PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM GEOGRAFIA (CCEN - PPGG)

CENTRO DE CIÊNCIAS EXATAS E DA NATUREZA (CCEN)

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Dissertações/Teses


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2024
Descrição
  • MARCOS ANTONIO VIEIRA DIAS
  • PATRIMÔNIO GEOMORFOLÓGICO DOS MUNICÍPIOS DE MATURÉIA E MÃE D’ÁGUA-PB E O SEU POTENCIAL GEOTURÍSTICO
  • Data: 30/08/2024
  • Hora: 15:00
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  • Os elementos abióticos da natureza são condicionantes para manutenção da vida como um todo, logo, são indispensáveis sua conservação. Nessa perspectiva, ao longo de três décadas algumas abordagens foram sendo desenvolvidas para contribuir nos avanços de conservação do meio físico como: geodiversidade, geoconservação, patrimônio geomorfológico, geoturismo, entre outros. O presente trabalho buscou caracterizar o patrimônio geomorfológico dos municípios de Maturéia e Mãe d’Água-PB e avaliar o seu potencial geoturístico. A área de estudo é o contexto do Pico do Jabre, onde apresenta o ponto mais alto do estado da Paraíba. Nesse sentido, a metodologia foi dividida em cinco etapas a saber: 1) levantamento bibliográfico, 2) visitação na área de estudo (campo), 3) classificação de relevos graníticos, utilizando a proposta de Bastos et al (2021), 4) valoração do patrimônio geomorfológico, onde foi utilizado a metodologia de Vieira (2014) e por fim, 5) classificação do índice de aproveitamento geoturístico, metodologia de Ziemann e Figueiró (2017). Diante das metodologias aplicadas, identificou-se cinco geossítios Pico do Jabre, Pedra do caboclo, Pedra do Telhado, Pedra do Vento e Pedra Duas Irmãs, que apresentaram uma diversidade de microformas de relevos graníticos. O trabalho mostrou que entre os geossítios caracterizados, o Pico do Jabre foi o que mais de destacou (apesar dos outros também terem se destacados) caracterizando-se como patrimônio geomorfológico e com expressivo índice de aproveitamento geoturístico.
  • PAULO BENÍCIO VICENTE
  • TERRITÓRIO CANAVIEIRO DO VALE DO MAMANGUAPE: exploração, acumulação e resistência camponesa
  • Orientador : IVAN TARGINO MOREIRA
  • Data: 29/08/2024
  • Hora: 14:00
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  • O presente trabalho tem como objetivo geral analisar a formação do território canavieiro do Vale do Mamanguape, identificando a dinâmica da exploração acumulação e a resistência camponesa. Os objetivos específicos consistem em: descrever o processo de expansão e acumulação capitalista no Vale do Mamanguape-PB; analisar as contradições do capitalismo no campo e seus efeitos na produção do território canavieiro do Vale do Mamanguape; analisar a resistência camponesa diante das relações capitalistas no mesmo território, evidenciando os avanços e limitações. Trata-se de um estudo de caso de abordagem qualitativa. Os sujeitos da investigação são trabalhadores rurais das usinas e destilarias da região que residem nos bairros periféricos da cidade de Mamanguape; agricultores remanescentes das Ligas Camponesas e, ainda, agricultores assentados da Reforma Agrária e lideranças de movimentos sociais e sindicais do campo e lideranças indígenas. Os procedimentos metodológicos incluem a pesquisa bibliográfica, a coleta de informações estatísticas em sites do IBGE, do INCRA, além da pesquisa de campo. Os principais conceitos que compõem o arcabouço teórico são: a) a noção de território enquanto local de disputa de interesses e de poder, conforme a abordagem de Souza (2000), Moreira, e Targino (2007); b) produção capitalista e seu processo de exploração e acumulação com base na teoria geral da acumulação de Marx (1968) e de seus principais seguidores no tocante à permanência/extinção do campesinato (Lenin, Kautsky e Luxemburgo); c) resistência camponesa que tem como suporte teórico as contribuições de Chayanov (1976), Wolf (1970) e Scott (1985). O recorte espacial e temporal foi definido levando em consideração que a área em estudo se constituiu como território canavieiro desde a colonização, se mantendo até o momento com a mesma base produtiva do latifúndio e da monocultura da cana e sem promover o desenvolvimento social e econômico dos trabalhadores, e que tem como centralidade a exploração do trabalho como forma de acumulação de capital. O campesinato está presente nesse espaço desde o período colonial até os dias de hoje e tem mostrado resistência de luta pela sua preservação. Diante desse contexto houve momentos de resistência camponesa ao avanço das relações capitalistas de produção. Espera-se como resultado uma caracterização desse espaço como um território do capital e de resistência camponesa.
  • NATHÁLIA ROCHA MORAIS
  • O ENSINO REMOTO NA REDE BÁSICA MUNICIPAL DE CAMPINA GRANDE/PB E A PRECARIZAÇÃO DO TRABALHO DO PROFESSOR DE GEOGRAFIA
  • Orientador : LENILTON FRANCISCO DE ASSIS
  • Data: 29/08/2024
  • Hora: 09:00
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  • A realidade de trabalho dos docentes na rede pública de ensino traz muitas inquietações que foram potencializadas pela implementação do ensino remoto durante o período da pandemia da Covid-19, reforçando problemáticas importantes nas mais distintas disciplinas escolares, inclusive na Geografia. Levando em consideração os cenários instaurados na realidade do trabalho docente no período em tela, esta pesquisa tem como objetivo compreender o processo de implementação do ensino remoto na rede básica do município de Campina Grande/PB como fator de precarização do trabalho dos professores de Geografia do Ensino Fundamental II de escolas públicas durante a suspensão das aulas e no retorno das atividades presenciais no período pandêmico de 2020-2022. A tese que sustenta o estudo é a de que o ensino remoto implementado durante o período pandêmico foi caracterizado pela ausência de ações e subsídios capazes de assegurar condições adequadas para um efetivo trabalho docente sendo, portanto, um modelo que converge para a precarização do trabalho dos professores nos momentos da pandemia e retorno das atividades presenciais. Trata-se de um estudo qualitativo inserido no campo das pesquisas em Educação Geográfica cuja abordagem teórico-analítica focaliza as influências neoliberais sobre o campo educacional, o trabalho docente e sua história, a inserção das tecnologias no trabalho docente e o trabalho dos professores de Geografia do ensino básico diante do ensino remoto. Compreendendo que os fenômenos devem ser analisados em sua totalidade, adota-se a dialética como método capaz de dar suporte para esta investigação pelo fato de possibilitar a análise dos fenômenos a partir da dinamicidade do contexto no qual se encontram inseridos. Como procedimentos metodológicos foram utilizados a pesquisa documental, a aplicação de questionários ao total de 34 docentes de Geografia dos quais 21 docentes, entre efetivos e contratados, constituíram os sujeitos da pesquisa que se voluntariaram a participar da etapa das entrevistas. O exame das entrevistas foi realizado através da Técnica da Análise de Conteúdo. Os resultados alcançados indicam que o trabalho dos docentes de Geografia da mencionada rede de ensino sofreu impactos relacionados às condições efetivas para sua realização uma vez que não foram oferecidos a esses profissionais os subsídios necessários para sua atuação na realidade do ensino remoto, além dos impactos sobre a saúde física e emocional dos docentes.
  • RAYSSA MIRELLES DA SILVA BARBOSA
  • PROCESSO DE VOÇOROCAMENTO NO LITORAL NORTE DA PARAÍBA: CARACTERÍSTICAS E EVOLUÇÃO
  • Data: 28/08/2024
  • Hora: 08:30
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  • Os estudos sobre erosão dos solos têm recebido atenção crescente nas últimas décadas, devido ao seu significativo potencial de degradação do solo e da paisagem. Compreender os processos erosivos nos permite fazer prognósticos sobre as cicatrizes no relevo, formadas tanto no passado quanto no presente, e que estão em constante evolução. Entre as diversas formas de erosão, a voçoroca destaca-se como a feição erosiva de maior poder destrutivo. Neste contexto, o objetivo desta pesquisa é compreender e analisar o sistema de voçorocamento e seus principais condicionantes no município de Rio Tinto, onde áreas de erosão acelerada são observadas na comunidade da Vila Regina e na Aldeia Jaraguá. Para alcançar este e outros objetivos que norteiam o estudo, foram utilizados diferentes procedimentos metodológicos, com ênfase na revisão bibliográfica, trabalho de campo e elaboração de mapas dos condicionantes geoambientais da área afetada pela voçoroca, como geologia, geomorfologia, pedologia, hidrografia e perfis topográficos. Com o advento de novas tecnologias, como os VANTs (Veículos Aéreos Não Tripulados), tornou-se possível o mapeamento detalhado e de alta qualidade de feições erosivas, permitindo uma análise mais abrangente do fenômeno. Dada a complexidade da erosão e a necessidade de integrar a ciência geográfica às novas geotecnologias, foram gerados dados que possibilitaram uma análise aprofundada da voçoroca em questão. Os resultados deste estudo revelam que a voçoroca apresenta indícios de uma dinâmica evolutiva avançada, com morfologias internas como formações de dutos, pedestais, movimentos de massa, sulcos e ravinas generalizadas, conectadas à rede de drenagem das áreas residenciais próximas. Estes fatores foram identificados como os principais agentes de desenvolvimento e evolução da feição erosiva. Foram realizados dois aerolevantamentos entre janeiro e novembro de 2023 para analisar os aspectos morfométricos e morfológicos da feição. Através desses levantamentos, foi possível identificar seu aspecto morfológico ramificado, composto por canais, evidenciando o processo de expansão e fixação de um afluente do rio Mamanguape. A análise morfométrica concentrou-se na porção próxima à vertente do tabuleiro dominante da área, onde há grande acúmulo de sedimentos, registrando as maiores perdas de solo e representando um risco significativo para as residências próximas.
  • THAYSSA NERY DE BARROS MOREIRA
  • A LUTA E RESISTÊNCIA DOS MORADORES DE OCUPAÇÃO URBANA JOÃO PEDRO TEIXEIRA EM JOÃO PESSOA-PB
  • Orientador : RAFAEL FALEIROS DE PADUA
  • Data: 27/08/2024
  • Hora: 14:30
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  • Em meio a centros urbanos marcados pela escassez de moradia digna e pela presença de prédios abandonados, as ocupações urbanas se erguem como atos de resistência e sobrevivência. A Ocupação João Pedro Teixeira, em João Pessoa, se configura como um exemplo dessa luta por direitos sociais e pelo direito à cidade. Lideradas por movimentos sociais como o Movimento de Luta nos Bairros, Vilas e Favelas (MLB), as ocupações transcendem a mera busca por um teto, configurando-se como espaços de contestação à lógica da exclusão e da segregação urbana. No entanto, essa luta por direitos encontra barreiras na forma de estigmatização e criminalização. Tanto os ocupantes quanto os movimentos sociais que os apoiam são frequentemente rotulados como infratores da lei, vendo sua luta desqualificada por diversos setores da sociedade. Para compreender essa realidade complexa, a presente dissertação adota uma abordagem qualitativa, por meio de entrevistas semiestruturadas e pesquisa de campo. Através da perspectiva dos moradores da Ocupação João Pedro Teixeira, a pesquisa explora suas vivências, motivações e os desafios enfrentados no dia a dia. Os resultados da pesquisa evidenciam o impacto social e político das ocupações, destacando sua resistência frente à criminalização e à exclusão social. A pesquisa oferece um olhar humanizado sobre a luta por moradia digna, dando voz àqueles que são marginalizados e silenciados pela sociedade.
  • MICHELE KELY MORAES SANTOS SOUZA
  • A Urbanização de Parauapebas-PA: a cidade produzida pela mineração.
  • Orientador : RAFAEL FALEIROS DE PADUA
  • Data: 26/08/2024
  • Hora: 14:00
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  • O processo de urbanização de Parauapebas se encontra, essencialmente, relacionado à dinâmica da atividade de mineração e urbanização da região amazônica. A produção do espaço urbano de Parauapebas está imbricada à lógica dos grandes projetos de mineração implantados pelo Estado na Amazônia a partir da década de 1960. A cidade de Parauapebas, decorrência do Projeto Grande Carajás, exemplifica os modos de como a mineração produziu as condições políticas, sociais e econômicas para a urbanização, necessária à realização da reprodução capitalista no lugar específico. Dentro das estratégias na implantação do Projeto Grande Carajás estavam a abertura de vias de circulação, a construção da Estrada de Ferro, de um porto para escoamento, do núcleo urbano para os funcionários da empresa mineradora, a “company town” de Carajás. Foram discutidas as formas urbanas emergentes nas áreas do alto (Carajás) e baixo da Serra de Carajás (Parauapebas e Rio Verde), evidenciando a desigualdade socioespacial que se reproduz sob a lógica da reprodução do espaço urbano capitalista. A análise construída propôs uma reflexão sobre as diversas escalas geográficas, evidenciando as especificidades de Parauapebas, ao mesmo tempo que destaca a tendência à homogeneização do espaço urbano, onde as particularidades locais são incorporadas na lógica capitalista para a reprodução ampliada do capital. Nesse sentido, a atuação do Estado na produção do espaço urbano na Amazônia Oriental foi considerada, enfatizando a influência da mineradora CVRD e do capital privado na produção da urbanização entrelaçada à dinâmica da acumulação capitalista. A reprodução do espaço urbano em Parauapebas reflete uma ordem econômica imposta que favoreceu a exploração mineral como motor de crescimento. A abordagem dialética do estudo revelou a complexidade da dinâmica urbana da cidade, com as especificidades de um lugar de riquezas minerais que se interconectam com tendências mais amplas de urbanização e uniformização do espaço, típicas das políticas de desenvolvimento (integração-reconquista) na Amazônia, implantadas pelo Estado brasileiro. Assim, a análise não apenas evidenciou a singularidade das dinâmicas urbanas na região, mas também contribuiu para uma reflexão crítica sobre as consequências desse modelo de desenvolvimento impulsionado pela mineração e apontou caminhos para pesquisas futuras, considerando as transformações provocadas pela atividade mineradora na cidade de Parauapebas.
  • PABLO WESLEY ALVES DE OLIVEIRA
  • CLIMA URBANO DO BAIRRO SANTO AMARO, RECIFE – PE SOB A PERSPECTIVA DO CAMPO TÉRMICO
  • Orientador : MARCELO DE OLIVEIRA MOURA
  • Data: 26/08/2024
  • Hora: 14:00
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  • O clima urbano apresenta características físico-naturais em conjunto com fatores sociais, propiciando climas próprios, de acordo com a abordagem geográfica do Sistema Clima Urbano (SCU), do pesquisador Carlos Augusto Figueiredo Monteiro. Sob o enfoque dessa abordagem, o presente trabalho visa analisar os microclimas do bairro de Santo Amaro, localizado na cidade do Recife-PE. Para tal, foi realizado o levantamento das variáveis meteorológicas: temperatura, umidade relativa do ar e velocidade e direção dos ventos. Esse levantamento foi feito com orientação do mapa de uso e ocupação do solo do bairro, construído para atender a um dos objetivos da pesquisa e nortear as rotas a serem percorridas por transectos móveis, com uso de bicicleta durante o período chuvoso e úmido (julho de 2023) e período quente e seco (fevereiro de 2024) da cidade. O bairro Santo Amaro recebe influência direta do centro urbano recifense, por sua proximidade, ocupação e diferentes tipos de uso. O bairro contempla centros comerciais, serve como moradia populacional, ponto de eventos turísticos e culturais, além de concentrar as principais avenidas da cidade do Recife. Tais características evidenciam a importância da dinâmica e da funcionalidade urbana do bairro e da necessidade de estudos climáticos e de seus efeitos para população residente, em especial, os efeitos referentes ao desconforto térmico relativo ao calor. Este estudo inédito sobre o clima urbano em Santo Amaro, Recife, investigou os efeitos do calor intenso na população local. Os dados coletados indicaram que a população periférica do bairro sofre mais com o desconforto térmico (calor) em relação à população economicamente privilegiada, devido às diferenças no uso do solo que impactam na circulação de vento e na presença de áreas arborizadas.
  • RAFAELLA LARISSA GOMES DA SILVA
  • UBERIZAÇÃO DO TRABALHO: O CASO DOS MOTOBOYS DE DELIVERY DE CAMPINA GRANDE, PARAÍBA, BRASIL
  • Orientador : ALEXANDRE SABINO DO NASCIMENTO
  • Data: 23/08/2024
  • Hora: 09:00
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  • Com o processo de reestruturação produtiva, evidente a partir da década de 1970 no curso do desenvolvimento capitalista, o espaço geográfico torna-se palco da articulação de lógicas diversas que, entre níveis e intensidades desiguais, redefinem os conteúdos e as faces da espacialidade geográfica. É nesse cenário que se apresenta a recente difusão dos serviços de delivery, via aplicativos digitais, nas cidades brasileiras como um fenômeno indexado à ordem reprodutiva atual do capital, que, sob a égide da flexibilização, institui o trabalho precarizado como conteúdo social do espaço. O objetivo deste estudo é compreender a difusão dos serviços de delivery via aplicativos digitais na cidade de Campina Grande e os seus desdobramentos na precarização do trabalho a partir da problematização da vida cotidiana dos motoboys que prestam serviço para a empresa Ifood. O caminho metodológico partiu de uma perspectiva dialética, através da qual foi construída uma abordagem qualitativa acerca do objeto de estudo. A obtenção das informações teóricas e empíricas ocorreram mediante a realização de pesquisas bibliográfica e de campo sendo possível analisar a vida cotidiana desses trabalhadores, e de que forma a uberização causa impactos nas diversas escalas. Ao final do estudo conclui-se que estas formas de trabalho precarizadas não se limitam apenas à Campina Grande, nem tampouco ao Brasil; é uma tendência global, alimentada pelas políticas neoliberais. Com o alto nível de desemprego, as pessoas se submetem a formas de emprego/trabalho sem regulamentação, a fim de ter uma renda mínima para sobreviver. Desse modo, foi possível traçar o perfil dos entregadores campinenses que são predominantemente jovens, possui o nível de escolaridade ensino médio completo e incompleto, a sua rotina de trabalho é marcada por longas jornadas, e se dedica integramente atividade de entregador do Ifood que representa sua principal fonte de renda. Na vida cotidiana do labor os entregadores enfrentam desafios em vários aspectos escalares que vão desde a insegurança nas ruas até as condições precárias impostas pelas plataformas.
  • ALEXANDRE RIBEIRO DA SILVA
  • OS SIGNOS E SÍMBOLOS NA CONSTRUÇÃO DE CONCEITOS GEOGRÁFICOS: INSTALAÇÃO GEOGRÁFICA COMO METODOLOGIA PARA O ENSINO DE GEOGRAFIA
  • Data: 05/07/2024
  • Hora: 16:00
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  • A pesquisa desenvolvida nesta tese tem como objetivo compreender o papel dos signos e símbolos para a construção de conceitos por meio das Instalações Geográficas. Para tanto, realizamos uma pesquisa bibliográfica por meio da utilização de registros fotográficos apreendidos durante a fase de exposição de Instalações Geográficas, em seus contextos particulares, envolvendo grupos sociais e abordando diferentes temas. Acreditamos que a fotografia representa uma ferramenta poderosa para a documentação de imagens de caráter atemporal, capaz de preservar os interesses, as ideologias, a criatividade e os conceitos subjacentes propostos em dado contexto. Os elementos semióticos presentes nas Instalações Geográficas, tais como objetos, cores, formas e arranjos espaciais, são essenciais para a comunicação de mensagens complexas de maneira intuitiva e implícita. As análises que conduzimos foram construídas com imagens fotográficas das Instalações Geográficas, as quais foram obtidas a partir de fontes acadêmicas confiáveis, especificamente retiradas das dissertações de Silva (2019), Lobô (2022) e Alencar (2020), disponíveis no Banco de Dissertação e Tese da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES. Ao longo da nossa investigação, focamos na construção de um arcabouço teórico inédito para explorar as teorias de signos e símbolos para a contribuição dos conceitos geográficos, no âmbito do ensino da geografia. A aprendizagem é promovida pelo desenvolvimento do pensamento e da linguagem, seguindo as etapas e fases delineadas por Vygotsky, conforme demonstrado em nosso estudo. Com isto, afirmamos que a eficácia da metodologia de Instalação Geográfica se destaca, particularmente, com estudantes de ensino Fundamental II e Médio. Concluímos que as Instalações Geográficas, ao incorporarem elementos semióticos variados, facilitam a representação e materialização de conceitos geográfico como lugares, paisagens, regiões, territórios e a escala dos fenômenos. As Instalações Geográficas oferecem, portanto, uma valiosa oportunidade para explorar e compreender esses conceitos em um contexto visual e artístico.
  • HAMILTON MATOS CARDOSO JUNIOR
  • O TERRITÓRIO DO CAULIM NA PARAÍBA: DEGRADAÇÃO DO TRABALHO, DA NATUREZA E DA VIDA
  • Orientador : MARIA FRANCO GARCIA
  • Data: 06/06/2024
  • Hora: 14:00
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  • O objetivo desta tese é compreender as contradições que articulam o processo de trabalho na mineração do caulim e a degradação da vida na Paraíba. O caulim é um minério não-metálico, considerado um argilomineral, utilizado como matéria prima para a fabricação de diferentes produtos de consumo na indústria farmacêutica, na construção civil e de produtos de consumo em geral, como porcelanas. No estado da Paraíba sua exploração está concentrada na região do Seridó paraibano, principalmente em cinco municípios que compõem o que denominamos, nesta pesquisa, por Território do Caulim. Do ponto de vista econômico, este território participa apenas com 1,63% do valor de produção mineração da Paraíba (ANM, 2019). Entretanto, espacialmente pode ser considerado o maior adensamento minerário do estado, concentrando 24,5% de todas as indústrias extrativas da Paraíba (IBGE, 2023) e 18,21% dos empregos gerados pelo setor mineral (ME, 2020b). Os dados revelam a presença e participação da mineração na dinâmica territorial da região e suas pegadas ao longo da sua história. As marcas da mineração são visíveis nas paisagens e nas comunidades locais, testemunhas das duras condições de trabalho e os altos níveis de degradação da saúde humana e ambiental no território estudado. A esperança de vida ao nascer apresenta valores menores que no resto do estado e inferiores à média do Brasil. O desmatamento e degradação da cobertura vegetal, ao depósito de pilhas de rejeitos minerais juntos ao esgotamento dos recursos contribuem para a caulinização dos solos e a aceleração da desertificação na região. Para analisar articuladamente esses processos, nos fundamentamos nos aportes da Geografia do Trabalho e da Ecologia Política. Nossa abordagem é, por tanto, materialista histórica e dialética e tem como tríade metodológica as categorias trabalho-natureza-saúde. A hipótese de partida é que, no Território do Caulim, existe uma relação causal entre a baixa esperança de vida ao nascer e as condições de trabalho e produção da extração mineral. Os resultados de pesquisa alcançados permitem-nos mostrar como a degradação das condições de vida, humana e não-humana, no Território do Caulim resulta da dinâmica da estrutura societal vigente ancorada na produção de mercadorias, na extração da mais-valia e na valorização do capital, impondo ao metabolismo societário do trabalho os elementos de sua lógica. Logo, o caulim/mercadoria ganha centralidade em detrimento à toda forma de expressão da vida. A extração da mais-valia e a acumulação por espoliação foram as estratégias identificadas no processo de valorização do capital mineral na região. A tese mostra como a dinâmica espacial da mineração do caulim impõe seu metabolismo necrosocietário ao trabalho e à natureza, trazendo sérios impactos na saúde das comunidades de mineradores e garimpeiros e aos seus territórios de vida e reprodução, determinando sua própria existência. 
  • MICHEL MONTEIRO FERREIRA
  • VULNERABILIDADE SOCIAL DO MUNICÍPIO DE CURIMATÁ, PIAUÍ: ESTUDO DE CASO DAS COMUNIDADES ATENDIDAS PELO PROGRAMA “ÁGUA PURA PARA CRIANÇAS”
  • Orientador : CAMILA CUNICO
  • Data: 06/05/2024
  • Hora: 08:30
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  • A escassez hídrica no semiárido brasileiro não se limita à falta de água, mas ao acesso precário da quantidade e qualidade do recurso disponível, resultante da negligência em políticas públicas de saneamento básico. Esta lacuna é uma preocupação crescente, pois afeta diretamente a qualidade de vida e a saúde das comunidades, especialmente em áreas rurais. O estudo visa analisar os níveis de vulnerabilidade social em Curimatá-Piauí e examinar o impacto do "Programa Água Pura para Crianças" na acessibilidade à água e saneamento básico. Para atingir esse objetivo, foi criado um Índice de Vulnerabilidade Social (IVS) municipal, dividido em três dimensões: Infraestrutura do Domicílio, Renda e Situação Socioeconômica, utilizando dados do Censo Demográfico do IBGE de 2010. Além disso, foi conduzido um estudo de caso da avaliação ex-ante e ex-post em sete comunidades afetadas pela escassez hídrica. Esse estudo envolveu análise documental e o uso de ferramentas de Sistema de Informações Geográficas (SIG) para espacializar os dados, permitindo uma compreensão mais abrangente da realidade local. A observação aos dados trabalhados, de 2010 e do estudo de caso realizado entre 2021 e 2023, revelou poucas mudanças significativas na vulnerabilidade social frente às condições de acesso à água e saneamento no município. Os resultados destacam que, apesar dos avanços no setor de saneamento, as áreas rurais continuam enfrentando desafios significativos, com investimentos escassos e problemas persistentes de acesso à água potável e saneamento básico. Além disso, a pesquisa sinaliza que as áreas urbanas enfrentam problemas similares relacionados à escassez de água e más condições sanitárias. Esse fator reflete a importância do saneamento básico como uma condição fundamental para promover a saúde das comunidades, e a proteção ambiental e reconhece o papel fundamental das Organizações da Sociedade Civil, na contribuição para a redução da vulnerabilidade social e na melhoria das condições de vida das comunidades marginalizadas. Espera-se que os resultados deste estudo apoiem o poder público em uma melhor gestão dos investimentos públicos em Curimatá, abordando as debilidades identificadas nos setores censitários (comunidades) e contribuindo para melhorias significativas na qualidade de vida da população.
  • EMANUEL SANTOS DE OLIVEIRA
  • TRANSFORMAÇÕES NO USO DO SOLO E VULNERABILIDADE À CONTAMINAÇÃO DAS ÁGUAS SUBTERRÂNEAS: UM ESTUDO EM CAMPINA GRANDE
  • Orientador : RICHARDE MARQUES DA SILVA
  • Data: 18/04/2024
  • Hora: 09:00
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  • As águas subterrâneas em Campina Grande são suscetíveis à contaminação devido à incompatibilidade entre as atividades urbanas e as áreas que deveriam ser protegidas. As transformações no uso e ocupação do solo exacerbam este risco. Assim, este estudo tem como objetivo geral avaliar as transformações no uso e ocupação do solo e a vulnerabilidade natural à contaminação das águas subterrâneas de Campina Grande. Como objetivos específicos, esta pesquisa busca: (a) analisar a evolução recente do uso e ocupação da terra no município de Campina Grande entre 1995 e 2022, (b) analisar a distribuição espaço-temporal de poços no município de Campina Grande entre 1995 e 2022, e (c) estimar o risco de contaminação das águas subterrâneas de Campina Grande, considerando as intervenções antrópicas. A metodologia foi conduzida em várias etapas, incluindo (a) avaliação da vulnerabilidade por meio do método GOD, (b) transformações no uso e ocupação do solo de Campina Grande, (c) análise da dinâmica das mudanças de uso e ocupação da terra através do uso do Google Earth Engine, (d) identificação das fontes pontuais de contaminação e avaliação do risco potencial de contaminação empregando o método POSH, e (e) mapeamento da vulnerabilidade e do risco de contaminação das águas subterrâneas mediante o manuseio do QGIS. Os resultados apontam para um aumento na captação de águas subsuperficiais a partir da década de 1990, especificamente entre 1995 e 2000, revelando a procura acentuada por perfurações de poços, havendo, em grande parte, forte relação com períodos de estiagens. Indica ainda que a área de estudo apresenta três classes distintas de vulnerabilidade natural (baixa, média e alta). Verificou-se que as áreas urbanas podem ter se expandido ainda mais a partir de 1995, e mudanças nos padrões de ocupação do solo podem ser percebidas. A influência de fatores como o aumento populacional, o desenvolvimento econômico e as políticas de planejamento urbano podem ter contribuído para essas transformações. Esses fatores tem relação com as fontes de poluição identificadas, ou seja, que estão incluídas na dinâmica da cidade, como indústrias, postos de gasolina e oficinas mecânicas, que foram categorizadas com riscos baixo, moderado e médio. Logo, o estudo destaca a necessidade de uma gestão eficaz do uso do solo e fornece insights valiosos para a conservação dos mananciais hídricos subterrâneos, contribuindo para a compreensão e mitigação dos riscos associados à contaminação das águas subterrâneas.
  • EDILSON DOS SANTOS SILVA
  • PERCURSO TEÓRICO-METODOLÓGICO DO MAPA MENTAL NO ENSINO DE GEOGRAFIA: ESTUDO DE CASO EM ESCOLAS DO ENSINO FUNDAMENTAL DO ESTADO DA PARAÍBA.
  • Data: 26/03/2024
  • Hora: 10:00
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  • As práticas cartográficas na educação geográfica necessitam ir além da dimensão unicamente geométrica de mapa, pois esta não é mais capaz de despertar o interesse dos estudantes pelos conhecimentos cartográficos, nesse processo a consideração que existem outras cartografias é um importante passo para a ressignificação da função dos mapas na escola. É com base nessa problemática que procuramos investigar se a utilização da metodologia dos mapas mentais integrada a educação geográfica, possibilitará a construção e materialização do raciocínio geográfico e a ressignificação do processo de ensino-aprendizagem da cartografia escolar. Fundamentada na abordagem qualitativa, a presente pesquisa se refere a um estudo de caso com o objetivo de analisar as representações do espaço vivido a partir da utilização do mapa mental de forma integrada com uma ferramenta de mapeamento digital (Google Maps), desenvolvida em turmas do 9º ano, na Escola Estadual de E.F. de Aplicação, Campina Grande-PB e na Escola Municipal de E.F. Dom Manuel Palmeira da Rocha, Esperança- PB. A integração do mapa mental com as funcionalidades do Google Mapas nos fez avançar no conhecimento e comprovar sua relevância parar suscitar raciocínios geográficos na sala de aula. Com base nos resultados constatamos que os mapas mentais podem ser compreendidos não apenas como meio para propiciar a alfabetização cartográfica e um ensino lúdico, mas como uma metodologia que auxilia os discentes a construírem um pensamento geográfico e aos professores a compreender e analisar o processo de aprendizagem das noções cartográficas.
  • GEILSON SILVA PEREIRA
  • FRAGILIDADE AMBIENTAL NA SUB-BACIA HIDROGRÁFICA DO RIO ARAÇAGI-PB: SUBSÍDIOS PARA O PLANEJAMENTO AMBIENTAL
  • Orientador : EDUARDO RODRIGUES VIANA DE LIMA
  • Data: 29/02/2024
  • Hora: 15:00
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  • As atividades humanas têm contribuído nos últimos anos para o aumento dos desequilíbrios ambientais e com isso gerando fragilidades no ambiente. Grande parte da população mundial se concentra às margens dos rios, sendo as bacias hidrográficas de uma importância vital para a disponibilidade de água para os seres humanos. No entanto ,a ação antrópica tem alterado a dinâmica ambiental e consequentemente contribuindo com a degradação do ambiente em que vivemos. Esta dissertação tem como objetivo geral fazer uma avaliação das fragilidades ambientais existentes na sub-bacia do rio Araçagi-PB, com base em duas metodologias diferentes, os objetivos específicos foram: Avaliar a fragilidade potencial com dados do meio físico e biótico e com base na metodologia de Ross (1994); avaliar a fragilidade emergente causada pela ação antrópica, com base na metodologia de Ross (1994); analisar a fragilidade ambiental, com base no potencial de perdas de solo, utilizando a Equação Universal de Perdas de Solo (EUPS); comparar a fragilidade ambiental gerada com as duas metodologias; propor medidas de gestão e planejamento ambiental com a finalidade de minimizar os problemas decorrentes das fragilidades identificadas na sub-bacia Araçagi-PB. A metodologia utilizada nesta dissertação é com base em Ross (1994), que analisa a fragilidade ambiental por meio dos ambientes naturais antropizados que fundamenta seus estudos na ecodinâmica da paisagem de Tricart (1977), será utilizado também a USLE de Wischmeier e Smith 1978, nesta metodologia surgiu a necessidade de se fazer algumas adaptações que se adequam melhor a área de estudo. Neste trabalho, por meio da metodologia de Ross, foram identificadas várias fragilidades na sub-bacia Araçagi. No alto curso se destacam os barramentos feitos para disponibilizar água para o gado bovino, sendo a nascente uma área muito desmatada para dar lugar às pastagens. No médio curso ocorrem os processos erosivos lineares superficiais como os sulcos erosivos e as ravinas nas áreas de maior declividade. Já no baixo curso o uso e ocupação é mais intenso o que faz dessa área ser muito desmatada para dar lugar a urbanização e a outros diversos usos, sejam industriais ou agropecuários. A fragilidade ambiental ocorre em toda a bacia, porém é importante ressaltar que ainda restam resquícios de vegetação em parte dela, o que faz com que a fragilidade não chegue a níveis muito altos. Com isso foi possível perceber que a maior parte da bacia possui índice de fragilidade alta, não chegando a níveis muito altos. Por meio da USLE foram estimuladas as perdas de solos na sub-bacia Araçagi, o que se constatou que estas perdas ocorrem principalmente nas áreas com maior declividade, porém a geometria das encostas tem papel fundamental, já que nas encostas côncavas as perdas ocorrem de forma mais significativa, enquanto em encostas mais convexas os níveis de perdas são inferiores. Dessa forma, grande parte da sub-bacia apresentou baixa perda de solos, sendo as maiores perdas na parte norte da bacia no médio curso. Portanto, por meio deste estudo foi constatado que as duas metodologias trouxeram diagnósticos quase similares quando comparamos em termos de fragilidade ambiental, no qual demonstrou grau de fragilidade na maior parte da bacia alta, mas não em níveis muito críticos estando esta sub-bacia com maior facilidade de os órgãos ambientais implantarem medidas de gestão e planejamento ambiental, com o propósito de amenizar os problemas ambientais identificados neste trabalho.
  • ADONAI FELIPE PEREIRA DE LIMA SILVA
  • CONECTIVIDADE DE SEDIMENTOS: UMA ABORDAGEM MULTIESCALAR EM AMBIENTE SEMIÁRIDO
  • Orientador : JONAS OTAVIANO PRACA DE SOUZA
  • Data: 28/02/2024
  • Hora: 14:00
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  • A transmissão de matéria e energia e o transporte de água e sedimentos no sistema fluvial tem sido cada vez mais presentes em pesquisas geomorfológicas, constituindo aspectos importantes para a gestão ambiental. A abordagem da conectividade tem sido utilizada para compreender os processos e complexidades de transmissão de matéria e energia em bacias hidrográficas, tanto em relação ao transporte de água quanto de sedimentos. Nesse sentido, a presente pesquisa busca compreender os processos de transmissão e estocagem de sedimentos, além das mudanças hidrológicas ocorridas na Bacia Riacho do Tigre - PB através da abordagem da conectividade de sedimentos em multi-escalas. Os procedimentos metodológicos foram divididos em etapas de aplicação do Índice de Conectividade (IC) e do mapeamento da conectividade para escala da bacia, como também para escala de encosta, tanto em períodos secos quanto em períodos úmidos, e por último, a etapa da validação por meio do Índice de Conectividade de Campo (ICC). Para a análise da conectividade em escala de bacia, o modelo digital de elevação utilizado foi o NASADEM, com resolução espacial de 30 m, e obtidas um total de cinquenta e uma imagens Landsat da área entre os anos de 2014 a 2023. A partir do resultado gerado através do processamento das imagens Landsat para a aplicação do NDVI, o os valores médios de cada imagem permitiram o agrupamento em quatro cenários de vegetação: densidade muito baixa, densidade baixa, densidade média e densidade alta. Os mapas de vegetação serviram de base para o fator C usado no mapeamento da conectividade estrutural de água e sedimentos, indicando uma alta variabilidade da densidade da biomassa em cada cenário e apresentando diferentes respostas em relação à chuva antecedente acumulada. Já os mapas de conectividade apontam para uma conectividade mais alta nos cenários muito seco e seco, moderada no cenário médio e mais baixa no cenário úmido. Para a análise da conectividade em encosta, foram selecionados três trechos fluviais (T1, T2 e T3), dos quais foram obtidos dados de modelo digital de elevação com resolução de 0,2 m e imagens RGB através do uso de drone em três períodos diferentes (C1, C2 e C3), gerando um total de nove ortofomosaicos. Os ortofotomosaicos serviram de base para a aplicação do VIgreen em todos os trechos e períodos analisados, resultando na elaboração dos mapas de vegetação, que consequentemente foram aproveitados no fator C para a aplicação do IC. Os resultados mostraram que em todos os trechos – sobretudo, no T2 – o C2 foi o período com maior densidade da cobertura vegetal, como também o período em que a conectividade se mostrou mais baixa, havendo uma forte correlação com a chuva, visto que no C2 os valores de chuva antecedente acumulada resultaram em 249,2 mm para 90 dias e 260,6 mm para 120 dias, ou seja, valores que são considerados para um cenário úmido na região. No tocante à validação, os valores obtidos através do ICC em quatro pontos selecionados foram comparados com os valores do IC nas duas escalas de análise, onde os valores coincidiram em todos os índices para uma conectividade mais alta nos pontos T1B e T2B, além de demonstrar coerência com as evidências observadas em campo. De forma geral, as análises da conectividade de sedimentos na Bacia Riacho do Tigre demonstrou ser mais baixa em áreas com cobertura vegetal densa, reduzindo a intensidade do escoamento superficial e dos processos erosivos, sendo esse um aspecto importante para a preservação e manutenção dos ambientes fluviais semiáridos. Os dados e informações obtidos nesta pesquisa são pertinentes para o entendimento da conectividade em diferentes ambientes fluviais, podendo contribuir com futuras avaliações para a conectividade funcional da Bacia Riacho do Tigre, fundamentais para o gerenciamento ambiental em múltiplas escalas espaciais e temporais, como também para a otimização do manejo do solo e dos meios de subsistência em terras agrícolas do semiárido brasileiro.
  • ADONAI FELIPE PEREIRA DE LIMA SILVA
  • CONECTIVIDADE DE SEDIMENTOS: UMA ABORDAGEM MULTIESCALAR EM AMBIENTE SEMIÁRIDO
  • Orientador : JONAS OTAVIANO PRACA DE SOUZA
  • Data: 28/02/2024
  • Hora: 14:00
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  • A transmissão de matéria e energia e o transporte de água e sedimentos no sistema fluvial tem sido cada vez mais presentes em pesquisas geomorfológicas, constituindo aspectos importantes para a gestão ambiental. A abordagem da conectividade tem sido utilizada para compreender os processos e complexidades de transmissão de matéria e energia em bacias hidrográficas, tanto em relação ao transporte de água quanto de sedimentos. Nesse sentido, a presente pesquisa busca compreender os processos de transmissão e estocagem de sedimentos, além das mudanças hidrológicas ocorridas na Bacia Riacho do Tigre - PB através da abordagem da conectividade de sedimentos em multi-escalas. Os procedimentos metodológicos foram divididos em etapas de aplicação do Índice de Conectividade (IC) e do mapeamento da conectividade para escala da bacia, como também para escala de encosta, tanto em períodos secos quanto em períodos úmidos, e por último, a etapa da validação por meio do Índice de Conectividade de Campo (ICC). Para a análise da conectividade em escala de bacia, o modelo digital de elevação utilizado foi o NASADEM, com resolução espacial de 30 m, e obtidas um total de cinquenta e uma imagens Landsat da área entre os anos de 2014 a 2023. A partir do resultado gerado através do processamento das imagens Landsat para a aplicação do NDVI, o os valores médios de cada imagem permitiram o agrupamento em quatro cenários de vegetação: densidade muito baixa, densidade baixa, densidade média e densidade alta. Os mapas de vegetação serviram de base para o fator C usado no mapeamento da conectividade estrutural de água e sedimentos, indicando uma alta variabilidade da densidade da biomassa em cada cenário e apresentando diferentes respostas em relação à chuva antecedente acumulada. Já os mapas de conectividade apontam para uma conectividade mais alta nos cenários muito seco e seco, moderada no cenário médio e mais baixa no cenário úmido. Para a análise da conectividade em encosta, foram selecionados três trechos fluviais (T1, T2 e T3), dos quais foram obtidos dados de modelo digital de elevação com resolução de 0,2 m e imagens RGB através do uso de drone em três períodos diferentes (C1, C2 e C3), gerando um total de nove ortofomosaicos. Os ortofotomosaicos serviram de base para a aplicação do VIgreen em todos os trechos e períodos analisados, resultando na elaboração dos mapas de vegetação, que consequentemente foram aproveitados no fator C para a aplicação do IC. Os resultados mostraram que em todos os trechos – sobretudo, no T2 – o C2 foi o período com maior densidade da cobertura vegetal, como também o período em que a conectividade se mostrou mais baixa, havendo uma forte correlação com a chuva, visto que no C2 os valores de chuva antecedente acumulada resultaram em 249,2 mm para 90 dias e 260,6 mm para 120 dias, ou seja, valores que são considerados para um cenário úmido na região. No tocante à validação, os valores obtidos através do ICC em quatro pontos selecionados foram comparados com os valores do IC nas duas escalas de análise, onde os valores coincidiram em todos os índices para uma conectividade mais alta nos pontos T1B e T2B, além de demonstrar coerência com as evidências observadas em campo. De forma geral, as análises da conectividade de sedimentos na Bacia Riacho do Tigre demonstrou ser mais baixa em áreas com cobertura vegetal densa, reduzindo a intensidade do escoamento superficial e dos processos erosivos, sendo esse um aspecto importante para a preservação e manutenção dos ambientes fluviais semiáridos. Os dados e informações obtidos nesta pesquisa são pertinentes para o entendimento da conectividade em diferentes ambientes fluviais, podendo contribuir com futuras avaliações para a conectividade funcional da Bacia Riacho do Tigre, fundamentais para o gerenciamento ambiental em múltiplas escalas espaciais e temporais, como também para a otimização do manejo do solo e dos meios de subsistência em terras agrícolas do semiárido brasileiro.
  • JOÃO ANTERIO DE AGUIAR LEAL
  • O ESPAÇO AGRÁRIO DE GADO BRAVO – PB: A ORGANIZAÇÃO DA PRODUÇÃO AGROPECUÁRIA NAS UNIDADES CAMPONESAS
  • Data: 28/02/2024
  • Hora: 10:00
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  • A agropecuária é o setor da economia que congrega o conjunto das unidades produtivas que exercem suas atividades em processos ligados diretamente à natureza. A atividade se destaca em diversas perspectivas ao longo dos séculos: Econômico, ainda que atualmente o setor agropecuário represente uma pequena parcela do Produto Interno Bruto (PIB) nacional; Histórico, uma vez que foi importante no processo de formação de diversas localidades e regiões, além de contribuir para o processo de expansão territorial do Brasil; Social, levando em consideração a geração de emprego no meio rural, além de favorecer a permanência do homem no campo. Para além disso, é a atividade agropecuária a grande responsável por alimentar a população brasileira, sobretudo quando se fala em agricultura familiar. Dessa forma, o objetivo central da pesquisa é compreender a organização produtiva da agropecuária nas propriedades camponesas do município de Gado Bravo, considerando o local em questão um ponto de análise interessante para entender o contexto global da atividade agropecuária sob a ótica da produção camponesa a partir de uma engrenagem micro. Assim, estruturamos o trabalho em três grandes momentos: no primeiro apresentamos um referencial teórico que julgamos importante como forma de entender o contexto geral do objeto de estudo. Em seguida, nos propomos a analisar o espaço agrário gadobravense de forma mais generalizada, abordando questões que vão além da atividade agropecuária. Por fim, no terceiro momento nos debruçamos sobre aspectos que permeiam a produção agropecuária local. Para tanto, utilizamos como procedimentos metodológicos a revisão bibliográfica, o levantamento de dados estatísticos e o estudo de campo em Gado Bravo, com realização de entrevistas. Após a análise podemos concluir que município de Gado Bravo constitui um caso particular na realidade estadual pela importância que ainda tem o seu espaço agrário na dinâmica socioeconômica, caracterizada pelo baixo nível de concentração da propriedade fundiária, pela capacidade de retenção de sua população no campo, pelo peso da produção camponesa no segmento primário municipal.
  • ROSÂNGELA PALHANO RAMALHO
  • A ECONOMIA SOLIDÁRIA COMO ESTRATÉGIA DE RESISTÊNCIA AO CAPITAL: CONSIDERAÇÕES SOBRE AS EXPERIÊNCIAS DA AGRICULTURA FAMILIAR NA PARAÍBA
  • Data: 27/02/2024
  • Hora: 14:30
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  • A economia solidária corresponde ao conjunto de iniciativas de produção, comercialização, consumo, crédito e de serviços, que funciona embasado nos princípios da cooperação, autogestão e solidariedade. O alcance dos objetivos econômicos é buscado através do fortalecimento dos laços pessoais, da melhoria das condições de vida de quem trabalha e do cuidado com o meio ambiente. No atual sistema de produção, as relações de trabalho são moldadas para garantir a aquisição do lucro, logo, o modo de produção capitalista determina a formação dos territórios. Nessa perspectiva, pode-se conceber a formação e a transformação socioespacial fundamentadas na constituição de redes solidárias de produção e distribuição. No Brasil, a partir da década de 1980, registra-se um avanço significativo da economia solidária. Sua disseminação resultou na criação de uma estrutura institucional pública que consolidou as pautas do movimento de economia solidária no país, direcionando políticas públicas e dando a atividade, visibilidade e relevância. A Secretaria Nacional de Economia Solidária diagnosticou a economia solidária no Brasil realizando dois mapeamentos. Pôde-se verificar que os empreendimentos econômicos solidários estão em quase metade dos municípios brasileiros, envolvem mais de 1,4 milhão de trabalhadores e que a maioria das iniciativas se encontra na Região Nordeste e atua em áreas rurais. Na Paraíba, as iniciativas solidárias são, predominantemente, da agricultura familiar, setor vital para a produção agrícola nacional, para a segurança alimentar do país e para a formação dos territórios camponeses. Neste sentido, este trabalho buscou compreender como as práticas solidárias adotadas pelo segmento da agricultura familiar paraibana têm transformado os territórios locais e contribuído para a estratégia de resistência à acumulação capitalista. Para alcançar este objetivo, foi realizado minucioso levantamento bibliográfico, documental e uma pesquisa de campo composta por entrevistas semiestruturadas com gestores públicos que executam as políticas públicas de economia solidária na Paraíba e com agricultores familiares. Os resultados mostram que a economia solidária permanece como um conceito em construção, com consensos e divergências em nível teórico e prático. Em relação às políticas públicas para a economia solidária, houve entre os anos de 2016 a 2022, um retrocesso causado pelo desmonte do aparato público nacional de apoio às práticas solidárias, que passou a ser restabelecido em 2023. Na Paraíba, os instrumentos de ação foram mantidos e a secretaria responsável pela pauta da economia solidária ampliou o número de equipamentos públicos de apoio. Para a agricultura familiar, permanece a execução do Programa de Aquisição de Alimentos na forma de Compras com Doação Simultânea, além das compras emergenciais e institucionais e apoio às feiras agroecológicas. Concluiu-se também que, tanto a economia solidária quanto a agricultura familiar adotam estratégias de resistência, e a busca pela emancipação a partir do trabalho e da produção agroecológica são exemplos práticos de contestação à forma capitalista de reprodução da sobrevivência. Por fim, nas falas dos sujeitos da pesquisa percebe-se que os mesmos reconhecem não só a relevância da atividade que executam, mas também o lugar social que ocupam, elementos que denotam a luta e a resistência presentes no processo de reprodução camponesa
  • ELÂNIA DANIELE SILVA ARAÚJO
  • REGIMES DE PRECIPITAÇÃO E DINÂMICA DA VEGETAÇÃO EM DIFERENTES CONTEXTOS GEOLÓGICO-GEOMORFOLÓGICOS EM AMBIENTE TROPICAL SEMIÁRIDO – CAATINGA NO ALTO SERTÃO PARAIBANO
  • Orientador : JONAS OTAVIANO PRACA DE SOUZA
  • Data: 27/02/2024
  • Hora: 14:00
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  • As regiões semiáridas tropicais se caracterizam pela sazonalidade das chuvas que alternam entre períodos secos e chuvosos. Assim, a vegetação nessas áreas desenvolveu adaptações que se ajustam a esse ciclo sazonal. A sazonalidade climática, especialmente da precipitação, influencia a sazonalidade da vegetação, fazendo com que, o ciclo de crescimento anual da vegetação tenha relação direta com a precipitação. Além da precipitação, a sazonalidade da vegetação dependerá de outros fatores, como: características litológicas, topográficas, dos tipos de arranjos vegetais, propriedades do solo, ou a combinação desses fatores. As Florestas Tropicais Sazonalmente Secas - FTSS, apresentam um padrão típico do ciclo fenológico anual, com valores influenciados pelo ciclo de chuvas e que são delimitados pelos parâmetros fenológicos de início e fim da estação chuvosa. O estudo da correlação entre dinâmica dessa vegetação e a precipitação é de suma importância, pois permitirá a identificação do período de maior influência da precipitação em seu comportamento. Assim, o objetivo desta pesquisa é entender o comportamento dos arranjos de vegetação de Caatinga em diferentes contextos geológico-geomorfológicos do Alto Sertão da Paraíba, a partir da sua correlação com os dados pluviométricos. Dentre os procedimentos metodológicos utilizados destaca-se a obtenção dos dados litológicos, topográficos, de precipitação e vegetação, utilizando imagens de satélite e o Índice de Vegetação por Diferença Normalizada – IVDN. Como base para as análises, foram consideradas as áreas classificadas como vegetação nativa pelo Mapbiomas próximas a postos pluviométricos. Realizaram-se análises estatísticas utilizando a clusterização, correlação de Pearson e Regressão Linear simples, entre os dados do IVDN e os acumulados de precipitação, nos diferentes contextos geológico-geomorfológicos. Identificou-se que as áreas com arranjos vegetais preservados apresentaram as maiores médias de IVDN. Essas áreas estavam principalmente inseridas em litologia de complexos granitoides, com altitudes e declividades mais elevadas. As áreas mais degradadas apresentaram as menores médias de IVDN. Foram áreas predominantemente com altitudes e declividades médias e baixas, maioria de litologia metassedimentar e areia/arenito. Foram feitas quatro clusterizações, com dados geológico-geomorfológicos, de precipitação e de vegetação, de forma separada, e uma que abarcou todas essas variáveis juntas. As clusterizações se mostraram eficazes e permitiram identificar áreas com comportamentos próximos e distintos da vegetação, a partir das diversas variáveis utilizadas. As quatro clusterizações expressaram o comportamento da vegetação em cenários diferentes, os agrupamentos feitos com as variáveis separadamente, apresentaram uma maior homogeneidade entre as áreas, já o agrupamento que levou em consideração todas as variáveis juntas mostrou uma variação maior, principalmente com relação as altitudes, declividades e litologias. A relação entre a precipitação e a vegetação se mostrou indissociável e essa foi a variável que mais mostrou influência no comportamento da Caatinga. A maioria das áreas degradadas apresentaram uma resposta mais rápida a precipitação acumulada, enquanto as áreas com maior diversidade e com as maiores médias de IVDN, tiveram uma resposta mais alongada. Os valores de R² foram maiores nas clusterizações em que as variáveis foram usadas de forma separada. Já para aquela que envolvia todas as variáveis, os valores foram menores. As regressões mostraram que é possível prever o comportamento sazonal da vegetação de Caatinga. No entanto, são necessárias pesquisas futuras que aprimorem os modelos de regressão e testem outros modelos, buscando melhorar as previsões para as FTSS em cenários geológico-geomorfológicos distintos. Isso porque essas variáveis são importantes e influenciam no comportamento da vegetação, mas estatisticamente elas diminuem a precisão dos modelos. São necessários estudos mais aprofundados que possam aliar os dados fenológicos e fitossociológicos aos dados estimados por sensores, para que haja um melhor entendimento do comportamento sazonal das FTSS.
  • ERICKA ARAUJO SANTOS
  • A INFLUÊNCIA DA VARIABILIDADE PLUVIAL NA AGRICULTURA IRRIGADA NAS VÁRZEAS DE SOUSA/PB
  • Orientador : DAISY BESERRA LUCENA
  • Data: 27/02/2024
  • Hora: 14:00
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  • O Perímetro Irrigado das Várzeas de Sousa (PIVAS) está situado entre as cidades de Aparecida/PB e Sousa/PB, o abastecimento hídrico é realizado a partir do Canal da Redenção e do Complexo Curema/Mãe d´ Água, reservatórios esses que compõem a sub-bacia do Piancó. Destaca-se, que essa conjuntura agrícola e pluvial está integrada na região do Alto Sertão e no Semiárido paraibano, regiões com grande variabilidade pluvial, porém, com as adaptações adequadas, com forte potencial para o desenvolvimento agro econômico, visto que essas duas variáveis estão, comumente, interligadas e que, popularmente, é dito que o Semiárido apresenta predisposição climática que motiva os colapsos sociais e econômicos. Esta pesquisa averiguou as relações existentes entre os mecanismos de chuvas (ENOS e Dipolo), as variáveis hídricas e a produtividade de coco verde e banana pacovan no PIVAS. Para realização da análise este estudo utilizou dados pluviais entre 1994 e 2022, ocorrências dos fenômenos El Niño Oscilação Sul e Dipolo do Atlântico Tropical, quantitativo de produção agrícola de dois frutos para o recorte temporal de 2012 a 2022. Após compilados, os valores passaram por estatística descritiva, técnica dos Quantis, Correlação Linear Simples e Coeficiente de Pearson. Verificou-se que as chuvas na sub-bacia do Piancó apresentam relação moderada com o volume do Complexo Curema/Mãe d´Água. No caso do quantitativo dos Açudes Curema e Mãe d´Água e a produção de coco verde e banana pacovan no PIVAS a interligação foi moderada, já a produtividade dos dois frutos e o regime pluvial dos municípios da Sub-Bacia, esses comportaram-se em níveis muito fracos para interferências. Frente a isso, é importante frisar que apenas os elementos climáticos, por si só, não são responsáveis pela elevação ou redução das atividades agrícolas no PIVAS, portanto evidencia-se a existência de outras variáveis de influência, podemos citar planejamento flexível, divisão das terras/lotes, investimentos financeiros, insumos, ferramentas, técnicas utilizadas, ações antrópicas no ambiente e questões políticas, sendo assim, interferências humanas movidas pelo sistema capitalista de mercado.
  • JADIEL LUCAS ALVES DE ANDRADE
  • O CIRCUITO INFERIOR DA ECONOMIA URBANA E A REFUNCIONALIZAÇÃO DOS FIXOS GEOGRÁFICOS NO ENTORNO DA FEIRA CENTRAL DE CAMPINA GRANDE - PB
  • Orientador : ANIERES BARBOSA DA SILVA
  • Data: 27/02/2024
  • Hora: 09:00
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  • No presente trabalho, buscamos realizar uma análise sobre as implicações espaciais do circuito inferior da economia urbana em algumas ruas que circundam a feira central da cidade de Campina Grande - PB, no período atual. Nosso olhar não se direciona para o mercado da feira, mas sim, aos pequenos estabelecimentos que se aglomeram no seu entorno e exigem um grau mínimo de organização para a sua realização e reprodução. Tais estabelecimentos acolhem em sua grande maioria os conteúdos e atividades ligados ao circuito inferior e estão situados em um recorte que, dentro da modernização seletiva inerente à cidade capitalista moderna, não foi atingido pelas recentes modernizações do atual sistema técnico que chegam à Campina Grande. Desse modo são ruas onde o meio construído foi sendo paulatinamente desvalorizado e se constitui hoje, como um interstício entre as áreas de modernização recente, e por isso, “foco” de atividades pouco capitalizadas. Do ponto de vista do método nos fundamentamos na ideia proposta por Maria Laura Silveira de que a cidade é uma totalidade que se constitui por duas áreas distintas de mercado, o que aponta necessariamente para uma divisão territorial do trabalho endógena à cidade (ou como coloca Milton Santos, uma economia política da cidade) onde os agentes, a depender de sua força técnica e volumes de capitais usam o território diferentemente, seja como recurso ou como abrigo. Do ponto de vista empírico realizamos um trabalho de campo a fim de apreender as especificidades do circuito inferior nestas ruas – tendo como horizonte os elementos que distinguem os circuitos: capital, tecnologia e organização das atividades – e como estas atividades adentram pouco a pouco formas pretéritas, refuncionalizando-as. Os resultados a que chegamos evidenciam que as formas e funções do circuito inferior são diversas, formando um híbrido entre o que Milton Santos (2008) diferenciou entre circuito inferior central e circuito inferior residencial, e que, ali se instalam por força da centralidade da feira central. Outro fato é que estes estabelecimentos apesar dos vetores frenéticos da globalização que chegam à urbe, não acolhem em sua totalidade as inovações do período atual, mostram-se por vezes ainda muito próximos da realidade esboçada por Santos (1977) há quarenta anos. Portanto, buscar entender o fato urbano em sua profunda segmentação pela teoria dos circuitos significa pensar como os pobres encontram lugar e força para existir.
  • MAYANNE GOMES DA SILVA
  • A FORMAÇÃO INICIAL DO PROFESSOR DE GEOGRAFIA NA UFPB: O OLHAR DOS EGRESSOS SOBRE O CURRÍCULO DE 2016
  • Orientador : LENILTON FRANCISCO DE ASSIS
  • Data: 27/02/2024
  • Hora: 09:00
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  • A formação de professores se tornou pauta nos debates políticos e acadêmicos diante das várias políticas destinadas às reformas curriculares dos cursos de licenciaturas, tais como as promovidas pelas Diretrizes Curriculares Nacionais (DCN) de 2002. Diante desse cenário, o curso de Geografia da Universidade Federal da Paraíba (UFPB) que, até então, formava professores de modo complementar à formação de geógrafos bacharéis, passou por uma reforma curricular que culminou com a criação independente do Projeto Pedagógico do Curso (PPC) de Licenciatura em 2016. O novo PPC apresenta bons avanços formativos na sua estrutura curricular como a oferta do componente Metodologia do Ensino em Geografia, as Práticas como Componentes Curriculares e a ampliação dos Estágios Supervisionados de Ensino. Porém, o currículo prescrito é recontextualizado e transformado pelos sujeitos envolvidos nos processos formativos em currículo praticado, nem sempre atingindo as metas formativas designadas nos documentos oficiais. Nesse sentido, o objetivo do trabalho foi analisar a formação inicial do professor de Geografia na UFPB a partir do olhar dos egressos sobre o currículo de 2016. Para tanto, considera-se que a formação inicial de professores é o momento da construção de uma base sólida de conhecimentos a partir da articulação teoria-prática que possibilita a reflexão-ação-reflexão da prática profissional. A investigação seguiu a abordagem qualitativa para a pesquisa em educação do tipo estudo de caso. Adotou os seguintes procedimentos metodológicos: análise bibliográfica e documental; aplicação de questionários; e realização de entrevistas semiestruturadas com os egressos do currículo de 2016 que constituíram os sujeitos da pesquisa. A análise de conteúdo foi a técnica utilizada para a sistematização e inferência dos dados e informações que produziram os resultados. Desse modo, o olhar dos egressos sobre o currículo revelou mudanças e permanências, avanços e problemas na formação inicial do professor de Geografia da UFPB.
  • GABRIEL VIDAL NASCIMENTO
  • MUNDOS HÍBRIDOS – UM ESTUDO DAS IMAGINAÇÕES GEOGRÁFICAS CONTEMPORÂNEAS
  • Orientador : CARLOS AUGUSTO DE AMORIM CARDOSO
  • Data: 26/02/2024
  • Hora: 15:00
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  • O modo como imaginamos geograficamente o mundo importa. As imaginações geográficas (Massey, 2008, 2017) moldam nossas relações (cosmo)políticas com os entes humanos e não-humanos. A modernidade ocidental capitalista produziu um modo geográfico de imaginar o mundo a partir do dualismo antagônico sociedade/natureza, que está implicado na crise ambiental e civilizacional contemporânea. Contudo, os eventos ecológicos e políticos ocorridos, sobretudo, a partir da segunda metade do século 20 questionaram de modo explícito e dramático tal separação e denunciaram as práticas violentas envoltas nesse abismo entre sociedade e natureza. Nesse contexto, abriu-se espaço para a constituição de uma imaginação geográfica híbrida que concebe um mundo formado a partir da composição indissociável de humanos e não-humanos, ou ainda, em outra fórmula, a hibridização de natureza e cultura. O fito central dessa pesquisa é refletir acerca dessa imaginação geográfica a partir da questão ambiental. Objetivamos também contribuir com o seu delineamento teórico a partir de uma concepção relacional dos ambientes como composições interativas de artifícios e artífices humanos e não-humanos em múltiplas escalas.
  • JOANNA CÉLIA RODRIGUES OLIVEIRA
  • DESIGUALDADES SOCIOESPACIAIS E EXPANSÃO URBANA EM PETROLINA/PE: UMA ANÁLISE A PARTIR DA MORFOLOGIA URBANA
  • Orientador : ALEXANDRE SABINO DO NASCIMENTO
  • Data: 26/02/2024
  • Hora: 09:00
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  • O espaço urbano contemporâneo brasileiro apresenta, atualmente, características que representam um novo conteúdo, este, calcado no processo de mundialização que, por sua vez, redefine o papel das cidades médias acrescentando a elas, uma importância para a consolidação econômica que ultrapassa o âmbito local/regional. Nesse contexto, a produção do espaço urbano apresenta, a partir da análise da sua morfologia – nessa pesquisa compreendida enquanto a junção da forma e do conteúdo urbano – características que apontam para uma fragmentação do espaço que pode ser apreendida a partir das suas desigualdades socioespaciais, que adquirem propriedades únicas diante do contexto de cidades ligadas à produção do agronegócio. Tais contradições são o resultado da ação de diferentes agentes produtores do espaço que atuam a partir dos seus interesses, que apresentam a dialética criada entre o valor de uso e o valor de troca, no contexto do capitalismo financeiro. Nesse sentido, a presente pesquisa tem como objetivo analisar as desigualdades socioespaciais na cidade média de Petrolina (PE), aqui entendida sob o olhar da morfologia urbana. O método de análise escolhido é o materialismo histórico-dialético, porque possibilita compreender a realidade em suas múltiplas determinações, com o objetivo de alcançar a concretude. As técnicas de análise distribuem-se em: I – levantamento bibliográfico teórico das principais categorias de análise aqui mobilizadas, a saber: a produção do espaço urbano; morfologia urbana; desigualdade urbana; habitações de interesse social; empreendimentos residenciais fechados; as periferias. II – Levantamentos de dados a partir da consulta aos órgãos públicos municipais da cidade de Petrolina (PE); bem como do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE); por fim, a busca por notícias de sites e empresas locais e regionais; III – Trabalhos de campo realizados na cidade de Petrolina. As análises demonstraram que a expansão urbana da cidade de Petrolina (PE), realiza-se a medida em que aprofunda diferentes formas de desigualdade, beneficiando, nesse processo, os interesses do mercado imobiliário em articulação com o poder público e à revelia das pessoas com baixo poder aquisitivo.
  • JOANNA LUÍSA BARROS DOS SANTOS
  • O LÚDICO NA GEOGRAFIA: a produção sobre jogo no séc. XXI
  • Data: 26/02/2024
  • Hora: 09:00
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  • Explorar a educação geográfica toca diversas subáreas, como formação docente, saberes e práticas, teorias e metodologias, e a história da geografia escolar e acadêmica. Nesse universo temático, a Educação Lúdica e a aprendizagem baseada em jogos aparecem como alternativa para renovar e diversificar os métodos de ensino de Geografia, abordados tanto da esfera metodológica quanto de recursos didáticos. A temática da presente pesquisa se relaciona diretamente com a Geografia, pois analisa a produção acadêmica que une Educação Lúdica à Educação Geográfica ao longo das duas primeiras décadas do século corrente, através do jogo. Esta pesquisa bibliográfica, de caráter quantitativo, teve como objetivo geral mapear teses e dissertações produzidas no Brasil de 2001 a 2020, com foco na discussão sobre Educação Lúdica por meio do jogo relacionado à Geografia. Os objetivos específicos envolveram a revisão de teorias e conceitos, contextualização do período e a análise de elementos dos textos levantados. Utilizando procedimentos de revisão em referenciais teóricos e conceituais, juntamente com um mapeamento sistemático em teses e dissertações, a pesquisa revelou a crescente no volume de textos na segunda década do período, com 2019 sendo o ano mais prolífico em publicações. A distribuição geográfica das obras mostrou uma predominância no eixo Sudeste-Sul, com ausência de documentos para a região Norte. As palavras-chave evidenciaram a conexão com a Geografia, cartografia, tecnologias e ensino, refletindo uma interpretação multifacetada do jogo. Quanto aos perfis de abordagem, os mais recorrentes foram reflexão teórica, criação de jogos, relato de uso de jogos e avaliação de jogos, sendo a maioria dos documentos caracterizada em perfis mistos com mais de uma abordagem. Esses resultados proporcionam uma compreensão abrangente da produção acadêmica sobre Educação Lúdica e jogos relacionados à Geografia no contexto brasileiro.
  • JOÃO EMERSON CUNHA SILVA
  • TRAJETÓRIAS EPISTEMOLÓGICAS DA GEOGRAFIA: UMA ANÁLISE DO CONCEITO DE TERRITÓRIO NOS ESTUDOS AGRÁRIOS SOBRE POVOS E COMUNIDADES TRADICIONAIS
  • Orientador : AMANDA CHRISTINNE NASCIMENTO MARQUES
  • Data: 21/02/2024
  • Hora: 09:00
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  • A história da geografia evidencia que os trajetos seguidos pelo conceito de território, ao longo da produção científica em geografia, são marcados por alternâncias, enquanto em determinadas fases de sua história o referido conceito perdeu terreno para conceitos mais tradicionais, em outras, assumiu centralidade no desenvolvimento de pesquisas nesse campo do saber. No que diz respeito à geografia agrária e suas relações com o conceito de território, é evidente o fortalecimento do conceito a partir de estudos da geografia crítica nos anos 1970/1980 e dos estudos culturais, notadamente a partir dos anos 1990, situação que contrasta com o pouco espaço que o conceito obteve nas fases clássica e teorético-quantitativa dos estudos agrários. Nesse contexto, a pesquisa tem o propósito de compreender as abordagens do conceito de território nos estudos agrários sobre povos e comunidades tradicionais, tendo como recorte bibliográfico selecionado os anais do Simpósio Internacional de Geografia Agrária (2003-2019). A fim de lastrearmos teoricamente os caminhos para o alcance desse objetivo, fundamentamo-nos, no âmbito do estudo da história da geografia, a partir do pensamento de autores como Claval (2014a), Moreira (2015) e Andrade (2008), já em relação ao conceito de território, os aportes teóricos são compostos por autores como Haesbaert (2019), Saquet (2020), Almeida (2005) e Andrade (2004). Na perspectiva metodológica, como nossa pesquisa lida diretamente com textos produzidos e publicados em eventos da área da geografia, optamos pela utilização da análise de conteúdo, especificamente a discutida por Bardin (2022). Por fim, constatamos, no âmbito dos resultados da pesquisa, uma ampla variedade de abordagens territoriais detectadas ao longo do recorte bibliográfico pesquisado, que totalizam mais de uma centena de definições do que constitui o conceito de território. Além disso, verificamos o fortalecimento das temáticas referentes a indígenas e quilombolas, as quais se expressaram pelo aumento do número de pesquisas sobre esses povos ao longo dos anais dos SINGA.
  • LENIRA LINS DA SILVA
  • TERRITÓRIO E EDUCAÇÃO NO/DO CAMPO: UM OLHAR SOBRE O ENSINO DE GEOGRAFIA NA ESCOLA DO ASSENTAMENTO DE REFORMA AGRÁRIA TIRADENTES/PB
  • Orientador : AMANDA CHRISTINNE NASCIMENTO MARQUES
  • Data: 07/02/2024
  • Hora: 14:00
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  • A educação no/do campo é uma dimensão da questão agrária que se apresenta complexamente no cenário atual. Observamos que a escola do campo assume um papel importante na constituição de uma identidade territorial em que os sujeitos constroem seus fazeres e saberes locais, sendo espaço de construção coletiva. Dessa forma, a educação no/do campo e as escolas do campo são resultados da territorialização do campesinato no campo das políticas públicas. Partindo deste aspecto, evidenciamos que essa modalidade de ensino é um paradigma em disputa, pois, se por um lado, é parte das reivindicações dos povos camponeses, por outro, as políticas educacionais são construídas para e sem o povo campesino. Buscamos nesta pesquisa, analisar as práticas pedagógicas desenvolvidas na disciplina de Geografia na perspectiva da dimensão do território e dos fundamentos da educação no/do campo, na escola do assentamento Tiradentes, Mari – PB. o estudo parte de uma abordagem dialética e fenomenológica, que permitiu refletir sobre as representações materiais e simbólicas nesse território. A rigor, para adentramos nas discussões recorremos aos pressupostos teóricos de autores como Raffestin (1993), Haesbaert (2007), Bauman (2005), Hall (2005) e Almeida (2008), Leite (1999), Saviani (2013), Freire (1984), Caldart (2012), Molina (2014), Arroyo (2013, 2017) e Fernandes (1999). Em relação a coleta de informações utilizamos diferentes procedimentos metodológicos, tais como: pesquisa bibliográfica, pesquisa documental e pesquisas de campo. Esta última, permitiu a realização de entrevistas, observações e oficinas voltadas a produção de mapas mentais. Os resultados demonstram que a educação no/do campo é um processo em construção, na escola Tiradentes e apesar dos desafios, a unidade vem propondo um ensino de Geografia contextualizado com a realidade e identidade territorial local. Esclarecemos que as demandas institucionais e a falta de formação docente influenciam no desenvolvimento de práticas pedagógicas correlacionadas com as vivências e práticas do cotidiano, tornando-se um dos principais imbróglios, porém, a escola se coloca em luta e resistência ao propor um currículo escolar diferenciado, presente na organização do PPP. Evidenciamos a Geografia enquanto possibilidade de refletimos a dimensão do vivido na relação entre escola e território, no qual proporciona questionamentos, proposições e troca de saberes. Por fim, a pesquisa realizada, identificou que na escola Tiradentes, o ensino de Geografia é uma ponte para os discentes pensarem sua existência, resistência e rememorar do processo de luta que originou o seu território e a escola, entretanto, ainda requer um repensar e um olhar reflexivo sobre a prática pedagógica na disciplina de Geografia, no sentido de buscar fortalecer a educação no e do campo e a identidade territorial local.
  • WÉRIKA SOUZA MATOS
  • O IMPACTO DO PISF NA DINÂMICA E ESTRUTURA HIDROGEOMORFOLÓGICA DE RIOS NÃO PERENES EM PERNAMBUCO
  • Orientador : JONAS OTAVIANO PRACA DE SOUZA
  • Data: 06/02/2024
  • Hora: 16:00
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  • Grande parte dos rios do semiárido são não perenes, em conjunto com a associação da irregularidade das chuvas e as altas taxas de evapotranspiração, contribuem para o aumento do risco de déficit hídrico na região. Diante do contexto, o governo busca desenvolver modelos de gestão hídrica para lidar com a escassez hídrica que atinge a região, entre essas medidas, surgiu o projeto de transferência da água do rio São Francisco, o PISF. Contudo, uma obra de transposição de tamanho porte gera impactos ambientais, entre eles, o impacto direto e indireto nos rios que foram cortados pela obra. Neste sentido, a pesquisa objetiva apontar o impacto hidrogeomorfológico do PISF na dinâmica e estrutura hidrogeomorfológica de rios não perenes em Pernambuco. Os procedimentos metodológicos para o desenvolvimento da pesquisa foram realizados com base em 5 etapas. Que são, a análise documental, mapeamentos temáticos, identificação e espacialização dos rios impactados e estruturas construídas, classificação fluvial dos trechos impactados e a identificação das mudanças hidrogeomorfológicas nos trechos impactados. Foram identificados dez tipos de estruturas diferentes, com base nessas identificações apontou-se que os diferentes tipos de estruturas impactam os canais de maneira mais intensa que outras. Estrutura como as barragens de comporta, barramentos e comporta de saída de barramento, possuem impactos mais diretos sobre os canais, pois haverá maior deposição de carga sólida, redução na velocidade da água, ocorrência de inundações, processos de assoreamento, processos de erosão, entre outros. A partir da análise mais aprofundada de 4 trechos representativos, foi possível identificar impactos como, retenção de fluxo dos canais, constrição do canal, e áreas com acúmulo de carga sólida nos canais.
2023
Descrição
  • FÁBIO PEREIRA DOS SANTOS
  • ATIVIDADE MANDIOQUEIRA EM BREJO DE ALTITUDE: O CASO DO MUNICÍPIO DE ÁGUA BRANCA NO ALTO SERTÃO DE ALAGOAS
  • Data: 21/12/2023
  • Hora: 09:00
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  • A mandioca (Manihot Esculenta Crantz) é cultivada por pequenos agricultores camponeses em mais de 100 países tropicais e subtropicais no mundo. Sua adaptabilidade a condições diversas de climas, solos, tolerância a seca e ataques esporádicos de pragas, faz da mandioca uma alternativa produtiva viável para países em desenvolvimento. Segundo a FAO (2013), as raízes da mandioca são ricas em carboidratos, o que as torna uma excedente fonte de energia. Esse tubérculo alimenta cerca de 1 bilhão de pessoas no mundo, especialmente nos países de renda mais baixa. Os usos atribuídos à mandioca são diversos: na alimentação humana, na alimentação animal e na indústria. Este trabalho tem como principal objetivo estudar o espaço agrário de Água Branca-AL de modo a compreender os diversos aspectos que configuram o processo de territorialização da atividade mandioqueira municipal. Para fundamentar a análise do trabalho adotou-se o método histórico dialético. Foram utilizados diferentes procedimentos metodológicos: pesquisa bibliográfica, levantamento de dados secundários e a pesquisa de campo. Esta última comportou o reconhecimento da área de estudo, a realização de entrevistas com camponeses produtores de mandioca, com proprietários de casas de farinha e com atravessadores, além do registro fotográfico, inclusive com o uso de drones. A dissertação está estruturada em quatro capítulos e as considerações finais. O primeiro capítulo trata das questões teóricas que nortearam nossa pesquisa, utilizamos dois conceitos principais, a saber: espaço e território. No segundo capítulo, abordamos a formação territorial do Estado de Alagoas, do Alto Sertão e do município de Água Branca, também realizamos a caracterização geral do município de Água Branca-AL, apresentando dados socioeconômicos e também físicos. Resgatamos o processo histórico de ocupação desse espaço, buscamos ressaltar a impotência dos povos indígenas e quilombolas na formação desse território. O terceiro capítulo é dedicado às discussões sobre o campesinato e sobre a atividade mandioqueira desenvolvida em Água Branca-AL. Buscamos através de autores clássicos e também contemporâneos situar o que é campesinato, e também sua importância no campo atualmente. No quarto capítulo, são apresentados dos dados da pesquisa. Iniciamos com uma caracterização geral do território pesquisado (Serra do Cavalo e Preguiçoso) para isso apresentamos os dados socioeconômicos, bem como, analisamos o perfil das unidades camponesas de produção e o perfil dos camponeses que se dedicam a atividade mandioqueira. Em seguida analisamos o processo de produção e comercialização da farinha de mandioca. Por fim, analisamos as técnicas e tecnologias empregadas na produção camponesa da farinha de mandioca. Constatou-se que houve uma tímida modernização da atividade mandioqueira em Água Branca-AL, todavia, insuficiente para aumento do cultivo e processamento em farinha, ocasionado a migração sazonal dos produtores camponeses para os canaviais no sul de Alagoas e Sergipe e também para a colheita de café na região Sudeste. A pesquisa realizada mostrou o papel do campesinato no espaço agrário de Água Branca e como a atividade mandioqueira tem sido fundamental para a permanência dessa forma de organização social e produtiva.
  • JOÃO PAULO MEDEIROS DA CUNHA
  • A ESCOLA EM TEMPO INTEGRAL E CURRÍCULO POTIGUAR PARA O ENSINO MÉDIO: PERSPECTIVAS A PARTIR DA VISÃO DE DOCENTES DA GEOGRAFIA
  • Data: 20/12/2023
  • Hora: 15:00
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  • A demanda por uma educação pública de qualidade, que solucionasse o fracasso escolar brasileiro, foi intensificada na última década do século XX, desencadeando a elaboração de políticas educacionais que vem sendo influenciada por uma agenda global, protagonizada pelos principais Organismos Internacionais e pela participação da iniciativa privada, a qual passou a enxergar na educação pública possibilidades lucrativas. A educação de tempo integral encontra-se, nesse contexto, descrita e passa a fazer parte das reformas se efetivando na legislação brasileira, sendo citada pela primeira vez na LDB 9.394/96, passando a compor as metas do PNE 2001-2010 e PNE 2001-2010, e avigorado pela Medida Provisória N 746, que estabeleceu a Política de Fortalecimento à Implementação de Escolas de Ensino Médio em Tempo Integral, sancionada pela Lei N 13.415, de 16 de fevereiro de 2017. Essa articulação desencadeou o aceleramento da implantação da Educação em tempo Integral em alguns Estados do país. O Estado do Rio Grande do Norte, nosso foco neste estudo, corroborou a política de implantação da Educação Integral no Ensino Médio por meio de seu Plano Estadual de Educação. Diante disso foi sentida a necessidade de acompanhar e analisar de que modo o tempo integral seria articulado ao Novo Ensino Médio. Diante do objeto de estudo, tem-se como objetivo geral analisar o processo de implementação do tempo integral e do currículo a partir das percepções de professores de Geografia das escolas estaduais de Ensino Médio de Natal/RN. A fim de cumpri-lo, ficaram delimitados mais três objetivos específicos: elencar experiências históricas de educação em tempo integral no Brasil; analisar que mudanças esse modelo e o currículo do tempo integral promovem na rotina de trabalho de docentes; e identificar de que forma a implementação implica nas práticas de docentes da Geografia nos Componentes Eletivos. Para alcançá-los, a pesquisa fundamentou-se na abordagem qualitativa para geração e interpretação dos dados, adotando como instrumentos a entrevista semiestruturada e a observação direta. Foi adotada também, em algumas etapas, a pesquisa documental. Consideramos, por fim, que este trabalho se justifica por sua contribuição para a compreensão do modo como tem se dado a implantação do tempo integral em escolas públicas do RN, valorizando a perspectiva de docentes da Geografia. Nesse sentido, percebe-se que o ensino em tempo integral não tem sido elaborado de acordo com a realidade brasileira e os obstáculos existentes, uma vez que desconsidera a falta de infraestrutura das escolas, a lógica de trabalho precarizado e controlado, onde amplia-se o número de atividades realizadas pelos professores além da má qualidade das formações realizadas ou até mesmo a falta delas. Além disto, parece existir uma busca por esvaziar ainda mais o capital cultural da classe trabalhadora, a fim de mantê-la subserviente, o que podemos constatar pelo pouco interesse na formação cidadã pautada em conhecimento científico e em pensamento crítico.
  • DIANDRA SOARES DE ARAUJO
  • VULNERABILIDADE À EROSÃO COSTEIRA NO MUNICÍPIO DE BAÍA DA TRAIÇÃO – PARAÍBA, BRASIL
  • Data: 18/12/2023
  • Hora: 14:00
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  • Baía da Traição é um município paraibano localizado na Região Geográfica Intermediária de João Pessoa e na Região Geográfica Imediata de Mamanguape - Rio Tinto, e sua porção leste é banhada pelo Oceano Atlântico. Possui a pesca e o turismo como duas de suas principais fontes de recurso. No entanto, a ocupação desenfreada e sem organização na planície costeira do município, somada a fatores naturais, são os elementos responsáveis pela erosão que afeta a zona costeira do município, tornando-a um ambiente vulnerável. Vulnerabilidade à erosão costeira pode ser definida como a capacidade da linha de costa, dos ecossistemas costeiros e da população, de resistir, se recuperar ou se adaptar aos seus impactos. Diversas metodologias têm sido utilizadas na tentativa de avaliar a vulnerabilidade costeira de praias em todo o mundo, uma delas consiste no uso de geoindicadores, devido à sua contribuição para o gerenciamento e gestão, principalmente em locais onde os recursos são limitados e faltam dados históricos adequados sobre o posicionamento da linha de costa. Assim, a metodologia de observação e análise de geoindicadores pode ajudar a obter uma avaliação imediata dos riscos costeiros. Considerando a ausência de estudos sobre esse assunto, a presente pesquisa tem como objetivo geral caracterizar a vulnerabilidade costeira do município de Baía da Traição através de geoindicadores físicos e antrópicos. Para isso, foi necessária a realização de alguns procedimentos metodológicos, sendo eles: levantamento bibliográfico; coleta de dados secundários; realização de atividades de campo; e uso de ferramentas de geoprocessamento, através da análise da evolução da linha de costa do município objeto deste estudo e tratamento dos resultados em ambiente SIG (Sistema de Informações Geográficas). Para a definição do grau de vulnerabilidade à erosão costeira de Baía da Traição, foi realizada uma adaptação da metodologia proposta por Sousa et al., 2011; Menezes et al., 2018; e Bush et al., 1999. Dessa forma, foram definidos 29 pontos distribuídos pela orla do município, distando 500 metros entre si, e os geoindicadores analisados foram: i) morfologia da praia, ii) posição da linha de costa (através da ferramenta CASSIE, abreviação para Coastal Analyst System From Space Imagery Engine, que possibilitou saber se a zona costeira do município encontra-se acrecida, estável, erodida ou criticamente erodida, considerando a evolução da linha de costa entre os anos de 2017 e 2022), ii) campos de dunas, iv) exposição às ondas, v) distância da foz de rios, vi) a vegetação, vii) as estruturas costeiras, e viii) a impermeabilidade do solo. Cada um dos geoindicadores supracitados foi classificado de acordo com o seu potencial para a vulnerabilidade costeira, que após a realização das etapas da pesquisa, pôde ser definida como alta, moderada ou baixa. Além disso, também foi realizado um levantamento sobre os aspectos legais que regulamentam sobre a zona costeira no Brasil. O trabalho também apresentou algumas estratégias de adaptação utilizadas para a contenção da erosão costeira. Após a realização de todas as etapas da pesquisa, foi possível obter o panorama atual da vulnerabilidade à erosão a qual a zona costeira de Baía da Traição está sujeita, dessa forma, a pesquisa demonstrou que 56,36% da extensão da zona costeira do município estudado encontra-se em vulnerabilidade moderada, 26,80% encontra-se em vulnerabilidade baixa e 16,82%, em vulnerabilidade alta.
  • GEISA KARLA DE OLIVEIRA BORBA
  • A produção imobiliária e o processo de expansão urbana em Guarabira-PB
  • Orientador : RAFAEL FALEIROS DE PADUA
  • Data: 18/12/2023
  • Hora: 14:00
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  • A expansão urbana tem se tornado um processo cada vez mais acelerado, de modo que as cidades expandem seus limites, por meio do parcelamento do solo sob a forma de loteamentos promovida pela produção imobiliária. Estas características da urbanização brasileira não estão dissociadas em Guarabira, realidade que nos propomos estudar. O município de Guarabira está localizado no Nordeste do Brasil, estado da Paraíba e dista a 98 km da capital João Pessoa. Teve-se como objetivo analisar a expansão urbana promovida pela produção imobiliária, a fim de identificar as suas implicações socioespaciais. Ademais, para a construção da dissertação algumas etapas foram necessárias, tais como levantamento bibliográfico, pesquisa de campo, onde escolhemos para o estudo empírico 12 loteamentos, como também uma investigação documental em órgãos públicos e empresas imobiliárias e pesquisa em sites oficiais. Além do mais, registros fotográficos, produção de mapas, tabelas e quadros. Verifica-se, no atual momento, na cidade a influência da iniciativa privada na produção e crescimento urbano de forma mais efetiva no mercado imobiliário local com a implantação de loteamentos, os quais estão contribuindo para o processo de expansão urbana e sendo impulsionada pela produção imobiliária. Assim, a produção imobiliária tem levado Guarabira crescer em todos os sentidos, por meio das atividades imobiliárias e de valorização, alterando a dinâmica do mercado imobiliário local. Ademais, os fatores que contribuem para a produção imobiliária se são flexibilização na produção de loteamentos por parte do poder público, programa habitacional e disponibilidade de terras. Logo, a respeito dos loteamentos analisados foram produzidos 4.366 lotes e uma área total de 1.723.450,85 com a tendência de crescer cada vez mais.
  • HERBERT COSTA DO REGO
  • O ENSINO DE GEOGRAFIA PARA ALUNOS SURDOS: análise de práticas pedagógicas em escolas inclusivas e bilingues.
