores de riqueza de espécies são alternativas na caracterização da biodiversidade local, diante das limitações de inventários faunísticos completos. Devido à contínua destruição e urbanização da Floresta Atlântica, estudos abordando a biodiversidade local são importantes como registros de fauna e como meio para subsidiar medidas conservacionistas. Avaliou-se a eficiência de cinco estimadores não paramétricos de riqueza de espécies, a partir do cálculo do enviesamento (bias), precisão e acurácia, para a taxocenose de térmitas da Floresta Nacional da Restinga de Cabedelo (FNRC) e da Área de Preservação Permanente Mata do Buraquinho (APPMB). Foi utilizado um protocolo de amostragem padronizado de térmitas, o qual consiste em cinco parcelas de 5 x 2m distribuídas ao longo de seis transectos de 65 x 2m. Foram aplicados cinco protocolos na FNRC e 12 na APPMB, totalizando esforço amostral de 5100m² e 510h x pessoa, e com uniques e duplicates ausentes nos dados. Quarenta e cinco morfoespécies de térmitas foram encontradas, pertencentes à pelo menos 26 gêneros e três famílias, ultrapassando todos os registros já publicados ao longo do Domínio da Floresta Atlântica. Foi constatado que o Jackknife1 e Jackknife2 devem ser utilizados para bancos de dados com um número de uniques superior a 25% da riqueza observada e que a utilização das estimativas do Bootstrap e do Chao2 são indicadas para os demais casos, quando o número de espécies raras for inferior a este. Sugere-se a necessidade de mais avaliações do desempenho do ICE antes de indicá-lo para estudos de diversidade de térmitas sob quaisquer condições. Foram amostradas de 65 a 70% da riqueza real das áreas com a aplicação de um protocolo e houve uma fiel reprodução das proporções da composição taxonômica e trófica, demonstrando a eficiência do método para determinar a diversidade de térmitas nas duas áreas de Floresta Atlântica investigadas.
  • MARCELO RODRIGUES DE SOUZA JUNIOR
  • TRANSMISSÃO DE CONHECIMENTO TRADICIONAL EM COMUNIDADE DO SEMI-ÁRIDO PARAIBANO (SOLEDADE/PARAÍBA/BRASIL)
  • Orientador : REINALDO FARIAS PAIVA DE LUCENA
  • Data: 26/07/2013
  • Hora: 14:00
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  • As comunidades tradicionais desenvolvem um conhecimento baseado nas suas experiências e nos recursos naturais do meio onde estão inseridas. Esse conhecimento evolui e é transmitido dentro da comunidade de várias formas. Analisou-se o conhecimento etnobotânico de grupos familiares da comunidade Cachoeira, no munícipio de Soledade, no semiárido paraibano, a fim de entender a dinâmica de transmissão desse conhecimento de uma geração para outra. Para tal estudou-se as relações de parentesco dos grupos familiares da comunidade cachoeira, delineou-se as suas árvores genealógicas formando clãs familiares específicos, então elencou-se as espécies botânicas de porte arbóreo nativas componentes do conhecimento etnobotânico dessas famílias, além de relacionar-se as categorias de uso a que faziam parte. Também relacionou-se o tipo de transmissão (vertical, horizontal e oblíqua), além de discriminar-se quais componentes dessas famílias são transmissores de conhecimento e quais não são. Mensurou-se tais conhecimentos, avaliando-se os Valores de Uso Geral, Atual e Potencial das espécies botânicas, e comparando-se todos esses números entre as gerações de cada grupo familiar. As famílias com maior destaque foram as Anacardiaceae, por maior número de citações de uso, e as Euphorbiaceae por maior número de representantes, esses resultados variaram pouco em relação as gerações, a espécie que mais destacou-se, tanto em uso atual como potencial na maioria dos grupos foi o pereiro (Aspidosperma piryfolium Mart.). O Conhecimento de Uso Potencial se sobressaiu no contexto geral da comunidade em detrimento do Conhecimento de Uso Atual, salvo a exceção de poucos informantes quando analisados individualmente. Em termos individuais, a maioria dos informantes apontou o a transmissão Vertical como principal modo de aprendizagem. A maioria dos informantes também se identificou como transmissores de conhecimento. O estudo da dinâmica da transmissão do conhecimento dentro de árvores genealógicas ajuda a visualizar os vieses da transmissão cultural segundo os parâmetros darwinianos, e entender como essa transmissão se dá em meio a unidade inicial de construção e transmissão do conhecimento, a família.