  • Data: 15/12/2023
  • Hora: 14:30
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  • Ao refletir sobre o ensino de Geografia para estudantes surdos em escolas inclusivas e bilingues, nossa pesquisa tem como objetivo principal analisar as práticas pedagógicas desenvolvidas por professores de Geografia em escolas bilíngues e inclusivas nos municípios de Campina Grande, Aroeiras e Gado Bravo no estado da Paraíba. Estas escolas são referência na educação de surdos no estado da Paraíba. Como objetivos específicos propomos resgatar elementos da história da legislação da educação para surdos; caracterizar as especificidades da educação inclusiva e da educação bilíngue com ênfase no ensino de Geografia; relacionar a Pedagogia Visual com o ensino de Geografia para surdos e identificar as práticas pedagógicas e recursos visuais utilizados no ensino de Geografia. Para fundamentar teoricamente este trabalho, nos respaldamos em autores como Gesser (2006), que trata da cultura surda como construção sóciohistórica e que se distingue da cultura ouvinte; Karnopp (2021) ao expor a relevância da escola e da necessidade de aprofundamento sobre educação bilíngue e cultura surda; ainda Lebedeff (2010) que investigou a concepção e o uso de estratégias de letramento visual na educação de alunos surdos, defendendo as práticas pedagógicas com base na experiência visual do surdo. No caso da Geografia, utilizamos as refexões de Callai, (2008) em suas abordagens sobre os temas desta disciplina que são essenciais para a compreensão especificidades dos sujeitos e do lugar onde vive. Com Santos Neto (2019) nos aproximamos das reflexões sobre a prática de ensino da Geografia pensada e praticada na Educação de Surdos tendo como base a Pedagogia Visual. Ainda utilizamos Pena (2018) que apresenta experèncias de escolas bilíngues e inclusivas. Em relação à metodologia da pesquisa, utilizamos uma abordagem qualitativa de carater exploratória, com base Gerhardt e Silveira (2009), para compreender os fenômenos sociais estudados a partir da perspectiva dos participantes da pesquisa através de técnicas como entrevista e análise de documentos. Os dados foram coletados a partir das entrevistas realizada com três professores de Geografia, sendo eles 2 de escolas bilíngue e 1 de escola inclusiva e de acompanhamento de aula em uma das escolas. Mediante a análise dos dados, chegamos à conclusão de que as práticas pedagógicas investigadas estão amplamente conectadas a uma Pedagogia Visual utilizadas no ensino de Geografia numa perspectiva bilíngue e contribuem para o desenvolvimento do pensamento crítico e da autonomia dos alunos surdos. Com isso, oportunizamos aos professores de Geografia reflexões e aprendizados referente às metodologias e práticas pedagógicas no ensino da Geografia para alunos surdos alicerçados em conhecimentos já existentes abordados a partir das experiências dos entrevistados e vivenciadas por alunos surdos com possibilidades de acesso a saberes geográficos.
  • RODRIGO BRITO DA SILVA
  • TERRITÓRIO E PRÁTICAS AGRÍCOLAS NO MUNICÍPIO DE LAGOA SECA-PB: espaço de disputas e de luta para a produção de alimentos saudáveis
  • Orientador : JOSIAS DE CASTRO GALVAO
  • Data: 15/12/2023
  • Hora: 09:00
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  • Esta dissertação apresenta as iniciativas e organizações da sociedade civil voltadas para o fortalecimento das ações agroecológicas no município de Lagoa Seca, na Paraíba. Historicamente, esse município é caracterizado por uma estrutura fundiária diferenciada em relação à totalidade do espaço agrário paraibano, sendo reconhecido pela variedade na produção de alimentos e pelos seus minifúndios. A partir da atuação da Articulação Nacional de Agroecologia -ANA, entidade que se destaca na atuação relacionada às ações agroecológicas em todo Brasil, que vem construindo a agroecologia como bandeira de luta, está desenvolvendo experiências nesse município, em parceria com a sociedade civil, os sindicatos e o poder público municipal em defesa da agroecologia, com um projeto político com base em um modelo alternativo de desenvolvimento. Nas últimas décadas, Lagoa Seca tem apresentado diversas práticas em contraposição à agricultura tradicional mecanizada, desenvolvendo caminhos para uma agricultura alternativa. A consciência dos efeitos reversos da revolução verde tem aumentado, e o modelo reducionista do agronegócio tem gerado a organização de movimentos sociais que defendem uma agricultura alternativa. O objetivo desta pesquisa é analisar a construção da territorialidade pela Articulação Nacional de Agroecologia no município de Lagoa Seca, demonstrando sua contribuição na produção de novas dinâmicas socioespaciais no campo. Isso ocorre a partir da transição agroecológica e no enfrentamento às práticas disseminadas pela revolução verde. Esse papel foi inicialmente assumido pelos movimentos que lutam por uma agricultura saudável e em harmonia com a natureza. Através de um conjunto de forças coletivas, esses movimentos buscam desconstruir os mitos do agronegócio, visando à liberdade e autonomia de produção. Isso ocorre em um espaço político municipal organizado, unificando as diversas organizações da agricultura familiar em torno da construção de um projeto de desenvolvimento local e promoção da agroecologia.
  • FÁBIO VITORINO GOMES
  • ANÁLISE DA DINÂMICA HIDROGEOMORFOLÓGICA DO CANAL DO ALTO CURSO DO RIO PARAÍBA
  • Data: 14/12/2023
  • Hora: 14:00
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  • A escassez de água é um dos indicadores mais importantes para a humanidade. Manter-se em constante atenção sobre essa temática é de crucial importância, pois essa escassez é uma das barreiras para o desenvolvimento social. Uma das formas de se combater o déficit hídrico, se dá por meio da introdução de fluxo fluvial de canais geralmente perenes, onde esse processo se realiza dentro de uma mesma bacia hidrográfica ou de outra bacia. Essa dinâmica de transferência de água por rios é denominada de transposição. O presente trabalho visou aprofundar as discussões sobre a dinâmica hidrogeomorfológica em ambientes fluviais semiáridos, mais especificamente na bacia do Alto Curso do Rio Paraíba onde se tem predominância de rios de regime intermitentes e efêmeros. A metodologia se voltou para a análise hidrológica da precipitação e da vazão em que a correlação dessas variáveis antes do início das operações do PISF (Projeto de Integração do Rio São Francisco) se mostrou positiva e posterior início das operações se deu de forma negativa. As análises dos trechos monitorados fornecidos pelas imagens geradas pelo VANT (Veículo Aéreo Não Tripulado) identificou alterações nas unidades geomórficas encontradas no canal, corroborando com a estimativa de alteração da geomorfológica ocasionada pela introdução do fluxo fluvial gerado pelo PISF.
  • HILDA MARIA DANIEL DA SILVA
  • ESTRATÉGIAS DE REPRODUÇÃO DO CAMPESINATO NAS PROPRIEDADES ADQUIRIDAS A PARTIR DO PROGRAMA NACIONAL DO CRÉDITO FUNDIÁRIO NO MUNICÍPIO DE CRATO-CE
  • Data: 14/12/2023
  • Hora: 10:00
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  • Os dois únicos Planos Nacionais de Reforma Agrária elaborados no Brasil ao longo de sua história não foram executados. O que houve no Brasil, historicamente, foi o escanteamento dessa política pública tão relevante para o desenvolvimento socioeconômico de sua população, ao passo que se constata que a partir da década de 1990 há uma ampliação nos investimentos dos programas de compra e venda de terras, que são políticas pensadas pelo Banco Mundial que, em tese, deveriam ser executadas de forma complementar à reforma agrária, porém, vem se territorializando de forma cada vez mais abrangente no Brasil, sendo esta uma das faces da contrarreforma agrária. Um desses programas é o Programa Nacional do Crédito Fundiário (PNCF) que foi criado em 2003, sendo que no estado do Ceará, até a atualidade, foi responsável pela compra de 391 propriedades em 116 munícipios. Utilizando como método norteador o materialismo histórico-dialético e amparados nos temas e conceitos de campesinato, reforma agrária e contrarreforma agrária, nosso estudo objetivou compreender de que forma os camponeses das propriedades compradas a partir do Programa Nacional do Crédito Fundiário vem se reproduzindo. Como delimitação da temática, optamos por pesquisar três propriedades localizadas no município de Crato, estado do Ceará, sendo elas a Fazenda São Silvestre, o Condomínio Rural Sitio Jenipapo e o Alegre Frutas. O nosso recorte temporal foi definido de 1996, ano que foi desenvolvido no estado do Ceará a primeira experiência de programa de compra e venda de terras, até o ano de 2022, período em que foram realizadas nossas coletas de dados. Alicerçado na leitura de bibliografia sobre a temática, de dados obtidos na Secretaria de Desenvolvimentos Agrário do estado do Ceará, do Instituto do Desenvolvimento Agrário do Ceará e dos dados coletados junto aos camponeses a partir das entrevistas semiestruturadas, os resultados expostos no trabalho demonstram que os camponeses não possuem plenas condições produtivas dentro das propriedades compradas a partir do crédito fundiário. As propriedades possuem sérias limitações de ordem física-estrutural agravadas pela ausência de assistência técnica, o que ocasiona na reduzida capacidade dos camponeses em realizar suas produções agrícolas e força-os a buscarem estratégias diversas para a obtenção de renda, como por exemplo, a venda de partes dos lotes. Acreditamos que o referido trabalho é uma contribuição para um maior entendimento do espaço agrário cearense e oferece subsídios para a ampliação de questões a respeito da influência dos organismos internacionais na elaboração de políticas públicas nacionais, bem como, nas limitações que o campesinato possui para sua reprodução nas propriedades adquiridas a partir de programas de compra e venda de terras.
  • JOSÉ GERALDO DA COSTA NETO
  • CONCEPÇÕES PEDAGÓGICAS E PRÁTICAS DE ENSINO DE GEOGRAFIA NO MODELO DE ESCOLA CIDADÃ INTEGRAL TÉCNICA DA PARAÍBA
  • Data: 14/12/2023
  • Hora: 10:00
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  • A construção desta pesquisa centrou-se em analisar as concepções pedagógicas no ensino de Geografia de duas escolas cidadãs integrais técnicas (ECIT) da rede estadual da Paraíba, enfocando a interferência do modelo pedagógico da “escola da escolha” nas práticas de ensino da disciplina escolar e no trabalho docente. Desse modo, partimos da perspectiva de que a Educação e a Pedagogia, entendendo esta última como ciência da primeira, não são neutras e sobremaneira apolíticas, isto porque, o processo de ensino/aprendizagem escolar envolve um conjunto de saberes necessários à prática docente, tanto da Pedagogia e suas áreas fronteiriças como a Filosofia, Sociologia, Psicologia, História, dentre outras, quanto da própria área específica que em nosso caso é a Geografia, ciência de referência, e disciplina escolar que tem sua autonomia na produção do conhecimento e, portanto, não se subjaz a Geografia produzida no âmbito acadêmico, diante disso, defendemos que elas são relacionais e complementares. Ademais, outro aspecto levado em consideração é que tais saberes geográfico-pedagógicos possuem bases epistemológicas que traduzem teorias e métodos científicos divergentes ou em simbioses que proporcionam concepções e posturas práticas perante os objetos do conhecimento que se diferenciam efetivamente na operacionalização da ação educacional. Para tanto, balizamos a seguinte problemática: Como as concepções pedagógicas do modelo de escola cidadã integral técnica da Paraíba orientam as práticas de ensino de Geografia e interferem no trabalho docente? Sendo assim, para respondermos a tal reflexão da prática docente, buscamos aprofundar os conhecimentos na Epistemologia da Práxis, tendo a Pedagogia e a Geografia como fontes latentes, seguindo a contento, lançamos mão sobre um apanhado de documentos oficiais que orientam teórico-metodologicamente as práticas de ensino/aprendizagem nas ECIT-PB, possibilitando assim a inferição dos desdobramentos da política educacional em curso. Para complementar a análise da referida pesquisa, encaminhada nas trilhas da abordagem qualitativa, utilizamos outros procedimentos operacionais, como a pesquisa bibliográfica concomitante a metodologia da análise documental segundo Cellard (2008), o trabalho de campo nas escolas investigadas nos valendo da observação direta do espaço e da realização de entrevistas semiestruturadas, das quais decorrem os registros das comunicações das falas dos(as) professores(as) de Geografia das escolas e dos(as) profissionais que compõe o núcleo de acompanhamento formativo das escolas cidadãs integrais da Paraíba, que foram ponderados a luz das etapas da análise de conteúdo proposta por Bardin (1977). Além disso, o referencial teórico a qual imergimos, potencializou a inferência dos dados coletados (fontes documentais, trabalho de campo, entrevistas) como também na discussão analítica sobre os resultados obtidos ao fim da pesquisa. Por fim, destacamos que a pesquisa ocorreu em duas escolas cidadãs integrais técnicas de Ensino Médio que se localizam em cidades de mesorregiões paraibanas distintas. Desse modo, a ECIT-I, está situada na capital, João Pessoa na Zona da Mata e a ECIT-II em Campina Grande, segunda maior cidade do estado, no Agreste da Paraíba. Ambas as escolas apresentaram características que se entremeiam se tratando do modelo pedagógico da “escola da escolha” e sua lógica de funcionamento (gestão, valores, princípios, metodologias, arquitetura curricular) e outros que as particularizam no que se refere as condições de trabalho oferecidas pelo mantenedor público (estrutura física, materiais didáticos, entre outros) e principalmente pelas concepções geográfico-pedagógicas docentes que encontramos.
  • LUCAS PEREIRA SOARES
  • AS CHUVAS NO ESTADO DO PARÁ, BRASIL: CLASSIFICAÇÃO CLIMÁTICA DE ABORDAGEM GEOGRÁFICA.
  • Orientador : MARCELO DE OLIVEIRA MOURA
  • Data: 13/12/2023
  • Hora: 14:00
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  • Este trabalho foi desenvolvido a partir do arcabouço teórico-metodológico moldado pela Climatologia Geográfica, seguindo as orientações ofertadas pelo geógrafo Carlos Augusto de Figueiredo Monteiro, que propõem um entendimento sobre as chuvas e sua relação com dinâmica atmosférica, em conjunto aos fatores geográficos, visando a proposta de uma classificação climática genética baseada no ritmo de sucessão dos tipos de tempo. O estado do Pará foi eleito como área de estudo devido suas particularidades climáticas e geomorfológicas, bem como, pela ausência de estudos fundamentados pela Climatologia Geográfica. Pensando nisso, aplicou-se as etapas propostas por Monteiro (1973) que preconizam a análise sinótica diária dos “anos-padrão”, o advento dos índices de participação, com posterior caracterização dos principais fatores geográficos, a fim de entender o papel exercido por estes junto a gênese territorial das chuvas e dos sistemas atmosféricos de ordem sinótica e subsinótica no estado do Pará. Por fim, com estas etapas desenvolvidas, pôde-se elencar, à proposta de classificação, as unidades climáticas definidas com base no zoneamento pluviométrico, e a partir da dinâmica dos sistemas atmosféricos, em meio a composição geomorfológica.
  • GABRIEL DA NOBREGA MONTEIRO
  • Monitoramento da dinâmica fluvial em rios não perenes – comportamento de leitos arenosos em ambiente semiárido tropical
  • Orientador : JONAS OTAVIANO PRACA DE SOUZA
  • Data: 11/12/2023
  • Hora: 10:00
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  • Os ambientes fluviais no semiárido são de suma importância para a ocorrência das dinâmicas ambientais e para a manutenção da vida. Devido as características climáticas vigentes a água acaba sendo um elemento muito escasso, a captação e conservação desse recurso torna-se fundamental para o desenvolvimento e a manutenção das atividades agrícolas. No semiárido brasileiro os depósitos hiporreicos são responsáveis por armazenar uma elevada quantidade de água, por isso, as áreas aluviais são a principal via de acesso da população à água nas regiões rurais. O estudo sobre o comportamento desses ambientes é imprescindível para garantir explorações adequadas desse recurso e o desenvolvimento da segurança hídrica para a região. Frente a isso, a presente pesquisa visa monitorar as dinâmicas hidrogeomorfológicas em rios não perenes, mais especificamente na bacia hidrográfica Riacho do Tigre no município de São João do Tigre- PB, a fim de identificar seus comportamentos e suas dinâmicas evolutivas. Para isso, é necessário a utilização de técnicas e equipamentos adequados a dinâmica ambiental, hidrológica e geomorfológica, em questão, tanto na escala espacial quanto temporal. Na presente pesquisa, as principais técnicas adotadas para essas análises utilizam equipamentos de baixo custo, como por exemplo: o Veículo Aéreo Não Transportado (VANT) e Crest Level. É sobre essas condições de percepção que o trabalho está sendo desenvolvido.
  • SAMUEL OTHON DE SOUZA COSTA
  • VULNERABILIDADE SOCIOAMBIENTAL URBANA: UMA PROPOSTA DE DIAGNÓSTICO E DE METODOLOGIA PARA A CIDADE DE GARANHUNS - PE
  • Data: 29/09/2023
  • Hora: 16:00
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  • A urbanização transforma ambientes naturais em artificiais, imaginando o ecossistema mais desejado a sociedade, sobrepondo e pressionando os elementos naturais, a interesses socioeconômicos, ambientado pelo capitalismo e gerando desigualdades. Pensando a cidade como espaço de destaque entre sociedade e natureza, a questão a ser discutida é sobre o desequilíbrio social, econômico e ambiental. Associada aos riscos está a vulnerabilidade socioambiental urbana, também atrelada aos fatores e elementos ambientais e sociais, contudo, expõe as diferentes condições de fragilidade dos grupos sociais aos riscos. A problemática identificada neste trabalho parte da dificuldade de estabelecer parâmetros e indicadores para elaboração de planejamento e gestão urbana, levando em consideração a interação entre fatores econômicos, sociais e ambientais como chave para o entendimento da vulnerabilidade socioambiental. Então, foram definidos os seguintes problemas na pesquisa: Que indicadores podem ser utilizados para um índice de vulnerabilidade socioeconômico urbano? Como as modificações da sociedade sobre o meio físico contribuem para a dinâmica da vulnerabilidade na cidade de Garanhuns? Como hipótese para a construção da tese, parte da proposição de indicadores como caminhos para a realização de diagnóstico e prognósticos, bem como a análise de vulnerabilidade socioambiental, que é fundamental para o desenvolvimento urbano, em tese, parte-se da ideia de integração de indicadores com parâmetros em ambiente SIG, propondo um índice de vulnerabilidade socioambiental, interagindo com as quais são a espacialidade da cidade, consumo dos recursos e descarte dos resíduos sólidos, estabelecimento e interação das áreas verdes, são indicadores que permitem a definição e melhoria no planejamento e gestão das zonas urbanas. Nessa perspectiva, a cidade de Garanhuns, enfrenta problemas urbanos e ambientais, por ser uma cidade em processo de crescimento com planejamento e gestão desigual, onde os espaços urbanos que menos afetados por problemas socioambientais serão os que detém a população com maior poder aquisitivo, enquanto, os de maior impacto serão os de menor aquisito. A partir da contextualização do tema estudado, este trabalho tem o seguinte objetivo geral: Propor indicadores sociais, econômicos e ambientais, que possam ser integrados em um Sistema de Informações Geográficas, gerando o Índice de Vulnerabilidade Socioambiental da cidade de Garanhuns Nesse sentido, foram utilizados os conjuntos de técnicas e ferramentas do geoprocessamento para realização do trabalho, entre eles pode se destacar o sensoriamento remoto, fotogrametria, sistemas de informação geográfica, álgebra de mapas, entre outros. Para elaboração do índice de vulnerabilidade socioambiental urbana aplicada a cidade de Garanhuns, considerou os princípios metodológicos de Cutter (1996, 2003, 2011), baseado nos trabalhos realizados pelos autores Mendes et al. (2009) e Cunha et al. (2011), em cidades de Portugal, visando a análise da vulnerabilidade social para riscos naturais e tecnológicos. Nesse sentido, foi empregado o método de Processo Hierárquico Analítico ou “Analytic Hierarchy Process – AHP”, criado por Tomas L. Saaty no início da década de 70, considerado o método de análise multicritério mais amplamente utilizado no apoio de soluções de problemas envolvendo uma grande diversidade de critérios, sendo aplicado questionários a 3 especialistas. Por fim, obtivemos os seguintes dados em relação a vulnerabilidade socioambiental de Garanhuns podemos perceber que a maior porção está destinada a classe Médio com cerca de 9,20Km², seguida por Baixo com 7,26Km² e Alto com 5,25Km², indicando que Garanhuns tem um cenário bastante intermediário em relação a suas áreas de risco socioambiental. É interessante que com o passar do tempo, a dinâmica urbana sempre muito rápida, a cidade de Garanhuns pode apresentar outros tipos de dados sobre vulnerabilidade, pois, essa proximidade do intermediário pode colocar daqui a 10 anos por exemplo, a cidade em um baixo ou alto risco socioambiental. Novamente, é importante frisar o papel dos agentes públicos para superação e melhoria das condições de vida da população, infraestrutura e capacidade de suporte na zona urbana. Assim, também é interessante que os extremos do índice de vulnerabilidade socioambiental da cidade de Garanhuns são as menores áreas calculadas, Muito Alto com 3,57Km² e Muito Baixo com 3,70Km². Contudo, não são motivos para menores preocupações, principalmente o primeiro, visto que são áreas com vulnerabilidades ambientais e sociais, cominando em localidades com deficiências urbanas e falta de acessos a serviços públicos essenciais. Do outro lado, áreas com Muito Baixo vulnerabilidade socioambiental, não devem ser entendidas como não necessitarem de cuidado e atenção, mas sim, manutenção e sempre promover a qualidade de vida e o desenvolvimento sustentável. De maneira geral, os bairros que mais apresentaram vulnerabilidade socioambientais foram Dom Helder Câmara, São José, Magano e Santo Antônio, respectivamente. Já os que apresentaram menores riscos foram Severiano Morais Filho, Novo Heliópolis, Dom Thiago Posima e Heliópolis. Ao abordar a vulnerabilidade socioambiental em Garanhuns, foi possível promover uma cidade mais resiliente, equitativa e sustentável, onde os impactos negativos das interações entre vulnerabilidade social e ambiental sejam mitigados e as oportunidades de crescimento e prosperidade sejam ampliadas para todos os seus habitantes. Além disso, é fundamental investir em infraestrutura resiliente, sistemas de alerta precoce e estratégias de gestão de riscos para reduzir a exposição a desastres naturais.
  • MÁRCIO BALBINO CAVALCANTE
  • USO E COBERTURA DA TERRA E SUA INFLUÊNCIA NAS PAISAGENS DA ÁREA DE PROTEÇÃO AMBIENTAL ESTADUAL DE TAMBABA, PARAÍBA, BRASIL
  • Orientador : EDUARDO RODRIGUES VIANA DE LIMA
  • Data: 20/09/2023
  • Hora: 14:30
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  • As paisagens costeiras vêm ao longo do tempo sofrendo alterações decorrentes da intensa ocupação humana. Nesse cenário, as Áreas Protegidas, entre elas, as Unidades de Conservação (UCs), têm emergido mundialmente, como uma das principais estratégias de planejamento e gestão ambiental na perspectiva de conservação da natureza. A área de estudo desta pesquisa foi a Área de Proteção Ambiental (APA) Estadual de Tambaba, unidade de uso sustentável dos recursos naturais, localizada no litoral sul do Estado da Paraíba. A APA de Tambaba é constituída por remanescentes da Mata Atlântica e elementos geológico-geomorfológicos da Bacia Sedimentar da Paraíba. Atualmente a UC vem sofrendo pressão das atividades antrópicas, como o plantio de monoculturas, a mineração e a especulação imobiliária, inclusive com habitações em Áreas de Preservação Permanente (APPs), tais atividades vêm sendo desenvolvidas sem estudos de ordenamento físico territorial atualizados, como o Plano de Manejo e o Zoneamento Ambiental. Diante dessa problemática, o objetivo geral desta pesquisa foi a identificação e caracterização de unidades de paisagem e de áreas ambientalmente vulneráveis, para auxiliar futuras políticas de ordenamento territorial. A pesquisa teve como aporte teórico-metodológico a Cartografia de Paisagens, fundamentada por meio de pesquisa bibliográfica, trabalhos de campo e levantamentos cartográficos com uso do Sensoriamento Remoto e técnicas de Geoprocessamento. Os procedimentos metodológicos foram desenvolvidos em 6 etapas: 1°) Tratamento do Modelo Digital de Elevação (MDE) do satélite ALOS PALSAR e extração das variáveis de relevo; 2°) Álgebra de mapas dos planos de informação: Hipsometria, Declividade e Curvatura vertical das vertentes, no qual o produto cartográfico resultante foi o Modelado do relevo, 4º táxon (IBGE, 2009); 3°) Mapeamento geomorfológico realizado na escala 1:25.000, proporcionando a identificação das 7 (sete) classes de relevo; 4°) Mapa de Uso e Cobertura da Terra, na qual as classes foram definidas conforme IBGE (2013) e adaptadas de acordo com os dados coletados em campo; 5°) Mapa de Unidades de Paisagem elaborado por sobreposição dos mapas Geomorfológico e de Uso e Cobertura da Terra, resultando na identificação de 16 Unidades de Paisagem; 6°) Mapa de Vulnerabilidade Ambiental obtido pela combinação das variáveis: Geologia, Pedologia, Formas de Relevo, Declividade e Cobertura e Uso da Terra. Com os resultados da pesquisa foi possível verificar que a APA de Tambaba apresenta uma paisagem bastante diversificada, com diferentes unidades de paisagem que se relacionam entre si e influenciam na diversidade de usos do solo, podendo ser explicada pela atratividade das características naturais da região. Entretanto, ressalta-se que a expansão das atividades humanas pode levar à fragmentação do habitat e à redução da biodiversidade local. Nesse sentido, a elaboração dos produtos cartográficos desta tese, servem como subsídio ao planejamento ambiental, permitindo uma visualização mais clara da dinâmica espacial dos elementos que compõem a paisagem ao identificar as áreas com maior vulnerabilidade ambiental, constituindo fontes importantes na elaboração de estratégias de gestão, pois permitem a análise em uma escala local e regional, contribuindo para a compreensão dos processos e interações que ocorrem na paisagem em diferentes níveis de organização. Por fim, é importante destacar que o uso dessas ferramentas permitiu a obtenção de informações mais precisas e atualizadas sobre a dinâmica da paisagem na APA de Tambaba e podem ser utilizados de forma integrada com outras ferramentas e metodologias para garantir a efetividade das políticas de conservação e preservação ambiental.
  • NÍVEO MOREIRA DA ROCHA
  • ANÁLISE CORRELATIVA DOS CICLOS DE TEMPERATURA-VEGETAÇÃO NAS MICRORREGIÕES DO CARIRI PARAIBANO E O NÚCLEO DO SERIDÓ (PB/RN)
  • Data: 31/08/2023
  • Hora: 19:30
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  • Diante do debate atual acerca das mudanças climáticas, novas evidências reforçam a influência antrópica sobre o clima e atentam aos cenários climáticos futuros, indicando a tendência da elevação de temperatura superficial, alterações nos padrões de cobertura vegetal e redução da precipitação em áreas subtropicais, semiáridas e áridas. Nesse contexto, o presente projeto de pesquisa propõe uma análise espaço-temporal recente, no intuito de examinar as oscilações fenológicas e da temperatura superficial, na Mesorregião da Borborema, no estado da Paraíba, e a microrregião do Seridó, no estado do Rio Grande do Norte. O presente trabalho objetivou caracterizar os ciclos fenológicos da vegetação e da sazonalidade da temperatura superfície, como suas relações com a umidade do solo, com base nos dados do MODIS (MOD09Q1 e MOD11A2), ERA 5 LAND e CHIRPS. Para tal, utilizou-se uma ampla gama de métodos para análise de séries temporais e regressão, assim como vários testes, afim de entender como foram esses ciclos ao longo do tempo. A análise dos perfis de solo possibilitou compreender como as variáveis analisadas se comportaram considerando as especificidades em cada tipo de solo. Nesse aspecto, os Cambissolos apresentaram ciclos de vegetação e temperatura mais distintos em relação as demais. Por sua vez, o perfil de Luvissolo Háplico apresentou o ciclo fenológico com os menores valores do MSAVI, dado o grau de degradação da cobertura vegetal. Os perfis de solo na Depressão Sertaneja os maiores picos de temperatura na estação seca. A regressão linear possibilitou entendimento das proporções de cada variável explicativa nos modelos realizados para vegetação e temperatura.
  • JUNIO SANTOS DA SILVA
  • EDUCAÇÃO DO CAMPO E O ENSINO DE GEOGRAFIA NA ESCOLA DO ASSENTAMENTO SANTA LÚCIA ARAÇAGI/PB
  • Data: 31/08/2023
  • Hora: 14:00
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  • A educação do campo nasce a partir da mobilização e pressão dos movimentos sociais, em especial, o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), por uma política educacional para a comunidade camponesa. Tem como objetivo a luta por uma política educacional que atenda os anseios dos povos do campo, sendo esta protagonizada pelos camponeses. Partimos da seguinte questão norteadora: Como as práticas pedagógicas realizadas a partir do ensino de Geografia, desenvolvidas na Escola no/do campo, dialogam com a realidade dos sujeitos no processo de luta pela reforma agrária no assentamento Santa Lúcia? Desse modo, a presente pesquisa tem o propósito de analisar as práticas pedagógicas executadas a partir do ensino de Geografia desenvolvido na Escola do Assentamento de reforma agrária Santa Lúcia no município de Araçagi/PB. Essa Escola atualmente possui um quantitativo de 103 alunos e 05 professores. Oferta o ensino de Educação Infantil (Maternal, Pré I e II) e Ensino Fundamental (1º ao 5º ano) e uma turma de Educação de Jovens e Adultos. Do ponto de vista teórico-metodológico nos fundamentamos no materialismo histórico-dialético na busca de desvendar as dinâmicas geradoras das desigualdades sociais. Trata-se de uma pesquisa de abordagem qualitativa, tendo como instrumentos de coleta de dados, a análise documental, a observação participante, a entrevista semiestruturada e o diário de campo. Com a finalidade de obter informações que permitiram analisar e interpretar as práticas pedagógicas no ensino de Geografia que fortalecem a territorialidade camponesa no assentamento, nos pautamos na pesquisa participante. Nos ancoramos em autores como Freire (2013), Caldart (2004-2011), Arroyo (2011), Fernandes (2011), Lorenzo (2013), Brandão (2009), Machado (2009), Copetti e Callai (2008), Pontuschka (2013), Mazzini (2007), Raffestin (199), Haesbaert (2004) e nos marcos legais que discutem educação no/do campo. Consideramos que há um percurso da educação rural para a educação no/do campo, a partir da concepção da educação popular. Embora do ponto de vista normativo, tenhamos tido avanços com vistas à emancipação dos sujeitos do campo, pudemos refletir que a educação no/do campo é uma disputa de percepções de mundo, tal como enfatiza Paulo Freire. A pesquisa apresentada constatou o quanto a educação no/do campo precisa avançar no tocante ao incentivo e promoção das políticas públicas. Essa modalidade de ensino necessita maior atenção, considerando que o poder público enxergue o campo como lócus de produção do conhecimento e não como mero espaço de monocultura do saber. É fundamental que sejam garantidos aos filhos dos camponeses o direito aos conhecimentos necessários para o fortalecimento de suas identidades campesinas. Nesse contexto, compreendemos que o papel da Escola é fundamental na garantia de direitos, mas também espaço apropriado por sujeitos que vivem e se reproduzem no território camponês.
  • KATIA CRISTINA DO VALE
  • GÊNERO E ESPAÇO URBANO: Política pública de habitação e acesso das mulheres trabalhadoras à moradia em João Pessoa, Brasil
  • Orientador : MARIA FRANCO GARCIA
  • Data: 31/08/2023
  • Hora: 13:00
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  • O foco da pesquisa recae sobre o papel que as mulheres tem na polêmica “questão da moradia” urbana. Para isso, utilizamos a perspectiva de gênero na análise sócio-espacial do acesso à habitação social urbana, pelas mulheres trabalhadoras de baixa renda em áreas periféricas da cidade de João Pessoa. Através da análise interseccional de classe e gênero mostramos como a periferia urbana e os espaços destinados à moradia são produzidos. A tese evidencia como a cidade de João Pessoa é, entre outras coisas, produto de uma política pública habitacional de classe que historicamente marginaliza o acesso das mulheres à moradia. A tensão que evidenciamos neste trabalho é a existente entre a negação histórica do dereito à moradia pelas mulheres trabalhadoras e as recentes (s.XXI) políticas de titularidade feminina da habitação social, que ampliam o processo de precarização da vida das mulheres concomitantemente à produção de espaços precários na periferia. Á contradição no processo de produção da periferia urbana e da reprodução social que nela tem lugar é definida nesta tese como o fenômeno da " feminização da periferia".
  • IRECER PORTELA FIGUEIREDO SANTOS
  • EDUCAÇÃO GEOGRÁFICA INCLUSIVA: CONCEPÇÃO DE PROFESSORES SOBRE APRENDIZAGEM DE ESTUDANTES CEGOS EM JOÃO PESSOA
  • Data: 31/08/2023
  • Hora: 08:30
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  • Nesta pesquisa apresentamos uma análise sobre a percepção que os professores de Geografia têm sobre suas práticas pedagógicas inclusivas e seus reflexos na aprendizagem dos estudantes cegos no município de João Pessoa/PB. Alguns questionamentos foram levantados e nortearam essa pesquisa, sendo elas: é frequente a presença de estudantes cegos nas salas regulares de ensino? Há dificuldades para os professores na condução da aprendizagem de estudantes cegos? Como os professores se sentem quando o estudante cego chega à sala de aula? Como desenvolvem as atividades pedagógicas na educação geográfica? Participaram desta pesquisa 35 professores de Geografia, 5 estudantes cegos e 1 Diretor administrativo do Instituto dos Cegos da Paraíba Adalgisa Cunha. O recorte temporal para análise das experiências que os professores tiveram foi de 2015 a 2019. O referencial teórico foi baseado em autores que discutem sobre inclusão, políticas educacionais, educação geográfica e mediação da aprendizagem, em especial para pessoas com Deficiência Visual, cegas. Utilizamos também documentos educacionais, dados estatísticos empreendidos pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira e os microdados do Censo Escolar da Educação Básica (MEC/INEP). Fizemos a opção por uma pesquisa de abordagem qualitativa, complementada com dados quantitativos. Utilizamos para a coleta de dados, diferentes instrumentos, sendo assim, foram divididas em três etapas, com diferentes instrumentos e estratégias de forma adequada a cada um. Primeiro aplicamos um questionário via plataforma Google Forms em que participaram 31 professores de forma aleatória, para fazer um levantamento da frequência com que se recebe estudantes cegos na escola regular. Segundo entrevistamos de forma semiestruturada quatro professores que declararam ter trabalhado com estudantes cegos e 5 cinco estudantes cegos. E terceiro encaminhamos um questionário por via e-mail para ser respondido por um representante do Instituto dos Cegos da Paraíba Adalgisa Cunha. Para o tratamento dos dados, utilizamos categorias da análise de conteúdo, agrupando-os por dados semelhantes. Os resultados percebidos durante a análise é de que há uma sazonalidade na frequência das matrículas dos estudantes cegos na rede regular de ensino e isso reflete na pouca experiência dos professores de Geografia na condução da aprendizagem desses estudantes, o que não tornam claras as práticas pedagógicas mais eficientes e que possam ser evidenciadas. Isso indica que mais importante do que querer fazer a inclusão do estudante cego, é o professor ser inclusivo, pois assim ambos vão se construindo como aprendiz e se constituindo como cidadãos de direito.
  • CHRISTIANNE FARIAS DA FONSECA
  • RECONSTITUIÇÃO PALEOAMBIENTAL EM ENCLAVES ÚMIDOS E SUBÚMIDOS DO CARIRI PARAIBANO
  • Data: 30/08/2023
  • Hora: 14:00
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  • Os estudos de reconstituição paleoambiental contribuem para a compreensão de cenários relacionados à evolução da vegetação, do solo e dos demais elementos que compõem a paisagem. As técnicas para conhecer paleoambientes são diversas, sendo as mais utilizadas, a datação por 14C e por Luminescência Opticamente Estimulada - LOE, análises isotópicas (δ13C e δ15N), palinológica e de biomineralizações (fitólitos) preservados em sedimentos e solos. Elas ajudam a compreender a evolução da paisagem, dos processos pedogenéticos e arqueológicas em diferentes escalas temporais e espaciais. A Caatinga, é um bioma que possui diversas paisagens e abriga uma rica biodiversidade, de grande importância geoambiental, ecoturística, econômica e cultural. Além disso, apresenta enormes maciços cristalinos chamados de “inselbergs”, também conhecidos como lajedos, que formam enclaves úmidos em meio à Caatinga típica. Apesar dos avanços recentes, o conhecimento sobre o referido bioma, ainda é incipiente, especialmente em relação aos solos e a vegetação da região da Borborema. Este trabalho se propõe a investigar a evolução ambiental nos enclaves úmidos e subúmidos do Cariri Paraibano, para isto, foi realizado um levantamento bibliográfico sobre estudos de reconstituição paleoambiental no Brasil, que evidenciou a escassez desse tipo de pesquisas na região Nordeste. Trabalhos de campo foram realizadas para coleta solos, em área de influência da Província da Borborema, no Cariri Oriental e na porção Centro-Ocidental para fins de caracterização dos solos e reconstituição paleoambiental. Foram realizadas análises de rotina do solo e análises isotópicas (δ13C e δ15N), datação 14C e análise de fitólitos para reconstituir as condições paleoambientais holocênicas. Os resultados obtidos demonstram que a presença/ausência de outra biomineralizações de sílica, como diatomácea, espículas de esponjas e gemoscleras contribuíram para explicar os momentos ambientais, inclusive, para inferir momentos de maior/menor umidade no Holoceno; fitólitos com tafonomia âmbar, queimados, submetidos a altas temperaturas, associados a táxons utilizados como fonte alimentar e a presença de pinturas rupestres, sítios arqueológicos sinalizam ocupação humana antiga no Lajedo Salambaia e na Serra da Paula, no Holoceno Inferior (8.199 anos AP) e no H. Médio (3.498 anos AP), respectivamente; além disso, os pedobioindicadores analisados revelaram períodos de ressecamento e umedecimento em todos os perfis desde suas gêneses até hoje. Diante destas informações é possível aplicar a hipótese de corredores de troca biótica entre diferentes floras nas áreas do P2, P3, P4 e P7 e afirmar que os Vertissolos com pH entre 6 – 9 foram eficientes para a contagem e análise de fitólitos, apesar da quebra e corrosão dos mesmos, isto porque estão em fundo de vale sujeito a sazonalidade de umidade que acaba por, de certa forma, conservar os fitólitos, visto que o sódio não estará dissolvido e disponível para a corrosão ocorrer. Os estudos paleoambientais no semiárido nordestino devem continuar para um melhor entendimento da dinâmica da evolução da paisagem local, uma vez que, diferentes fatores físicos influenciam na configuração do Ecossistema Caatinga, sendo um mosaico vegetacional de importância socioeconômica e histórica.
  • ANDERSON VITOR LOPES DIAS
  • ASPECTOS DO MICROCLIMA DA FAVELA TITO SILVA, JOÃO PESSOA/PB
  • Orientador : MARCELO DE OLIVEIRA MOURA
  • Data: 29/08/2023
  • Hora: 14:00
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  • As cidades brasileiras apresentam crescimento dentro da ordem e da lógica ditada pelo capital imobiliário, resultando no aumento do número de ocupações irregulares em áreas de alto risco socioambiental. A presente pesquisa alinha-se à abordagem social e crítica da análise geográfica do clima e tem como objetivo central avaliar possíveis alterações das variáveis meteorológicas de temperatura e umidade do ar à nível microclimático num ambiente de alta vulnerabilidade social e ambiental; a favela Tito Silva, localizada no bairro Miramar, João Pessoa - PB. Em termos operacionais e técnicos foi realizado o mapeamento da vulnerabilidade social e elaboração da carta de uso e ocupação do solo do bairro do Miramar à nível de setor censitário, além de coleta em campo de elementos climáticos em dois períodos distintos da sazonalidade climática da cidade (período quente e seco e úmido e chuvoso). As coletas ocorreram de forma horária em cinco pontos amostrais de forma simultânea, com auxílio de termo-higrômetros digitais (4 pontos de coleta nos lotes da favela e 1 fora da favela, esse em setor censitário de baixa vulnerabilidade social). Dos principais resultados destacam-se: i. o setor censitário referente a Tito Silva obteve o maior índice de situação não desejada de vulnerabilidade social do bairro; ii. foram observadas diferenças significativas de temperatura e umidade relativa do ar entre os períodos, com maior desconforto térmico no período quente e seco no ambiente favelar; iii. durante o período quente e seco, os pontos amostrais instalados mais próximos de avenidas apresentaram frequência relativa ao desconforto ao calor de mais de 60%, já o ponto referente a área fora do ambiente de favela apresentou a maior frequência de conforto térmico (42%). Frente a esses resultados, a pesquisa proporcionou uma ampliação no campo empírico no que se refere ao estudo das alterações dos elementos climáticos como temperatura e umidade relativa do ar à nível microclimático em ambiente favelar.
  • JACKSON VITAL SOUTO
  • GEOGRAFIA DA EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS DESEMPREGADOS: TRABALHO ABSTRATO E HUMANIZAÇÃO
  • Data: 28/08/2023
  • Hora: 08:30
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  • Foi pelo trabalho, com sua natureza abstrata em desenvolvimento na formação socioespacial capitalista, que estruturamos os objetivos da pesquisa. Pensar a relação entre trabalho e educação de jovens adultos e, de forma ampla, a dialética entre humanização e alienação na formação e, numa escala menor, na educação envolveu um duplo movimento: analisar criticamente documentos oficiais, tais como a reforma do trabalho (BRASIL, 2017) e o Decreto-Lei no 01, de 2021 (BRASIL, 2021), que institucionaliza a EJA para atender as demandas do mercado via adequação à BNCC, a PNA e à EAD; bem como os processos de formação dos trabalhadores desempregados na EJA. Analisar criticamente esses documentos oficiais nos levou ao terceiro bloco de questões teórico-metodológicas: os rebatimentos, mesmo sob ataque das reformas já em pleno desenvolvimento, do desemprego estrutural, mediado por abstrações no interesse do capital, tais como o dinheiro, a humanização, a alienação e o estranhamento das relações sociais dos trabalhadores com os produtos entre os trabalhadores de EJA. A condição do desemprego estrutural, sob a mediação abstrata do dinheiro na formação nos ciclos 3 e 4 da educação de jovens e adultos no espaço escolar da EMEF Francisca Moura, na cidade João Pessoa, Estado da Paraíba, reforça a tese de que a percepção, a condição e a posição ocupada no processo de trabalho são momentos predominantes a determinar, guardada relativa autonomia e dependência, a totalidade dos complexos da reprodução social, inclusive o da educação.
  • Andreia Ceballos Feitosa
  • O ESPAÇO PRISIONAL COMO TERRITÓRIO DE AUTO-ORGANIZAÇÃO DAS MULHERES ENCARCERADAS NA PENITENCIÁRIA FEMININA DE CAJAZEIRAS, PARAÍBA.
  • Data: 24/08/2023
  • Hora: 16:00
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  • O aprisionamento em massa de pessoas, em especial o de mulheres, resulta em um perfil específico da mulher em situação de cárcere que evidencia a desigualdade social, econômica e racial a partir da seletividade penal. Observamos que são, em sua maioria, jovens, negras ou pardas, mães, solteiras e com baixa escolaridade. Nesse contexto, esta dissertação tem o propósito de analisar o espaço prisional e as estratégias de auto-organização das mulheres encarceradas no sistema prisional feminino da cidade de Cajazeiras/PB. O estudo parte de uma perspectiva geográfica e aporte interdisciplinar com base em Santos (1986) e Morin (2003). Nesse contexto, consideramos que a atenção dada ao aprisionamento de mulheres permite nos debruçar em outras áreas de conhecimento com as/os seguintes autoras/es Akotirene (2020), Borges (2019), Davis (2016, 2018), Diniz (2015), Foucault (2011), Goffman (1961, 2006), Queiroz (2015), e autores que tratam as relações entre aprisionamento e território, tais como Almeida (2014), Andrade (1995), Arruda (2006, 2015), Haesbaert (2005), Raffestin (1993) e Souza (1995, 2015). Realizamos levantamento bibliográfico em portais de domínio público, como Capes, Redalyc; e em programas de pós-graduação em Geografia, Direitos Humanos, Psicologia Sociologia e Serviço Social. Amparamo-nos na pesquisa documental a partir de tratados e dispositivos legais, como o Código Penal brasileiro de 1940, o Decreto-Lei nº 2.848/40, a Lei de Execução Penal 7.210/1984, a Lei nº 11.343/2006, lei conhecida como “antidrogas”, o levantamento de Informações Penitenciárias – Infopen Mulheres (2018) e as Regras de Bangkok (2016). Realizamos trabalhos de campo considerando autores como Alentejano e Rocha-Leão (2006), Kaiser (2006) e Marcos (2006), com vistas a caracterizar o perfil local da mulher encarcerada, sendo utilizados caderno de campo, gravador de áudio e câmera fotográfica para registros de observações em grupo focal, além de entrevistas individuais com as mulheres. Consideramos que as mulheres são historicamente penalizadas, pois as parcas e recentes legislações sobre o ambiente prisional para mulheres não são suficientes para assegurar estabelecimentos que respeitem a dignidade humana. Embora o Brasil esteja construindo normativas e assinando leis internacionais, como as Regras de Bangkok (2016), a prática é ainda de espaços insalubres, nocivos e hostis. O reflexo do ordenamento jurídico e penal é seletivo e punitivista, pois as mulheres aprisionadas geralmente estão presas por crimes relacionados ao tráfico de drogas, visto que, em muitas situações, foram sendo levadas a praticar em razão da escassez de acesso às políticas públicas que lhes garantam melhores condições de vida. As narrativas denotam que a desterritorialização dessas mulheres ocasionou a quebra dos laços afetivos com as suas famílias; e sob a condição de subalternidade extrema, foi necessário montar estratégias de sobrevivência nos limites que a condição do cárcere lhes impôs. Embora as práticas de solidariedade sejam efetivadas para manutenção de um tipo de convívio mais ameno, o cárcere é, por excelência, uma tática de exclusão social e de degradação de corpos que necessitam, muitas vezes, serem dóceis para sobreviver.
  • KATIANA LOURENÇO NUNES
  • O SILÊNCIO DO ESPAÇO: A Cartografia Social no ensino da Cartografia para alunos (as) surdos (as)
  • Data: 23/08/2023
  • Hora: 14:30
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  • O objetivo desta pesquisa é discutir as bases teóricas da Cartografia Escolar para alunos/as surdos/as a partir de uma perspectiva da Cartografia Social. Apesar do debate em torno da educação inclusiva para pessoas surdas, os pressupostos epistemológicos e pedagógicos do ensino de cartografia nas escolas se encontram alheios às especificidades (cognitivas, culturais, simbólicas, sociais, existenciais e políticas) desses sujeitos. A Cartografia Social, como abordagem crítica das concepções tradicionais acerca do espaço e do território, emerge, hoje, como concepção de enorme potencial pedagógico, em especial, para as pessoas surdas. A partir de um estudo bibliográfico acerca das abordagens da Cartografia Escolar, da Surdidade (LADD, 2013) e da Cartografia Social, verificamos: 1. Como as abordagens tradicionais de Cartografia Escolar se distanciam das especificidades cognitivas, culturais, simbólicas dos sujeitos surdos; 2. Além do aspecto linguístico, o ensino de cartografia deve considerar a ‘Cultura Surda’ e o ‘modo de ser-surdo’; 3. A Cartografia Social parte de uma concepção geográfica que questiona o caráter ideológico e político, contidos na linguagem e na produção cartográfica. Concluímos que a Cartografia Social possui bases epistemológicas e pedagógicas intrínsecas que favorecem a inclusão e a consideração pelas formas de pensar, aprender, expressar e comunicar próprias dos/as alunos/as surdos/as.
  • MARIA CECILIA SILVA SOUZA
  • NAÁLISE DAS MUDANÇAS NA LINHA COSTEIRA E DO TURISMO NÁUTICO EM UM RECIFE COSTEIRO URBANO NO NORDESTE DO BRASIL
  • Data: 09/08/2023
  • Hora: 14:30
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  • Os recifes costeiros na região do Nordeste do Brasil encontram-se localizados paralelamente à linha de costa, em profundidades de 5 a 10 m, e a maioria se desenvolve sobre as rochas da praia, como é o caso do recife do Seixas, objeto desse estudo. Esta pesquisa apresenta uma análise sobre o crescimento do turismo náutico, a diversidade geoecológica no recife do Seixas e as mudanças na linha costeira no município de João Pessoa. sendo caracterizada como multidisciplinar pois trata da integração de diversas áreas das ciências (geografia, geologia, geomorfologia, biologia, gestão, turismo), resultando na compilação de dados e de uma análise crítica ao longo de um período. Resultado da integração de dados e esforços de um conjunto de pesquisadores que, direta ou indiretamente comprometidos, subsidiaram com apoio científico e técnico. Os objetivos específicos foram: Avaliar a dinâmica de mudança da linha costeira na face da praia do Seixas entre os anos de 2010 e 2020: na qual foi evidenciado que a dinâmica da linha costeira ao longo de um período de 10 anos, identificou uma predominância de erosão crítica para os dois satélites Landsat e Sentinel- 2, sendo possível observar uma intensa atividade dinâmica na região. Quanto a análise da diversidade biótica e abiótica os resultados obtidos mostraram que no ambiente do Seixas possui um total de 20 categorias, sendo que nove são de famílias de algas vermelhas (Rhodophytas), duas de algas pardas (Feofíceas), cinco de algas verdes (Clorofíceas), duas Famílias de corais, uma de hidrocoral e um grupo com os Zoanthidae estimados no ambiente. O estudo batimétrico revelou que esta formação recifal possui uma altura máxima de 1 m, acima do nível do mar, uma área de 1,88 km², e que essa região está a aproximadamente 30 km da quebra da plataforma continental. A profundidade média encontrada na área de estudo foi de 1,5 m, intercalada por relevos positivos (depósitos sedimentares) e negativos (canais). Nas amostras sedimentológicas dos 3 perfis usados (testemunhos) (T1, T2 e T3) dados proporcionaram uma visão mais especifica sobre a formação estrutural do ambiente recifal do Seixas, uma vez que ao longo dos 2,5 m do testemunho 3 não foi possível identificar nenhuma base arenítica, o que nos leva a considerar que o ambiente recifal do Seixas é um recife com uma formação recente, morfologicamente como um típico recife raso costeiro de base arenítica. No último objetivo foi possível analisar a evolução recente do turismo (distribuição de embarcações sobre os ambientes recifais e crescimento do setor de serviços (hospedagem) a zona costeira) entre os anos de 2010 até 2020; nos últimos 10 anos que nos revelou um aumento significativo de uso no ambiente recifal do Seixas. Ao analisar esses dados espacialmente, observamos que o turismo apresentou um padrão de expansão do vindo do Norte para o Sul. As embarcações que partem da rota Tambaú Seixas são a maioria no recife representando atualmente cerca de 50% das embarcações. É possível observar que o Platô Recifal concentra o maior número de embarcações de turismo. O turismo acomoda em maior parte a zona Norte do ambiente recifal, em face dos setores SA1, SP1 e parte do SB1, mas já demonstra um aumento em direção à porção Sul da costa abrigada do recife apresentando concentração na interface entre SA3 e o SP3. Ainda é possível destacar que os setores SA3 e SB2 são utilizados por embarcações de menor porte (catamarãs com capacidade de até 20 pessoas e embarcações de pesca), sendo oriundos da comunidade local. É recomendado a realização de mais estudos específicos, mas fica comprovado que a dinâmica da linha de costa na área tem uma influência do ambiente recifal e este está condicionado a fatores de conservação a quais o turismo sem regulação não parece respeitar, desse modo, essa atividade cada dia mais descontrolada chegara ao ponto de o ambiente não ter sua capacidade de resiliência suficiente para continuar a exercer proteção a costa.
  • ALTEMAR DE FIGUEIRÊDO BUSTORFF QUINTÃO
  • NUCLEAÇÃO ESCOLAR E REORGANIZAÇÃO ESPACIAL DA EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS EM MAMANGUAPE/PB E CUITÉ DE MAMANGUAPE/PB: UM ESTUDO NO CAMPO DA GEOGRAFIA DA EDUCAÇÃO
  • Data: 02/08/2023
  • Hora: 14:30
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  • Neste estudo, nosso objetivo foi analisar as implicações do processo de nucleação escolar em Mamanguape e Cuité de Mamanguape para os estudantes da Educação de Jovens e Adultos (EJA), dentro do campo da Geografia da Educação. Para isso, conduzimos uma pesquisa de natureza quali-quantitativa, abordando historicamente as políticas públicas relacionadas à EJA. Além disso, exploramos o debate sobre a Geografia da Educação, que conferiu um sentido relevante ao nosso trabalho, uma vez que tratamos de um estudo geográfico acerca de um tema educacional. A partir desse campo de conhecimento, investigamos o processo de nucleação, entendido como um reflexo da doutrina neoliberal do capitalismo, nos mencionados municípios. Analisamos as justificativas apresentadas pelos governos municipais que levaram à implementação do fechamento de turmas da EJA e o fornecimento de transporte escolar para os alunos serem conduzidos à nova escola (núcleo). Em seguida, identificamos três desafios comuns enfrentados pelos estudantes da EJA, quando estudam em escolas-núcleos, e buscamos relacioná-los à nossa área de pesquisa, com base em referências teóricas, sendo eles: o aumento do tempo despendido para ir e voltar da escola-núcleo, em comparação ao tempo necessário para estudar na própria comunidade; o temor em relação à violência, ao terem que se deslocar para outra escola distante daquela a que estavam acostumados anteriormente; e, por fim, as dificuldades de acesso a essas escolas-núcleos, particularmente relacionadas à condição das rodovias e ao transporte escolar. Utilizamos um questionário, respondido por oito participantes, que se enquadraram na pesquisa, selecionados após a análise de diversos dados referentes ao abandono na EJA entre 2015 e 2019; ou seja, anteriormente à pandemia da COVID-19 no Brasil. Os participantes da pesquisa eram residentes de um dos dois municípios em questão, sendo quatro da zona rural de Cuité de Mamanguape, e quatro da periferia urbana de Mamanguape, localidades estas que presenciaram as turmas de EJA sendo fechadas. Para prosseguirem seus estudos, eles tiveram que se matricular em uma das quatro escolas-núcleos, localizadas na área mais central da zona urbana em ambos os municípios; porém, apesar dos esforços frente aos desafios de acesso, acabaram abandonando tais escolas. Esses indivíduos concordaram em relatar como os desafios anteriormente mencionados foram significativos em sua decisão de abandonar a escola. Como resultado, consideramos que cada estudante vivenciou uma realidade específica, e que as dificuldades enfrentadas por eles foram determinantes em suas decisões. Ao cruzarmos os dados teóricos com as respostas fornecidas, pudemos constatar que a nucleação na EJA, aliada a outros problemas, contribuiu para o aumento da taxa de abandono escolar, resultando em uma redução nos índices de escolaridade nos municípios em questão. Como consequência desse processo, a população economicamente mais desfavorecida se tornou ainda mais vulnerável no mercado de trabalho.
  • VALMIR BRUNO DE SOUZA AGUIAR
  • A VILA OLÍMPICA PLÍNIO LEMOS EM CAMPINA GRANDE-PB E AS CONTRADIÇÕES DO PLANEJAMENTO E GESTÃO URBANA DE ESPAÇOS PÚBLICOS
  • Orientador : DORALICE SATYRO MAIA
  • Data: 24/07/2023
  • Hora: 09:30
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  • O presente trabalho tem por objetivo analisar a política urbana voltada para o espaço público, tendo como objeto de estudo a Vila Olímpica Plínio Lemos, na cidade de Campina Grande/PB. Impasses de natureza gerenciais da administração municipal tem impactado no espaço o acesso ao lazer enquanto garantia do direito à cidade. O estudo foi constituído a partir dos aportes que envolvem as políticas urbanas e as intervenções decorrentes do processo de requalificação para investigar as descontinuidades e continuidades do projeto urbano proposto para o espaço público. A pesquisa foi desenvolvida com base em uma abordagem qualitativa, utilizando os seguintes procedimentos metodológicos: levantamento teórico da literatura, pesquisa de campo, entrevistas semiestruturadas, observação direta, pesquisa documental em acervos públicos das Secretarias Municipais de Campina Grande, consultas em documentos oficiais, a exemplo de Semanários e Diários Oficiais, requerimentos da Câmara Municipal, planos de governos e matérias de jornais impressos e digitais, averiguados por meio da técnica da análise de conteúdo, além de registros fotográficos e capturas de imagens aéreas com drone. A análise da investigação demonstrou que o espaço público na cidade contemporânea se encontra conduzido por práticas de disputas políticas enraizadas que geram a desconfiguração do planejamento dos projetos urbanos, intensificam a degradação dos espaços, interrompem a função social do equipamento e promovem contra-usos. A ênfase atribuída ao estudo da Vila Olímpica Plínio Lemos permite intensificar as discussões dos processos de reprodução do espaço público, em virtude de revelar as contradições expressas pela ação política gerenciando o uso público do espaço.
  • CICERA CELIANE JANUÁRIO DA SILVA
  • Vulnerabilidade socioambiental e suscetibilidade a seca e a estiagem no estado do Ceará
  • Data: 19/07/2023
  • Hora: 14:00
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  • Para compreender as dinâmicas e transformações que ocorrem na sociedade e para um planejamento de tomada de decisões no âmbito social e ambiental, os estudos acerca da vulnerabilidade socioambiental são fundamentais. O recorte espacial da pesquisa é o estado do Ceará, considerando a vivência com a seca nessa região, além da frequente ocorrência de secas e estiagens que assolam os municípios cearenses, combinada ao fato de que seu território está inserido quase que por completo no semiárido brasileiro. Dentro dessa perspectiva, o objetivo da pesquisa é analisar os diferentes graus de vulnerabilidade socioambiental do estado do Ceará considerando o cenário de suscetibilidade a seca e a estiagem. Para alcançar os objetivos propostos, o trabalho foi dividido em três etapas: (I) Identificação da vulnerabilidade social; (II) Identificação dos municípios suscetíveis a seca e estiagem; (III) Mapeamento da vulnerabilidade socioambiental a seca e a estiagens. Para a etapa de identificação da vulnerabilidade social foram consideradas três dimensões que retratam as condições de infraestrutura, da renda e a situação social do Ceará. Essas dimensões são compostas por variáveis que foram extraídas do Sistema IBGE de Recuperação Automática – SIDRA com base no censo do ano de 2010. Para a suscetibilidade foi feita análise dos Dias Secos Consecutivos (DSC) para um recorte temporal de 32 anos (1990 a 2021) e os dados de chuva diária utilizados são disponibilizados pela Fundação Cearense de Meteorologia e Recursos Hídricos (FUNCEME). No cenário de vulnerabilidade social, o estado do Ceará encontra-se com 84% dos municípios inseridos em condições de vulnerabilidade social não desejáveis, ou seja, elevado grau de vulnerabilidade na classe alta e muito alta. A dimensão de renda foi o fator de maior peso comparando com as demais dimensões, pois no Ceará 98% dos municípios estão com condições de renda não desejáveis. Quanto à suscetibilidade, o Ceará apresenta um elevado número de municípios suscetíveis a seca e estiagens, com base nos DSC. Sobrepondo os cenários de vulnerabilidade social e suscetibilidade a seca e estiagem, foi possível identificar aqueles municípios que apresentam maior grau de vulnerabilidade socioambiental. Constatou-se que 44% do estado encontra-se em um grau de vulnerabilidade socioambiental alto, e ainda 14% em um grau muito alto. Dessa forma, com a realização da pesquisa foi possível reforçar e identificar aqueles municípios que mais precisam de atenção do Poder Público, evidenciando também a necessidade de transformações estruturais e ações que visem a redução dos danos e mais alternativas de convivência com a seca.
  • GABRIELLA SARAIVA DE ALBUQUERQUE
  • OS SABERES CARTOGRÁFICOS NO ENSINO BÁSICO: uma análise a partir das escolas municipais da cidade de Crato, Ceará.
  • Data: 03/07/2023
  • Hora: 10:00
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  • No contexto educacional o saber cartográfico, assim como os demais saberes, é amplo e bem difundido na sociedade, pode ser usado em diversas situações do nosso dia a dia. Diante disso, a pesquisa objetivou-se analisar como os saberes cartográficos são praticados nos anos finais do Ensino Fundamental em escolas municipais do Crato, Ceará. Assim, investigamos o seguinte questionamento: Quais os saberes necessários ao professor para ensinar e como esta questão tem sido trabalhada quando nos referimos a Cartografia nos anos finais do Ensino Fundamental? Em resposta a esse questionamento, foi realizado uma revisão bibliográfica, com teóricos renomados da Cartografia, Ensino de Geografia, Saberes Docentes e em documentos oficiais que norteiam o currículo de Geografia e a prática docente. Na atividade de campo, foi realizado entrevistas como com docentes atuantes em Geografia nos anos finais do Ensino Fundamental das escolas municipais do referido município e questionários com os discentes do curso de Licenciatura em Geografia da URCA, respectivamente. Como resultado, apresentamos discussões sobre o Saber Cartográfico no processo de formação acadêmica do professor de Geografia e como esse saber está sendo materializado na prática docente dos docentes do Ensino Básico.
  • MARIA DA CONCEIÇÃO MESQUITA LEAL
  • GRANDE PROJETO AGROFLORESTAL SUZANO E TRANSFORMAÇÕES NA FORÇA DE TRABALHO NA CIDADE DE IMPERATRIZ, MARANHÃO, BRASIL
  • Data: 29/06/2023
  • Hora: 14:30
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  • A presente pesquisa tem por objetivo compreender transformações na força de trabalho de nível médio/técnico na cidade de Imperatriz, desencadeadas pela implantação da unidade fabril da Suzano Papel e Celulose. Com os projetos agroflorestais vieram os investimentos em infraestrutura para a integração nacional da matéria-prima extraída e transformada. Assim estruturou-se um modelo de enclave centrado numa economia de fronteira e baseado na exploração dos recursos segundo uma lógica infinita. Isso não só aprofunda o papel de regiões periféricas como o Maranhão, no modelo de desenvolvimento desigual e combinado, mas também acentua o papel do Estado, a reorganização, especialização e orientação da mão de obra da região para atender a lógico e pleno funcionamento da cadeia produtiva do papel e celulose. A base industrial plantada ao longo do tempo na região soma-se às condições gerais de terras baratas, infraestrutura de transporte até o porto de Itaqui, recursos hídricos, além da presença de mão de obra abundante, o que permitiu a implantação da Suzano em Imperatriz a partir do ano de 2008. O município de Imperatriz faz parte do novo corredor de plantio de eucalipto, expandido nos últimos dez anos pela Suzano Papel e Celulose, e vêm passando por significativas mudanças em consequência da modernização e especialização do trabalho pelo agronegócio mecanizado advindo da fronteira agrícola. Pouco foi discutido sobre o processo adaptativo da mão de obra local e regional, as dinâmicas e especialização do trabalho da cadeia produtiva da indústria de papel e celulose vinculada à unidade fabril da Suzano no Maranhão. Dentro dessa lógica de reconfiguração, as indústrias, para produzirem modernamente, convocam outros atores a participarem de suas ações. O Estado, subordinado à atividade industrial em um novo modelo de guerras fiscais, oferece isenções à custa da exploração de recursos sociais e ambientais em nome do discurso de desenvolvimento e criação de empregos e renda. O espaço de atração fica, assim, subserviente à lógica de produção e passa a ser reorganizado a partir de uma dinâmica própria que atenda à empresa. Ao trabalhador, coisificado dentro de uma lógica dominante, cabe se reestruturar, se reorganizar, se modificar e atender as novas demandas para a partir daí, atender as exigências que se seguem no mercado. A presente pesquisa se caracteriza como exploratória, pois analisa especialmente a especialização da força de trabalho, na cidade de Imperatriz/ MA desencadeadas pela implantação da Suzano. Metodologicamente além de revisão da literatura pertinente, utilizaram-se, conjuntamente pesquisa de campo, dados secundários sobre transformações no emprego local e nas qualificações profissionais locais advindas da implantação da Suzano. A coleta de dados de fontes secundárias ocorreu junto aos sítios eletrônicos, os dados utilizados são originários da Relação Anual de Informação Social (RAIS), do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (CAGED), Ministério do Trabalho e Emprego (TEM) do Programa de Disseminação das Estatísticas do Trabalho (PDET), da Indústria Brasileira de Árvores (IBÁ), da Associação Brasileira da Indústria de Painéis de Madeira (ABIPA) da Associação Brasileira de Celulose e Papel (BRACELPA), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), Food and Agriculture Organization (FAO), Comércio Exterior e Serviços (MDIC), e da Associação Brasileira de Produtores de Florestas Plantadas (ABRAF). Além desses, dados de fontes secundárias também foram obtidos dados dos relatórios da Suzano papel e celulose e das escolas técnicas locais e universidades. Os resultados obtidos da pesquisa têm apontado para uma especialização do trabalho existente, justificando a necessidade da intensificação das reflexões sobre os processos de especialização, (re) qualificação e restauração da força de trabalho local.
  • AGRIANE CALDEIRA SOUZA
  • AS VIVÊNCIAS ESPACIAIS DOS PESCADORES DA COMUNIDADE DE CARAPANATUBA-SANTARÉM/PA.
  • Data: 29/06/2023
  • Hora: 09:00
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  • Esta pesquisa tem como proposito contribuir com os estudos acerca da geografia da pesca artesanal. O desenvolvimento de pesquisas e trabalhos da área Pesqueira sempre estiveram presentes nos estudos, discussões e debates geográficos brasileiros e internacionais. Assim, verificamos que essa conexão essencial entre a Geografia e o campo de estudos pesqueiros vêm fortalecendo-se ao longo do tempo. Buscamos trazer o debate sobre o saber tradicional e as experiências dos pescadores de uma comunidade ribeirinha no interior da Amazônia, pois, acreditamos que estes sujeitos e suas relações espaciais dizem muito sobre as permanências e transformações sociais e temporais no lugar objeto deste estudo. O recorte espacial da área de pesquisa localiza-se no baixo Amazonas, em uma comunidade de várzea ribeirinha da Amazônia que se chama Carapanatuba. A comunidade de Carapanatuba fica localizada na margem esquerda do rio Amazonas, dentro da região da Aritapera, em área interiorana da cidade de Santarém no oeste do Pará. O objetivo principal da pesquisa é analisar o espaço de vida e de trabalho dos pescadores(a)s da comunidade de Carapanatuba, a partir de suas histórias orais, de seus saberes, das suas tradições e da relação que elas têm com a natureza. Para alcançar os resultados, contamos com o suporte da fenomenologia e utilizamos das categorias de analise geográfica o espaço e lugar baseados no conceito de Santos (2002), Yi- Fu Tuan (1979,2012). Para obter os dados foram utilizados instrumentos como a história oral na aquisição das narrativas dos pescadores de Carapanatuba, e fizemos uso da entrevista Semi estruturada na coleta das informações da pesquisa. Os resultados são parciais, no entanto percebe-se que aquisição do saber/fazer da pesca possui raízes nos saberes ancestral dos povos indígenas da Amazônia, que são evidenciadas em pequenas práticas cotidianas e também por meio da oralidade, em que são socializados os saberes sobre a dinâmica da natureza, e que eles tem e constroem relações simbólicas e afetivas com seus lugares de vida e trabalho.
  • ALCIMÁRIA FERNANDES DA SILVA
  • PERMANÊNCIAS E RECRIAÇÃO DA AGRICULTURA CAMPONESA NO POLO ASSU/MOSSORÓ (RN)
  • Data: 26/06/2023
  • Hora: 14:00
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  • Movido pelo que se convencionou chamar de Revolução Verde, o Brasil, principalmente a partir da década de 1970 e 1980, sob a ação do Estado, passa a sofrer a influência do processo de modernização do campo. Na região Nordeste, o impacto desse processo também se deu com a ação do Estado, por meio de políticas públicas que viabilizaram tanto a realização de projetos de caráter público, como projetos agropecuários da iniciativa privada. Nessa perspectiva, no espaço agrário do Rio Grande do Norte, o que se constituiu no Polo Assu-Mossoró, recorte espacial desse estudo, passa a refletir essas características, sendo sinônimo das contradições provenientes do desenvolvimento do capitalismo no campo, expressando, por um lado, processos de modernização, principalmente com o agronegócio da fruticultura irrigada e, por outro, apresentando-se como um espaço de subjugo, desigualdades sociais, violência, concentração de terras e expropriação de agricultores camponeses, fazendo com que estes se proletarizem ou busquem alternativas para se recriarem. A partir disso, buscamos analisar as permanências e recriação da agricultura camponesa frente à expansão do capital no Polo de Desenvolvimento Integrado Assu-Mossoró (RN). Partimos do pressuposto de que a agricultura camponesa no Polo coabita com dinâmicas de permanências e recriação frente ao capital, entendendo que este não tem gerado o desaparecimento dos agricultores camponeses como anunciaram Kautsky (1980) e Lênin (1982), mas processos de resistências e recriação. Com o suporte da dialética e buscando entender as dinâmicas dos processos que ali ocorrem, sem negligenciar os aspectos históricos que permeiam a construção desse território e o movimento da realidade, traçamos o caminho metodológico pautando-se no uso de pesquisa bibliográfica, documental e empírica, na busca pela apreensão da realidade concreta e da essência do objeto de estudo. Do ponto de vista teórico-conceitual, a tese de doutoramento ora apresentada esteve pautada nos conceitos de espaço, território, Territorialização do Capital, Monopolização do Território pelo Capital, camponês, permanência, recriação camponesa e renda da terra. Os resultados alcançados indicam que no referido Polo o processo de modernização do campo não tem impactado positivamente nos aspectos sociais, já que boa parte da população depende de programas sociais como o Bolsa Família e, embora os agricultores camponeses sejam maioria nesse espaço, predominam em suas mãos os estabelecimentos de pequenas dimensões, enquanto as maiores áreas têm sido apropriadas por agricultores não familiares, além da violência no campo. Por outro lado, registramos empiricamente, vários exemplos que retratam a recriação camponesa, como a luta pela terra, a adesão à agroecologia, as feiras agroecológicas, as sementes crioulas e as organizações camponesas através da formação de grupos de mulheres, o associativismo e o cooperativismo. Essas formas de organização, aliadas a práticas de parceria e arrendamento por parte dos agricultores sem-terra, sinalizam também para formas de resistência ao subjugo ao agronegócio da fruticultura irrigada que circundam os territórios camponeses.
  • JOSE MARCOS DUARTE RODRIGUES
  • PAISAGEM E GEOECOLOGIA: ENFOQUES GEOECOLÓGICOS EM APOIO AO ESTUDO DAS PAISAGENS NA SUB-BACIA HIDROGRÁFICA DO RIO SUCURU, ALTO CURSO DO RIO PARAÍBA, PB
  • Data: 05/05/2023
  • Hora: 08:00
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  • Os estudos geoecológicos consistem em um sistema de métodos, procedimentos e técnicas de investigação que permitem a obtenção de conhecimentos sobre o meio natural e antroponatural. Com base nesta afirmação, a presente pesquisa objetiva analisar as paisagens utilizando os enfoques geoecológicos e determinar o estado funcional, na sub-bacia hidrográfica do rio Sucuru, alto curso do rio Paraíba, estado da Paraíba. A área em estudo possui 1.681 km², situa-se na mesorregião da Borborema, microrregião do Cariri Ocidental. Para tanto, inicialmente, procurou-se identificar as múltiplas definições e interpretações do conceito de paisagem na ciência geográfica, desde as concepções iniciais até a retomada dos estudos paisagísticos, no século XX. Posteriormente, buscou-se interpretar a geoecologia das paisagens como abordagem teórico-metodológica, analisando as suas origens e desenvolvimento, distinguindo a perspectiva geográfica da ecológica para, então, aprofundar-se na abordagem adotada na pesquisa. Após, analisou-se os componentes formadores das paisagens, geologia, geomorfologia, clima e recursos hídricos, classes de solos, uso e cobertura da terra, interpretando-os como totalidade e unidade pertencente ao todo. Em seguida, regionalizou-se e tipificou-se as unidades geoecológicas de paisagens, distinguindo as regiões de acordo com processos morfogenéticos preponderantes (denudacionais e agradacionais) e subdividindo-as segundo os seus traços análogos em diferentes unidades de paisagens. Posteriormente, utilizou-se os enfoques geoecológicos na análise das unidades das paisagens; analisou-se as suas composições e inter-relação vertical, a estrutura funcional, gênese e evolução, o processo histórico de uso e ocupação, a dinâmica populacional e as atividades degradadoras para, então, estabelecer o estado funcional em que se encontram. Assim, conclui-se que as paisagens que compõem a sub-bacia hidrográfica do rio Sucuru se comportam como um mosaico heterogêneo, compostas por componentes naturais e antrópicos que lhes atribuem particularidades próprias. As mesmas encontram-se em estados funcionais variados, apresentando modificações na sua organização estrutural e desequilíbrios na sua funcionalidade. Desta forma, o presente trabalho pretende contribuir tanto para pesquisas posteriores como para a sociedade em geral.
  • JANAÍNA SILVA DE OLIVEIRA
  • FLORESTAS TROPICAIS SAZONALMENTE SECAS NA PERSPECTIVA DA ECOLOGIA DE PAISAGENS: uma análise geoambiental dos fragmentos de Caatinga no Cariri Paraibano
  • Data: 28/04/2023
  • Hora: 14:00
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  • A Caatinga é a maior e mais isolada Floresta Tropical Sazonalmente Seca da América do Sul. Em meio a florestas úmidas, o endêmico bioma se destaca pela geodiversidade e biodiversidade adaptada ao clima semiárido. No entanto, pesquisas científicas e políticas públicas adequadas às especificidades da Caatinga são incipientes e ainda predomina o senso comum de uma região com extrema pobreza social e paisagística. Inserida na Caatinga, a região do Cariri Paraibano apresenta um histórico processo de uso e ocupação do solo composto pela agricultura, pecuária de subsistência e extrativismo vegetal de espécies nativas, que tem resultado em grandes extensões de áreas susceptíveis à desertificação e na fragmentação de hábitats. A tese se embasou nas hipóteses que os componentes geoambientais análogos viabilizam a manutenção de fragmentos com maior densidade de vegetação, onde estruturas geológicas se tornam elementos facilitadores para a conectividade estrutural da paisagem. A verificação das hipóteses ocorreu a partir dos preceitos geográficos da Ecologia de Paisagens, tendo como objetivo analisar o padrão estrutural da paisagem para propor modelos de conectividade entre fragmentos de Caatinga Densa na região do Cariri Paraibano. O mapeamento da área de estudo foi realizado pela classificação GEOBIA, com a definição de sete classes temáticas: Corpo Hídrico, Afloramento Rochoso, Ambiente Antrópico, Mata Exótica, Caatinga Antropizada, Caatinga Rarefeita e Caatinga Densa. Após validação estatística do mapa, a análise da paisagem se baseou na dinâmica de uso e ocupação do território e na aplicação de métricas da paisagem. Os resultados apresentaram um padrão de distribuição das áreas invadidas pela Mata Exótica, com destaque para as faixas nas margens de rios afluentes do Paraíba; e a alteração da Caatinga pelas atividades antropogênicas identificadas. Destacou-se também a forte pressão ao patrimônio cultural, geológico e geomorfológico ocasionada pela extração de bentonita no município de Boa Vista, onde há proposta de criação do Geoparque do Cariri. Apesar disso, as métricas revelaram a baixa fragmentação da Caatinga Rarefeita, analisada como unidade dominante da paisagem conforme modelo mancha-corredor-matriz. Já a Caatinga Densa demonstrou elevada fragmentação, com tamanho das manchas pouco expressivos no contexto da paisagem. A modelagem resultante do Índice Integral de Conectividade mostrou um cenário alarmante, onde o arranjo estrutural dos fragmentos destacados pela métrica não percorrem pela matriz – e indica a baixa efetividade na formação de stepping stones entre as manchas dispersas na paisagem. As Unidades de Conservação demostraram ser muito importantes para a proteção dos remanescentes de Caatinga Densa, embora apresentem fragilidades na gestão. Com evidente processo de isolamento desses ambientes, os lineamentos de altos topográficos e as zonas de cisalhamento foram identificados como elementos facilitadores para a formação de corredores ecológicos, embasados na teoria dos fractais, onde feições geomorfológicas dos relevos residuais se repetem na escala regional. Desta forma, concluiu-se que os componentes geoambientais analisados podem ser incorporados como estratégia ao planejamento territorial para disciplinar o uso e ocupação da terra e conectar áreas relevantes para a proteção ambiental.
  • VIRNA VIEIRA FRANCO
  • DEGRADAÇÃO AMBIENTAL NO ALTO CURSO DO RIO PIANCÓ, ESTADO DA PARAÍBA
  • Data: 24/04/2023
  • Hora: 09:00
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  • As interações sociedade-natureza e seu desenvolvimento ao longo do tempo histórico transformam os caminhos teórico-conceituais e metodológicos da Ciência. Atualmente, é vital para a sociedade propor diagnósticos ambientais que consideram a integralidade do ambiente. Nesse contexto, esta investigação objetiva avaliar o processo histórico de desmatamento e suas consequências ambientais no alto curso do Rio Piancó. A partir da correlação entre o histórico do uso e ocupação das terras e a aplicação de Índice de Vegetação SAVI na compreensão do processo de supressão da vegetação na área de estudo, foi constatada a ocorrência de desmatamento, sobretudo, para fins de agricultura e pecuária, produção de carvão e lenha, abertura de estradas e extração de areia. Essas práticas sociais ocasionaram transformações na paisagem que indicam, portanto, alterações das dinâmicas naturais. Desta maneira, com base na seleção de 9 trechos representativos na bacia do Alto Piancó, foi identificada a ocorrência de processos erosivos, decorrentes do desmatamento, enquanto indicadores da degradação ambiental, tais como: erosão linear superficial acelerada com formação de sulcos e ravinas, erosão laminar e erosão linear subsuperficial por voçorocamento com formação de túneis erosivos.
  • ELAINE FARIAS TEIXEIRA
  • ANÁLISES DA TEMPERATURA DO AR E DOS ÍNDICES DE CONFORTO TÉRMICO HUMANO EM CAMPINA GRANDE, PB NO PERÍODO DE 1977 A 2021
  • Data: 18/04/2023
  • Hora: 14:30
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  • O objetivo desse estudo é analisar a tendência na temperatura (média, máxima, mínima, 9h, 15h e 21h) e seu impacto nos padrões de conforto térmico humano em Campina Grande, PB para o recorte temporal de 1977 a 2021. Para isso, utilizou-se os dados de temperatura e umidade relativa do ar da Estação Meteorológica Convencional e Automática pertencente ao Instituto Nacional de Meteorologia (INMET) e instalada na Empresa Brasileira de Pesquisa e Agropecuária (EMBRAPA) Algodão. Com base nos dados dessa estação, analisou-se a variabilidade das temperaturas (mensal, sazonal, interanual e decenal) por meio de estatística descritiva, bem como, realizou-se os testes de Mann-Kendall, Sen’s Slope, Pettitt e Análise de Variância (ANOVA). O conforto térmico humano foi avaliado a partir dos índices de Temperatura Efetiva (TE) e Temperatura e Umidade (ITU) para os dois anos que registraram as temperaturas mais elevadas, além disso, calculou-se a Temperatura da Superfície para o perímetro urbano de Campina Grande. Os resultados obtidos apontaram que: (i) Houve um acréscimo de 0,6 °C na temperatura média do ar nas últimas quatro décadas. (ii) Os testes de Mann Kendall e Sen’s Slope indicaram uma tendência crescente e significativa para a temperatura média, máxima, mínima, 9h, 15h e 21h, em conformidade a isto, os maiores acréscimos ocorreram na máxima (0,035°C) e as 15h (0,031 °C). (iii) O (TE) e (ITU) calculados em 1998 e 2021, indicaram “Estresse Térmico” e “Estado de Emergência” de acordo com as faixas de classificação de Terjung (1966), Matzarakis; Mayer (1991) respectivamente. (iv) A banda termal dos satélites Landsat 5 e 8 identificaram uma elevação da (TS) mínima na cidade de Campina Grande em 1984 (20,8°C), 2007 (23,3°C) e 2018 (24,0°C). Pode-se concluir que o conjunto de 45 anos de dados obtidos no período em que a cidade protagonizou uma clara expansão urbana forneceram embasamento para compreender a tendência de temperatura e (des)conforto térmico encontrado através das faixas interpretativas do (TE) e (ITU) nas temperaturas a tarde.
  • WELDON PEREIRA SILVA DE NOVAIS
  • A FINANCEIRIZAÇÃO DO AGRONEGÓCIO DO CAFÉ NO BRASIL: a trama do capital fictício na produção capitalista do espaço
  • Data: 24/03/2023
  • Hora: 14:00
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  • O presente trabalho teve como objetivo central compreender como a financeirização se manifesta no agronegócio do café no Brasil contemporâneo, com ênfase nas etapas da comercialização e processamento desse grão. As respostas obtidas durante o processo de investigação embasam a tese de que a financeirização no agronegócio do café no Brasil é configurada pelas bolsas de valores e mercados futuros que são os centros financeiros dessa commodity e pela atuação marcante de investidores estrangeiros nas principais torrefadoras e exportadoras presentes no país. A financeirização das multinacionais de café fez com que os acionistas se tornassem os principais sujeitos dessa dinâmica financeira, tendo em vista que as exportadoras e torrefadoras com capital aberto em bolsa de valores passaram a atuar sob a pressão de maximizar o lucro desses investidores. Ascensão das finanças nessas empresas fortaleceu o processo de fusões/aquisições, tendo como resultado principal, a monopolização e centralização do mercado cafeeiro pelas torrefadoras e exportadoras globais. O método de interpretação assumido neste trabalho foi o materialismo - histórico - dialético. A pesquisa bibliográfica/documental e o estudo de campo foram utilizados como procedimentos metodológicos para a coleta de dados e informações sobre as dinâmicas comerciais do café nacional e internacional.
  • MARTA OLIVEIRA BARROS
  • GEOGRAFIAS DE QUILOMBOS: MEMÓRIAS E HISTÓRIAS ANCESTRAIS DO MATÃO/PB NO CONTEXTO DA EDUCAÇÃO GEOGRÁFICA
  • Data: 10/03/2023
  • Hora: 14:00
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  • Historicamente, as comunidades remanescentes quilombolas no Brasil enfrentam diversos obstáculos na garantia de direitos aos seus territórios ancestrais, bem como à manutenção destes e à reafirmação da identidade territorial. Nesse contexto de lutas identitárias, torna-se relevante discutir o ensino da Geografia em escolas quilombolas na perspectiva de valorização e reconhecimento da identidade territorial a partir das memórias e autobiografias das pessoas mais velhas do lugar. Para tanto a proposta de investigação para a elaboração de tese de doutorado em Geografia, na linha de pesquisa Educação Geográfica, da Universidade Federal da Paraíba, tem como objeto de estudo as memórias (auto) biográficas ancestrais da comunidade do Matão, e suas repercussões para Educação Geográfica na perspectiva de valorizar a identidade local. Procurando contribuir na construção de novas práticas pedagógicas relativas a essa temática, estabeleci como objetivo desta pesquisa compreender como as narrativas (auto) biográficas ancestrais quilombolas do Matão-PB podem contribuir como base e referência para o fortalecimento da identidade local dos estudantes quilombolas, no contexto da Educação Geográfica, a fim de (re)construir conhecimentos geográficos significativos sobre o quilombo. A tese é desenvolvida sob a forma de pesquisa qualitativa geográfica, ancorada nos princípios teórico-metodológicos da pesquisa (auto) biográfica, inscrita e escrita a partir das memórias das pessoas mais velhas da comunidade remanescente quilombola do Matão, localizada no município de Gurinhém, agreste paraibano. Os colaboradores da pesquisa foram as (8) pessoas mais velhas da comunidade, e os professores com maior tempo de serviço da Escola de Ensino Fundamental José Rufino, escola do Matão. Foi utilizado como referenciais teóricos para discutir questões de quilombo, memória, intergeração, identidade, currículo e Educação Geográfica os seguintes autores: Munanga (1999); Souza (2008); Halbwachs (2006); Chauí (1994); Pollak (1989); Bosi (2012); Freire (2000); Callai (2005), Pinheiro (2020), Portugal(2013) entre outros. Os resultados de tal propositura podem implicar reflexões relevantes para o âmbito da Educação Geográfica em escolas quilombolas, visto que a inclusão das memórias ancestrais quilombolas como fonte e referência para o estudo da Geografia oportuniza aos alunos compreender os sabres construídos no cotidiano, os quais são transmitidos (repassados) de geração a geração através da oralidade, que, consequentemente, contribuirá com um ensino significativo da Geografia de quilombo e com a valorização da identidade local dos estudantes. Portanto, essa proposta de tese servirá como referência para o estudo da Geografia na comunidade em estudo, bem como em outras comunidades quilombolas.
  • RAMON SANTOS SOUZA
  • ANÁLISE DAS PROPRIEDADES NUTRICIONAIS DO SOLO E DA ESTRUTURA FLORESTAL NO BIOMA CAATINGA
  • Data: 28/02/2023
  • Hora: 14:00
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  • Os nutrientes do solo e a estrutura das florestas desempenham papel fundamental nos ecossistemas terrestres e são primordiais para compreender os efeitos das mudanças globais. Na Caatinga ainda são escassos estudos que buscaram avaliar os controladores da variabilidade espacial dos C, N, P no solo e, menos ainda os que exploraram o uso da modelagem para estimar parâmetros estruturais da vegetação no espaço. Este trabalho tem como objetivo analisar teores de C, N, C:N e P em solos e parâmetros estruturais de altura e densidade da vegetação no bioma caatinga. Além de entender suas relações com os atributos da paisagem. Primeiramente, foi realizado uma análise descritiva dos dados. Após isso, utilizou-se de variáveis ambientais e distâncias das amostras como entradas no modelo Random Forest. A validação foi realizada com as métricas R¬2¬ e RMSE usando validação cruzada de 5 repetições para os nutrientes e para os dados GEDI (rh98, cover e pai) dividiu as amostras em conjuntos de treino e teste para 353 grids (0,5° × 0,5°) criados na área de estudo. O resultado descritivo apresenta os seguintes valores de mediana: 4,678 g/kg (±13,385) de teor de carbono, 0,606 g/kg (±0,797) para o teor de nitrogênio, 8,1 de relação C:N e 2,1 mg/kg para o fósforo. As variáveis mais importantes para estimar os nutrientes do solo foram as distâncias entre as amostras, elevação e as condições mesoclimáticas. No geral, a quantidade de variação explicada pelos modelos de previsão espacial foram razoáveis em todas as profundidades, com valores mais altos para relação C:N (R2 de 0,44 a 0,65) seguido de teor de nitrogênio (R2 de 0,41 a 0,58). O RMSE decresce com o aumento do intervalo de profundidade. A declividade (slope), elevação (elevation) e TWI foram os preditores mais importante para estimar os parâmetros estruturais da vegetação. A maior precisão do modelo foi alcançada, de acordo com R², para a altura do dossel (média: 37%, mediana: 38%) e RMSE equivalente a 2 m. A altura do dossel modelado varia de 2,8 a 17,7 m e valor médio de 5,6 m (±1,7). A cobertura de dossel total modelada foi de 0% (sem cobertura de dossel presente) a 87 % (cobertura de dossel densa a fechada) e média de 13% (±0,08), o que destaca os níveis bastante esparsos das condições de cobertura do dossel na Caatinga. Já para o índice de área total da planta apresenta valor médio de 0,36 m2/ m2 (±0,33). Portanto, esses resultados são essenciais para criação de políticas ambientais e desenvolvimento de novos estudos e, principalmente contribuir com entendimento de um dos biomas mais ameaços e menos estudado do Brasil.
  • ELIANE SOUZA DA SILVA
  • Ensino de Geografia e formação continuada de professores: possibilidades de mediação didática do conceito de lugar para a Geografia Escolar.
  • Data: 27/02/2023
  • Hora: 14:00
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  • O presente trabalho parte do entendimento de que a formação continuada de professores, por meio da pesquisa colaborativa, contribui para a aprendizagem significativa da Geografia Escolar, através da mediação didática, levando em consideração o lugar de vivência do aluno. O desenvolvimento dessa tese teve como principal objetivo analisar as contribuições da mediação didática para a formação continuada de professores, e o ensino-aprendizagem do conceito de lugar na Geografia Escolar em Cabedelo-PB. Buscamos também conhecer o perfil dos sujeitos colaboradores da pesquisa e suas relações com o lugar, a partir da cidade de Cabedelo. Dessa maneira, identificamos como os conteúdos geográficos foram abordados para verificar se os professores relacionam a realidade do lugar onde atuam, na sala de aula, e quais as dificuldades que encontram em contextualizar com os conhecimentos geográficos. Assim, desenvolvemos ações didáticas colaborativas para a formação continuada dos professores de Geografia, e para o ensino-aprendizagem dos alunos, e refletimos sobre a importância do conceito de lugar na mediação didática da Geografia Escolar. A compreensão do lugar de vivência do aluno ocorreu através de uma relação dialética de interação entre os sujeitos e o objeto de pesquisa. Levamos em consideração a experiência e o conhecimento dos professores e dos alunos. Em nossa tese damos evidência ao conceito de lugar, pois este atinge uma dimensão de destaque em sua reafirmação na produção teórica geográfica. Assim, temos como locais de pesquisa três escolas municipais da cidade de Cabedelo que possuem o 6º ano do Ensino Fundamental. Já os sujeitos colaboradores são três professores de Geografia, que atuam nas escolas selecionadas e os seus respectivos alunos. A seleção da turma do 6º ano se deu pelo fato dos conteúdos que são trabalhados nesse ano, que de forma geral buscam preparar os alunos para se localizarem no mundo, compreender o local onde vivem e as relações entre natureza e sociedade. Logo, a pesquisa tem caráter qualitativo com a utilização do estudo de caso, da pesquisa colaborativa, do uso de questionário, de entrevista semiestruturada, de observação participante e da execução de ações didáticas colaborativas. A partir dos resultados obtidos por meio dos instrumentos utilizados nessa pesquisa, verificamos que atingimos os objetivos propostos e conseguimos contribuir com a formação continuada dos professores de Geografia, sujeitos colaboradores da investigação, utilizando-se do conceito de lugar na mediação do ensino-aprendizagem. Percebemos a importância da formação continuada para a mediação didática do conceito de lugar na Geografia Escolar e observamos que as experiências vivenciadas pelos docentes no lugar Cabedelo necessitavam de um conhecimento mais aprofundado, para assim conseguirem contextualizar os conteúdos com a realidade dos alunos. Todavia, a pesquisa colaborativa contribuiu para essa formação. Por meio da Geografia do lugar, da confirmação dos professores e alunos, verificamos que Cabedelo se constitui como um espaço de aprendizagem para a Geografia Escolar no Ensino Fundamental. E que o conhecimento desse lugar, a partir da formação continuada com as ações didáticas colaborativas, contribuiu para a mediação da Geografia Escolar, e o conhecimento e a vivência do professor na cidade de Cabedelo, proporcionado pela pesquisa colaborativa, os possibilitou realizar aulas mais contextualizadas.
2022
Descrição
  • FRANCISCO VILAR DE ARAÚJO SEGUNDO NETO
  • DA AÇUDAGEM E TRANSPOSIÇÕES ÀS TECNOLOGIAS SOCIAIS: TERRITORIALIZAÇÃO E CONFLITOS ENTRE AS POLÍTICAS PÚBLICAS DE ENFRENTAMENTO À SECA E CONVIVÊNCIA COM O SEMIÁRIDO NOS ESTADOS DA PARAÍBA E DE PERNAMBUCO
  • Data: 21/12/2022
  • Hora: 15:00
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  • O problema da seca está intrinsecamente ligado não apenas ao baixo volume de água decorrente das precipitações, mas também da sua distribuição ao longo do tempo e do espaço. Embora ocorram uma série de eventos climáticos naturais que parecem conspirar para retratar a seca no Nordeste semiárido, não há dúvida de que muitas das principais consequências da seca são determinadas por fatores políticos e de desigualdades sociais historicamente existentes. Durante o processo histórico de formação do semiárido, diversas políticas públicas foram desenvolvidas com o intuito de “combater” os efeitos das secas na região. A política de açudagem foi a mais significativa nesse processo de combate as secas. Porém, apesar das grandes intervenções e impactos causados, os problemas relacionados as secas continuavam assolando a população. Era preciso adotar novas ações e políticas, pois não havia como acabar com as secas, mas era possível uma convivência com ela. No início dos anos 2000 a ASA Brasil em parceria com o Governo Federal implementou o Programa Um Milhão de Cisternas (P1MC), cujo objetivo principal era construir, no âmbito do semiárido, 1 milhão de cisternas de placas. Melhorar a vida das famílias que vivem na região semiárida do Brasil, garantindo o acesso à água de qualidade, foi e é o principal objetivo do P1MC. Tal programa visa atender a uma necessidade básica, a mais importante de todas, da população que vive no campo, que é o acesso a água de beber. O objetivo central desta tese de doutorado é analisar os conflitos entre as políticas públicas voltadas aos recursos hídricos no semiárido brasileiro, seus paradigmas e suas territorializações. De um lado, as ações de universalização do acesso à água, tidas como as expressões contemporâneas das políticas enfrentamento/combate às secas, e do outro as políticas de convivência com o semiárido, desenvolvidos pelas OSC e entidades dos movimentos sociais. O recorte espacial desta pesquisa compreende os estados da Paraíba e de Pernambuco. De maneira geral, já foram construídas, até meados de 2020, mais de 233 mil cisternas nos estados da Paraíba e de Pernambuco, dos quais aproximadamente 164 mil são do P1MC. No entanto, desde o ano de 2014 os números relacionados a quantidade de cisternas financiadas e construídas vêm caindo substancialmente, provocando uma estagnação do P1MC e do Programa Cisternas, por falta de liberação de recursos do governo federal. De acordo com os resultados apresentados, no âmbito do P1MC, percebe-se que sua atuação no estado da Paraíba é mais forte do que em Pernambuco em termos de percentual de pessoas atendidas, mesmo que em números absolutos de quantidade de cisternas o quadro seja o oposto. Em compensação, quando se trata das cisternas financiadas pelo MDS e a partir do Programa Cisternas, a situação se inverte, tendo uma forte participação das esferas políticas estaduais e municipais no processo de implementação de tecnologias sociais no estado de Pernambuco. Em 2011 surge o Programa Nacional de Universalização do Acesso e Uso da Água - Programa Água Para Todos (PAT) tendo como propósito intensificar o ritmo de atendimento para as famílias do meio rural do semiárido brasileiro, dinamizando o acesso a água por parte dessa população que constantemente são assolados pelo fenômeno das secas. Entre os anos de 2011 e 2014 o PAT foi responsável pela instalação de 5 mil cisternas de polietileno no estado da Paraíba e pouco mais de 47 mil em Pernambuco, tendo o DNOCS e a Codevasf como órgãos responsáveis. Dessa forma, conclui-se que o impacto do PAT, por meio de cisternas de polietileno foi pouco significativo na Paraíba, abrangendo um total de nove municípios. As políticas de convivência com o semiárido e universalização do acesso a água, por meio das cisternas de placa e de polietileno respectivamente, durante anos foram simultâneos. Apesar de coexistirem, elas se negam. Sua coexistência espacial é conflituosa, pois partem de diferentes princípios que levam a diferentes paradigmas, construindo diferentes territórios. Enquanto as cisternas de placa se constituem como pontapé inicial para as práticas de convivência com o semiárido, as cisternas de polietileno remontam as políticas de combate as secas.
  • THIAGO LIMA MATIAS
  • ATUAÇÃO DOS NÚCLEOS DE PESQUISA E EXTENSÃO EM DESENVOLVIMENTO TERRITORIAL NO FORTALECIMENTO DOS TERRITÓRIOS DA BORBOREMA E DO CARIRI ORIENTAL NO ESTADO DA PARAÍBA – PB.
  • Orientador : JOSIAS DE CASTRO GALVAO
  • Data: 20/12/2022
  • Hora: 08:30
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  • A pesquisa se propõe a analisar a atuação de Núcleos de Extensão em Desenvolvimento Territorial (NEXTAP/NEDET Borborema e NEDET Cariri Oriental - Chamada CNPq/MDA/SPM-PR Nº 11/2014)) no que tange à gestão de pessoal e mediação em processos decisórios das políticas voltadas para a agricultura familiar nos Territórios Rurais e da Cidadania, a partir da vigência dos Projetos entre os anos de 2014 a 2017. Neste período, além de operarem ações do extinto Ministério do Desenvolvimento Agrário – MDA e estimularem a participação das Universidades Públicas e Institutos Federais na busca de conhecimentos e soluções dos problemas enfrentados no campo, os NEDETs Paraíba assessoraram os diversos Colegiados Territoriais no planejamento, programação de ações de inclusão social e produtiva no campo, promovendo também o acompanhamento da política territorial. A partir disso, estamos nos propondo a realizar um estudo da atuação desses Núcleos em dois territórios da Paraíba no intuito de explorar situações da vida real cujos limites não estão claramente definidos e descrever a situação do contexto em que está sendo feita determinada investigação. No campo teórico metodológico, o materialismo histórico e dialético direciona-nos a não realizar uma investigação puramente narrativa e descritiva, mas também buscar o resgate da historicidade cíclica dos fatos e perceber a real atuação dos sujeitos sociais presentes no intuito de desvendar os conflitos, contradições, interesses e ideologias que estão por detrás dos discursos e também dos resultados das diferentes ações nos Territórios. Para a realização do trabalho, contamos com o suporte metodológico da pesquisa documental, de entrevistas semiestruturadas e questionários aplicados com os agentes envolvidos (professores coordenadores, alunos e profissionais bolsistas, representações políticas, etc.) nesse processo organizativo. Por meio da análise das diversas atividades de pesquisa, extensão e gestão social empreendidas nestes territórios, nos propomos a realizar um estudo que favoreça observar as políticas operadas como fonte de investigação geográfica. Assim, defendemos nessa tese, a importância da política territorial, que fundamentada em uma visão processual, cíclica e dinâmica, perpassando pelas fases de planejamento, organização, monitoramento e avaliação, implicou numa ruptura das concepções e práticas de gestões centralizadoras e pouco participativas que marcam a administração pública brasileira. A experiencia inédita dessa política de governo trouxe resultados positivos tanto na melhoria das condições de vida da agricultura familiar quanto em seu poder de organização, sobretudo, pela gestão social promovida pelos NEDETs nos Territórios Rural e da Cidadania analisados. Apesar das falhas de governança e participação dos agentes territoriais, os resultados parciais da pesquisa apontam que com maior facilidade orçamentária do ponto de vista operacional, os NEDETs auxiliaram na recomposição dos colegiados territoriais e regularização de um cronograma de atividades (plenárias; reuniões com o Núcleo Diretivo, Câmaras Temáticas, conferências territoriais da Juventude, de mulheres, seminários etc.), bem como, difusão de tecnologias e métodos, e produção de dados importantes para avaliação da política no âmbito dos Territórios.
  • LUCAS GEBARA SPINELLI
  • NO RASTRO DAS TERRAS DEVOLUTAS NO LITORAL SUL DA PARAÍBA: UM ESTUDO DA GRILAGEM NA FORMAÇÃO DA PROPRIEDADE PRIVADA DA TERRA
  • Data: 18/11/2022
  • Hora: 14:00
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  • Esta tese pretende analisar a formação da propriedade privada da terra no desde a perspectiva teórico-metodológica da acumulação primitiva de capital na formação territorial do litoral sul paraibano, partindo do estudo da cadeia dominial do Imóvel Fazenda Garapú, ocupado pelo MST em 2017 e palco de dois assassinatos de sem-terras em 2018. Para isso este estudo busca apresentar desde o capítulo 2 um panorama da consolidação da propriedade privada da terra no Brasil e do mercado de terras que, desde o período colonial, se ampara em formas jurídicas de dominialidade fundiária guiada pela a lógica privada de apropriação do solo. Tais formas jurídicas antecessoras da propriedade privada formal, se consolidariam em oposição às terras camponesas, indígenas e quilombolas, conquistadas e ocupadas pela crescente população rural pobre e livre no país. O advento da Constituição de 1824 reconhecendo a sacralidade da propriedade privada seria o pontapé inicial da consolidação de grandes dominíos fundiários em nome de oligarquias rurais a partir das sesmarias e das posses de terra, ambas instituídas desde tempos coloniais. O legado colonial no ordenamento territorial do país daria corpo a uma formação territorial caracterizada pela crescente concentração fundiária nas mãos de grandes fazendeiros apossadores, em detrimento pequenos posseiros de terra. A Lei de Terras de 1850 acentuaria aquele quadro, criando o conceito de terras devolutas como sinônimo de terras sem dono conhecido. Assim dita lei converteu a maior parte das terras do país em um vasto estoque fundiário estatal a ser disponibilizado aos grandes apossadores de terra, em detrimento de seus ocupantes de origem indígena tribal e aldeada, quilombola e posseira camponesa. A partir desses dois marcos legais (de 1824 e 1850) observamos um rol de ações grileiras criadas sistematicamente por agentes do mercado de terras para possibilitar a forja de documentação comprovatória de ascendência dominial, resumidamente entendida como invenção de marcos temporais associando particulares a uma dada extensão rural. Ainda que sempre reatualizado perante as seguidas legislações de ordenamento fundiário do país, esse rol de práticas grileiras possibilitou a concentração de terras em escala crescente pelo nascente capitalismo industrial do país ainda no final do século XIX e início do século XX. A grilagem garantiu assim o usufruto da terra como reserva de valor e reserva patrimonial pelos capitalistas no Brasil, simultaneamente exploradores do trabalho assalariado e da renda da terra (advinda da venda ou do aluguel da área). Ao longo do século XX esses procedimentos continuam sendo empregues, burlando a legislação e o direito agrário. Em especial na Paraíba, destacamos o caso do litoral sul como exemplar de uma formação territorial caracterizada pela concentração da propriedade privada da terra muito provavelmente frutos de grilagens. Nos capítulos 3 e 4 demonstramos como que os diferentes momentos dos ordenamentos territoriais foram manipulados em favor de oligarquias rurais ávidas pela ampliação de seus domínios fundiários por sobre terras camponesas, indígenas, quilombolas. Através de fontes de época, estudos de campo, mapeamento e produção de cartografia e cronologia de fatos interligados à formação das grandes propriedades rurais do litoral sul, observamos a reprodução do rol de práticas grileiras, que se amparam em parte do patrimônio juridicamente inacessível da família Lundgren. Estes atuaram como pivôs de uma grilagem secular de terras públicas do litortal sul, que garantiu a acumulação de propriedade privada e a apropriação da renda da terra por parte de cinco grandes grupos de proprietários privados. Terras privadas originadas e consolidadas na grilagem.
  • IZABEL CRISTINA DA SILVA
  • VOLTA AO MUNDO COM LIVROS PARADIDÁTICOS: AVALIAÇÃO CONSTRUTIVA DA APRENDIZAGEM A PARTIR DAS INSTALAÇÕES GEOGRÁFICAS
  • Data: 05/10/2022
  • Hora: 14:30
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  • o presente trabalho tem como objetivo compreender como os livros paradidáticos do gênero narrativo, atrelados à avaliação construtiva da aprendizagem, que se desenvolve a partir da metodologia da instalação geográfica, contribui com o processo de ensino e aprendizagem dos alunos do 6º ano A, da Escola Municipal Arthéphio Bezerra da Cunha, localizada no município de Serra Negra do Norte/RN, no ano de 2021. Foi necessário selecionar e avaliar livros paradidáticos que dessem suporte para trabalhar os conteúdos estabelecidos para o 6º ano do ensino fundamental. Além disso, realizamos a avalição construtiva da aprendizagem, instalação geográfica. A pesquisa . A proposta deste trabalho se insere em uma abordagem qualitativa. Quanto ao tipo de pesquisa, este estudo se desenha no campo da pesquisa-ação, partindo do entendimento de Thiollent (2011) quando aponta que a pesquisa-ação, além da participação, supõe uma forma de ação planejada de caráter social, educacional e técnico. Devido a pandemia causada pelo Covid-19 o primeiro momento da pesquisa de campo foi realizada através de aulas virtuais. Os primeiros dados apontam que os alunos estão passando a olhar a Geografia de maneira diferente. Começaram a percebê-la no seu cotidiano e, principalmente, estão (re)aprendendo a questionar. Os educandos aprendendo a perguntar, a duvidar daquilo que está posto como verdade absoluta, a observar o que o outro fala, a emitir uma opinião sem medo de passar por constrangimento, a usar sua criatividade para expressar o que aprenderam, mostrando que a Geografia não serve apenas para fazer a guerra, ela serve para evitá-la. Todavia, temos consciência de que muito ainda precisa ser feito, os educandos precisam avançar na escrita e na leitura para que possam articular melhor o conhecimento adquirido a partir dos livros paradidáticos e da avaliação construtiva da aprendizagem.
  • CLODOALDO BRANDAO COSTA JUNIOR
  • A contrarreforma agrária no Brasil: análise da expulsão de camponeses dos assentamentos rurais da Paraíba
  • Data: 04/10/2022
  • Hora: 14:00
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  • A insuficiente atuação do Estado brasileiro na estruturação e viabilização de projetos de assentamentos rurais de reforma agrária, capazes de fornecer condições adequadas para a reprodução do campesinato assentado, tem historicamente lançado parte dos integrantes desta classe social em uma intencional situação de desprovimentos que os forçam a deixar a terra conquistada. Em razão disto, as evasões nos projetos de assentamentos rurais se tornam recorrentes. Na Paraíba, os dados oficiais apontam para um percentual de 21% de evasão, levando muitos assentamentos a não conseguir sequer atingir e manter a capacidade máxima de famílias possíveis de serem assentadas. Uma significativa parte desses assentados que evadem passaram anos e anos em acampamentos de luta pela terra, privados de condições adequadas de vida, e aguardando ansiosos pela efetivação como assentados, não havendo neles o desejo de sair da terra após adentrarem o Programa Nacional de Reforma Agrária. Por isso, buscou-se nesta tese contribuir para o debate ao trazer o conceito de ‘expulsão de camponeses assentados rurais’, por entender que parte deste processo de evasão dos assentamentos é resposta sintomática, e não casual, de toda uma carga desfavorável lançada sob o camponês assentado que, sem opções, deixa o lote mesmo diante do seu desejo de permanecer na terra. Essa expulsão é gerada no descaso para com o camponês assentado, na demora das ações estruturantes, na dificuldade de acesso aos créditos, na complexidade de se efetivar produtivamente, na quebra dos prazos de formação dos assentamentos segundo os planos anteriormente elaborados pelo Incra, na ruptura das expectativas nutridas pelo assentados, na ameaça constante de perda da terra, entre outros percalços que fustigam a família assentada até o ponto em que o desejo na permanência é sobrepujado pela necessidade da saída, portanto, sendo expulsa. Desse modo, esta tese representa um esforço em analisar a correlação entre o processo de expulsão de camponeses assentados dos assentamentos paraibanos e a política de contrarreforma agrária adotada no Brasil pelos diferentes governos federais, desde o período de entrada no Regime Militar até a retirada de Dilma Rousseff da presidência, avaliando o Estado como principal agente desse processo. Para isso, a pesquisa está ancorada nas concepções teóricas do processo contraditório, desigual e combinado de desenvolvimento do capitalismo; da contrarreforma agrária; do território de esperança; além, claro, da expulsão de assentados camponeses. Na sua construção, foi realizada ampla pesquisa documental e bibliográfica, tendo o trabalho de campo se concentrado nos assentamentos paraibanos José Antônio Eufrouzino (Campina Grande), Serra do Monte (Cabaceiras) e Calabouço (Araruna); sendo desenvolvida através de pesquisa participante, fazendo uso de entrevistas orais, registros fotográficos e caderno de campo. Este trabalho identificou elementos suficientes para se entender como verdadeira a hipótese de que o Estado brasileiro, de forma intencional e histórica, promove uma política de contrarreforma agrária que tem culminado em assentamentos problemáticos e com dificuldades em reter seus assentados, produzindo a expulsão dos camponeses dos assentamentos rurais paraibanos.
  • FLAUBER NUNES VIEIRA DE MELO
  • A escola dos centennials: o papel das metodologias ativas e da gamificação na educação geográfica do sec. XXI
  • Data: 15/09/2022
  • Hora: 14:30
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  • No círculo de pesquisas acadêmicas acerca da educação existe uma constante busca por respostas que sejam capazes de solucionar todas as problemáticas que permeiam a dinâmica de ensino-aprendizagem. Através da procura por recursos didáticos ou com a promoção de metodologias infalíveis, muitas vezes, é percebida a venda de soluções que mais parecem uma panaceia, sem que, contudo, se analise, com o devido cuidado, a perspectiva dos estudantes que são alvo dessas propostas. Entendendo que estes jovens compõem uma geração aqui chamada de centennials, possui uma forma de consumo deveras distinta àqueles que os precedem, a forma como a escola fomenta este aprendizado carece de revisões. A temática desta dissertação se dá na associação entre diferentes aspectos voltados à cultura dos jovens centennials, aqueles cujo nascimento se dá a partir do final dá década de 1990, considerando-os através da influência que as mídias culturais sobre eles, para que, a partir de tal análise, se construam metodologias que considerem o ensino por meio de um viés ativo. Dentre tais perspectivas de aprendizagem, escolhemos a gamificação, que se põe, no âmbito da hipótese, como uma prática que pode promover resultados positivos na Educação, nesse caso, aplicada à Geografia escolar. Dessa forma, o principal objetivo é compreender como a metodologia ativa de gamificação pode se relacionar com a Geografia escolar, junto à cultura centennial. A natureza desta pesquisa é básica e de abordagem qualitativa. Quanto aos objetivos, eles se apresentam voltados a uma abordagem exploratória, visto que existe o interesse em promover uma leitura, tanto de bibliografia como de experimentações de terceiros, que estimulem a compreensão da problemática estudada. Quanto à bibliografia estudada, utilizamos, no que concerne à teoria do ensino de Geografia em Carvalho (2020), Passini (2015) e Vesentini (2009), quanto ao estudo acerca dos jogos, nos ancoramos nos estudos de Callois (2001), Huizinga (2019) Salen & Zimmerman (2012). Ainda no que tange aos fundamentos teóricos, partimos das proposições de Alves (2015), Burke (2015), Deterding (2011) e Fardo (2013), estudiosos da gamificação. Como a pesquisa está voltada ao âmbito da educação, partimos de Almeida (1987), Almeida (2013), Bacich (2018), Daros (2018) e Moran (2019) para pensar a educação, considerando os desafios de diálogo com os jovens nativos digitais. Compreendendo que esta dissertação ainda está em fase de desenvolvimento, os resultados apresentados são parciais, uma vez que ainda será teoricamente complementada com estudos voltados à psicologia produzidos por Amaral (2016), Coelho (2019), Goldberg (2008) e Prensky (2010) bem como aos debates acerca das experimentações já publicadas sobre gamificação aplicada à Geografia escolar.
  • NÁDSON RICARDO LEITE DE SOUZA
  • PATRIMÔNIO GEOMORFOLÓGICO DO PLÚTON BRAVO NO SEMIÁRIDO PARAIBANO: BASES PARA A GEOCONSERVAÇÃO
  • Data: 31/08/2022
  • Hora: 19:00
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  • Os elementos naturais abióticos fornecem sustentação à vida na Terra, contudo, ainda é escassa a atenção atribuída a eles quando se trata de sua manutenção. O presente estudo se caracteriza como uma pesquisa de base, se propondo a analisar especificamente o patrimônio geomorfológico do Plúton Bravo, um corpo rochoso de origem magmática existente na APA do Cariri Paraibano, a fim de contribuir com as políticas de geoconservação. As formações geomorfológicas se destacam com excepcionalidade no contexto dos relevos graníticos do Semiárido Brasileiro, ao ponto de serem atribuídos valores patrimoniais. Tal singularidade pode ser comprovada nos importantes e diversos estudos cada vez mais frequentes realizados no local, no crescimento turístico em pontos específicos e em sua inclusão na lista de territórios aptos a integrar a lista de Geoparques do Brasil, pelo Serviço Geológico do Brasil (CPRM), ligados a Global Geoparks Network (GGN), em parceria com a UNESCO. A atenção dada pela CPRM concentra-se, contudo, nos aspectos geológicos, estando o patrimônio geomorfológico em segundo plano. A partir dos estudos mais recentes, dos levantamentos feitos pela CPRM e das averiguações in loco, estão sendo inventariados, caracterizados e valorados oito geomorfossítios, utilizando-se, para tal, duas metodologias distintas, que avaliam os valores estético, intrínseco, adicional e de uso e gestão. Os resultados obtidos até o presente estágio da pesquisa têm apontado para a existência de um patrimônio geomorfológico avaliado com grau de importância de médio a alto, justificando a necessidade de aperfeiçoamento das estratégias ativas de geoconservação.
  • LUCIENE FABRIZIA ALVES NASCIMENTO
  • PROGRAMA RESIDÊNCIA PEDAGÓGICA: a constituição dos saberes docentes para a formação inicial de professores de Geografia na UFCG, Cajazeiras-PB
  • Data: 31/08/2022
  • Hora: 15:00
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  • O relatório de qualificação da dissertação está dividido em dois momentos. Primeiro o memorial das atividades do mestrado do PPGG- UFPB. A segunda com a proposta de desenvolvimento da pesquisa intitulada “Programa Residência Pedagógica: a constituição dos saberes docentes para a formação inicial de professores de Geografia na UFCG, Cajazeiras-PB”. Com o objetivo geral busca-se analisar o lugar do Programa Residência Pedagógica na formação inicial do professor de Geografia no curso de licenciatura da Universidade Federal de Campina Grande (UFCG), Campus Cajazeiras-PB. Como objetivos específicos: Conhecer as Políticas Educacionais voltadas para a formação inicial dos professores de Geografia na Universidade Federal de Campina Grande, centro acadêmico de Geografia em Cajazeiras-PB; Investigar os desdobramentos do Programa Residência Pedagógica na Instituição em estudo entre os anos de 2018 e 2019 e suas proposituras acerca da formação dos licenciandos em Geografia; Refletir sobre os impactos causados pelo Programa Residência Pedagógica na formação do pensamento geográfico dos discentes em Geografia da UFCG- Campus Cajazeiras; e por fim, Conhecer as propostas de intervenção dos residentes para o desenvolvimento da educação geográfica junto ao Programa Residência Pedagógica da Universidade Federal de Campina Grande em Cajazeiras. Para tanto, realizou-se uma revisão bibliográfica das políticas educacionais que regem a formação do professor no Brasil, sobretudo, após a redemocratização, as diretrizes curriculares que subsidiaram a constituição do Projeto Político do Curso de Geografia da UFCG- Campus Cajazeiras, os caminhos e descaminhos das atuais diretrizes, e os programas de iniciação à docência que fomentam ou fomentaram a formação do professor de Geografia na instituição analisada. Além da trajetória institucional dos cursos de Geografia no País, os saberes docentes junto ao ensino de Geografia e os desafios do Programa Residência Pedagógica-PRP para a formação inicial em Geografia. Com a revisão bibliográfica, constatouse as demandas da formação nos documentos e diretrizes, e os desafios dos Programas de iniciação à docência, sobretudo do PRP para desenvolver uma práxis emancipatória dos licenciandos em Geografia junto aos saberes no ensino.
  • STÉPHANIE MEDEIROS DE LIMA
  • Relação Solo e Paisagem na Região Sudeste da Bacia Riacho do Tigre - PB
  • Data: 31/08/2022
  • Hora: 14:00
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  • Considerando uma análise da paisagem em grande escala para o semiárido brasileiro, a relação dos solos com a paisagem é condicionada pelo clima e o bioma. Em que o regime hídrico é sistematicamente apontado como principal aspecto que limita o desenvolvimento dos solos nessa região. Contudo, em escala de detalhe é possível avaliar que a complexidade geológica do semiárido pode ser um fator que predominantemente influencia na modelagem da paisagem, como por exemplo na formação dos solos, assim como podem haver ocorrências climáticas locais que podem ser inputs para o desenvolvimento dos solos. A fim de acrescentar perspectivas sobre a distribuição de classes de solo em função da diversidade de paisagens, esta pesquisa fomenta o uso da escala de detalhe para a análise de solos no semiárido em função da litologia e geologia. A área de estudo corresponde a região sudeste da bacia hidrográfica Riacho do Tigre-PB, limitado geograficamente pelas coordenadas 08º 04’ 45” S e 36º 50’ 52. A classificação dos solos de acordo com a descrição feita em campo resultou na identificação de 5 classes de primeira e terceira ordem. As classes são: LATOSSOLO VERMELHO Distrófico típico (P01), NEOSSOLO REGOLÍTICO Eutrófico leptofragmentário (P02), NEOSSOLO REGOLÍTICO Eutrófico típico (P03), NEOSSOLO REGOLÍTICO Eutrófico húmico (P04) e NEOSSOLO REGOLÍTICO Eutrófico típico (P05). Conforme os dados de granulometria, ADA(Argila Dispersa em Água), dados das análises químicas e físicas, a variação de material grosseiro e fino entre os perfis demonstraram indicadores para descontinuidade litológica identificada por mapeamento. Desse modo, os resultados obtidos apresentam informações iniciais sobre os processos pedogenéticos a partir desses parâmetros espaciais.
  • MARESSA OLIVEIRA LOPES ARAUJO
  • Análise horária dos elementos climáticos na Paraíba: do descritivo ao geográfico
  • Data: 31/08/2022
  • Hora: 09:00
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  • A análise detalhada do tempo atmosférico, a partir da compreensão de seu ciclo diurno, está diretamente relacionada com a organização das atividades diárias exercida pela população. Por isto, estudos que abordem a variabilidade dos elementos climáticos horários estão cada vez mais presentes (mesmo que poucos ainda) e necessários nas análises de Climatologia e áreas afins. Considera-se importante a proposição desses estudos serem realizados de forma que contemple as mais diversas concepções acerca do clima, ou seja, a tradicional (para um resultado mais direcionado ao dia a dia das sociedades); a dinâmica (a fim de ter-se conhecimento acerca da gênese dos fenômenos); e a geográfica (colocando em exercício a dinamicidade rítmica a partir da realidade histórica e excludente da formação dos espaços geográficos). Diante do exposto, este trabalho tem por objetivo central a análise da dinâmica atmosférica dos elementos climáticos horários e seus comportamentos ao decorrer de eventos extremos (com chuvas acima da média esperada para a localidade) e de episódios extremos (com consequências ao espaço de ocorrência) de chuva, no estado da Paraíba, entre os anos de 2009 a 2019. De tal modo, a partir de dados horários dos elementos climáticos (precipitação, temperatura do ar, umidade relativa do ar, velocidade do vento e direção do vento) oriundos das Estações Meteorológicas Automáticas (EMA) inseridas no estado, sob responsabilidade do Instituto Nacional de Meteorologia (INMET), mais precisamente em João Pessoa, Camaratuba, Areia, Campina Grande, Cabaceiras, Monteiro, Patos e São Gonçalo, buscou-se, primeiramente, traduzir o comportamento cíclico do tempo. Nesta etapa, encontrou-se diferenças significativas entre as localidades, como, para as primeiras cinco EMA’s, mais próximas à influência da maritimidade: chuvas nas primeiras horas do dia (06:00 e 07:00 horas); temperaturas médias entre 22,0ºC e 26,0ºC, aproximadamente; umidades médias próximas ou maiores a 70%; e ventos característicos, sobretudo, como brisas leves ou fracas e direcionados de sudeste, leste-sudeste e sul-sudeste. Para as demais localidades, onde o fator continentalidade tem maior destaque, tem-se: chuvas nas últimas e nas primeiras horas da madrugada (19:00, 21:00, 22:00 e 01:00 hora), temperaturas médias entre 24,9ºC e 28,0ºC, umidade média entre 51% e 61%, e ventos variando entre as brisas leves ou fracas com direcionamento de leste e leste-sudeste. Posteriormente, na segunda etapa, foram selecionados oito eventos de chuvas horárias a partir dos volumes máximos registrados em cada EMA analisada (um para cada), a fim de compreender suas gêneses e suas variabilidades do tempo juntamente com os demais elementos horários. Nesta, com auxílio de notícias jornalísticas do Jornal A União online, constatou-se que nem sempre chuvas de elevados volumes repercutirão no espaço de forma a gerar desastres, definindo-as como eventos extremos. Já aquelas que repercutem na vida da sociedade, neste caso com dados de ocorrência apenas em João Pessoa e Patos, foram consideradas como episódios extremos, uma vez que o meio ambiente atingido e pessoas foram postas em xeque. Por fim, na última etapa, em uma realidade de maior escala, a fim de se obter maiores detalhamentos, foi trazido um ensaio reflexivo para João Pessoa, a partir de um episódio extremo que atingiu a vida dos residentes de uma área de “muito alto” grau de vulnerabilidade socioambiental, que é a Comunidade Tito Silva, localizada no bairro do Miramar, trazendo à tona como as questões socioambientais, sobretudo em se tratando de áreas de riscos, necessitam de gestões e planejamentos de desenvolvimento e adaptação frente aos riscos eminentes e prognosticados em relação ao clima. Compreende-se, a partir dos resultados, a importância do conhecimento acerca da variabilidade do tempo e do clima não só por pesquisadores e governantes, mas como toda a sociedade, a fim de que se sejam realizadas ações de adaptações em RRD – Redução de Riscos de Desastres.
  • FERNANDO VIEIRA DA SILVA
  • A MIGRAÇÃO TEMPORÁRIA DE TRABALHADORES DE SÃO JOSÉ DE PIRANHAS-PB PARA O CORTE DE CANA-DE-AÇÚCAR EM SÃO PAULO E BAHIA: CAUSAS E IMPACTOS PARA O LUGAR DE ORIGEM.
  • Data: 30/08/2022
  • Hora: 20:00
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  • A criação de programas governamentais como o PROÁLCOOL e o PLANALSÚCAR incentivou para que boa parte do contingente de trabalhadores, migrantes de pequenos municípios do Nordeste, que outrora buscavam principalmente as grandes metrópoles do Sudeste, passassem a se dirigir anualmente para o interior paulista na condição de assalariamento temporário, trabalhando na colheita da cana-de-açúcar, fato que passou a acontecer já entre as décadas de 1970/1980, estendendo-se até os dias atuais de forma expressiva. Dessa maneira, o assalariamento nas usinas vem modificando não só a vida dos migrantes e de seus familiares, por estarem ligados diretamente a atividade, mas também de forma significativa tem impactado as dinâmicas dos municípios de origem como é o caso de São José de Piranhas na Paraíba. Por este motivo, a escolha desse município enquanto recorte espacial desta pesquisa se justifica pelo grande protagonismo deste lugar como um dos principais pontos de origem migratória da Paraíba com destino ao corte de cana, no qual centenas de pessoas deixam suas residências e rumam para se empregar nas usinas canavieiras de municípios de São Paulo e mais recentemente da Bahia. Destarte, o objetivo central da pesquisa é analisar as dinâmicas e as consequências locais do processo de migração temporária de trabalhadores em São José de Piranhas-PB para o corte de cana-de-açúcar em municípios de São Paulo e Bahia. Logo, nesse caminho discute-se o processo migratório no Nordeste e neste município, enfatizando assim as mudanças que vem ocorrendo nesse processo, principalmente a partir do século XX. Caracteriza-se os principais sujeitos envolvidos no fenômeno migratório local, evidenciando também os protagonismos da figura feminina dentro desse contexto. E não menos importante, examina as dinâmicas do lugar e suas relações com o fenômeno migratório, focando principalmente a relação de causa e efeito. O percurso metodológico seguido consiste em diversas etapas, desde leituras de bibliografias pertinentes a temática até a sistematização dos dados obtidos. Os dados primários são fruto de entrevistas semiestruturadas realizadas com 50 migrantes e 20 mulheres, sendo 15 esposas e 5 mães, todos(as) residentes em diferentes localidades do município. Outas informações complementares são oriundas do Sindicato dos Trabalhadores Rurais e de plataformas digitais como IBGE. Logo, a metodologia utilizada permitiu entender a situação de vida das pessoas envolvidas nesse fenômeno e consequentemente as fragilidades do lugar de origem, além de endossar este debate no âmbito das ciências sociais. Os resultados mostram que fatores como a falta de trabalho e renda somados a falta de acesso a propriedade da terra e a insuficiência das políticas públicas e programas sociais tem figurado entre os principais fatores de expulsão desses trabalhadores. Mostram também, que apesar de se configurarem como temporárias, as migrações locais têm funcionado como importante ferramenta para melhorias na qualidade de vida das famílias inseridas no fenômeno. Essas mudanças, todavia, acontecem para além do seio familiar pois são fortemente sentidas em diferentes segmentos do município como comércio, setor imobiliário, fundiário e mesmo na cultura local.
  • NATÁLIA FARIAS DE BARROS
  • OS LIVROS DIDÁTICOS DE GEOGRAFIA E O PENSAMENTO RACIALISTA BRASILEIRO NA FORMULAÇÃO DA IDENTIDADE NACIONAL DURANTE A PRIMEIRA REPÚBLICA
  • Data: 29/08/2022
  • Hora: 09:00
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  • A identidade nacional brasileira é uma temática que tenciona pesquisadoras e pesquisadores a investigar sua formulação através do percurso histórico de consolidação do que foi delimitado territorialmente enquanto Brasil. A história do território brasileiro contribui significativamente para esse pensar, que transita entre aspectos geográficos, culturais, científicos e raciais, tendo em vista que, partindo de uma relação exploratória entre colônia e metrópole, as relações que foram formuladas e reformuladas, deste lado do Atlântico, grafa um modelo de organização que expressa tais estruturas em um modelo hierárquico e opressivo. A partir desse contato entre continente europeu e americano marcado pela experiência colonizatória, o qual teve como base fundamental a exploração das terras e o sistema escravocrata, acabou por delinear no Brasil, enquanto Estado-nação, aspectos centrais nas relações sociais, como também, nas instituições. Sendo assim, essa relação colonial traçou geo-historicamente, na realidade brasileira, entraves que, respondendo a um projeto nacional, visava homogeneizar modelos e padrões sociais por meio de respostas e teses científicas, projeto que se intensificou ao longo da Primeira República. A raça, nesse cenário histórico dos “novos tempos” da modernidade, é apresentada enquanto possibilidade de pensar uma nação “saudável e desenvolvida”, uma vez que, através de explicações biológicas, antropológicas e geográficas os traços tidos enquanto “degenerantes” e “atrasados” poderiam ser evitados ou apagados da sociedade, material e simbolicamente. A Geografia, enquanto disciplina escolar, apresentou através dos livros didáticos do período da Primeira República, contribuições relevantes na construção desses discursos que hierarquizavam as raças, partindo de uma glorificação simbólica e fenotípica das populações brancas em contraposição a depreciação dos aspectos estéticos, culturais, religiosos e fenotípicos das populações negras. A identidade nacional brasileira, portanto, vai sendo formulada entre 1889 até 1930, a partir de uma trama complexa que envolve o percurso histórico do Brasil enquanto Estado-nação, da Geografia enquanto disciplina escolar e das teorias racialistas que eram pautadas no viés hierárquico da sociedade ocidental colonial.
  • YASMIN CYNARA DE OLIVEIRA GUIMARAES
  • DELIMITAÇÃO DA ZONA DE AMORTECIMENTO DO PARQUE ESTADUAL PEDRA DA BOCA, ARARUNA-PB: PROPOSTA DE SETORIZAÇÃO E RECOMENDAÇÕES DE USO
  • Orientador : CAMILA CUNICO
  • Data: 26/08/2022
  • Hora: 14:00
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  • As áreas protegidas no Brasil, regidas pela Lei nº 9.985/2000, apresentam instrumentos jurídicos que visam a efetivação da preservação ambiental. Dentre eles, citamos a zona de amortecimento, importante instrumento jurídico de preservação ambiental, amplamente discutido nessa dissertação. O Parque Estadual da Pedra da Boca que se localiza no município de Araruna – PB, criado em 07 de fevereiro de 2000 por meio do decreto estadual n° 20.889, até a data de conclusão dessa pesquisa ainda não possui todos os seus instrumentos jurídicos criados e efetivados dentre eles ressalta-se a zona de amortecimento. O Parque apresenta em sua paisagem um complexo de afloramentos rochosos de grande imponência e beleza cênica, características de fundamental influência para a sua criação enquanto unidade de conservação, recebe esse nome em detrimento a uma cavidade existente em um dos afloramentos que compõem esse complexo. Nesse contexto, objetiva-se apresentar uma proposta de zona de amortecimento para o referido Parque, do acordo com a resolução atual que aponta direcionamentos sobre ela, CONAMA 482/2011, onde fica especificado que a referida zona deve corresponder a um raio de três quilometro partindo da delimitação da unidade de conservação em questão. Após a delimitação, propõe-se a setorização dessa área, a fim de quantificar e espacializar as zonas homologas existentes que semelhantes em paisagem, ou que efetuem a mesma função. Além desses setores, mostrou-se interessante a utilização dos dados disponíveis no Cadastro Ambiental Rural referentes a nascente, área de preservação permanente, reserva legal e vegetação nativa atendo-se ao fato da existência precedente dessas áreas e da legislação específica, ou seja, o Código Florestal para o seu trato, pontua-se aqui a existência de uma sobreposição de áreas e de instrumentos jurídicos com diferentes fins. Posteriormente, propõe-se um diagnóstico voltado a usos conflitantes presentes na área com o intuito de construir recomendações específicas pautadas no que já existe na literatura para cada setor identificado, visando a efetivação da função da zona de amortecimento, que corresponde a minimizar os impactos que possam vir a recair sobre a unidade de conservação. Salienta-se que o intuito das recomendações não se limita a restrições, mas sim, o uso consciente da área. O diagnóstico, irá orientar a construção das recomendações, voltadas a atender aspectos sociais, econômicos e ambientais no intuito de estabelecer uma relação benéfica e equilibrada entre esses três âmbitos. A espacialização dessas recomendações gera um mapa de prognóstico, tornando possível visualizar a área caso as recomendações venham a ser aplicadas, além de classificar os setores delimitados em dois níveis de amortecimento diferentes. Separando as áreas em dois níveis de amortecimento, são eles, o nível que fornece maior amortecimento a unidade de conservação, onde as áreas são classificadas por um menor nível de intervenção humana e maior preservação da vegetação e dos ecossistemas, e a segundo nível de amortecimento maior intervenção antrópica. Essa divisão em níveis objetiva maior cuidado com áreas específicas principalmente aqueles que fornecem significativo amortecimento a matriz visando trabalho a longo prazo
  • PEDRO WALLAS SOARES DE ARAUJO FELIX
  • CORRELAÇÃO ENTRE ENSINO E PESQUISA NO PROJETO PEDAGÓGICO DE CURSO (PPC) E NAS MONOGRAFIAS DE LICENCIATURA EM GEOGRAFIA DA UNIVERSIDADE REGIONAL DO CARIRI-URCA
  • Data: 23/08/2022
  • Hora: 14:00
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  • Segundo alguns pesquisadores, a formação docente pode ser fortalecida na academia quando adota as pesquisas como orientação. Nesse intuito, é importante discutir o processo que permite pensar a sua qualificação. A formação docente em Geografia pode se pautar em processos que ativem essas ações de problematização e reflexão por parte dos sujeitos que a compõe. Concordando com Girotto e Mormul (2016), acreditamos que essas ações podem estimular os licenciandos a elaborarem projetos educacionais qualificados para a sociedade. Nesse contexto, o currículo do curso de Geografia, atualmente denominado Projeto Pedagógico do Curso (PPC), ou apenas: PPC – 2014, se constitui como norteador desse processo, pois, a partir dele, os docentes e discentes baseiam a organização de seus saberes pedagógicos, de conhecimentos específicos e da experiência (PIMENTA, 1999), sendo de grande relevância a reflexão sobre as proposições que estão estabelecidas nesse documento. Desse modo, o presente trabalho aborda o processo de formação do licenciando em Geografia, visando compreender o papel da pesquisa nesta disciplina. Neste sentido, partimos da análise documental e, em seguida, analisamos as instâncias onde a pesquisa é estimulada e sua relação com a formação de professores. Assim, selecionamos um documento que orienta essa formação, o Projeto Pedagógico do Curso (PPC), e aqueles que têm como princípio legal nortear a sua elaboração, as Diretrizes Curriculares Nacionais (DCN), e outro grupo de documentos que expressa, ou pode expressar, o papel da pesquisa na formação dos licenciandos em Geografia, os Trabalhos de Conclusão de Curso (TCC), na modalidade monografia. Além da análise documental, recorremos as entrevistas com os formandos, visando compreender, a partir de seus depoimentos escritos, como se deu a relação entre a pesquisa e a sua formação. Nessa perspectiva, buscamos compreender a relação entre ensino e pesquisa expressa nos documentos, e como esta é desenvolvida pelos licenciandos ao longo de sua formação. Portanto, procuramos compreender o que foi preestabelecido acerca da pesquisa, como constituinte da formação do licenciando, no currículo e nas perspectivas que os discentes conseguiram incorporar em suas proposições temáticas e teórico-metodológicas nos seus trabalhos de conclusão de curso.
  • RAONI FERNANDES AZERÊDO
  • FAZENDAS CORPORATIVAS SOJÍCOLAS E ACUMULAÇÃO DE CAPITAL NO INÍCIO DO SÉCULO 21: OS NOVOS SENHORES DA TERRA NA REGIÃO DO MATOPIBA
  • Data: 22/08/2022
  • Hora: 14:00
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  • Nesta tese, abordo as estratégias de acumulação de capital de fazendas corporativas sojícolas localizadas entre os estados de Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia, conhecida pela região MATOPIBA. Essas fazendas têm distintos perfis, origens e estratégias econômicas, mas, em comum, implementam um sistema de monopolização produtiva regional da terra. A partir de uma tipologia original derivada de pesquisa qualitativa por meio de bibliografia, documentos, pesquisa de campo com entrevistas semiestruturadas, defini sete grupos de fazendas corporativas de soja que possuem capacidades de produção agrícola em larga escala, com gestão profissional/governança corporativa, investimentos externos e captura de renda/apropriação de terras. No sistema implantado, há a utilização de métodos de grilagem de terras, que, no conjunto, revelam caráter centralizador e concentrador do mercado fundiário. As fazendas corporativas que compõem os sete grupos controlam 3.854.997 hectares em 35 municípios. Ressalto que o controle da terra é essencial nas estratégias de acumulação de capital das fazendas corporativas, viabilizando lucro da produção e renda por meio da valorização patrimonial. Como tendência, maximizam o conceito de renda fundiária financeirizada correlacionando investimentos em bolsas de valores e presença massiva de fundos de investimento institucionais. Concluo que os sete grupos constituem novos senhores da terra que, ao tratarem a terra apenas como fator produtivo-imobiliário-financeiro, em estreita relação com a transnacionalização do capital, promovem violência, expropriação e exploração no rural brasileiro.
  • MARIA MARTA DOS SANTOS BURITI
  • A AGRICULTURA FAMILIAR CAMPONESA E A REESTRUTURAÇÃO PRODUTIVA NO AGRONEGÓCIO DA AVICULTURA DE CORTE INDUSTRIAL NO ESTADO DA PARAÍBA
  • Data: 03/08/2022
  • Hora: 09:00
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  • Nutrida pelo princípio capitalista da multiplicação da mais-valia por meio da unidade entre agricultura, indústria e mercado, a reestruturação produtiva tem avançado no campo brasileiro como um movimento de transformação e de contradição, por um lado impulsionado pelo esforço (capitalista) em forjar uma etapa dinâmica de crescimento ininterrupto e, por outro, tensionado pelos limites, cada vez mais insolúveis, do desenvolvimento do capital nesta epocalidade. No campo paraibano, a reestruturação produtiva edificou um cenário de mudanças socioprodutivas e territoriais com efeitos incisivos sobre a avicultura de corte industrial reorganizada em torno de formas de acumulação mais flexíveis e propositivas ao aumento da rentabilidade do capital. Fortemente apoiada pelo Estado, essa atividade se desenvolveu inicialmente estimulada pela necessidade de afiançar a ruptura com as bases produtivas rudimentares, que lhe eram características em meados da década de 1970, e pela necessidade de circunscrever um novo patamar técnico, financeiro e mercadológico, que fosse competitivo diante da concorrência crescente da avicultura nacional. Com esse afinco, a confluência de investimentos públicos e privados logo avalizou a consolidação do agronegócio avícola e a sua expansão a partir da década de 1990 por meio do sistema de integração, passando a articular, na escala de produção agropecuária do frango de corte, empresas avícolas e produtores rurais, provenientes tanto da agricultura empresarial como da agricultura familiar camponesa. Diante desse quadro, a reestruturação produtiva passou a se efetivar no campo por meio de processos muito mais complexos do que projeta a conjectura simplista da homogeneização pressuposta pela lógica da mercadoria, uma vez que as relações não capitalistas comparecem como vias mediadoras das determinações prescritas pelo capital no curso de sua reestruturação. Partindo dessas constatações, o objetivo que norteou a realização desta pesquisa consistiu em compreender a reestruturação produtiva na avicultura de corte industrial no estado da Paraíba e os seus desdobramentos no campo a partir da relação contraditória de interdependência entre a produção do capital no agronegócio e a reprodução social da agricultura familiar camponesa. Sob os princípios analíticos da dialética, traçamos um caminho metodológico organizado em torno de uma abordagem qualitativa, amparada em pesquisa bibliográfica estruturada com base em um plano teórico-conceitual, articulado pelos conceitos de espaço, território, agricultura familiar camponesa e reestruturação produtiva, bem como por discussões relacionadas à caracterização do agronegócio avícola; e em pesquisa de campo realizada em um recorte espacial, composto por seis municípios (Pocinhos, Boa Vista, Soledade, Olivedos, Montadas e Puxinanã), delimitado de acordo com variáveis que convergem com o objetivo central do trabalho. As reflexões construídas ao longo desta pesquisa permitiram a elaboração da tese, de que a junção de demandas sociais do produtor camponês integrado e demandas econômico-produtivas do agronegócio avícola subscreve uma relação de interdependência entre ambos que, mesmo negada e compelida pelas amarras da subordinação imposta pelas empresas integradoras, não só legitima as condições de reprodução camponesa, como também pode subsidiar a organização de formas de resistência por parte dos camponeses integrados frente à relação exploratória conduzida pelo capital no agronegócio.
  • TATIANA DOS SANTOS SILVA
  • VULNERABILIDADE SOCIOAMBIENTAL FRENTE AOS RISCOS DE DESASTRES CLIMÁTICOS NA REGIÃO PLUVIOMÉTRICA DO CARIRI/CURIMATAÚ PARAIBANO
  • Data: 21/07/2022
  • Hora: 14:00
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  • Os estudos acerca da vulnerabilidade são desenvolvidos, de forma majoritária, em áreas urbanas, pois, são nestas que se concentram um maior contingente populacional que ocupam áreas de riscos sujeitos a desastres do tipo inundação e movimentos de massa. Contudo, áreas que apresentam clima do tipo semiárido e estão suscetíveis a uma elevada sucessão de anos de estiagem/seca, o que favorece uma maior ocorrência na deflagração de desastres climáticos, também apresentam vulnerabilidades mediante este cenário. À vista disso, a presente pesquisa tem como objetivo analisar os diferentes graus de vulnerabilidade socioambiental frente aos riscos de desastres climáticos na região pluviométrica do Cariri/Curimataú paraibano. No que cerne aos procedimentos metodológicos, a presente pesquisa possui duas etapas alinhadas a proposta metodológica definida por Cunico et al. (2021) e, por meio desta, foi possível identificar a situação de infraestrutura, renda e social, que sobrepostas, resultaram na vulnerabilidade social por setor censitário; a suscetibilidade e, a vulnerabilidade socioambiental, esta decorrendo da sobreposição da vulnerabilidade social e da suscetibilidade. Para cada síntese , assim como, para vulnerabilidade social, suscetibilidade e vulnerabilidade socioambiental foi estabelecido cinco classes que variam entre muito baixa, baixa, média, alta e muito alta condição de vulnerabilidade. Além disso, realizou-se o levantamento das portarias de reconhecimento de desastres climáticos e dos formulários de desastres, estes que fornecem as informações acerca dos danos e prejuízos deflagrados pelos mesmos para o período de 2003 a 2016, cujo fornecimento dos dados se dá pelo site do Sistema Integrado de Informações sobre Desastres – S2ID, mantido pelo Ministério do Desenvolvimento Regional. Constatou-se que a situação de infraestrutura apresenta uma boa condição, ou seja, está inserida nas classes muito baixa e baixa; a situação de renda apresentou uma variação entre as classes muito baixa a alta, com uma concentração de setores na classe média e; na situação social, os setores estão inseridos nas classes muito baixa a média, sendo a classe baixa com o maior número de setores. Quanto a vulnerabilidade social, percebe-se uma maior concentração de setores na classe média, contudo, na classe muito alta estão inseridos 21 setores. No que diz respeito a suscetibilidade, todas as classes apresentam setores inseridos nesta, tendo a classe baixa possuindo o maior número de setores, totalizando 176. No tocante a vulnerabilidade socioambiental, as classes que indicam elevado grau de vulnerabilidade, estabelecidas pelas classes alta e muito alta, somam 52 setores censitários, sendo 39 setores rurais. No que diz respeito aos desastres de estiagem/seca, verificou-se que durante os 14 anos de análise, foi contabilizado 642 ocorrências, afetando um total de 728.091 pessoas. Contabilizou-se um prejuízo econômico em torno de R$ 362.317.767,50 para a área de estudo, englobando os setores da agricultura, pecuária e serviços e, em relação aos prejuízos sociais, há registro de danos no abastecimento de água, na educação e na saúde. Posto isto, a pesquisa torna-se importante pela possibilidade de subsidiar estudos da temática em áreas semiáridas, assim como, para gestores, visando mitigar os danos ao qual a população residente encontra-se exposta, em virtude dos desastres climáticos.
  • JULIANA RAYSSA SILVA COSTA
  • ANÁLISE DO COMPORTAMENTO E (COR)RELAÇÕES DE PROPRIEDADES TÉRMICAS, FÍSICAS, QUÍMICAS E MORFOLÓGICAS DE SOLOS NO SEMIÁRIDO BRASILEIRO
  • Data: 04/07/2022
  • Hora: 14:00
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  • O solo é um recurso natural que varia com o tempo e espaço, possui diversas características químicas, físicas e biológicas, e desempenha inúmeras funções socioambientais, os quais em conjunto com a vegetação e a atmosfera vive em constante interação e mudança. Diante tal situação, o presente trabalho visa analisar o comportamento térmico, físico, químico e morfológico e a (cor)relação entre esses na camada superficial dos solos situados no Cariri Paraibano, semiárido brasileiro. Para isso, coletou-se 10 amostras de solos em 10 municípios (Cabaceiras, Serra Branca, Coxixola, Caraúbas, Congo, Camalaú, São João do Tigre, São Sebastião do Umbuzeiro, Monteiro e Ouro Velho) e obteve-se propriedades térmicas desses (difusividade, condutividade, resistência, capacidade calorífera e temperatura) no Analisador de Propriedades - KD2 Pro; realização de tratamento de incerteza por meio por meio da Distribuição Normal e estatística descritiva dos parâmetros térmicos dos solos; tabulação e estatística descritiva também de parâmetros físicos (textura), químicos (pH; acidez potencial, cátion trocáveis - Al3+, Ca2+, Mg2+, K+, Na+; P; P-rem; ISNa; MO; soma de bases; capacidade de troca catiônica efetiva; capacidade de troca catiônica total; saturação por bases) e morfológicos (cascalho; cor; estrutura - grau, tamanho e tipo; consistência; raízes; poros e transição) para correlaciona-los com as propriedades térmicas por meio da Correlação de Pearson e teste de significância desses resultados por meio do Teste t. Os resultados obtidos mostraram que a difusividade e condutividade térmica dos solos avaliados no geral são baixas, fazendo com que a temperatura seja alta e maior variabilidade desta em superfície, haja pequena profundidade de penetração de calor e menor armazenamento de calor, sendo assim susceptíveis ao processo de desertificação. A difusividade, condutividade e capacidade calorífera se correlacionaram apenas com propriedades morfológicas (estrutura – grau e tamanho, consistência, quantidade de poros, cascalho e plasticidade) já resistência térmica relacionou-se com aspectos químicos e morfológicos (P-rem e grau – fraco e moderado) e a temperatura com aspectos físicos (areia fina e silte), químicos (M e MO) e morfológicos (estrutura – grau moderado e tamanho muito pequena, pequena e média, consistência – seca e macia e quantidade de poros – comuns). Diante do exposto, verificou-se correlações até então não apresentadas em estudos de solos no Brasil; comprovou-se a hipótese desta tese que para além da matéria orgânica, características físicas, químicas e morfológicas em conjunto, influenciam as propriedades térmicas dos solos presentes e verificou que a favorabilidade do processo de desertificação e a qualidade física de solos seriam moldadas pela estrutura, porosidade, consistência e dinâmica da umidade do solo.
  • MARIA DEUSIA LIMA ANGELO
  • A Geografia das províncias/estados do Brasil nas escolas primárias e seus livros didáticos entre as décadas de 1870 e 1920: situando o caso de Pernambuco
  • Data: 27/06/2022
  • Hora: 14:00
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  • Esta pesquisa tem como propósito contribuir com os estudos ancorados na linha da História da Geografia Escolar no Brasil, de maneira especial, com aqueles que abarcam, cronologicamente, o século XIX e as primeiras décadas do século XX, visando conhecer os elementos que incitaram e subsidiaram o estabelecimento da Geografia das províncias/estados do Brasil, no âmbito das escolas primárias, entre as décadas de 1860 e 1820, bem como situar, especificamente, esse feito no contexto de Pernambuco. Os delineamentos traçados em torno da temática apresentada, assim como nossas análises e discussões, pautaram-se na perspectiva teórico-metodológica da História das Disciplinas Escolares, recorrendo, especialmente aos estudos realizados por Chervel (1990), Goodson (1997), Viñao Frago (2008) e Julia (2001;2002). O caminho percorrido na construção da pesquisa começou a se delinear a partir do momento em identificamos importantes fontes documentais com disposições relativas ao estabelecimento do ensino da Geografia Local nas escolas da época. Das fontes mobilizadas, centramos nossas análises nos livros didáticos publicados para tal intento, entendendo-os enquanto um objeto de intercessão entre prescrições e práticas, portanto, uma expressão da cultura (material) escolar; o que lhe confere um importante papel na constituição e difusão dos saberes e conhecimentos relativos às disciplinas escolares, ao lado de outras fontes representativas no período, a exemplo, da legislação educacional. Reconhecemos que a emersão do movimento em prol do ensino da Geografia local nos programas das escolas primárias, no período em tela, constitui-se simultaneamente sob as escalas local e nacional, as quais se complementam constituindo um arranjo que acomoda os interesses locais aliados aos projetos nacionais. Nesse sentido, versamos sobre a produção de livros didáticos de Geografia das províncias/estados, tendo como pano de fundo as reformas educacionais e as ideias em torno da construção do patriotismo local. Sob este enfoque apresentamos, a partir do contexto de Pernambuco, um conjunto de dispositivos normativos com prescrições para o ensino da Geografia da província e três livros didáticos elaborados para esse fim. Das análises centradas nos livros, reconhecemos a expressão dada a temáticas e saberes relacionados à difusão das potencialidades naturais do território e da história de Pernambuco, com vistas à construção de um patriotismo local, associado às ideias nacionalistas. Resguardando as singularidades locais, consideramos que os sujeitos e/ou as instituições empenhadas na tarefa da produção de um conhecimento geográfico no âmbito das províncias, movidos por um sentimento de patriotismo local e embasados pelos debates metodológicos, recorreram à Geografia (escolar) para difundir, valorizar e engrandecer seus territórios via escola, a partir dos livros didáticos dessa disciplina, elaborados para o ensino dessa disciplina no âmbito das escolas primárias.
  • CÍCERO ANTONIO JATANAEL DA SILVA TAVARES
  • DINÂMICAS SOCIOESPACIAIS A PARTIR DA INSTALAÇÃO DO CAMPUS PIMENTA DA UNIVERSIDADE REGIONAL DO CARIRI (URCA), EM CRATO/CE
  • Data: 17/06/2022
  • Hora: 16:45
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  • Com esta dissertação de mestrado, temos o objetivo de desenvolver uma análise a respeito das dinâmicas socioespaciais na cidade de Crato/CE mediante a implantação do campus Pimenta da Universidade Regional do Cariri (URCA), tendo como recorte temporal o período entre 1986 e 2022. Nesse sentido, partimos do entendimento de que, além do impacto no campo educacional, essa Instituição de Ensino Superior (IES) tem desenvolvido um importante papel no que concerne aos aspectos socioeconômicos dessa urbe. Em razão de consideramos se tratar de uma temática complexa, optamos por aderir a um método científico como forma de facilitar os caminhos a serem seguidos na construção desta pesquisa. Assim, escolhemos o método dialético. Quanto aos procedimentos metodológicos, aderimos a levantamentos bibliográficos, documentais e empíricos. Devido ser a unidade de ensino superior com a maior quantidade de cursos e alunos da cidade, utilizamos o campus Pimenta como recorte espacial para o trabalho de campo. Em particular, consideramos para essa etapa os estudantes, professores e técnicos administrativos que sejam oriundos de outros municípios e estejam morando em Crato por conta dos estudos ou trabalhos nessa unidade de ensino analisada, bem como consideramos ainda as informações obtidas através de empreendedores diretamente beneficiados com a implantação desse campus no local. Diante daquilo que coletamos ao longo desta pesquisa, identificamos que uma parcela de estudantes, professores e técnicos administrativos ligados a essa IES migraram para a cidade de Crato e têm frequentado os comércios e serviços dessa urbe. Decorrente disso, uma nova demanda passou a repercutir nos estabelecimentos locais. Assim, identificamos que aqueles mais beneficiados são os empreendedores voltados ao setor de gráficas, mercantis e lanchonetes. Somado a isso, temos observado a ampliação na rede de empreendimentos dessa cidade, a valorização do solo urbano, a formação de uma área de centralidade, dentre outros aspectos pertinentes à luz da Geografia. Dessa maneira, essa pesquisa se concebe como uma importante oportunidade para ser apresentada parte das dinâmicas socioespaciais de Crato como aspectos inerentes a presença do campus Pimenta da URCA.
  • LEANDRO FELIX DA SILVA
  • IDENTIFICAÇÃO E ANÁLISE INTEGRADA DE ESPAÇOS NATURAIS E ANTRÓPICOS COM O USO DE MODELAGEM AMBIENTAL E GEOTECNOLOGIAS EM UNIDADES DE CONSERVAÇÃO NO SEMIÁRIDO BRASILEIRO
  • Data: 14/06/2022
  • Hora: 14:30
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  • O semiárido brasileiro é um dos mais populosos do mundo e o seu processo de ocupação exploratório começa a partir do século XVII com a chegada de colonos europeus. Vai ser a partir desse período que se intensifica as relações de uso dos recursos naturais, como a vegetação nativa e os recursos hídricos de forma mais intensas, gerando grandes modificações aos espaços naturais até então preservados. Na região dos Cariris Velhos situada no interior do estado da Paraíba, não foi diferente, apresentando também vastas regiões modificadas ao longo dos séculos que culminou recentemente em grandes áreas com variados tipos de degradação ambiental, principalmente a desertificação. Uma vez que nesta região da Paraíba encontram-se ambientes que possuem características bastantes peculiares e destoantes das mais comuns do semiárido seco, como a presença mais elevada de umidade. No início dos anos 2000 foram propostas a criação de duas Unidades de Conservação (UC) de uso sustentável nesta região, a APA do Cariri e das Onças, sendo esta última a maior UC do estado da Paraíba com intuito de gerenciar o uso dos recursos naturais mediante as necessidades antrópicas. Desde a criação das APAs até o presente momento desta pesquisa, as duas UC’s não apresentam nenhum tipo de plano referentes ao ordenamento físico territorial, como zoneamento ambiental ou plano de manejo, conforme o exigido pelo Sistema Nacional de Unidades de Conservação – SNUC. Partindo desta problemática, essa pesquisa teve como objetivo desenvolver uma proposta de identificação de análise integrada de espaços naturais e antrópicos com o uso de modelagem ambiental e geotecnologias que possa servir de subsídio junto de outros levantamentos a futuras propostas de ordenamentos físico territoriais para ambas UC’s. Os procedimentos metodológicos se basearam em três etapas: I) foi desenvolvido um modelo ambiental com o uso de geotecnologias denominado de Intensidade de Ação Antrópica - IAA que utiliza variáveis como o uso da terra e cobertura vegetal, Nível de Transformação da Paisagem - NTP, vias de acesso e a rede de drenagem. Utilizando o cálculo da Distância Euclidiana, classificação Fuzzy e o método de análise espacial de Sobreposição Ponderada (Wighted Overlay); II) aplicação do Índice de Umidade Superficial do Solo – IUSS (LOPES et al., 2011) que utiliza parâmetros biofísicos oriundos de imagens de satélite como Temperatura de Superfície (TS) e o Índice de Vegetação por Diferença Normalizada (IVDN) através de relações matemáticas entre as variáveis com a ferramenta Raster Calculator; III) a inserção de um conjunto de pontos amostrais coletados a campo por GNSS e obtidos através das imagens de satélites referentes áreas degradadas e preservadas para ambas as UC’s, e que na sequência foram inseridos sobre o IAA e o IUSS para que se possa analisar de forma integrada os resultados de ambos utilizando Sistema de Informação Geográfica – SIG. Os resultados foram divididos em capítulos, que apontaram as áreas onde ocorrem as menores e maiores IAA através de 5 níveis, sendo eles Muito Baixo, Baixo, Médio, Alto e Muito Alto (Capítulo I). Assim como áreas que concentram os menores e maiores níveis de IUSS que variaram de 0.0 (Muito Seco) a 1.0 (Muito Úmido) no Capítulo II. E por último a análise integrada entre ambos (Capitulo III), que indicou que há uma relação espacial entre as áreas de Alta e Muito Alta IAA com os níveis mais baixos de IUSS (0.0 a 0.2), TS elevadas e baixos valores de IVDN. E que nas áreas preservadas foram identificados os menores níveis de IAA (Muito Baixo e Baixo), com elevados níveis de IUSS (0.5 a 1.0) e IVDN também elevado. Apresentando a TS com comportamentos diferentes entre os períodos (chuvoso e seco) em ambas UC’s. Conclui-se que a proposta de análise integrada dos espaços naturais e antropizados através de modelagem ambiental apresentaram resultados bastantes relevantes e satisfatórios que se aproximam da realidade local e pode ser utilizado como subsídio junto de outros levantamentos a futuras propostas de ordenamentos físico territoriais para ambas UC’s.
  • JAMERSON RANIERE MONTEIRO DE SOUZA
  • A REPRODUÇÃO CAMPONESA NO CONTEXTO DA POLÍTICA DE AQUISIÇÃO DE ALIMENTOS NO AGRESTE PARAIBANO
  • Data: 27/04/2022
  • Hora: 14:00
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  • Esse estudo discute a reprodução camponesa a partir do contexto da Política de Aquisição de Alimentos (PAA e PNAE) no Agreste Paraibano entre 2003 e 2019. Tendo como recorte territorial a área formada pelos municípios de Alagoa Nova, Esperança, Lagoa Seca e São Sebastião de Lagoa de Roça. Discute, também, a reprodução camponesa na Paraíba à luz das teorias da geografia agrária, buscando problematizar a atuação das políticas públicas para a agricultura camponesa no tocante à soberania alimentar, examinando as contribuições para a reprodução camponesa na área de estudo, bem como o modo como o contexto atual de rompimento democrático de 2016 incide sobre essa reprodução. Para tanto apresenta, inicialmente, um panorama do modo como o fenômeno da reprodução camponesa no capitalismo tem sido debatido por diversos intelectuais ao longo do tempo. Mostrando como as interpretações ensejam perspectivas contraditórias, e assinalando o modo como, mesmo em situações de dificuldade e ao contrário do que muitos pensadores previram, o campesinato tem conseguido se reproduzir, formando um contingente populacional importante, com intenso papel produtivo e estratégico para o país. Esse estudo parte da avaliação de que apenas tardiamente, no final do século XX e início do XXI, o Estado brasileiro formulou políticas públicas de apoio a esse segmento social. Apontando como essas políticas públicas redimensionaram o universo camponês brasileiro na medida em que os incluíram na agenda, ainda que não rompesse com a enorme concentração fundiária, centrada na persistência do latifúndio e da grande monocultura, e com o modelo neoliberal da economia. Desse modo, destacou-se nesse estudo, as Políticas de Aquisição de Alimentos (Programa de Aquisição de Alimentos – PAA e Programa Nacional da Alimentação Escolar-PNAE), construídas no governo do Partido dos Trabalhadores (2003-2016). Esses programas passaram a realizar a compra pública de alimentos provenientes da agricultura camponesa para o abastecimento de pessoas em situação de vulnerabilidade social e da merenda escolar, eliminando a necessidade de intermediários, o que possibilitou, de um lado, o aumento da renda dessa população, contribuindo para a construção de uma renovada territorialidade e para o melhoramento da alimentação desses grupos sociais. Entre outros aspectos positivos, consolidou um programa nacional de segurança alimentar. Dessa forma, pautando-se num caminho metodológico crítico que compreendeu extensa pesquisa bibliográfica, o levantamento de dados estatísticos e censitários, uma pesquisa documental sobre os programas governamentais, pesquisa de campo que permitiu o levantamento de dados primários com aplicação de questionários, de entrevistas semiestruturadas, anotações, gravações, fotografias, que contribuíram para a elaboração dessa tese.
  • MARIA JOSÉ SOUSA DA SILVA
  • Narrativas de professores de Geografia: histórias de vida e trajetórias formativo-profissionais na composição da identidade docente
  • Data: 28/03/2022
  • Hora: 14:00
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  • O texto aqui proposto tem o objetivo de analisar o processo de constituição da identidade do professor de Geografia da educação básica, em entrelace com as histórias de vida, a formação inicial e a prática docente. Para tanto, foi fundamentada em uma abordagem qualitativa, ancorada nas histórias de vida e no método (auto) biográfico para a composição dos elementos necessários a pesquisa. A busca pela compreensão da subjetividade dos sujeitos a partir do entendimento que estes têm acerca de suas próprias trajetórias formativo-profissionais foi fundante a partir das narrativas orais e escritas como dispositivos de pesquisa. Os dados apresentados são resultantes de memoriais de formação, entrevistas narrativas e questionários. As narrativas expostas permitiram a compreensão da forma como os docentes colaboradores enxergam sua formação inicial e prática, relacionando as histórias de vida aos processos formativo-profissionais pelos quais passaram. A análise dos dados foi constituída com base na análise do discurso, na expectativa promover uma compreensão acerca de como os professores colaboradores da pesquisa enxergam e descrevem seus próprios processos formativos. As narrativas exprimem a forma como os docentes veem sua profissão, como chegaram à escolha da licenciatura em Geografia e a maneira como estes professores enxergam o “ser professor” a partir da própria identidade que constituíram ao longo de suas trajetórias formativo-profissionais e a maneira como mobilizam os conhecimentos necessários à sua prática. Esta pesquisa evidenciou que a constituição da identidade docente reúne elementos de diversos contextos de vida e que este processo é continuo na vida do professor. Esta pesquisa também possibilitou que os colaboradores refletissem sobre a importância de suas histórias como elementos formativos e contribuições para a formação de outros sujeitos que poderão ler suas narrativas. Neste sentido, espero que este trabalho torne- se um dispositivo para pesquisa, leitura e formação para os professores, pesquisadores, estudantes e leitores que se interessem pela compreensão do processo formativo do professor de Geografia, pelas narrativas (auto) biográficas e que possa servir de inspiração para que outros pesquisadores aprofundem os temas e questionamentos aqui levantados.
  • GUSTAVO DOS SANTOS COSTA
  • A Feira Livre no Contexto da Reestruturação Socioespacial da Cidade De Sumé – PB
  • Data: 24/03/2022
  • Hora: 14:30
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  • As formas comerciais, enquanto formas socioespaciais, acompanham as transformações culturais e técnicas do modo de acumulação capitalista que, por sua vez, se caracteriza pela velocidade e mobilidade de suas interações, sob um processo constante de reconfiguração a partir da reprodução das intencionalidades dos agentes econômicos hegemônicos. Este processo detém múltiplas faces que, desigualmente distribuídas no espaço, se articulam favorecendo a reprodução das relações de produção e circulação. Assim, diante da diversidade de manifestações derivadas deste processo, optamos por buscar compreendê-lo a partir das transformações da feira livre de Sumé, uma pequena cidade localizada no semiárido paraibano. Para tanto, utilizamos os seguintes procedimentos metodológicos levantamento bibliográfico sobre o tema, observação da dinâmica da feira livre e do centro comercial, mapeamento das atividades comerciais, registros fotográficos, aplicação de questionários com feirantes e entrevistas com comerciantes e representantes da sociedade civil e organizada. Para a sistematização dos dados e das análises prévias da pesquisa foi necessário situar o objeto no contexto das políticas de modernização dos instrumentos de distribuição de alimentos que acompanharam a reestruturação socioespacial do território brasileiro e se interseccionaram com as peculiaridades socioespaciais locais. Na cidade de Sumé, observamos que o processo de reconfiguração da dinâmica espacial da feira livre local se deu em consonância com a ampliação das mercearias e surgimento do setor supermercadista a partir da década de 1970, período em que a relação entre o comércio itinerante e as formas comerciais fixas perpassaram por redefinição, substituindo uma relação fundada na complementaridade pela competitividade, indicando sua adequação a uma nova racionalidade espacial.
  • ELLOISE RACKEL COSTA LOURENÇO
  • Emissões de CO2 dos solos do Cariri Paraibano em diferentes usos e cobertura da terra
  • Data: 21/03/2022
  • Hora: 08:00
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  • As emissões de dióxido de carbono (CO2) do solo, também referido como a respiração do solo, é um componente importante do balanço global de carbono, retornando a atmosfera através da decomposição ou respiração. Com a modificação dos ecossistemas, particularmente através do desmatamento e atividades agropecuárias, o constante uso do estoque terrestre desse gás pode acelerar o processo de mudanças na dinâmica climática, causando um aumento na temperatura. Estudos voltados a essa temática são escassos e importantes para o entendimento das mudanças globais, principalmente quando se trata do efluxo de CO2 do solo da Caatinga. Neste cenário, esta Tese teve como objetivo avaliar o efluxo de CO2 do solo em áreas com diferentes usos e cobertura da terra (áreas agrícolas, áreas degradadas e áreas preservadas) na Caatinga. O estudo foi conduzido em uma propriedade localizada na Área de Proteção Ambiental (APA) do Cariri, na Fazenda Salambaia, localizada na região geográfica imediata de Campina Grande e nas microrregiões do Cariri Paraibano e de Campina Grande. As atividades dessa pesquisa envolveram o mapeamento e quantificação das emissões de CO2, biomassa, pluviometria, umidade e temperatura do solo em áreas sob diferentes usos e cobertura da terra utilizando medições in situ e a técnica do sensoriamento remoto. Foram coletados dados de emissão de CO2 pelo método do analisador de gases infravermelhos (IRGA), umidade e da temperatura do solo nas estações seca e chuvosa durante o ano de 2017 e 2018 em dez pontos com características distintas. Foi constatado que os maiores fluxos ocorreram nas áreas onde há presença de vegetação preservada, menores temperaturas e no período chuvoso. Os testes estatísticos mostraram correlação com os tipos de uso da terra, precipitação acumulada, componentes do solo e das variações sazonais, mas não foram encontradas correlações com a temperatura e umidade do solo. Os resultados também identificaram a presença de efluxo de CO2 nas áreas com vegetação degradada, caracterizando uma situação de desertificação nestas áreas.
  • IRAMI RODRIGUES MONTEIRO JUNIOR
  • Circuito espacial de produção e o círculo de cooperação do bordado artesanal de Timbaúba dos Batistas -RN.
  • Data: 11/03/2022
  • Hora: 14:30
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  • O bordado artesanal chega à região do Seridó no final do século XVII e início do século XVIII trazido pelas esposas dos colonizadores portugueses que se fixaram nestas Terras. O bordado começa a ser desenvolvido no Arraial Queiquó, o então município de Caicó – RN e após a popularização, a atividade se expande gradativamente para os demais municípios da região do Seridó, fenômeno observado no município de Timbaúba dos Batistas – RN criado na década de 1960. Nesse sentido, a escolha do recorte de estudo, o município de Timbaúba dos Batistas, se dá pela sua atuação na produção do bordado artesanal, pela quantidade de bordadeiras atuando na atividade, além, é considerado um dos principais produtores da região do Seridó. Assim, o objetivo da pesquisa em tela é analisar o circuito espacial da produção de bordado artesanal em Timbaúba dos Batistas – RN, considerando os círculos de cooperação no espaço e os usos do território. A pesquisa continua a discussão sobre: o circuito espacial produtivo; o círculo de cooperação no espaço, território e o uso do território, conceitos principais que sustenta o texto dissertativo. Os procedimentos metodológicos utilizados envolvem a coleta e sistematização dos dados da pesquisa de gabinete de campo. A partir desse último, entrevistamos 242 bordadeiras autônomas e 3 bordadeiras empreendedoras no território de Timbaúba dos Batistas e representantes de instituições públicas e privadas. Os dados secundários foram coletados na plataforma digital do IBGE e na Secretária de tributo do município. A revisão bibliográfica foi pautada em de autores que verticalizaram suas pesquisas acerca dos conceitos elencados anteriormente. A metodologia proposta, foi capaz de entender como se comporta o circuito espacial produtivo e o círculo de cooperação no espaço do bordado artesanal no território de Timbaúba dos Batistas. O estudo específico do bordado artesanal desse município traz ao debate a importância dos sistemas associativista e cooperativista para a manutenção do circuito espacial produtivo do bordado artesanal, mantido por bordadeiras autônomas e empreendedoras. Os resultados apresentados, apontou que o circuito espacial produtivo é dinâmico e complexo tendo as etapas de produção, distribuição, comercialização e consumo analisadas separadamente, mas articuladas entre si. Isso compreende o uso do território de Timbaúba dos Batistas para além do território delimitado politicamente. Ainda, o circuito espacial de produção do bordado artesanal demonstra uma codependência do círculo de cooperação, que, por sua vez, é constituído por empresas e instituições públicas e privadas para o desenvolvimento de etapas relativas à circulação, distribuição e consumo. Além disso, utiliza do território de Timbaúba dos Batistas (os fixos) como a cooperativa, a associação, a Casa das Bordadeiras, a ARTESOL e a prefeitura municipal e outros dispositivos que necessariamente não estão no território, mas que atuam dando auxílio técnico, operacional como o SEBRAE, o governo do RN, o Instituto Riachuelo e as universidades para permitir que os fluxos ligados a atividade do bordado artesanal aconteça no território de Timbaúba dos Batistas.
  • IRLA GABRIELE NUNES HENRIQUES
  • INVESTIGANDO OS IMPACTOS DO CLIMA FUTURO E DO USO E COBERTURA DA TERRA NOS PROCESSOS HIDROSSEDIMENTOLÓGICOS EM UMA BACIA DO BIOMA CAATINGA
  • Orientador : RICHARDE MARQUES DA SILVA
  • Data: 25/02/2022
  • Hora: 14:00
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  • A erosão hídrica do solo é um processo natural, mas pode ser intensificado pela ação humana que ao retirar a cobertura vegetal provoca a diminuição da infiltração e o aumento do escoamento superficial. Os estudos voltados para esse tema têm grande relevância para a preservação de solos e dos recursos hídricos, principalmente em bacias localizadas no bioma Caatinga no Brasil, que se caracterizam por recorrentes secas e eventos extremos, que afetam milhões de pessoas todos os anos. Assim, investigar os impactos do clima futuro e do uso e cobertura da terra nos processos hidrossedimentológicos nesse bioma são fundamentais para o gerenciamento dos recursos hídricos da região. Uma das formas de estudar os processos hidrosedimentológicos futuros é através do acoplamento entre séries temporais simuladas de dados de precipitação e temperatura em modelo hidrológico. No presente estudo foi utilizado o modelo hidrosedimentológico Soil and Water Assessment Tools (SWAT) para avaliar os processos de escoamento superficial e produção de sedimentos em dois períodos distintos na Bacia Representativa de Sumé que possui uma área total de 146,5 km² e está localizada na região semiárida da Paraíba. Para a ocorrência da modelagem foi necessário utilizar dados físicos da região, como dados climatológicos, dados de uso da terra, tipo do solo e o modelo digital de elevação; com isso, foi feita a modelagem para diferentes realidades (com base no uso da terra dos anos 1984 e 2019) e diferentes cenários futuros de uso da terra (regular, otimista e pessimista) e cenários de clima futuro com base em diferentes níveis de emissões de gases do efeito estufa (RCP 4.5 e RCP 8.5). Para a calibração do modelo, foram utilizados o software SWAT-CUP e um período de vazão diária, que foi de 27 de março de 1977 a 13 de janeiro de 1978 da sub-bacia Gangorra. Foi obtido um resultado de calibração considerado aceitável com o coeficiente eficiência de Nash-Sutcliffe (COE) igual a 0,59 e o R² igual a 0, 65. Os resultados mostraram o quanto a cobertura vegetal reduz o escoamento superficial e a produção de sedimentos nos diferentes cenários estudados e o quantos essas variáveis são influenciadas pelo uso da terra, tipo do solo e clima.
  • JEAN OLIVEIRA CAMPOS
  • SERVIÇOS ECOSSISTÊMICOS E FRAGMENTAÇÃO DA PAISAGEM NO PARQUE ESTADUAL MATA DO PAU-FERRO, AREIA, PARAÍBA
  • Data: 23/02/2022
  • Hora: 14:00
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  • A Mata Atlântica brasileira sofre intensa degradação desde a colonização, o que levou seus ecossistemas a experimentarem acentuada fragmentação. Os remanescentes florestais prestam serviços ecossistêmicos fundamentais para as populações, mesmo assim, correm o risco de desaparecerem nos próximos anos em função do avanço das atividades humanas em seu território. No estado da Paraíba, o Parque Estadual Mata do Pau-Ferro no município de Areia abriga um dos maiores remanescentes de Mata Atlântica do estado em ambiente de Brejo de Altitude. Apesar da importância, a área protegida e sua Zona de Amortecimento são permeados por conflitos que afetam a sua conservação, parte deles relacionados ao avanço da agropecuária sobre os perímetros florestais. Diante do exposto, a pesquisa tem por objetivo geral analisar a fragmentação da vegetação e mapear os principais serviços de provisão, regulação e manutenção prestados por meio dos fragmentos de floresta nativa contidos no Parque Estadual Mata do Pau-Ferro e em sua Zona de Amortecimento. Para análise da fragmentação foram utilizadas métricas de paisagem com uso da extensão V-LATE 2.0 no software ArcGis 10.2. O mapeamento dos serviços de provisão, por sua parte, foi baseado no método da matriz que conta com o uso de questionários e visitas de campo. Os serviços ecossistêmicos de regulação e manutenção, em sua vez, foram mapeados por meio da integração de variáveis ambientais, assim, o serviço sequestro de carbono foi mapeado através do índice CO2flux, ao passo que, o mapeamento do controle de erosão baseou na Equação Universal da Perda de Solo (USLE). A Zona de Amortecimento apresenta notória fragmentação da vegetação florestal nativa, que leva à manifestação das seguintes condições: predominância de fragmentos pequenos, formatos arredondados, baixos tamanhos médios, acentuada conectividade estrutural e elevada vulnerabilidade aos efeitos de borda. No que diz respeito aos serviços de provisão, as capacidades de oferta apresentaram variação entre muito alta e não relevante. A maior oferta foi detectada para fibras e materiais a partir de plantas selvagens, enquanto a menor foi registrada para a nutrição a partir de animais selvagens. Em seguida, o sequestro de carbono pronunciou capacidades de oferta similares às observadas nos serviços de provisão, variando entre alta e não relevante, porém, fragmentos pequenos e grandes apresentaram potenciais próximos para prestação do serviço ecossistêmico. Por fim, no serviço controle de erosão, manifestaram-se capacidades de oferta variando entre muito alta e muito baixa. Os resultados apresentados convergem para evidenciar que a vegetação florestal nativa do Parque Estadual Mata do Pau-Ferro e de sua Zona de Amortecimento constituem importantes áreas de prestação de serviços ecossistêmicos para as comunidades locais e a sociedade como um todo, e o avanço da fragmentação conduzirá a paisagem para condições ecológicas mais desfavoráveis aos serviços. Nesses termos, o mapeamento permitiu aumentar o conhecimento sobre as áreas de prestação e ofertas, contribuindo para identificar conflitos e estratégias de resolução dos mesmos. Além disso, as informações podem ser utilizadas como subsídio para elaboração de ações públicas voltadas à proteção dos fragmentos florestais e manutenção da oferta de serviços ecossistêmicos.