  • POLIANA SANTOS DA SILVA
  • TRANSMISSÃO DE CONHECIMENTO ECOLÓGICO TRADICIONAL E EXTRATIVISMO NO NORDESTE DO BRASIL
  • Orientador : REINALDO FARIAS PAIVA DE LUCENA
  • Data: 26/07/2013
  • Hora: 09:30
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  • TRANSMISSAO DE CONHECIMENTO ECOLOGICO TRADICIONAL E EXTRATIVISMO NO NORDESTE DO BRASIL
  • JOSE RIBAMAR DE FARIAS LIMA
  • DIAGNÓSTICO E MONITORAMENTO DO USO DE ESPÉCIES VEGETAIS E ANIMAIS DO SEMIÁRIDO DA PARAÍBA (NORDESTE, BRASIL),
  • Data: 27/03/2013
  • Hora: 09:00
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  • Keoma Coutinho Rodrigues
  • PADRÃO DE ATIVIDADES, COMPORTAMENTO ALIMENTAR, EXPLORAÇÃO DE HABITAT E ÁREA DE VIDA DE UM GRUPO DE SAPAJUS FLAVIUS (SCHREBER, 1774) (PRIMATES, CEBIDAE) EM UM FRAGMENTO DE FLORESTA ATLÂNTICA, PARAÍBA, BRASIL
  • Data: 15/03/2013
  • Hora: 09:00
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  • O macaco-prego-galego, Sapajus flavius, ocorre em remanescentes de Mata Atlântica ao norte do rio São Francisco, sendo incluída na lista de espécies ameaçadas pela IUCN como “Criticamente em perigo” Estudos referentes aos comportamentos e hábitos alimentares, à exploração de hábitats e ao padrão de uso do espaço são importantes, uma vez que há uma lacuna de informações para espécie. Tais informações permitirão avaliar como as populações de S. flavius estão vivendo nos fragmentos florestais, possibilitando a implantação de ações conservacionistas mais eficazes. Os objetivos do estudo foram descrever o padrão de atividades, o comportamento alimentar, o tamanho da área de vida e o padrão de exploração de hábitats de um grupo de macaco-prego-galego na RPPN Engenho Gargaú localizada no município de Santa Rita/PB. Os dados foram coletados pelo método de varredura instantânea com registros a cada 5 minutos. Foram coletados dados fenológicos mensais de 90 espécimes vegetais, cuja intensidade de frutificação foi calculada pelo método de Índice de Atividade. O padrão de atividades foi dominado pelo deslocamento (38,96%), seguido de alimentação (28,58%), forrageio (21,66%), descanso (4,77%), comportamentos agonísticos, sociais, de vocalização e de beber água (6%). Tal padrão variou significativamente nos períodos seco e chuvoso. A alimentação foi mais frequente no período seco e o deslocamento no período chuvoso. A dieta do grupo foi composta por frutos (43%), colmos de cana-de-açúcar (30%), presas animais (15%), folhas (7%), partes vegetais, incluindo bainha, pecíolo, cascas de árvores (3%) e flores (2%). No período chuvoso, o consumo de frutos foi significativamente maior e esteve positivamente correlacionado com a intensidade de frutificação. O consumo de colmos foi maior no período seco, quando a produção de frutos foi baixa. Foram identificadas 48 espécies vegetais incluídas na dieta, sendo Saccharam spp. (37,83%), Elaeis spp. (16.99%) e Tapirira guianenses (6,22%) as mais importantes. Área de vida calculada pelo método do Mínimo Polígono Convexo (MPC) para o grupo foi de 240.22 hectares. Os habitats mais explorados foram Floresta em Regeneração (35.5%), Borda de Floresta em Regeneração (28.2%), Borda de Floresta Madura Alagada (17.5%), Borda de Floresta Madura (9.6%) e Floresta Madura (9.2%). O padrão de atividades, dieta e área de vida foram compatíveis aos encontrados para o gênero Sapajus e todos os aspectos foram influenciados pela sazonalidade dos recursos alimentares e pela matriz interveniente formada predominantemente por cana-de-açúcar.