  • RENATA COSTA DE BARROS
  • “QUESTÃO AGRÁRIA EM TEMPOS DE GOLPE: A Territorialização da Luta Camponesa no Assentamento Florestan Fernandes - Pilões/PB”
  • Data: 22/02/2022
  • Hora: 14:00
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  • “QUESTÃO AGRÁRIA EM TEMPOS DE GOLPE: A Territorialização da Luta Camponesa no Assentamento Florestan Fernandes - Pilões/PB”
  • MIRELLE OLIVEIRA SILVA
  • IDENTIFICAÇÃO E CLASSIFICAÇÃO DE ÁREAS ÚMIDAS EM CABECEIRAS DE DRENAGEM - CHAPADA DO ARARIPE, NORDESTE DO BRASIL
  • Data: 21/02/2022
  • Hora: 14:00
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  • O semiárido brasileiro é marcado pelos baixos índices pluviométricos, associados a longos períodos de estiagem. Todavia, embora apresente estas características, em virtude de sua grande diversidade ambiental, a região abriga pequenas áreas as quais, em grande parte, apresentam constante umidade, como solos alagados acompanhados por fitofisionomias adaptadas a essas condições de saturação. Estes espaços são comumente denominados de Áreas Úmidas (AUs). Esses ambientes se distribuem por várias regiões do planeta e possuem os mais variados tamanhos. Entretanto, em regiões de clima seco, essas áreas, grosso modo, apresentam-se pequenas, mas funcionam como pontos de acesso para populações que residem próximo, além de funcionar como abrigo para diversas espécies de animais, especialmente nos períodos de estiagem. Nesse sentido, os estudos relativos à AUs manifestam substancial importância. Por esse motivo buscou-se desenvolver este trabalho com o objetivo de identificar e classificar as Áreas Úmidas associadas a cabeceiras de drenagem na Chapada do Araripe, nordeste do Brasil. Para que este estudo fosse realizado, calcado neste objetivo, foram realizadas aquisição de bases cartográficas de origem digital (vetor e raster), assim como produção de mapas temáticos, foi feito o planejamento e a determinação dos pontos a serem visitados no campo, posteriormente foi definido e realizado o reconhecimento das AUs, ainda foram estabelecidos os parâmetros ambientais e os pontos representativos, em seguida houve a definição das AUs representativas e por fim, a caracterização e classificação das AUs. A partir do desenvolvimento destas etapas, obtiveram-se os resultados. Estes resultados apontaram a relação existente entre as condições hidrogeológica e hidrogeomorfológica, especialmente, no desenvolvimento e manutenção das AUs na Chapada do Araripe. Entre os parâmetros aplicados, o TWI, a curvatura do terreno, a declividade e a altitude se mantiveram constantes, mostrando-se oportunos para o estudo relativo à AUs em áreas de cabeceira. Além disso, outro ponto destacado na caracterização das AUs foi o intenso uso da terra, uma vez que são ambientes que dispõe de um maior aporte hídrico, podendo tal fato associar-se com a intermitência, que 4 das 6 Áreas Úmidas apresentaram. Quanto a classificação, salienta-se que as AUs da Chapada do Araripe apresentaram 4 classes: AUs planas com fundo de vale canalizado; AUs planas com fundo de vales não canalizado; AUs côncavas com fundo de vale canalizado; e AUs côncavas com fundo de vale não canalizado. A classificação foi realizada por meio, principalmente, de critérios hidrogeomorfológicos. Nesse sentido, pode-se concluir que as AUs da Chapada do Araripe são mantidas especialmente pelas condições hidrogeomorfológicas e hidrogeológicas, dessa forma, os parâmetros geomorfológicos apresentaram-se imprescindíveis para a caracterização e classificação das AUs. Observou-se ainda a existência de uma relação entre as AUs de regime intermitente com a degradação ambiental da área, e por fim que a classificação utilizando critérios hidrogeomorfológicos mostrou-se eficiente, considerando o contexto escultural e hidrológico exposto pela Chapada do Araripe, de modo geral.
  • MARIA DO SOCORRO SILVA SALVADOR
  • COMPORTAMENTO DA VARIABILIDADE CLIMÁTICA NOS MUNICÍPIOS DE MONTEIRO E SÃO JOÃO DO CARIRI NO ESTADO DA PARAÍBA (1980 A 2019)
  • Data: 16/02/2022
  • Hora: 16:00
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  • A região do Cariri paraibano, localizado no Semiárido brasileiro, é caracterizada por possuir alta variabilidade na precipitação (tanto espacial, quanto temporal) apresentando baixos índices pluviométricos e acentuado déficit hídrico. A população que habita nessa região tem como uma das principais fontes de renda as atividades ligadas a agropecuária, contudo o sucesso desta atividade está atrelado às condições climáticas. Durante o período da seca a região sofre efetuadas perdas no setor agropecuário, causando grandes danos aos trabalhadores/famílias rurais. Desta forma, qualquer alteração no clima pode ocasionar sérios impactos para o ambiente bem como para a população residente. Diante disso, o presente estudo tem como objetivo analisar e comparar a variabilidade climática nos municípios de São João do Cariri e Monteiro, ambos no estado da Paraíba, numa escala temporal de 40 anos (1980-2019). Para realizar as análises foram: i) verificados a existência de tendência nas variáveis climáticas precipitação e temperatura; ii) avaliados os índices do Balanço Hídrico Sequencial, ano a ano, verificando sua variabilidade e tendência e, iii) foi realizado a classificação climática do Tipo de Clima Anual (TCA). Os resultados obtidos demostraram que os municípios, apesar de estarem na mesma região (pluviometricamente homogênea), apresentam características distintas. Monteiro possui uma melhor condição hídrica em relação a São João do Cariri, todavia esses municípios apresentam os mesmos comportamentos de períodos chuvosos (dezembro a maio) e secos (junho a novembro). No que se refere ao teste de tendência para as variáveis de precipitação e temperatura, correspondente a análise anual dos 40 anos, demostrou que somente a temperatura de Monteiro apresentou tendência crescente significativa. Já os testes de tendências mensal para o período analisado evidenciou que apenas os meses de maio, abril e julho do ano de 1997 contribuíram para que houvesse a ruptura da temperatura anual do município de Monteiro, uma vez que estes apresentaram significância, essa mesma condição não foi observada para a variável de precipitação de Monteiro e nem para São João do Cariri. Da mesma forma, verifica-se para a variável de temperatura deste último município, uma vez que não apresentaram significância. Quanto aos resultados do Balanço Hídrico analisado por década, foi comprovado a ocorrência de deficiência hídrica, para os dois municípios, destacando-se principalmente as décadas de 1990 e 2010, essa análise do balanço por década oculta a existência de excedentes hídricos, contudo ao ser elaborado o balanço ano a ano, observou-se que alguns meses continha excedentes, entre esses meses, o que obteve maior destaque foi o mês de março, sendo este o mês mais chuvoso. Em relação aos resultados das tendências dos índices hídrico, de aridez e umidade, verifica-se que Monteiro tem mais anos com melhores condições de índice hídrico, quando comparado a São João do Cariri. Quanto aos testes de aridez, esses revelaram os valores mais elevados para o município de São João do Cariri. Já a tendência dos índices de umidade mostrou que os dois municípios, ao longo dos anos, em sua grande maioria, possuem umidade no solo abaixo de zero. Por meio da Classificação Climática de Thorthwaite e Mather, foi concluído que as duas localidades inseridas num clima Semiárido, no entanto, não são todos os anos que apresentam essa característica, pois dos dois municípios analisados, São João do Cariri apresentou 68% dos anos da série em análise dentro de um contexto de clima Semiárido. Em vista dos resultados apresentados compreende-se que o município de São João do Cariri por ter condições pluviométricas com menores índices e alta variabilidade na temperatura em relação ao município de Monteiro, será possivelmente mais vulnerável aos impactos da alteração climática. O município de Monteiro apesar de possuir condições pluviométricas “melhores”, com o advento das alterações climáticas, a população residente também sentirá os impactos do clima. Sendo assim, sugere-se que os estudos da variabilidade climática sejam ampliados para todos os municípios da Região do Cariri, uma vez que, se entende que o comportamento climático presente na região ocorre de maneira diferenciada (variando no tempo e no espaço), e, de posse desse conhecimento, será possível subsidiar a elaboração de políticas públicas na construção de estratégias adaptativas de convivência com os extremos climáticos.
  • JOSUE BARRETO DA SILVA JUNIOR
  • A vulnerabilidade socioambiental epidemiológica em municípios do cariri paraibano: Uma proposição metodológica aplicada
  • Orientador : CELSO AUGUSTO GUIMARAES SANTOS
  • Data: 31/01/2022
  • Hora: 09:00
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  • Os desastres climatológicos (secas e estiagens) apresentam-se enquanto fenômenos predominantes na região do Cariri Paraibano. Caracterizado por sua severidade e sua frequente incidência, esta tipologia de desastre tem gerado múltiplos impactos econômicos, sociais e ambientais. A vulnerabilidade corresponde à relação direta de exposição individual ou de uma determinada sociedade, comunidade (ou grupo social), empresas, setor econômico, corporações a um ou mais determinado risco. Durante o período entre 1991-2012 registou-se 19.517 episódios de desastres de estiagens e secas, sendo correspondente a 48% dos desastres ocorridos no Brasil (total de 39.837). Desta forma, O Nordeste agrupa a maior incidência de casos no Brasil, (56,68%), seguidos por Sul e Sudeste respectivamente. Os impactos das secas e estiagens na região Nordeste, apresentam-se mediante uma ampla variabilidade de danos econômicos e humanos, afetando 41.255.291 pessoas, tendo 176 mortos, 67.320 enfermos, 290 feridos e 3.850 desaparecidos. Compreendendo a abrangência do fenômeno na área em estudo, os baixos níveis de resiliência das comunidades, e a necessidade de desenvolvimento de modelos e ferramentas de enfrentamento aos desastres e aos baixos níveis de resiliência dos municípios afetados, objetiva-se no referido projeto a proposição de um índice que busque avaliar a Vulnerabilidade Socioambiental-Epidemiológica mediante desastres climatológicos (estiagem e secas) nos municípios que compreendem o Cariri Paraibano. Desta forma, aplicado o Sistema IVSE para a região do Cariri Paraibano, afirma-se por meio do processamento de indicadores, a obtenção e tratamento de dados matriciais e vetoriais, e a operacionalização de técnicas cartográficas, afirma-se que há uma forte relação entre os três grandes campos avaliados (Social, Ambiental e Epidemiológico) para a construção de eventuais surtos epidemiológicos e a propagação doenças associadas aos processos interventivos sofridos sobre os ecossistemas locais.
2021
Descrição
  • GUIBSON DA SILVA LIMA JUNIOR
  • OS PROBLEMAS SOCIOAMBIENTAIS NO ENSINO DE GEOGRAFIA: AS QUESTÕES LOCAIS NOS ANOS FINAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL
  • Data: 17/12/2021
  • Hora: 09:00
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  • Este trabalho de tese funda-se na necessidade de compreensão dos problemas socioambientais urbanos locais pelos estudantes dos Anos Finais do Ensino Fundamental. Para isso, foi realizada uma pesquisa-ação com jovens escolares do 7° e 8° anos de uma escola de Ensino Fundamental localizada no município de João Pessoa-PB. O trabalho de investigação teve como objetivo analisar o processo de ensino-aprendizagem nas aulas de Geografia dos Anos Finais do Ensino Fundamental, em que se propõe o uso de metodologias que propiciem a compreensão dos problemas socioambientais urbanos pelos sujeitos residentes em espaços segregados da cidade, na perspectiva de uma formação crítica e cidadã. O diagnóstico do problema se revelou por meio das dificuldades que os estudantes apresentavam no tocante à compreensão dos conceitos, dos temas e dos elementos que se compõem enquanto essenciais para o entendimento da presente temática. Tais dificuldades são reflexo da atual organização curricular, dos materiais didáticos que distanciam as questões sociais das questões ambientais no espaço urbano, bem como das práticas tradicionais narrativas dos professores em relação à abordagem dos temas e dos conteúdos. O trabalho, metodologicamente, fez uso da pesquisa-ação, considerando, sobretudo, a realidade socioambiental dos sujeitos participantes da pesquisa. Assim, as práticas pedagógicas desenvolvidas na escola, por intermédio de cinco sequência didáticas, revelaram-se enquanto promotoras de um ensino de Geografia com sentido para a vida dos estudantes. A pesquisa comprovou a hipótese de que a atual organização do ensino de Geografia não proporciona aos estudantes a reflexão e a compreensão acerca de seu lugar e dos problemas socioambientais inseridos na lógica da desigualdade social refletida no espaço urbano. As práticas pedagógicas propostas foram desenvolvidas a partir do uso de diferentes instrumentos didáticos, bem como de dissemelhantes metodologias, em que priorizamos a dinamicidade, o trabalho em grupo e o uso da pesquisa, tendo como base a perspectiva de uma educação problematizadora. A partir disso, os estudantes deixaram de ser apenas receptores e se tornaram protagonistas no processo de ensino-aprendizagem, observando e reconhecendo a precariedade socioambiental que se configura em seu cotidiano social. Nesse sentido, a tese de que um conjunto de práticas pedagógicas que relaciona os conhecimentos geográficos no/do lugar dos estudantes, associando as questões sociais aos elementos naturais, e promovendo a interatividade em sala de aula, proporciona uma formação crítica e cidadã diante dos problemas socioambientais urbanos foi comprovada.
  • MATHEUS HENRIQUE DE SOUZA GENUINO OLIVEIRA
  • EXPANSÃO URBANA E PRODUÇÃO IMOBILIÁRIA NA REGIÃO SUL DE JOÃO PESSOA-PB
  • Data: 14/12/2021
  • Hora: 13:00
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  • O espaço urbano é extremamente diverso, mas homogeneíza-se a partir da intervenção do capital, sobretudo dos interesses daqueles que detém os meios de produção. A absorção do excedente do capital atualmente se dá especialmente no espaço urbano através da intervenção do imobiliário. Pretendemos neste trabalho, trazer uma discussão sobre os investimentos do setor imobiliário na periferia de João Pessoa, especialmente no que denominamos Região do Valentina que abrange o bairro do Valentina Figueiredo e suas adjacências, localizados em uma área de expansão da cidade, a atual Zona Sul. O capital é como uma teia e em seu processo acelerado de acumulação tem no espaço urbano sua principal forma de materialização, a expansão urbana então está diretamente ligada aos interesses do capital. Os caminhos pelos quais passa a urbanização são necessariamente ladrilhados (planejados) pelo capitalismo, destacamos neste texto o processo de urbanização contemporânea de João Pessoa. O eixo central da pesquisa é pensar a transformação socioespacial na Região do Valentina Figueiredo localizada na periferia da mancha urbana de João Pessoa. Analisar o deslocamento dos investimentos na questão habitacional voltada a uma população de classe média baixa em áreas periféricas da cidade. Esse movimento é dado especialmente pelo preço do solo urbano movimentado pelo mercado imobiliário e valorizado também pelas políticas e investimentos públicos. Colocando em evidência a contradição entre centro e periferia, nossa questão então é entender por que e a partir de que momento os investimentos imobiliários passam a se realizar também nas regiões periféricas da cidade. Refletiremos então, sobre a ‘inclusão’ da periferia no circuito produtivo do capital, especialmente, ligada ao imobiliário. E, além disso, mudanças nas perspectivas sociais, transformações estritamente ligadas a primeira tendência, isto é, aos novos padrões estabelecidos por essa estrutura imobiliária.
  • JOSE DE ARIMATEIA DE OLIVEIRA SILVA
  • RESISTÊNCIA E REPRODUÇÃO CAMPONESA EM ÁREAS DE REFORMA AGRÁRIA NO CURIMATAÚ ORIENTAL DA PARAÍBA: O CASO DO ASSENTAMENTO SÍTIO
  • Data: 27/10/2021
  • Hora: 14:00
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  • Esta pesquisa tem como foco principal compreender as diferentes formas de resistência e de reprodução camponesas presentes no terceiro mais antigo Projeto de Assentamento criado na microrregião geográfica do Curimataú Oriental da Paraíba, o PA Sítio, localizado no município de Dona Inês buscando verificar até que ponto ele se enquadra na perspectiva do que Moreira (2006; 2018) denomina de “Território de Esperança”. Para sua realização foram utilizados dados secundários que tiveram o IBGE e o INCRA como fontes. Os dados primários foram levantados no trabalho de campo. Este, iniciado em 2019, teve que ser interrompido em decorrência da pandemia durante quase todo o ano de 2020, sendo retomado em momentos diversos quando os assentados consentiam em nos receber. Foram realizadas oito entrevistas com roteiros estruturados e semiestruturados junto a camponeses assentados, chefes de família responsáveis pelos lotes ou seus representantes, além das lideranças do STR, da Associação dos Trabalhadores do PA Sítio, entre outros. Foram ainda aplicados 21 questionários aos camponeses assentados responsáveis pela unidade familiar (chefes de família), o que representa aproximadamente 30% do total dos chefes de família assentados no PA. A pesquisa constatou que o campesinato assentado do PA Sítio utiliza estratégias diversas de resistência e recriação, bem como adota formas variadas de luta pela permanência na terra negando, portanto, a teoria da sua destruição no modo capitalista de produção.
  • IZABELLE TRAJANO DA SILVA
  • Novas Estratégias de Reprodução do Capital em Espaços Comerciais de Pequenas Cidades Paraibanas
  • Data: 21/10/2021
  • Hora: 14:30
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  • O presente trabalho objetivou compreender como novas estratégias de reprodução do capital se materializam em espaços comerciais de pequenas cidades paraibanas e influenciam as suas dinâmicas socioespaciais. Seis pequenas cidades paraibanas (Juazeirinho, Monteiro, Queimadas, Serra Branca, Soledade e Sumé), que conformam a região geográfica intermediária de Campina Grande, foram os objetos que propiciaram as análises desenvolvidas. O reconhecimento de formas comerciais, caracterizadas como inéditas (redes associativistas, unidades de franquias e lojas fidelizadas), foi o ponto inicial da trajetória da presente pesquisa. Mas por reconhecer que o espaço não é produzido apenas por formas-conteúdo, investigaram-se ainda as práticas de consumo dos moradores residentes no recorte espacial de análise. Assim, no que diz respeito aos instrumentos de coleta de dados, realizaram-se: aplicação de questionários (com redes associativistas, unidades de franquias e junto aos moradores das cidades estudadas), efetivação de entrevistas (com os responsáveis pelas lojas fidelizadas) e registros fotográficos (além de pesquisas em sites e em redes sociais digitais, tais como Facebook e Instagram, das instituições que tivessem). O material coletado gerou um considerável banco de dados que, aliado à observação realizada durante o trabalho de campo, permitiu tecer considerações que extrapolaram uma simples caracterização de formas comerciais. Os questionários aplicados junto à população residente revelaram ainda uma quarta nova forma comercial (e-commerce) que, nos espaços urbanos, se apresenta paradoxalmente despercebida (por sua oculta forma espacial) e imponente (enquanto força propulsora do consumo). Constatou-se que novas estratégias de reprodução do capital se materializam em espaços comerciais de pequenas cidades paraibanas, imprimindo inéditas formas-conteúdo, as quais se caracterizam pela reprodução de estímulos ao consumo recorrente e, para isso, se utilizam de diversas práticas de mercadejar (ações de marketing) que buscam o retorno contínuo dos consumidores aos mesmos estabelecimentos. Outra característica observada foi a realização de comércios que ocorrem a partir da utilização do poder simbólico exercido pelo nome (marca) que o representa. Nesse caso, a formação do consumidor antecede a produção da mercadoria. Por fim, é necessário evidenciar a considerável atratividade do comércio local para os residentes das cidades estudadas (dado o elevado índice de compras realizadas pelos partícipes da pesquisa em suas respectivas sedes municipais) e a significativa pluralidade comercial (existente nas paisagens e proferida pelos moradores partícipes da pesquisa). Entende-se que todas as alterações sobre o comércio e o consumo, identificadas e descritas no recorte espacial de análise, versam sobre o contexto da economia capitalista que, ao longo do tempo, criou maior necessidade de demanda para que as mercadorias pudessem ser produzidas e consumidas e para que o dinheiro (resultante das vendas dessas mercadorias) pudesse retornar novamente ao movimento de circulação do capital. Nesse cenário, o meio técnico-científico-informacional é o sustentáculo das novidades comerciais. Portanto, esta tese é uma oportunidade de não só conhecer mais sobre a realização da reprodução capitalista em seus aspectos gerais (para isso já existem uma infinidade de trabalhos), mas é também um ensejo para o (re)conhecimento da realização deste fenômeno global em uma escala denominada pequena cidade (paraibana).
  • DIEGO DOS SANTOS DANTAS
  • O USO DO TERRITÓRIO PELA PRODUÇÃO AVÍCOLA NORMATIZADA NO MUNICÍPIO DE POCINHOS (PB)
  • Data: 08/10/2021
  • Hora: 14:30
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  • Este trabalho tem como objetivo central compreender o uso do território pela produção avícola normatizada no município de Pocinhos (PB), considerando as normativas dos agentes e os sujeitos envolvidos com esse tipo de produção. Metodologicamente, o estudo se pautou nos seguintes procedimentos: pesquisas bibliográfica e documental, coleta de dados secundários e trabalho de campo para observações, registros fotográficos e realização de entrevistas semiestruturadas. Entendemos, a partir da análise dos resultados obtidos, que a normatização do uso do território pela avicultura no município de Pocinhos encontra diversos obstáculos para ser efetivada, principalmente quando levamos em consideração as regulações colocadas pelos entes federativos da União, isto é, o atendimento das regulações do território normado. Essas barreiras são causadas, no nosso ponto de vista, pela falta de informação que há entre os avicultores e as empresas as quais eles são integrados, uma vez que muitos demonstraram claramente que não sabem quais são os seus direitos e os seus deveres como produtores do sistema de integração para o capital industrial avícola. Verificamos que cada vez mais as ações do capital, ou seja, as normas que têm por objetivo intensificar a produtividade da avicultura estão ganhando espaço, ao mesmo tempo em que intensifica a precarização do trabalho dos avicultores e de suas famílias por meio de jornadas de trabalho que chegam, em alguns momentos, a 24 horas de ocupação diária. Além da construção de um território normado, há, também, no município de Pocinhos, a efetivação do território como norma elaborada por meio dos costumes e da cultura camponesa, e isso só é permitido a partir do momento em que o campesinato se recria por meio da monopolização do território. Portanto, compreendemos que esse processo é oportuno, para que os camponeses construam uma relação de estranhamento e de subordinação às empresas integradoras de frango para corte, pois ao mesmo tempo que esses sujeitos devem seguir normativas colocadas pelo capital industrial avícola, existe um modo de vida camponês que está diretamente ligado ao seu sentimento de pertencimento à terra, que o faz construir o seu próprio território normado.
  • JOANNES MOURA DA SILVA
  • Circuito Espacial da Produção de laticínios e o uso do Território: Atuação do Laticínio Belo Vale - Isis
  • Data: 30/09/2021
  • Hora: 14:30
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  • A complexidade do atual período técnico se manifesta de diferentes formas e pode ser verificada também na produção de mercadorias que perpassa todas as fronteiras territoriais existentes, ao mesmo tempo que também (re)constrói relações entre os polos de produção, distribuição e consumo, além de reconfigurar as relações do campo com a cidade. O trabalho aqui apresentado, objetiva compreender essas relações que se configuram por meio de um circuito no espaço, tendo como foco, a produção e atuação do Laticínio Belo Vale, que tem se desenvolvido com auxílio dos círculos de cooperação, estes indispensáveis à manutenção do Circuito. Ao se estabelecer no circuito espacial da produção de laticínios, podemos inferir que o Laticínio Belo Vale utiliza o território em prol de sua expansão e articulações, quer seja está em escala estadual ou regional. Assim, o território passa a ser regulado por meio de seus interesses, como, por exemplo, os sistemas de logísticas, as infraestruturas que viabilizam os sistemas de transporte ao interligarem os polos de distribuição as unidades industriais, os produtores de leite, etc. bem como os agentes que compõem o círculo de cooperação do circuito, a exemplo dos bancos, instituições de pesquisas, assistências técnicas, etc. Ademais, compreender o circuito espacial de produção e seu respectivo círculos de cooperação no espaço, permite melhor analisar as instâncias produtivas da produção de laticínios e como se dá o uso do território. Dessa forma, refletimos também sobre as mudanças ocorridas no setor pecuário leiteiro e como elas se comportam dentro do Circuito aqui analisado, tendo em vista que a atividade produtiva central é coordenada por fluxos materiais e imateriais, bem como por conexões entre as etapas geograficamente dispersas, materializando no território suas ações.
  • MÁRCIA MARIA COSTA GOMES
  • TERRITÓRIO ILUSTRADO: UMA INVESTIGAÇÃO DA IDEIA DE NATUREZA PELAS VIAGENS CIENTÍFICAS DE MANUEL ARRUDA DA CÂMARA NO SERTÃO DA CAATINGA (1794-1810)
  • Data: 29/09/2021
  • Hora: 14:30
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  • A tese trata sobre a idéia de Natureza, na visão de Manuel Arruda Câmara (1794 - 1810). A metodologia utilizada esteve centrada na análise de documentos históricos da época e literatura especializada sobre o tema. Os resultados indicaram que Arruda Câmara defendia o uso utilitário da Natureza na Caatinga, apresentando-se contrário às teorias eurocêntricas de degeneração da Natureza da América portuguesa.
  • FRANCISCO WLIRIAN NOBRE
  • A REDEFINIÇÃO DOS “CAMINHOS DAS ÁGUAS” E OS CONFLITOS HIDROTERRITORIAIS NO CARIRI CEARENSE
  • Data: 28/09/2021
  • Hora: 14:00
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  • Esta tese elegeu os conflitos hidroterritoriais como uma chave para compreender o processo capitalista de produção e suas contradições no espaço agrário brasileiro. Destaca a importância dos rios do Nordeste desde o processo de formação territorial da região e demonstra que o Estado se constituiu como um agente fundamental nas transformações ensejadas no campo. Nesse percurso teórico-metodológico, problematizam-se as principais mudanças jurídicas promovidas pelo Estado na busca por responder não apenas como se comportam os principais atores estatais, mas também procurando evidenciar a sua “aliança” com o capital que se materializa em diferentes processos e escalas. É evidente que essa relação é complexa e multifacetada, mas necessária para compreender seus rebatimentos em frações dos territórios camponeses. Por isso a necessidade de expandir as ferramentas analíticas entendendo o Estado como uma entidade ampla que reflete as assimetrias de poder e os interesses da ordem capitalista. Abstraindo a discussão do Estado em um exercício prático reflexivo, realiza-se aqui uma interpretação do metabolismo histórico-territorial como uma ferramenta analítica que aproxima e põe em permanente diálogo os sujeitos sociais do campo e os territórios investigados. Esse diálogo se realiza em movimentos de (des)continuidades, rupturas e irupções que foram delimitadas em quatro processos que se atualizam, se sofisticam e prosseguem como em uma fusão de diferentes tempos e espaços: invasão dos territórios; apropriação e expropriação dos bens comuns; desterritorialização dos povos do campo, das florestas e das águas; mercadorização e privatização da água. Desse modo, esta pesquisa tem como objetivo analisar os conflitos hidroterritoriais a partir da redefinição dos caminhos das águas na região do Cariri cearense. Entende-se como conflitos hidroterritoriais o processo de luta pelo acesso e controle das águas e das terras presente desde o período colonial e que continua com uma moderna e extensa rede artificial que redefine os caminhos e apriosiona as águas. Para poder analisar esse processo pleno de contradições, o método escolhido é o materialismo histórico-dialético, pois ele permite apreender e entender a realidade estudada que se encontra em permanente transformação. As tensões desse processo revelaram a conversão de conflitos em lutas políticas que têm sua gênese nas resistências dos povos originários e foi sendo repassada convergindo para a luta dos camponeses sertanejos que, em sintonia com o seu ambiente, situaram-se no seu lugar social onde os rios e a água são fontes de existência e resistência. Assim, é neste contexto historicamente marcado por violência que os camponeses sentem a necessidade de se insurgir apontando outros caminhos e outras possibilidades de vida e de relacão com a natureza.
  • NIELSON POLUCENA LOURENÇO
  • Territorialização do capital extrativista mineral sobre áreas de Reforma Agrária: da voracidade do capital à luta pela defesa da terra e da vida no Assentamento Mucatu - PB
  • Data: 24/09/2021
  • Hora: 14:00
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  • Presenciamos neste século XXI uma frenética expansão do capital extrativo mineral em toda a América Latina. Todo esse avanço vem promovendo processos de espoliação de povos indígenas, quilombolas, camponeses assentados, dentre outros, redefinindo e destruindo formas de organização política, econômica e cultural locais, além de gerar efeitos socioambientais irreversíveis. Nesse contexto, têm se observado que empresas mineradoras vêm aumentando seus interesses sobre áreas de Assentamentos Rurais. Na Paraíba, em particular, 109 assentamentos, que somam 129.506 hectares e integram 6.433 famílias, constituem áreas de interesse de mineradoras. Nesse sentido, o objetivo da tese consiste em analisar os conflitos territoriais no campo a partir da territorialização do capital extrativista mineral sobre áreas de Assentamentos Rurais, tendo como foco central a expansão de indústria de cimento no litoral sul da Paraíba e as estratégias de resistência dos camponeses para permanecerem na terra. Analisamos o conflito entre os camponeses do Assentamento Mucatu (mais precisamente de uma de suas comunidades, a João Gomes), localizado entre os municípios de Alhandra-PB e Pitimbu-PB e a empresa Elizabeth Cimentos. O conflito desencadeou em 2011 quando a referida empresa comprou 206,0700 hectares dentro do Assentamento para a implantação de sua indústria de cimento, fato que vem ocasionando, desde aquele período, efeitos socioambientais deletérios, alterando o modo de vida dos camponeses que vivem naquele local e fazendo renascer o espírito de luta e resistência dos assentados de João Gomes. Do ponto de vista metodológico, utilizamos as seguintes técnicas de pesquisa: a) Pesquisa bibliográfica; b) Levantamento documental; c) Levantamento de dados secundários; d) Notícias de jornais e; e) Pesquisa de campo. Para compreender a espacialidade dessa questão realizamos uma discussão sobre os conceitos de produção do espaço, dentro da lógica de acumulação capitalista; do território como fração desse espaço marcado por relações de poder; das noções de acumulação por espoliação; crise estrutural do capital e o papel do Estado nesse contexto. Dentre os resultados alcançados, destacamos que o Estado é o principal ente articulador do processo de acumulação do capital para os grandes empreendimentos da mineração, pois criou uma arquitetura jurídica flexível que permite a apropriação e controle dos recursos minerais pelas empresas mineradoras. A mineração, sobre as bases do modo de produção capitalista, possui uma tendência de expansão territorial que traz expropriação, privatização da natureza e efeitos socioambientais deletérios que poderão, a médio e longo prazo, inviabilizar a manutenção de camponeses em seus territórios. Todo esse processo gera, dialeticamente, resistência dos camponeses que vivem na terra, pois é a partir dela que produzem seus meios de vida que os mantêm enquanto sujeitos históricos.
  • JULIANA SILVA DOS SANTOS
  • LICENCIATURA EM ESTUDOS SOCIAIS E A GEOGRAFIA: POLÍTICA CURRICULAR DE FORMAÇÃO DOCENTE NA PARAÍBA DURANTE O REGIME MILITAR
  • Data: 30/08/2021
  • Hora: 14:30
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  • A singularidade da profissão docente (e sua considerável atuação na vida dos estudantes) é um dos pontos mais importantes dentro do sistema educacional, uma vez que sua expressividade vai muito além de uma formação universitária, está ligado ao ato de ensinar e tudo que ele engloba, assim como se relaciona a questões políticas. Durante a década de 1970, período marcado pela Ditadura Militar (1964-1985), essa concepção se torna ainda mais evidente, uma vez que esse momento trouxe à tona algumas transformações significativas para a educação, em especial para a Geografia, que de forma impositiva, teve a Licenciatura plena em Geografia gradativamente substituída pela Licenciatura Curta em Estudos Sociais. Nesse sentido, a pesquisa teve por objetivo analisar a formação docente a partir do currículo do curso de Licenciatura Curta em Estudos Sociais oferecido pela antiga FURNE (atual Universidade Estadual da Paraíba, Campus Campina Grande) e pela antiga FAFIG (atual Universidade Estadual da Paraíba, Campus Guarabira). Para tanto, definimos o recorte temporal específico de 1966-1986, por serem os anos que constam nos materiais encontrados em ambas as instituições. Dessa forma, apresentamos discussões sobre currículo, as licenciaturas curtas, os Estudos Sociais e a Geografia, utilizando como base teórica autores como Conti (1976); Callai (2013); Seabra (1981); Santos (2016); e Pontuschka, Paganelli, Cacete (2009). Utilizamos a abordagem de pesquisa qualitativa de cunho histórico, assim como fizemos uso da análise documental para o tratamento da legislação e currículo analisados. Diante dessa pesquisa, compreendemos que as semelhanças e diferenças fazem parte da construção histórica de qualquer documento, e com os currículos da FURNE e da FAFIG não seria diferente. Sendo assim, ambos os currículos existiram e se estabeleceram como o esperado, sendo marcados não só por um contexto histórico conturbado que lidava com questões ideológicas singulares, mas também por uma ideia de progresso na educação e melhorias na qualidade do ensino através de uma formação rápida, que acabou abrangendo uma demanda considerada indispensável para o sistema político do país.
  • JOSE ANTONIO VILAR PEREIRA
  • A DEGRADAÇÃO DA COBERTURA VEGETAL E A EROSÃO DOS SOLOS COMO INDICADORES DE ÁREAS DESERTIFICADAS: UMA ANÁLISE DA MICROBACIA HIDROGRÁFICA DO RIACHO MUCUTÚ/PB
  • Data: 27/08/2021
  • Hora: 14:30
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  • A retirada da cobertura vegetal é uma das principais causas dos processos erosivos que provocam a eliminação da camada superficial dos solos, responsável por abrigar o húmus e os nutrientes necessários para o desenvolvimento das plantas. Diante disto, a erosão pode causar a redução ou eliminação da fertilidade dos solos. Na região semiárida esse processo é um dos principais agentes responsáveis pelo surgimento de áreas desertificadas. Neste cenário, esta pesquisa tem como objetivo geral, realizar uma análise prognóstica das áreas com risco ao processo de desertificação na microbacia do riacho Mucutú/PB a partir da correlação da degradação da cobertura vegetal e do seu potencial natural à erosão. A microbacia compreende uma área de 724,628 km² e está localizada entre as microrregiões geográficas do Seridó e Cariri paraibano, abrangendo parcialmente a área de sete municípios. Para o monitoramento espaço-temporal do uso e da cobertura do solo, realizou-se o processamento digital de duas imagens do satélite Landsat 5 dos anos de 1990 e 2005 e uma imagem do Landsat 8 de 2019. A quantificação do Potencial Natural a Erosão (PNE) foi obtido através da análise das variáveis físicas da Equação Universal de Perdas de Solo (EUPS): erodibilidade dos solos (fator K), erosividade das chuvas (fator R) e o fator topográfico (fator LS) a partir da álgebra de mapas. Para a identificação e espacialização dos riscos a desertificação, empregou-se a técnica de análise multicritérios, fazendo o cruzamento dos mapas de degradação da cobertura vegetal e das variáveis do PNE. Os resultados indicaram que as práticas econômicas desenvolvidas no espaço-tempo analisado, resultaram na simplificação e redução da densidade da cobertura vegetal da microbacia, destacando-se a pecuária extensiva, a agricultura de subsistência e a mineração como as mais degradantes. Identificou-se uma grande variação no potencial natural à erosão com valores entre 4,34 a 3.863 t.ha.ano e média de 62,32 t.ha.ano. Os menores valores encontram-se distribuídos nas áreas planas, enquanto os maiores índices foram verificados nas áreas de relevo forte ondulado onde predominam os Argissolos Vermelhos e Neossolos Regolíticos com alta erodibilidade. Verificou-se que mais de 81% do território da microbacia tem Risco Alto e Muito Alto à desertificação, enquanto apenas 3,4% e 14,34% apresenta Risco Baixo e Moderado, respectivamente. As áreas de maior risco estão localizadas onde ocorreu maior degradação da cobertura vegetal, com solos de alta erodibilidade e nas regiões onde desenvolve-se com maior intensidade a agropecuária e atividades de mineração. Já as áreas mapeadas como de menor risco, estão localizadas nas regiões de mais difícil acesso, como o topo das serras que ainda apresentam vegetação relativamente conservada.
  • IGOR CARLOS FEITOSA ALENCAR
  • O CEARÁ ENFERRUJADO: A ferrovia e os trilhos da modernização do território
  • Data: 27/08/2021
  • Hora: 14:00
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  • A questão ferroviária brasileira é um tema consideravelmente debatido, principalmente na perspectiva dos estudos das redes de comunicação e na historiografia de modo geral, que se remonta ao fim dos Oitocentos como um período de grandes transformações político-econômico-espaciais. Investigar as particularidades desses processos na escala provincial permite apreender as condições locais neles impressas. Assim, a presente pesquisa objetiva compreender a instalação da Estrada de Ferro de Baturité entre 1872 e 1926, de Fortaleza à cidade do Crato, como o elemento central de um processo de modernização territorial. Metodologicamente iniciou-se pelo trabalho bibliográfico orientado a partir de grandes temáticas, a “questão ferroviária”, “formação socioespacial” e “modernidade e modernização territorial”. A investigação fundamentou-se sobretudo em fontes documentais, especialmente as oficiais (Relatório de presidentes da província; Mensagens, Avisos, Decretos e Leis); também se utilizou notícias e reportagens jornalísticas; além de fontes secundárias, como os dados censitários. Inicialmente se fez necessário apreender o contexto global e nacional circunscrito ao II Reinado, no qual os projetos ferroviários representavam parcela de um processo de expansão capitalista, capitaneado pela Inglaterra, que conferia às economias dependentes a necessidade de ajustes territoriais. Ao analisar esse processo no Ceará, partiu-se dos interesses da elite política em garantir a instalação de ferrovia - inicialmente consolidando a transformação da base produtiva agroexportadora da província e objetivando o avanço sobre o sertão e o que nele era produzido. Nesse contexto, além dos aspectos que garantiram o início da construção, investigou-se como se assegurou ao longo de mais de cinco décadas que o projeto se instalasse por completo até atingir o Crato, a cidade Boca de Sertão localizada no extremo sul do Ceará. Para isso, se demonstrou a essencialidade do emprego da mão- de-obra dos retirantes das secas para o avanço das obras. O resultado do processo de modernização territorial cearense se deu em duas frentes: socialmente se transformou as relações de trabalho com a incorporação dos sertanejos nas obras ferroviárias, implicando em um forçado processo de proletarização e, complementarmente, se territorializou anseios da burguesia comercial com a implementação dos trilhos, alterando as condições de escoamento e conformando uma rede urbana a partir da expansão da fronteira de acumulação sertão adentro.
  • DAYANE GALDINO BRITO
  • A GEOGRAFIA FÍSICA (?) NA FORMAÇÃO INICIAL DE PROFESSORES: UM ESTUDO DE CASO NO CURSO DE LICENCIATURA EM GEOGRAFIA DA UEPB, CAMPINA GRANDE-PB.
  • Data: 26/08/2021
  • Hora: 13:30
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  • Este trabalho investiga os componentes curriculares da área física do Curso de Licenciatura em Geografia da Universidade Estadual da Paraíba, Campus I, Campina Grande-PB. Como objetivo geral, busca-se analisar a proposta curricular voltada à formação docente em Geografia para o ensino dos conteúdos da Natureza na Universidade Estadual da Paraíba, Campina Grande-PB. Os objetivos específicos são: identificar as orientações das Diretrizes Curriculares Nacionais para os cursos de licenciatura e seus desdobramentos na área física; identificar as contribuições da natureza como potencialidades para a constituição do conhecimento pedagógico do conteúdo e o seu impacto no currículo da formação de professores; analisar as concepções do currículo pré-ativo e interativo para a formação de professores nos componentes curriculares da Natureza; e, por fim, refletir acerca das potencialidades e limitações na formação docente em Geografia a partir das tendências contemporâneas para o ensino da Natureza. Para tanto, fez-se uma revisão bibliográfica à luz da linha teórica da base de conhecimentos para o ensino, conforme os estudos de Lee S. Shulman, sobre formação de professores de Geografia, políticas curriculares, Geografia Física, além de um estado do conhecimento com base em teses e dissertações sobre as contribuições da Natureza para o ensino de Geografia. Observaram-se demandas à formação de professores para constituição do conhecimento pedagógico do conteúdo, com base em indicações teórico-metodológicas para a Natureza no ensino de Geografia. Como metodologia, desenvolveu-se um estudo de caso com abordagem qualitativa, baseado na análise documental do Projeto Pedagógico de Curso, entrevistas semiestruturadas com os professores formadores e grupos focais com os alunos ingressantes nos semestres 2016.1, 2016.2 e 2017.1. Também foram aplicados questionários com os alunos com fins de identificação e caracterização. Os procedimentos de coletas de dados tiveram como meio as reuniões virtuais (Google Meet) e o formulário do Google (Google Forms). Os dados foram analisados com base na análise do conteúdo. Os resultados indicam avanços com o aumento da carga horária, a inserção do eixo de práticas pedagógicas e o eixo das atividades de campo nos componentes curriculares dos estudos da Natureza no currículo pré-ativo. No currículo interativo os alunos colocam demandas no aprofundamento do conhecimento no contexto local e a oferta dos componentes curriculares eletivos. No eixo de práticas pedagógicas, há o desenvolvimento de micro-aulas, produção de recursos didáticos, experimentos, pesquisa de campo como metodologia para a formação de professores, e no das atividades de campo, dá-se ênfase nas aulas de campo. Com a análise da base de conhecimentos para o ensino das atividades do eixo de práticas pedagógicas foi observado que o conhecimento do tema acompanha tendências da pesquisa acadêmica nos estudos da Natureza e que há lacunas na abordagem do lugar, no conhecimento do currículo, no conhecimento dos fins e propósitos e no conhecimento dos alunos. Portanto, constitui um desafio o planejamento de atividades formativas pelos professores formadores como um processo para o desenvolvimento o conhecimento pedagógico do conteúdo nos licenciandos.
  • DAYANE GALDINO BRITO
  • A GEOGRAFIA FÍSICA (?) NA FORMAÇÃO INICIAL DE PROFESSORES: UM ESTUDO DE CASO NO CURSO DE LICENCIATURA EM GEOGRAFIA DA UEPB, CAMPINA GRANDE-PB.
  • Data: 26/08/2021
  • Hora: 13:30
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  • Este trabalho investiga os componentes curriculares da área física do Curso de Licenciatura em Geografia da Universidade Estadual da Paraíba, Campus I, Campina Grande-PB. Como objetivo geral, busca-se analisar a proposta curricular voltada à formação docente em Geografia para o ensino dos conteúdos da Natureza na Universidade Estadual da Paraíba, Campina Grande-PB. Os objetivos específicos são: identificar as orientações das Diretrizes Curriculares Nacionais para os cursos de licenciatura e seus desdobramentos na área física; identificar as contribuições da natureza como potencialidades para a constituição do conhecimento pedagógico do conteúdo e o seu impacto no currículo da formação de professores; analisar as concepções do currículo pré-ativo e interativo para a formação de professores nos componentes curriculares da Natureza; e, por fim, refletir acerca das potencialidades e limitações na formação docente em Geografia a partir das tendências contemporâneas para o ensino da Natureza. Para tanto, fez-se uma revisão bibliográfica à luz da linha teórica da base de conhecimentos para o ensino, conforme os estudos de Lee S. Shulman, sobre formação de professores de Geografia, políticas curriculares, Geografia Física, além de um estado do conhecimento com base em teses e dissertações sobre as contribuições da Natureza para o ensino de Geografia. Observaram-se demandas à formação de professores para constituição do conhecimento pedagógico do conteúdo, com base em indicações teórico-metodológicas para a Natureza no ensino de Geografia. Como metodologia, desenvolveu-se um estudo de caso com abordagem qualitativa, baseado na análise documental do Projeto Pedagógico de Curso, entrevistas semiestruturadas com os professores formadores e grupos focais com os alunos ingressantes nos semestres 2016.1, 2016.2 e 2017.1. Também foram aplicados questionários com os alunos com fins de identificação e caracterização. Os procedimentos de coletas de dados tiveram como meio as reuniões virtuais (Google Meet) e o formulário do Google (Google Forms). Os dados foram analisados com base na análise do conteúdo. Os resultados indicam avanços com o aumento da carga horária, a inserção do eixo de práticas pedagógicas e o eixo das atividades de campo nos componentes curriculares dos estudos da Natureza no currículo pré-ativo. No currículo interativo os alunos colocam demandas no aprofundamento do conhecimento no contexto local e a oferta dos componentes curriculares eletivos. No eixo de práticas pedagógicas, há o desenvolvimento de micro-aulas, produção de recursos didáticos, experimentos, pesquisa de campo como metodologia para a formação de professores, e no das atividades de campo, dá-se ênfase nas aulas de campo. Com a análise da base de conhecimentos para o ensino das atividades do eixo de práticas pedagógicas foi observado que o conhecimento do tema acompanha tendências da pesquisa acadêmica nos estudos da Natureza e que há lacunas na abordagem do lugar, no conhecimento do currículo, no conhecimento dos fins e propósitos e no conhecimento dos alunos. Portanto, constitui um desafio o planejamento de atividades formativas pelos professores formadores como um processo para o desenvolvimento o conhecimento pedagógico do conteúdo nos licenciandos.
  • DAVIDSON MATHEUS FELIX PEREIRA
  • Reestruturação Espacial e Produtiva na Indústria de Calçados de Campina Grande-PB: Espaço e Trabalho no Regime de Acumulação Flexível.
  • Data: 24/08/2021
  • Hora: 14:00
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  • A presente pesquisa, apresenta uma análise da relação entre a indústria e o espaço urbano, revisitando o debate acerca das concentrações industriais em uma perspectiva histórica e espacial, centrada nas relações de poder. Desse modo, analisamos as transformações da indústria calçadista em Campina Grande e a sua configuração espacial produtiva atual. Considerando a expansão da indústria de calçados após a reestruturação produtiva em decorrência desde os anos 1990 e o crescente impacto desse na economia e no espaço urbano do município. A pesquisa centra-se em investigar, a partir dos marcos do regime de acumulação flexível, a reestruturação produtiva no Sistema Industrial Localizado de Calçados em Campina Grande, bem como, a reconfiguração do espaço produtivo da cidade e as transformações nas relações de trabalho. Destacamos a importância das condições gerais de produção geradas na cidade pela indústria têxtil e metalomecânica entre os anos 1930 e 1970. Subsequentemente, observamos a ocorrência de dois processos de reestruturação no sistema industrial localizado de calçados de Campina Grande: o primeiro teria ocorrido nos anos 1983-1990 pela inserção do grande capital. O segundo estaria ocorrendo desde os anos 1990 até os dias atuais, através da expansão da produção do grande capital e da reconfiguração dos aglomerados produtivos de pequeno capital. Além disso, a partir de dados da Federação das Indústrias do Estado da Paraíba, realizamos uma análise espacial dos aglomerados produtivos existentes, levando em conta as diferentes atividades existentes no subsetor. Essa investigação permitiu identificar dois modelos produtivos na cidade: o do grande capital, de base fordista e outro de base semiartesanal, ligado às micro e pequenas empresas. Assim, verificamos que a flexibilização da produção se processa de forma diferente nos dois modelos. Ressaltamos a influência dos órgãos e instituições na coordenação do sistema industrial localizado de calçados de Campina Grande, como fomentadores de processos de aprendizagem coletiva e de disciplina dos trabalhadores. Além disso, refletimos sobre o papel do Estado capitalista como agente promotor do processo de valorização e acumulação, sobretudo do grande capital.
  • SERGIO FERNANDES DIAS DOS SANTOS
  • O LUGAR DA GEOGRAFIA NA SALA DE AULA NOS ANOS INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL: CURRÍCULO E PRÁTICA DOCENTE
  • Data: 19/08/2021
  • Hora: 14:00
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  • Neste trabalho objetivou-se compreender o lugar que a Geografia ocupa nos Anos Iniciais do Ensino Fundamental e a influência que tem o currículo sobre a prática docente de duas professoras do 5º ano das Escolas Silvana de Oliveira Pontes e Professor Altimar de Alencar Pimentel, Cabedelo/PB. Buscou-se identificar em produções acadêmicas o que se discute sobre o ensino de Geografia, as dificuldades do docente ao trabalhar os conceitos da disciplina quando aborda a cidade, e a reflexão que se tem acerca da prática do professor dessa etapa de escolarização ao ensinar essa ciência. A pesquisa é qualitativa, onde se utilizou estudo de caso múltiplo, entrevista semiestruturada e observações da prática de ensino que, devido a pandemia de Covid-19, aconteceu de forma remota (internet), pelo fato de o ensino presencial ter sido suspenso pela Secretaria de Educação por tempo indeterminado. Esses caminhos metodológicos foram escolhidos visando compreender o dia a dia dos sujeitos, sua formação na Educação Básica e Superior até o exercício profissional. O arcabouço teórico-conceitual desta dissertação baseou-se em estudos que abordam a construção social do currículo; a relevância dos conceitos de paisagem, lugar, território, região, e as representações sociais desses para a leitura do espaço geográfico no processo de alfabetização geográfica; a prática e saber docente no ensino de Geografia. A pesquisa mostrou que o lugar dessa disciplina na sala de aula nos Anos Iniciais do Ensino Fundamental, apesar da importância para a sociedade, ainda continua sendo um componente curricular relegado a segundo plano. Essa concepção se deu a partir da observação da existência de alguns obstáculos no caminho das docentes, tais como: dificuldades de acesso aos estudos sobre a epistemologia e metodologias de ensino de Geografia no decorrer da formação inicial; saberes e incertezas sobre o currículo; e pouco apoio da Secretaria de Educação no tocante à oferta de formação continuada. Foi observado que os reflexos negativos que tangenciam o dia a dia das docentes acabaram interferindo no processo de aprendizado dos estudantes que chegam ao 6º ano dos Anos Finais do Ensino Fundamental, com alguma dificuldade de compreender a Geografia como disciplina das discussões sobre as transformações que se dão no espaço geográfico, o que irá exigir das professoras reflexão acerca do seu papel para o processo formativo dos alunos, sendo necessário que elas busquem alternativas para a realização de formação contínua junto à gestão municipal e, assim, possam superar as dificuldades enfrentadas no dia a dia.
  • JOSIAS SILVANO DE BARROS
  • TESSITURA DE SABERES DE PROFESSORES DE GEOGRAFIA EM INÍCIO DE CARREIRA: HISTÓRIAS DE VIDA, TRAJETÓRIAS DE FORMAÇÃO E FAZERES DOCENTES
  • Data: 29/07/2021
  • Hora: 14:00
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  • Esta tese, de abordagem qualitativa, inscrita no âmbito do método (auto)biográfico, toma a tessitura das narrativas das histórias de vida, das trajetórias de formação e dos fazeres docentes de cinco professores de Geografia em início de carreira na educação básica pública paraibana e o trato com os seus saberes docentes. A intenção é compreender o processo de apropriação, construção e mobilização dos saberes de professores de Geografia da educação básica pública, em início de carreira, que foram egressos do curso de licenciatura em Geografia da Universidade Estadual da Paraíba, em consonância com as histórias de vida e as trajetórias de escolarização, formação acadêmica e o exercício profissional. A metodologia utilizada baliza a dimensão teórico-conceitual da pesquisa (auto)biográfica, ancorada nas histórias de vida e nos percursos de formação e profissionalização de professores iniciantes. Os dispositivos de recolha de dados aportam-se na técnica da entrevista narrativa e nas observações de práticas pedagógicas. As narrativas dos professores exprimem acontecimentos biográficos, geografizados por meio de contornos que sinalizam repertórios de formação-profissão, com ligações direta entre as experiências protagonizadas no cotidiano social ao longo da vida. Os registros das práticas (carto)grafadas evidenciam a forma pela qual esses professores mobilizam seus saberes pedagógicos e geográficos no contexto da educação básica. Nesse sentido, a sala de aula apresenta-se como o espaço fulcral das ações didáticas constituintes de aprendizagens situacionais que repercutem modos de ensinar e de aprender Geografia com ressonâncias do campo formativo acadêmico, das memórias escolares, do cotidiano social e escolar, da identificação e negação de práticas educativas experienciadas ao longo da vida-formação, assim como das influências das mídias digitais. Os dizeres e os fazeres pedagógicos desses professores delineiam a circularidade de um saber geográfico escolar, em construção, sincrético, que emerge da própria prática, com marcas provenientes do cotidiano, da formação universitária e da cultura escolar herdada do processo de escolarização e tocada pelo saber-fazer dos pares (geocircular). Esses saberes circulam entre crenças individuais, representações sociais de histórias vividas, processo de criatividade, improviso e ressignificação da Geografia praticada na escola e na vida, cujos movimentos escolares são compassados durante o ritmo da sala de aula, além da subjetivação pessoal atribuída ao conteúdo geográfico (biocircular). O estudo evidencia, portanto, que os saberes dos professores de Geografia em início de carreira são movidos por referenciais que circulam entre si e se tecem de acordo com memórias e experiências do contexto da vida, do processo de escolarização, da formação acadêmica e da prática de ensino, inscrevendo-se como um saber geo(bio)circular.
  • ROGERIO DOS SANTOS FERREIRA
  • Cariri paraibano: Dos Serviços Ecossistêmicos e da Geodiversidade às implicações para um Planejamento Ambiental
  • Orientador : BARTOLOMEU ISRAEL DE SOUZA
  • Data: 30/06/2021
  • Hora: 08:30
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  • Este trabalho trata sobre uma leitura dos Serviços Ecossistêmicos e da Geodiversidade, inserindo os Impactos sobre os Serviços Ecossistêmicos e da Geodiversiade no contexto dos estudos sobre a natureza e ação antrópica no semiárido paraibano e na área em processo para reconhecimento como Geoparque Cariri. Nesse contexto, descreve os Serviços Ecossistêmicos, a Geodiversidade e os Impactos Ambientais sobre os recursos naturais, podendo contribuir para um pensar das políticas públicas no uso e ocupação sustentável do Cariri Paraibano, especificamente na área pensada como Geoparque Cariri. Os procedimentos metodológicos para esta pesquisa foram baseados em ferramentas utilizadas por mecanismos internacionais de leitura, escrituração e mapeamento dos Serviços Ecossistêmicos e da Geodiversidade para compor um banco de dados mundial, onde utilizamos a Tabela CICES acrescentando os serviços da geodiversidade, como também realizando uma adaptação da Matriz de Impacto Ambiental (Matriz de Leopold) para avaliação deste mesmos serviços quando modificados para a construção de algum empreendimentno humano sobre os recursos naurais. Os dados obtidos mostram que para a região do Cariri Paraibano os afloramentos rochosos, com destaque para os lajedos, são considerados os principais elementos de garantia da qualidade de vida e bem-estar humano na localidade, por sua ligação direta com os serviços ecossistêmicos e da geodiversidade existentes. Sendo nassim, faz-se necessária uma urgente consideração destes recursos como elemento contribuidor da economia e da cultura na paisagem do semiárido, de modo geral, e do Cariri paraibano em específico.
  • ELIAS RODRIGUES DA CUNHA
  • PREDIÇÕES DO USO E COBERTURA DA TERRA E SEUS IMPACTOS NA EROSÃO DO SOLO NO ECÓTONO CERRADO/MATA ATLÂNTICA: ESTUDO DE CASO DA BACIA HIDROGRÁFICA DO RIO DA PRATA
  • Data: 01/06/2021
  • Hora: 14:00
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  • Recentemente, o avanço da agropecuária no Brasil tem provocado severos problemas, como o desmatamento, aumento na quantidade de agrotóxicos, erosão do solo e sedimentos em suspensão que têm impactado negativamente o meio ambiente. A erosão do solo e o turvamento das águas dos rios cênicos do Parque Nacional da Serra da Bodoquena, especialmente, do Rio da Prata localizado no Centro-oeste do Brasil, tem causado uma grande preocupação para uma região conhecida mundialmente pela transparência de suas águas. Apesar desses efeitos terem potencial de impactar negativamente os serviços ecossistêmicos, atividades de ecoturismo e o setor econômico dos municípios da região, nenhum estudo investigou os processos de erosão do solo na região. Assim, o objetivo deste estudo foi analisar os impactos atuais e futuros do uso e cobertura da terra na erosão do solo na bacia do Rio da Prata. Para mapear o uso e cobertura da terra na área de estudo foi utilizada a Análise de Imagem Baseada em Objetos (Object Based Image Analysis- OBIA) em imagens de satélites Landsat dos anos 1986, 1999, 2007 e 2016. Os cenários futuros de uso e cobertura da terra para os anos de 2033, 2050, 2080 e 2100 foram criados utilizando o modelo de previsão Cellular Automata- Markov (CAMarkov). A Equação Revisada de Perdas de Solo (Revised Universal Soil Loss Equation - RUSLE) associada aos cenários futuros de uso e cobertura da terra foi usada para estimar as perdas de solo para os anos de 1986, 1999, 2007, 2016, 2050 e 2100. Os resultados da simulação das mudanças no uso e cobertura da terra foram considerados satisfatórios, como comprovado pelos valores obtidos dos índices kappa for agreement (kstandard) = 0,73, kappa for no information (kno) = 0,78 ekappa for grid-cell level location (klocation) = 0,84. Os cenários futuros de uso e cobertura da terra indicaram o avanço da agricultura e diminuição das classes de vegetação nativa como banhado, cerrado, mata ciliar, floresta estacional semidecidual e campos gramínosos úmidos. Os resultados mostraram que ocorreu um declínio nas perdas de solo e exportação de sedimentos nos últimos 30 anos (1986- 2016). A perda de solo totais sofreu uma redução de 10,20 milhões de toneladas em 1986 para 4 milhões em 2016. Com isso, a exportação de sedimentos total diminui significativamente em 69,86%, passando 1 milhões de toneladas para 321 mil toneladas. Verificou-se que entre 1986 a 2016 um predomínio de perdas de solo <5 Mg/ha/ano em aproximadamente 92% da área de estudo, influenciada pelos fatores LS, K e C. Os resultados obtidos para os cenários futuros de erosão do solo mostraram que entre 2050 e 2100 ocorreu um crescimento 13,84% das áreas de perdas de solos >10 Mg/ha/ano. Entre 2016 a 2100 as classes moderada, intensa e extremamente intensa aumentaram em 34,41%, 36,41% e 23,96%, respectivamente. O banhado apresentou a menor perda de solo (0,23 Mg/ha/ano). Observou-se que a taxas de erosão do solo nessa classe variou apenas 8,69%. Embora a região do banhado apresente um baixo potencial erosivo com taxa anual de exportação de sedimentos com valores mínimos, a presença dos canais artificiais de drenagem favoreceu o escoamento concentrado, o que possibilitou o desenvolvimento de processos erosivos nas margens de alguns drenos. A conversão da vegetação natural em terras agrícolas pode ser considerada como um alerta contra a perda da biodiversidade da fauna e flora na região do Parque Nacional da Bodoquena, e principalmente na bacia hidrográfica do Rio da Prata, Além disso, os cenários futuros de erosão do solo mostraram um aumento 5,78% na taxa média de erosão do solo para a agricultura. Portanto, com a tendência de expansão das terras cultivadas até o ano de 2100, existem a urgente necessidade de planejamento para conservação do solo e da água, que vise principalmente a produção sustentável e a manutenção dos serviços ecossistêmicos e do setor econômico na região.
  • PAULO SÉRGIO DE ARAUJO FILHO
  • Recursos hídricos locais e fatores biofísicos envolvidos na APA do Cariri/PB
  • Data: 31/05/2021
  • Hora: 15:00
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  • A pesquisa foi desenvolvida na Área de Preservação Ambiental do Cariri, localizada no espaço rural dos municípios de Cabaceiras, Boa Vista e São João do Cariri, na região do Cariri paraibano, onde o clima seco, a escassez hídrica e a pronunciada sazonalidade na distribuição de chuvas, se fazem presentes como parte da estrutura dos ambientes existentes, fazendo com que essa região seja considerada a mais seca do país. Com o objetivo de identificar como os fatores biofísicos influenciam a disponibilidade de água nesta área, a pesquisa foi embasada na utilização do sensoriamento remoto para aplicação de índices espectrais como instrumentos metodológicos. A partir dos dados dos satélites Sentinel-2 e ALOS, foram empregados procedimentos técnicos em Software GIS e gerado mapas temáticos para os anos de 2016 a 2020, que representam o Índice de Vegetação Ajustada ao Solo (SAVI), o Índice de Área Foliar (IAF), a temperatura do solo, o Índice Topográfico de Umidade (TWI) e a Declividade, para que, com a intersecção desses dados, seja possível analisar o potencial de umidade para cada pixel em toda a área de estudo. Para evitar a ocorrência de interpretações equivocadas do resultado, os dados finais foram validados estatisticamente, em ambiente R e por meio de atividades de campo, com a aplicação da metodologia adaptada de Cavalcanti (2014), que se mostraram fundamentais para identificar o quanto os dados produzidos foram representativos da realidade. Como resultado geral, a aplicação da metodologia permitiu identificar e analisar onde a confluência da topografia com a vegetação, os solos e a atmosfera de maneira sistêmica, geraram microcondições de umidade, que se mantiveram estáveis por todo o período de tempo estudado.
  • THIAGO DA SILVA FARIAS
  • DO MACRO AO MICRO: UMA ANÁLISE ESPACIAL MULTIESCALAR DOS IMPACTOS DA SECA, AS POLÍTICAS HÍDRICAS E OS FIXOS E FLUXOS DA OPERAÇÃO PIPA NO SERIDÓ PARAIBANO
  • Data: 28/05/2021
  • Hora: 15:00
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  • A água é um elemento fundamental para a promoção da vida e do bem-estar, a sua disponibilidade é fundamental a manutenção e desenvolvimento das populações, seja no suprimento de suas necessidades básicas ou viabilizando as atividades econômicas. Fatores como o crescimento populacional e econômico tem intensificado a demanda por água, em função disto a questão hídrica tem se tornado cada vez mais relevante, principalmente em face ao atual contexto de mudanças climáticas do planeta, intensificando a ocorrência de eventos extremos, como as inundações e as secas. Diante isso, a gestão e conservação dos recursos hídricos são fundamentais e necessita de uma maior preocupação por parte da população e dos gestores públicos, principalmente em regiões propensas à escassez hídrica, como o Semiárido brasileiro (SAB), região notadamente conhecida como a mais seca do país. Por isso, historicamente, inúmeras políticas públicas com enfoque no armazenamento, disponibilidade e distribuição de água foram desenvolvidas no Semiárido brasileiro. Dentre elas, a política de açudagem promovida pelo DNOCS e SUDENE, os projetos de integração entre bacias (PISF – Programa de Integração do Rio São Francisco), as políticas de convivência com a seca por meio das Tecnologias Sociais Hídricas - TSH (P1MC e o P1+2). Entretanto, em anos de estiagem prolongada, essas obras hídricas necessitam de complementação, e diante isso, foi criado o programa emergencial de distribuição de água potável do governo federal, a Operação Pipa. O objetivo deste estudo é realizar uma análise espacial multiescalar, abordando os impactos da seca, a abrangência deste fenômeno e da Operação Pipa (OP), em um primeiro momento de maneira macroescalar, com enfoque nos estados que compõem o Semiárido brasileiro e na Paraíba, e posteriormente em escala microrregional, com o enfoque no Seridó Paraibano, com o intuito de aprofundar as consequências da seca, as políticas hídricas e as ações desta política pública emergencial na região. A metodologia deste trabalho consistiu na consulta bibliográfica, documental, mapeamento e na analise espacial das informações referentes aos decretos de Situação de Emergência e/ou Estado de Calamidade Pública em razão da estiagem e da seca, disponíveis pela plataforma S2iD, da OP, fornecidas pelo Comando Militar do Nordeste (CMNE), no período de 2012 a 2016. Os dados sobre os poços e dessalinizadores, oriundos do governo federal, além das cisternas, obtidas por meio das imagens do Google Earth Pro. De acordo com os dados analisados, a seca esteve presente em 1.483 municípios dos estados que integram o SAB, já a OP esteve presente em 940 municípios brasileiros. Na Paraíba a seca esteve presente em 203 dos 223 municípios. Já a OP esteve presente em 173 municípios do estado. Com relação ao Seridó Paraibano, tanto a seca e a OP estiveram presente em todos os 15 municípios da região. Em maio de 2016, 202 carros-pipa eram responsáveis por 1.361 pontos de abastecimento, encarregados por atender 47.328 habitantes, distribuídos na região. Estes por sua vez eram abastecidos por 8 pontos de captação, sendo eles 7 açudes e um canal de transposição, pertencentes tanto à região semiárida, como também em outras regiões da Paraíba. Com relação às TSH’s, o Seridó Paraibano dispunha de 12.662, sendo as cisternas de placa as mais comuns. Os resultados indicam a abrangência da OP, sendo fundamental para o fornecimento de água para os habitantes da região. As TSH’s tiveram um crescimento acentuado, em especial as de placa, demonstrando a importância dessa política na democratização ao acesso a água, bem como na criação de uma importante reserva hídrica para as populações locais.
  • MARIANA BORBA DE OLIVEIRA
  • "PARAÍBA AGROECOLÓGICA: ELEMENTOS DE AUTONOMIA E REPRODUÇÃO CAMPONESA"
  • Data: 13/05/2021
  • Hora: 13:00
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  • Compreendemos a Agroecologia enquanto movimento socioterritorial construído a partir de uma epistemologia decolonial e promovido por diversos setores da sociedade que buscam uma alternativa contra o avanço do agronegócio sobre os recursos naturais e sobre os direitos sociais inerentes à reprodução da vida. Neste trabalho, analisamos a práxis agroecológica na Paraíba, a partir das políticas públicas e das experiências locais que se articulam em redes e garantem processos que fortalecem a produção agroecológica e ampliam a autonomia camponesa. Assim, defendemos a tese de que, na contemporaneidade, a práxis agroecológica constrói arranjos territoriais favoráveis à reprodução da classe camponesa, e esta, na medida que produz comida de qualidade, fortalece o projeto de soberania alimentar de forma ampla, beneficiando toda a população, como defendido pelos movimentos sociais do campo e pela Reforma Agrária. Utilizamos dados quantitativos e qualitativos para analisar a construção do Movimento Agroecológico na Paraíba, algumas políticas públicas de apoio à Agroecologia, as experiências de produção e comercialização agroecológicas que privilegiam a venda direta ao consumidor e a estratégia dos bancos de sementes crioulas que preservam o patrimônio genético e cultural do campesinato. Concluímos que, a Agroecologia fortalece as pautas históricas da classe camponesa e amplia o debate da Questão Agrária brasileira, contribuindo com a transformação da terra em território camponês. As experiências estudadas são fundamentadas na cooperação entre os sujeitos que resistem à monopolização do território pelo capital e foram fortalecidas nas últimas décadas por políticas públicas. Essas políticas foram construídas a partir da participação dos movimentos e organizações sociais nos espaços de tomada de decisão do governo federal. Desta forma, a reprodução camponesa (enquanto condição de autonomia e com soberania alimentar) está condicionada à organização da classe camponesa em torno da Agroecologia, e é capaz de materializar as pautas e valores ecossocialistas em busca do bem viver.
  • MARIANA BORBA DE OLIVEIRA
  • PARAÍBA AGROECOLÓGICA: ELEMENTOS DE AUTONOMIA E REPRODUÇÃO CAMPONESA
  • Data: 13/05/2021
  • Hora: 13:00
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  • Compreendemos a Agroecologia enquanto movimento socioterritorial construído a partir de uma epistemologia decolonial e promovido por diversos setores da sociedade que buscam uma alternativa contra o avanço do agronegócio sobre os recursos naturais e sobre os direitos sociais inerentes à reprodução da vida. Neste trabalho, analisamos a práxis agroecológica na Paraíba, a partir das políticas públicas e das experiências locais que se articulam em redes e garantem processos que fortalecem a produção agroecológica e ampliam a autonomia camponesa. Assim, defendemos a tese de que, na contemporaneidade, a práxis agroecológica constrói arranjos territoriais favoráveis à reprodução da classe camponesa, e esta, na medida que produz comida de qualidade, fortalece o projeto de soberania alimentar de forma ampla, beneficiando toda a população, como defendido pelos movimentos sociais do campo e pela Reforma Agrária. Utilizamos dados quantitativos e qualitativos para analisar a construção do Movimento Agroecológico na Paraíba, algumas políticas públicas de apoio à Agroecologia, as experiências de produção e comercialização agroecológicas que privilegiam a venda direta ao consumidor e a estratégia dos bancos de sementes crioulas que preservam o patrimônio genético e cultural do campesinato. Concluímos que, a Agroecologia fortalece as pautas históricas da classe camponesa e amplia o debate da Questão Agrária brasileira, contribuindo com a transformação da terra em território camponês. As experiências estudadas são fundamentadas na cooperação entre os sujeitos que resistem à monopolização do território pelo capital e foram fortalecidas nas últimas décadas por políticas públicas. Essas políticas foram construídas a partir da participação dos movimentos e organizações sociais nos espaços de tomada de decisão do governo federal. Desta forma, a reprodução camponesa (enquanto condição de autonomia e com soberania alimentar) está condicionada à organização da classe camponesa em torno da Agroecologia, e é capaz de materializar as pautas e valores ecossocialistas em busca do bem viver.
  • LEONARDO DANTAS MARTINS
  • MAPEAMENTO DE UNIDADES GEOMÓRFICAS NO ALTO CURSO DO RIO PARAÍBA: Uma análise de instabilidade/estabilidade sob influência da implementação do PISF.
  • Orientador : JONAS OTAVIANO PRACA DE SOUZA
  • Data: 25/03/2021
  • Hora: 19:00
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  • O semiárido brasileiro é uma região com características bastantes específicas ao se analisar as regiões semiáridas no mundo, os principais fatores estão relacionados a taxa de precipitação, a estrutura do relevo e o ambiente fluvial no geral. Em lugares onde a precipitação é mais baixa, como nessas áreas de terras secas, os rios não conseguem manter a água disponível no canal todo o ano, sendo apenas nos eventos de grandes precipitações que os canais começam a possuir água, formando rios efêmeros ou intermitentes. Os canais com tais caracterísitcas tem um comportamento hidrológico peculiar, sendo responsáveis pela maior parte de modificação das áreas mais susceptíveis, como é o caso das morfologias fluviais. A bacia hidrográfica do Alto Curso do Rio Paraíba, possui além dessas características, a presença de uma transposição de água, numa ação de política pública que visa atender a população que sofre com a seca, denominada de PISF. A implementação do PISF gerou diversas modificações no ambiente fluvial, de forma primária a presença de água de forma mais frequente, quando há os eventos de vazão no canal; de forma secundária, os principais estão relacionados a formação ou destituição das unidades geomórficas, a construção de passagens molhadas para adequação viária para a população. Na ideia de compreender mais a evolução das morfologias do ambiente fluvial, principalmente as unidades geomórficas e discutir de forma mais ampla o ambiente como um todo, foram realizados mapeamentos utilizando VANT e imagens de satélite obtidas no Google Earth para comparação entre as imagens. Assim foram escolhidos 3 trechos que estivessem a jusante do PISF com formação de barras e ilhas fluvias com a presença de passagens molhadas. Foi possível observar que efetivamente após a implementação do PISF, os canais sofreram modificações bastante significativas, principalmente no acréscimo de unidades geomórficas, como descrito na análise comparativa das imagens de satélite, com a variação dos eventos de vazão depositando mais nas morfologias e incindindo mais sobre o talvegue. A estabilidade de margens pode ser observado de forma que algumas unidades, como barras laterais, se desenvolveram de tal forma a se configurarem como uma nova planície de inundação. É importante que haja um monitoramento mais efetivo dessas áreas, para que utilizando uma metodologia apropriada, novos estudos possam produzir mais sobre canais semiáridos.
  • ALYSSON ANDRE OLIVEIRA CABRAL
  • REFORMA AGRÁRIA NO BRASIL: A REFORMA (IM)POSSÍVEL
  • Data: 25/03/2021
  • Hora: 14:00
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  • A presente tese tem como objetivo analisar a política de Reforma Agrária no Brasil. O ponto de partida é identificar a origem da formação do Estado capitalista e sua relação com a defesa da propriedade privada e da manutenção da estrutura de classes. Filósofos como Thomas Hobbes e John Locke, no século XVII, já defendiam a ideia de que o Estado existe para proteger a propriedade. A pesquisa também procura analisar a origem do latifúndio e da oligarquia agrária no Brasil; estudar a atuação do Estado como agente moderador dos conflitos sociais através das políticas públicas, destacando-se a política de Reforma Agrária; levantar as discussões sobre a questão agrária e a necessidade de reforma na estrutura fundiária, tendo como fundamento os conceitos de espaço geográfico e território; pontuar os avanços, retrocessos e limites da política de Reforma Agrária, especialmente no período em que o Partido dos Trabalhadores (PT), que historicamente havia defendido essa bandeira e apoiado a luta dos trabalhadores rurais sem-terra, ocupou o executivo federal e, contraditoriamente, ajudou a fortalecer os latifundiários; traçar a trajetória da luta camponesa pelo acesso à terra, que demonstra que o campesinato é uma classe que luta pela sobrevivência em um ambiente adverso e, a despeito de ser visto como resquício de regimes econômicos arcaicos e, por isso, condenado ao desaparecimento, reafirma sua importância para a reprodução da sociedade capitalista; e discutir a experiência camponesa na construção de territórios de esperança, que são espaços ocupados pelos camponeses em que se observam características de transição entre o modelo tradicional, os territórios de exploração, e o território utópico, em que os elementos de subordinação seriam completamente abolidos. A partir de ampla pesquisa bibliográfica, constatou-se que, no Brasil, os entraves do latifúndio à expansão do capitalismo têm sido contornados de tal forma que a Reforma Agrária é postergada indefinidamente. A discussão ou a adoção de qualquer política pública que pretenda mexer na estrutura fundiária do país tem sido interditada por uma aliança agroburguesa. Decisões de política econômica e resistências político-institucionais, além de limitar a capacidade reformista do Estado, fortalecem os grupos políticos e econômicos contrários à luta dos trabalhadores, como observado nos governos do PT, encerrados por um golpe articulado pela aliança agro-bruguesa. Desde então, assiste-se a um acelerado processo de desmonte da estrutura institucional responsável pelas políticas de Reforma Agrária, de defesa do Meio Ambiente e do Trabalho, e a um crescimento da violência histórica contra os povos do campo. Noutra frente, uma pesquisa de campo procurou investigar como as famílias que vivem em projetos de assentamento no município de Sapé (PB), criados nos anos 1990, se organizam, o que produzem, como produzem, como comercializam, enfim, como se reproduzem. A investigação revelou que, com relativa autonomia, os assentados desenvolvem atividades de subsistência, mas também novas relações com o capital, especialmente o sucroalcooleiro, que monopoliza parte significativa do território e é responsável pela principal fonte de renda das famílias. Apesar das contradições observadas, a criação dos assentamentos proporcionou melhoria nas condições de vida, assegurando de alguma forma a reprodução camponesa, com a permanência das famílias nesses territórios, e também o fornecimento de matéria-prima e força de trabalho para as usinas de açúcar e álcool da região. A conclusão é de que uma política que mude o espaço agrário só pode ocorrer num contexto mais amplo de mudança social, isto é, sob a hegemonia do capital o agrário só pode ocorrer num contexto mais amplo demudança social, isto é, sob a hegemonia do capital não há espaço no Brasil para a adoção de uma política efetiva de Reforma Agrária, que desconcentre a propriedade da terra e permita ao campesinato organizar a produção autonomamente. A continuidade da luta camponesa alicerçada na família, na comunidade, na crença, na identidade cultural é o caminho para a construção desse espaço.
  • IGOR DE VASCONCELLOS CÉSAR
  • VENDE-SE UM PÔR DO SOL: apropriação capitalista da paisagem e(re) ordenamento territorial no Parque Municipal Turístico da Praia do Jacaré, Cabedelo-PB
  • Data: 19/03/2021
  • Hora: 14:00
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  • Este trabalho procurou investigar os desdobramentos socioespaciais decorrentes das ações de ordenamento territorial em áreas estrategicamente preparadas pelo Estado para que ocorra a reprodução do capital turístico-imobiliário através da exploração das atividades relacionadas ao turismo. A sujeição do ordenamento territorial aos interesses do capital tem promovido nestes locais diversos tipos de conflitos envolvendo comunidades tradicionais, moradores locais, empresários e gestores estaduais e municipais. A maioria dessas tensões decorrem em razão de disputas envolvendo a ocupação do solo urbano, configurando-se uma realidade contraditória aos fundamentos do ordenamento territorial que, ao invés de acirrar as disputas tem, por dever, dirimi-las através da democratização dos usos dos espaços turísticos. Para alcançarmos nossa tese, concentramos nossas atenções sobre a realidade do bairro denominado “Jacaré”, localizado na cidade de Cabedelo, Região Metropolitana de João Pessoa-PB. O respectivo bairro é notadamente reconhecido, inclusive internacionalmente, em razão do exotismo de suas belezas naturais e do evento ritualístico que ocorre diariamente na localidade durante o acontecer do pôr do sol ao som da execução da peça musical “Bolero de Ravel”. A Prefeitura Municipal de Cabedelo vem realizando nos últimos anos uma série de intervenções espaciais neste local objetivando prepara-lo para a exploração pela atividade turística. O contexto apresentado nos permitiu afirmar a nossa tese: o capital turístico-imobiliário, nos processos de apropriação dos espaços turísticos para maximizar seus lucros, opera a partir de determinadas estratégias e sob a conivência do Estado, fetichizando relações, criando novas necessidades, mercantilizando a paisagem, espetacularizando a beleza cênica, expropriando populações e perpetuando as assimetrias sociais.
  • LUIS FELIPE COSTA DE FARIAS
  • CAPTAÇÃO DE ÁGUAS PLUVIAIS EM ÁREAS URBANAS NO CARIRI PARAIBANO: POTENCIAL EXISTENTE E POSSIBILIDADES DE USO
  • Data: 08/03/2021
  • Hora: 14:00
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  • A necessidade de reservar água para uso em períodos de estiagem é característica de toda a população desde os primórdios da própria civilização humana, no mundo todo é possível observar grandes áreas Áridas e Semiáridas. Suas características naturais encontram processos similares, dentre as quais é possível destacar algumas como: baixo índice pluviométrico, longos períodos de estiagem, alta taxa de evaporação e evapotranspiração. No Brasil é possível destacar grande parte do interior do Nordeste como região que sofre com essa irregularidade hídrica. Dentre as regiões do Semiárido destaca-se a área da nossa pesquisa o distrito de Ribeira no Município de Cabaceiras, buscando compreender a possibilidade da sua área urbana do distrito como uma possível área de captação de águas pluviais. Com intuito de compreender suas particularidades objetivou-se avaliar o potencial de captação de água de chuva no distrito de Ribeira no Munícipio de Cabaceiras- PB. Delimitando a área de captação de água do distrito de Ribeira, verificando também a média pluviométrica para construir um modelo de avaliação do total de acúmulo de água do distrito de Ribeira. Para alcançar os objetivos foi realizado visitas a campo para a construção de um mapeamento caracterização da área, obtenção de dados meteorológicos, analise das estruturas do distrito e sua impermeabilidade, para a obtenção dos valores de acumulo de água. Para o mapeamento da área utilizou-se o VANT que possibilitou a maior acurácia na caracterização todos os elementos, partir dessas imagens foi possível definir a estrutura urbana que caracteriza o distrito de ribeira. Aliado a esses dados e os valores pluviométricos foi possível mensurar e identificar o potencial hídrico do distrito assim como as áreas em que seria interessante a colocação de um sistema de captação das águas pluviais da própria área da Ribeira demonstrando-se que a área possa vir a ser uma área de captação e acumulo de água.
  • PATRICIA DA CONCEIÇÃO DORNELLAS DA SILVA XAVIER
  • ANÁLISE HIDROSSEDIMENTOLÓGICA DA BACIA DO ALTO RIO PARAÍBA: uma contribuição à morfodinâmica fluvial em ambientes semiáridos
  • Data: 26/02/2021
  • Hora: 14:00
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  • Processos erosivos acelerados, assoreamento dos leitos fluviais e fluxos hídricos desconectados por barramentos, são algumas manifestações no regime hidrossedimentológico e na morfodinâmica da bacia do alto Rio Paraíba. A bacia que já apresentava problemas ambientais, devido ao intenso desmatamento e aumento do número de barramentos, desde 2017 passou a contar com um rio “perenizado” dentro de uma rede de drenagem intermitente e efêmera. Por ser de grande importância para a gestão de recursos hídricos no Estado, a bacia foi contemplada com a transposição do Rio São Francisco. Apesar da “perenização” do Rio Paraíba não ser diretamente objeto desta pesquisa, o conhecimento do regime de vazão e de sedimentos, anterior a “perenização”, permitirá entender as consequências da transposição no futuro. Diante desse quadro, o presente trabalho objetiva analisar a dinâmica hidrossedimentológica e suas repercussões morfodinâmicas na bacia. Foram trabalhadas diversas escalas espaço-temporais de análise. Na escala de bacia, foram realizadas análises integradas para avaliar a vulnerabilidade a erosão (Crepani et al., 2001) e as perdas de solos (USLE). Foram aplicados parâmetros morfométricos para conhecer as variações morfológicas internas na bacia. A partir de dados históricos de chuva e vazão, foram analisados o regime e as correlações espaço-temporais na bacia. A dinâmica sedimentológica foi avaliada através da granulometria de sedimentos de fundo e aplicação das estatísticas propostas por Folk e Ward (1957), e do levantamento de terraços fluviais como depósitos representativos da sedimentação quaternária recente. Os resultados de vulnerabilidade à erosão indicam pouca variabilidade espacial e grau moderada. A estimativa de perdas de solo foi baixa para a maior parte da bacia, contudo, ocorreram setores com altas taxas, principalmente na sub-bacia do Rio Umbuzeiro. A bacia do alto Rio Paraíba é de 7ª ordem hierárquica (Strahler, 1952). As sub-bacias dos Rios Sucuru e Umbuzeiro são de 6ª ordem e a do Rio Monteiro é de 5ª ordem. A densidade de drenagem e a densidade de rios são baixas e a forma das bacias são alongadas. O relevo é de grande amplitude altimétrica, e a sub-bacia do Rio Umbuzeiro é a que possui maior variação, com um desnível de 707 metros. É evidente a influência litoestrutural nos perfis longitudinais dos rios, pois as anomalias observadas coincidem com mudanças litológicas ou com a ocorrência de zonas de cisalhamento. O regime fluvial do Rio Paraíba é de fluxo de curta duração no ano, 2 a 4 meses, com picos de cheias que ocorrem a cada 2,3 anos. O trimestre de maior vazão é fevereiro, março e abril. Em 8 anos, a área da seção Caraúbas variou 24%, sendo mais por processos agradacionais do que degradacionais. Os sedimentos de fundo são arenosos e em 65% das amostras a granulometria média é areia grossa e pobremente selecionadas. Não foi observado o padrão de granodrecrescência, explicado pela influência dos barramentos na transmissão de sedimentos. Os solos dos terraços fluviais são Neossolo Flúvicos, com alta fertilidade natural e elevados teores de sódio. Essas características indicam se tratar de solos ajustados as condições de ambientes semiáridos. A análise integrada dos resultados (erosão, chuva, vazão, sedimentos etc.) permitiu contribuir para a compreensão da dinâmica hidrossedimentológica e morfodinâmica da bacia. Os processos hidrossedimentológicos na bacia estão controlados pelo regime pluviométrico, pelas vazões regularizadas e desconexão na transmissão dos sedimentos pelos barramentos. A morfodinâmica na bacia é intensa, porém governada pelos grandes e esporádicos eventos extremos de chuvas.
  • VINÍCIUS FERREIRA DE LIMA
  • INFLUÊNCIA ESTRUTURAL NA CONFIGURAÇÃO GEOMORFOLÓGICA DO SETOR SUDESTE DA PARAÍBA E NORDESTE DE PERNAMBUCO
  • Data: 25/02/2021
  • Hora: 14:30
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  • A pesquisa aqui apresentada, procura trazer contribuições inéditas aos estudos da geomorfologia a partir da influência das estruturas litológicas e da atividade tectônica na elaboração do relevo e da rede de drenagem, aplicando o mapeamento geomorfológico como ferramenta de síntese para representação do relevo. Nesse sentido, o objetivo principal da presente tese é compreender como se deu a elaboração do modelado geomorfológico, com enfoque estrutural tectônico, no setor Sudeste do estado da Paraíba e Nordeste do estado de Pernambuco, considerando como embasamento analítico as inter-relações existentes entre a geologia, o relevo e a hidrografia da área, sem desconsiderar, no entanto, as atividades antrópicas significativas na evolução geomorfológica da área. Procurou-se apontar evidências de neotectônica na área de estudo, através da análise morfotectônica e morfométrica aplicada em bacias e sub-bacias da área. A elaboração da carta geomorfológica foi fundamentada na metodologia proposta por Ross (1992), com adaptações, que tem como base as unidades taxonômicas do relevo. Para a análise da morfotectônica, além da investigação morfológica, foram aplicados índices morfométricos, no sentido de averiguar anomalias nos padrões de redes de drenagem, relacionadas à tectônica recente. Os índices Relação Declividade/Extensão (RDE), Razão Fundo/Altura de Vale (RFAV) e Fator de Assimetria (FA), foram empregados nesse estudo, com a intensão de indicar possíveis mudanças no curso de rios ao longo do tempo geológico, averiguar o entalhamento dos vales e declividades das vertentes e apontar indícios de assimetria ligados a inclinação do terreno e/ou basculamento. Os resultados permitiram reconhecer padrões anômalos na rede de drenagem tanto nos aspectos qualitativos como quantitativos, e nas formas de relevo, que provavelmente encontram correspondência direta com eventos tectônicos recentes, de caráter regional, que abrange toda a borda oriental do Nordeste do Brasil. A área está inserida entre o embasamento cristalino do Pré-Cambriano e a Bacia Sedimentar Paraíba. Para a análise morfoestrutural e morfotectônica, elaboraram-se cartas: hipsométrica, clinográfica e geomorfológica, além de ajustes substanciais na carta geológica para adequar a escala usada na pesquisa. Dentro da geomorfologia da região, apresentaram-se vários padrões de deformação que agregam fortes indicadores de atuação das estruturas litológicas e de atividades tectônicas no desenvolvimento do relevo e da rede de drenagem, tanto nas áreas de litologia cristalina quanto nas de litologia sedimentar, a exemplo de: sucessão de grábens e horsts; domos topográficos, que podem estar associados às estruturas de inversão tectônica; alinhamentos de relevo e da rede de drenagem; diferentes altitudes em interflúvios de topos tabulares que confinam os vales dos rios regionais; canais de drenagem retilíneos que apresentam fortes inflexões; ocorrência de desníveis abruptos em canais fluviais (knickpoints), entre outras. Os resultados obtidos comprovam que não se pode negar a influência da tectônica pós-miocênica na configuração do relevo nas adjacências de uma Margem Continental Passiva.
  • INOCENCIO DE OLIVEIRA BORGES NETO
  • PROCESSOS HIDRO-EROSIVOS EM DISTINTAS CLASSES DE SOLO SOB DIFERENTES TIPOS DE USO EM ZONA SEMIÁRIDA
  • Data: 24/02/2021
  • Hora: 14:00
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  • A distribuição e ocorrência expressiva dos processos erosivos superficiais ocasionados pela dinâmica hidrológica em ambientes semiáridos tropicais, variam tanto espacial como temporalmente. Essa característica evidencia uma grande problemática, principalmente no âmbito do desenvolvimento de práticas agropecuárias, visto que esses ambientes são naturalmente instáveis, por conta de seus elementos naturais (geologia, geomorfologia, solos, cobertura vegetal e clima) e normalmente possuem uma organização socioeconômica desequilibrada. Muitos são os problemas acarretados pela propagação dos processos erosivos acelerados nesses ambientes, como, por exemplo: perda da fertilidade natural do solo, assoreamento dos corpos hídricos, poluição das águas, diminuição da produtividade de áreas agrícolas, aceleração do processo de desertificação, emissão de CO2 para atmosfera, empobrecimento das comunidades rurais, êxodo rural, entre outros problemas. Dessa forma, o semiárido brasileiro e em particular a porção dessa região que se encontra na Paraíba (Cariri paraibano), comporta características singulares no que se refere ao seu ambiente físico (natural) e em sua organização socioeconômica. Diante disso, o presente estudo teve como objetivos: analisar a dinâmica hidro-erosiva sob distintas classes de solo (Neossolo Regolítico e Luvissolo Crômico) e diferentes tipos de uso e manejo (cultura da palma e sistema de pousio) em zona semiárida; caracterizar e classificar os solos; avaliar as taxas de escoamento superficial e erosão; analisar a seletividade dos materiais erodidos; e, compreender a dinâmica de infiltração da água nos solos. Para tanto, foram abertas duas trincheiras para descrição morfológica e coletas de amostras dos solos, e logo após enviou-se o material coletado ao laboratório para realização de análises de rotina (físicas e químicas); foram instaladas 4 parcelas hidro-erosivas (GUERRA, 2005), numa proporção de 10 m2, com reservatórios nas calhas de todas as parcelas, para coletar o material carreado durante os eventos chuvosos, em duas classes distintas de solos: Neossolo Regolítico e Luvissolo Crômico (significativos para a região estudada), sob diferentes tipos de uso e manejo (cultura da palma e pousio), para mensurar as taxas de escoamento superficial e erosão; os sedimentos coletados das parcelas hidro-erosivas foram enviados ao laboratório para compreender a seletividade dos materiais (quantidade de Carbono (C), Nitrogênio (N) e a classe textural); também foi posicionado infiltrômetros de anel nas duas classes de solos, para conhecer a velocidade de infiltração da água em diversas épocas do ano. Os resultados relatam que as parcelas posicionadas no Neossolo Regolítico (PNRPal e PNRPou) geraram mais erosão do que as parcelas sobre o Luvissolo Crômico (PLCPal e PLCPou), que por sua vez, proporcionou os maiores valores de escoamento. As parcelas com o sistema de pousio (PNRPou e PLCPou) foram mais eficientes na contenção da dinâmica hidro-erosiva do que as parcelas com a cultura da palma (PNRPal e PLCPal). Chama-se atenção para as parcelas sobre o Neossolo Regolítico, onde a erosão mensurada na parcela PNRPal superou em 152 vezes, a erosão coletada na parcela PNRPou, evidenciando que uma simples mudança no uso e/ou manejo pode desequilibrar fortemente os sistemas naturais. As maiores taxas de escoamento e erosão foram observadas nos dias com chuvas consecutivas, expondo a importância da umidade antecedente na ocorrência dos processos hidro-erosivos. As correlações estatísticas apontam que o escoamento tem boa correlação com a precipitação, já a erosão apresenta grande intimidade com o escoamento. A análise dos sedimentos permitiu identificar que as parcelas com a cultura da palma (PNRPal e PLCPal) perderam cerca de 5,6 vezes de Carbono (C) e 7,8 vezes de Nitrogênio (N), a mais do que as parcelas em sistema de pousio (PNRPou e PLCPou), destacando-se a parcela PNRPal, que sozinha perdeu 139% mais C e N que todas as outras parcelas juntas. Em relação a granulometria dos sedimentos é notável a forte correlação com o material parental, visto que a parcela PNRPal apresenta cerca de 73,1% de areia grossa e fina (classe textural franco-arenosa), e as parcelas PLCPal e PLCPou, contaram com mais de 92% de silte e argila (classe textural de argilosa a muito argilosa), sendo apenas a parcela PNRPou que não possibilitou a análise de sua granulometria por insuficiência de material coletado, exibindo sua grande eficiência no controle da dinâmica hidro-erosiva. As variáveis mais importantes na variabilidade dos dados de escoamento e erosão e na seletividade dos sedimentos (nutrientes e classe textural) foram as diferentes classes de solo (Neossolo Regolítico e Luvissolo Crômico) associadas aos distintos tipos de uso e manejo (cultura da palma e sistema de pousio). Os ensaios de infiltração trazem que os maiores valores de velocidade de infiltração ocorrem nos meses mais secos (baixa umidade nos solos), do que nos meses do período chuvoso (alta umidade nos solos). Os ensaios realizados no Neossolo Regolítico apresentam maior constância na velocidade de infiltração básica (VIB) do que o Luvissolo Crômico, embora que o Luvissolo Crômico em momentos específicos do ano pode superar as taxas de infiltração do Neossolo Regolítico. Em geral, o Neossolo Regolítico mostrou-se mais sensível as interferências antrópicas do que o Luvissolo Crômico, em relação a dinâmica hidro-erosiva e na seletividade dos sedimentos. Quando se fala da dinâmica de infiltração, o Luvissolo Crômico por conter em sua estrutura argilas de alta atividade (do tipo 2:1), sofre mais alterações ao longo do ano do que o Neossolo Regolítico, apresentando maior variabilidade nos resultados. Sendo assim, sugere-se a ampliação da mensuração dos processos hidro-erosivos na região semiárida brasileira, para melhorar compreensão da variabilidade espacial e temporal desses fenômenos, tal conhecimento é essencial não só para o avanço dos estudos erosivos em ambiente semiárido, como também pode servir para subsidiar políticas públicas que visem o ordenamento e a gestão dos espaços rurais.
  • JEFERSON MAURICIO RODRIGUES
  • Mudança de estilos fluviais na bacia do alto curso do rio Piranhas, semiárido paraibano
  • Data: 19/02/2021
  • Hora: 14:00
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  • As terras secas são caracterizadas geralmente por serem áreas de pouca chuva, no entanto, os detalhes de sua superfície são atribuídos à atuação dos sistemas fluviais. Logo, compreender as paisagens de terras secas é entender os processos e formas fluviais. Todavia, rios de terras secas tem comportamento totalmente diferenciado dos canais de terras úmidas, considerando a variabilidade irregular das chuvas. Dessa maneira, escoamentos efêmeros e intermitentes são predominantes e a maneira como esses canais modificam sua morfologia e processos ao longo do tempo também é inerente à dinâmica ambiental das terras secas. Dado o exposto, esse estudo ocorreu na bacia hidrográfica do alto curso do rio Piranhas, localizada no Sertão paraibano (ambiente semiárido), onde essa bacia funcionará como receptora das águas do rio São Francisco quando o Eixo Norte for concluído. Essa pesquisa teve como objetivo geral analisar a dinâmica fluvial e propensão à mudança dos canais. Para isso, foi necessário analisar as características físicas da bacia, definir os estilos fluviais, seus respectivos padrões de propensão à mudança e condições geomórficas. A metodologia utilizada foi a proposta teórico-metodológica de estilos fluviais, considerando os primeiros 2 estágios dessa abordagem, que permitiu analisar as características fluviais atuais e pretéritas dos trechos identificados. Nessa perspectiva, foram identificados 8 estilos fluviais que variaram de confinados e parcialmente confinados a não confinados. De maneira geral, os estilos confinados foram relacionados às áreas mais próximas da cabeceira e apresentaram controle rochoso nas margens e leitos com alta energia de fluxo, atribuindo-lhes baixos níveis de sensitividade e boa condição geomórfica. Entre os estilos parcialmente confinados a predominância foi de canais com moderada sensitividade, onde apenas o EFPCRA apresentou alta propensão á mudança de acordo com seus geoindicadores e má condição geomórfica, por se tratar de um trecho não esperado para sua posição na bacia hidrográfica. Os estilos não confinados tiveram predominância de alta sensitividade em seus trechos, onde apenas o EFNCRC localizado próximo à foz do rio Piranhas apresentou sensitividade moderada, tendo em vista seu controle rochoso no leito, contudo, sua má condição geomórfica ficou associada às suas características inesperadas para sua posição na bacia hidrográfica. Por fim, a análise histórica da vazão permitiu ter um entendimento acerca da dinâmica dos estilos que apresentaram maior propensão à mudança, evidenciando os possíveis eventos de alta magnitude que geraram alteração morfológica nesses estilos.
  • TAMIRES SILVA BARBOSA
  • GEOMORFOLOGIA URBANA E ANTROPOGÊNICA DO SETOR CENTRAL DA REGIÃO METROPOLITANA DE JOÃO PESSOA – PARAÍBA, BRASIL
  • Data: 17/02/2021
  • Hora: 14:30
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  • Este trabalho consiste no estudo de uma área da Geomorfologia em franco desenvolvimento, qual seja, a Geomorfologia Urbana e Antropogênica, que trata da análise das formas de relevo resultantes de atividades antropogênicas diretas ou indiretas, e que é importante e crucial para a sociedade, pois analisa as bases sobre as quais se constroem os elementos urbanos, de trabalho, de lazer, moradia etc. Para este estudo, selecionou-se uma área específica correspondente ao setor central da Região Metropolitana de João Pessoa, mais especificamente três municípios: Cabedelo, João Pessoa e Conde, nos quais se realizou o estudo da Geomorfologia Urbana e Antropogênica. Mediante a junção de diversas metodologias, dentre elas as de Ross (1992), Ford et al. (2010), Peloggia et al. (2014a), Del Monte et al. (2016) e Cappadonia et al. (2020), e orientações encontradas na literatura, foi possível a confecção de um mapa de geomorfologia com foco nas formas antropogênicas que sintetizou toda a análise realizada e direcionou parte dela. No mapa final encontram-se quatro principais tipos de terrenos artificialmente construídos, que são os terrenos tecnogênicos Produzidos, Escavados, Preenchidos e Complexos, nos quais se identificaram e analisaram alguns tipos e unidades de formas de relevo antropogênicas, como, por exemplo: aterros para rodovias e ferrovias, diferentes tipos de depósitos tecnogênicos, formas relacionadas à mineração ou escavação superficial de terrenos, formas relacionadas a mudanças antropogênicas nos canais fluviais, planícies tecnogênicas, áreas agrícolas em terraços antropogênicos, entre outras. A importância de tal mapeamento para os municípios selecionados se dá pelo fato de eles poderem utilizar dos dados desta pesquisa para fins de planejamento urbano e/ou ambiental, tendo em vista que também se identificaram algumas áreas de risco geomorfológico em virtude da ocupação urbana ou instalação de atividades econômicas sobre determinadas unidades geológico-geomorfológicas onde os riscos são eminentes.
  • ALEXANDRE DOS SANTOS SOUZA
  • ANÁLISE DAS TEMÁTICAS FÍSICO-NATURAIS NOS LIVROS DIDÁTICOS DE GEOGRAFIA DO ENSINO MÉDIO
  • Data: 10/02/2021
  • Hora: 14:30
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  • As problemáticas que envolvem os livros didáticos mobilizam pesquisadores a refletirem sobre esse instrumento de ensino que sempre esteve presente no universo da Educação Básica, suscitando debates e críticas nas esferas acadêmicas, políticas e sociais. A presente tese propõe analisar os conteúdos que tratam das temáticas físico-naturais nos livros didáticos de Geografia da 1ª série do Ensino Médio das 14 coleções que o Programa Nacional do Livro Didático (PNLD) distribuiu às escolas públicas brasileiras no triênio 2018-2020. Os resultados obtidos permitiram delinear a forma como os livros didáticos analisados retratam os conteúdos sobre Geologia, Geomorfologia e Pedologia. A tese apresenta dados e analisa a qualidade das representações imagéticas e textuais, a pertinência de temáticas físico-naturais no ensino da Geografia escolar e se esses conteúdos estabelecem ligação com situações ou casos observáveis nas paisagens do Brasil. Para tanto, quantificaram-se e qualificaram-se as informações presentes em 14 livros distintos, observando se os dados sobre os temas escolhidos fornecem subsídios claros e corretos, úteis ao ensino de Geografia na Educação Básica. Observou-se, nos livros didáticos avaliados, a necessidade urgente de correções, abordagem interdisciplinar, atualizações de conceitos, ausência de informações relevantes e maior contextualização sobre o quadro geológico, geomorfológico e pedológico do Brasil, além da falta de aplicabilidade sobre os respectivos conteúdos à realidade do universo da Educação Básica. No desenvolvimento da pesquisa, consultaram-se bibliografias especializadas e atualizadas que permitiram quantificar e qualificar as imprecisões nos livros analisados. Como contribuição, apresentam-se propostas de mapas temáticos didáticos sobre a atividade sísmica no Brasil e sobre os principais solos presentes no país, além de perfis topográficos detalhados dos compartimentos de relevo brasileiro elaborados por meio do software gratuito Google Earth e de suas ferramentas. O trabalho busca contribuir com o ensino de temas fundamentais para o entendimento das particularidades que configuram o espaço geográfico, abordando conhecimentos necessários a toda a sociedade, bem como propor a correção de informações incorretas encontradas nestes livros.
  • RODOLFO ALEXANDRE DA SILVA GOMES DE DEUS
  • ANÁLISE DE PROCESSOS EROSÍVOS NA ZONA URBANA DO MUNICÍPIO DE GARANHUNS-PE
  • Data: 09/02/2021
  • Hora: 08:00
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  • Essa pesquisa através do modelo teórico sistêmico, e das leis e conceitos fornecidos pela teoria geral dos sistemas, buscou explicar e entender não somente o comportamento dos processos erosivos na zona urbana da área em questão, como também, que interações existem entre os mesmos e a ação antrópica local. A hipótese escolhida como norteadora da pesquisa é a de que a ação antrópica estaria atuando como um agente intensificador daquilo que é considerado um elemento que ocorre de forma natural, que seria o processo erosivo. Essa pesquisa se justifica pela sua importância de cunho social, visto que, por buscar analisar processo erosivos em caráter de avanço em zonas urbanas, a mesma passa a servir como suporte teórico e científico para a gestão municipal ou estadual que por ventura possa intervir nos quadros de risco localizados através dos resultados aqui apresentados. O trabalho buscou identificar amostras de processos erosivos em caráter de avanço na zona urbana do município através da aerofotogrametria, uma vez que de acordo com a bibliografia consultada no fomento da pesquisa, tais alvos são considerados pequenos quando falamos do potencial de utilização das ferramentas tradicionais, dessa forma, a utilização da aerofotogrametria foi crucial tanto para definir os alvos como para melhor analisa-los. Tendo por objetivo realizar uma análise integrada de aspectos naturais e sociais, no município de Garanhuns no estado de Pernambuco nos dias atuais. O sensoriamento remoto, e o geoprocessamento, através do processamento digital das imagens, atuaram como ferramentas deveras eficazes para obtenção das informações trabalhadas ao longo do trabalho, somente por meio deles foi possível obter dados de diversos tipos dos alvos de estudos. O trabalho de campo acrescentou veracidade aos dados trabalhados, uma vez que em campo foi possível perceber de forma mais clara a realidade apresentada em ambiente computacional, além de ter sido possível observar in loco a relação existente entre a ação antrópica e os processos erosivos, viabilizando dessa forma a concretização da hipótese norteadora, uma vez que, no campo observou-se que a população não toma os devidos cuidados para com os processos erosivos e acaba por tomar atitudes que intensificam ainda mais os mesmos, como construções irregulares, acumulo de lixo e ocupações indevidas. Por fim, através de um levantamento histórico da ocupação urbana no município e através da análise cartográfica de características naturais do mesmo, foi possível constatar que Garanhuns naturalmente já possui propensão a processos erosivos, visto que fatores como clima, pluviosidade, declividade, tipo de solo dentre outros acabam criando um ambiente naturalmente propicio não só ao surgimento como ao avanço de tais processos erosivos, e a ação antrópica por sua vez, atua como agente intensificador desse processo natural. Dessa forma a hipótese da pesquisa foi comprovada, e o trabalho deixa como contribuição científica um mapeamento de risco morfológico à erosão na zona urbana do município, para que as próximas atitudes que possam ser tomadas pela população, academia ou poder público visando mitigar ou entender os possíveis danos desses avanços dos processos erosivos sejam mais assertivas e embasadas teórica e cientificamente.
  • RODOLFO ALEXANDRE DA SILVA GOMES DE DEUS
  • ANÁLISE DE PROCESSOS EROSÍVOS NA ZONA URBANA DO MUNICÍPIO DE GARANHUNS-PE
  • Data: 09/02/2021
  • Hora: 08:00
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  • Essa pesquisa através do modelo teórico sistêmico, e das leis e conceitos fornecidos pela teoria geral dos sistemas, buscou explicar e entender não somente o comportamento dos processos erosivos na zona urbana da área em questão, como também, que interações existem entre os mesmos e a ação antrópica local. A hipótese escolhida como norteadora da pesquisa é a de que a ação antrópica estaria atuando como um agente intensificador daquilo que é considerado um elemento que ocorre de forma natural, que seria o processo erosivo. Essa pesquisa se justifica pela sua importância de cunho social, visto que, por buscar analisar processo erosivos em caráter de avanço em zonas urbanas, a mesma passa a servir como suporte teórico e científico para a gestão municipal ou estadual que por ventura possa intervir nos quadros de risco localizados através dos resultados aqui apresentados. O trabalho buscou identificar amostras de processos erosivos em caráter de avanço na zona urbana do município através da aerofotogrametria, uma vez que de acordo com a bibliografia consultada no fomento da pesquisa, tais alvos são considerados pequenos quando falamos do potencial de utilização das ferramentas tradicionais, dessa forma, a utilização da aerofotogrametria foi crucial tanto para definir os alvos como para melhor analisa-los. Tendo por objetivo realizar uma análise integrada de aspectos naturais e sociais, no município de Garanhuns no estado de Pernambuco nos dias atuais. O sensoriamento remoto, e o geoprocessamento, através do processamento digital das imagens, atuaram como ferramentas deveras eficazes para obtenção das informações trabalhadas ao longo do trabalho, somente por meio deles foi possível obter dados de diversos tipos dos alvos de estudos. O trabalho de campo acrescentou veracidade aos dados trabalhados, uma vez que em campo foi possível perceber de forma mais clara a realidade apresentada em ambiente computacional, além de ter sido possível observar in loco a relação existente entre a ação antrópica e os processos erosivos, viabilizando dessa forma a concretização da hipótese norteadora, uma vez que, no campo observou-se que a população não toma os devidos cuidados para com os processos erosivos e acaba por tomar atitudes que intensificam ainda mais os mesmos, como construções irregulares, acumulo de lixo e ocupações indevidas. Por fim, através de um levantamento histórico da ocupação urbana no município e através da análise cartográfica de características naturais do mesmo, foi possível constatar que Garanhuns naturalmente já possui propensão a processos erosivos, visto que fatores como clima, pluviosidade, declividade, tipo de solo dentre outros acabam criando um ambiente naturalmente propicio não só ao surgimento como ao avanço de tais processos erosivos, e a ação antrópica por sua vez, atua como agente intensificador desse processo natural. Dessa forma a hipótese da pesquisa foi comprovada, e o trabalho deixa como contribuição científica um mapeamento de risco morfológico à erosão na zona urbana do município, para que as próximas atitudes que possam ser tomadas pela população, academia ou poder público visando mitigar ou entender os possíveis danos desses avanços dos processos erosivos sejam mais assertivas e embasadas teórica e cientificamente.
2020
Descrição
  • DAVID LUIZ RODRIGUES DE ALMEIDA
  • O PROGRAMA INSTITUCIONAL DE BOLSA DE INICIAÇÃO À DOCÊNCIA (PIBID) NA FORMAÇÃO INICIAL DE PROFESSORES NO CURSO DE LICENCIATURA EM GEOGRAFIA, CAJAZEIRAS-PB
  • Data: 18/12/2020
  • Hora: 14:00
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  • Este trabalho investiga a formação inicial de professores de Geografia participantes do Programa Institucional de Bolsas de Iniciação à Docência (Pibid). O Pibid é uma iniciativa pública que visa contribuir para o processo de formação de professores a partir da articulação entre universidade e escola, teoria e prática, oferecendo uma maior vivência da prática escolar pelos licenciandos. Esse programa foi instituído em 2007, todavia, apenas com o Edital da Capes nº 61/2013 que o subprojeto de Geografia foi iniciado no Centro de Formação de Professores (CFP) da Universidade Federal de Campina Grande (UFCG), campus Cajazeiras-PB, local desta investigação. São participantes desta pesquisa: quatro alunos de licenciatura em Geografia (alunos bolsistas do Pibid), duas professoras da Educação Básica (professoras supervisoras) e duas professoras da Educação Superior (uma professora coordenadora de Geografia e a outra, coordenadora de gestão educacional). O objetivo geral da pesquisa é analisar a contribuição do Pibid para o desenvolvimento de uma base de conhecimentos para o ensino dos alunos bolsistas do curso de licenciatura em Geografia da UFCG, CFP, campus Cajazeiras-PB. A metodologia de pesquisa é o estudo de caso. Utilizou-se o procedimento da análise de discurso para averiguar as formações discursivas, parâmetros e regras apresentadas pelas orientações normativas da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), relatórios, produções científicas e outros. Examinam-se também as formações imaginárias de alunos bolsistas do Pibid, professoras supervisoras e coordenadoras a partir de entrevistas. A partir dos estudos de Lee S. Shulman, analisa-se a base de conhecimentos mobilizada para a formação inicial de professores de Geografia, composta por quatro categorias principais: conhecimento do tema, conhecimento pedagógico, conhecimento do contexto e conhecimento pedagógico de conteúdo (CPC) de Geografia. Os resultados desta investigação demonstram como o conhecimento e o raciocínio pedagógico transformam o conhecimento para o ensino gerando novas compreensões, erros e más compreensões. Embora as formações discursivas indiquem uma pedagogia relacional e uma epistemologia de Geografia crítica ou construtivista, há diferentes concepções teóricas e metodológicas envolvidas nas intervenções do Pibid. Conforme os sujeitos da pesquisa, registram-se fontes de conhecimento no programa: a prática escolar, materiais didáticos e científicos, a pesquisa e a participação na vida política do Pibid. Os sujeitos apresentam um discurso polissêmico sobre a compreensão de teoria e prática no Pibid havendo três interpretações: organização do trabalho pedagógico, dimensão pedagógica e construção do conhecimento escolar do conteúdo. Apesar da importância dada por Shulman e seus colaboradores à categoria CPC, o conhecimento do contexto apresenta-se como elemento essencial durante todo o processo de ensino. Ele articula conhecimento para gerenciar a sala de aula, compreensões da comunidade escolar e do lugar. Além disso, ele atribui significado ao ato formativo dos professores e altera a percepção sobre os conteúdos, influenciando o modo como será abordado na escola.
  • CAMILLA JERSSICA DA SILVA SANTOS
  • ESTUDO DA DINÂMICA DE MARGENS EM AMBIENTE FLUVIAL DO SEMIÁRIDO: BACIA HIDROGRÁFICA DO RIO TAPEROÁ-PB
  • Data: 17/12/2020
  • Hora: 14:30
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  • Nos ambientes fluviais, a erosão de margem se enquadra como um fenômeno natural que resulta da interação do rio com os seus limites físicos. Contudo, existem diversos fatores que influenciam a variação da erosão das margens, tais como: o tipo de uso da terra, textura do material sedimentar, a cobertura vegetal e, principalmente, a força hidráulica exercida sobre elas. O presente trabalho tem como objetivo analisar a dinâmica de margens em trechos fluviais na bacia hidrográfica do rio Taperoá, dentro da perspectiva do continuum fluvial, enfatizando as evidencias biológicas, hidrológicas, morfológicas e sedimentares. A pesquisa se desenvolveu a partir de uma visão de sistemas ambientais complexos, visando obter dados quantitativos e qualitativos sobre o comportamento do ambiente fluvial semiárido e fornecer informação para a gestão dos recursos hídricos tanto na escala local, como regional. Para atingir os fins propostos, realizou a identificação da diversidade fluvial, a classificação do risco de erosão das margens, a análise do comportamento hidrológico e indicação das possibilidades de modificação da resistência lateral. Os resultados revelaram seis trechos representativos para a dinâmica de ajustes lateral do rio Taperoá. A aplicação da primeira etapa da metodologia BANCS permitiu integrar todos os parâmetros de resistência (a altura da margem, largura do canal, a densidade de raízes, textura do material sedimentar, cobertura vegetal e ângulo das margens) a estabilidade lateral, e assim, classificar os trechos em diferentes categorias a de risco a erosão. Dessa forma, o trecho BRT-1 e BRT-6, se enquadram na categoria moderado, o BRT-2 e BRT-5 na categoria elevado, o BRT-3 no baixo e o trecho BRT-4 com uma classificação muito elevada. Análise do comportamento hidrológico permitiu identificar na serie histórica que serão nos eventos de vazão moderada e alta magnitude que o canal vai apresentar energia de fluxo suficiente para gerar uma força de distúrbio, e assim realizar modificações na estabilidade do canal. Porém, cada trecho vai apresentar uma condição ambiental ou resistência para absorver essa energia de fluxo. Os trechos BRT-3 e BRT-6 estão classificados com “média” possibilidade de modificação, e os demais trechos apresentam uma “alta” probabilidade de sofrer alterações em suas margens. De forma geral, a estabilidade lateral dos canais apresenta uma relação direta com os parâmetros de vegetação (cobertura e densidade de raízes) e com o material que o compõe as margens, que mostraram um maior peso na classificação da resistência. A cobertura vegetal e principalmente suas raízes possuir uma importância fundamental no incremento da estabilidade da margem e no aumento da resistência contra as ações do escoamento, pois fornecem reforço coesivo adicional para os materiais da margem não consolidados. Assim, é necessário o gerenciamento e planejamento ambiental em rios do semiárido que procure promover a conservação do ambiente ripário, principalmente em trechos fluviais que apresentam matérias menos coesos em suas margens
  • LÍGIA PEREIRA LEVY
  • IMPACTOS AMBIENTAIS NA ÁREA DE PROTEÇÃO AMBIENTAL (APA) DE TAMBABA, A PARTIR DO PROCESSO DE USO E OCUPAÇÃO SOCIOESPACIAL NA PRAIA DE COQUEIRINHO, PARAÍBA.
  • Data: 17/12/2020
  • Hora: 09:00
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  • IMPACTOS AMBIENTAIS NA ÁREA DE PROTEÇÃO AMBIENTAL (APA) DE TAMBABA, A PARTIR DO PROCESSO DE USO E OCUPAÇÃO SOCIOESPACIAL NA PRAIA DE COQUEIRINHO, PARAÍBA. A praia de Coqueirinho, pertence ao município do Conde-PB, local escolhido para evidenciar as incoerências de uso e ocupação dentro de uma Área de Preservação Ambiental (APA de Tambaba). As divergências são diversas, pois nesta área deveria ser garantido a proteção da cobertura vegetal e recursos hídricos. Entretanto, esses recursos naturais estão se tornando paisagens ocupadas e exploradas pelo capital, principalmente do setor imobiliário. Para se averiguar os impactos buscou-se caracterizar a dinâmica geomorfológica da linha de costa da Praia de Coqueirinho - PB e destacando-se a importância da sua manutenção para conservação da geodiversidade. E nesse processo evidencia-se o processo de uso e ocupação de uma área de especulação imobiliária, atrelado aos interesses da exploração turística. A exploração de locais como a praia de Coqueirinho é alvo de um processo de descaracterização da paisagem, que desencadeia uma serie de riscos e impactos ambientais nas últimas décadas no litoral brasileiro. Buscou-se apresentar neste estudo uma análise sobre as condições de conservação de áreas naturais, pautadas em leis que foram instituídas no conceito de desenvolvimento sustentável, este por sua vez, impulsionou a demarcação de áreas protegidas, como a APA – Área de Preservação Ambiental. Os resultados demonstram o quanto à ausência de planejamento e gestão territorial está apresentando falhas na fiscalização e controle da área, sendo a linha de costa uma APP (Área de Proteção Permanente). No qual o SIG foi uma ferramenta imprescindível para demonstrar a que a ocupação nos últimos anos vem ocorrendo de forma agressiva, expansiva e irregular, como se pode ser constatado no mapa de risco.
  • CLAUDIA ADRIANA BUENO DA FONSECA
  • ANÁLISE ESPAÇO-TEMPORAL DO USO E OCUPAÇÃO DO SOLO E SIMULAÇÃO DOS PROCESSOS HIDROSSEDIMENTOLÓGICOS EM UMA BACIA NO BIOMA CERRADO: O CASO DA BACIA DO RIO DAS ALMAS, GOIÁS
  • Data: 16/12/2020
  • Hora: 09:00
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  • As mudanças no uso e ocupação do solo vêm ocorrendo de forma mais acelerada desde a década de 1990, na bacia hidrográfica do Rio das Almas, localizada no bioma Cerrado no Estado de Goiás. As alterações no uso do solo foram impulsionadas pela expansão da agropecuária, que diversificou suas atividades na produção da oleaginosa, leguminosa (soja), gramíneas (cana-de-açúcar, milho e sorgo), e também no setor da pecuária bovina. A intensidade dessas alterações no uso do solo afeta vários fatores naturais, como: na produção de água, na degradação do solo, aumento do escoamento superficial, transporte e produção de sedimentos. Nesse sentido, o objetivo desse trabalho é avaliar as mudanças espaço-temporal do uso e ocupação do solo e seus reflexos nos processos hidrossedimentológicos bacia do Rio das Almas entre 1991 e 2017. Para a realização deste estudo, imagens do satélite Landsat 5 e Landsat 8 das datas 13/06/1991 e 13/06/2017 foram utilizadas. O modelo SWAT foi aplicado de 01/01/1974 a 31/12/1980 (já inclusos os três anos de aquecimento do modelo), e a validação de 01/01/1981 a 31/12/1994, com os seguintes produtos: (a) uso do solo de 1991, (b) mapa de tipos de solo, (c) modelo digital de elevação (MDE), e (d) dados meteorológicos e hidrológicos (19741994). Para este estudo foram definidos dois cenários futuros de uso do solo distintos: (a) Cenário 1: considerado otimista, que apresenta uso sustentável a preservação da vegetação natural, enfatizando a restauração dos processos ecológicos essenciais conectados a corredores ciliares, nascentes e topo de morro e serra que já se encontravam degradado pelas atividades antrópicas (agricultura, pecuária e área urbana), mapeada no uso do solo de 2017, e (b) Cenário 2: considerado pessimista, que apresenta um cenário de aumento no desmatamento e na expansão das atividades agropecuárias. O modelo SWAT foi calibrado para o período de 01/01/1974 a 31/12/1980 e validado para o período de 01/01/1981 a 31/12/1994. Para definir os parâmetros do modelo, utilizou-se a calibração automática usando o programa SWAT-CUP. Para analisar o desempenho do modelo utilizou-se os seguintes índices de desempenho estatísticos: (a) coeficiente de eficiência do Nash-Sutcliffe (Ns) e (b) coeficiente de determinação (R²). Após os resultados da confiabilidade estatística do modelo SWAT, o mesmo foi aplicado para os dois cenários de mudanças no uso do solo. Os resultados obtidos na calibração e validação do modelo para as estações fluviométricas Jaraguá e Colônia dos Americanos indicaram um desempenho muito bom. Para a estação Jaraguá, os valores da calibração foram: R² = 0,80 e NS = 0,61, com vazão média mensal observada de 35,44 m³/s e simulada de 41,48 m³/s (diferença de 17%). Para a estação Colônia dos Americanos, os valores foram: R² = 0,85 e NS = 0,82, com vazão média observada de 337,80 m³/s e a ajustada igual a 360,60 m³/s (diferença de 6,75%). A estimativa média anual de produção de sedimentos foi 48,17 ton/ha.ano, no período analisado (1974-1994), na bacia em estudo. A diferença entre a vazão média ajustada do uso do solo de 1991 e a simulada do Cenário 1 foi de 95,27 m³/s, isso equivale a variação de 26,42%, e para o Cenário 2 a diferença foi de 139,84 m³/s (equivale a variação de 38,78%). A análise das mudanças do uso do solo de 1991 e 2017 da bacia hidrográfica do Rio das Almas, constatou-se que houve alterações significativas no uso e ocupação do solo. Grande parte da vegetação natural do bioma foi substituído pelas atividades agropecuárias, para fins de cultivos de grãos, cana-de-açúcar e na pecuária bovina. Com relação aos cenários futuros de uso do solo simulados também no modelo, evidenciaram em ambos os cenários hipotéticos a estimativa da produção de sedimentos. Quando comparados ao período analisado (19741994), a estimativa da produção de sedimentos para o Cenário 1 foi menor, sob o viés da recomposição da vegetação natural e de corredores lineares de mata ciliar. Em contrapartida, a produção de sedimentos no Cenário 2 foi maior, sob as condições de uso do solo intensificado pela agropecuária, que segue uma tendência histórica para área de Cerrado. Quanto a projeção futura dos cenários, os resultados demostraram que a bacia em estudo tem predisposição a produção de sedimentos, que pode atingir outras bacias hidrográficas, reservatórios e ocasionar a diminuição da disponibilidade de água superficial e possível assoreamento.
  • ELIANE CAMPOS DOS SANTOS
  • O PROGRAMA MINHA CASA MINHA VIDA E A EXPANSÃO URBANA NA ZONA SUL DA CIDADE DE JOÃO PESSOA: UMA ANÁLISE DO BAIRRO GRAMAME
  • Data: 15/12/2020
  • Hora: 16:00
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  • A presente pesquisa tem como objeto de análise a relação da produção da habitação com a produção do espaço urbano, tendo como elemento central a habitação de interesse social produzida pelo Estado na cidade de João Pessoa-PB e, particularmente no Bairro de Gramame. A produção habitacional na última década a partir do Programa Minha Casa Minha Vida (2009 – 2020) ocasionou um crescimento acelerado da malha urbano na referida área, reafirmando a atuação do poder público, que desde a política do BNH (1964 – 1986) direciona a construção dos conjuntos habitacionais para a área sul do município. Assim, a pesquisa tem como objetivo principal analisar a repercussão do Programa Minha Casa Minha Vida do governo federal na produção da habitação e do espaço urbano, no que se refere ao crescimento da malha urbana no Bairro de Gramame em João Pessoa, através dos diferentes agentes sociais produtores do espaço. A cidade de João Pessoa vem passando por transformações significativas, principalmente, no que diz respeito à dinâmica da expansão da malha urbana impulsionada pelos empreendimentos do MCMV, em especial os conjuntos habitacionais de Faixa 1 voltada para a população de mais baixa renda. A pesquisa tem como recorte temporal o decurso 2009-2018. Para a sua concretização, foi realizado um levantamento bibliográfico e documental, referente às políticas habitacionais brasileiras e à produção do espaço urbano, que serviram de suporte à formulação do referencial teórico-conceitual. Foram utilizados dados oficiais, fornecidos pela Companhia Estadual de Habitação Popular (CEHAP), Prefeitura Municipal de João Pessoa (PMJP), Secretária de Planejamento (SEPLAN), Secretaria Municipal de Habitação Social (SEMHAB), Ministério do Desenvolvimento Regional e Caixa Econômica Federal. A partir das informações e dados coletados nestas instituições, foi possível construir tabelas, gráficos e mapas indicando a localização, quantidade dos empreendimentos e habitações construídos pelo programa MCMV. O uso das Geotecnologias foi fundamental para os levantamentos cartográficos e para a análise espacial. As imagens de satélite da cidade de João Pessoa obtidas pelo software Google Earth, foram imprescindíveis para observar o crescimento do tecido urbano no Bairro de Gramame. A pesquisa revela o crescimento da cidade na área sul do município, em especial no Bairro de Gramame promovida pelo programa MCMV como também pela dinâmica imobiliária que se deu nesta área transformando antigas áreas rurais em urbanas, bem como expandido a malha e a dinâmica urbana de forma latente.
  • SULIMAN SADY DE SOUZA
  • O JOGO DE PODERES INSTITUCIONAIS NO LITÍGIO TERRITORIAL ENTRE OS MUNICÍPIOS PARAIBANOS DE SERRA BRANCA E SUMÉ: UMA LÓGICA ÀS AVESSAS
  • Data: 11/12/2020
  • Hora: 14:30
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  • O presente trabalho traz como discussão principal o litígio ora verificado entre os municípios de Serra Branca e Sumé, ambos situados na região do Cariri Paraibano. Diferentemente daquilo que abordam muitos outros estudos acadêmicos que versam a respeito dessa temática e norteiam seus debates estritamente sobre o que deveria ser o real traçado das linhas que separam um território do outro, procuramos dar ênfase às relações institucionais, ou melhor, às disputas de poder e de interesses que orbitam em torno desse fenômeno e que podem refletir uma realidade que precisa ser melhor desvendada. A centralidade desse estudo está, dessa forma, empenhada em analisar o litígio concernente aos municípios paraibanos de Serra Branca e Sumé a partir da perspectiva do território como fonte propulsora do jogo de poderes institucionais e das contradições nele contidas. Para tanto, buscamos como percurso metodológico nos respaldar por uma ampla pesquisa bibliográfica e documental, por atividades de campo, ocasiões em que foram realizadas entrevistas, registros fotográficos e levantamento de pontos de coordenadas geográficas. Metodologicamente essa pesquisa ainda conforma-se em sua totalidade pela produção de mapas e pela elaboração de gráficos e tabelas que juntos subsidiam todo o debate aqui empreendido. Em um primeiro momento optamos por uma fundamentação teórica consistente, na qual o município e o território foram revisitados para que mais à frente ela pudesse subsidiar a discussão acerca de como se deu o processo de formação do Cariri Paraibano. Com base nisso, identificamos três fases distintas dessa “construção” do espaço caririzeiro. A primeira delas baseou-se no padrão “bandeira–curral–capela (ou fazenda) – arraial”, já a segunda, de acordo com a nossa percepção, estruturou-se no padrão trilho–distrito–coronelismo–algodão, enquanto que a terceira e atual encontra-se representada pelo polinômio rodovia–municipalismo–capital simbólico–caprinocultura, conforme propomos. A visão sobre esses diferentes padrões, aliada à discussão concernente ao poder, possibilitou identificar em qual contexto surgiram Serra Branca e Sumé e de que forma eclodiu o litígio que nos dias de hoje opõem essas duas municipalidades. Essa lide enseja, para além dela propriamente dita, uma concorrência de interesses que não estão circunscritos tão somente aos municípios em questão. Nesse trabalho outros sujeitos institucionais, especialmente os de caráter técnico, são evidenciados pela importância que exercem nas decisões que afetam as populações dos territórios em litígio. No caso de Serra Branca e Sumé observa-se uma tomada de direção dissonante com a vontade de uma população prejudicada por uma desterritorialização jurisdicional e por uma consequente reterritorialização jurisdicional compulsórias.
  • ANGELICA MARA DE LIMA DIAS
  • A REVISTA DO ENSINO E A GEOGRAFIA ESCOLAR (1932 – 1942): INOVAÇÕES EDUCACIONAIS NA PARAÍBA
  • Data: 09/12/2020
  • Hora: 15:00
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  • A Revista do Ensino foi um órgão oficial da imprensa educacional do estado da Paraíba que circulou durante os anos de 1932 a 1942, compreendendo um período marcado pelo movimento de renovação educacional (inspirado nas ideias da Escola Nova) e de uma política nacionalista empreendida pelo governo de Getúlio Vargas. Sendo assim, pretendemos analisar o papel da Revista do Ensino (PB) na difusão das inovações metodológicas propostas para o ensino de Geografia, no período que esta circulou; bem como as propostas da Escola Nova para a instrução primária na Paraíba; compreender o contexto histórico de criação de um impresso pedagógico oficial para instrução dos professores primários paraibanos e entender o papel do ensino de Geografia nas distintas fases de circulação da Revista do Ensino (PB). Ao analisar um impresso pedagógico local, corroboramos com André Chervel (1990) sobre a importância de pesquisas que prezem pelo estudo das disciplinas escolares e pela cultura escolar. Além deste autor, outros como Catani (1996); Albuquerque (2011) e Le Goff (2013) nos deram embasamento teórico sobre a temática tratada. Como procedimento metodológico, nos debruçamos na catalogação, análise e sistematização das informações das fontes, ou seja, os exemplares da Revista. Como resultados, nossa pesquisa mostra quão os impressos pedagógicos podem ser férteis para a compreensão do contexto educacional em que estão inseridos, constituindo-se fontes privilegiadas para a compreensão da Geografia escolar.
  • RENILSON PINTO DA SILVA RAMOS
  • ANÁLISE DA DINÂMICA DE RISCO À EROSÃO NO MUNICÍPIO DE GARANHUNS-PE
  • Data: 09/12/2020
  • Hora: 14:00
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  • Sendo considerado um dos maiores problemas ambientais que a humanidade enfrenta, a erosão dos solos remove anualmente toneladas de solos de diversos ambientes, ocasionando enormes áreas de degradação ambiental. Apesar de ser um fenômeno natural, os processos erosivos podem ser intensificados por meio de ações humanas, quando estas são indevidamente executadas em discrepância com os níveis locais de risco à erosão configurados por seu sistema ambiental. Se faz presente, então, a possibilidade de tomadas de decisão por parte da administração pública que vise a aplicar medidas em áreas com aparecimento de erosões, com o objetivo de mitigar a evolução desse fenômeno. Contudo isso só pode vir a ocorrer quando existem informações acerca de onde essa problemática ambiental pode ocorrer. Este trabalho busca entender a dinâmica dos processos erosivos no município de Garanhuns em diferentes datas, identificando processos erosivos já existentes e os relacionando com as características físico-naturais do município, juntamente com as formas de apropriação espacial que foram dadas às diferentes áreas do mesmo, realizando assim uma adequação da metodologia escolhida para a realidade de Garanhuns e realizando uma classificação de risco à erosão linear, assim como também analisando a remoção dos solos através do escoamento difuso pela equação universal de perda de solo. Para a realização desses procedimentos foram realizadas análises através da manipulação de dados em ambiente de Sistema de Informações Geográficas (SIG), aplicando tanto a readequação dos pesos da metodologia base através do procedimento técnico da Análise dos Processos Hierárquicos (APH), quanto na aplicação da equação universal de perda de solo, através de varáveis tais como tipos de solo, declividade, curvaturas, orientação das vertentes, níveis de chuva e o uso e cobertura da terra. Para os mapas de risco à erosão foram estabelecidas a escolha de três principais classes, sendo elas a de baixo risco, médio risco e alto risco, enquanto nos resultados da equação universal de perda de solo se adotou o procedimento padrão de definição de intensidade de remoção de sedimentos por tonelada em hectares. Todos os outros dados utilizados no trabalho receberam a função de fomentar a discussão ao redor de como se comporta a dinâmico físico-ambiental do município, e de que forma isso contribui para a evolução dos processos erosivos, inclusive o índice de anomalia de chuvas que auxiliou a demonstrar quais foram os períodos de maiores e menores quantias de chuva nos últimos 30 anos. Para o mapeamento de risco à erosão há três datas escolhidas, representando os períodos de chuva mais intensos em 2010, os de menor quantia de chuvas em 2015 e a data mais recente, 2018. Referente a estas datas, observou-se em 2010 que baixo risco compreende a 95,09 Km², médio risco a 309,56 Km² e alto risco a 56,63 Km²; em 2015 baixo risco compreende a 96,77 Km², médio risco a 311,80 Km² e alto risco a 48, 71 Km²; finalmente, em 2018, baixo risco compreende a 92,40 Km², médio risco a 321,62 Km² e alto risco a 43, 40 Km². Na equação universal de perda de solo os níveis de remoção de material chegaram até o nível muito severo – em termos de média, algumas áreas do município perderam aproximadamente 129 toneladas de solos anualmente. Para que seja possível evitar essa possibilidade e mitigar os danos das erosões já existentes, a administração pública poderia aplicar diferentes medidas paliativas nas áreas que possuem um teor de alto risco à erosão, contribuindo assim para uma melhor manutenção do espaço do município de Garanhuns.
  • ANA LUCIA DO NASCIMENTO PEREIRA
  • UMA AGORDAGEM GEOGRÁFICA DO ENSINO SUPERIOR E TECNOLÓGICO NAS CIDADES PEQUENAS DE AREIA, BANANEIRAS E GUARABIRA – PB
  • Data: 09/12/2020
  • Hora: 10:00
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  • Essa tese apresenta um estudo a respeito do ensino superior e tecnológico nas cidades pequenas de Areia, Bananeiras e Guarabira – PB, tendo em vista a utilização do recorte temporal que inicia em 2003 e finda em 2015, objetivando de maneira geral a compreensão dos resultados obtidos com a implantação de políticas públicas no Governo Federal voltadas para a educação superior e tecnológica nas cidades alvo desta pesquisa. Consideramos os seguintes objetivos específicos: caracterização do termo cidades pequenas, para que possamos ter o real significado e valor apropriado às cidades envolvidas na pesquisa; realização de um resumo a respeito das reformulações ocorridas nos últimos anos na política pública do governo federal para educação superior e tecnológica a nível nacional e local; e por fim, explicação sobre como ocorreu o processo de expansão do ensino superior e tecnológico nas cidades em estudo durante o período proposto. No que consiste os caminhos metodológicos utilizados para o desenvolvimento e a finalização desta pesquisa, inicialmente ofícios foram encaminhados aos órgãos competentes no intuito de obtermos respostas que refutariam a hipótese que norteava a tese: em razão dos investimentos realizados pelo governo federal no ensino superior e tecnológico nas cidades pequenas em estudo, foi possível verificar uma centralidade existente entre elas em decorrência também da educação, tendo em vista a cidade de Guarabira apresentar destaque no que tange um maior número de estudantes que se deslocam e buscam se qualificar através dos estudos de graduação, seja superior ou tecnológico. Ainda com relação ao percurso metodológico, após o recebimento de alguns dados apenas, estes foram tabulados e analisados, demonstrados como forma de gráficos e arguidos com o seguinte propósito: em decorrência do maior avanço no número de alunos ingressos nas instituições de ensino analisadas, foi possível constatar que os campi receberam sim investimentos para abrigar a demanda esperada. No entanto, acredita-se que para o momento de implantação de programas, criação de cursos e construção de campus, os recursos já foram supridos. Porém, com o passar dos anos e a falta de investimentos através dos cortes na educação no país, sobretudo superior, os alunos, funcionários, professores e as instituições de um modo geral passaram a sofrer com a falta também de incentivo e melhoramento na qualidade do ensino público.
  • ANDRÉ OLIVEIRA TRIGUEIRO CASTELO BRANCO
  • INTERFERÊNCIA LONGITUDINAL DE PEQUENAS ESTRUTURAS NA CONECTIVIDADE SEDIMENTOLÓGICA FLUVIAL: BACIA HIDROGRÁFICA DO BAIXO CURSO DO RIO PIANCÓ – SEMIÁRIDO PARAIBANO
  • Data: 02/12/2020
  • Hora: 10:00
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  • No semiárido brasileiro, a presença humana encontra na oferta de recursos hídricos seu maior fator para o desenvolvimento de suas atividades. A convivência com a região semiárida requer inúmeras formas de adaptação e gestão por parte das comunidades, municípios e demais esferas públicas. Nessa região, a predominância do comportamento dos rios são os regimes intermitentes e efêmeros, com poucas exceções. Essa característica requer uma infraestrutura de tráfego que permita transpor os corpos pequenos rios e riachos mesmo em período chuvoso e que encontra nas passagens molhadas uma alternativa de baixo custo e capaz de suportar múltiplos níveis de vazão. O trabalho buscou avaliar as influências longitudinais que essas estruturas proporcionam ao sistema fluvial e a conectividade sedimentológica. Tendo como recorte espacial a bacia hidrográfica do baixo curso do Rio Piancó, localizada nos municípios de Coremas, Pombal, Cajazeirinhas São Bentinho e São José da Lagoa Tapada, no Estada da Paraíba. Para tanto, foram levantadas e identificadas barragens, passagens molhadas e pontes ao logo da bacia hidrográfica. Tendo sido selecionadas quatro passagens molhadas para análise e diagnóstico onde foram delimitadas as áreas de captação efetiva de cada estrutura com também a escala de tempo efetiva. Utilizando dados de chuva de três estações pluviométricas, localizando em suas séries históricas eventos de precipitação capazes de gerar modificações sedimentológicas e morfológicas expressivas, classificados em três tipos de acordo com suas magnitudes. Em cada passagem molhada analisada foram coletadas amostras de sedimento e traçados perfis laterais a montante a jusante das estruturas a fim de analisar a destruição e deposição de sedimento e morfologia do canal. O que proporcionou a constatação de que as passagens molhadas possuem aptidão para atuarem como elementos interrupção de sedimentos, especialmente os mais grosseiros, a montante e incentivam ao entalhamento do canal a jusante. Mas que em vazões excepcionais permitem a transmissão de sedimentos, devido ao nível grau de colmatação do leito do canal a montante. Havendo assim um comportamento comum do sistema fluvial e as passagens molhadas ao longo do tempo, sendo desenvolvido modelo de comportamento dividido em quatro estágios, considerando não apenas as idades das passagens molhadas, mas a convivência com as magnitudes dos eventos de precipitação. Comparando o modelo de estágio e as passagens molhadas com outro tipos de pequenas intervenções longitudinais fluviais presentes na literatura internacional, foram verificadas semelhanças estéticas e estruturais com as floodways e fords, mas que funcionalmente as passagens molhadas encontram fortes semelhanças com check dams (barragens de controle), Weirs e Sand Dams, por terem predisposição a reterem sedimentos e alterarem a morfologia dos canais onde estão instaladas.
  • JEFERSON EMANUEL DE LEMOS
  • AVALIAÇÃO DAS MUDANÇAS SOCIOAMBIENTAIS DECORRENTES DA ATIVIDADE TURÍSTICA EM SERRA NEGRA – BEZERROS/PE – PELO MÉTODO GTP
  • Data: 30/11/2020
  • Hora: 17:00
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  • As atividades humanas têm impactado de maneira cada vez maior o funcionamento do sistema Terra-mundo, e é fundamental que se analise com atenção as alterações de uso da terra e das mudanças nas paisagens. O turismo faz parte destas ações que têm interferido no equilíbrio ambiental, e também social. Portanto, o intuito deste trabalho foi realizar uma avaliação das mudanças socioambientais ocorridas nas últimas décadas, decorrentes da atividade turística em Serra Negra, brejo de altitude localizado na área rural do município de Bezerros, em Pernambuco através do arcabouço do método GTP (Geossistema-Território-Paisagem). Para tanto, neste estudo, foram tomados alguns passos, os quais ajudaram a compor os objetivos almejados. Para os estudos relacionados às dinâmicas ambientais, optou-se por avaliar um elemento que compõe o geossistema, a vegetação. Desta maneira, foram analisadas imagens de satélite, o que possibilitou o monitoramento do desmatamento, da exposição e erosão dos solos, a partir do sistema Landsat 5 e Landsat 8, do sensor TM. O levantamento multitemporal da cobertura vegetal da Serra Negra foi feito a partir das imagens do sistema supracitado, relativas aos anos de 1992, 2007 e 2018. Para as dinâmicas territoriais, além de pesquisa bibliográfica a respeito das políticas públicas que incentivaram a prática do turismo na região, foram coletadas entrevistas através de questionários com os moradores. Para as dinâmicas relacionadas à paisagem, foram realizadas, também, entrevistas através de questionários, bem como, entrevistas abertas, junto aos moradores mais antigos com o intuito de, através da relação de suas representações com os fatos históricos ocorridos ao longo dos anos, entender e melhor explicitar se as mudanças ocorridas na sua paisagem/lugar foram significativas. As entrevistas foram realizadas com cerca de 10% da população tradicional do povoado. Em relação ao quadro ambiental, pôde-se comprovar que houve aumento significativo das áreas degradas em todo o perímetro analisado ao longo do período, que compreende, mais ou menos, as duas últimas décadas. Nas questões territoriais, políticas, econômicas, foi confirmado que houve melhoria na renda e na geração de emprego para a população tradicional, contudo, houve êxodo dos antigos moradores devido ao desconhecimento dos planos de implementação do turismo na região e por falta de esclarecimento/apoio do poder público, que contribuíram para que as propriedades fossem vendidas a baixo custo, no início. No tocante à paisagem, houve sentimentos e percepções divergentes do seu lugar, ou seja, ao mesmo tempo que os sujeitos se sentem bem em Serra Negra pelas suas características naturais e sociais, como o clima ameno e a tranquilidade do lugar, descrevem, com certo desânimo, que a vila fica “deserta” durante os dias úteis da semana, devido à venda da maioria das casas para moradores de segunda residência, que só visitam a localidade nos fins de semana, feriados ou períodos festivos. Desta forma, é importante que os impactos negativos, ambientais ou sociais, sejam amenizados, com as devidas precauções dos órgãos envolvidos, contando com a participação da população no processo de decisão.
  • MÔNICA LARISSA AIRES DE MACÊDO
  • IDENTIFICAÇÃO DE AMBIENTES BIOCLIMÁTICOS NA BACIA HIDROGRÁFICA DO ALTO RIO PARAÍBA
  • Data: 20/11/2020
  • Hora: 09:00
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  • A área estudada compreende a bacia hidrográfica do alto rio Paraíba, localizada na região centro-sul do estado da Paraíba. Nessa porção semiárida prevalece a vegetação de caatinga hiperxerófila, com predominância de porte arbustivo, devido as intervenções antrópicas recorrentes. Os mapas baseados em sínteses naturalistas e até em classificações bioclimáticas expressam as relações particulares entre os elementos naturais constituintes de um dado lugar, tais como rochas, solos e clima (água e temperatura). Todavia, as informações utilizadas para classificação da paisagem carregam abstrações de dados devido ao efeito de escala, dificultando a gestão da informação em análise mais detalhada sobre uma dada área de estudo. Neste trabalho, por exemplo, dados de solos foram complementados utilizando-se parâmetros de pedotransferência. Com esta pesquisa se pretende apresentar uma proposta de modelo descritivo de ambientes bioclimáticos, que utiliza três variáveis (armazenamento de água dos solos, evapotranspiração potencial e pluviometria) e que possa ser aplicado em áreas geograficamente diversas. Fazendo uso de Sistemas de Informações Geográficas (SIG’s) e da linguagem de programação em R foi possível caracterizar e integrar espacialmente as variáveis do modelo, fazendo uso da técnica arranjo simples. Baseado no critério de disponibilidade de água às plantas, com a combinação de dados se obteve uma classificação com dois níveis categóricos, classe e subclasse de ambientes. As classes de A à E são definidas pelo grau de limitação hídrica, enquanto as subclasses, expressa por índices numéricos de 1 a 5, especificam as contribuições das limitações exercidas por parâmetro do modelo. Da análise dos resultados pode se concluir que o relevo, apesar de pouco movimentado, tem influência marcante na distribuição espacial das variáveis estudadas. Observou-se uma baixa amplitude média annual de variação térmica, predominantemente entre 220C e 240C. A pluviometria anual variou de 300 mm a 800 mm, distribuindo-se de forma gradativa de para oeste obedecendo o aclive da drenagem.O mapa síntese dos ambientes bioclimáticos resultou em 5 classes e 43 subclasses. Da classe A a E definiu-se áreas entre 25 e 2449 Km2. A classe E foi considerada com grau de limitação hídrica muito alta, onde a temperatura em é muito alta devido a depressão da drenagem. De modo contrário, a classe A foi classificada com grau de limitação muito baixa, ocorrendo em condições mais favoráveis de precipitação e evapotranspiração, em cerca de 25 Km2 (0,4%). Por fim, é válido destacar que apesar das limitações existentes os resultados obtidos se mostraram menos generalistas, uma vez que permitiram identificar, de maneira mais condizente com a realidade, as paisagens e suas potencialidades, fato com que se espera propiciar suporte adequado a futuras pesquisas.
  • ADRIANO SANTOS MEDEIROS
  • A GEOGRAFIA NO PROCESSO DE ENSINO E APRENDIZAGEM DE ESTUDANTES SURDOS: em busca do desenvolvimento de um olhar geográfico
  • Data: 16/11/2020
  • Hora: 14:00
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  • A Geografia e o seu ensino, por conseguinte, ainda apresentam distanciamento teóricometodológico que se afasta de estudos no âmbito da surdez. A Geografia, enquanto ciência, desenvolveu-se seguindo os preceitos de pessoas que se enquadram dentro de um padrão de normalidade há muito instituído, e o seu ensino, por sua vez, também é limitado pelos padrões que se reproduzem dentro das instituições formais de ensino. A escola, como lugar de desenvolvimento de relações de ensino e aprendizagem, é permeada pelo encontro dessas questões que envolvem diretamente o ensino de estudantes surdos. Cabe levar em consideração que pessoas surdas tiveram sua trajetória direcionada por incursões educacionais guiadas por métodos consoantes com as suas capacidades. Após um longo período proibidas de desenvolverem suas habilidades, de acordo com as suas capacidades, as pessoas surdas são incluídas em escolas comuns, as quais recebem algumas modificações estruturais e pedagógicas para que o estudante surdo possa usufruir de condições de aprendizagem. Com isso, o ensino de Geografia pode ser utilizado como importante ferramenta para fortalecimento visuoespacial das pessoas surdas, se estiver entre os seus objetivos o desenvolvimento de um olhar geográfico sobre o espaço. Nesse sentido, o presente estudo dissertativo tem como objetivo principal analisar os processos educacionais envolvidos no ensino de Geografia para estudantes surdos em uma escola de Ensino Médio da cidade de Caicó/RN. Para alcançar esse objeto, foram traçados como objetivos específicos identificar se a atuação dos docentes que participam do ensino de Geografia para surdos contribui para o desenvolvimento do olhar geográfico desses estudantes; entender como se dá o funcionamento dos espaços escolares para o ensino de surdos; e relacionar elementos do conhecimento geográfico desenvolvido na escola à potencialidade visual dos estudantes surdos enquanto sujeitos visuoespaciais. A pesquisa de natureza qualitativa se configura em estudo de caso múltiplo incorporado proposto por Yin (2001). Como procedimento para a produção e coleta dos dados, foram utilizados questionários, entrevistas e observações não participante. A análise das informações, tendo como procedimento o estudo do enunciado na análise do conteúdo proposto por Bardin (1977), evidencia que o espaço escolar limita o desenvolvimento das capacidades surdas. O ensino de Geografia apresenta diferentes possibilidades para a estruturação de um olhar geográfico sobre o espaço de vivência de surdos. Porém, é necessário que professores saibam associar a atuação da intérprete da língua de sinais como parte do processo de desenvolvimento potencial desses estudantes. Autores como Callai (2013), Claval (1999, 2001), Gomes (2013, 2016, 2017), Doziart (2009), Sacks (2010), Strobel (2018), Vygotsky (1990) e Tuan (2013) auxiliaram no entendimento de como a Geografia pode se aproximar dos estudos surdos para que o ensino e aprendizagem de estudantes com essa condição aconteça como processo constante nos espaços escolares. Com isso, importa pensar que os espaços escolares podem não apresentar importância quando surdos não são motivados à utilização desses. Torna-se ineficiente a inclusão apenas por meio da sala AEE e intérprete, sendo que o processo de aprendizagem está ligado ao desenvolvimento das capacidades visuais de surdos, com a estruturação de um olhar geográfico.
  • DIEGO CORTE DE OLIVEIRA
  • ANÁLISE ECOHIDROLÓGICA DA VARIAÇÃO DE VEGETAÇÃO NAS VERTENTES DE UM COMPLEXO DE SERRAS EM AMBIENTE SEMIÁRIDO
  • Orientador : JONAS OTAVIANO PRACA DE SOUZA
  • Data: 12/11/2020
  • Hora: 14:00
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  • A presente pesquisa teve como objetivo a análise das Serras das Águas Sertanejas pela Ecohidrologia, que tem como base a dinâmica entre a vegetação, solos e a hidrologia, com objetivo de perceber a relação entre a dominância fitossociológica de espécies vegetais com sua posição nas vertentes, levando em consideração o clima semiárido. Pretendeu assim, a compreensão deste ambiente pelo ponto de vista sistêmico que almeja um discernimento geral do ambiente, haja vista a importância ecológica das serras por suas distintas posições orográficas, que formam ilhas de umidade, gerando diferentes solos e tipos de vegetação. Por esse motivo, se objetivou a percepção da dinâmica entre os fatores citados, a partir dos procedimentos para classificar unidades de paisagem e catenas, análise da vegetação nas encostas em relação à dominância fitossociológica, caracterização pedológica, caracterização hidrológica e topográfica .Obtendo, desse modo, um levantamento adequado para a análise ecohidrológica, que culminou em um modelo de encosta para áreas em crista em ambientes secos. Sendo o modelo composto das unidades: Interflúvio, Exfiltração pela declividade, Parte convexa da encosta susceptível a rastejo, Área de transporte de meia encosta e Sopé coluvial respectivamente. Os resultados encontrados estimulam a aplicação futura da metodologia em áreas semelhantes no Brasil e no mundo, possibilitando um melhor entendimento do controle do relevo nas diferentes características ambientais.
  • ANDERSON SANTOS DE SANTANA
  • A FORMAÇÃO GEOGRÁFICA DOS ESTUDANTES NO CURSO DE LICENCIATURA EM PEDAGOGIA DA UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA
  • Data: 10/11/2020
  • Hora: 15:00
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  • Este trabalho tem como objetivo estudar a formação geográfica do pedagogo. O objeto de nossa investigação foi o Curso de Licenciatura em Pedagogia da Universidade Federal da Paraíba (UFPB) na modalidade presencial . A escolha dessa universidade se deu pela sua importância no estado e por formar o maior número de Pedagogos da Paraíba. . É nesse contexto que analisamos a formação geográfica ofertada aos alunos no referido curso, visando compreender a concepção formativa junto a seus sujeitos no processo de ensino-aprendizagem. Além de outros espaços formativos na universidade, entendemos que a sala de aula se configura como um espaço privilegiado de formação por isto a nossa investigação se deu em grande parte neste lócus. . Porém, para considerar a sala de aula nessa perspectiva, recorremos a análise dos currículos do Curso de Licenciatura em Pedagogia que orientam as práticas em sala de aula. Assim, estabelecia a universidade, o curso e os currículos, selecionamos a disciplina Ensino de Geografia como centro de nossas análises, por ser esta uma das que tem como objetivo desenvolver metodologias de ensino de Geografia, por ser obrigatória e por ser ofertada em todos os semestres. Para então articular os objetivos da pesquisa discutimos a relação entre os conhecimentos geográficos e os pedagógicos, através dessa disciplina, e nesta relação a percepção que os estudantes de Pedagogia têm sobre esses conhecimentos e a sua importância nos seus processos de formação como professor e no futuro, para o ensino na Educação Básica. É importante destacar ainda que esse curso é a base para a formação de muitos docentes que atuarão na Educação Básica e que serão responsáveis pela formação de um número importante de crianças e jovens na Paraíba e em outros estados brasileiros.
  • WILMA GUEDES DE LUCENA
  • O CRÉDITO PREDIAL E A MOBILIZAÇÃO DO IMÓVEL: Modernização, mercado imobiliário e associação de capitais na/da Cidade da Parahyba nas décadas de 1910 à 1930
  • Data: 10/11/2020
  • Hora: 09:00
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  • A tese ora apresentada defende que práticas financeirizadas, baseadas no mercado imobiliário e fundiário urbanos, eram realizadas no Brasil já no início do século XX, não sendo, portanto, uma novidade do nosso presente histórico. Além disso, compreende-se também que o mercado que propiciava essas práticas era formado não só nos grandes centros, mas também nas cidades permeadas por uma modernização-urbanização periférica, tal como ocorria na cidade aqui pesquisada, a saber a Cidade da Parahyba. O crédito predial e as sociedades mutuais que o organizavam, constituem o eixo de análise dessas práticas financeirizadas e de como estas implicavam na relação entre produção do espaço, acumulação de terras e mobilização da riqueza. O destaque às três últimas décadas da Primeira República (1910-1930) se dá pela intensidade com que o crédito predial foi propagandeado e difundido nesse período. A dinâmica de organização desse crédito e atuação das sociedades, por sua vez, foi analisada a partir de um levantamento documental em jornais, almanaques, relatórios e legislação da época, em que se discorria sobre a cidade pesquisada bem como sobre os capitais, balancetes e anúncios das sociedades de crédito predial. A análise dessa dinâmica a partir da Cidade da Parahyba revela, com base na organização desse crédito, a indissociabilidade entre a produção do espaço urbano dos grandes centros urbanos com a produção do espaço urbano das cidades periféricas, e isto decorre da interdependência dos processos de acumulação então realizados. Ademais, desvenda-se não só a produção da cidade como um negócio, mas a própria cidade como tal, dada sua mobilização na esfera da circulação através de títulos de dívida pública, títulos e letras hipotecárias e juros de empréstimos. Os anúncios do crédito predial na Cidade da Parahyba mostram como a incorporação dos espaços periféricos se fazia (como ainda o fazem) importante para a expansão do capital acumulado. Nesse sentido pergunta- se: e o que a periferia oferecia? A resposta é: poupanças; excedente de valor já produzido com a fixação de capital através de serviços e infraestruturas urbanas; e mesmo a possibilidade de antecipação de valor. E as vantagens se davam tanto pelo papel que o Estado assumia com a dívida pública como pelo amparo oferecido ao capital mercantil local. Por fim, discorre-se acerca das incompletudes do processo de modernização e realização do crédito predial na Cidade da Parahyba e da relação dessas incompletudes com a produção do espaço urbano que ocorria para além dessa cidade.
  • RÔMULO LUIZ SILVA PANTA
  • "O PROCESSO DE REPRODUÇÃO SOCIOTERRITORIAL INTERGERACIONAL DO CAMPESINATO ASSENTADO EM SAPÉ-PB"
  • Data: 22/10/2020
  • Hora: 09:00
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  • Nas últimas décadas, um relevante e volumoso acervo de pesquisas sobre a questão agrária no Brasil tem dado atenção especial à criação dos assentamentos rurais. Essas pesquisas enfocam as diversas dimensões dos assentamentos, concentrando-se mais efetivamente sobre o processo de terriorialização e de reforma do território. Contudo, quando se analisa a dinâmica interna dos assentamentos rurais da Reforma Agrária, verifica-se que o acesso à terra, ou seja, a territorialização do campesinato é apenas o primeiro passo no processo da recriação camponesa. Com efeito, a luta pela sobrevivência e permanência dos camponeses no campo, não acaba após a criação dos assentamentos. Nesse sentido, apresentamos alguns desafios observados a partir das contradições internas os assentamentos, entre eles, a reprodução camponesa intergeracional e os processos socioterritoriais contidos nela. A geografia pode contribuir para o entendimento dessas contradições. Esta pesquisa objetiva analisar o processo de reprodução socioterritorial intergeracional do campesinato nos assentamentos Rurais da Reforma Agrária em Sapé-PB. No tocante à metodologia, a proposta se orienta pelo materialismo histórico e dialético como método de interpretação da realidade. O recorte territorial compreende seis assentamentos rurais da Reforma Agrária localizados em Sapé-PB (Santa Helena, Boa Vista, Rainha dos Anjos, 21 de abril, Nova vivência e Padre Gino). A categoria de análise central do estudo é a família ampliada, isto é, o conjunto formado pela família nuclear beneficiária da política agrária e das família dos filhos ou filhas que fixaram residência no lote. Além do levantamento bibliográfico sobre o tema, foi também realizada um trabalho de campo. A primeira fase da pesquisa direta consistiu no levantamento de todas as famílias ampliadas residentes nos seis assentamentos. A partir desse levantamento, foi definida uma amostra correspondente a 30% das famílias ampliadas. Foi realizada entrevista com essas famílias, bem como com as direções das associações desses assentamentos. Na pesquisa verificamos o processo de reprodução intergeracional do campesinato assentado, os mecanismos internos de conformação do desenho populacional intergeracional, as dinâmicas territoriais exercidas pelo segmento ampliado e as tensões geradas a partir da pressão demográfica nas unidade de produção camponesa de base familiar. Foram também investigadas as múltiplas formas, relações e os processos de aderência do campesinato assentado com a exploração do território e da força de trabalho pelo capital.
  • JEOVANES LISBOA DA SILVA FILHO
  • CARACTERIZAÇÃO GEOMORFOLÓGICA DOS PREENCHIMENTOS SEDIMENTARES EM MARMITAS DE DISSOLUÇÃO NO MACIÇO DA SERRA DA BAIXA VERDE PB/PE
  • Data: 02/10/2020
  • Hora: 14:00
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  • Tendo-se em vista a diversidade paisagística e geomorfológica do semiárido brasileiro, se faz necessário o desenvolvimento de pesquisas que possam compreender os processos geomorfológicos atuantes ao longo do tempo, numa perspectiva de reconstrução da paisagem. A presente dissertação traz como objeto de estudo as Marmitas de Dissolução e seus preenchimentos sedimentares, centrados nas encostas e patamares com altitudes superior a 700 m, no maciço residual da Serra da Baixa Verde PB/PE. O fundamento balizador da pesquisa foi de que as feições geomorfológicas aqui trabalhadas, sazonalmente alagadas, sua gênese está associada ao intemperismo químico atuante ao longo do tempo, sob condições de climas secos (semiárido e sub-úmido). Desse modo, o objetivo central foi realizar uma caracterização do cenário geomorfológico dessas feições geomorfológicas. Portanto, o primeiro passo foi a identificação, mapeamento e caracterização morfológica com auxílio de Veículo Aéreo Não Tripulado (VANT), bem como a classificação morfológica pautada em Gutiérrez (2005) e Silva, Amorim e Correa (2017). Na sequência, a caracterização sedimentológica e morfoestratigráficas permitiram compreender o encadeamento evolutivo dos preenchimentos sedimentares. A análise geoquímica, por sua vez, por meio da técnica Espectrometria de Fluorescência de Raios X (FRX), evidenciou o grau de alteração do sedimento, através dos índices de Ki e Kr, além da composição química, que está em consonância com a litologia local. Os dados indicaram que os sedimentos são de caráter in situ, e geoquimicamente pouco amadurecidos, com grande concentração de sílica, alumínio, ferro e potássio. Foi identificado, também, óxidos considerados poluentes como o Pentóxido de Difósforo (P2O5) e o Trióxido de Enxofre (SO2). As características dos sedimentos, tais como a granulometria, sua natureza química e arranjo estratigráfico forneceram dados de processos pretéritos, indicando que a morfologia da paisagem emerge das ligações entrelaçadas entre litologia, solos, clima, resistência ao intemperismo, entre outros. Portanto, a presente pesquisa colabora com a compreensão da evolução de Marmitas de Dissolução no semiárido do Nordeste brasileiro.
  • CARLOS AUGUSTO BARROS DA SILVA
  • A Criatividade na Formação de Professores: O Caso do PIBID-Geografia na Região do Cariri Cearense
  • Data: 27/08/2020
  • Hora: 14:00
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  • Esta pesquisa foi desenvolvida mediante o entendimento de que a criatividade é uma aptidão humana, e pode ser condicionada dentro do processo formativo docente. Como palco para as nossas reflexões, utilizamos o espaço do PIBID – Programa Institucional de Bolsas de Iniciação à Docência – como ponto de referência para a elaboração das nossas questões e problema de pesquisa. Escolhemos este programa, inserido na realidade do Cariri cearense, por ter possuído, durante os anos de 2014 a 2016, um projeto alternativo cuja abordagem se destinou à criatividade sob vias artísticas. Este trabalho, portanto, tem como objetivo principal compreender se houve reflexos na formação oferecida pelo PIBID Geografia, por meio da metodologia “Instalações Geográficas”, na identificação de habilidades criativas pelos ex-bolsistas participantes do programa. Para o desenvolvimento da nossa investigação, partimos de uma abordagem qualitativa, assentada na utilização de entrevistas semiestruturadas, como forma de encontrar, na dimensão discursiva dos sujeitos, elementos que persistiram em suas práticas. Diante disso, demarcamos alguns critérios que filtraram o espectro de sujeitos e de informações, dentre eles: o tempo e a permanência na docência. Além das narrativas dispostas sob as entrevistas, empregamos tanto o acervo documental-fotográfico do programa supracitado, como o dos sujeitos envolvidos nesta pesquisa, para subsidiar nosso campo de evidências. Pudemos verificar, como ressonâncias das contribuições advindas do PIBID, a inserção de estratégias didáticas, mobilizadas a partir de princípios associativos e representativos, na prática desses professores (ex-bolsistas do programa), bem como a ressignificação da noção empreendida acerca da criatividade.
  • REJANE DO NASCIMENTO DA SILVA
  • VULNERABILIDADE SOCIOAMBIENTAL E A OCORRÊNCIA DE EVENTOS HIDROMETEOROLÓGICOS NA ÁREA URBANA DE CAMPINA GRANDE - PB.
  • Data: 24/08/2020
  • Hora: 14:00
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  • Este trabalho, que se insere no âmbito de uma discussão socioambiental, tem como objetivo a análise do risco ambiental, da vulnerabilidade social e de suas associações com a ocorrência de eventos hidrometeorológicos na área urbana de Campina Grande-PB. Para isso, foi adotada uma metodologia quali-quantitativa orientada para a construção e discussão de um Índice de Vulnerabilidade Socioambiental (IVSA) sob a ótica da Geografia. Para tanto, inicialmente foi elaborado um Índice de Vulnerabilidade Social (IVS) composto por indicadores socioeconômicos oriundos do censo demográfico do IBGE de 2010. A agregação e ponderação dos indicadores em um índice se respaldou em critérios objetivos sugeridos na literatura especializada sobre a temática da vulnerabilidade social e sua mensuração. Finalmente, o IVS foi agregado, por meio de uma média geométrica, a variáveis físico- naturais (declividade e altimetria) e espacial (menor distância do setor censitário à borda do perímetro urbano) para formar o IVSA. Para a realização deste estudo, informações referentes à eventos hidrometeorológicos (inundação, enxurrada, alagamento, seca e estiagem) que ocorreram na área urbana do município estudado no período de 2000 a 2018 também foram coletadas nas publicações impressas e online do Jornal Diário da Borborema e Jornal da Paraíba. Como resultado, foi possível visualizar que a vulnerabilidade socioambiental na área urbana de Campina Grande apresentou valores baixos de vulnerabilidade em setores censitários de bairros centrais, enquanto que setores censitários de bairros localizados próximos ao perímetro urbano apresentaram valores altos de vulnerabilidade. Quantitativamente, tem-se que o conjunto de setores censitários associados à classe com menores valores de IVSA corresponderam a 11,10% do território analisado, com densidade populacional de 8.479,7 hab/km². O conjunto de setores censitários incluídos na classe com maiores valores de IVSA corresponderam à maior área territorial (60,27%), porém, com menor densidade populacional (1.635,5 hab/km²). Analisando a associação entre o resultado do IVSA e a distribuição dos eventos hidrometeorológicos catalogados, verificou-se que os bairros da área central da cidade apresentaram em sua maioria baixos níveis de IVSA e maior quantidade de ocorrência de eventos hidrometeorológicos, enquanto que para os bairros que apresentaram maiores valores de IVSA a quantidade de eventos registrados foi consideravelmente mais baixa. Ademais, os eventos de seca e estiagem também foram abordados nesta pesquisa, uma vez que representam fatores determinantes para a vida social e econômica de Campina Grande. Neste sentido, considerou-se principalmente a localização geográfica do reservatório que abastece a cidade, posicionado em uma área com baixos índices pluviométricos, desencadeando em períodos de seca e estiagem a adoção de sistemas de racionamento de água, o que frequentemente altera o funcionamento de escolas, hospitais e da rotina dos citadinos.
  • JOSELINE DA SILVA ALVES
  • “Zoneamento Socioambiental da Bacia Hidrográfica do Rio Taperoá/PB: Fragilidades, Potencialidades e Classificação das Unidades de Paisagem”
  • Data: 19/08/2020
  • Hora: 14:00
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  • O ser humano participa e interage constantemente com o ambiente em que vive e, por isso, suas ações podem ocasionar processos que provocam a desestabilização da dinâmica do sistema físico-naturais por não respeitar os limites impostos pela natureza, os quais são necessários para manter a harmonia entre os elementos responsáveis pelo seu funcionamento. A bacia hidrográfica do rio Taperoá, área de estudo adotada, possui uma área de aproximadamente 5.684 Km², encontra-se situada na porção central do Estado da Paraíba, situada no semiárido nordestino. Dessa maneira, o presente estudo tem como objetivo elaborar um Zoneamento Socioambiental para a bacia hidrográfica do rio Taperoá, PB, que possibilite analisar e avaliar as condições socioambientais da área de estudo por meio da análise da interação dos aspectos socioambientais e como eles repercutem na sua dinâmica natural e socioeconômica. A metodologia fez uso da análise integrada das cartas de Unidade de Fragilidade Potencial (aspectos físicos-naturais) e Unidades de Fragilidade Emergente (aspectos antrópicos), sendo essa resultante da combinação da carta de Unidade de Fragilidade Potencial e da Carta de Uso e Cobertura da Terra, o que resultou no mapa síntese e a partir dessas informações foi possível a visualização e identificação das Unidades de Paisagem, de modo que foram identificados na bacia hidrográfica do rio Taperoá cinco zonas socioambientais: Zona de Proteção Legal, Zona Especial, Zona de Proteção Prioritária e Uso Consolidado Zona de Recuperação, Zona de Conservação e Uso Controlado. Das zonas identificadas deve-se destacar a Zona Especial que apresentou as melhores condições de Uso e Cobertura da Terra, pois é nessa zona onde são encontrados os solos menos frágeis e um relevo mais suave, mas que ainda assim, necessita que seja utilizada com cautela para que não haja o aumento da fragilidade dessa zona, sendo orientado a sua utilização para atividades de agroecológicas que visem minimizar o risco de degradação da área. Enquanto que a Zona de Recuperação apresenta a maior fragilidade tanto Potencial quanto Emergente devido ao seu intenso uso que levou a supressão de grande parte da sua cobertura vegetal essencial para a manutenção do bom funcionamento da dinâmica hídrica da bacia hidrográfica. Sendo assim, a partir da correlação das informações tanto dos aspetos físicos-naturais quanto socioeconômicos possibilitou a individualização da paisagem da bacia hidrográfica o que contribui para a identificação das zonas socioambientais, e assim propiciou uma melhor compreensão dos impactos oriundos das diferentes formas de uso em cada setor da bacia, de modo que possa-se conciliar não apenas a manutenção do equilíbrio ambiental, mas que também possibilite o desenvolvimento socioeconômico da área de estudo em questão.
  • ARACI FARIAS SILVA
  • ESPAÇO URBANO E GÊNERO: RESISTÊNCIA E LUTA DAS MULHERES DO PORTO DO CAPIM EM JOÃO PESSOA, PARAÍBA
  • Data: 23/07/2020
  • Hora: 14:00
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  • A tese intitulada “Espaço urbano e gênero: resistência e luta das mulheres do Porto do Capim em João Pessoa, Paraíba”, tem como objetivo analisar o conflito pelo uso do solo urbano no Centro Histórico da cidade de João Pessoa. Os protagonistas diretos do conflito são a Prefeitura Municipal de João Pessoa (PMJP) e as famílias moradoras da Comunidade do Porto do Capim (que compreende espacialmente as áreas Vila Nassau, Praça XV de Novembro, Porto do Capim e Frei Vital). O conflito iniciou-se na década de 1980, quando se cogitou, por primeira vez, a possibilidade de remoção das famílias moradoras da área. Em 2010 a PMJP inicia uma nova fase de planejamento urbano para a área, visado a construção de um polo econômico, cultural, histórico e artístico que ampliasse os atrativos turísticos da cidade. A ameaça de remoção instalou-se novamente sobre as famílias moradoras do Porto do Capim, todavia nesse momento iniciou-se um processo de mobilização coletiva e luta organizada contra a proposta de planejamento excludente da entidade municipal. O processo de resistência à remoção tem envolvido durante os últimos 10 anos diferentes parceiros, projetos de modificação do uso solo, propostas de planejamento urbano e ações concretas. Todavia, em 2020 o conflito continua vigente. Constatamos, durante nosso trabalho de tese, que o caminho trilhado pela comunidade desde o início do conflito pelo uso do solo na área foi, inicialmente, o da organização e luta pelo reconhecimento do seu direito à permanência no território. A resistência, ainda que coletiva, foi protagonizada, desde o início do conflito, amplamente pelas mulheres da comunidade. Elas se transformaram em representantes do interesse das famílias moradoras e criaram a Associação de Mulheres do Porto do Capim (AMPC), que as identifica como sujeitos políticos na disputa pelo uso do solo no Centro Histórico de João Pessoa. AAMPC tem lutado e organizado à comunidade na procura do desenvolvimento de uma forma de planejamento urbano inclusivo, próprio de um modelo de cidade democrática, onde os espaços são planejados seguindo a lógica do seu valor de uso, defendendo a plena redistribuição dos serviços urbanos, na busca de justiça espacial e acesso pleno ao direito à cidade. Defendemos, por tanto, neste trabalho que o fenômeno de generificação da luta por moradia e/ou habitação, sinaliza a centralidade das mulheres na reprodução social da força de trabalho e na preservação dos seus territórios de vida.
  • ERICK JANSEN SALES DE OLIVEIRA
  • Políticas Públicas no campo: análise do papel do Estado e sua atuação no Perímetro Irrigado do Sabugi em Caicó/RN
  • Data: 13/07/2020
  • Hora: 14:30
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  • Essa dissertação procura analisar como se consolidou a implantação das políticas públicas de irrigação no Nordeste (Semiárido) e o papel do Estado na administração do Perímetro Irrigado do Sabugi em Caicó/RN. A compreensão dessa dinâmica se fundamenta na construção dialética do território, no qual a lógica de mercado reproduz no espaço um movimento simultâneo de desenvolvimento econômico e de exclusão social. Desde o processo de formação do território que a região Nordeste é influenciada pelas atividades relacionadas a agropecuária, nesse sentindo, a política de irrigação foi constituída como uma estratégia desenvolvimentista, no contexto de modernização da agricultura, tendo o Estado como principal patrocinador. Essa política foi legitimada pelo discurso de desenvolvimento e pela geração das condições necessárias para a reprodução do capital no campo, o que provocou o desenvolvimento desigual dos espaços, principalmente pela acumulação e concentração da produção e do capital, além da seletividade econômica e espacial. Nesse processo, os irrigantes do Perímetro Irrigado Sabugi não foram plenamente inseridos, sem medidas de restruturação e sem esperanças de continuidade do projeto, a situação de vulnerabilidade social se materializa com a inviabilidade econômica do perímetro no setor agropecuário, a precariedade da infraestrutura e a paralisação da assistência técnica.
  • FABIO FERREIRA SANTOS
  • Luta, Resistência e Organização Camponesa no Alto Sertão Sergipano: Contradições, Tensões e Dinâmica Territorial do Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE)”
  • Data: 08/07/2020
  • Hora: 14:00
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  • Luta, Resistência e Organização Camponesa no Alto Sertão Sergipano: Contradições, Tensões e Dinâmica Territorial do Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE)”
  • JANCERLAN GOMES ROCHA
  • ”Desenvolvimento de Modelo Teórico-Conceitual de apoio à decisão espacial em ambiente de Caatinga”.
  • Data: 16/06/2020
  • Hora: 14:00
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  • Nas últimas décadas, as discussões sobre o planejamento para o ordenamento territorial ambiental e a sua respectiva gestão estão se consolidando paulatinamente nas concepções do Estado, na economia e na sociedade como um todo, devido às ações voltadas para o uso racional e sustentável dos recursos naturais. É nesse sentido que as ações institucionais promovidas nas últimas décadas, em âmbito nacional, vêm sendo focadas nos mapeamentos territoriais dos Biomas. Os mapeamentos estão sendo confeccionados pelo Ministério do Meio Ambiente (MMA) em escalas generalizadas, sem o detalhamento necessário para legitimar, aos tomadores de decisão ou agentes administrativos locais, a segurança e a confiabilidade necessária para promover ações planejadas de conservação e uso sustentável nas porções territoriais apontadas como prioritárias ou não. Dessa forma, a generalização das escalas e a qualidade dos dados utilizados nesses estudos vêm apresentando porções territoriais subestimadas, especificamente no que se refere à riqueza e à diversidade da flora local. É no sentido de subsidiar a tomada de decisão que a proposta de desenvolvimento de um modelo teóricoconceitual, para a definição de áreas prioritárias para a recomposição, conservação e usos sustentável, desponta como algo extremamente necessário para o planejamento sistemático ambiental, principalmente em Unidades Territoriais Básicas (UTB), como as Bacias Hidrográficas. É nesse sentido que a área de estudo escolhida foi a Bacia hidrográfica do Alto curso do Rio Paraíba, cuja área é de 6.732,53 km², a qual está inserida na região semiárida brasileira, especificamente no Bioma Caatinga. O objetivo da pesquisa foi o de desenvolver um modelo teórico-conceitual voltado para o apoio à tomada de decisão espacial, visando a uniformização e integração de determinados métodos, técnicas e tecnologias como: o Processamento Digital de Imagens – PDI; Sistema Baseado em Conhecimento; Análise de Imagens Baseada em Objetos Geográficos (GEOBIA); Processo de Análise Hierárquica (AHP); índices de diversidade florística – índice de Shannon-Wiener (H’), de dominância de Simpson (S) e da Diversidade Máxima In(S); interpolação geoestatística por IDW e Krigagem, utilizando a Combinação Linear Ponderada; os parâmetros químicos de fertilidade do solo – pH (H2O) e de fósforo (P) disponível; e os bioclimáticos. Toda essa lógica foi construída em consonância com a legislação ambiental vigente, tendo como suporte espacial a base do Sistema de Apoio à Decisão Espacial (SADE) SiCAR. A metodologia desenvolvida possibilitou aos produtos cartográficos digitais um Padrão de Exatidão Cartográfica (PEC) com erro padrão de 15,0 metros, em escala compatível para 1:25.000, e um erro de amostragem do inventário florestal da ordem de 5,7% – valor de probabilidade admissível ou de confiança (%). Alguns resultados obtidos apontam que 67,99% de toda a Bacia hidrográfica é recoberta por Remanescente de Vegetação Nativa, onde cerca de 11,67% desse total corresponde ao estrato de tipologia de Caatinga Arbustiva Aberta, Baixa (T1). Além disso, cerca de 31,99% da área total da Bacia hidrográfica é imprópria para fins de regularização ambiental da situação do déficit da Reserva Legal. Os dados também apontam que cerca de 8,60% de toda a área de estudo apresentam uma fragilidade ambiental de alta a muito alta, e que cerca de 69,70% dos solos da Bacia hidrográfica apresentam classes (muito baixo a baixo) de teores de fósforo (P) disponível no solo. Já as áreas para fins de conservação e de uso sustentável correspondem, respectivamente, a 15,14% e 41,30% de toda a Bacia hidrográfica. O dado mais alarmante se refere às áreas que deverão ser alvo de recomposição da cobertura vegetal, situadas nas Reservas Legais e APPs, correspondentes a 6,60% de toda a Bacia hidrográfica, o que equivale a 44.399,99 hectares.
  • MARIA MESSIAS FERREIRA LIMA
  • Desenvolvimento rural desigual e combinado no espaço agrário cearense: elementos para a autonomia, subordinação ou exclusão da agricultura familiar camponesa nas áreas de assentamentos rurais
  • Data: 28/05/2020
  • Hora: 14:00
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  • Os debates travados na contemporaneidade sobre o destino e principalmente as funções do rural no processo de expansão do capitalismo têm influenciado a condução das políticas públicas para o setor. Tais debates estão eminentemente focados em propor medidas para reduzir a pobreza rural sem, contudo, contemplar uma política agrária efetiva. Nesse sentido, a permanência de unidades de produção de base camponesa apresenta aparentemente uma infinita dualidade entre modo de produção capitalista e campesinato. Nesse contexto, a tese defendida nessa pesquisa é que a política de desenvolvimento territorial rural implementada no Brasil entre 2003 e 2014 veio para criar condições favoráveis para a reprodução ampliada do capital e a expansão das relações capitalistas no campo, criando elementos que subordinam e/ou excluem o agricultor familiar camponês à dinâmica de mercado, isto é, ao processo de produção e acumulação de capital, revelando assim o seu caráter desigual e combinado. Desse modo, a problemática da pesquisa consiste em investigar as relações de (re)produção do espaço agrário cearense a partir da mundialização do capital sob a égide do desenvolvimento rural (DR), identificando os elementos de autonomia, subordinação ou exclusão da agricultura familiar camponesa (AFC) a esse processo. O estudo proposto tem como recorte geográfico os territórios de identidade do semiárido cearense, e como objeto de investigação os assentamentos rurais federais inseridos nesses territórios, de acordo com a divisão administrativa do Estado. Para a escolha do objeto de investigação, foram considerados quatro critérios: a) assentamentos do INCRA, consolidados; b) localizados no semiárido; c) Inseridos no projeto Territórios da Cidadania e; d) com menor idade. Considerando os critérios definidos para a determinação do objeto de estudo, obtemos uma população de 575 famílias assentadas. Através do cálculo para amostras estratificadas chegamos a uma amostra de 146 famílias, distribuídas em 06 (seis) assentamentos. Após a coleta, os dados foram tabulados e utilizados para o cálculo do índice de desenvolvimento rural sustentável (IDRS). Dado o caráter da pesquisa, descritiva e explicativa, o materialismo histórico-dialético foi o método de análise utilizado para compreender o processo de organização das forças produtivas, considerando estas como determinantes para a produção do espaço social no campo. Nesse contexto, a pesquisa permitiu inferir a seguinte conclusão: a política de DTR se constituiu em um fator de ampliação das relações capitalistas de produção no espaço agrário, criando elementos que primeiramente subordinam o agricultor familiar camponês às relações capitalistas e, posteriormente, os excluem das possibilidades reais de um desenvolvimento rural sustentável. Os elementos originados reproduzem à lógica do desenvolvimento desigual e combinado do capital.
  • ÉRICSON DA NOBRIGA TÔRRES
  • ESPAÇO AGRÁRIO E ASSALARIAMENTO NO NORDESTE: DAS CARACTERÍSTICAS GERAIS AO ESTUDO PARTICULAR DAS CONDIÇÕES DE TRABALHO E SAÚDE DOS ABACAXIZEIROS DA PARAÍBA
  • Data: 27/05/2020
  • Hora: 14:00
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  • O avanço do capital sobre a agropecuária do Nordeste tem proporcionado inúmeras modificações na dinâmica socioespacial da região, cuja expressão nos territórios se revela em mudanças que alteram a organização do espaço agrário com repercussões na dinâmica geográfica do trabalho. Essas transformações, impulsionadas pela mobilidade do capital no campo, traz um grande desafio para uma leitura geográfica crítica do espaço que nos permita compreender as complexidades/contradições das relações capitalistas de produção na agropecuária nordestina e seus rebatimentos sobre as relações de trabalho no campo. O objetivo do trabalho é analisar a evolução, a espacialização e as características do trabalho assalariado na agropecuária nordestina entre 1996 e 2006 tendo como foco central de observação o estado da Paraíba e como estudo de caso o trabalho assalariado na atividade abacaxizeira presente na Zona da Mata Paraibana. A hipótese central que orienta esta pesquisa é a de que o avanço do capital sobre o espaço agrário nordestino/paraibano promoveu a expansão do trabalho assalariado rural e que essa relação de trabalho além de heterogênea se distribui de forma diferenciada segundo o tamanho dos estabelecimentos agrícolas, as subunidades espaciais, o sexo, a idade e o tipo de atividade agrícola além de estar submetida a um forte processo de exploração e de precarização que tem rebatimentos profundos sobre as condições de vida e saúde dos trabalhadores. Como percurso metodológico trabalhou-se com a revisão de literatura, o levantamento e o processamento de dados secundários e o trabalho de campo. Este compreendeu: a) a realização de entrevistas com pequenos e grandes produtores de abacaxi; com representantes da classe patronal; dos sindicatos dos trabalhadores rurais; com secretários municipais de agricultura e com representantes do Ministério do Trabalho b) a aplicação de 90 questionários junto aos trabalhadores assalariados na atividade abacaxizeira com o objetivo de analisar suas condições de vida, trabalho e saúde. Constatou-se que no auge da expansão capitalista no campo, isto é, entre 1970-1980, houve de fato uma grande expansão do trabalho assalariado, todavia, depois o que se comprovou foi o recuo do mesmo se levarmos em consideração as quatro últimas décadas, ainda que, no foco do período estudado nesta pesquisa (1995- 2006),teve-se um leve avanço. Entretanto a tendência do trabalho assalariado no campo nordestino e paraibano foi a de retração, particularmente nas grandes unidades de produção, possivelmente devido ao processo de mecanização que substitui a mão-de- obra e como efeito desta substituição, ele cresce nas unidades de produções familiares. No que tange o trabalho assalariado feminino e infantil ambos reduziram-se. O primeiro, pelo fato das empresas exigirem uma mão-de-obra que possua mais força física para garantir maiores taxas de lucro; e o segundo motivado pelas denúncias e fiscalizações dos órgãos competentes que combatem o trabalho infantil. Por fim, o que dá homogeneidade a toda categoria de assalariado rural é a exploração a que estão submetidos os trabalhadores sob a predominância do modo de produção capitalista expansionista, incontrolável e devastador da natureza e das condições de vida, trabalho e saúde da população rural.
  • ANA PAULA LOPES DE SOUZA CORREIA
  • IMPACTOS DO PROGRAMA DE AQUISIÇÃO DE ALIMENTOS NA ORGANIZAÇÃO E SUSTENTAÇÃO DA PEQUENA PRODUÇÃO FAMILIAR NO AGRESTE PARAIBANO
  • Data: 14/05/2020
  • Hora: 14:00
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  • O Programa de Aquisição de Alimentos (PAA) foi criado, em 2003, com o objetivo de fortalecer a agricultura familiar, através da compra institucional, e distribuição de seus produtos para pessoas em situação de insegurança alimentar e nutricional. O objetivo desta tese é investigar os impactos do Programa de Aquisição de Alimentos na organização e sustentação da pequena produção familiar no Agreste Paraibano. Para isso, foi realizado um estudo sobre o Programa, identificando a sua abrangência em termos de municípios atendidos, através de dados disponíveis no site da Conab. Paralelamente, foi realizada pesquisa de campo junto aos beneficiários fornecedores de cinco Associações que participaram do PAA no Agreste Paraibano, nos municípios de Araçagi, Areia, Esperança, Itatuba e Lagoa Seca. Os resultados mostram que o PAA possui baixa abrangência de municípios, não apenas no estado da Paraíba, mas no país como um todo. Apesar disso, o PAA representa uma conquista da luta dos agricultores retratada em uma porção de seu território, com o incentivo à utilização de práticas produtivas sustentáveis e alimentação saudável. Mas é uma conquista ameaçada, haja vista que esse território é passageiro no sentido de que pode se desfazer com a mudança de rumos das políticas de governo. O PAA praticamente chegou ao fim, com cortes de recursos do governo Federal. Os dados da pesquisa mostraram que o PAA teve um impacto nas comunidades pesquisadas, provocando um reavivamento nos assentamentos, com melhoria da renda através das compras garantidas pelo governo, redução da dependência dos atravessadores e canalização da produção para feiras agroecológicas. Com o fim do PAA, ficou o sentimento descrito por muitos entrevistados como “desilusão” e a muitos agricultores não restam alternativas a não ser voltar a depender da venda dos produtos a atravessadores. Apesar desse cenário de desconstrução de políticas públicas, a pesquisa de campo demonstra que os agricultores não pensam em sair do campo, criando formas de manter a subsistência de sua família, tendo as feiras como um importante canal de comercialização da produção.
  • MAURÍLIO FARIAS DA SILVA -
  • NARRATIVAS (AUTO)BIOGRÁFICAS E CONHECIMENTOS GEOGRÁFICOS: HISTÓRIAS DE VIDA DE ALUNOS DA EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS.
  • Data: 14/04/2020
  • Hora: 15:00
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  • As histórias de vida são cheias de saberes e experiências geográficas. Isso porque a vida, que ocorre no espaço geográfico, em lugares do mundo, é a melhor entre todas as professoras. Considerando essa verdade, o presente trabalho de abordagem qualitativa, objetiva compreender como as histórias de vida de cinco estudantes da Educação de Jovens e AdultosEJA produzem conhecimentos geográficos e como eles percebem esses conhecimentos. Para tanto, esta pesquisa, que se ancora na metodologia biográfico-narrativa, analisa as narrativas de história de vida de cinco estudantes-colaboradores da EJA, que, no ano de 2018, estudavam na Escola Estadual Henrique Dias, no bairro Alto do Mateus. Como metodologia de coleta de informações, foi utilizada especialmente a entrevista narrativa individual, além de conversas temáticas e observações. Para análise das informações coletadas, foi utilizado o método de análise compreensiva-interpretativa proposto por Paul Ricoeur. Como resultados, é possível afirmar que as narrativas de história de vida evocam memórias, saberes e experiências geográficas, que, ao serem narradas permitem (re)viver e (re)significar os momentos. Essas narrativas relevam também que cada estudante-colaborador construiu uma “árvore da vida” na qual seus conhecimentos geográficos são construídos a partir da interseção entre os saberes escolares e não escolares, sendo a família, a escola e o lugar de vida, as bases formativas ou “raízes”, pois são as principais influências e referências para o desenvolvimento dos seus conhecimentos, que passam pelos professores, estudo e trabalho e se mostram em toda narrativa ou “copa da árvore”.
  • IRISLALDO ERIK ESTEVAM DA SILVA
  • A PRODUÇÃO CAPITALISTA DO ESPAÇO URBANO E A POLÍTICA HABITACIONAL EM CAMPINA GRANDE- PB: O COMPLEXO ALUÍZIO CAMPOS.
  • Data: 17/03/2020
  • Hora: 14:00
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  • A pesquisa apresentada neste trabalho de dissertação parte da abordagem e da perspectiva sobre o que é e como se realiza a produção do espaço urbano. Aqui é enfatizado como esta produção vem sendo concretizada em Campina Grande – PB, através das relações dos grupos que compõem a sociedade urbana: a população estratificada em classes, o Estado e os agentes hegemônicos da produção do espaço (os donos dos meios de produção, os donos/proprietários do solo e os incorporadores imobiliários), a partir do estudo do empreeendimento do Complexo Aluizio Campos. Assim, identificamos a forma com a qual o tecido urbano da cidade tem sido alterado pelas decisões da articulação entre o Estado (Gestão Municipal) e estes agentes hegemônicos da produção do espaço. Por meio da pesquisa documental, analisamos os projetos que tratam do empreendimento do Complexo, bem como as leis específicas que foram elaboradas para que sua concretização se tornasse possível, a fim de identificar as reais intenções que estão por trás de tal articulação. A pesquisa revela que, na verdade, o empreendimento tem o objetivo de realizar a venda e a entrega de parte da terra urbana de Campina Grande para a iniciativa privada, dando-lhe até mesmo o direito de gestão nos moldes de uma Parceria Público-Privada. Para além desta análise, esta pesquisa identifica como é trabalhado o discurso do Estado sobre o Complexo Aluízio Campos na mídia local, por meio da catalogação de matérias jornalísticas desde o período do lançamento do projeto até a inauguração do setor habitacional do mesmo. O marketing político entra em cena com o objetivo de persuadir e influenciar a população da cidade na aceitação do Complexo como sendo algo benéfico para todos, dando a justificativa do direito à moradia proporcionado pelo conjunto habitacional que foi construído no local. Por fim, ao discutirmos sobre os dados do perfil socioeconômico e identificarmos a origem das famílias que hoje moram no Conjunto Habitacional Aluízio Campos, trazemos à tona a discussão sobre o direito à moradia e à cidade, chegando a conclusão de que este conjunto se caracteriza também como um local de segregação planejada e imposta.
  • LEONARDO FIGUEIREDO DE MENESES
  • O Conhecimento da Geodiversidade Para o Desenvolvimento Regional do Cariri Paraíbano.
  • Data: 17/03/2020
  • Hora: 08:30
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  • A história do Cariri Paraibano pode ser contada em um roteiro de longos bilhões de anos, marcados por eventos de expressiva transformação da paisagem, seja do ponto de vista geológico, seja dos pontos de vista climático e biogeográfico. Associam-se ao cenário físico, traços culturais milenares, comprovados pelos registros rupestres produzidos por povos que há muito foram se adaptando ao ambiente de clima hostil. A mescla entre as culturas exóticas dos colonizadores e dos povos indígenas que ali já habitavam, bem como os ciclos econômicos que se estabeleceram ao longo dos últimos séculos, completa o quadro que retrata o que é o “lugar” Cariri Paraibano: terra de gente que luta e resiste às intempéries mais castigantes, mas que não perde a candura em suas almas e cujo pousio se deu em meio à um mar de planura pontuado por ilhas de rochas que guardam em si parte da história do planeta Terra. Reconhecer a beleza existente nas rochas, nas terras áridas, na vegetação singular da Caatinga e na cultura popular pode ser um caminho para reduzir a estagnação econômica e mostrar ao mundo o que o Cariri Paraibano possui de mais forte. Esse se traduziu no objetivo deste trabalho, ou seja, apresentar o potencial de uso da geodiversidade dos municípios de Boa Vista, Boqueirão, Cabaceiras e São João do Cariri, visando difundir o conhecimento geocientífico e estimular novas formas de utilização do território, a fim de distribuir de forma mais equânime os benefícios econômicos e educativos que a atividade de pesquisa e de turismo podem oferecer. Por meio de um inventário, foram identificados e descritos 33 Locais de Interesse da Geodiversidade ao longo do processo de pesquisa, os quais foram descritos por meio de fichas cadastrais. Por meio da quantificação de critérios que representem a expressividade da geodiversidade desses locais, determinaram-se aqueles cuja valoração se deu acima da média em relação ao universo dos sítios estudados, o que resultou em um conjunto de 21 geossítios que foram considerados como os integrantes do geopatrimônio da área de estudo. Com base no resultado do inventário, buscou-se apresentar sugestões de uso da geodiversidade local por meio da produção de geoprodutos e atividades lúdicas, fomento à criação de um geoparque, com a criação de identidade visual e plataformas para difusão de informações sobre a geodiversidade local, propondo, ainda, uma estrutura de gestão que pode se adaptar à realidade da área de estudo e, por fim propor roteiros geoturísticos que possam integrar os conteúdos presentes nos geossítios e os atrativos culturais dos municípios estudados. Verificou-se também que a técnica adotada para a determinação dos locais que compõem o geopatrimônio local mostrou-se satisfatória, uma vez que corrobora com resultados obtidos nos cadastros presentes no sistema GEOSSIT, desenvolvido pelo Serviço Geológico do Brasil/CPRM para o inventário da geodiversidade do Brasil. Os resultados obtidos deixam claro que a geodiversidade do Cariri Paraibano é um verdadeiro patrimônio que deve ser conservado e utilizado de forma racional como motor para impulsionar o desenvolvimento socioeconômico do território.
  • HOSANA VIEIRA DA SILVA
  • O CIRCUITO INFERIOR DA ECONOMIA NA PRINCIPAL ÁREA COMERCIAL DE CAMPINA GRANDE – PB: A PERMANÊNCIA E EXPANSÃO DOS AMBULANTES E CAMELÔS.
  • Data: 19/02/2020
  • Hora: 09:00
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  • O presente estudo se trata de uma análise acerca do circuito inferior da economia urbana frente ao processo de permanência e expansão vivenciado por vendedores ambulantes e camelôs na principal área comercial da cidade de Campina Grande – PB, os quais atuam no Calçadão, nas Praças da Bandeira e Clementino Procópio, bem como no Shopping Edson Diniz e nas Arcas Titão e Catedral. Desse modo, é destacado o período vivenciado entre os anos 2000 e 2018, recorte temporal no qual o circuito inferior central da cidade perpassou por significativas transformações com a construção do primeiro camelódromo da urbe, a conformação de duas áreas comerciais eminentemente direcionadas para a realização das práticas socioeconômicas desenvolvidas por camelôs, além da crescente (re)apropriação de alguns espaços públicos do Centro por estes pequenos comerciantes. Tendo em vista tal discussão, as reflexões encaminhadas ao longo do estudo têm como pressuposto a teoria dos dois circuitos da economia urbana, elaborada por Milton Santos (1979), em que é dada ênfase ao circuito inferior, uma vez que este subsistema é compreendido enquanto instância de representação das atividades e serviços realizados por agentes/atores econômicos detentores do capital reduzido (Silveira, 2015). No concernente aos procedimentos metodológicos, foram realizados levantamentos e revisões bibliográficas, a efetuação de registros fotográficos, o uso de questionários e a consumação de conversas informais. Por conseguinte, a análise dos dados obtidos nos possibilitou afirmar que a concentração das formas comerciais estudadas no centro campinense decorre de múltiplos fatores, como o fluxo de pessoas que perpassam pelo referido recorte espacial, o relativo barateamento dos alugueis dos boxs, ou a ausência desse tipo custo, além de outros aspectos que foram reveladores da totalidade de um mercado global.
  • IVANILDO COSTA DA SILVA
  • GEOMORFOLOGIA, MORFOESTRUTURA E MORFOTECTÔNICA DO NORDESTE DO ESTADO DA PARAÍBA.
  • Data: 18/02/2020
  • Hora: 09:00
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  • As análises voltadas ao entendimento das influências das estruturas litológicas e da atividade tectônica na elaboração do relevo e da rede de drenagem despontam como significativas contribuições aos estudos de geomorfologia, visto que em combinação com as condições climáticas, esses elementos originam morfologias próprias no desenvolvimento dos processos geomorfológicos, resultando em relevos de conotação morfoestruturais e morfotectônicas, respectivamente. Nesse sentido, o objetivo principal da presente tese é analisar as influências das estruturas litológicas e da atuação da atividade tectônica na configuração geomorfológica da região Nordeste do Estado da Paraíba. Para tanto, foram elaborados materiais cartográficos, a exemplo do Modelo Digital do Terreno (MDT), mapas hipsométrico, clinográfico e geomorfológico e aplicados os índices morfométricos Relação Declividade-Extensão (RDE), Razão Fundo-Altura de Vale (RFAV) e Fator de Assimetria (FA) em bacias e sub-bacias hidrográficas selecionadas, além de exaustivas visitas a campo para localizar e registar tais influências. Os resultados obtidos mostraram que o contexto geomorfológico da área de estudo agrega fortes indicadores de atuação das estruturas litológicas e de atividades tectônicas no desenvolvimento do relevo e da rede de drenagem, tanto nas áreas de litologia cristalina quanto nas de litologia sedimentar. Os principais indicadores dessa atuação são: alinhamentos de relevo e da rede de drenagem que seguem os mesmos direcionamentos de estruturas criadas por zonas de cisalhamentos pré-cambrianas reativadas na era Cenozoica; diferentes altitudes em interflúvios de topos tabulares que separam os rios regionais desenvolvidos em condições litológicas e climáticas homogêneas; ocorrências localizadas de deslocamentos verticais em linhas de pedras (stone lines) em sedimentos mal consolidados da Formação Barreiras; canais de drenagem retilíneos que apresentam fortes inflexões; formação de facetas triangulares no relevo; meandros abandonados em canais de 1a ordem; indícios de paleocanais sugestivos de captura de drenagem; terraços fluviais escalonados e ocorrência generalizada de desníveis abruptos em canais fluviais (knickpoints) com formação de cachoeiras, sendo algumas encontradas em linhas de falhas tectônicas estabelecidas em mapeamentos geológicos. Além dessas evidências morfológicas, os valores obtidos com a aplicação dos índices morfométricos também atestaram fortes anomalias na rede de drenagem resultantes das condições morfoestruturais e morfotectônicas do relevo da porção nordeste do Estado da Paraíba. Por fim, entende-se que as características gerais apresentadas foram também evidenciadas nas unidades geomorfológicas mapeadas através de variadas incisões dos vales e dimensões interfluviais compatíveis com as condições estruturais e tectônicas atuantes em cada área.
2019
Descrição
  • JOAO FILADELFO DE CARVALHO NETO
  • “Reprodução das relações de domínio e poder: o uso do Carro Pipa como uma prática antissocial no semiárido paraibano”
  • Data: 16/12/2019
  • Hora: 09:00
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  • No Semiárido paraibano, suas condições naturais favorecem a escassez hídrica, onde a carência de água se tornou um fator de dificuldade para o desenvolvimento regional, tanto no âmbito social, como no econômico, que desencadeia a criação de políticas públicas. Por isso, a tese em tela objetiva avaliar o impacto do Carro-pipa (CP) no combate à seca no Semiárido paraibano no período compreendido entre os anos de 1999 e 2015. Na reflexão desta problemática, foi cunhada a derivação conceitual da expressão “uso antissocial”, que investiga as razões que levaram à ascensão do uso massivo do Instrumental Tecnológico Carro-pipa (ITCP), bem como, questiona o fato do ITCP ser uma tecnologia de amenização dos efeitos da seca e da estiagem ou um instrumental em uso antissocial no estabelecimento de relações de domínio, poder e controle territorial, econômico, político e social, na área de estudo. Deste modo, através do método do Discurso do Sujeito Coletivo (DSC), realiza uma investigação sobre a percepção das Políticas Públicas no Semiárido paraibano, por meio da análise dialética, relacionando-a aos conceitos de Estado e Território. Considerando que o ano de 2012 foi um dos períodos mais severos da seca nas últimas décadas, mais de 87% dos municípios da Paraíba, encontravam-se com a situação de emergência reconhecida pelo governo federal e diante disto, comprovou-se que o ITCP atuou do Litoral ao Sertão na Paraíba e que, a falência dos sistemas públicos de abastecimento hídrico nas cidades de pequeno porte, fez com que esse instrumental substituísse as adutoras e as redes públicas de distribuição de água, tanto na zona urbana, quanto na rural. Nesta configuração, o m³ de água potável fornecido, chegou a custar até 12 vezes mais que o preço cobrado pela Companhia de Água e Esgotos da Paraíba. Por fim, propõem-se uma reflexão, sobre as atividades do ITCP como um instrumental em uso antissocial e sua relação com as formas de complementaridade e integração hídrica no abastecimento de água potável a população.
  • ALEXANDRO MEDEIROS SILVA
  • "ANÁLISE DE MÚLTIPLOS CENÁRIOS FUTUROS CLIMÁTICOS E DE USO E COBERTURA DA TERRA NA ESTIMATIVA DE VAZÕES NA BACIA DO RIO SALGADO, SEMIÁRIDO NORDESTINO"
  • Data: 14/11/2019
  • Hora: 15:00
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  • Entender as mudanças no comportamento da vazão causada pelas mudanças climáticas e pelas alterações do uso e cobertura da terra em bacias hidrográficas é vital, sobretudo, para as bacias localizadas em ambiente semiárido. Face ao exposto, esse trabalho tem por objetivo utilizar de forma conjunta a modelagem hidrológica, modelagem de cenários futuros de uso e cobertura do solo e as previsões climáticas para identificar as possíveis vulnerabilidades hídricas futuras na bacia hidrográfica do Rio Salgado - BHRS. Para alcançar esse objetivo foram realizadas as seguintes etapas metodológicas: (a) análise das alterações no uso e cobertura da terra na BHRS entre os anos de 1985−2018; (b) predição do uso e cobertura da terra futuro utilizando o modelo LCM para o ano de 2050; (c) análise dos múltiplos cenários dos modelos de circulação atmosférica; (d) calibração e validação do modelo SWAT para o período de 1986−2017; (e) estimativa da vazão futura para a BHRS utilizando o acoplamento entre esses modelos para os anos de 2030 a 2060. Os resultados obtidos durante a etapa de calibração e validação do modelo SWAT foram considerados bons pelos índices R², Nash, mostrando que o modelo possui um bom ajuste as características da bacia. Com relação ao modelo de predição de uso e cobertura da terra, o LCM a validação também foi considerada como satisfatória com um valor de Kappa na ordem de 0,77. A predição para o ano de 2050 apontou um aumento significativo nas áreas de pastagem e agricultura quando comparados ao ano de 2018, com 78% e 38%, respectivamente. Também foram identificadas diminuições nas áreas de vegetação com -19% nas áreas de formação florestal e -33% nas de formação savânica. Foram selecionados dois modelos de circulação atmosférica que apresentaram os comportamentos mais distintos dos dados históricos, o modelo IPSL-CM5A-LR e o modelo NoerESM1-m. Por fim, a modelagem hidrológica futura da bacia foi realizada para oito cenários unindo as predições do uso e cobertura da terra, bem como os cenários dos modelos climáticos. Para o modelo NoerESM1-m identificou-se na maioria dos cenários uma diminuição na vazão média mensal que pode chegar aos 41%, impactando consideravelmente a disponibilidade hídrica da bacia. Em contrapartida, utilizando o modelo IPSL-CM5A-LR houve uma previsão de aumento na vazão média mensal na entre 167% a 1045%.
  • JOSEILSOM RAMOS DE MEDEIROS
  • Cobertura Vegetal,Diversidade Florística e Paisagística no Cariri Paraibano.
  • Data: 08/11/2019
  • Hora: 15:00
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  • Diversidade Florística e Paisagística no Cariri Paraibano.
  • CAIO CÉSAR RODRIGUES DE FARIAS
  • A DINÂMICA TERRITORIAL DA EXPLORAÇÃO MINERAL SERIDOENSE (PB/RN): da apropriação privada do subsolo à degradação do trabalho, da saúde e da vida dos camponeses-garimpeiros.
  • Data: 30/10/2019
  • Hora: 19:00
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  • Os debates contemporâneos acerca da questão agrária situam terra, água e subsolo no epicentro das disputas territoriais de classe no campo brasileiro. A dissertação ora apresentada propõe discutir, a partir da dinâmica territorial da exploração mineral seridoense, os vínculos estabelecidos entre a apropriação privada do subsolo e a degradação do trabalho, da saúde, e da própria vida dos trabalhadores camponesesgarimpeiros do Seridó paraibano. No que diz respeito a apropriação privada do subsolo seridoense, o levantamento de dados referentes a ação territorial dos grupos empresariais atuantes na região, com base nos processos minerários disponíveis na Agência Nacional de Mineração (ANM), apontaram para uma trama empresarial de monopolização territorial via mineração, expressa no saqueio ilegal de bens minerais em subsolo paraibano. Esta trama apoia-se sob mecanismos perversos de exploração da força de trabalho de garimpeiros informais cujas experiências laborais são cotidianamente desenvolvidas em lavras clandestinas, sob intensa condição de insalubridade. Os relatos orais de trabalhadores e trabalhadoras das comunidades Quixaba e Timbaúba, na zona rural do município de Frei Martinho, acessados por meio de roteiros semi-estruturados de entrevistas realizadas durante trabalhos de campo; nossas experiências empíricas teoricamente orientadas pela confluência entre a Geografia Agrária e Geografia do Trabalho brasileira de cunho marxista/marxiano; e o levantamento de dados qualitativos referentes à saúde do trabalhador camponêsgarimpeiro no município de Frei Martinho nos levam a afirmar que, em contraste à riqueza saqueada do subsolo paraibano, as mazelas do trabalho abstrato, expressas na condição de degradação do trabalho, traz consequências perversas – por vezes silenciosas - e igualmente degradantes à saúde e própria vida desses trabalhadores. Nesse sentido, nossa pesquisa demonstra que os vínculos entre território, trabalho e saúde na mineração seridoense, apontam para o adoecimento e morte – decorrentes, principalmente de acidentes de trabalhos ou pneumoconioses como a silicose - de trabalhadores camponeses-garimpeiros, fato que se constitui como a mais perversa marca territorial de uma região cuja riqueza transmuta-se na mais absoluta fonte de miséria: a morte.
  • JOSÉ ARIMATÉIA DA SILVA ARAÚJO
  • IMAGENS SEDUTORAS DA CIDADE: uma arqueologia das marcas imagéticas na produção do espaço urbano em Campina Grande/PB.
  • Data: 13/09/2019
  • Hora: 14:00
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  • O trabalho de investigação proposto nesta tese buscou investigar as vontades de verdade na constituição das imagens sedutoras da cidade de Campina Grande enquanto cidade hiperbólica, refletindo sobre a construção e a circulação de sentidos predominantes no processo de (re) produção urbana de Campina Grande e suas marcas simbólicas. A partir da mediação entre as formações discursivas, tomou-se o discurso jornalístico, especialmente dos editoriais dos jornais Diário da Borborema e Jornal da Paraíba para a constituição do corpus de análise dessa pesquisa. Partiu-se do questionamento sobre o modo que as práticas espaciais da elite política- comercial de Campina Grande forjou imagens-símbolos da cidade, em múltiplas escalas espaciais, reclamando ações do Estado a partir da memória e da reativação de efeitos de sentido como formas de dizibilidade e efeitos de verdade. Dessa forma, atrelou-se as discussões discursivas à produção do espaço urbano campinense, uma vez que, conforme pode-se observar em Lefebvre, o espaço urbano é resultado da condição da prática social. Para tanto, lançou-se mão dos estudos da Análise do Discurso de linha francesa, tomando por base, principalmente, as contribuições de Foucault (1997; 1999 e 2008), Orlandi (1998 e 2002), Michel Pêcheux (1997 e 1999) entre outros que auxiliaram nas discussões acercas dos conceitos de discurso, interdiscurso, formações discursivas, memória discursiva e acontecimento. Além disso, vincularam-se tais discussões àquelas inerentes à produção do espaço. Nesse sentido, Lefèbvre (2006; 2008 e 2010), Raffestin (1993), Corrêa (2013) dentre outros cujas produções acerca dessa temática são muito caras, guiaram as análises. Nessa perspectiva, apresentam-se discussões interdisciplinares que levaram a compreensão da produção espacial da cidade de Campina Grande, como resultado das práticas discursivas para constituição da cidade hiperbólica.
  • RACHEL DE SOUZA MAIA
  • Análise do Comportamento Fluvial a Partir da Classificação dos Estilos Fluviais da Bacia do Rio Taperoá - Semiárido Paraibano.
  • Data: 09/09/2019
  • Hora: 15:00
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  • Em zonas semiáridas como o Nordeste brasileiro a problemática hídrica é mais visível e complexa em razão do baixo volume de precipitação e sua distribuição irregular, espacialmente e temporalmente, estando associado aos altos índices de evapotranspiração que fazem com que as reservas hídricas sejam escassas. Desta forma as políticas públicas para o semiárido estão voltadas para a construção de barragens como forma de gestão dos recursos hídricos, contudo o planejamento desses reservatórios, normalmente, se baseia apenas na quantidade de precipitação da área de drenagem, que seria o total de água disponível para o reservatório. A pesquisa tem por objetivo principal analisar o comportamento fluvial, dando enfoque na condição ambiental e geomorfológica dos rios e na sua capacidade de ajuste e para isso, foram feitas o uso e aplicação da proposta teórica-metodológica Estilos Fluviais, que tem por objetivo caracterizar os canais fluviais. Para atingir os objetivos da pesquisa foram necessárias algumas etapas metodológicas como: utilização do geoprocessamento e do sensoriamento remoto, que antecederam os trabalhos de campo nos meses de julho e agosto de 2018 e abril e maio de 2019, análise e mapeamento dos estilos fluviais e capacidade de ajuste. Assim foram feitos mapas temáticos de MDE, declividade, geomorfológico, unidade de paisagem, geologia, uso do solo e solos), sendo dados necessários para alcançar os objetivos da pesquisa e que foram obtidos de fontes diversas: Levantamento de solos da Paraíba, AESA (Agência Executiva de Gestão das Águas do Estado da Paraíba) entre outros. Ainda assim, para se ter o desenvolvimento dos modelos de elevação (MDEs) e mapa declividade, foi feito o uso do sensoriamento remoto a partir das imagens do satélite ALOS (Advanced Land Observing Satellite) com resolução de 12,5 m do ano de 2011 e para ara o mapa de uso do solo, foram feitas classificações na composição 7,5 e 3 (bandas espectrais) RGB (Red, Green and Blue) de falsa cor das imagens do sensor OLIE no LANDSAT 8, sendo uma forma de conhecer melhor a bacia em questão. Na Bacia do Rio Taperoá os estilos encontrados foram, cabeceira de drenagem, canal retilíneo, canal arenoso com planície contínua, canal arenoso com planície descontínua, canal irregular com planície descontínua, múltiplos canais com afloramento rochoso e canal arenoso com soleira. Na Bacia do Rio Taperoá foram encontrados níveis de capacidade de ajuste entre alta, moderada e baixa capacidade de ajuste dos canais. Desta forma a avaliação da capacidade de ajuste e dos estilos fluviais disponibiliza informações que fundamentais, no que diz respeito a criação de cenários futuros a partir de possíveis mudanças estruturais coerentes para os processos geomorfológicos no sistema fluvial. Deste modo, ao reconhecer os pontos fundamentais para identificar a capacidade de ajuste, como mapear os estilos fluviais e identificar os ajustes contemporâneos em função das mudanças e prováveis alterações nos cursos fluviais, tornou-se possível aplicar a metodologia, demostrando-se satisfatória, reunindo os dados necessários para cumprir os objetivos propostos.
  • HEVELYNE FIGUEIRÊDO PEREIRA
  • DISPONIBILIDADE DA ÁGUA EM AFLORAMENTOS ROCHOSOS NOSEMIÁRIDO: Qualidades, usos e potencialidades.
  • Data: 30/08/2019
  • Hora: 14:30
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  • A região semiárida caracteriza-se por uma variabilidade do clima e a escassez hídrica, onde a ação lenta e silenciosa do período seco causa impactos negativos, que acarretam em graves prejuízos de ordens sociais, econômicas e ambientais. O presente trabalho teve como objetivo principal avaliar a qualidade da água encontrada em afloramentos rochosos na zona rural do município de Cabaceiras (PB) e relacionar suas condições de uso de acordo com a legislação existente, verificando as possibilidades de usos das águas analisadas de acordo com os resultados. Foram estudados três tanques encontrados no lajedo da comunidade de São Francisco, localizado nas mediações do vilarejo Curatá de Dentro. O procedimento metodológico abordado utilizou-se do método indutivo de natureza quanti-qualitativa. Inicialmente foram realizados o levantamento bibliográfico, pesquisa em campo, análises em laboratórios e trabalho em gabinete. Os resultados obtidos revelaram que as águas dos reservatórios P01 e P02 são impróprias para o consumo domésticos de acordo com os parâmetros bacteriológicos e físico-químicos encontrados, contudo, podem ser utilizadas para outros fins, de acordo com Resolução do CONAMA Nº357/2005. O P03 foi identificado em processo de eutrofização, classificando o reservatório como impróprio para diversos usos pela probabilidade tóxica de suas águas. Aponta-se que a análise realizada neste estudo acerca das possibilidades de usos das águas nos tanques estudados, parte da premissa da utilização das águas brutas. Concluiu-se que as águas dos reservatórios poderiam ser utilizadas para outros usos, caso fossem destinadas a um processo de tratamento primário.
  • IRINEU SOARES DE OLIVEIRA NETO
  • “Vivências Docentes de Professores Gays e Lésbicas no Ensino de Geografia em Escolas de Educação Básica”
  • Data: 30/08/2019
  • Hora: 14:00
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  • Praticas Docentes de Professores LGBTTQ no Ensino de Geografia.
  • EDUARDO BARBOZA DE SOUZA
  • TESSITURAS COLABORATIVAS ENTRE A UNIVERSIDADE E A ESCOLA: EXPERIÊNCIAS DE PESQUISA-FORMAÇÃO COM PROFESSORES DE GEOGRAFIA DE ITABAIANA – PB.
  • Data: 30/08/2019
  • Hora: 09:00
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  • Este trabalho aborda a formação continuada de professores de Geografia a partir da perspectiva crítico-reflexiva da unidade pesquisa-formação. Considera-se que a formação continuada não acontece apenas fora da escola, com o afastamento do serviço e nem somente quando ofertada por professores da universidade ou técnicos externos à escola. Ela também pode e deve acontecer na escola, entre os próprios docentes, assim como em parcerias de pesquisas que aproximem a universidade e a escola. Nesse sentido, o objetivo do trabalho foi construir e investigar experiências colaborativas entre a universidade e a escola voltadas à formação continuada de professores de Geografia do Ensino Médio de Itabaiana-PB. A metodologia foi pautada pela abordagem qualitativa e desenvolvida por meio de uma pesquisa colaborativa, em três etapas: 1. Encontros colaborativos para observações, entrevistas e planejamento da pesquisa-formação; 2. Sequência didática para execução da ação colaborativa; 3. Sessões reflexivas para discussão e avaliação. Tendo a Cartografia sido definida como o problema da prática dessa pesquisa-formação, desenvolvemos, em conjunto com as duas professoras, atividades como a leitura de mapas, jogos educativos e construção de maquetes que levaram as partícipes a refletir e aperfeiçoar o trabalho com a Cartografia nas aulas de Geografia. Sendo assim, a formação continuada aqui desenvolvida como pesquisa-formação corroborou com a ideia de que a investigação com os professores e não para os professores é um profícuo caminho para os estudos no campo da Educação Geográfica.
  • SHERLY GABRIELA DA SILVA
  • “MICROCLIMAS E CONFORTO TÉRMICO EM AMBIENTE ESCOLAR NA CIDADE DO CRATO - CEARÁ”
  • Data: 30/08/2019
  • Hora: 09:00
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  • O conforto térmico é uma sensação subjetiva, sendo assim é definida como um estado de espírito que reflete satisfação com as condições térmicas do ambiente no qual a pessoa se encontra. Em um contexto educacional, o desempenho térmico nas escolas públicas da cidade de Crato – Ceará tem tido pouca importância. As escolas são espaços coletivos, que merecem atenção especial, e um bom planejamento, visando boas condições climáticas e conforto para o desenvolvimento das atividades escolares. Por isto, a presente pesquisa teve como objetivo avaliar os microclimas associados ao grau de conforto térmico de alunos e funcionários de uma escola pública situada em um bairro com registro de ilha de calor urbano na cidade do Crato-Ceará. No que tange aos procedimentos metodológicos, fez o levantamento bibliográfico baseado no Sistema Clima Urbano (Monteiro, 1976) com ênfase no canal de termodinâmico e sobre o conforto térmico em ambientes escolares, em seguida, elegeu-se a escola; realizou-se o levantamento dos dados climáticos (temperatura e umidade relativa ar), utilizando-se o Termohigrômetro digital portátil; mod. HT70 em dois episódios: 11 de dezembro de 2018, período quente e seco e 03 de abril de 2019, período úmido e chuvoso, durante dois turnos: manhã e tarde, seguido de aplicação de questionários sobre as percepções térmicas dos jovens escolares e funcionários. Para a análise foi utilizado o índice de conforto de Thom (1959). Esse índice descreve a sensação térmica que uma pessoa experimenta devido às variações das condições climáticas de um ambiente. Com base nos dados coletados e analisados, os resultados apresentaram situações de conforto térmico e desconforto térmico nos dois períodos: quente e seco, úmido e chuvoso, no ambiente escolar.
  • ADONAI FELIPE PEREIRA DE LIMA SILVA
  • "Análise Hidrossedimentológica e Geoquímica dos Ambientes Aluviais da Bacia Riacho do Tigre Semiárido Paraibano"
  • Data: 29/08/2019
  • Hora: 10:00
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  • A região nordeste do Brasil historicamente é afetada pelos efeitos recorrentes das estiagens prolongadas, comprometendo o desenvolvimento socioeconômico das populações de terras secas. O desafio da gestão da água se torna mais complexo quando se trata de um ambiente fluvial semiárido, devido à irregularidade das chuvas e à ausência de cursos perenes de água. A exploração dos aquíferos aluviais constitui uma alternativa para superar a escassez hídrica, porém, algumas intervenções humanas podem ocasionar a degradação desses ambientes. Nessa perspectiva, o presente trabalho tem como objetivo realizar uma análise hidrossedimentológica dos depósitos aluviais da bacia Riacho do Tigre - PB e de suas características geoquímicas, além de avaliar a qualidade da água retida nos aquíferos aluviais por meio dos poços rasos. Para atingir os fins propostos, foram precedidas as análises sedimentológicas de granulometria, análises químicas a partir da Fluorescência de Raios X, análises mineralógicas a partir da Difração de Raios X e avaliação da qualidade da água por meio de medições realizadas com uma sonda multiparamétrica nos poços aluviais. Foram cinco trechos analisados no total. Os resultados revelaram que as informações obtidas de cada trecho permitiram estabelecer uma relação entre as condições naturais e antrópicas com suas respectivas características sedimentológicas e hidrológicas. Com as informações sedimentológicas obtidas foi possível definir que os trechos 1 e 2 estão em um grupo com maior porcentagem de cascalho e com valores intermediários de argila e silte; os trechos 3 e 4 estão em um grupo com predominância de areia e baixa porcentagem de silte, argila e cascalho; e o trecho 5 está sozinho em um grupo com maior porcentagem de silte a argila em relação aos demais, com alternação de hidrodinâmica entre baixa, moderada, alta e muito alta. As técnicas de FRX permitiram a identificação de 13 óxidos no total, contudo no trecho 3 a diversidade de elementos é a maior, também sendo o único trecho com presença de metal pesado (Cr). As técnicas de DRX possibilitou a identificação dos minerais em todos os trechos, sendo o trecho 1 e o trecho 3 os pontos com maior diversidade mineralógica, todas coincidentes com as características geológicas e litológicas da área de pesquisa. A qualidade da água nos poços demonstrou ser variável conforme a estação climatológica, referente aos meses de agosto (período pós chuvoso), novembro (período seco) e março (período chuvoso), cujos valores dos parâmetros analisados (pH, sólidos totais dissolvidos, condutividade, salinidade etc.) indicavam qualidade melhor no período chuvoso. O conjunto de informações obtidas com as diferentes análises permitiu criar tipologias de classificação para os depósitos analisados: Depósitos Arenosos em Área Pedimentar, Depósitos Arenosos de Cabeceira em Área Pedimentar e Depósitos Arenosos de Cabeceira em Topo Plano. As informações geradas nessa pesquisa são de suma importância para a integração de planejamentos ambientais em terras secas, cujo déficit hídrico exige um melhor uso e aproveitamento dos recursos hídricos subterrâneos, sobretudo, de poços que captam água de aquíferos livres. Palavras-chave: Terras Secas, Sistema Fluvial, Depósitos Aluviais, Águas Subterrâneas.
  • ELIZÂNGELA JUSTINO DE OLIVEIRA
  • FERROVIAS, REDE URBANA E CENTRALIDADE URBANO-REGIONAL: Campina Grande e Mossoró(1907-1929)
  • Data: 27/08/2019
  • Hora: 14:00
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  • Las ciudades en el siglo XIX estuvieron marcadas por intensos cambios, como resultado del crecimiento de la población, es decir, cambios en el campo del trabajo causados por el surgimiento de la máquina a vapor, así como también en las relaciones entre las ciudades promovidas por la revolución de los transportes y de los avances de las técnicas de comunicación. Todos ellos han tenido un impacto directamente en la relación espacio- tiempo, en el proceso de urbanización y, a su vez, en la vida urbana de alguna manera y en alguna medida, incluso teniendo en cuenta la desigualdad del proceso de expansión de las técnicas en el espacio. Esta tesis tiene como objeto de estudio los Ferrocarriles de Recife a Limoeiro, Timbaúba, y la línea Campina Grande (Great Western) y el Ferrocarril de Mossoró, ubicados en los Estados de Paraíba y Rio Grande do Norte, respectivamente, en Brasil. El objetivo principal de la investigación fue analizar las implicaciones de la implantación de ambos ferrocarriles en la reestructuración de la red urbana de los referidos estados y en la centralidad urbano-regional de las ciudades de Campina Grande- PB y Mossoró-RN, en el período de 1907 a 1929. La investigación posee un abordaje en Geografía Histórica Urbana, según la demarcación temporal y la conducción del análisis con énfasis en las siguientes fuentes documentales primarias: los informes de los Presidentes de Provincias y/o de los Estados do Rio Grande do Norte y de Parahyba, Informes del Ministerio de Transporte y Obras Públicas (1893-1927), Colección de las leyes del Imperio y de la República de los Estados Unidos de Brasil (1828-1909), Estadísticas de los Ferrocarriles de la Unión y de las fiscalizadas por la Unión (1904- 1930) y los Anuarios Estadísticos de Brasil (1908-1912). También se utiliza el recurso investigación de comparación, a partir del cual se establecieron criterios para analizar la jerarquía de las ciudades en la red urbana formada por las ciudades que componen los ferrocarriles analizadas, tales como: los cruces del ferrocarril u horquillas; la condición del sendero de Punta de Rieles; los ingresos recaudados por las estaciones, que indican la densidad de flujos allí existentes; el estatus político-administrativo del local donde se sitúa la estación del ferrocarril (ciudad, villa, distrito o poblado); población atendida por cada una de las estaciones; imponencia arquitectónica del edificio de la estación del ferrocarril. Se establecieron aún atributos a partir del análisis documental que pudiera verificar las diferencias y semejanzas entre ambos ferrocarriles, a saber: la población beneficiada por el ferrocarril; el número de ciudades a lo largo de cada uno de los ferrocarriles o trecho en el caso del Ferrocarril de Mossoró; volumen del transporte de mercancías, pasajeros, equipajes y encomiendas, animales y telegramas; el ferrocarril está integrado a una red del ferrocarril o es un ferrocarril independente; el ferrocarril está conectado a un puerto o no; y la frecuencia diaria de los trenes. Se concluye a partir del análisis emprendido que la implantación del ferrocarril en las ciudades de Campina Grande y Mossoró implicó en la consolidación de la centralidad urbano-regional de la primera y no de la segunda, así como en la reestructuración de la red urbana formada por el Ferrocarril de Recife al Limoeiro, Timbaúba y la línea Campina Grande por el número de ciudades interconectadas, por la población atendida y el volumen de mercancías, pasajeros, equipajes y telegramas transportados.
  • RAÍSA MARIA DE SOUSA REGALA
  • "PERÍMETRO IRRIGADO DAS VÁRZEAS DE SOUSA: CONFLITOS TERRITORIAIS E RESISTÊNCIA CAMPONESA CONTRA O USO DE AGROTÓXICOS"
  • Data: 26/08/2019
  • Hora: 19:00
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  • Parte-se do objetivo de apreender a forma de estruturação e construção de um perímetro irrigado analisando os conflitos entre trabalhadores sem-terra contra o uso de agrotóxicos pela Empresa Santana Sementes, tomando como recorte espacial o Perímetro Irrigado das Várzeas de Sousa – PIVAS. Parte-se do processo de construção, a partir de uma política pública de convivência com a seca, esses sendo construídos para atender a fruticultura irrigada produzida para exportação, os moldes da “modernização da agricultura” e a produção de commodities, não sendo diferente no PIVAS. Em resposta a maneira como se dá essa construção e estruturação, trabalhadores rurais sem-terra, vinculados a CPT e ao MST, ocupam terra nas Várzeas de Sousa. Mas após essa conquista os assentados lutam por melhores condições de vida, para sobrevivência em períodos de seca, por acesso a água, resistem contra o agrotóxico utilizado pela Santana Semente e também resistem através de práticas alternativas de produção (repelentes naturais, agroecologia) para que haja uma soberania alimentar e em busca de saúde. No PIVAS, também, temos o Estado como defensor e protetor do agrohidronegócio e repressor das lutas e resistências camponesas. Para isso fez-se necessário entrevistas, seguidas através de roteiros de conversas, para compreender a visão dos trabalhadores sem-terra sobre o uso dos agrotóxicos e os males a saúde ambiental e do trabalhador, além buscar compreender como esses agrotóxicos estão sendo prejudiciais a saúde do PIVAS. Conclui-se que a resistência camponesa, a soberania alimentar e o feminismo camponês e popular tem sido uma forma combativa ao uso de agrotóxico.
  • GABRIEL DE PAIVA CAVALCANTE
  • AS CHUVAS NA REGIÃO AGRESTE DA BORBOREMA, NORDESTE DO BRASIL: PROPOSTA DE SETORIZAÇÃO CLIMÁTICA SOB O ENFOQUE DA ANÁLISE RÍTMICA.
  • Data: 23/08/2019
  • Hora: 09:00
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  • O Agreste do Nordeste Brasileiro trata-se de uma região de importantes valores sociais, culturais e históricos. É nesta região que se localizam cidades de centralidades urbanas essenciais para seus respectivos estados, a exemplo de Campina Grande, na Paraíba, Caruaru, em Pernambuco e Arapiraca, no estado de Alagoas. No caso específico do Agreste da Borborema, região de aplicação deste estudo, nota-se a estreita relação entre o social e o natural, colocando o homem como agente produtor nas terras da região, que ora ocorrem com características úmidas, ora com feições sertanejas, o que dá a região uma particularidade não vista em outras porções do espaço geográfico nordestino. O Agreste da Borborema é uma região marcada pela diversidade paisagística que ocorre em curtas distâncias, ou seja, como aponta o emitente geógrafo Manuel Corrêa de Andrade, trata-se de uma miniatura do Nordeste. Além da diversidade paisagística, os aspectos naturais da região são marcados pela ocorrência do Planalto da Borborema, o maior domínio morfológico da região, que apresenta influências nos sistemas ambientais físicos, a exemplo do clima e, consequentemente, da drenagem. Talvez por apresentar tamanha diversidade natural, até hoje pouco se estudou sobre a região, sobretudo no que diz respeito à Climatologia Regional. Desta forma, partindo do fundamento teórico-metodológico da Região Geográfica e do Ritmo Climático, este que busca compreender a sucessão habitual e excepcional dos tipos de tempo e caracterizar o clima das regiões com ênfase na circulação atmosférica regional, este trabalho tem o objetivo de apresentar uma setorização climática para a região Agreste da Borborema por meio da análise da participação das massas de ar e dos sistemas atmosféricos e seus reflexos na gênese e na variação das chuvas. Para o alcance deste objetivo, foram executadas etapas de análise espaço-temporal das chuvas na região Agreste da Borborema, por meio do estudo dos dados meteorológicos na escala temporal de 2005 a 2017, referentes a 7 estações automáticas, a saber: Santa Cruz/RN, Areia/PB, Campina Grande/PB, Surubim/PE, Caruaru/PE, Garanhuns/PE e Palmeira dos Índios/AL. A eleição dos anos-padrão foi realizada por meio da variação da pluviosidade, utilizando-se da técnica dos quantis. O ano de 2011 foi classificado como o ano-padrão Muito Chuvoso, o ano de 2013 como ano-padrão Normal e o ano de 2012 como ano-padrão Muito Seco. Com base nos resultados obtidos por meio da análise do ritmo dos atributos climáticos durante os anos-padrão, bem como, da temporalidade e espacialidade dos sistemas atmosféricos e das massas de ar, a região Agreste da Borborema foi dividida em dois setores que apresentam características diferenciadas no que diz respeito à gênese das chuvas: setor do Agreste Setentrional, que engloba as estações de Santa Cruz/RN, Areia/PB e Campina Grande/PB, marcado pela produção de chuvas por meio das Ondas de Leste e da Zona de Convergência Intertropical; e setor do Agreste Meridional, composto pelas estações de Surubim/PE, Caruaru/PE, Garanhuns/PE e Palmeira dos Índios/AL, e que tem como principal característica climática a predominância na atuação da Massa Equatorial Atlântica, com ocorrências menos significativas das Ondas de Leste e das Repercussões de Frentes Frias, esta última que atua de forma mais incisiva na estação alagoana de Palmeira dos Índios. Como perspectiva para estudos futuros no campo da Climatologia Regional, é esperado que a questão metodológica seja aprimorada, com utilização de recursos tecnológicos e da modelagem climática, já que existe uma limitação considerável no que diz respeito aos dados dos atributos climáticos.
  • CÍCERA GOMES DE ANDRADE
  • “AÇÃO DA COMISSÃO PASTORAL DA TERRA PARA A CONSTITUIÇÃO DOS “TERRITÓRIOS DE ESPERANÇA” NO ALTO SERTÃO DA PARAÍBA”
  • Data: 22/08/2019
  • Hora: 09:00
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  • O texto apresenta um estudo acerca da ação territorial da Comissão Pastoral da Terra para a constituição dos “territórios de esperança” no Alto Sertão da Paraíba. A partir desse estudo e outras referências bibliográficas pode-se constatar que a Igreja Libertadora materializada na CPT no Estado da Paraíba, especialmente no Alto Sertão tem suscitado a luta pelo acesso a terra bem como a permanência na terra. Assim considera-se ação territorial por se tratar de uma minoria da “Igreja” agindo materialmente junto aos camponeses despossuídos da terra que se põe em luta para a conquista do território de esperança a partir da ação coletiva dos sujeitos animados pela utopia de transformação de sua realidade. A CPT inicia a sua ação a partir do processo de evangelização dos camponeses sem terra. Esta ação leva em conta não só a fé intrínseca a cada sujeito, mas através dos textos bíblicos, procura motivar os sujeitos do campo e da cidade a ampliar sua consciência crítica quanto à injustiça social e a negação dos direitos a que estão submetidos. O olhar para a realidade a partir da Bíblia tem motivado a construção de uma nova forma de ser Igreja, pautada na possibilidade de transformação social e política, especialmente, a busca por um mundo igualitário, participativo e fundamentado nos princípios da justiça social. Um segundo momento da ação Pastoral é o da organização camponesa e de suporte à luta pela conquista de Territórios de Esperança. Fato esse que se concretiza a partir da luta ou da conquista da terra, processo de luta pela terra (acampamento) a luta na terra (assentamento). Nessa perspectiva torna-se recorrente trazer ao debate geográfico o conceito de Moreira e Targino (2007) de “territórios de esperança” por ser aquele conquistado e construído pela luta de resistência camponesa para permanecer na terra, pela de ocupação do latifúndio promovida pelos trabalhadores sem terra, bem como pela luta de consolidação das diferentes formas de agricultura camponesa. Estratégias essas que simbolizam de certa forma uma “ruptura” com o sistema hegemônico. Para Moreira e Targino (2007, p. 76) os territórios de esperança são construídos “com base na utopia e na esperança, (...) carregada de contradições, mas também de sinalizações de uma forma vivenciada de organização social diferente daquela marcada pela subordinação, pela dominação, pela bestialidade da exploração”. O conceito de território de esperança favorece a discussão acerca da autonomia das comunidades camponesas. Autonomia aqui entendida não como independência em relação ao mercado ou às instituições, nem mesmo como um rompimento definitivo das relações de exploração em que o campesinato está inserido, mas como uma conquista da luta da CPT que tem permitido ao camponês se constituir em sujeito social da sua própria história, sujeito este com identidade própria, que se faz representar através de lideranças próprias e com discernimento suficiente para entender e lutar contra a dominação do capital sobre a agricultura camponesa.
  • TIAGO MARQUES SAMPAIO
  • A (RE) PRODUÇÃO DO ESPAÇO NA CIDADE DE CAMPINA GRANDE-PB: ANÁLISE DO CONJUNTO HABITACIONAL ACÁCIO FIGUEIREDO
  • Data: 20/08/2019
  • Hora: 14:30
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  • Esta pesquisa busca analisar o processo de (re)produção do espaço da cidade de Campina Grande através do estudo do conjunto habitacional Acácio Figueiredo que consiste em um empreendimento do Programa Minha Casa Minha Vida (PMCMV) destinado às classes populares, localizado na região periférica da referida cidade. Sua construção reproduz os mesmos problemas encontrados nos conjuntos habitacionais das políticas nacionais de habitação anteriores: construído em meio a uma região de vazios urbanos, longe dos locais nos quais a vida se realiza, utilizando o mesmo padrão arquitetônico em exaustão e sem incluir espaços destinados para outros usos além da moradia. No entanto, os espaços residenciais, ao tornarem-se habitados, ganharam novas formas e passaram a desempenhar novas funções, destacando-se, nesse sentido, os espaços residenciais que foram adaptados para uso comercial. Diante disso, buscamos compreender os fatores que contribuíram para a produção de moradias nas áreas periféricas das cidades no contexto recente; identificar as principais formas de uso e apropriação do espaço no conjunto habitacional Acácio Figueiredo enfocando, em especial, na construção de estabelecimentos comerciais, locais de prestação de serviços e espaços de uso coletivo; e analisar a acessibilidade dos moradores do referido conjunto em relação aos locais de comércio. A análise da (re)produção espacial no Acácio Figueiredo, que se dá mediante o uso e apropriação do espaço pelos moradores, aponta que embora já tenham se passado quase quatro anos da entrega das casas alguns tipos de estabelecimentos comerciais necessários para a vida cotidiana permanecem inexistentes nas proximidades do empreendimento, como farmácias e agências de serviços bancários, o que também ocorre com os espaços públicos de lazer. Constata-se, ademais, a presença de estabelecimentos comerciais de outros bairros nos hábitos de consumo dos moradores entrevistados mesmo em relação a produtos que são comercializados no Acácio Figueiredo, o que é reflexo da procura por preços mais acessíveis e por uma maior variedade de mercadorias. A pesquisa ressalta, portanto, as dificuldades que os moradores do conjunto habitacional em análise enfrentam devido à localização e o desenho urbano do empreendimento, o qual foi concebido com um forte caráter monofuncional, e a ausência da gestão municipal diante dessas questões.
  • ANA NÉRI CAVALCANTE BATISTA
  • O ENSINO DE GEOGRAFIA E A CONVIVÊNCIA COM O SEMIÁRIDO: PESQUISA-AÇÃO COM ALUNOS DO ENSINO MÉDIO NO MUNICÍPIO DE OLIVEDOS-PB.
  • Data: 24/07/2019
  • Hora: 14:00
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  • Esta tese fundamenta-se na necessidade de superar as dificuldades que os alunos do Ensino Médio apresentam em compreender os aspectos que envolvem a região Semiárida do Brasil. Esses aspectos precisam ser analisados com uma postura de criticidade pelos agentes que participam da construção do processo de ensino-aprendizagem. Com base nesse pressuposto, o objetivo da pesquisa é analisar o processo de ensino-aprendizagem sobre o Semiárido Brasileiro nas aulas de Geografia em turmas de alunos do Ensino Médio, habitantes nessa região, para propor uma prática, contextualizada, com base na perspectiva da convivência. O problema foi diagnosticado, indicando que as abordagens dessa região no ensino de Geografia foram insuficientes e que as relações entre a dimensão local e a dimensão regional em relação ao Semiárido brasileiro tem sido incipiente, como pode ser na organização curricular nos materiais didáticos, nas práticas docentes, entre outros aspectos. Metodologicamente, o estudo utilizou a pesquisa-ação e os resultados foram descritos seguindo a abordagem qualitativa. Tal metodologia valorizou a participação dos alunos e proporcionou um ensino bastante dinâmico e enriquecedor. A investigação por meio das ações desenvolvidas nas aulas de Geografia busca uma leitura, análise e interpretação das questões que acometem a região. Um conjunto de situações de ensino foi aplicado nas turmas do Ensino Médio, na Escola Municipal Monsenhor Stanislaw, localizada no Município de Olivedos, Paraíba. As atividades valorizaram a ação mediada entre professor-aluno e aluno-aluno, tendo como embasamento os referenciais teóricos do ensino de Geografia, currículo, pesquisa-ação e os paradigmas que permeiam a discussão sobre a região do Semiárido Brasileiro. As ações foram planejadas, sistematizadas, desenvolvidas e analisadas, no sentido de mudar uma situação vigente na abordagem da região no ensino de Geografia, mas também buscou uma compreensão quanto às demandas, aprendizados, desafios e perspectivas para a região. Esta investigação comprovou a hipótese de que a abordagem dos aspectos e questões sobre o Semiárida, na escola pesquisada, foi negligenciada e insuficiente. Entretanto, as ações desenvolvidas por e a partir dos alunos, de suas experiências e vivências cotidianas trouxeram valiosas contribuições para o desenvolvimento de habilidades básicas, para compreender e interpretar situações importantes e relevantes no enfrentamento de problemas, como a seca, resultando, assim, num ensino da Geografia mais envolvente e significativo.
  • KARINTHEA KARLA SILVA TEMOTEO
  • AVALIAÇÃO DAS OCORRÊNCIAS DE DESASTRES HIDROMETEOROLÓGICOS NA REGIÃO SEMIÁRIDA DO BRASIL NO PERÍODO DE 2003 A 2017.
  • Orientador : MARCELO DE OLIVEIRA MOURA
  • Data: 12/07/2019
  • Hora: 08:00
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  • AVALIAÇÃO DAS OCORRÊNCIAS DE DESASTRES HIDROMETEOROLÓGICOS NA REGIÃO SEMIÁRIDA DO BRASIL NO PERÍODO DE 2003 A 2017.
  • LEÔNIDAS SIQUEIRA DUARTE
  • "Análise das Relações entre os Currículos Pré-Ativos de Geografia e o Exame Nacional do Ensino Médio - ENEM: Em Questão a Escala Geográfica"
  • Data: 11/06/2019
  • Hora: 14:00
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  • O presente estudo de Mestrado em Geografia problematiza as relações entre os currículos pré-ativos oficiais para o Ensino Médio e o Exame Nacional do Ensino Médio – ENEM, no tocante às suas representações geográficas e relações multiescalares nas provas, no período 2009 – 2018. O objetivo é argumentar sobre possibilidades e limites das escalas geográficas no ENEM e, por consequência na Geografia escolar, devido à influência do exame no processo de ensino-aprendizagem pelo seu caráter de “política curricular”. No geral, utilizamos como referencial teórico-analítico o enfoque triangular de Moreira (1997), teorias críticas do currículo e análise do discurso, com base em Vilela (2013) e Foucault (2010). Apoiamo-nos nas reflexões de estudiosos do campo do currículo (MOREIRA, 1997; LOPES e MACEDO, 2011; GOODSON, 1999; APLE, 1982); da Pedagogia (SAVIANI, 2013; FRIGOTTO, 2011); da área de Educação, Currículo e Geografia (ROCHA, 2013; ALBUQUERQUE, 2004; VILELA, 2013) e, da pesquisa em Geografia (CALLAI, 2003, 2009; CASTRO, 1992, 2001; SANTOS, 2008, 2009). Ficou evidente que o ENEM subverte a lógica convencional dos clássicos arranjos curriculares e passou a exercer o papel de política curricular em âmbito nacional, sobretudo, após as DCNEM de 2012 (BRASIL, 2012a). Constatamos que o ENEM prima pela representação espaço-social dos fenômenos nas múltiplas escalas em 42,8% dos itens de Geografia, o que expressa na sua política de currículo uma orientação para o exercício do trânsito entre escalas geográficas no processo de ensino-aprendizagem. Após a discussão de alguns desafios socioespaciais do exame, propomos que a prova de Ciências Humanas do ENEM contemple 75% de itens gerais (para todo o Brasil) e 25% de itens para aspectos regionais, de acordo com a região onde o candidato optar por realizar o exame. A pertinência do estudo está em discutir as escalas geográficas no currículo de Geografia e no aprendizado espacial, dentro do atual contexto das alterações na LDBEN, por meio da Lei nº 13.415 de 16 de fevereiro de 2017 (conhecida como lei do novo Ensino Médio), seguidas da homologação da Base Nacional Comum Curricular - BNCC, no final de 2018.
  • DIEGO LEITE ALEXANDRE
  • INSTALAÇÕES GEOGRÁFICAS E SUA APLICABILIDADE EM ESCOLAS NA REGIÃO DO CARIRI, CEARÁ.
  • Data: 10/06/2019
  • Hora: 14:30
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  • INSTALAÇÕES GEOGRÁFICAS E SUA APLICABILIDADE EM ESCOLAS.
  • RACHEL FREIRE TORREZ DE SOUZA
  • “Currículo e Representação; (re) significações (contra) hegemônicas da cidade na geografia escolar”
  • Orientador : CARLOS AUGUSTO DE AMORIM CARDOSO
  • Data: 14/05/2019
  • Hora: 14:00
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  • Currículo e Representação; (re) significações (contra) hegemônicas da cidade na geografia escolar”
  • JOSILENA OLIVEIRA TARGINO DA SILVA
  • A Atuação do Movimento dos Trabalhadores Rurais sem Terra (MST) em João Pessoa: Um Estudo do Movimento Social do Campo na Cidade
  • Data: 07/05/2019
  • Hora: 09:00
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  • A Atuação do Movimento dos Trabalhadores Rurais sem Terra (MST) em João Pessoa.
  • EDUARDO ERNESTO DO REGO
  • A TECNIFICAÇÃO DO TERRITÓRIO NO CARIRI PARAIBANO ASSOCIADA ÀS POLÍTICAS DE ESTÍMULO A (RE)PECUARIZAÇÃO E A PRÁTICA DO COOPERATIVISMO AGROPECUÁRIO.
  • Data: 26/04/2019
  • Hora: 15:30
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  • A mecanizacao do campo promovida nas ultimas decadas provocou transformacoes significativas nas bases tecnicas do territorio rural brasileiro, desencadeando dentre outros fatores, a tecnificacao da infraestrutura agropecuaria e a modernizacao da pecuaria leiteira no semiarido nordestino. Em meio a esse processo, tambem constatamos uma expressiva configuracao territorial e uma nova racionalidade em determinadas porcoes do territorio paraibano, especialmente na regiao do Cariri. Nesse sentido, a presente tese teve como principal objetivo compreender o processo de tecnificacao do territorio no Cariri paraibano, a partir dos estimulos gerados pelas politicas publicas de incentivo a (re)pecuarizacao e pela pratica do cooperativismo e associativismo agropecuario. Do ponto de vista teorico, a pesquisa estabeleceu uma interlocucao entre os autores que se dedicam a discussao dos conceitos de: tecnificacao, (re)pecuarizacao, politicas publicas, associativismo e cooperativismo. Desse modo, apresentamos no trabalho o papel do Estado no processo de tecnificacao do territorio brasileiro a partir da implementacao de politicas publicas de desenvolvimento rural, onde tivemos como recortes temporais a decada de 1950 com o inicio da modernizacao conservadora no campo, e a decada de 1990 com a implementacao de politicas publicas e acoes de estimulo a (re)pecuarizacao no semiarido nordestino. No corpo da pesquisa, tambem destacamos a importancia do cooperativismo e do associativismo para a modernizacao da pecuaria leiteira, e para a tecnificacao do territorio no recorte estudado. Na fase documental da pesquisa, realizamos o levantamento de dados, considerando duas perspectivas: dados secundarios relacionados aos municipios que compoem a area de estudo e dados primarios obtidos diretamente nas cooperativas e associacoes, nas Secretarias Municipais de Agricultura e Desenvolvimento Rural e na Empresa de Assistencia Tecnica e Extensao Rural (EMATER). Os dados de fonte secundaria foram coletados junto aos Censos Agropecuarios e ao Banco de Dados Agregados, ambos do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatistica (IBGE), no intuito de ampliarmos o conhecimento e as informacoes sobre a producao da agropecuaria e a mecanizacao encontrada nos municipios pesquisados. Na etapa do trabalho de campo, realizamos entrevistas com produtores rurais e aplicamos questionarios em cooperativas e associacoes agropecuarias localizadas nos municipios selecionados para a realizacao da atividade. A partir da quantificacao e analise dos dados primarios e secundarios coletados, estabelecemos o padrao de tecnificacao do territorio dos municipios escolhidos para compor o trabalho de campo, o que nos possibilitou identificarmos de forma hierarquica, os pontos de tecnificacao dispostos no territorio do Cariri paraibano, expressos a partir da modernizacao da pecuaria leiteira.
  • PABLO MELQUISEDEQUE SOUZA E SILVA
  • "CAMPESINATO E AGROECOLOGIA EM REDE: a dinâmica do movimento agroecológico no Brasil e sua manifestação no Nordeste e no Agreste Paraibano. João Pessoa – PB"
  • Data: 12/04/2019
  • Hora: 09:00
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  • Esta pesquisa tem como foco principal analisar a constituicao de redes agroecologicas e a relacao destas com o campesinato brasileiro, em diferentes escalas, alem de estudar sua fundamental relevancia para a construcao do conhecimento agroecologico como instrumento de luta, persistencia e resistencia na formacao de territorios de esperanca. Para a sua realizacao foram feitos, alem de levantamento de dados secundarios e de estudos bibliograficos relacionados com os temas basilares dessa pesquisa, varios trabalhos de campo. Os trabalhos de campo foram realizados em areas de acoes agroecologicas: em sitios, eventos que promoveram a agroecologia, manifestacoes, nas sedes das entidades selecionadas e em eventos nacionais, regionais e locais relacionados com a agroecologia. Dessa forma, procuramos estudar as principais redes nacionais que compoe o movimento agroecologico no Brasil, a partir da Articulacao Nacional de Agroecologia (ANA). E, tendo em vista o reflexo dessa integracao em redes, escolhemos analisar a atuacao do Polo da Borborema e seus parceiros, no Agreste Paraibano, principalmente a configuracao da Rede de Banco Sementes Comunitarias (BSCs) do Polo da Borborema. A trajetoria dessa pesquisa permitiu compreender que a atuacao em rede do movimento agroecologico no Brasil e ferramenta fundamental para o fortalecimento, em diferentes escalas, do campesinato brasileiro. Dessa forma, a agroecologia e instrumento de luta e de fomento de estrategias alternativas para a resistencia do campesinato e a rede, em torno dela, auxilia na integracao de sujeitos e organizacoes, colaborando com a construcao do movimento, da ciencia e da pratica social agroecologica. Assim como compreendemos que as acoes da ANA e da ABA-agroecologia foram, e ainda sao, relevantes para a construcao do movimento agroecologico brasileiro, acreditamos que a atuacao do Polo da Borborema, em especial as acoes da Rede de Banco de Sementes Comunitarias, e exemplo concreto da dinamica de tantas experiencias agroecologicas no Brasil. Logo, as articulacoes e o compartilhamento de tecnicas e experiencias que valorizam os saberes tradicionais se apresentam como alternativa ao modelo hegemonico, modernizante e degradador: o agronegocio. E a construcao do conhecimento e da racionalidade agroecologica, articulado em rede, mostra-se como uma alternativa que fortalece o campesinato ante o capital e contribui para a formacao de territorios frutos de rupturas, gerado com base na utopia e na esperanca: o Territorio de Esperanca (MOREIRA e TARGINO, 2007).
  • ANA PAULA PINHO PACHECO
  • O USO DE TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO E COMUNICAÇÃO NO ENSINO E APRENDIZAGEM DE GEOGRAFIA: UMA PROPOSTA DE FORMAÇÃO CONTINUADA.
  • Data: 28/03/2019
  • Hora: 09:00
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  • Esta tese buscou responder ao seguinte problema de pesquisa: como a atividade de formacao continuada, apos conclusao da graduacao em licenciatura de Geografia, pode contribuir de forma positiva na pratica docente dos professores, para o uso da TIC no ensino e aprendizagem de Geografia? A pergunta norteia o caminho que conduz a descoberta e apreensao dos desafios enfrentados pelos professores da educacao basica, que sao indiretamente estimulados na graduacao, para o uso das TIC. O objeto de estudo pertence ao universo de professores formados no curso de Geografia, no periodo de 2011 a 2015, da Universidade Estadual Vale do Acarau – UVA, campus do Junco, perfazendo um total de 132 sujeitos. A IES esta localizada no municipio de Sobral e atua, principalmente, na porcao noroeste do Estado do Ceara. No objetivo geral procurou-se investigar e compreender as atitudes dos professores da educacao basica face ao uso de tecnologias de informacao e comunicacao, nas praticas realizadas dentro e fora da sala de aula, como suporte ao processo de ensino e aprendizagem de Geografia; com a finalidade de identificar o uso, estimular a aplicacao da TIC e propor formacao continuada para as suas necessidades/realidades encontradas em sala de aula a partir do olhar dos sujeitos pesquisados. E como especificos: (a) averiguar frequencia e uso da TIC no processo de ensino e aprendizagem em Geografia, (b) conhecer as formas e a frequencia de uso de acesso a internet pelos professores da educacao basica, (c) identificar que plataformas digitais usadas por professores da educacao basica para preparar suas aulas e se estas sao usadas junto com os alunos das escolas basicas do noroeste do Ceara, (d) identificar os fatores que inibem o uso da TIC em sala de aula, (e) conhecer a infraestrutura das instituicoes de ensino, que estao disponiveis aos professores da educacao basica para desenvolver suas atividades profissionais, dentro do noroeste do Ceara (f) identificar a contribuicao para o ensino e aprendizagem de Geografia com uso da TIC, (g) identificar o uso da TIC nas aulas dos professores formadores (nivel superior) pertencentes ao Curso de licenciatura em Geografia- UVA, (h) propor plano de acao de formacao continuada, como atividade extensiva do Curso de Geografia – UVA, para os professores da educacao basica, que lecionam, a fim que estes possam desenvolver habilidades e competencias no uso da TIC. Contando com a fundamentacao teorica e o modelo de analise, que contribui para tecer a historia do percurso inicial ate a necessidade de formacao continuada, leituras e bibliografias organizadas a fim de refletir aspectos historicos da evolucao da tecnologia na sociedade, efeitos e avancos dentro do contexto geografico. No que se refere a escolha metodologica, optou-se por uma pesquisa de abordagem quali-quanti, desenvolvida por meio de um estudo de caso, por tratar de um objeto dentro de uma realidade nao exigindo controle sobre os eventos e comportamentos, permitindo usar varias fontes de informacao de dados. A coleta do material de analise foi desenvolvida a partir de questionarios online (QI, QII e QIII) enquanto tecnica e entrevistas semiestruturadas, com instrumentos e estrategias diferenciados para cada um. Foi aplicado codificacao e registro das respostas em uma matriz de tabulacao com o suporte do programa estatistico Statistical Package for the Social Sciences (SPSS), versao 24, cuja licenca pertence a Universidade de Aveiro. E para as perguntas referentes a questao principal da investigacao, onde as respostas alcancadas na questao referente ao processo de ensino e aprendizagem da Geografia e ao uso de TIC do QIII, foi dedicado maior cuidado e tempo, pois esta, diretamente ligada a questao principal, que permitiram concluir o grau de concordancia e de frequencia de uso de TIC por professores da educacao basica. Como resultados, percebe-se que os professores sujeitos da pesquisa apresentam dificuldades diversas no uso das TIC em sala de aula e articulam seus conteudos de forma isolada. Sao indicios de que seus conhecimentos relativos ao uso da TIC sao construidos em um ambiente escolar de carencias estruturais e necessitam de apoio das instituicoes formadoras no sentido de habilitarem-se. Em funcao disso, e valido salientar a importancia de se discutir a Educacao Continuada e a educacao em geral para alem dos parametros da racionalidade, de modo que as politicas publicas possam tambem investir em novas maneiras de se pensar a sociedade, a educacao e o sujeito. Portanto a partir da realidade estudada, e analisando os parametros a partir da analise dos dados identificados pelos instrumentos de coletas e comportamentos dos sujeitos e as linhas de acoes; construiu-se a proposta de formacao continuada no intuito de desenvolver habilidades e competencias para o uso da TIC. A proposta tem uma estrutura, cinco modulos, organizados por tres niveis, que sao caracterizados pela integracao de todas as suas dimensoes: habilidades, conteudo, atividades, teoria-pratica, formacao profissional e modalidades de avaliacao. Na realidade, o uso da TIC ocorre de forma individual por cada sujeito da pesquisa, mas nos ultimos anos tornou-a essencial na comunicacao entre os varios sujeitos que compoe o processo educativo e, de forma mais geral, na sociedade. O que esta em evidencia nao e a resposta ao fato de usar ou nao usar. O fato e, que as tecnologias em seus diversos aspectos influenciam na forma de informar e no desenvolvimento das formas de comunicacao, e esses nao sao controlaveis pelos participantes no processo educativo, dai a premencia do uso. Toda investigacao e de grande valor no contexto da instituicao e fora dela, uma vez que permitiriam estudar sobre o assunto e estabeleceriam as bases cientificas necessarias para o desenvolvimento tecnologico desta area de estudo, dentro e fora da sala de aula, com propostas de atividades praticas.
  • FRANKLIN MENDONÇA LINHARES
  • AS ILHAS HIDRO-PEDO-GEOLÓGICAS NO CONTEXTO DA REGIÃO SEMIÁRIDA DO NORDESTE BRASILEIRO.
  • Data: 28/03/2019
  • Hora: 09:00
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  • A região semiárida do Nordeste do Brasil constitui-se numa região marcada pela a escassez de recursos hídricos, decorrente de chuvas irregulares, altas taxas de evapotranspiração e solos rasos com pouca capacidade de armazenagem de água em aquíferos. Neste contexto, compreender a hidrologia, o solo, a geologia e a pedologia são essenciais para entender as áreas diferentes regiões do Nordeste. Essa região apresenta diferentes tipos de clima, diversidade ecológica e geológica. A região Nordeste é formada por dois contextos hidrogeológicos: (a) embasamento cristalino (52,3%), com rochas praticamente impermeáveis, e (b) bacia sedimentar, como rochas sedimentares (47,6%) onde ocorrem importantes aquíferos. Assim, conhecer as características da geologia é desmitificar os efeitos das secas que abrange essa região. Nesse sentido, o objetivo deste estudo é analisar a influência das ilhas hidro-pedo-geológicas na disponibilidade de água no semiárido do Nordeste com aplicação de modelagem hidrológica na Bacia do Rio Salgado. Neste trabalho, foram utilizados os seguintes procedimentos metodológicos: (a) visitas in loco nas diversas bacias hidrográficas no Nordeste do Brasil, para se analisar diferenças hidrológicas e geológicas, e (b) técnicas de modelagem hidrológica utilizando o modelo matemático Soil and Water Assessment Tool (SWAT) para analisar o balanço hídrico de água no solo nas porções cristalina e sedimentar. Os resultados do balanço hídrico foram analisados para entender a influência da infiltração e do escoamento superficial em diferentes formações geológica do semiárido do Nordeste do Brasil. Com base nos resultados obtidos, o estudo confirmou que existem “ilhas” hidro-pedo-geológicas em diversas porções da região Semiárida do Nordeste do Brasil.
  • JORGE FLAVIO CAZÉ BRAGA DA COSTA SILVA
  • CRISE HÍDRICA NO ABASTECIMENTO DE ÁGUA EM CAMPINA GRANDE: ANÁLISE DE CENÁRIOS FUTUROS NO VOLUME DE ÁGUA DO RESERVATÓRIO EPITÁCIO PESSOA ENTRE 2020 E 2030
  • Data: 27/03/2019
  • Hora: 09:00
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  • Campina Grande vem sofrendo com o abastecimento de água desde 2012, com severos problemas decorrentes de reduções da chuva, delineando um cenário complexo de escassez hídrica. Assim, o objetivo deste estudo foi analisar os impactos futuros no volume do reservatório Epitácio Pessoa, com base na variabilidade da precipitação, crescimento populacional e mudanças recentes no uso e ocupação do solo. Estando baseado na hipótese de que a disponibilidade hídrica do reservatório não atenderá a demanda da população de Campina Grande e demais cidades abastecidas pelo reservatório, mesmo com a transposição das águas do Rio São Francisco. Para alcançar o objetivo do estudo foram utilizadas técnicas estatísticas, de Sensoriamento Remoto e modelagem hidrológica, além de: (a) séries históricas de precipitação, (d) tipos de solo, (c) uso e cobertura do solo, (d) declividade, e (e) dados demográficos. Foram realizados diversos procedimentos metodológicos, a saber: (a) testes não paramétricos de Mann-Kendall e Sen, (b) teste de Pettitt, (c) simulação de cenários de uso do solo utilizando o algoritmo LCM, (d) simulação de cenários futuros de chuva para o período de 2020 a 2030, (e) calibração e validação do modelo SWAT para o período de 1963 a 1991, (f) predição do volume do reservatório. Os resultados dos testes de Mann-Kendall, Sen e Pettitt apontaram a não existência de tendências de precipitação significativas na área de estudo, porém, eles mostram uma significante diminuição da precipitação entre 1963 e 1991. Os resultados da calibração e validação do SWAT foram considerados satisfatórios pelos índices R², Nash e PBIAS. A partir da série de precipitação, foi selecionado um período de 10 anos (1981 a 1991), onde foram aplicadas reduções nos volumes precipitados (-40%, -45% e -50%). Em seguida, os resultados foram assumidos como cenários de precipitação para o período de 2020 a 2030, juntamente com o cenário de uso do solo para o ano de 2030, gerando as vazões estimadas para o período de 2020 a 2030,incluindo a vazão estimada para a transposição do Rio São Francisco. Os resultados comprovam a veracidade da hipótese levantada neste estudo, pois nos três cenários de precipitação adotados, o reservatório atinge seu volume morto já nos dois primeiros anos do período analisado, retornando a acumular volume até o ano de 2024 e posteriormente voltando a perder volume, atingindo o volume morto no ano de 2030.
  • MURILO VOGT ROSSI
  • A Cartografia Escolar frente à ciência geográfica renovada: uma questão socioespacial.
  • Data: 19/03/2019
  • Hora: 14:30
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  • Este trabalho, que se insere no âmbito de uma discussão cartográfica teórica e educacional, tem como propósito central analisar a espacialidade geográfica como um condicionante social no ensino de mapas. Para isso, utilizamos premissas conceituais de uma ciência geográfica renovada, fruto de uma sistematização epistemológica do espaço na Geografia. Percebendo que o conceito de espaço não se apresenta de uma forma unívoca nessa perspectiva de renovação, vasculhamos na Cartografia Escolar brasileira o desenvolvimento da formação espacial dos alunos, focando essencialmente nos aspectos teóricosmetodológicos utilizados, principalmente relacionados ao desenvolvimento espacial geográfico. No que se refere à escolha metodológica, optamos por uma pesquisa de abordagem predominantemente qualitativa, desenvolvida a partir de uma análise bibliográfica de teses que, de alguma forma, representam uma transição ou mesmo um desenvolvimento da abordagem espacial na Cartografia Escolar brasileira. Diante disso, percebemos uma presença marcante, de parte das teses analisadas, da psicogenética de Jean Piaget e da teoria da comunicação inseridas no ensino e aprendizado de uma Cartografia essencialmente cartesiana/euclidiana, principalmente na educação básica. Por outro lado, verificamos uma crítica a essa tendência lógico-matemática em outras teses estudadas, com uma presença conceitual marcada por uma psicogenética pós-piagetiana e de novas formas de encarar o ensino de mapas a partir de sua representação visual e socioespacial, ou seja, calcada numa tendência não cartesiana/euclidiana. Portanto almejamos, com este trabalho, uma compreensão que nos leve buscar uma sistematização do conhecimento cartográfico voltado para professores e pesquisadores, visando melhorias na qualidade da educação na perspectiva geográfica espacial.
2018
Descrição
  • MARIANA RABÊLO VALENÇA
  • “OS NOVOS PAPÉIS E FUNÇÕES DA CIDADE MÉDIA DE CARUARU/PE: UMA ANÁLISE A PARTIR DA EXPANSÃO DO ENSINO SUPERIOR".
  • Orientador : CARLOS AUGUSTO DE AMORIM CARDOSO
  • Data: 14/12/2018
  • Hora: 09:30
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  • Caruaru exerce um papel de intermediação na rede urbana pernambucana e sua posição tem sido ressignificado pelo boom do consumo e pelas mudanças no perfil dos consumidores, movidos pelo crescimento regional, através da ampliação da produção de confecções e de atividades correlatas. Com tais mudanças, tem-se um movimento de escalas geográficas que aponta para interações espaciais interescalares. No atual contexto da globalização, a educação superior tem papel relevante na incorporação do conhecimento ao território e a produção. Nas últimas décadas, o Estado brasileiro engendrou as bases para ampliação da educação superior, para além dos grandes centros urbanos, provocando mudanças na urbanização das cidades receptoras, incluindo cidades médias e suas regiões. Diante disso, levantamos algumas questões: Como um serviço especializado, a educação superior, potencializa e é potencializado pela centralidade de uma cidade? Qual o lugar das cidades médias no processo de expansão universitária? De que forma o ensino superior contribui para a dinamização econômica de cidades e regiões? Nosso objetivo é compreender o papel das instituições de ensino superior no processo de reestruturação urbana e da cidade e as interações espaciais interescalares que daí decorrem. Nossa hipótese é de que há uma alteração nos papéis e funções desempenhados por Caruaru e de sua região a partir da expansão do ensino superior nos anos 2000, bem como uma dinamização socioeconômica, explicada pelo estabelecimento de interações espaciais interescalares. A articulação de agentes e os arranjos político-institucionais constituem espaços seletivos, como um meio e um produto de estratégias político-econômicas. Vai se constituindo um território produtor de conhecimento e de suporte a inovação, a partir da instalação de novas IES, além das estruturas inovativas por sua condição de intermediação na rede urbana, permitindo que Caruaru e sua região articulem-se com escalas mais amplas inserindo-as no seio da globalização. Mas mais ainda, vemos o fortalecimento das horizontalidades, ao permitir um aporte científico, inovativo e tecnológico para espaços que se viam distantes geográfica e economicamente. Portanto, a nosso ver, Caruaru é uma cidade de ―responsabilidade territorial‖, que possibilita a ampliação do exercício da cidadania. O desenvolvimento do trabalho consistiu na construção do referencial teórico-metodológico, sobretudo no que diz respeito às cidades médias, interações espaciais, heterarquia urbana, horizontalidades e verticalidades, e de trabalho de campo para a aquisição de dados e informações sobre Caruaru e sua região, para aplicação de questionários e realização de entrevistas.
  • RAMON SANTOS SOUZA
  • Avaliação Espaço-Temporal do Processo de Desertificação em Sub - Bacias Hidrográficas do Rio Paraíba no Semiárido do Brasil.
  • Data: 29/10/2018
  • Hora: 08:00
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  • O Sensoriamento Remoto e uma ferramenta essencial para deteccao, monitoracao e avaliacao da desertificacao. Neste contexto, este estudo analisou a relacao do SAVI e da precipitacao para detectar as mudancas ocorridas na cobertura vegetal ocasionadas pelo processo de desertificacao no periodo de 1986-2017 nas sub-bacias hidrograficas do Rio Paraiba, Nordeste do Brasil. Para tanto, foi realizado uma analise estatistica descritiva, correlacao de Pearson e uma adaptacao do metodo RESTREND utilizando compositos interanuais SAVI (Landsat 30 m) e dados de chuva espacialmente explicitos (CHIRPS). Os resultados mostram que durante o periodo de estudo, a distribuicao da precipitacao variaram entre 350 a 400 mm, obtendo coeficientes de variacao maiores que 30%. O comportamento da precipitacao indicou 5 anos muitos secos (MS), 6 anos secos (S), 10 anos neutros (N), 6 anos chuvosos (C) e 5 anos muitos chuvosos (MC). A variacao espacial do SAVI medio foi maior (>0,7) principalmente na porcao ocidental e em algumas manchas localizadas em topografias mais acentuadas da area de estudo. Em contraste, o pixels SAVI < 0,3 seguiram os principais rios da area de estudo. Os anos MC (SAVI=0, 85 0, 14, min=0, 71, max=0, 87) e C (SAVI=0, 80 0, 15, min=0, 64, max=0, 96) apresentam os maiores valores do SAVI. Observa-se que nos anos S (SAVI=0, 62 0, 14, min=0, 53, max=0, 69) e MS (SAVI=0, 500, 15, min=0, 37, max=0, 67) possuem os menores valores. O SAVI e precipitacao foram significativamente correlacionados (p 0, 05) para 83,17% dos pixeis e coeficiente medio de correlacao igual a 0,53. A tendencia do SAVI indicou que 58,57% dos pixeis apresentaram tendencias crescentes significantes (p 0, 05) dos valores dos pixels e 34,04% dos pixels obtiveram tendencias decrescente significantes (p 0, 05). O SAVI residual (ajustado pela precipitacao) teve uma tendencia negativa, observada em 31,41% dos pixeis; 26,75% dos pixels apresentaram tendencia residual positiva. Durante 1986-2001, uma tendencia residual negativa foi observada em 50,34% dos pixeis e 38,48% dos pixeis apresentaram tendencia residual positiva. No periodo de 2002-2017, uma tendencia negativa foi observada em 34% dos pixeis e 16% dos pixeis apresentaram tendencia positiva. O intercepto do SAVI precipitacao de forma geral se mantiveram acima de zero, onde na porcao ocidental obtive valores acima de 0,5 por pixel. Em suma, os as precipitacao e os impactos das atividades humanas na dinamica da vegetacao variaram na area estudada e medidas especificas locais de protecao e gestao ambiental devem ser adotadas.
  • JOAQUIM ALVES DA COSTA FILHO
  • "As Novas Dinâmicas Socioespacias no Espaço Urbano da Cidade de Cajazeiras-PB, como resultantes da presença da Educação Superior Superior"
  • Data: 31/08/2018
  • Hora: 18:00
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  • Esta pesquisa buscou abordar a educação superior nos governos de Fernando Henrique Cardoso – FHC (1995-2002) e Luiz Inácio Lula da Silva (2003-2010), no que tange ao processo de expansão, ampliação e interiorização das Instituições de Ensino Superior (IES), públicas e privadas brasileiras, bem como os cursos a partir das políticas públicas implementadas por essas gestões para o fomento e desenvolvimento deste subsetor de ensino. Posto isso, o objetivo geral deste estudo é analisar as dinâmicas socioespaciais na cidade de Cajazeiras-Paraíba, como resultantes da presença do ensino superior público e privado. O ensino superior se instalou em Cajazeiras no início da década de 1970, no entanto, só veio a se desenvolver e consolidar-se a partir da década de 1980 e no primeiro decênio dos anos 2000, respectivamente, em função da implantação do Centro de Formação de Professores da Universidade Federal da Paraíba (CFP/UFPB), em 1980, e com a expansão e ampliação de IES e cursos, posterior ao ano de 2006. A metodologia de abordagem e os procedimentos partiu do princípio das mudanças contínuas e contraditórias reveladas na forma e no conteúdo dos fenômenos desdobrados na cidade de Cajazeiras, como reflexo do subsetor de ensino superior. Assim, o materialismo histórico e dialético conduziu a nossa reflexão teórica e metodológica para dar conta dos nossos objetivos, primário e secundários. Demos relevância à análise qualitativa e quantitativa, definindo a pesquisa bibliográfica, documental, de campo, de levantamento de dados e informações, como sendo os principais procedimentos da referida pesquisa. As descobertas provenientes deste estudo nos permitem afirmar que a presença do ensino superior desencadeou mudanças na morfologia e no conteúdo do espaço intraurbano de Cajazeiras.
  • CLÁUDIA SIMONE LEMOS ALMEIDA
  • A Relação Entre Geografia Escolar e a Geografia Acadêmica: Impactos na Formação de Professores.
  • Data: 31/08/2018
  • Hora: 15:00
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  • Devido ao aumento no número de pesquisas relacionadas à formação de professores e também aos saberes docentes, o presente trabalho tem como objetivo compreender a relação entre os conhecimentos/saberes da Geografia escolar e os conhecimentos da Geografia acadêmica e suas influências na formação do professor, considerando que conhecer como esses conhecimentos se manifestam se torna muito relevante para a discussão de políticas pública voltadas para os cursos de licenciaturas, no caso, aqui, o curso de licenciatura em Geografia. Para tanto o trabalho apresenta uma abordagem qualitativa apoiada na perspectiva da história oral dos sujeitos participantes desse processo. O caminho metodológico desenvolvido durante a pesquisa foi construído a partir da revisão bibliográfica de autores da Geografia e da Educação, de pesquisa documental das matrizes curriculares do curso de Geografia da FAFIDAM/UECE e de trabalho de campo. Foram utilizadas as técnicas de: observações, entrevistas e oficina realizadas com seis professores pertencentes a duas escolas, além de entrevistas realizadas com quatro professores formadores do curso de Geografia da FAFIDAM. Ao final de cada procedimento, foram realizadas as análises dos dados coletados. Pretende-se a partir da utilização desses recursos não apenas investigar os sujeitos, mas lhes dar voz para que contribuam com a formação da própria autora e de futuros professores de Geografia. A pesquisa mostrou uma série de fatos referentes à Geografia escolar e à Geografia acadêmica e as suas influências na formação de professores. Os docentes da Educação Básica dizem sentir um distanciamento entre essas duas modalidades, sobretudo na forma como os conteúdos são abordados em cada uma. Eles concordam que existe uma lacuna entre universidade-escola, e que esta lacuna precisa ser superada para que se tenha uma formação mais próxima à realidade vivenciada pelos professores do ensino básico. Os professores universitários afirmam que esse distanciamento tem diminuído com as reformulações curriculares, mas concordam que ainda são necessárias outras mudanças no sentido de aproximar mais os conhecimentos produzidos na academia aos conhecimentos escolares. Diante de tantos fatores que permeiam a formação docente, torna-se relevante que nos debrucemos, juntamente com os educadores, sobre esses temas na busca de soluções que possam contribuir com a relação efetiva entre universidade-escola.
  • GRACIELE MOUSINHO DIAS
  • As Regionalizações do Mundo da Geografia Escolar no Ensino Médio, O Caso das Escolas de Campina Grande- PB.
  • Data: 31/08/2018
  • Hora: 15:00
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  • As Regionalizacoes do Mundo da Geografia Escolar no Ensino Medio
  • JÉSSICA LIANA DE SOUSA
  • A PRODUÇÃO DO ESPAÇO E DA HABILITAÇÃO: O PROGRAMA MINHA CASA MINHA VIDA EM RUSSAS - CEARÁ
  • Orientador : DORALICE SATYRO MAIA
  • Data: 31/08/2018
  • Hora: 14:00
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  • O PROGRAMA DA MINHA CASA MINHA VIDA EM RUSSAS - CEARÁ
  • SUAYZE DOUGLAS DA SILVA
  • O PROGRAMA DO LEITE E AS ESTRATÉGIAS DE FORTALECIMENTO DA PECUÁRIA LEITEIRA E (RE)PRODUÇÃO DA AGRICULTURA FAMILIAR CAMPONESA NO MUNICÍPIO DE CABACEIRAS (PB)
  • Data: 31/08/2018
  • Hora: 14:00
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  • O Programa do Leite: estratégias de fortalecimento da pecuária leiteira e (re)produção da agricultura familiar camponesa no município de Cabeceiras - PB.
  • AKENE SHIONARA CARDOSO DA SILVA
  • A Pratica Socioespacial do Grafismo e os Lugares de Exposição: Um Olhar Sobre a Avenida Epitácio Pessoa, João Pessoa/PB
  • Data: 31/08/2018
  • Hora: 09:00
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  • Esta pesquisa tem por objetivo analisar como se constitui a prática socioespacial do grafismo na cidade de João Pessoa-PB. Partindo da investigação sobre a origem do graffiti contemporâneo, demarcando seus marcos históricos e suas influências no Brasil e no mundo (Capítulo 1), para analisar a prática socioespacial (CARLOS, 2007) do grafismo na cidade de João Pessoa (Capítulo 2), e entender como os grafismos se manifestam na Paisagem da Cidade, por meio do recorte espacial da Avenida Epitácio Pessoa, considerada uma “rua de fluxo” (WITCH, 2017) pelos “escritores” entrevistados, com o intuito de compreender como se estabelecem os “Lugares de Exposição” (GOMES, 2013).
  • VERÔNICA PEREIRA DE MEDEIROS
  • SEMIÁRIDO DE POSSIBILIDADES: reestruturação produtiva e dinâmica territorial no Distrito de Ribeira, Cabaceiras (PB).
  • Data: 30/08/2018
  • Hora: 14:00
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  • O semiárido como território de mudanças apresenta novas complexidades. Nesse sentido, realizamos o esforço de refletir sobre o imaginário construído; a mudança paradigmática gerada pelas variadas formas de pensar e agir nesse território e mostrar o cenário de novos olhares e possibilidades, e nele, refletir sobre o processo de reestruturação produtiva e o papel dos novos sujeitos, isto é, a sociedade civil organizada. Diante dos diferentes usos do território semiárido, entendemos que podemos falar em semiáridos, visto que há, no contexto atual, outros elementos que devem ser considerados: como a existência de mudanças significativas no cenário político e econômico. Dito isto, o objetivo central desta pesquisa é compreender o processo de reestruturação produtiva do Distrito de Ribeira, no município de Cabaceiras (PB), considerando as consequências desse processo na atual dinâmica territorial. No tocante aos procedimentos de pesquisa, estes se concentraram no levantamento bibliográfico, levantamento de dados secundários e trabalho de campo. Somam-se a esses procedimentos: a realização de entrevistas e diálogos com sujeitos sociais locais importantes para aproximação com a realidade do recorte estudado. As informações obtidas mostram que os processos de mudanças no território analisado, intensificou-se a partir da modernização de duas atividades econômicas: a produção de alho e a produção de artigos em couro, principal responsável pela geração de renda no Distrito. Como resultados de nossa interpretação compreendemos que, as mudanças na base produtiva, isto é, na produção da hortaliça e do artesanato em couro, possibilitou no Distrito de Ribeira mudanças econômicas que se materializam no espaço, em face da ampliação da renda e dos investimentos públicos e privados, promoveram a visibilidade do Distrito, tornando-o um território atrativo para a mídia e para quem visita a região. Do ponto de vista político, constatamos a ampliação dos níveis de representação devido à eleição de pessoas que estabeleceram relações de pertencimento com a Ribeira e, do ponto de vista socioeconômico, a agregação de valor nos produtos ofertados pela Cooperativa de Curtidores e Artesãos em Couro de Ribeira de Cabaceiras (ARTEZA), além da revalorização da atividade do couro associada à diferenciação de qualidade das peles com o curtimento vegetal e as vantagens competitivas para mercados mais exigentes. Esses elementos estão possibilitando a ampliação da renda e a melhoria das condições de vida da população e contribui para consolidar nossa leitura do semiárido como um território de possibilidades. Palavras-chave: Semiárido; Reestruturação produtiva; Dinâmica territorial.
  • JANETE MENEZES BRAGA
  • “Coreaú, uma Pequena Cidade no Brasil: Transferências Intergovernamentais para a Produção do Espaço Urbano”
  • Data: 29/08/2018
  • Hora: 14:00
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  • Esta dissertacao teve como proposito problematizar o papel do Estado e sua atuacao na producao do espaco urbano de Coreau, que caracteriza-se como uma cidade pequena da rede urbana do Ceara, no contexto neoliberal do federalismo brasileiro pos-Constituicao de 1988. O arranjo federativo pos-constituinte, emerge no contexto neoliberal, assinalado pela descentralizacao (administrativa, politica e fiscal), provocando mudancas estruturais nos perfis das gestoes publicas, que vem, cada vez mais, adotando o modelo da governanca urbana. Esse arranjo veio orientado pelo discurso do projeto politico neoliberal e assumiu premissas da competitividade, eficiencia e gerenciamento para dentro do aparelho estatal. Com a descentralizacao fiscal, foi implementada uma nova politica de rateio de recursos entre os entes federados, atraves das transferencias de receitas da Uniao para os niveis subnacionais de governos. Essa medida so reforcou a disputa e competitividade entre os Estados e os municipios por financiamento, conformando o que chamamos de “Guerra Fiscal”. Nesse contexto, urgiu a necessidade de entender como os gestores municipais de pequenas cidades estao administrando a producao do espaco urbano, a partir de uma politica estatal que e voltada para a organizacao do territorio. Para isto, procurou-se compreender como o processo assinalado pela dinamica do federalismo brasileiro vem implicando no pensar e executar das politicas publicas. O estudo foi desenvolvido a partir do conhecimento de que as correlacoes de forcas entre os diferentes niveis de governo, alem de setores da inciativa privada, sao os agentes sociais responsaveis por diversas modificacoes que ocorrem no espaco urbano desta cidade. Entre os anos de 2009 a 2016, Coreau foi contemplado com diversas transformacoes no espaco da cidade e de seus distritos, que atreladas a essa articulacao, reforcou a participacao mais acentuada da cidade na disputa por investimentos publicos a partir de parceiras e convenios com a Uniao e o Governo do Estado, dentre eles; o Programa de Aceleracao do Crescimento – PAC; o Programa Nacional de Reestruturacao e Aparelhagem da Rede Escolar Publica de Educacao Infantil – PROINFANCIA, ambos programas federais e o Programa de Apoio as Reformas Sociais do Ceara – PROARES II, esse pertencente ao Governo do Estado. Desse modo, a producao do espaco urbano em Coreau vem sendo articulada, a partir da coalizao de forcas entre as tres esferas de governo (municipal, estadual e federal) e com participacao do setor empresarial, com destaque especificamente para empresas construtoras, que tem se beneficiado dos contratos firmados com a prefeitura municipal por meio de licitacoes para a construcao de obras publicas, como uma maneira de se apropriar dos fundos publicos. A instalacao de infraestruturas sociais e equipamentos urbanos, a implantacao de servicos publicos e outras estrategias realizadas por esses agentes sociais tem remodelado e dado novas funcoes a estrutura urbana da cidade. E embora essas acoes do Estado, tenham provocado mudancas na vida urbana e social da populacao, elas sao voltadas primeiramente para atender aos interesses do capital, numa relacao em que o Estado permite e viabiliza o prosseguimento dos ideais neoliberais.
  • SAMUEL OTHON DE SOUZA COSTA
  • Identificação das Vulnerabilidades e Potencialidades da Bacia Hidrográfica do Rio Canhoto - PE/AL, com vistas ao Zoneamento Ambiental.
  • Data: 24/08/2018
  • Hora: 15:00
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  • Diversas formas de uso dos espacos naturais induzem variadas transformacoes na dinamica natural da paisagem. O manejo inadequado do ambiente, superior a capacidade de suporte, tem aumentado as condicoes de degradacao e transformacao da paisagem. Este trabalho teve o objetivo de realizar uma analise das potencialidades e vulnerabilidades ambientais da bacia hidrografica do Rio Canhoto, levando em consideracao a integracao dos elementos atuantes na paisagem. Desta forma, foi considerada uma relacao de elementos naturais e antropicos, como a precipitacao, temperatura, cobertura vegetal, dissecacao do relevo, solos, litologia e o uso da terra, com o intuito de estabelecer os niveis de potencialidade e vulnerabilidade ambiental para utilizacao sustentavel da area de estudo. A partir dessas informacoes, este trabalho propoe um zoneamento ambiental, baseado no mapeamento e analise das potencialidades e vulnerabilidades ambientais, com o intuito de caracterizar areas que necessitem de mudancas no manejo. Desta forma, foram utilizadas tecnicas de geoprocessamento e sensoriamento remoto para a realizacao do trabalho, coletando, processando, armazenando e analisando informacoes sobre a bacia hidrografica do Rio Canhoto. Nesse sentido, foram considerados aspectos teoricos de integracao de dados para a realizacao do trabalho, atraves do uso da algebra de mapas para estabelecer uma hierarquia e uma integracao das seguintes categorias: litologia; solos; cobertura vegetal; relevo; precipitacao e uso da terra. Diante disso, foi realizado o mapeamento das potencialidades e vulnerabilidades ambientais, estabelecendo 5 classes: muito alta potencialidade; alta potencialidade; nivel intermediario; alta vulnerabilidade e muito alta vulnerabilidade. Pode-se considerar que a vulnerabilidade ambiental e maior do que nas areas de potencialidade da bacia hidrografica do Rio Canhoto. Somando as classes de vulnerabilidade, tem-se cerca de 434,99 km², maior que o nivel intermediario que e de 407,03 km². Em contraponto, somando as classes de potencialidade se tem 347,11 km², com uma diferenca de 87,89 km² entre as classes de vulnerabilidade e potencialidade. Para o zoneamento ambiental foram estabelecidas 4 classes, sendo essas reabilitacao, melhoramento, aproveitamento e preservacao. A partir da quantificacao das areas do zoneamento ambiental, a classe de aproveitamento abrange a maior area, com aproximadamente 400 km², destacando que se pode aproveitar melhor os atuais usos, intercalando com outros usos funcionais e/ou ambientais. A classe de melhoramento e a segunda maior em area, com 305,63 km², necessitando otimizar o uso atual atraves de tecnicas alternativas para atingir os objetivos do fluxo funcional, sem perder o valor ambiental. A classe de reabilitacao representa 250, 04 km² de area que precisa de mudanca significativa. Por fim, a menor area esta representada pela classe de preservacao, com aproximadamente 233 km², o que mostra que essas sao areas com boa potencialidade, sendo, entretanto, necessario manter um planejamento voltado para a sustentabilidade. Diante dos resultados obtidos, pode-se perceber que a bacia hidrografica do Rio Canhoto tem um maior nivel de vulnerabilidade ambiental, visto que tanto naturalmente, quanto sofrendo influencias antropicas, juntas, as classes de alta e muito alta vulnerabilidade representam as maiores areas, enquanto que as de muito baixa e baixa vulnerabilidade representam as menores areas.
  • MICAELLE AMANCIO DA SILVA
  • O PROGRAMA NACIONAL DO LIVRO DIDÁTICO PARA O ENSINO MÉDIO - PNLD: UMA ANÁLISE A PARTIR DOS LIVROS DIDÁTICOS DE GEOGRAFIA
  • Data: 23/08/2018
  • Hora: 15:00
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  • A presente dissertação analisa a relação entre o Programa Nacional do Livro Didático para o Ensino Médio e a Geografia Escolar, visando descobrir se as exigências desse programa, estabelecidas nos editais de convocação para a inscrição de obras didáticas promoveram efetivas transformações no livro didático desta disciplina, destinado à referida modalidade de ensino. O Programa Nacional do Livro Didático, que se constituiu como uma política de Estado, foi implantado no Brasil, no ano de1985, sofrendo algumas alterações no seu funcionamento no decorrer dos anos. Dentre elas, a implantação do sistema de avaliação, em 1996, com a finalidade de adquirir livros de qualidade para a distribuição nas escolas públicas. Mas, também incidindo em uma ação de poder do Estado, pois entendemos que o referido Programa, por meio dos critérios de avaliação estabelecidos no edital, influencia na produção do livro didático, consequentemente nos livros de Geografia. Para o desenvolvimento desta pesquisa, realizamos uma revisão da literatura para construção do nosso aporte teórico, em autores que discutem a temática e temas relacionados. Com base nessa fundamentação, a partir da análise documental e de conteúdo (BARDIN, 1977), analisamos os editais de convocação das seleções de 2007, 2012 e 2015, identificando os seus objetivos, mudanças e permanências, para posteriormente analisarmos os livros didáticos de Geografia das coleções Território e Sociedade no Mundo Globalizado, Fronteiras da Globalização e Geografia Geral e do Brasil, verificando sua conformidade com as determinações expressas nos respectivos editais. Nisso, constatamos que os livros aqui analisados, em certa medida, iam se adequando as diretrizes estabelecidas nos editais, sendo produzidos a partir das exigências do citado Programa, influenciando na Geografia preconizada nesses manuais, consequentemente na disciplina escolar, tendo em vista a importância que esse recurso adquiriu na sala de aula. No entanto, os livros apresentavam falhas, principalmente no que concerne aos aspectos teórico-metodológicos, que traziam limites para o processo de ensino-aprendizagem, evidenciando a incoerência entre os critérios estabelecidos e o processo de avaliação. Assim, consideramos que a Geografia escolar deve ser entendida a partir de todos os elementos que a envolve, inclusive o livro didático e suas políticas públicas.
  • NATIELI TENÓRIO DA SILVA
  • AS CHUVAS NO MUNICÍPIO DE JOÃO PESSOA: IMPACTOS, RISCOS E VULNERABILIDADE SOCIOAMBIENTAL.
  • Data: 23/08/2018
  • Hora: 14:00
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  • Este trabalho tem como objetivo analisar a relação dos diferentes graus de vulnerabilidade socioambiental com as ocorrências dos impactos gerados pelas chuvas no município de João Pessoa, Paraíba. Para isto, baseou-se na abordagem geográfica do clima desenvolvidas respectivamente, por Monteiro (1976) e Sant’Anna Neto (2001, 2008, 2011). Ademais, adotou-se como referencial metodológico, Alves (2006, 2007, 2013), através do qual foram identificadas as áreas de risco ambiental e de risco social, por setor censitário, possibilitando, assim, a sobreposição, e obtendo-se, a vulnerabilidade socioambiental do município, cuja variação se dá de muito baixo, baixo, médio, alto e muito alto grau de vulnerabilidade. Além disso, levantaram-se os impactos e danos gerados pelas chuvas, a que a população foi acometida, junto ao Jornal A União, para o período de 1983 a 2016; posteriormente, esboçou-se uma proposta de classificação dos limiares pluviométricos extremos deflagradores de danos, mediante a dinâmica processual do binômio dano-chuva. Verificou-se que a condição plana do relevo apresentada na área de estudo condiciona a ocorrência de um maior risco a alagamentos e inundações, do que a deslizamentos, pois o município foi impactado majoritariamente pela ocorrência de alagamentos, contabilizando 67,02% do total dos impactos. Constatou-se que os setores cujo risco social enquadra-se na categoria alto e muito alto, ocupam 40,61% do município, concentrando-se predominantemente, nas zonas sul e oeste. Quanto à vulnerabilidade socioambiental verificou-se que o município apresenta 54,94% de sua área territorial, na condição de alta e muito alta vulnerabilidade, a qual se concentra preponderantemente nas zonas sul e oeste. Observou-se que o total de pessoas desabrigadas consiste no dano humano que apresentou maior percentual, atingindo 99,17%; e que o período de maior ocorrência corresponde a 1983-1989 com 51,75% do total de danos humanos. Quanto aos danos materiais, o tipo de dano destruições contabilizou 67,19% do total, no período de 2000-2010 registrando 38,60% do total das ocorrências. Por fim, este trabalho, constitui como instrumento necessário para a realização de futuras intervenções no espaço geográfico, pelos órgãos municipais, a fim de mitigar e/ou solucionar os problemas socioambientais que a população está exposta, mediante a ocorrência de eventos de chuva.
  • MICHAELL DOUGLAS BARBOSA PEREIRA
  • Dinâmica Climática e as Chuvas na Região da Zona da Mata, Nordeste do Brasil
  • Data: 23/08/2018
  • Hora: 08:30
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  • A região da Zona da Mata nordestina possui grande importância no contexto nacional. Foi neste setor que se iniciou a colonização brasileira, além dos primeiros ciclos econômicos. Esta é uma das regiões mais densamente povoadas do Brasil (IBGE, 2010) e é uma área que apresenta altos índices de pluviosidade, sendo uma característica marcante desta região, porém, pouco estudada. Este trabalho tem como fundamento teórico-metodológico a técnica da “Análise Rítmica” de Monteiro (1971). Esta técnica é um método investigativo do ritmo climático, pois, permite compreender a sucessão habitual e excepcional dos estados atmosféricos, e, ainda é fundamental para uma caracterização climática com ênfase na circulação atmosférica regional. Diante disto, este trabalho busca contribuir com a compreensão da climatologia da Zona da Mata por identificar a participação das massas de ar e dos sistemas atmosféricos atuantes nesta área, bem como seus reflexos na variação dos elementos climáticos, principalmente das chuvas. Para isto utilizou-se uma escala temporal de dados meteorológicos de 1995 a 2016. Estes dados são referentes a 12 estações meteorológicas que pertencem ao Instituto Nacional de Meteorologia (INMET). A Análise Rítmica exige a escolha de Anos-Padrão, por isso, optou-se pela aplicação da técnica dos Quantis para a classificação dos totais pluviométricos anuais. Como resultado, pode-se mencionar primeiramente que o ano 2000 foi considerado Ano-Padrão muito chuvoso, 2002 foi considerado Ano-Padrão normal e 2016 tornou-se o Ano-Padrão muito seco. Em segundo lugar, a pesquisa buscou identificar possíveis relações entre a ocorrência dos fenômenos El Niño e La Niña, e, Dipolo positivo e negativo com a pluviosidade registrada na Zona da Mata, assim, identificou-se uma forte relação entre a pluviosidade na área de estudo e a ocorrência de El Niño e La Niña. No que diz respeito ao Dipolo positivo e negativo, o número de ocorrências deste fenômeno foi insuficiente para se estabelecer possíveis conclusões. Terceiro, com base na pluviosidade, a Zona da Mata foi subdividida em 3 sub setores: Centronorte, sul e extremo sul. Por ultimo, a frequência, intensidade e setor em que as massas de ar e sistemas atmosféricos atuam na Zona da Mata foram identificados com êxito, estes dados também foram representados espacialmente através de mapas.
  • MARIA CECILIA SILVA SOUZA
  • Análise espacial a partir do uso de sistema de informações geográficas para a preservação dos recifes do seixas- PB
  • Data: 16/08/2018
  • Hora: 10:00
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  • O estudo buscou inserir informacoes sobre o ambiente local do recife do Seixas - Paraiba, partindo das caracteristicas ambientais que envolvem a area e o municipio que a bordeja, ate caracterizacoes sobre a cobertura superficial do ambiente. Tornando possivel uma analise espacial. Realiza um zoneamento sobre a cobertura superficial do ambiente recifal visando a acao de politicas de preservacao aos ambientes marinhos. Este ambiente e recoberto por colonias de diversas familias de algas, corais e outros grupos de bentos, funcionando como habitats para a fauna, formando um ecossistema diversificado e com fortes interacoes ecologicas. Para a execucao dos objetivos determinou-se o uso de uma metodologia baseada em transectos, na qual a aquisicao de dados prioriza a forma nao destrutiva, essa tecnica e apresentada em varios protocolos que buscam analisar ambientes marinhos. A metodologia utilizada para a cobertura do ambiente baseou-se na adaptacao de protocolos de monitoramento para ambientes recifais, sendo estes: Monitoramento dos Recifes de Coral do Brasil (MMA, 2010) (adaptado do Programa Reef Check), Protocolo Rapido de Avaliacao dos Recifes do Atlantico e do Golfo (AGRRA, 1997) e o Protocolo para o Monitoramento de Habitats Bentonicos Costeiros (REBENTOS, 2015). O software utilizado para elaboracao dos mapas foi o Arcgis 10.5 Esse software permite a analise dos dados de forma mais dinamica, com o auxilio de imagens de satelite que possibilitassem uma visao do ambiente. A tecnica utilizada para elaboracao dos mapas foi a kernel density estimation, metodo de amostragem de densidade do software Arcgis, capaz de mostrar as areas com maior ou menor densidade de generos identificados no ambiente estudado. Alguns indices foram calculados para amostrar em numeros a atual superficie do recife do Seixas. Partimos da riqueza que foi calculado utilizando-se o indice de Margalef, ja para equitabilidade utilizou-se o indice de Pielou, para a diversidade da superficie foi utilizado o indice de Shannon, por fim o indice de Simpson foi aplicado a fim de chegarmos aos valores de dominancia da area. A pesquisa evidenciou quais as familias macrobentonicas apresentaram um potencial de cobertura no ambiente para o ano de 2016, no ambiente recifal do Seixas. Junto a isso correlacionou fatores fisicos do ambiente como curva batimetrica e granulometria do ambiente aos fatores de cobertura recifal. Essa acao possibilitou uma primeira analise espacial que tenha alcance geral do ambiente, essa analise torna-se uma base para ser somada aos diversos trabalhos anteriores, buscando uma proposta de preservacao do ambiente. Correlacionando as distribuicoes das familias identificadas no recife, elaborou-se uma proposta de zoneamento com prioridade na cobertura superficial de macrobenstos (Familias Identificadas) no ambiente. As conclusoes aqui expostas ainda que preliminares e vem de encontro a necessidade de execucao de um projeto pelos organismos responsaveis que visem o monitoramento e preservacao dessas areas.
  • RONY LOPES LUNGUINHO
  • “Nos Caminhos dos Relevos Residuais Semiárido: Os Refúgios dos Afloramentos Rochosos se Encontram nas Hidrografias das Paisagens de Caatinga”
  • Data: 09/08/2018
  • Hora: 09:00
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  • AflAs condições de um clima semiárido impõem à vegetação mecanismos de sobrevivência à ausência de água, o que ocorre em parte no bioma caatinga. Apesar de apresentar uma composição xérica, a caatinga apresenta também espécies de vegetação de ambientes úmidos em encostas cristalinas e em matas ciliares. No que diz respeito aos estusdos de encostas cristalinas, os mesmos estão distribuídos na compreensão botânica que compreende o topo e não seu entorno, deixando uma lacuna na compreensão do potencial hidrológico que estes afloramentos proporcionam. Diante disto esta tese consiste em analisar os seus potenciais hidrológicos e ecológicos das encostas cristalinas como fundamentais na manutenção de solos mais desenvolvidos e vegetação diversa nesses ambientes. As áreas estudadas foram o Sitio Salambaia localizado no Município de Cabaceiras-PB, e a Serra da Engabelada no Município do Congo-PB, ambos inseridos no Cariri Paraibano. A metodologia utilizada consistiu na analise do sistema ambiental físico de encostas cristalinas, sua caracterização através de análise de detecção remota, descrição morfológica, levantamento fitossociológico e geração de unidades de paisagem indicando as tipologias geomorfológicas. Com a caracterização das áreas de estudo estabelecidas apresentou-se uma análise macroclimática expressando o comportamento da semiaridez local, onde seus parâmetros serviram de entrada para a obtenção da contribuição hidrológica. As consequências podem ser observadas nos resultados pedológicos e fitossociológicos através da ecohidrologia. Foi possível observar que as encostas cristalinas apresentam mais de 75% de contribuição hidrológica para o seu entorno. Tal fato condicionou a geração de solos mais desenvolvidos e com alto potencial de matéria orgânica na superfície, o que se reflete nas espécies vegetais mais exigentes em água encontradas nessas áreas. Assim, os resultados apresentados expressam a dinâmica da vegetação local e o potencial hidrológico das encostas. No que corresponde aos treze perfis de solo levantados nas duas áreas de estudo, observa-se que no sitio Salambaia os solos próximos aos afloramentos rochosos apresentaram 65% de matéria orgânica na superfície, enquanto que na serra da Engabelada 50%, o que condicionou a nove espécies de plantas com maior exigência hídrica, totalizando estas 296 ocorrências de indivíduos no sitio Salambaia, enquanto que a Serra da Engabelada apresentou 98 indivíduos. A alocação de água em seu entorno auxilia a manutenção desses ambientes, onde se evidencia um refúgio mantido pelo afloramento rochoso, consistindo em uma zona de exceção de caatinga. Palavras Chave: Caatinga, Encostas, Umidade.oramentos Rochosos na Caatinga.
  • NATHÁLIA ROCHA MORAIS
  • A ressignificação de saberes docentes nas ações dos Professores Supervisores do PIBID de Geografia da UEPB - Campina Grande
  • Data: 02/08/2018
  • Hora: 15:00
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  • O trabalho analisa a ressignificacao dos saberes docentes a partir das praticas de professores supervisores do Subprojeto Geografia do Programa Institucional de Bolsas de Iniciacao a Docencia (PIBID) da Universidade Estadual da Paraiba (UEPB), Campus I, em Campina Grande. Nesse sentido, este estudo focaliza a investigacao dos saberes da experiencia produzidos cotidianamente pelos professores supervisores, para os quais o ambiente escolar se constitui em espaco de formacao e de producao de saberes provenientes da pratica pedagogica. Logo, a Formacao Continuada tambem representa um dos focos desta analise uma vez que o caminho do magisterio simboliza o compromisso constante com o aperfeicoamento das praticas bem como com a utilizacao dos diversos saberes docentes, entre eles os da experiencia. Participaram da investigacao oito professores do Subprojeto Geografia/PIBID/UEPB, desenvolvido em escolas publicas da cidade de Campina Grande-PB entre os anos de 2012 a 2018. O percurso metodologico adotado no estudo seguiu os principios e procedimentos da pesquisa colaborativa que envolveu os participantes na construcao de todas as etapas deste trabalho. Inicialmente, os oito professores supervisores se dispuseram a refletir sobre suas praticas docentes na escola e na supervisao dos bolsistas do PIBID. Tais relatos da pratica indicaram, entre varios conteudos e metodologias de ensino, que a Cartografia era o tema de maior dificuldade para ser trabalhado no espaco escolar. Assim, na segunda etapa da pesquisa, foi planejada e realizada uma oficina com supervisores e bolsistas do PIBID, de modo a contemplar os principais entraves referentes a abordagem dos conteudos cartograficos. Todavia, durante os meses de setembro a dezembro de 2017 destinados as analises das entrevistas e ao planejamento da oficina, houve mudancas no PIBID que levaram a reducao de bolsas, a saida de supervisores e culminaram com o encerramento do Programa em fevereiro de 2018. Mesmo com a reducao do numero de supervisores que participaram da ultima atividade da pesquisa - a oficina - o sentido da colaboracao foi mantido e os resultados se mostraram bastante positivos refletindo na compreensao do conteudo abordado pelos professores supervisores junto ao PIBID, bem como na percepcao de maneiras mais dinamicas e efetivas de levar tais conhecimentos para a sala de aula. Ademais, os professores supervisores demonstraram satisfacao ao se sentirem participantes ativos na elaboracao desta pesquisa cujo objetivo primordial e fomentar a relacao universidade-escola e a reflexao da pratica de ensino de Geografia.
  • KAIO SANTOS DINIZ
  • REVITALIZAÇÃO URBANA: Uma análise sobre mudanças realizadas nos espaços públicos da área central de Campina Grande – PB (2000-2016).
  • Data: 30/05/2018
  • Hora: 09:30
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  • Este trabalho objetiva apresentar a importancia da producao do espaco publico no contexto do urbano e politico das cidades, tendo como foco a area central de Campina Grande – PB. Partimos do pressuposto que o espaco publico e uma instancia do espaco geografico na qual a participacao politica, a existencia de conflitos, a interacao social e as formas de sociabilidades emergem como possibilidade e um arcabouco teorico conceitual que da suporte ao estudo geopolitico das cidades. Tendo em vista tal discussao, este trabalho possui a seguinte questao norteadora: De que maneira o espaco publico e produzido? A partir deste questionamento, vislumbramos a trajetoria espacial, historica e atual, percebendo mudancas quanto ao uso/apropriacao, formas de sociabilidade, convivencia e participacao da sociedade nos projetos. Sendo assim, a relevancia deste trabalho se da atraves da leitura geografica, como possibilidade da compreensao das mudancas realizadas ao longo dos anos com a producao do espaco elaborado - aparentemente - sob o signo dos gestores e das dinamicas pelas quais a cidade passa. Por meio de uma literatura especializada sobre a tematica, usando do materialismo dialetico, buscamos evidenciar as ultimas mudancas empreendidas na area central enquanto locus de revalorizacao, cuja condicao precedente e o discurso da intervencao urbana. Apos tal analise concluimos que as recentes construcoes do espaco publico no centro da cidade vem gradativamente diminuindo suas possibilidades de encontros informais, encolhendo a participacao politica, assim como a ideia de cidadania sob o signo da inseguranca. Por fim, o trabalho tentou mensurar provaveis nuances da producao do espaco publico, evidenciando os agentes, interesses envolvidos, o embate entre o publico-privado e as persistentes formas de resistencias como forma de contribuir as demais pesquisas na area. Palavras chaves: revitalizacao; cidade; espaco publico.
  • LUANNA LOUYSE MARTINS RODRIGUES
  • “Terra que Brota Margaridas e Encerra Vidas: Judicialização da questão agrária e violência no campo paraibano”
  • Data: 16/04/2018
  • Hora: 09:00
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  • Esta tese tem como objetivo analisar a relacao entre o monopolio territorial e o Sistema de Justica a partir do estudo de caso do assassinato da lider sindical Margarida Maria Alves. O esforco de pesquisa tem como intuito demonstrar de que maneira a desigualdade, no que tange a apropriacao da terra no Brasil e na Paraiba, resultado das formas de ocupacao, apropriacao e transformacao do espaco ao longo de nossa historia, conformou um territorio marcado pela desigualdade e violencia e sedimentou assimetricas relacoes sociais e de poder. Esse poder da classe proprietaria e reconhecido junto as autoridades publicas, concretizando a impunidade pelos crimes cometidos no campo a mando dos grandes proprietarios fundiarios, processo que estou denominando de monopolio territorial. Portanto, buscar-se-a evidenciar a tese de que as relacoes economicas desiguais territorializadas no campo paraibano fortalecem o poder politico e juridico da classe proprietaria, concretizando uma justica de classe em nosso pais. Partirei da analise do assassinato de Margarida Maria Alves, presidente do Sindicato de Trabalhadores Rurais de Alagoa Grande-PB, ocorrido em 1983, a mando de um grupo de proprietarios rurais da regiao. O processo criminal resultante do assassinato tramitou por 18 anos na Justica e foi encerrado sem nenhuma condenacao pelo crime. A partir da analise desse processo,darei enfase ao papel dos que compoem o Sistema de Justica na conducao do caso, desde a fase investigativa ate o derradeiro julgamento, evidenciando, nas linhas e entrelinhas do processo, a centralizacao da violencia do poder dos donos da terra por parte da res publica. Esta pesquisa buscou responder a seguinte questao: o poder economico/territorial e politico dos grandes proprietarios de terra e capaz de retira-los do alcance da Justica?
  • SILVANA CRISTINA COSTA CORREIA
  • REPRODUÇÃO DO CAPITAL AVÍCOLA E CAMPESINATO NO ESPAÇO AGRÁRIO DO AGRESTE PARAIBANO
  • Data: 12/04/2018
  • Hora: 09:00
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  • RESUMO A avicultura brasileira surgiu na agricultura camponesa entre os seculos XVI e XVII, sem carater mercantil, destinada somente ao consumo familiar. A tradicao de criar frangos nos sitios permanece ate hoje, em pleno seculo XXI, nas diferentes regioes do Brasil. A avicultura industrial/capitalista surge entre as decadas de 1960 e 1970, com a chegada da Revolucao Verde ao Brasil atraves da modernizacao da agricultura. Aos poucos ela foi originando espacos de valorizacao do capital a partir da articulacao do Estado, da ciencia e do capital. Ela tanto se adequou aos parametros da Revolucao Verde como se adequou ao novo padrao de acumulacao do capitalismo monopolista mundializado, efetivado apos a abertura economica brasileira na decada de 1990. O uso e a transformacao do territorio pelo capitalismo mundializado imprimiu no campo das diferentes regioes do Brasil, formas desiguais de valorizacao e de (re)producao do capital avicola. Mesmo com a expansao geografica da avicultura para as regioes Norte, Nordeste e Centro-Oeste, as regioes Sul e Sudeste continuaram no ranking nacional como as maiores produtoras e exportadoras de carne de frango do Brasil. No caso da avicultura nordestina, mais precisamente, a desenvolvida no Agreste Paraibano, aos poucos vem se inserindo no mercado internacional e contribuindo, de forma subordinada e dependente, com o novo padrao de acumulacao do capital das empresas monopolistas mundializadas. A tese de doutoramento aqui apresentada tem como objetivo geral analisar a reproducao do capital avicola no espaco agrario do Agreste Paraibano e sua relacao com o campesinato entre 1970 e 2016. Para tanto, alem da pesquisa bibliografica e documental e da analise de dados secundarios, o estudo pautou-se em ampla pesquisa empirica. Do ponto de vista conceitual ele privilegia os conceitos de campesinato, espaco, territorio, resistencia camponesa, territorio de esperanca, territorializacao do capital e monopolizacao do territorio pelo capital, alem de outros conceitos da Geografia Agraria, de areas afins e da teoria marxiana como: reproducao simples e ampliada do capital, renda da terra, mercadoria, capital, capital ficticio, capital financeiro e outros. Constatamos que o espaco agrario do Agreste paraibano nos dias atuais tanto e um espaco de valorizacao da avicultura capitalista desenvolvida pela Guaraves, como e, contraditoriamente, um espaco de resistencia representada pela expansao da avicultura alternativa de criacao de frango caipira desenvolvida pelos camponeses. Todavia, sao os diferentes mecanismos de extracao da mais valia e da renda da terra, no processo de desenvolvimento desigual e contraditorio do capitalismo no espaco agrario do Agreste paraibano, que determinam a reproducao ampliada do capital avicola e a reproducao simples do campesinato.
  • ELÂNIA DANIELE SILVA ARAÚJO
  • CLASSIFICAÇÃO POR UNIDADE DE PAISAGEM E ESTUDO DA VARIAÇÃO DA BIOMASSA DA VEGETAÇÃO EM UM COMPLEXO DE SERRAS NO INTERIOR DA PARAÍBA UTILIZANDO SENSORIAMENTO REMOTO.
  • Data: 23/03/2018
  • Hora: 15:00
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  • O entendimento da dinamica dos ambientes semiaridos tem se tornado cada vez mais necessario, principalmente quando se trata da complexidade de interacao dos seus elementos naturais, devido ao fato deste ser um ambiente dotado de particularidades. O semiarido brasileiro possui uma grande diversidade paisagistica, e a interacao dos seus elementos naturais proporcionara a formacao das areas de excecao, principalmente por sua disposicao orografica, proporcionando naquele ambiente um diferenciado regime de chuvas, solo e vegetacao. Localizado no Sertao Paraibano esta o complexo de Serras, objeto de estudo dessa pesquisa, possui um regime diferencial quanto aos seus aspectos geoambientais. Afim de entender suas particularidades, objetivou-se realizar uma classificacao por unidade de paisagem, identificando a relacao entre a topografia e a umidade na manutencao da vegetacao das Serras e averiguar se essas se encaixam no perfil de enclaves subumidos. Para alcancar os objetivos foi realizado um mapeamento para caracterizacao geoambiental, visitas a campo, obtencao de dados meteorologicos, aplicacao dos indices do terreno e de vegetacao, a classificacao de unidade de paisagem e a partir dessa, identificou-se se o complexo de serras pode ser classificado como um enclave subumido. Para a analise da vegetacao foi feita uma comparacao entre os indices de vegetacao (IVDN e IVAS), a partir dessa, foi possivel verificar que ambos sao satisfatorios para a quantificacao e representacao da vegetacao local, embora, nao sejam totalmente satisfatorios para a classificacao dos tipos de vegetacao, uma vez que, e necessario a correlacao com os dados de campo. Quanto a relacao entre a o indice de vegetacao e o indice topografico de umidade, nao se obteve uma correlacao positiva, devido a fatores como a influencia da area de captacao de fluxo e declividade. Em geral, foi possivel identificar que ha uma condicao diferenciada tanto com relacao a vegetacao quanto ao regime pluviometrico principalmente das areas de topo das serras, embora nao tenha havido uma correlacao direta com o indice topografico de umidade, os resultados permitem a percepcao de que por meio da umidade, ha a existencia de uma diferenciacao na paisagem, dando margem a efetuacao da categorizacao e/ou classificacao da mesma em quatro unidades: Pedimento, Topos Convexos, Topo plano e Escarpa. Apos a analise integrada dos elementos fisiograficos do complexo de serras, foi possivel identificar que devido sua disposicao orografica ha um desenvolvimento diferenciado do regime de chuvas, solos e vegetacao, no qual foi identificado areas de caatinga arborea densa. Essa interacao aliada ao seu relevo de altitude media e superficies aplainadas, faz do complexo de Serras um local diferenciado dentro do Semiarido seco, ao qual pode ser possivel de classifica-lo como um enclave subumido. Palavras-chave: Semiarido; Indices de Vegetacao; Indice Topografico de Umidade; Areas de excecao.
  • MARIÁ PIRES CUNHA GRACIANO ROMANO
  • Análise da Sensitividade da Paisagem no Alto Curso da Bacia do Piancó - PB
  • Orientador : JONAS OTAVIANO PRACA DE SOUZA
  • Data: 22/03/2018
  • Hora: 15:00
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  • Análise da Sensitividade da Paisagem no Baxio Curso do Rio Piancó
  • WELDON PEREIRA SILVA DE NOVAIS
  • O Agronegócio do café em Vitória da Conquista - BA: Acumulação Ampliada e Reprodução Fictícia de Capital
  • Data: 27/02/2018
  • Hora: 08:30
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  • Esta dissertacao teve como proposito compreender os mecanismos da reproducao capitalista no agronegocio do cafe em Vitoria da Conquista-BA. Essa tarefa nos colocou diante do desafio de entender, em primeiro lugar, as bases que permitiram a consolidacao desse setor aos moldes de uma agricultura capitalista mundializada. Para isso, debrucamo-nos na analise acerca da geografia historica do capitalismo na formacao do agronegocio do cafe em Conquista, com recorte temporal de 1960-1990, periodo marcado pelo avanco do capital no campo brasileiro e expansao espacial da cafeicultura no pais sob o projeto de consolidacao de um modelo agroexportador de commodities. Modelo este, resultado da expansao geografica do capital dos paises do centro para a periferia capitalista, diante da sua propria criseacumulacao. A partir dos anos de 1990, o agronegocio do cafe firma-se enquanto um modelo de agricultura capitalista mundializada e foi analisado como um processo intercambiado da extensao das praticas neoliberais e da mundializacao do capital. Nesse contexto, o mercado mundial de cafe que antes era controlado pelo Estado de diferentes paises, ficou nas maos das tradings e das industrias de torrefacao e moagem que sao grupos de multinacionais que promoveram a concentracao e monopolizacao do setor em escala global. Nao poderiamos deixar de assinalar que um dos principais pilares dessa agricultura capitalista mundializada e a producao de alimentos em forma de commodities, que tem seus precos regulados nas bolsas de valores e mercados futuros. Desse modo, urgiu a necessidade de entender a reproducao ficticia de capital nesse setor e, nesse aspecto, verificamos a determinacao da logica especulativa do capital ficticio na producao capitalista do espaco no agronegocio do cafe, impondo o ritmo dessa producao a tempos futuros e, com isso, intensificando a concorrencia capitalista. Essa dinamica vem aprofundando a crise-acumulacao, ampliando a superexploracao do trabalho, promovendo o aumento substancial da producao e produtividade para suprir a logica do capital ficticio em se apropriar da mais-valia real produzida pelo capital produtivo. Esse atual cenario do agronegocio do cafe, em tempos neoliberais e sob o dominio das financas, coloca em evidencia, dentre outras coisas, a producao de alimentos em forma de commodities como uma pratica dessa agricultura de negocio que esta preocupada em atender as necessidades da acumulacao ficticia e, portanto, nao esta a servico da producao de comida para satisfazer as necessidades humanas.
  • JOSÉ CARLOS DANTAS
  • Gestão da Água, Gestão da Seca: A Centralidade do Açude no Gerenciamento dos Recursos Hídricos do Seminário.
  • Data: 06/02/2018
  • Hora: 09:00
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  • A Centralidade do Acude no Gerenciamento dos Recursos Hidricos do Seminario.
  • JOSÉ CARLOS DANTAS
  • Gestão da Água, Gestão da Seca: A Centralidade do Açude no Gerenciamento dos Recursos Hídricos do Seminário.
  • Data: 06/02/2018
  • Hora: 09:00
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  • A Centralidade do Acude no Gerenciamento dos Recursos Hidricos do Seminario.
2017
Descrição
  • LUCIANA MEDEIROS DE ARAUJO
  • “Produção Imobiliária e Novas Dinâmicas de Expansão Urbana em Patos e Cajazeiras - PB”
  • Data: 29/09/2017
  • Hora: 14:00
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  • Esta tese analisa a recente producao imobiliaria e as novas dinamicas de expansao urbana nas cidades de Patos e de Cajazeiras, localizadas na Paraiba, Nordeste brasileiro, entre os anos de 2009 e 2015. Esse recorte temporal tem como marco a implantacao do Programa Minha Casa Minha Vida, que reafirmou o imprescindivel lugar do Estado como propulsor da promocao imobiliaria voltada a habitacao de interesse social, bem como a de mercado. Com esse programa, a interposicao do Estado no setor imobiliario redefiniu as diretrizes de subvencao de credito habitacional para familias de baixa renda, bem como garantiu o credito imobiliario a empresas de construcao para a promocao privada de habitacao de mercado, com abrangencia de segmentos da populacao de medio e alto rendimento. Assim, as acoes do Estado propiciaram grande impulso a economia urbana, a mobilidade do capital e, por conseguinte, a convergencia de agentes imobiliarios privados locais e nao locais, em especial incorporadores e construtoras, com capacidade de investir, intervir e transformar o setor imobiliario e o espaco urbano das cidades analisadas. A pesquisa teve como objetivo demonstrar os percursos da mobilidade do capital e da formacao de parcerias entre os diferentes agentes produtores do espaco, inclusive desses com o Estado, com vistas a promocao imobiliaria, por meio do parcelamento de propriedades rurais periurbanas para a implantacao de loteamentos residenciais. Em Patos e em Cajazeiras, sob a logica capitalista de producao urbana, emergiram novas dinamicas de expansao territorial, as quais redefiniram o estoque e a valorizacao de lotes urbanizados comercializaveis e de novas unidades habitacionais, com um consequente aumento da especulacao imobiliaria. A celeridade desse parcelamento transformou a terra rural em solo urbano, produzindo uma grande quantidade de lotes e de habitacoes dispostos a reproducao do circuito e da acumulacao de capitais e a ampliacao das rendas urbanas para os promotores imobiliarios. Disto emergiram contradicoes socioespaciais e conflitos de interesses entre os distintos agentes imobiliarios. Sustenta-se a tese de que a interposicao do Estado, sobremaneira aquela advinda da esfera Federal, e a convergencia de agentes imobiliarios para aquelas cidades imprimiram novas dinamicas de expansao urbana, o que veio a conforma-las como nichos de reproducao e de acumulacao de diferentes fracoes do capital mercantil, investidos no setor imobiliario, nelas em ascensao. Com efeito, importa assinalar que este e um processo reprodutivel em outras cidades. Esta pesquisa aportou-se em referenciais teorico-metodologicos relativos a producao capitalista do espaco urbano e em dados primarios arrolados a partir dos cartorios de registros de imoveis das cidades investigadas. Igualmente, fez-se uso de dados secundarios, com levantamentos junto as Prefeituras Municipais e ao CREA/PB, TCE/PB, CEHAP/PB, IBGE, CEF, Ministerio das Cidades, Ministerio do Trabalho, dentre outras instituicoes. Nos trabalhos de campo, procedeu-se com entrevistas semiestruturadas, conversas informais, realizacao de fotografias e anotacoes sobre a infraestrutura do entorno. Para demonstrar a espacializacao da producao imobiliaria e da expansao urbana, utilizou-se cartogramas tematicos e imagens do Google Earth.
  • LUCIENE ANDRADE ALVES
  • “Soberania Alimentar e Gênero: O Papel das Mulheres do Polo da Borborema em Defesa das Sementes da Paixão”
  • Data: 31/08/2017
  • Hora: 14:30
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  • Esta dissertacao apresenta a estrategia de organizacao coletiva do Polo da Borborema, tendo como referencia a promocao de praticas agroecologicas. A producao dos alimentos que estao na mesa dos brasileiros e proveniente do trabalho dos (as) agricultores (as) camponeses (as) e, no caso do Polo, estes alimentos sao produzidos a partir da acao de resgate e manutencao das sementes crioulas, conhecidas no estado da Paraiba como “Sementes da Paixao”. Dentre as estrategias adotadas pelo Polo no intuito de se garantir soberania alimentar, esta a criacao dos Bancos de Sementes Comunitarios. A valorizacao da agrobiodiversidade a partir da especificidade da organizacao do Polo da Borborema serve de base para a analise sobre a difusao mundial do desenvolvimento de pesquisas e uso de Organismos Geneticamente Modificados na agricultura. Atualmente, o Brasil possui a segunda maior area plantada de sementes deste tipo, o que fomenta o debate a respeito da agrobiodiversidade. O objetivo desta pesquisa foi compreender como as acoes do Polo da Borborema voltadas a valorizacao da agroecologia e protecao da agrobiodiversidade tem influenciado na tomada de consciencia das mulheres do Polo quanto ao seu papel para a agricultura familiar camponesa. A pesquisa foi desenvolvida entre os anos de 2015 e 2017, quando foram realizados trabalhos de campo, em que foram entrevistados (as) agricultores (as) e liderancas da organizacao sindical, alem de ter ocorrido a participacao em eventos, com destaque para a “Marcha pela Vida das Mulheres e pela Agroecologia”. O incentivo a participacao das mulheres nas diversas atividades organizadas pelo Polo tem representado importante movimento de tomada de consciencia das mesmas quanto a sua contribuicao na producao de alimentos saudaveis, na valorizacao das “Sementes da Paixao”, bem como no despertar para a luta coletiva e organizada pela construcao de relacoes de genero igualitarias.
  • TATIANE RODRIGUES DOS SANTOS
  • “Expansão Territorial Urbana e Dinâmica Imobiliária: A atuação de agentes públicos e privados na produção de espaços residenciais fechados em Campina Grande - PB”
  • Orientador : CARLOS AUGUSTO DE AMORIM CARDOSO
  • Data: 31/08/2017
  • Hora: 14:00
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  • Expansao Territorial Urbana.
  • DEMETRIO COSTA DE MELO
  • "Discursos de turistificação: território e imagem turistificada de João Pessoa"
  • Data: 31/08/2017
  • Hora: 10:00
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  • O turismo global emprega mais de 1 bilhao de pessoas na Terra e tornou-se uma das mais importantes atividades para criacao de emprego e geracao de renda. No Brasil, cerca de 8,8 milhoes de pessoas encontram-se ocupadas nessa atividade. Desde a decada de 1980, varias politicas publicas de fomento ao turismo vem sendo implementadas. Nesse contexto, a cidade de Joao Pessoa-PB foi inserida como destino turistico entre as capitais nordestinas no turismo de sol e mar. A construcao do Centro de Convencoes no Distrito Turistico, localizado no Bairro Costa do Sol, veio ampliar a participacao do turismo de negocios e eventos. O objetivo desta dissertacao foi analisar os discursos de turistificacao produzidos pelos gestores estaduais que justificam a construcao de equipamentos e infraestruturas na porcao sul da cidade. A partir da Analise Semiolinguistica foi possivel constatar como a memoria discursiva, o preconstruido sobre a cidade, como por exemplo, “cidade verde”, “extremo oriental”, “onde o sol nasce primeiro”, semiotizam o mundo e constituem-se de representacoes sociais exploradas pela midia impressa e pelo marketing turistico. Em uma analise critica, foi possivel compreender como os agentes hegemonicos ancoram-se no Estado para atender suas necessidades de investimentos em infraestrutura, ao passo que os gestores se justificam por meio de seus enunciados com a geracao de emprego, de renda e de desenvolvimento e progresso para a cidade. A realizacao da AD se deu a partir de um corpus de documentos, cujo levantamento ocorreu na hemeroteca da Fundacao Casa de Jose Americo, na biblioteca da PBTUR, alem dos sitios eletronicos da SECOM e do Jornal A Uniao.
  • DIEGO CEZAR DA SILVA MONTEIRO
  • “Caracterização Morfodinâmica e Sedimentológica das Praias do Poço, Camboinha, Ponta de Mato e Miramar, Município de Cabedelo”
  • Data: 31/08/2017
  • Hora: 10:00
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  • As praias são ambientes naturalmente instáveis, principalmente devido à ocupação desordenada que vem sofrendo durante os últimos séculos, se instalando em torno desse ambiente povoados, cidades, balneários e diversas atividades turísticas, comerciais e industriais. Essa realidade tem provocado cada vez mais desequilíbrios do ambiente praial, associada a tentativas humanas de reter em posições fixas, edifícios de infraestrutura próximos a beira mar, podendo resultar numa redução ou perda completa desse ambiente. No município de Cabedelo, as alterações na dinâmica costeira e uso das áreas próximas vêm ocorrendo sem nenhum planejamento que possibilitem intervir em diversos quadros de impactos. Diante dessa problemática, essa pesquisa teve como objetivo geral a caracterização da dinâmica costeira das praias de Poço, Camboinha, Ponta de Mato e Miramar, quanto a sua morfologia e sedimentologia. A referida área se localiza na borda oriental do Estado da Paraíba – Nordeste do Brasil, mais precisamente no município de Cabedelo. Para alcançar o objetivo proposto na pesquisa, fez-se necessária uma caracterização dos processos da dinâmica costeira natural, subsidiada pelo meio físico de Cabedelo, da morfologia e a sedimentologia das praias supracitadas. Para observar o ambiente praial, as relações das atividades antrópicas e seus efeitos sobre as praias estudadas estabeleceram-se trabalhos de campos durante um período de um ano (Abril 2015 até Abril 2016) sendo divididos em oito pontos de monitoramento e coleta de dados, dois para cada praia P01 e P02 localizados na praia do Poço, P03 e P04 na praia de Camboinha, P05 e P06 na praia de Ponta de Mato e P07 e P08 na praia de Miramar. Nesses pontos foram realizados perfis topográficos praiais, sempre realizados nas marés de sizígia, de acordo com a tabua de marés, referente ao porto de Cabedelo, bem como, a coleta de amostras de sedimentos praiais em todo o ambiente praial, também foram coletados dados hidrodinâmicos de pelo menos dois meses que posteriormente forneceram produtos gráficos que auxiliaram na caracterização morfológica, sedimentológica e hidrodinâmica do ambiente praial da área de estudo. A partir da pesquisa realizada, percebe-se que as praias em que os ambientes praiais não estão conservador apresentaram maiores índices de erosão, tendo como por exemplo o P 02 da praia do Poço em que foi destruído durante a pesquisa, bem como há uma distinção dos setores costeiros que compreendem as praias de Poço e Camboinha das praias de Ponta de Mato e Miramar, onde as primeiras apresentam características de ocupação mais intensas apresentando impermeabilização do setor de pós praia. Enquanto que as outras são mais conservadas nesse quesito. A partir dos dados granulométricos, percebe-se que a maioria das amostras do ambiente de antepraia mostraram-se em sua grande maioria como areias finas, pobremente selecionadas e assimetrias negativas. Indicando que esse compartimento sofre constante perda de sedimentos para os demais compartimentos, alimentando a praia e a pós praia (quando existente) dos perfis. O compartimento praia dos sedimentos analisadas se apresentou em sua maioria com granulometria das areias médias, moderadamente selecionadas a bem selecionadas e assimetria variando entre aproximadamente simétricas e positivas. Indicando uma tendência a sedimentação desse compartimento e alta energia. Já os sedimentos do compartimento pós praia apresentaram características de granulometrias das areias finas, bem selecionadas e assimetrias negativas, indicando que esses ambientes tem em sua principal características um agente que tem bastante competência em transportar os sedimentos ao longo do perfil praial, apresentam características de sedimentação eólica. Quantos aos estados morfodinâmicos das praias analisadas, ambas se constituíram intermediarias, sendo importante melhores analises posteriormente. Palavras-Chave: Dinâmica Costeira, Sedimentologia, Morfodinâmica, Cabedelo.
  • ALEXSANDRO SILVA SOUZA
  • “Valoração da Paisagem Unidade de Conservação Parque Estadual do Poeta e Repentista Juvenal de Oliveira Campina Grande - PB: Uma Proposta de Ordenamento Territorial”
  • Data: 31/08/2017
  • Hora: 09:00
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  • Esta pesquisa refere-se a um estudo realizado em uma Unidade de Conservacao (UC) do tipo protecao integral, buscando oferecer direcionamentos de planejamento com base no estudo da valoracao da paisagem sob um vies sistemico. A UC Parque Estadual (PAREST) do Poeta e Repentista Juvenal de Oliveira (PRJO), localizada no municipio de Campina Grande – PB, nao possui gestao e carece de conhecimentos cientificos que justifiquem a necessidade de sua implementacao, pois se trata de uma UC nao regulamentada e que sofre imposicoes de outras territorialidades. Assim, o objetivo principal do trabalho foi o de valorar e avaliar a paisagem da UC, atraves da aplicacao da metodologia de valoracao da paisagem vegetal global LANBIOEVA (acronimo para Landscape Biogeographic Evaluation), buscando identificar valores naturais e culturais e com isso ter elementos que orientem estrategias de planejamento. Foram valoradas, tambem, paisagens localizadas nas areas adjacentes a UC, como forma de poder compreender o contexto em que se insere a area de estudo, permitindo propor indicacoes de usos compativeis e adequados aos objetivos de uma UC do tipo parque. Apesar de tratar-se de uma zona de transicao fitogeografica, observou-se nos levantamentos floristicos uma quantidade relevante de especies de caatinga, algumas delas endemicas, raras ou ameacadas. Constatou-se que a UC PAREST PRJO possui tipologias de paisagens com valores interessantes do ponto de vista natural e cultural, porem preocupantes do ponto de vista da ameaca, obtendo assim pontuacoes superiores as paisagens de clima boreal e temperado. As paisagens a leste apresentaram floristica e valores naturais e culturais semelhantes aos encontrados no interior da UC, porem com baixo grau de ameaca, sendo potenciais para conservacao e anexacao aos limites da UC. Os usos conflitantes na UC e consequentes ameacas aos recursos naturais da area de estudo sao iminentes e inobservante as leis ambientais, necessitando de intervencoes urgentes para reverter o quadro de degradacao. As paisagens da UC e das areas adjacentes se mostram com potencialidades enquanto provedoras de servicos ecossistemicos, o que justifica a necessidade de regularizacao da area protegida e um ordenamento territorial que possibilite a conservacao e preservacao da natureza.
  • JOSÉ RIBAMAR GOMES DE SOUSA
  • POLÍTICAS PÚBLICAS E DESENVOLVIMENTO LOCAL: O PROGRAMA DE AQUISIÇÃO DE ALIMENTOS (PAA) NO MUNICÍPIO DE CAJAZEIRAS - PB
  • Orientador : JOSIAS DE CASTRO GALVAO
  • Data: 30/08/2017
  • Hora: 16:00
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  • A criação de políticas públicas no âmbito do desenvolvimento social e territorial no Brasil vem apresentando significativas mudanças a partir de seu processo histórico de formação territorial. É nesse percurso histórico que os problemas sociais se manifestam, através de questões ligadas ao processo de organização espacial de produção, de distribuição de recursos, bem como são intensificados por meio dos problemas regionais ligados à seca na região Nordeste. A criação de programas para atender a uma necessidade regional já vem sendo executadas desde o início do período Imperial com Dom Pedro II que já retratava a necessidade de levar água ao sertão do Nordeste, e veio se propagando com a criação de órgãos no século XX como os IFOCS e IOCS e atualmente o DNOCS. Já no final do mesmo século foi criado um programa com o objetivo de contribuir com o desenvolvimento das atividades da agricultura familiar no campo, o Pronaf – Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar. Com o decorrer dos anos, já no início do século XXI, há um conjunto de políticas direcionadas à população em situação de pobreza e em vulnerabilidade alimentar e nutricional. A título de exemplo temos o Programa Fome Zero – PFZ e o PAA. E, é nesse contexto que damos ênfase ao PAA como uma das linhas de atuação do PFZ e que passamos a analisá-lo, tendo como foco principal, a compreensão do papel dessa política nas dinâmicas do espaço e das transformações socioterritoriais nas comunidades rurais do município de Cajazeiras – PB. Desde a criação do programa no ano de 2003, ele vem sendo estruturado por meio de decretos a fim de atender o maior número de produtores possíveis, gerado assim, uma forma de contribuir com o crescimento e o fortalecimento das atividades do campo. Na realização desta pesquisa, utilizamos uma base metodológica quati/qualitativo, por meio de um estudo de caso nas comunidades rurais, a fim de ter um panorama da atuação do programa de forma contextualizada no referido município. Realizamos aplicações de questionários com os produtores fornecedores do PAA entre os anos de 2013 a 2016 e entrevistas com os responsáveis pelo programa de 2009 a 2012. Realizamos as análises dos dados, e, compreendemos que dentro do processo de desenvolvimento do programa há dois momentos distintos destacados pelos produtores rurais, um retratando a atuação da coordenadora executora do PAA entre os anos de 2009 a 2012, e, de 2013 a 2016. Destacamos também que há um processo de redução do número de produtores desde o ano de 2009, bem como uma apresentação de aspectos positivos e negativos da atuação do PAA, em consonância com a gestão do programa. Isto é o que, de certa forma, possibilita e limita o processo de desenvolvimento ou transformação das comunidades rurais no município de Cajazeiras – PB.
  • MARIA ADENI CLEMENTINO LEITE
  • “A Cartografia Escolar como Metodologia na Formação de Professores de Geografia na Universidade Estadual da Paraíba”.
  • Data: 30/08/2017
  • Hora: 08:30
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  • Nesta dissertacao buscamos analisar a Cartografia Escolar como metodologia na formacao de professores de Geografia da Universidade Estadual da Paraiba, uma vez que a referida instituicao oferta o curso de Geografia nos Campus I e Campus III. Especificamente, contextualizamos a Cartografia Escolar no ensino de Geografia; apresentamos as concepcoes dos professores das disciplinas, voltadas a Cartografia; averiguamos e comparamos o entendimento dos alunos participantes, acerca da utilizacao da Cartografia Escolar nas aulas de Geografia. Como metodologia de pesquisa, realizamos um levantamento bibliografico baseado em teoricos que abordam as tematicas: Formacao de Professores, curriculo, pratica e saberes docentes; Cartografia Escolar; dentre outros. Partimos da concepcao do estudo de caso, assim, utilizamos um roteiro de entrevista semiestruturado e um questionario, destinados a coleta de dados atraves da participacao voluntaria de tres professores – responsaveis pelas disciplinas de Cartografia – e quarenta e tres alunos do ultimo semestre do curso. A partir dos dados levantados nesta pesquisa, observamos que os docentes configuram em suas praticas de ensino, em um vies direcionado a tecnica geografica, constituindo em fragilidades repassadas aos alunos com relacao a disciplina escolar Geografia, principalmente, na utilizacao do conhecimento cartografico. Alem disso, compreendemos como se dava a utilizacao da Cartografia Escolar na formacao dos professores de Geografia e, identificamos que, apesar dos alunos terem a oportunidade de cursarem disciplinas na area da Cartografia e acesso, ainda que restrito, a materiais demonstram insatisfacao com a sua formacao, obviamente, existe um despreparo para a pratica docente. Com base nos discursos dos sujeitos da pesquisa, identificamos tambem problemas relacionados a infraestrutura, a carga horaria, a metodologia de ensino dos professores. Igualmente verificamos que os professores entrevistados necessitam repensar sobre sua pratica e a importancia do seu papel como professor formador de futuros professores, que apresentam a responsabilidade de inserir em suas praticas pedagogicas novas possibilidades para a formacao de professores para o ensino da Geografia e a utilizacao da Cartografia Escolar como metodologia para esta formacao. PALAVRAS-CHAVE: Formacao de Professores; Geografia: Cartografia Escolar.
  • SIMONE DE MELLO
  • INVISIBILIDADE SOCIOESPACIAL E DIREITO À CIDADE: Reflexões sobre o Plano Municipal de Políticas para as Mulheres de João Pessoa - PB.
  • Data: 29/08/2017
  • Hora: 14:30
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  • Nesta dissertação, partimos da ideia política e radical de reconhecer as mulheres como sujeito de direitos. Fizemos uma revisão bibliográfica que relaciona Geografia e Feminismo, relemos as políticas públicas para as mulheres partindo do pressuposto que elas resultam de movimentos e ativismos por parte de mulheres e o nosso horizonte foi a necessidade de ampliar a leitura geográfica da cidade a partir da (re)significação do Direito à Cidade (Henri Lefebvre, 1991). Para muitas mulheres, o espaço público urbano se apresenta como um espaço de insegurança. Em João Pessoa, desde 2013 a Secretaria de Municipal de Mulheres incluiu nos seus objetivos intervir no planejamento espacial da cidade para reverter esse quadro. O instrumento para isso tem sido o Plano de Políticas para Mulheres. Metodologicamente nos fundamentamos na compreensão lefebvriana do espaço como produto e processo social. Entendemos o espaço geográfico como condição de reprodução das relações sociais que ordenam e controlam nossa sociabilidade, dando forma urbana as desigualdades de classe, de gênero e de etnia, entre outras. Também, entendemos que as demandas das mulheres configuram lutas nesse espaço, assim como conquistas por direitos e consideramos as mudanças em curso no Brasil pós golpe político (2016) como um retrocesso onde opera o feminismo, especificamente em sua particularidade institucional, que reforçam as desigualdades que já existiam. Há uma problemática concreta e específica, a insegurança afeta diretamente como as mulheres se relacionam com o espaço, como podem ou não exercer o Direito à Cidade.
  • DANIEL ALMEIDA BEZERRA
  • "A Arte de Caminhar na Cidade: educando o olhar geográfico nas andanças no centro de Campina Grande"
  • Data: 29/08/2017
  • Hora: 13:30
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  • E no contato de nosso corpo com o corpo da cidade que, de modo orientado e desorientado, construimos o conhecimento geografico. Nos o construimos a partir de leituras – de livros, do nosso contato com o saber teoricamente sistematizado, mas, eminentemente, o construimos atraves de nossas praticas espaciais cotidianas realizadas no espaco geografico da cidade. As caminhadas nos possibilitam construir um modo de sentir, de olhar e pensar a cidade. Caminhando aprendemos a ler a cidade, isto e, a descortinar sua dinamica socio-espacial e ludica. Nestas andancas, se, de modo destro, na perspectiva da pesquisa geografica, procuramos revelar a cidade atraves de excursoes e da descricao do seu espaco, no modo erratico, a revelamos atraves das narrativas urbanas: da Literatura de Cordel, curta-metragem, cronicas, musicas e poesias, compondo juntos imagens corpograficas da cidade. Nesse horizonte, indagamos: Como as excursoes e a caminhada a deriva, na cidade, contribuem para a educacao do olhar geografico de docentes e discentes e, tambem, na construcao de uma ambiencia geografico-educativa no centro da cidade de Campina Grande-PB? Como estas modalidades de caminhada exercem uma funcao dialogica na articulacao entre o Ensino de Geografia e a Educacao Geografica, entre a ciencia e a arte, entre a etica e a politica, no contexto de nossa urbanidade, aqui posta em xeque? Como estas caminhadas na cidade se articulam as estrategias de ensino e aprendizagem, da Geografia e, ao mesmo tempo, ao jogo urbano, da caminhada a deriva? Como a caminhada a deriva se distingue e, ao mesmo tempo, articula-se aos conceitos procedimentais da pesquisa geografica? Nestes termos, objetivamos investigar e compreender o espaco geografico de Campina Grande-PB, juntamente com os docentes e discentes do Curso de Licenciatura e Pos-Graduacao em Geografia da UEPB e da UFPB, a partir de caminhadas itinerantes e errantes no centro da cidade, para assim propormos sua transformacao – psicogeografica e corpografica – numa ambiencia geografico-educativa. Considerando a articulacao desses dois movimentos do olhar e do caminhar, destros e erraticos, realizamos uma pesquisa-acao expressa num conjunto de cinco caminhadas pelo centro da cidade de Campina Grande-PB: quatro excursoes geograficas e uma andanca a deriva. Atraves delas, caminhamos por pracas, parques, ruas e avenidas, em dialogo com os discursos do olhar dos docentes e discentes num processo de instauracao de uma ambiencia geografico-educativa neste espaco geografico. Para a realizacao destes dialogos analitico-criticos com os discursos do olhar do outro, recorremos a teoria da Analise do Discurso em entrevistas semiestruturadas com os docentes, e, para os discursos do olhar discente, valemo-nos da analise critica e dialogica dos seus cadernos de campo. Caminhamos entre a ciencia e a arte na construcao de uma proposta de educacao do olhar geografico na cidade. Portanto, articulamos elementos da estetica, da ciencia, da etica e da politica para compor novas formas de ser e estar na cidade – expressoes de nossa urbanidade e de nossa propria politicidade posta em construcao. PALAVRAS-CHAVE: Educacao geografica. Cidade. Olhar geografico. Caminhadas geograficas.
  • WANDSON DO NASCIMENTO SILVA
  • “A Dinâmica Natural e a Ação do Homem na Transformação do Meio: Uma Análise Geoambiental no Município de Pitimbu-PB”
  • Data: 29/08/2017
  • Hora: 09:00
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  • O presente trabalho constitui um levantamento sobre os aspectos naturais no municipio de Pitimbu-PB, de forma a apresentar o atual panorama dos impactos ambientais ocasionados pela acao do homem, enquanto agente transformador do meio. O atual cenario constituinte do municipio fundamenta-se no seu proprio contexto historico e nas suas caracteristicas fisico-ambientais, integrando o dinamismo da construcao espacial ao longo dos anos. Desta forma, a pesquisa objetivou a realizacao de uma analise geoambiental no municipio de Pitimbu-PB, atraves da observacao da dinamica natural e da acao humana na transformacao espacial. Para tanto, foram necessarios alguns procedimentos metodologicos. Inicialmente, os levantamentos bibliograficos, documentais e de dados existentes. Em seguida, aconteceram os trabalhos de campo, onde foram realizados os levantamentos e foram observados os elementos necessarios ao desenvolvimento da pesquisa, os quais foram sistematizados, permitindo a elaboracao de mapas tematicos da area pesquisada, a partir do Sistema de Informacoes Geograficas (SIG’s), possibilitando compreender os principais fatores geradores dos processos de degradacao ambiental em Pitimbu. A propria dinamica natural e constituida de fatores que podem gerar varios impactos ao meio. Contudo, tambem possui a capacidade de adaptar-se e de reorganizar-se. Dessa maneira, o homem inseriu-se nesse cenario, como transformador do espaco e causador de severos impactos que, na maioria das vezes, sao irreversiveis, prejudicando nao apenas o meio ambiente como a propria sociedade. Em sintese, esta pesquisa constitui um acervo de informacoes para a tomada de decisoes no ambito do setor publico, privado e na comunidade em geral, enquanto instrumento colaborador no processo de planejamento e de gestao socioambiental.
  • JOSÉ JEFERSON DA SILVA CHAVES
  • “Estudo geomorfológico sobre as cavidades naturais da Paraíba”
  • Data: 25/08/2017
  • Hora: 16:00
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  • Esta pesquisa refere-se ao estudo sobre cavidades naturais no ambito geologicogeomorfologico no Estado da Paraiba. Este trabalho abordou nove cavidades naturais (as mais representativas) distribuidas em quatro municipios do estado que se desenvolveram em litologias diferenciadas, como: arenito, calcario e granito. Essas cavidades estao distribuidas nos respectivos municipios: duas no municipio de Joao Pessoa (Caverna da Onca e Caverna do Mares); duas no municipio de Santa Rita (Caverna do Indio, Gruta do Lobo guara); um no municipio de Alhandra (Gruta do Wilson) e quatro no municipio de Araruna, mais precisamente no Parque Estadual da Pedra da Boca - PEPB (Pedra da Boca, Pedra da Caveira, Pedra da Santa e Furna do Cacador). Essas nove cavidades naturais constituem as mais representativas expressoes morfologicas do genero existente no estado da Paraiba. O objetivo principal desta pesquisa e estudar os diversos tipos de cavidades naturais existentes no Litoral e porcao oriental do Agreste paraibano. A metodologia empregada nesse trabalho envolveu-se em levantamentos bibliograficos o que diz respeito as cavidades naturais no contexto regional e local das areas pesquisadas. Foram elaboradas diversas pesquisas de campo com o objetivo de fazer uma caracterizacao externa e interna das cavidades originando a tabulacao de dados e confeccao de mapas tematicos do interior das cavidades usando o software Survex. Constatouse atraves das prospeccoes e mapeamentos, que as cavidades citadas nesta pesquisa, estao em pleno estagio de transformacao, acarretadas pela dissolucao, acao mecanica da agua (piping) e pelo caimento de blocos em vertentes ingremes. Pode-se constatar pela primeira vez, um estudo de cavidade natural de litologia carbonatica no Estado da Paraiba, denominada de Gruta do Wilson. Durante a pesquisa percebe-se que todas as cavidades possuem um valor cultural para a regiao onde esta inserida, onde algumas delas atraem um numero significativo de turistas com o objetivo de praticar lazer e esportes de aventura.
  • TAYNAN ARAÚJO DE OLIVEIRA
  • “Centro, Centralidade e Novas Áreas Centrais em Campina Grande - PB: O Centro do Bairro das Malvinas”
  • Data: 11/08/2017
  • Hora: 14:00
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  • Centro, Centralidade e Novas Areas.
  • ANDRÉIA DIAS DE MEDEIROS
  • ANÁLISE DA GESTÃO DAS ÁGUAS DE RESERVATÓRIOS NO SERIDÓ DO ESTADO DO RIO GRANDE DO NORTE
  • Data: 28/07/2017
  • Hora: 14:00
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  • A bacia hidrográfica é a unidade territorial de análise, planejamento e gerenciamento mais eficaz para caracterizar os recursos hídricos e minimizar os impactos e transtornos ambientais, a exemplo da poluição dos rios ou da diminuição da cobertura vegetal. O gerenciamento dos recursos hídricos é uma condição indispensável, embora insuficiente, para a superação da situação de subdesenvolvimento econômico e social da região semiárida do Nordeste brasileiro. Desse modo, objetivou-se neste trabalho avaliar como ocorre a gestão dos recursos hídricos dos reservatórios da sub-bacia Seridó-RN, com o auxílio das geotecnologias, como forma de identificar problemas e possíveis soluções. A partir do mapeamento feito a partir de imagens de satélite dos anos de 2009 e 2016, verificou-se a dimensão dos reservatórios, relacionando-os com os dados pluviométricos. Constatou-se uma redução acentuada na área do espelho d’água ocasionada principalmente pelas altas taxas de evaporação do semiárido, pelo longo período de estiagem e pelos múltiplos usos dos recursos hídricos. Na etapa de avaliação dos impactos das demandas pelo uso da água nesses reservatórios foi possível verificar que os mesmos têm múltiplos e conflitantes usos, inclusive irrigação; o monitoramento hidro-meteorológico e das demandas de água são imprecisos ou, muitas vezes, inexistentes; e que as instituições responsáveis pela gestão dos recursos hídricos ainda não estão adequadamente estabelecidas ou consolidadas. No mapeamento de uso e cobertura da terra se constatou que a ocupação indevida de qualquer recorte espacial gera implicações ambientais que podem, em um futuro próximo, acarretar problemas para as comunidades humanas. Foi identificado que a classe de uso com maior predominância na sub-bacia é a classe de Caatinga Aberta, ocupando 64,8% do total da área. Isto permite deduzir que a área estudada esteja passando por uma alta pressão antrópica. Em se tratando dos sistemas de abastecimento dos municípios localizados na área de estudo, evidenciou-se que praticamente todos os reservatórios que estão inseridos na sub-bacia entraram em colapso ou foram submetidos a severo racionamento, e as situações mais críticas de colapso ocorreram nos municípios de Acari e Caicó. Através dos dados analisados é possível inferir que são diversos os fatores que contribuíram para atual crise hídrica, tais como: econômicos, administrativos, políticos, sociais e ambientais. Por fim, salienta-se que apesar de contar com uma lei que implementa um sistema de gestão da água integrado, participativo e descentralizado, as ações coordenadas pelo governo do estado do Rio Grande do Norte, e pelos órgãos responsáveis pela gestão dos recursos hídricos, não têm sido capazes de evitar a grave ameaça de falta de água na região.
  • ALISSON CLAUBER MENDES DE ALENCAR
  • “Tecnologia Assistiva e Inclusão: A Construção da Consciência Espacial Cidadã de Deficientes Visuais"
  • Data: 27/07/2017
  • Hora: 14:30
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  • Com a inclusao dos recursos tecnologicos no ambiente escolar, surgem novas possibilidades metodologicas de se conceber o processo de ensino-aprendizagem dos conteudos educacionais. Assim sendo, e necessaria uma formacao continuada, direcionada para o uso das Tecnologias da Informacao e Comunicacao (TIC) que nao se esgote apenas em teorias, mas que transcenda os apontamentos contidos nos livros didaticos e estabeleca relacoes com o mundo vivido e percebido pelos sujeitos que estao manipulando estas ferramentas. Para sua materializacao e estruturacao, esta investigacao teve como procedimentos metodologicos um levantamento bibliografico, documental e historico que abordasse de forma pontual a insercao das politicas publicas educacionais destinadas a implementacao de recursos tecnologicos e, por conseguinte a inclusao digital nas escolas, juntamente com apontamentos sobre a importancia da formacao continuada para realizacao da pratica docente do professor de Geografia do ensino medio. E por fim, mas nao menos importantes, foram aplicados questionarios e entrevistas a professores de Geografia que participaram da formacao do ProInfo. Este estudo tem por objetivos: 1) analisar a insercao do Programa Nacional de Tecnologia Educacional (ProInfo) nas instituicoes publicas da educacao basica; 2) tecer reflexoes sobre as possibilidades metodologicas de utilizacao dos recursos tecnologicos pelos professores de Geografia do ensino medio da rede estadual de educacao da cidade de Campina Grande – PB; 3) Avaliar a formacao continuada ofertada pelo Nucleo de Tecnologia Educacional (NTE) e sua influencia na pratica docente do professor de Geografia desta cidade. Os cursos de licenciaturas em Geografia, tidos como a formacao inicial docente abordam de maneira superficial o uso dos recursos tecnologicos nos componentes curriculares direcionados para tal finalidade. Seja por uma formacao bacharelesca do professor formador, pela carga horaria do componente curricular (reduzida), pela falta de recursos tecnologicos nas Instituicoes de Ensino Superior ou pela impossibilidade de um acompanhamento efetivo nas atividades e acoes propostas pelo professor formador para com seu discente. Para suprir esta lacuna na formacao inicial dos profissionais da educacao basica, nas instituicoes publicas de ensino superior, o governo federal, em parcerias com estados e municipios, implantou o Programa Nacional de Inclusao Digital. As inquietacoes que este estudo vem a promover versam sobre o que foi prescrito e o que esta sendo realizado a partir da implantacao deste programa no contexto da educacao.
  • DAVID DE ABREU ALVES
  • “Tecnologia Assistiva e Inclusão: A Construção da Consciência Espacial-Cidadã de Deficientes Visuais”
  • Data: 19/06/2017
  • Hora: 09:00
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  • O texto dissertativo, resultado da reflexao teorica e pesquisa de campo, aborda o processo de formacao da consciencia espacial-cidada de estudantes com Deficiencia Visual, por meio da chamada Tecnologia Assistiva. A pesquisa configura-se como qualitativa, com analise de material fruto de revisao bibliografica e da aplicacao de duas tecnicas: uso de questionarios e grupos focais. As metodologias utilizadas sao direcionadas a dois conjuntos de sujeitos que aceitaram participar da pesquisa, e que estao na Escola Estadual de Ensino Fundamental e Medio Senador Argemiro de Figueiredo, localizada na cidade de Campina Grande, no Agreste do Estado da Paraiba. O primeiro grupo e formado pelos profissionais ligados a educacao (gestor, professores de Geografia e coordenadoras da Sala de Recursos Multifuncionais AEE) e, o segundo formado por estudantes com Deficiencia Visual matriculados nas turmas regulares da instituicao, com faixa etaria de idades entre 13 e 18 anos. A relevancia de tal estudo configura-se na necessidade de contribuir com pesquisas cientificas ligadas a inclusao de deficientes visuais, e que estejam relacionados com a Geografia. O embasamento teorico fundamenta-se em documentos oficiais de diferentes esferas governamentais, nacional e internacional, bem como obras que apresentam como tema a Consciencia Espacial, Ensino de Geografia, Educacao Especial, Inclusao Escolar, Educacao para os Deficientes Visuais, e Tecnologia Assistiva. Nesse contexto destacam-se as obras de Almeida (2008), Loch (2008), Guijarro (2005), Mantoan (2008), Bersch (2005; 2006; 2008; 2013), Galvao Filho (2009; 2011; 2012; 2013), Santos (1997; 2003; 2006; 2012), Nogueira (2009; 2013), Carneiro (2009; 2013), Calvalcanti (2002; 2006), dentre outros. O texto e estruturado partindo de consideracoes sobre o percurso historico vivenciado por pessoas com deficiencia; apresenta consideracoes sobre uma Geografia inclusiva mediada para os Deficientes Visuais; busca contemplar um historico sobre a Tecnologia Assistiva, destacando os tipos que podem ser direcionadas ao ensino de Deficientes Visuais. Sobre os dados que nos foram oferecidos para reflexao, evidencia-se a situacao da escola pesquisada no tocante a Educacao Especial, e como a Tecnologia Assistiva auxilia no processo de formacao de uma consciencia espacial-cidada dos estudantes deficientes visuais, pautado no conhecimento geografico. O resultado desta pesquisa aponta para questoes de nao efetivacao, por completo, das diretrizes de documentos que norteiam a Educacao Especial na perspectiva inclusiva, e para importancia do educador na mediacao do conhecimento para Deficientes Visuais, revelando que a Tecnologia Assistiva nao substitui a figura do professor de Geografia, ou do professor especializado, na formacao de uma consciencia espacial.
  • MARIA CLYVIA MARTINS DOS SANTOS
  • A “Tragédia de Mari”: Resistência Camponesa no Município de Mari-PB em 1964”
  • Data: 16/06/2017
  • Hora: 14:00
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  • O presente trabalho pretende contribuir com o estudo da luta pela terra no campo brasileiro, dando enfase a trajetoria das Ligas Camponesas na Paraiba e a atuacao desse movimento campesino no municipio de Mari-PB. A estrutura fundiaria altamente concentradora do pais, tem provocado conflitos e confrontos desde o periodo colonial. A formacao territorial do pais, firmada sobretudo na concentracao da terra, configurou historicamente territorios de opressao e violencia. E partindo desse pressuposto, procuramos neste trabalho investigar a partir da historia territorial do municipio de Mari, a chamada “Tragedia de Mari” ocorrida no ano de 1964, quando cerca de 400 camponeses encontravam-se trabalhando nas terras da fazenda Olho D’Agua, e reagiram a agressao do latifundio, partindo para o confronto, o que resultou em varias mortes e feridos. Buscamos ainda apresentar os desdobramentos desse fatidico episodio no municipio, evidenciando a dolorosa memoria dos familiares dos envolvidos na tragedia.
  • MARIA CLYVIA MARTINS DOS SANTOS
  • A “Tragédia de Mari”: Resistência Camponesa no Município de Mari-PB em 1964”
  • Data: 16/06/2017
  • Hora: 09:00
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  • O presente trabalho pretende contribuir com o estudo da luta pela terra no campo brasileiro, dando enfase a trajetoria das Ligas Camponesas na Paraiba e a atuacao desse movimento campesino no municipio de Mari-PB. A estrutura fundiaria altamente concentradora do pais, tem provocado conflitos e confrontos desde o periodo colonial. A formacao territorial do pais, firmada sobretudo na concentracao da terra, configurou historicamente territorios de opressao e violencia. E partindo desse pressuposto, procuramos neste trabalho investigar a partir da historia territorial do municipio de Mari, a chamada “Tragedia de Mari” ocorrida no ano de 1964, quando cerca de 400 camponeses encontravam-se trabalhando nas terras da fazenda Olho D’Agua, e reagiram a agressao do latifundio, partindo para o confronto, o que resultou em varias mortes e feridos. Buscamos ainda apresentar os desdobramentos desse fatidico episodio no municipio, evidenciando a dolorosa memoria dos familiares dos envolvidos na tragedia.
  • THIAGO ALMEIDA DE LIMA
  • “O Hiperprecariado em Movimento: a territorialização contraditória da luta por moradia em João Pessoa”
  • Data: 26/05/2017
  • Hora: 14:00
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  • Esta tese versa sobre a luta politica travada pelos sujeitos que vivenciam cotidianamente os efeitos mais perversos do processo de reestruturacao produtiva do capital em paises semiperifericos, especialmente nas periferias urbanas do Brasil - o hiperprecariado. Dentre as multiplas formas de expressao da resistencia e insurgencia protagonizadas pelas camadas populacionais subalternizadas nas cidades brasileiras, aquelas vinculadas a questao da moradia sao certamente as mais proeminentes, nao apenas porque se trata de um direito basico longe de ser universalizado, mas tambem em funcao do carater profundamente seletivo que caracteriza a producao do espaco urbano no pais. Em um cenario nacional marcado pela sensacao generalizada de crise, pelo recrudescimento de manifestacoes protofascistas e por um preocupante avanco do capital sobre os incipientes direitos sociais conquistados, vem ocorrendo o aprofundamento do quadro critico que se abateu sobre os movimentos sociais nas ultimas tres decadas. Nesse contexto, urge a necessidade de refletir sobre as contradicoes que marcam o fazer-politico dos sujeitos pertencentes aos estratos sociais hiperprecarizados, na perspectiva de desvelar seus condicionantes mais intimos. Para consecucao de tal tarefa, repousaremos nossas analises sobre as experiencias de luta pela moradia empreendidas pelo ‘Terra Livre – Movimento Popular do Campo e da Cidade’ em Joao Pessoa-PB. Debrucando-nos sobre o cotidiano dos territorios construidos por e a partir da luta politica travada pelo mencionado movimento social, objetivamos colocar em relevo suas praticas espaciais, enfatizando as contradicoes nelas inscritas, a fim de apontar, alem das especificidades que emolduram o fazer-politico do hiperprecariado urbano, suas possibilidades e limites. As reflexoes desenvolvidas ao longo desta pesquisa permitiram a formulacao da tese de que o hiperprecariado, ao se colocar em movimento na busca pela efetivacao do direito a moradia, promove uma territorializacao contraditoria da luta, prenhe de especificidades e caracterizada, entre outros aspectos, pela coexistencia de praticas socio-espaciais insurgentes e reiterativas da ordem vigente.
  • RODRIGO BEZERRA PESSOA
  • Professores de Geografia em Início de Carreira: Olhares sobre a Formação Acadêmica e o Exercício Profissional.
  • Data: 05/05/2017
  • Hora: 14:30
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  • Este trabalho, que se insere no ambito da formacao docente, tem como proposito central investigar o inicio da trajetoria profissional dos professores de Geografia, considerando seus percursos de formacao inicial e os desafios relacionados ao contexto de atuacao onde estao inseridos. Os professores, interlocutores da pesquisa, sao licenciados, recem-egressos da Universidade Federal de Campina Grande (UFCG), campus Cajazeiras - PB, com, no maximo, tres anos de atuacao na educacao basica. O referencial teorico em que a tese se baseia envolve contribuicoes de pesquisadores que discutem sobre questoes relativas ao periodo inicial da atividade profissional do professor na educacao basica e a formacao docente, com enfase na formacao inicial do professor de Geografia. No que se refere a escolha metodologica, optamos por uma pesquisa de abordagem predominantemente qualitativa, desenvolvida por meio de um estudo de caso. Todavia, na tentativa de obter uma abordagem mais ampla e inteligivel para compreender o problema estudado, tambem fizemos uso de indicadores quantitativos. A coleta do material de analise foi desenvolvida em duas etapas, com instrumentos e estrategias diferenciados para cada uma. Na primeira etapa da pesquisa, aplicamos um questionario a um conjunto de vinte e tres professores iniciantes, com o objetivo de caracterizar seu perfil. Na segunda etapa, encaminhamos a investigacao por meio de entrevista semiestruturada com cinco professores e elaboramos uma matriz organizada em quatro eixos de analise fundamentados na trajetoria pessoal, formativa e profissional dos professores, nos motivos que nortearam a escolha pela Licenciatura em Geografia como Curso Superior, no processo de formacao academica e no periodo inicial da carreira docente. Os dados referentes a primeira fase da investigacao foram organizados com a colaboracao do software Statistical Package for the Social Sciences (SPSS), versao 20.0, e os resultados alcancados a partir das entrevistas foram sistematizados seguindo as etapas recomendadas pela tecnica de analise de conteudo. Os resultados da pesquisa revelaram, entre outros aspectos, que a formacao academica tem se apresentado, em muitos momentos, distanciada da realidade pratica em que os docentes irao atuar. Isso resulta no agravamento do “choque de realidade” sentido pelos professores quando ingressam na profissao. O inicio da atividade docente tambem foi relatado pelos novos professores de Geografia como um periodo marcado por uma serie de dificuldades que, via de regra, assemelham-se bastante as indicacoes presentes na literatura sobre a tematica. Das complicacoes mais presentes, destacamos os aspectos relacionados a gestao da sala de aula, como: indisciplina; falta de interesse e participacao dos alunos; dificuldades relativas ao dominio de determinados conteudos; questoes burocraticas que envolvem o trabalho docente e dificeis condicoes de trabalho enfrentadas por esses profissionais no Magisterio. Nesse contexto, tambem ficou constatado que os professores de Geografia que estao em inicio de carreira desenvolvem o seu oficio de maneira isolada. Isso indica que os conhecimentos provenientes da atividade docente vem sendo construidos em um cenario de carencia de estruturas de apoio por parte dos estabelecimentos de ensino basico e das instituicoes formadoras, que, de modo geral, pouco se preocupam com o egresso. Em funcao disso, fica evidente a importancia de estruturar programas institucionais de apoio, atraves de grupos colaborativos destinados a promover o desenvolvimento pessoal/profissional dos professores da educacao basica e a favorecer uma maior discussao e reflexao acerca das necessidades enfrentadas nos primeiros anos da carreira docente.
  • ENILDO LUIZ GOUVEIA
  • “Governança das Águas em Suape: Por entre Território, Crescimento e Poder Local”
  • Data: 16/03/2017
  • Hora: 15:00
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  • A presente pesquisa ao tratar da Governanca das Aguas em Suape trilhou o caminho da complexidade socioambiental envolvendo os recursos hidricos, pois a realidade apresentada perpassa por questoes tanto naturais quanto socioeconomica e culturais. O objetivo principal e compreender a atuacao dos Comites de Bacias Hidrograficas (GL 2 e Ipojuca) e dos Conselhos Municipais (de Meio Ambiente e de Desenvolvimento) neste processo de Governanca das Aguas trazendo uma discussao sobre o Territorio, o Crescimento e o Poder Local, conceitos e categorias fundamentais para o entendimento da problematica. Para tanto, acompanhamos estes Comites e Conselhos durante o periodo 2014 – 2016, onde participamos de varias acoes, reunioes e, atraves da aplicacao de entrevistas com representantes dos diversos segmentos presentes, pudemos ter uma compreensao mais aprofundada da Governanca das Aguas em Suape, identificando suas fragilidades e potencialidades deste processo. Suape designa aqui a Microrregiao de Suape composta pelos municipios do Cabo de Santo e Ipojuca, municipios que por sua vez compoem a Regiao Metropolitana do Recife – RMR, e que desempenham importante papel na economia pernambucana, principalmente em funcao da instalacao do CIPS - Complexo Industrial e Portuario de Suape iniciada na decada de 1970. E uma area litoranea que apresenta interface com a zona da mata sul de Pernambuco possuindo elementos naturais e socioeconomicos destas duas zonas geograficas. O Crescimento (economico, demografico, urbano e industrial) em Suape, tem como principal motor o CIPS que, desde sua concepcao e, sobretudo a partir de 2007, tem provocado debates em torno dos impactos socioambientais verificado na area, principalmente com relacao as transformacoes ocorridas na paisagem especialmente aquelas ocorridas proximas a foz dos rios Ipojuca e Massangana, com a retirada e aterro de areas outrora ocupadas por manguezais, deslocamentos de populacoes tradicionais etc. Este Crescimento, associado a propria dinamica da RMR, para a qual Suape representa importante manancial de abastecimento de agua, contribuindo com mais de 50% da oferta hidrica, fez aumentar a demanda por este recurso. Dessa forma, com o aumento da pressao sobre os recursos hidricos estrategicos de Suape, e preciso entender entao, qual o papel que o Poder Local tem tido na Governanca das Aguas, notadamente sobre as aguas superficiais visto que o Estado de Pernambuco, de modo geral, nao possui reservas de agua subterranea representativas para o abastecimento. A analise do processo de Governanca das Aguas em Suape esta imersa num contexto de diversos Territorios que conferem ao tema relacoes conflituosas. Estao presentes na area os Territorios dos Municipios do Cabo de Santo e de Ipojuca, os Territorios das Bacias Hidrograficas (GL 2 e Ipojuca) e o Territorio do CIPS. Ou seja, trata-se de uma dinamica que se da por entre Territorios. Assim, torna-se fundamental entender tais relacoes a partir do Poder Local, aqui considerado como principal elemento da Governanca das Aguas, nos espacos que legalmente foram e sao estabelecidos juridicamente, ou seja, os Comites de Bacia Hidrografica e os Conselhos Municipais.
  • ISMAEL XAVIER DE ARAUJO
  • “Comunidades Tradicionais de Pesca Artesanal Marinha na Paraíba: Realidade e Desafios”
  • Data: 10/03/2017
  • Hora: 09:30
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  • Existe uma diversidade significativa de movimentos sociais, formando redes solidarias que precisam ser estudadas, fortalecidas ou mesmo criadas, no sentido de impedir que muitos territorios venham a sucumbir a forca do capital e suas formas de se travestir no urbano, criando a falsa ideia de que os povos ou comunidades tradicionais sao incompativeis com o espaco urbano e sua urbanidade. O modelo urbano e sua complexidade, da maneira que alcanca as comunidades tradicionais de pesca artesanal estao contribuindo para gerar o desinteresse do pescador artesanal pela atividade pesqueira e demais atividades relacionadas ao mar. A falta de planejamento e gestao das autoridades com a situacao de moradia dos pescadores e sua situacao de trabalho tem levado os pescadores e as autoridades a um imaginario de descrenca nesta atividade economica exercida ha seculos na costa brasileira. A solucao mais viavel pode ser encontrada num sistema de gestao do mar, que contenha elementos que beneficiem os pescadores em suas diversas possiblidades de trabalho e renda relacionadas com o mar, notadamente o mar da costa paraibana. Neste sentido, na busca por fomentar uma discussao sobre um novo olhar em relacao a pesca artesanal e os profissionais que a executam, se objetiva, de forma geral, propor um modelo de desenvolvimento da pesca artesanal marinha na Paraiba. Para tanto, a pesquisa e qualitativa por apresentar a forma materialista historica de ver a realidade, o metodo de pesquisa Estudo de Caso, os procedimentos metodologicos e o instrumento de pesquisa entrevista sao considerados os mecanismos mais satisfatorios para se chegar a uma verdade e consequentemente, a tese. Nesta perspectiva, algumas prioridades para a implementacao da gestao da pesca sao consideradas essenciais, como fabrica de gelo, subsidio para combustivel, garantia de escoamento da producao, pequena empresa que beneficie a producao, como tambem implementacao de pesqueiros para os pescadores, sao alguns exemplos das reais necessidades dos pescadores artesanais da Paraiba. Como solucao e possivel discutir a criacao de pequenos terminais pesqueiros por praias com maior concentracao de pescadores, que serviriam como propulsores da pesca, ao mesmo tempo em que serviriam como espacos para beneficiamento e venda da producao, como tambem de fiscalizacao e formacao para os profissionais no tocante a empoderamento, pesca, aquicultura e atividades ligadas ao turismo. Nesta perspectiva, a visao sobre a pesca artesanal e abrangida para a uma gestao do mar, pois aqui se considera que atividades economicas devem ser diversificadas para garantir trabalho e renda ao longo do ano, assim como um modelo de gestao do mar deve propor o seu zoneamento, considerando areas de pesca, mergulho, aquicolas e banhos, tanto nas praias como nos bancos de areais. A gestao do mar atrelada a territorializacao das comunidades tradicionais de pesca tende a trazer uma organizacao e dinamica ao setor da pesca artesanal e sua complexidade.
  • ISMAEL XAVIER DE ARAUJO
  • “Comunidades Tradicionais de Pesca Artesanal Marinha na Paraíba: Realidade e Desafios”
  • Data: 10/03/2017
  • Hora: 09:30
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  • Existe uma diversidade significativa de movimentos sociais, formando redes solidarias que precisam ser estudadas, fortalecidas ou mesmo criadas, no sentido de impedir que muitos territorios venham a sucumbir a forca do capital e suas formas de se travestir no urbano, criando a falsa ideia de que os povos ou comunidades tradicionais sao incompativeis com o espaco urbano e sua urbanidade. O modelo urbano e sua complexidade, da maneira que alcanca as comunidades tradicionais de pesca artesanal estao contribuindo para gerar o desinteresse do pescador artesanal pela atividade pesqueira e demais atividades relacionadas ao mar. A falta de planejamento e gestao das autoridades com a situacao de moradia dos pescadores e sua situacao de trabalho tem levado os pescadores e as autoridades a um imaginario de descrenca nesta atividade economica exercida ha seculos na costa brasileira. A solucao mais viavel pode ser encontrada num sistema de gestao do mar, que contenha elementos que beneficiem os pescadores em suas diversas possiblidades de trabalho e renda relacionadas com o mar, notadamente o mar da costa paraibana. Neste sentido, na busca por fomentar uma discussao sobre um novo olhar em relacao a pesca artesanal e os profissionais que a executam, se objetiva, de forma geral, propor um modelo de desenvolvimento da pesca artesanal marinha na Paraiba. Para tanto, a pesquisa e qualitativa por apresentar a forma materialista historica de ver a realidade, o metodo de pesquisa Estudo de Caso, os procedimentos metodologicos e o instrumento de pesquisa entrevista sao considerados os mecanismos mais satisfatorios para se chegar a uma verdade e consequentemente, a tese. Nesta perspectiva, algumas prioridades para a implementacao da gestao da pesca sao consideradas essenciais, como fabrica de gelo, subsidio para combustivel, garantia de escoamento da producao, pequena empresa que beneficie a producao, como tambem implementacao de pesqueiros para os pescadores, sao alguns exemplos das reais necessidades dos pescadores artesanais da Paraiba. Como solucao e possivel discutir a criacao de pequenos terminais pesqueiros por praias com maior concentracao de pescadores, que serviriam como propulsores da pesca, ao mesmo tempo em que serviriam como espacos para beneficiamento e venda da producao, como tambem de fiscalizacao e formacao para os profissionais no tocante a empoderamento, pesca, aquicultura e atividades ligadas ao turismo. Nesta perspectiva, a visao sobre a pesca artesanal e abrangida para a uma gestao do mar, pois aqui se considera que atividades economicas devem ser diversificadas para garantir trabalho e renda ao longo do ano, assim como um modelo de gestao do mar deve propor o seu zoneamento, considerando areas de pesca, mergulho, aquicolas e banhos, tanto nas praias como nos bancos de areais. A gestao do mar atrelada a territorializacao das comunidades tradicionais de pesca tende a trazer uma organizacao e dinamica ao setor da pesca artesanal e sua complexidade.
  • ALEXANDRO MEDEIROS SILVA
  • “Variabilidade espaço-temporal da evapotranspiração em região de Caatinga usando o algoritmo SEBAL automatizado”
  • Data: 24/02/2017
  • Hora: 14:00
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  • A degradacao ambiental e um dos resultados da pressao excessiva das acoes antropicas atraves de diferentes formas de uso da terra, bem como, da influencia dos fatores climaticos, que e ainda mais atuante na Caatinga. A Caatinga e um bioma muito susceptivel a modificacoes do clima e do uso e ocupacao do solo. Com isso, estudar as alteracoes na paisagem ocorridas nesse bioma torna-se necessario para compreender os impactos dessas modificacoes no comportamento da evapotranspiracao nos diferentes usos do solo. Desta forma, este trabalho, fazendo uso do sensoriamento remoto, pretende analisar a influencia dos diferentes tipos de uso e ocupacao do solo nas estimativas da evapotranspiracao utilizando o algoritmo SEBAL automatizado, para uma porcao do bioma Caatinga, a bacia hidrografica do rio Ipanema (BHRI), localizada entre os estados de Pernambuco e Alagoas. Para analisar as modificacoes no uso e cobertura do solo foram utilizadas quatro imagens Landsat. No mapeamento foram identificadas quatro classes de uso do solo, a saber: vegetacao arborea/arbustiva; vegetacao herbacea; agricultura/pecuaria; solo exposto. Como resultado do mapeamento dos usos e cobertura do solo, verificou-se que para o periodo analisado, areas de solo exposto foram as que apresentaram uma maior variacao, com 115% entre 2005 e 2015. Para as estimativas da evapotranspiracao foram utilizadas 282 imagens do sensor MODIS, entre os anos de 2005 e 2015. Devido a aplicacao do SEBAL necessitar de um longo processamento, automatizar a aplicacao desse algoritmo pode ser uma alternativa para otimizar a estimativa da evapotranspiracao para uma grande serie de imagens. Nesse sentido, a aplicacao do algoritmo SEBAL para o presente trabalho foi totalmente automatizada, utilizando-se uma rotina computacional desenvolvida no software MATLAB®. Alem das estimativas da evapotranspiracao, foram analisados o NDVI, a temperatura de superficie e o saldo de radiacao, para o mesmo periodo. Para o NDVI, observou-se que nos meses de junho a agosto foram estimados os maiores valores, com media de aproximadamente 0,6 para toda a BHRI. Para a temperatura de superficie, foram estimados valores entre 21 e 50°C. O mes que apresentou as maiores temperaturas foi o mes de novembro, onde grande parte da bacia apresentou temperaturas superiores a 40°C. As estimativas do saldo de radiacao diario medio mostraram valores entre 85 e 203 W/m². As maiores medias do saldo de radiacao foram identificadas nos meses de novembro a dezembro. Para a evapotranspiracao mensal, observou-se que a partir do mes de marco, quando o volume pluviometrico na BHRI comeca a aumentar, os valores medios de ET mensal comecam a diminuir em uma proporcao relativamente similar entre os diferentes tipos de uso do solo. Entretanto, o aumento dos valores de ET mensal nas areas de vegetacao arborea/arbustiva e vegetacao herbacea acontecem de forma mais rapida, ao passo que nas areas de agricultura/pastagem e solo exposto esse aumento ocorre de forma mais gradual. Os resultados mostraram uma diminuicao de 31% da evapotranspiracao anual media para a BHRI, entre os anos 2005 (1211,42 mm/ano) e 2015 (831,22 mm/ano). De acordo com os resultados obtidos, as estimativas obtidas a partir do algoritmo de automatizacao do SEBAL foram bem proximas quando comparadas com as obtidas por um especialista. Por fim, os resultados obtidos no presente trabalho foram satisfatorios e passam a fornecer importantes informacoes sobre as caracteristicas biofisicas da BHRI, que ate entao eram escassas.
  • BRUNA MARIA DA SILVA RAPOZO
  • “Transformações no Espaço Agrário do Sertão do Pagéu: a participação das mulheres na transição agroecológica em quintais de (re) produção da vida”
  • Data: 24/02/2017
  • Hora: 10:00
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  • Na agricultura camponesa do Sertao do Pajeu, no estado de Pernambuco, as mulheres participam da producao de alimentos, selecao e cuidados com as sementes, beneficiamento, manejo da biodiversidade, comercializacao e geracao de renda da familia. As agricultoras sao, em muitas ocasioes, as unicas responsaveis pelo trabalho domestico familiar. Alem disso, muitas dessas mulheres colocam em pratica os saberes tradicionais repassados por outras mulheres, praticas agricolas saudaveis compativeis com relacoes de genero mais equitativas. Assim esse trabalho tem por objetivo compreender como o processo de transicao agroecologica, em curso nos quintais agroecologicos da regiao, modifica o espaco agrario sertanejo e as relacoes sociais de genero que neles se contraem. Para isso selecionamos oito familias com quintais agroecologicos que comercializam sua producao na Feira Agroecologica de Serra Talhada (FAST). Os quintais selecionados estao localizados em tres municipios: Santa Cruz da Baixa Verde, Triunfo e Serra Talhada. Os resultados alcancados mostram que, para as mulheres sertanejas, os quintais sao espacos de vida, lugares da reproducao da existencia camponesa e laboratorio para a experimentacao, construcao e aperfeicoamento do conhecimento e saberes sobre os agroecossistemas, assim como o plantar, colher e viver no sertao semiarido. Espacos esses que eram desvalorizados como espacos produtivos por serem considerados espacos femininos, extensao do espaco domestico, mas que da decada de 1990 para os dias atuais tem passado por transformacoes importantes, assumindo um novo valor, forma e uso na vida e economia das mulheres e familia. Neste trabalho, conseguimos identificar que as mulheres agricultoras que participam da Feira Agroecologica de Serra Talhada associam saberes agroecologicos, conhecimentos tradicionais com praticas, feministas, o que lhes permite construir e reconstruir, ideias, valores, problematizarem e questionar as relacoes sociais de genero e importancia do trabalho feminino nas suas comunidades e familias. Metodologicamente, optamos por procedimentos de pesquisa qualitativa, pesquisa bibliografica e documental e a realizacao de trabalhos de campo junto as familias camponesas que colaboraram com este estudo.
2016
Descrição
  • CAIO AMÉRICO PEREIRA DE ALMEIDA
  • “Análise geoespacial dos casos de dengue e sua relação com fatores socioambientais nos municípios de João Pessoa, Cabedelo e Bayeux”
  • Data: 19/12/2016
  • Hora: 10:00
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  • Este trabalho teve como objetivo analisar o comportamento espacial dos casos de dengue ocorridos em Joao Pessoa, Cabedelo e Bayeux, entre 2011 e 2014, levando em consideracao a influencia de fatores socioambientais. Como base metodologica, utilizou-se tecnicas estatisticas para analise geoespacial como instrumento de gestao em saude publica, utilizando o espaco geografico como categoria de analise. Este estudo tambem utilizou tecnicas de geoprocessamento para auxiliar no mapeamento e caracterizacao epidemiologica da dengue. Para a realizacao do trabalho foram obtidos dados de variaveis atmosfericas no Instituto Nacional de Meteorologia (INMET), socioeconomicas no Instituto Brasileiro de Geografia e Estatistica (IBGE) e epidemiologico nas Secretarias Municipais de Saude dos municipios de Joao Pessoa, Cabedelo e Bayeux, registrados no Sinan. Os parametros estatisticos gerados foram: coeficiente de determinacao R², coeficiente de Pearson, distancia media ao vizinho mais proximo, centro geografico ponderado e distancia padrao. Entre os fatores socioambientais, as variaveis que apresentaram os valores mais significativos de correlacao com os casos de dengue foram umidade do ar, precipitacao, domicilio particular permanente, moradores em domicilio particular permanente, pessoas responsaveis com rendimento nominal mensal de ate ½ salario minimo e pessoas responsaveis com rendimento nominal mensal de ½ a 3 salarios minimos. Os meses de marco a agosto foram os de maior quantidade de casos de dengue (83%) e os que apresentaram os maiores valores de precipitacao e umidade do ar. Os bairros que indicaram a maior quantidade de casos foram Mangabeira, Castelo Branco, Cruz das Armas, Oitizeiro e Cristo Redentor, todos em Joao Pessoa. Porem, os bairros de maior prevalencia foram Sao Jose em Joao Pessoa e Morada Nova e Camboinha em Cabedelo. Os fatores socioambientais como descarte inadequado do lixo, residencias sem coleta de lixo e desassistidas pelos orgaos publicos, aliados as circunstancias climaticas, evidenciaram-se como os grandes responsaveis para a ocorrencia da dengue.
  • CAIO AMÉRICO PEREIRA DE ALMEIDA
  • “Análise geoespacial dos casos de dengue e sua relação com fatores socioambientais nos municípios de João Pessoa, Cabedelo e Bayeux”
  • Data: 19/12/2016
  • Hora: 10:00
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  • Este trabalho teve como objetivo analisar o comportamento espacial dos casos de dengue ocorridos em Joao Pessoa, Cabedelo e Bayeux, entre 2011 e 2014, levando em consideracao a influencia de fatores socioambientais. Como base metodologica, utilizou-se tecnicas estatisticas para analise geoespacial como instrumento de gestao em saude publica, utilizando o espaco geografico como categoria de analise. Este estudo tambem utilizou tecnicas de geoprocessamento para auxiliar no mapeamento e caracterizacao epidemiologica da dengue. Para a realizacao do trabalho foram obtidos dados de variaveis atmosfericas no Instituto Nacional de Meteorologia (INMET), socioeconomicas no Instituto Brasileiro de Geografia e Estatistica (IBGE) e epidemiologico nas Secretarias Municipais de Saude dos municipios de Joao Pessoa, Cabedelo e Bayeux, registrados no Sinan. Os parametros estatisticos gerados foram: coeficiente de determinacao R², coeficiente de Pearson, distancia media ao vizinho mais proximo, centro geografico ponderado e distancia padrao. Entre os fatores socioambientais, as variaveis que apresentaram os valores mais significativos de correlacao com os casos de dengue foram umidade do ar, precipitacao, domicilio particular permanente, moradores em domicilio particular permanente, pessoas responsaveis com rendimento nominal mensal de ate ½ salario minimo e pessoas responsaveis com rendimento nominal mensal de ½ a 3 salarios minimos. Os meses de marco a agosto foram os de maior quantidade de casos de dengue (83%) e os que apresentaram os maiores valores de precipitacao e umidade do ar. Os bairros que indicaram a maior quantidade de casos foram Mangabeira, Castelo Branco, Cruz das Armas, Oitizeiro e Cristo Redentor, todos em Joao Pessoa. Porem, os bairros de maior prevalencia foram Sao Jose em Joao Pessoa e Morada Nova e Camboinha em Cabedelo. Os fatores socioambientais como descarte inadequado do lixo, residencias sem coleta de lixo e desassistidas pelos orgaos publicos, aliados as circunstancias climaticas, evidenciaram-se como os grandes responsaveis para a ocorrencia da dengue.
  • SONADSON DIEGO DE PAULA NERY
  • "Geoprocessamento Aplicado à Análise Especo-temporal da Leishmaniose Visceral no Município de São Luis - MA".
  • Data: 31/08/2016
  • Hora: 15:00
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  • A Leishmaniose Visceral (LV) e um importante problema de saude publica com ampla distribuicao geografica, prevalecente em condicoes de pobreza devido a precariedade das condicoes de vida e as iniquidades em saude, caracteristicas presentes em paises pobres e em desenvolvimento, o que contribui para manutencao de exclusao social e o quadro de desigualdade social em saude. No Brasil, a regiao Nordeste registra a maioria dos casos notificados, sendo que o Estado do Maranhao responde por cerca de 15% dos casos no pais. Este trabalho teve como objetivo analisar os casos de LV humana no municipio de Sao Luis- MA nos anos de 2006 a 2014, provenientes do Sistema Nacional de Agravo de Notificacao (SINAN), utilizando os recursos das geotecnologias e correlacionando os fatores socioambientais a ocorrencia da doenca. Trata-se de um estudo ecologico, de agregado espacial e temporal, e teve como unidades de analise os setores censitarios. Os casos foram georeferenciados e plotados em malha cartografica digital. Utilizou-se a tipologia de distribuicao por pontos e o padrao de densidade Kernel para analise dos casos. Para correlacionar os casos aos padroes socioambientais foram produzidos mapas de uso e cobertura da terra, indice de vegetacao por diferenca normalizada alem de produtos cartograficos relativos aos dados do IBGE (coleta de lixo – distribuicao de agua – coleta de esgoto e densidade demografica). O estudo exploratorio mostrou que foram notificados 468 casos de LV no periodo, sendo que a maioria dos afetados sao homens com idade de ate 4 anos de idade e a taxa de incidencia media foi de 5.11% . O estudo analitico demonstrou que a doenca apresenta uma padrao aglomerado nas areas de intenso processo de expansao urbana em direcao a cobertura vegetal. As areas de maior risco para ocorrencia de casos de LV sao aquelas ocupadas de forma desordenada, perifericas, com baixas condicoes de vida e com deficiente infraestrutura publica, principalmente naquelas areas de transicao do meio rural para o urbano.
  • JEMEFFER SOUZA LEBRÃO
  • “As Mulheres do Café em Vitória da Conquista: a dinâmica histórico-espacial da mobilidade do trabalho e a (re) produção da periferia urbana”
  • Data: 30/08/2016
  • Hora: 09:00
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  • Vitoria da Conquista e uma cidade do centro-sul da Bahia que conta, segundo o ultimo Censo Demografico do IBGE (2010), com 306 mil habitantes. Um dos processos que conferiram a essa cidade sua atual configuracao urbana foi desencadeado na decada de 1970, com a instalacao e expansao da agroindustria do cafe. Concomitantemente, as transformacoes na forma de organizacao da producao e o trabalho no espaco agrario, proporcionaram a emergencia, e expansao sem precedentes, da periferia urbana. A periferia de Vitoria da Conquista, entendida como um espaco de segregacao social, comparece na morfologia urbana da cidade, de forma muito clara nas suas plantas do final da decada de 1980. Nesta pesquisa, abordamos a dinamica territorial apresentada a partir da perspectiva teorica da mobilidade do trabalho. Assim, procuramos identificar no momento de instalacao da cafeicultura na regiao do Planalto da Conquista, em 1972: a) as relacoes e as conexoes entre a grande quantidade de trabalhadores e trabalhadoras procedente dos mais diversos municipios da Bahia, e de outros estados do Brasil, que se deslocavam sazonal ou definitivamente para Vitoria da Conquista para trabalhar nas fazendas de cafe e; b) o processo de segregacao socio-espacial que deu lugar a diferentes areas perifericas. Interessa-nos entender esse processo com especial atencao para a composicao de genero da forca do trabalho em movimento pelo cafe. Por isso, apresentamos uma analise que nos permite, por meio da memoria das experiencias de vida das mulheres trabalhadoras da cafeicultura, entender os processos, acoes e praticas que aconteciam na esfera do cotidiano, na espacialidade do “micro” que possibilitavam e possibilitam hoje em dia, a reproducao, nao apenas das relacoes sociais de producao no “mundo agroindustrial do cafe” senao da vida na periferia urbana de Conquista. Palavras Chave: Mulheres, Periferia Urbana, Mobilidade do Trabalho, Cafeicultura, Genero, Trabalho.
  • ANA CRISTINA FERREIRA NETA
  • “Desvendando Mapas na Coleção Fronteiras da Globalização”
  • Data: 29/08/2016
  • Hora: 14:30
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  • A construcao das argumentacoes que compoem o corpus desta pesquisa tem como objetivo norteador a analise dos mapas da colecao Fronteiras da Globalizacao, destinada aos estudantes do Ensino Medio. Este estudo pretende, em especifico: 1) caracterizar os mapas antigos e contemporaneos dessa colecao; 2) verificar nesses mapas o emprego dos componentes estruturantes (titulo, orientacao, fonte, escala, simbolos e legenda); 3) desvendar o uso dado aos mapas pelos autores da colecao, sob os aspectos estruturais, contextuais e de incentivo a leitura e a interpretacao dessas representacoes. Para concretude da nossa investigacao, organizamos o trabalho da seguinte forma: em primeiro lugar, escolhemos o corpus documental, que forneceu os mapas para serem analisados. Na selecao da colecao, levamos em consideracao autor e colecao que estivesse presente em todas as edicoes do Programa Nacional do Livro Didatico (PNLD) para o Ensino Medio, desde 2009. A partir de tal investigacao, selecionamos a colecao Fronteiras da Globalizacao, cujos autores sao os professores Lucia Marina Alves de Almeida e Tercio Barbosa Rigolin. Apos a escolha da colecao, elencamos os seguintes procedimentos de analise: a) unidades de registro e selecao e classificacao das representacoes e b) a escolha das categorias de analise dos componentes estruturantes dos mapas. Consideramos tambem a autoria, contextualizacao e proposta teorico-metodologica de trabalho dos autores e os eixos de leitura e interpretacao dos mapas, seguindo aqueles propostos pela professora Maria Ramos Simielli, ou seja, a localizacao e analise, a correlacao e, por fim, a sintese. A analise dos dados obtidos revela que na maioria dos mapas da colecao esta ausente pelo menos um dos componentes estruturants do mapa, em especial o titulo e o tipo de projecao cartografica utilizada. A ausencia de um ou varios desses requisitos configura uma incoerencia com a abordagem teorico-conceitual da cartografia cientifica. A analise demonstrou, tambem, que a abordagem teorico-metedologica dessas representacoes ainda e incipiente, quanto ao incentivo a leitura e a sua interpretacao, tanto para mapas antigos como contemporaneos. Esta pesquisa espera contribuir para o uso do mapa enquanto instrumento e linguagem util e significativo na construcao do conhecimento geografico nao apenas do ponto vista estrutural, mas evidenciando tambem os contextos e os significados especificos nos quais ele atua.
  • AURELANE ALVES SANTANA
  • “A Crise do Trabalho na Cafeicultura de Vitória da Conquista - Bahia”
  • Data: 29/08/2016
  • Hora: 14:00
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  • Buscamos nessa pesquisa a compreensao da trajetoria historica dos trabalhadores do cafe e as transformacoes decorrentes do complexo de reestruturacao produtiva do capital no campo, que, no Planalto da Conquista, se consolidou nesse inicio de seculo, representando uma grande dispensa de forca de trabalho do processo produtivo cafeeiro. No contexto do desemprego estrutural, procuramos identificar os efeitos mais crueis da reestruturacao produtiva nas condicoes de vida atual dos trabalhadores, uma vez que se vivencia o crescimento desenfreado do trabalho precario, raro e temporario, que intensifica as dificuldades de reproducao social da classe trabalhadora. Nesse sentido, nos debrucamos sobre as discussoes do emaranhado de complexidades que atingem o universo laboral da cafeicultura, tomando por base as recentes transformacoes na producao a partir da intensa utilizacao de maquinas nas lavouras, que tem provocado a eliminacao de muitos postos de trabalho e criado uma massa de trabalhadores desempregados, imprescindivel para a acumulacao capitalista. Diante disso, o que se verifica no campo da regiao estudada e a formacao de um contingente de trabalhadores superfluos dispostos ao trabalho, mas que ja nao conseguem se inserir no trabalho nos cafezais ou em outras atividades laborais, vivenciando o desemprego cronico ou a submissao ao trabalho degradante e analogo ao escravo nas poucas fazendas que ainda empregam forca de trabalho humana. Assim, estao contidas nesse texto discussoes sobre as contradicoes que giram em torno da producao da riqueza no campo conquistense pela cafeicultura, que se sustentam, fundamentalmente, na exploracao, precarizacao e desrealizacao dos trabalhadores.
  • NATHALY CARDOSO SANTOS
  • “A produção do espaço urbano e as transformações socioespaciais do bairro Jabutiana, Aracaju/SE (2001 a 2014)”
  • Data: 29/08/2016
  • Hora: 09:00
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  • A dinamica do espaco urbano e fruto da atuacao cotidiana de agentes sociais que atraves das suas praticas, seja na busca pela reproducao do capital ou reproducao social, caracterizam-no como um espaco dinamico, historicamente mutavel. Dessa forma, a presente pesquisa analisa as transformacoes socioespaciais no Bairro Jabutiana na cidade de Aracaju - SE, entre 2001 a 2014. Foram utilizados como procedimentos metodologicos o levantamento bibliografico, a pesquisa documental, trabalhos de campo com registro fotografico e a realizacao de entrevistas informais e semiestruturadas. A parte inicial do trabalho destaca o carater socioespacial da pesquisa; apresenta a trajetoria urbana do Bairro Jabutiana e discute sobre os agentes produtores do espaco. Em seguida, reflete-se especificamente sobre a atuacao do Estado na producao do espaco urbano, por meio da implementacao dos programas habitacionais PAR e PMCMV. Por fim, discute-se a relacao entre o mercado imobiliario e a valorizacao do espaco no Bairro Jabutiana, a apropriacao da natureza pelo capital imobiliario atraves do atributo do “verde” e o processo de segregacao socioespacial, uma vez que nele coexistem grupos sociais com rendas, necessidades e interesses distintos. Esta pesquisa demonstrou que os proprietarios de terras, o Estado e as construtoras-incorporadoras sao os principais agentes envolvidos no processo de valorizacao do espaco no Bairro Jabutiana, com destaque para a atuacao do Estado como promotor imobiliario e fomentador da segregacao socioespacial. Alem disso, esta pesquisa constatou que a expansao urbana do Bairro Jabutiana foi iniciada, em 2001, com a implantacao do PAR e intensificada com o PMCMV. A analise dos Registros de Imoveis dos empreendimentos do PMCMV indicou que o Bairro Jabutiana antes de ser alvo do mercado imobiliario era formado por propriedades rurais, bem como mostrou que as construtoras passaram atuar como proprietarias fundiarias, em 2005, e como incorporadoras imobiliarias desde 2008. A partir dos Registros de Imoveis e das Fichas Resumos dos Empreendimentos do PMCMV foi possivel inferir o tempo medio que os terrenos ficaram ociosos a espera de valorizacao. A pesquisa ainda apontou aumento de 2.400,1% no preco de mercado dos imoveis, majoracao de 4,8% no valor do IPTU, bem como apresentou o aumento do numero de condominios verticais construidos no periodo de 2001 a 2014, evidenciando o processo de verticalizacao do Bairro Jabutiana. Sendo assim, este estudo revelou que a atual configuracao do Bairro Jabutiana na cidade de Aracaju-SE e resultante das estrategias e das praticas espaciais de diversos agentes produtores do espaco urbano, sobretudo do Estado e das construtoras-incorporadoras imobiliarias.
  • RAYSSA DE LYRA LISBÔA
  • "Transformações territoriais decorrentes da luta camponesa pelo acesso a terra no município de São Miguel de Taipu - Paraíba"
  • Data: 26/08/2016
  • Hora: 16:00
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  • O processo de formacao do espaco agrario brasileiro pautado em um modelo de exclusao e concentracao se tornou no decorrer da historia o responsavel pela exclusao dos camponeses ao acesso a terra. O municipio de Sao Miguel de Taipu, na Paraiba, teve a sua organizacao territorial pautada nessa logica, tendo em seu territorio a instalacao de quatro engenhos de cana de acucar. No entanto, foi atraves da luta pelo direito de acessar a terra que os camponeses do municipio conquistaram fracoes desse territorio dominado pelo capital canavieiro, construindo uma territorialidade camponesa, pautada na reproducao da vida. Resultado da luta camponesa foi a criacao de seis assentamentos rurais no municipio, o que ocasionou uma mudanca expressiva do ponto de vista social, economico e territorial no espaco agrario municipal. Nesse contexto, o objetivo de nossa pesquisa se consistiu em, analisar as transformacoes territoriais e socioeconomicas decorrentes da criacao de assentamentos rurais em um municipio cujo campesinato historicamente esteve subordinado a logica do capital. Metodologicamente, a historia oral nos deu suporte para analisarmos esse processo tendo os proprios camponeses do municipio como nossa principal fonte de informacao, por isso, no decorrer da pesquisa fizemos questao de explicitar suas vozes.
  • SÂMARA IRIS DE LIMA SANTOS
  • "OS ESPAÇOS DE LAZER NOS CONJUNTOS HABITACIONAIS MAJOR VENEZIANO E DONA LINDÚ EM CAMPINA GRANDE-PB: DA PRODUÇÃO À APROPRIAÇÃO".
  • Data: 26/08/2016
  • Hora: 14:00
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  • O presente trabalho constitui-se em uma analise entre a producao e a apropriacao dos espacos de lazer em conjuntos habitacionais na cidade de Campina Grande, PB. A analise justifica-se pelo debate em torno da questao habitacional Brasil e a busca pelo Direito a cidade, especialmente com a implementacao da politica do Programa Minha Casa Minha Vida que surgiu no ano de 2009, como estrategia economica frente a crise de 2008. Esta politica, passou a colaborar nos processos segregacionistas tambem em cidades medias e pequenas, com a atuacao do mercado territorial e a producao por parte dos gestores publicos e agentes imobiliarios na elaboracao dos empreendimentos, convertendo-se em contradicoes, inclusive nos espacos de lazer, com a insuficiencia e a homogeneizacao dos equipamentos, dificultando as praticas socioespaciais. Portanto, a pesquisa tera como escopo compreender a producao e a apropriacao a partir do uso em dois conjuntos - Major Veneziano (I, II, III e IV) e Dona Lindu (I, II, III e IV). O primeiro conjunto destinado ao nivel salarial 1, e o segundo ao nivel 2 do programa. Para compreender a dialetica proposta, fundamentamos a pesquisa com a metodologia qualitativa (entrevista semi-diretiva), sem desconsiderar o aporte quantitativo (dados sobre os conjuntos), a fim de entender a estes espacos enquanto um produto, e o seu valor de uso atraves do cotidiano, alem do arcabouco teorico de alguns autores como: Harvey, Shimbo, Bonduki, Maricato, Serpa, dentre outros. Neste sentido, a partir dos recursos metodologicos, buscou-se compreender os embates entre o publico e o privado, a producao e a apropriacao, e entender os conflitos e as interacoes nos espacos de lazer dos conjuntos Major Veneziano e Dona Lindu em Campina Grande, PB. Palavras-chave: espacos de lazer; habitacao; Programa Minha Casa Minha Vida.
  • LARISSA FERNANDES DE LAVOR
  • “Geodiversidade e Sítios Históricos na Porção Terminal do Baixo Curso do Rio Paraíba do Norte”
  • Data: 26/08/2016
  • Hora: 10:00
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  • Esta pesquisa refere-se a um estudo a respeito da geodiversidade da porcao terminal do baixo curso do rio Paraiba do Norte, evidenciando a sua contribuicao no processo de ocupacao territorial do Litoral Paraibano. A historiografia da regiao revela que a escolha do sitio para assentar o povoamento foi condicionada pela natureza fisica da area, levando-se em consideracao o relevo, as rochas, os tipos de solo e a ocorrencia de agua para consumo humano. A area escolhida para assentar o primeiro nucleo de povoamento (dos portugueses) em terras paraibanas localizava-se a montante do estuario, na margem esquerda do rio Sanhaua. A singularidade fisica desse sitio atendia as necessidades imediatas para implantacao de um nucleo populacional na epoca colonial, e desse ponto iniciou-se a ocupacao da regiao. O objetivo principal desta pesquisa e avaliar a geodiversidade da porcao terminal do baixo curso do rio Paraiba do Norte, destacando a sua contribuicao ao processo de ocupacao territorial do Litoral Paraibano. Para tanto, aplicou-se uma visao holistica voltada para a complexidade dos fenomenos e fundamentada no conceito de geodiversidade. Como metodologia, buscou-se fazer uso de conhecimentos previos por meio de levantamentos de dados secundarios, bibliograficos, cartograficos e documentais. Tambem foi realizado trabalho de campo, para coleta de dados primarios, e aplicou-se tecnicas cartograficas, para a elaboracao de mapas tematicos em um Sistema de Informacoes Geograficas (SIG). O fato de existir um sistema de falhas geologicas perpassando os limites do estuario do rio Paraiba do Norte, associado ao clima quente e umido do litoral, explica a singularidade da regiao e responde pela grande quantidade de rocha calcaria, lateritas, argilas e agua; pela formacao de relevos relativamente planos e de topografias variaveis; e pelo desenvolvimento de solos propicios para o cultivo de cana-de-acucar. Esta pesquisa permitiu observar que, dentro da area selecionada para o estudo, existiu uma regionalizacao, onde cada setor do relevo exercia uma funcionalidade que o colonizador atribuiu e que, ate os dias atuais, podem ser observadas por meio das formacoes espaciais do passado, que se misturam com as mais modernas.
  • MARIA MARTA DOS SANTOS BURITI
  • “Dinâmicas territoriais e interações espaciais: o circuito espacial produtivo da avicultura de corte no Município de Pocinhos - PB”
  • Data: 26/08/2016
  • Hora: 09:30
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  • Diante da ordem tecnica, politica, economica e social que passou a racionalizar o espaco geografico no periodo de globalizacao, a feicao do territorio e indicativa dos avancos do modo de producao capitalista nas diferentes direcoes do espaco e nas diversas cenas territoriais. No atual momento de nossa historia, a dissociacao geografica da producao como estrategia para melhor fluir os processos produtivos clarificou os conceitos de circuito espacial produtivo e de circulos de cooperacao como instrumentos teorico-analiticos fundamentais para o entendimento do movimento das atividades economicas no espaco e dos seus desdobramentos na organizacao, na regulacao e nos usos do territorio. Em conformidade com esse pensamento, o presente trabalho aponta para uma leitura da dinamica territorial do circuito espacial produtivo da avicultura de corte no municipio de Pocinhos-PB, a partir da acao de duas forcas que, em periodos diferentes, fizeram-se hegemonicas. Essas forcas, a empresa Azeven e a Agroindustria Cialne, a luz de fatores competitivos, organizacionais e tecnicos particulares, foram responsaveis por criar interacoes espaciais e dinamicas territoriais distintas no circuito espacial produtivo da avicultura de corte, que repercutiram diretamente nos usos do territorio. Considerando esse quadro, o objetivo da pesquisa consiste em compreender as interacoes espaciais e as dinamicas territoriais no circuito espacial produtivo da avicultura de corte e os seus desdobramentos nos usos do territorio em Pocinhos-PB. O estudo revelou que, sob a acao hegemonica da Azeven no circuito espacial produtivo, as interacoes espaciais e as dinamicas territoriais se projetaram a partir de tramas relacionais em pequena escala, o que refletiu a acomodacao das demandas competitivas em um espaco de circulacao constrangido no interior do estado da Paraiba. Ja sob a acao hegemonica da Cialne no circuito espacial produtivo da avicultura de corte, o alargamento dos contextos produtivos e a expansao do espaco dos fluxos corroboraram para o estabelecimento de interacoes espaciais e dinamicas territoriais mais complexas, que alcancam na escala regional os niveis de complementaridade necessarios ao funcionamento do circuito produtivo.
  • KATHIUSCIA FERNANDES DOS SANTOS
  • “A urbanização do território e as transformações do campo no município de Macaíba - RN”
  • Data: 25/08/2016
  • Hora: 10:00
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  • O campo e a cidade estao cada vez mais entrelacados e, isso, estabelece uma outra dinamica na relacao entre o campo e a cidade, que encontram nas redes de comunicacao e transportes o suporte para as mudancas territoriais causadas sobretudo no campo por meio do processo de urbanizacao do territorio. Para discutirmos esse processo, refletimos sobre a relacao campo-cidade que, comumente, e realizada por meio de tres perspectivas: a dicotomica, a do continuum e a da urbanizacao do campo. Porem, em nossa analise, propomos uma abordagem da urbanizacao a partir da perspectiva territorial, o que nos leva a discutir a urbanizacao do territorio. Essa abordagem perpassa a discussao da sociedade urbana proposta por Lefebvre (2008, 2001), na qual reflexoes sobre os novos usos do territorio, a nova configuracao, novas formas e conteudo, sao necessarias para entendermos esse processo e a sua materializacao atual no territorio. Diante disso, o objetivo da pesquisa e compreender o processo de urbanizacao do territorio e as transformacoes do meio rural no municipio de Macaiba/RN, a partir de 2000. Cabe destacar que a escolha desse recorte temporal se da porque e a partir de 2000 que a populacao do campo volta a crescer e ha uma intensificacao na instalacao de infraestruturas no campo, que implicam em transformacoes territoriais e em mudancas tanto do conteudo e formas quanto da relacao campo-cidade. Para alcancarmos o objetivo proposto, nossa pesquisa foi construida tendo como alicerce o metodo dialetico, por entendermos as contradicoes existentes entre os fenomenos, a sociedade e o espaco, que sao interdependentes e cujas mudancas fazem parte de uma totalidade. Assim, realizamos a pesquisa bibliografica que pudesse nos dar o embasamento teorico para discutir os conceitos-chaves para o desenvolvimento do nosso trabalho, tais como: territorio, redes, cidade/campo, urbano/rural, forma/conteudo. Outro procedimento utilizado foi a pesquisa de campo, que tem como area objeto de estudo a zona rural de Macaiba. Para representar o universo da nossa area de estudo escolhemos tres comunidades rurais (As Marias, Riacho do Sangue e Jundiai), dois assentamentos (Quilombo dos Palmares e Eldorado dos Carajas) e dois distritos rurais (Trairas e Cana-Brava). O campo foi fundamental, pois durante as nossas incursoes realizamos entrevistas, aplicamos formularios e produzimos registros fotograficos. Alem disso, fizemos visitas a orgaos como EMATER-RN, SEMURB, Secretaria de Agricultura e Secretaria de Saude de Macaiba, onde pudemos coletar dados secundarios e documentos. Assim, apontamos que entre as transformacoes mais perceptiveis do campo estao os novos usos do territorio para: moradia, com os condominios fechados e a construcao de moradias nas comunidades e distritos; destinacao de areas de interesse industrial; instalacao de centros de pesquisas e campus universitario; e destinacao de areas para equipamentos (escolas, unidade de saude, pracas, academias publicas de ginasticas), que dao uma nova configuracao territorial ao campo.
  • VINÍCIUS FERREIRA DE LIMA
  • "Estudos Geomorfológicos e Tectônicos em Margem Continental Passiva: Um estudo de caso na carta Topográfica Rio Mumuaba 1:25.000"
  • Data: 12/08/2016
  • Hora: 14:30
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  • Estudos Geomorfologicos e Tectonicos em Margem Continental Passiva: Um estudo de caso na carta Topografica Rio Mumuaba 1:25.000.
  • MICHELE KELY MORAES SANTOS SOUZA
  • “A Expansão da Verticalização no Bairro de Casa Caiada, Olinda-PE (1990 a 2015)”
  • Data: 04/08/2016
  • Hora: 09:30
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  • A presente pesquisa tem como principal objetivo realizar um estudo do processo de verticalizacao no Bairro de Casa Caiada, Olinda/PE, em especial na orla maritima, numa escala temporal entre os anos de 1990 a 2015, considerando os principais agentes e sujeitos envolvidos nesse processo. Para tanto foi realizada uma analise deste Bairro, localizado no litoral norte da cidade de Olinda, considerado tanto pelos agentes imobiliarios quanto pelo poder publico, uma area potencial para a expansao da verticalizacao em virtude de suas amenidades naturais. No que se refere ao aspecto metodologico, foram adotadas: a escala local e uma perspectiva historicogeografica baseada na oralidade, que visa fornecer interpretacoes qualitativas de processos-sociais. Alem das fontes de informacao documentais (livros, jornais, fotografias) tambem foram utilizados depoimentos orais, considerando as historias de vida e visoes de mundo das pessoas, sujeitos sociais da pesquisa. A expansao da verticalizacao no Bairro de Casa Caiada expressa um processo que esta em grande parte vinculado ao novo contexto da sociedade moderna, caracterizado pelo apelo cada vez maior ao consumo, onde tudo parece se tornar mercadoria. Novos signos e simbolismos de status e qualidade de vida invadem o nosso dia-a-dia, influenciando os prazeres e necessidades individuais e necessidades coletivas. A modernidade que se instala em Olinda ou no Bairro de Casa Caiada sob o ponto de vista economico nao se confirma no ambito politico. Enquanto a cidade se reveste de novos produtos imobiliarios, que mais representam um apelo ao consumo de moradia dos estratos de elevado poder aquisitivo, temos a permanencia de problemas sociais e ambientais que resvalam no conservadorismo politico que tanto marca a sociedade brasileira. Diante disso, fica claro que a producao social do espaco urbano constitui um continuo processo onde se confrontam transformacoes e permanencias. Espera-se que a atual revisao do Plano Diretor promova mudancas para melhor.
  • ELIANE SOUZA DA SILVA
  • "Formação de Professores e o uso das Geotecnologias no Ensino-Aprendizagem de Geografia"
  • Data: 09/06/2016
  • Hora: 14:00
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  • Nesta dissertacao buscamos compreender o uso das geotecnologias para a formacao e pratica pedagogica de futuros professores de Geografia que cursam licenciatura na Universidade Federal da Paraiba, campus I, Joao Pessoa – PB, e Universidade Federal de Campina Grande, campus I, Campina Grande – PB. Para esta pesquisa temos a identificacao de como as geotecnologias estao presentes no Projeto Pedagogico Curricular das universidades pesquisadas; a analise de como ocorre o uso das geotecnologias na formacao dos licenciandos de Geografia e a reflexao sobre o (des) uso das geotecnologias para as praticas docentes no ensino de Geografia. A pesquisa tem carater qualitativo com a utilizacao do estudo de caso, de entrevista semiestruturada e de grupo focal. Tambem recorremos ao uso de questionario para quantificar os dados relacionados a formacao dos discentes no que se refere as praticas e (des) uso das geotecnologias para o ensino de Geografia. Essas metodologias foram utilizadas para compreender o percurso realizado pelos sujeitos da pesquisa, desde o inicio de sua formacao academica ate os dias atuais. Realizamos tambem uma discussao baseada em teoricos que abordam as tematicas: formacao inicial e continuada de professores de Geografia; docencia no Ensino Superior; Diretrizes Curriculares Nacionais para a formacao de professores; curriculo; ensino de Geografia; Geotecnologias; e o uso de geotecnologias no ensino-aprendizagem de Geografia. De acordo com os resultados da pesquisa, compreendemos como se dava o uso das geotecnologias na formacao dos professores de Geografia e identificamos que, apesar dos alunos terem a oportunidade de cursarem disciplinas na area de geotecnologias e acesso a cartografia digital, softwares de SIG, imagem de satelite, fotos areas e GPS nos componentes curriculares, eles nao estao preparados para o uso desses recursos no ensino da disciplina escolar Geografia, pois nao tiveram na universidade uma formacao de qualidade que oferecesse o suporte necessario para a sua aplicacao na escola. Tambem verificamos que a maioria dos professores entrevistados – assim como os demais que fazem parte do quadro docente dos cursos em questao – necessita refletir sobre sua pratica e pensar na importancia do seu papel como professor formador de futuros professores, que apresentam a responsabilidade de inserir em suas praticas pedagogicas novas possibilidades para o ensino de Geografia.
  • ALEXANDRE DOS SANTOS SOUZA
  • “Caracterização Geomorfológica, Morfotectônica e Morfométrica da Folha Itapororoca 1:25.000, Paraíba, Brasil”
  • Data: 19/05/2016
  • Hora: 14:00
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  • Esta pesquisa objetivou analisar as inter-relacoes existentes entre a geologia, o relevo e a hidrografia da area da folha Itapororoca (SB.25-Y-A-V-4-NO), na escala de 1:25.000, com equidistancia entre as curvas de nivel de 10m, no estado da Paraiba, demonstrando como o relevo da area apresenta nitida influencia de controle estrutural na configuracao do relevo e da rede de drenagem. Nessa perspectiva, ressalta-se que o conhecimento das feicoes geomorfologicas representa um meio indispensavel para elaboracao de planejamentos voltados aos mais diversos fins, como: obras de engenharia, questoes ambientais, desenvolvimento agricola, exploracao mineral, entre outros. A analise integrada das particularidades morfoestruturais presentes no relevo e nos sistemas de drenagem fluvial, permitiu inferir acerca do papel das deformacoes tectonicas ocorridas mediante esforcos estruturais, revelando inumeras feicoes morfoestruturais nas coberturas sedimentares e nos terrenos do embasamento cristalino pre-cambriano.A pesquisa primou por analisar os aspectos qualitativos e quantitativos da geomorfologia e da rede de drenagem, com o auxilio de produtos cartograficos e da aplicacao de indices morfometricos. A elaboracao do material cartografico, fundamental para analise qualitativa, consistiu na confeccao das cartas tematicas hipsometrica, clinografica e geomorfologica, do Modelo Digital de Elevacao (MDE) e dos perfis topograficos. Ja a avaliacao quantitativa e a neotectonica consistiram em aplicacaode parametros morfometricos de Relacao Declividade/Extensao (RDE), Razao Fundo/Altura de Vale (RFAV) e Fator Assimetrico (FA). Geraram-se as cartas tematicas e o MDE mediante softwaresespecificos, com base em dados extraidos da folha Itapororoca 1:25.000 por meio de vetorizacao manual, o que permitiu detalhamento inedito do padrao geomorfologico e hidrografico presente na area. Os resultados obtidos expuseram diversas anomalias na area de estudo, como, por exemplo, as discrepancias altimetricas presentes na area da unidade geologica da Rocha Vulcanica Felsica Itapororoca (porcao noroeste) e nos Tabuleiros (porcao nordeste), indicando que afetaram a regiao falhamentos e esforcos compressivos que definiram diversas anomalias, como: padroes de drenagem anomalos retilineos, em trelica e subtipos associados; inflexoes abruptas de canais formando angulos ortogonais; meandros isolados e comprimidos; e falhamentos morfoestruturais com orientacao compativel com estruturas tectonicas regionais do nordeste brasileiro. Fundamentando essas evidencias, os valores obtidos com a aplicacao dos parametros morfometricos mostraram que eventos neotectonicos afetaram a rede de drenagem da area de estudo. Dessa forma, conclui-se que a analise combinada dos elementos estudados apresentouresultados contundentes acerca da atuacao neotectonica que configura os ambientes morfotectonicos e as anomalias da drenagem na area da folha Itapororoca 1:25.000.
2015
Descrição
  • JÉSSICA CAMÊLO DE LIMA
  • "Do Mercado Velho à Nova Feira: A Reestruturação da Feira do Bairro da Prata, Campina Grande - PB".
  • Data: 31/08/2015
  • Hora: 09:00
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  • A presente dissertacao teve como objetivo principal analisar o processo de reestruturacao espacial realizado na Feira da Prata, localizada no bairro homonimo, na cidade de Campina Grande - PB, tendo como recorte temporal o periodo que compreende os anos 2005 a 2015. Nesse sentido, buscamos perceber como se processaram as politicas publicas direcionadas para esta feira com o intuito de adequar a sua estrutura fisica, bem como a sua forma de organizacao as demandas atuais de consumo e aos padroes de comercializacao impostos pela sociedade contemporanea. Tentamos compreender tambem como os feirantes se apropriam e se organizam no espaco da feira, antes e depois da reestruturacao, para realizar as suas praticas de sociabilidade, comercializar os seus produtos e estabelecer as suas relacoes de trabalho, percebendo os contrastes e conflitos decorrentes da producao de um “espaco concebido”, planejado tecnicamente por arquitetos e urbanistas, em oposicao ao “espaco vivido”, construido pelos feirantes com base no seu “saber/fazer” cotidiano e, nessa conjuntura, inferir as principais “taticas” adotadas pelos feirantes para se estabelecer nesse “espaco concebido”. Buscamos investigar ainda quais as intencionalidades que estao subjacentes as acoes do poder publico no que concerne as politicas de continuidade dirigidas as feiras que, na maioria das vezes, estao vinculadas a necessidade de autopromocao politica de determinados grupos hegemonicos e nao necessariamente no entendimento do carater historico, tradicional e singular presente nessas instituicoes. No tocante aos procedimentos metodologicos, a pesquisa pautou-se, sobretudo, no trabalho de campo, com a aplicacao de entrevistas, aliado a discussao teorica, tendo como pressupostos, principalmente, autores dos campos da Geografia e da Historia, uma vez que estudar feiras requer um olhar interdisciplinar. Desse modo, a partir de nossas investigacoes e reflexoes depreendemos que a reestruturacao, aos moldes em que foi concretizada, configurou-se como a imposicao de uma racionalidade externa a propria racionalidade da feira, tendo por finalidade primeira a promocao de grupos politicos em ambito municipal e estadual e nao necessariamente a melhoria nas condicoes de trabalho dos feirantes. Feira da Prata, Reestruturacao, Racionalidade, Campina Grande - PB.
  • ADRIANO PEREIRA RODRIGUES
  • “Diagnóstico Ambiental e Identificação de Impactos Negativos no Bairro do Baralho, Bayeux - PB”
  • Data: 31/08/2015
  • Hora: 08:30
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  • O presente trabalho é uma pesquisa de dissertação voltada aos estudos de impactos ambientais negativos no bairro do Baralho no município de Bayeux, Paraíba. O bairro foi o berço da civilização bayeense, o mesmo se instalou literalmente no ecossistema manguezal, atualmente com uma população de aproximadamente 2.300 habitantes tem passado por diversos problemas ambientais, econômicos e sociais. A pesquisa tem como objetivo principal identificar e diagnosticar os processos de degradação ambiental decorrentes da ação social na comunidade, para tal foi preciso: identificar os impactos ambientais buscando entender os fatores determinantes no processo de degradação; quantificar e qualificar os elementos que estão descaracterizando o ambiente em questão e que se apresentam como conflitos de uso; além de analisar a estrutura socioambiental e conhecer as relações que os habitantes têm com o ecossistema manguezal. Para a execução da pesquisa foram adotadas as seguintes metodologias: o uso do Checklist como ferramenta para identificar os principais impactos negativos; a Matriz, aplicada ao Índice de Qualidade Ambiental (IQA) que propiciou a quantificação desses impactos e a identificação das principais áreas degradadas, além da aplicação de entrevistas para entender questões socioambientais, utilizando a Amostragem por Saturação Teórica como técnica. Segundo dados da investigação científica, o bairro do Baralho caracteriza-se como média degradação onde os impactos ambientais estão identificados de forma descontínua, a exemplo da população que também está distribuída de forma irregular em toda a área do bairro, este literalmente escondeu os elementos naturais como os rios Paroeira e Sanhauá, além dos manguezais que se transformaram apenas em depósitos ou abrigo dos que procuravam uma “terra de ninguém” para se instalar. Na prática, os rios e os manguezais não têm dono, ou seja, são incipientes às iniciativas no sentido de fiscalizar, proteger e valorizar estes elementos naturais. A ação predatória do ser humano no uso indevido do ecossistema tem deixado sequelas no meio ambiente. A falta de planejamento social, política e ambiental têm causado danos consideráveis ao ecossistema.
  • MARCELA ALVES DA SILVA
  • "Modelagem Hidrológica e das Perdas do Solo: Suas Relações com as Formas de Relevo e Uso do Solo na Bacia do Rio Taperoá - PB"
  • Data: 28/08/2015
  • Hora: 16:00
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  • A modelagem de bacias hidrográficas vem se tornando uma ferramenta essencial para manejo dos recursos hídricos, principalmente, nas bacias localizadas na porção semiárida, como é o caso da bacia do Rio Taperoá. Essa bacia drena uma área de 5.667 km2, sendo uma das que mais sofre com a variabilidade dos processos hidrológicos na porção semiárida da Paraíba. Assim, o objetivo deste trabalho é analisar as relações entre as formas de uso e ocupação do solo e os processos de vazão e erosão na bacia do Rio Taperoá. Neste trabalho foram utilizados dados de precipitação, temperatura e umidade para o período de 1970 à 1993, além de mapas dos tipos de solos, uso e ocupação do solo e modelo de elevação digital. Valores simulados pelo modelo SWAT foram comparados com dados de vazão medidos e de produção de sedimentos estimados. O modelo foi calibrado e validado, usando dados mensais de vazão para o posto fluviométrico Poço de Pedras. Os resultados mostram um bom ajuste, com vazão média observada de 6,86 m³/s e vazão média simulada de 7,73 m³/s, enquanto a produção de sedimentos para todo o período de 2,5 t/ha/ano. A partir dos dados morfométricos e dos mapas gerados, é possível realizar estudos mais aprofundados das áreas de preservação e prováveis usos do solo, facilitando o processo de planejamento e gestão de recursos hídricos. Modelagem hidrológica; Geotecnologias; Rio Taperoá.
  • RUTE SOARES PAIVA
  • "A Expansão da Rede de Ensino Técnico e Superior no Estado do Rio Grande do Norte"
  • Data: 28/08/2015
  • Hora: 15:30
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  • A presente dissertação analisa as políticas educacionais que visam à expansão do ensino técnico e superior no estado do Rio Grande do Norte. Nos últimos anos, o Brasil tem vivenciado uma nova fase no que se refere à política educacional, tendo como foco a facilidade do acesso à rede superior e técnica de ensino. A política educacional de expansão visa à descentralização das unidades de ensino, até então muito concentradas nos grandes centros urbanos. Diversas cidades de porte médio foram beneficiadas por essa política, pois possuem várias outras cidades de pequeno porte em seu entorno, permitindo que uma gama de pessoas passasse a ter acesso ao ensino público sem, necessariamente, deslocar-se às grandes cidades, ou às capitais. Tal medida facilitou o acesso à educação e, consequentemente, à profissionalização. Dentro dessa perspectiva, analisamos a intervenção pública de expansão das instituições de ensino técnico e superior no estado do Rio Grande do Norte, em duas cidades consideradas de porte médio por exercerem polaridade regional: Pau dos Ferros e Mossoró, na região Oeste do estado. Essas cidades foram beneficiadas pela expansão de vagas e também pela construção de novos campi universitários. Ambas possuem unidades das seguintes instituições de ensino: Universidade do Estado do Rio Grande do Norte (UERN); Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Norte (IFRN); e Universidade Federal Rural do Semiárido (UFERSA). Este trabalho foi estruturado em quatro capítulos. Inicialmente, procurou-se contextualizar o ensino técnico e superior no país, tendo como foco as políticas educacionais recentes que visam esse processo de expansão. No segundo capítulo, buscou-se entender como se deu essa expansão no estado do Rio Grande do Norte. Já no terceiro e quarto capítulo, buscamos compreender a atual configuração do ensino técnico e superior nas cidades foco da pesquisa. Para tanto, foram realizadas entrevistas com os gestores das instituições pesquisadas e coletaram-se dados que pudessem evidenciar a área de influência das instituições pesquisadas. As descobertas provenientes desta pesquisa nos permitem afirmar que esse processo, embora seja derivado de uma política nacional, teve uma forte influência da política local, principalmente no que se refere a escolha das cidades para sediar as unidades de ensino. Portanto, destaca-se que, mesmo com algumas dificuldades enfrentadas, essa expansão foi sem dúvida de grande importância para a formação técnica e superior do interior do estado do Rio Grande do Norte.
  • JILYANE ROUSE PAUFERRO DA SILVA
  • “A Geografia de Alagoas, por Ivan Fernandes Lima de 1965"
  • Data: 28/08/2015
  • Hora: 14:00
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  • A Geografia de Alagoas foi incluida no ensino de Geografia escolar a partir da normatizacao da Lei de Diretrizes e Bases da Educacao Nacional, de 1961 e, por conseguinte, com a criacao das determinacoes da educacao estadual voltada para a regulamentacao do curriculo do ensino secundario. Haja vista o contexto politico e socioeconomico que se constituiu no pais visando a modernizacao, sendo estabelecida uma nova organizacao do ensino almejando que a educacao realizasse funcao importante na instrucao da sociedade. Nessa perspectiva, podemos destacar a preocupacao de professores com o ensino de Geografia regional/local e a necessidade de um livro didatico com abordagem do conteudo sobre os aspectos geograficos alagoanos. Desse modo, a pesquisa teve como foco a analise do livro didatico Geografia de Alagoas, por Ivan Fernandes Lima, de 1965 com base nos estudos sobre a historia das disciplinas escolares. Metodologicamente recorreu-se a: levantamento bibliografico; analise documental em diversas fontes de pesquisas, a exemplo de regulamentacoes da educacao do Estado de Alagoas; acervo das bibliotecas publicas em Maceio - Alagoas; acervo pessoal de Ivan Fernandes Lima; e entrevistas. As conclusoes indicam, em linhas gerais, o lugar social de onde se falava sobre o professor Ivan Fernandes Lima, nos dando suporte para apontar os tracos da trajetoria de suas producoes e das relacoes sociais estabelecidas, considerando-se que o inicio da producao intelectual do autor se deu com as publicacoes nos impressos do Jornal de Alagoas na decada de 1960, que reverberou na producao de obras, a exemplo do livro didatico Geografia de Alagoas, colaborando para o ensino de Geografia escolar e para a Geografia academica no Estado.
  • JAMERSON RANIERE MONTEIRO DE SOUZA
  • A Comercializacao da Agricultura Familiar no Municipio de Lagoa Seca - PB: Os Atravessadores e o Programa de Aquisicao de Alimentos"
  • Data: 28/08/2015
  • Hora: 09:00
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  • O presente trabalho refere-se a caracterizacao geomorfologica e morfometrica da regiao compreendida pela carta Jacuma (SB-25-Y-C-III-3-NE), localizada no estado da Paraiba. A utilizacao de tecnicas de geoprocessamento para avaliacao morfotectonica, alem de tentar reforcar as hipoteses levantadas em estudos anteriores, e considerada relevante, pois os produtos gerados evidenciam de maneira concisa a morfologia do relevo, onde a influencia da tectonica na sua configuracao e arranjo e conspicua. As tecnicas utilizadas nesta pesquisa consistiram na confeccao e analise das cartas hipsometrica, de declividade, de orientacao de vertentes; analise da rugosidade, perfis topograficos e modelos em 3D. Para a confeccao dos produtos acima se utilizou da vetorizacao manual em tela da carta topografica Jacuma, com escala de 1:25.000, com equidistancia entre as curvas de nivel de 10 m, e do software Spring 5.1.7. Os resultados obtidos a partir das analises dos produtos gerados mostraram que na porcao central da area ha um forte controle estrutural nos afluentes da margem direita do rio Guruji, onde os mesmos possuem um desnivel altimetrico acentuado, vertentes com elevadas declividades, fortes entalhes fluviais e sao mais numerosos e avantajados que os afluentes da margem esquerda. No final do curso do rio Guruji ocorre uma forte inflexao de aproximadamente 90°, onde sua direcao muda bruscamente de W-E para S-N. Outro ponto anomalo observado na area estudada foi o forte entalhamento dos afluentes da bacia do rio Grau, na porcao sul da area de estudo, onde a morfologia do relevo muda de tabular para colinoso de forma abrupta e seu fluxo sofre forte inflexao no seu baixo curso mudando sua direcao de W-E para NNW-SSE.
  • IZABELLE TRAJANO DA SILVA
  • PERMANÊNCIAS E TRANSFORMAÇÕES NO ESPAÇO COMERCIAL DA PEQUENA CIDADE DE JUAZEIRINHO-PB: DA FEIRA LIVRE ÀS REDES DE NEGÓCIOS
  • Data: 26/08/2015
  • Hora: 09:30
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  • O presente trabalho objetivou compreender as implicacoes da chegada das redes de negocios em Juazeirinho, pequena cidade localizada no Serido Oriental da Paraiba, destacando as relacoes de permanencias e as transformacoes ocorridas em seu espaco comercial nos ultimos 15 anos, periodo em que comecou a chegar essa nova modalidade comercial de cunho associativista. Esse recorte temporal tambem corresponde ao periodo de ampliacao do setor terciario, como consequencia do aumento do poder de compra da classe popular. Foram analisadas duas formas comerciais admitidas como os extremos no nivel de transformacao em que o comercio se apresentara naquela temporalidade: a feira livre, primeira forma comercial, e as redes de negocios, consideradas como a maxima capitalista da pequena cidade. As redes de negocios foram vistas dessa forma porque era nelas que se observaram as primeiras investiduras de forcar o consumo constante, atraves de acoes de marketing, anteriormente quase inexistentes na cidade. Alem disso, promoveram profundas transformacoes em formas comerciais ja existentes e inseriram uma gama de modernizacoes que promoveram a mudanca nos habitos de consumo dos municipes, assim como estimularam os demais comerciantes, nao associados, a transformarem ou modernizarem os seus estabelecimentos. Ao se investigar a feira livre, reconhecendo-a nao apenas enquanto importante lugar de consumo contemporaneo, mas tambem como um notavel elemento do espaco urbano da pequena cidade analisada, constatou-se que ela e o lugar do acontecer social, uma vez que a feira tambem foi compreendida para alem das trocas comerciais. Portanto, o espaco comercial de Juazeirinho, ate entao relegado a um plano secundario, modificou-se e apresentou formas e conteudos que imprimem a ideologia de consumo exacerbado. Nesse novo contexto, as redes de negocios, as franquias e as lojas fidelizadas sao sintomas de que o espaco comercial da area de estudo passou a ser rota de interesses capitalistas mais severos, o que denota o carater de expansao geografica do capitalismo. Essa expansao geografica envolve os espacos de maneira diferenciada, dai as profundas transformacoes realizadas pelas redes de negocios, sobretudo no setor supermercadista que, de maneira inedita, reuniu, em um so espaco, produtos que eram comercializados em estabelecimentos distintos. Palavras-chaves: Redes de Negocios. Feira Livre. Juazeirinho. Pequenas Cidades. Permanencias e Transformacoes.
  • RÔMULO LUIZ SILVA PANTA
  • "O Processo de Monopolização do Território pelo Capital Financeiro nos Assentamentos Rurais da Reforma Agrária em Sapé - PB"
  • Data: 24/08/2015
  • Hora: 14:00
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  • Os debates sobre a necessidade de soluções para o problema agrário no Brasil não são recentes. Eles remontam ao século XIX, por ocasião da luta abolicionista (TARGINO, 2002). A partir das pressões dos movimentos sociais e da organização dos trabalhadores, surgem os Assentamentos rurais, que se constituem como experiências de luta, de resistência, que se posicionam contra o medo e contra o modelo capitalizado de tratar a terra como mercadoria. Entretanto, quando se investiga o processo contraditório que envolve as reais condições de sua infraestrutura, manutenção, desenvolvimento e reprodução, percebe-se a essência do problema da subordinação produtiva e territorial da agricultura camponesa ao capital. Nesse sentido, a pesquisa objetiva analisar o processo de monopolização do território pelo capital na agricultura camponesa, verificando os processos de dependência e recriação da agricultura camponesa nos Assentamentos Rurais da Reforma Agrária em Sapé-PB, a partir do PRONAF, levando em consideração a ação territorial do capital financeiro. Do ponto de vista conceitual, esse trabalho privilegia os conceitos de território, espaço, capital financeiro e Assentamento Rural. No tocante à metodologia, a proposta se orientará pelo materialismo histórico e dialético como método de interpretação da realidade que leve em consideração a interação entre os sujeitos e os objetos da análise. O recorte escalar compreende três assentamentos rurais da Reforma Agrária localizados em Sapé-PB (Santa Helena, Boa Vista e Rainha dos Anjos), sendo analisada a amostra de 30% do público assentado que corresponde a sessenta e oito famílias. Na pesquisa verificamos que a autonomia produtiva é sensivelmente comprometida face o direcionamento e a formatação na aplicação do crédito. Ou seja, o que plantar ainda é determinado, limitado e ofertado institucionalmente. Logo nem sempre o projeto implantado corresponde aos interesses e aprendizados acumulados dos camponeses, esse aspecto identificado dilui a proposta participativa do PRONAF, o que consequentemente gerou sérios problemas no que se refere ao inadimplemento e ao endividamento. Desse modo, na tentativa de reprodução material, os camponeses assentados fazem uso de um conjunto de estratégias, que vão desde resistir, desviar, avançar e recuar e se redesenhar como um mosaico social. Assim, apesar das limitações e das contradições verificadas, não podemos negar o sinal concreto que representam os Assentamentos na senda de uma perspectiva de esperança, onde é possível pensar a organização social e econômica para além dos ditames da organização capitalista.
  • DIEGO DE OLIVEIRA SILVESTRE
  • “Entre o Constitucional e o Real: “Uma Análise da Política Regularização Territorial Quilombola a Partir da Comunidade de Caiana dos Crioulos - Alagoa Grande/PB”
  • Data: 24/08/2015
  • Hora: 09:00
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  • A questao dos territorios quilombolas, apresenta como estopim para o debate a partir da promulgacao da Constituicao Federal de 1988–CF88, criando um espaco de luta e de negociacao em torno do projeto nacional. Neste sentido, os reconhecimentos dos territorios posicionam diferentes setores e interesses e tornam visiveis antagonismos e conflitos no interior da sociedade brasileira. O processo de regularizacao de terras das comunidades quilombolas, viabilizado pelo Artigo 68 da ADCT, possibilitou a emergencia de identidades coletivas organizadas. Porem, grande parte dos brasileiros, sobretudo gestores publicos, ainda possuem pouca compreensao de quem realmente sao as referidas comunidades quilombolas e, geralmente, compreendendo-as ainda como grupos que se rebelaram contra a escravidao por meio de fugas e criando os longinquos quilombos, sobrepondo assim a ideia de grupo etnico. Assim, o objetivo principal deste estudo e analisar a efetividade das politicas de reconhecimento territorial de comunidades quilombolas no estado da Paraiba, tomando como recorte espacial a comunidade de Caiana dos Crioulos –Alagoa Grande, bem com suas consequencias socioeconomicas para a mesma. Os resultados apontam que a grande burocracia, sobretudo, no que diz respeito a grande quantidade de recursos judiciarios impetrado pelos “donos” das terras requisitadas pelos quilombolas, freiam o andamento do processo de regularizacao fundiario da comunidade. Constatamos que todas as acoes contrarias ou favoraveis as comunidades quilombolas, realizadas nas esferas institucionais de nosso pais, seja no Congresso, no INCRA, na FCP, nos INTERPAs, etc. impactam diretamente nas comunidades, causando assim consequencias diretas em seus moradores, e em Caiana dos Crioulos, nao foi (ou e) diferente, acoes de esferas superiores tem levado os moradores a colocarem em jogo a permanencia na comunidade, pondo em risco a historia e a cultura da comunidade. Pois, a migracao de familias inteiras, torna-se cada vez mais recorrente, caracterizando assim o abandono e a desistencia da luta pela terra.
  • SHARLENE DA SILVA BERNARDINO
  • "A Feira Livre de Nova Cruz - RN: Aspectos Culturais e Econômicos"
  • Data: 20/08/2015
  • Hora: 10:00
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  • O presente trabalho refere-se à caracterização geomorfológica e morfométrica da região compreendida pela carta Jacumã (SB-25-Y-C-III-3-NE), localizada no estado da Paraíba. A utilização de técnicas de geoprocessamento para avaliação morfotectônica, além de tentar reforçar as hipóteses levantadas em estudos anteriores, é considerada relevante, pois os produtos gerados evidenciam de maneira concisa a morfologia do relevo, onde a influência da tectônica na sua configuração e arranjo é conspícua. As técnicas utilizadas nesta pesquisa consistiram na confecção e análise das cartas hipsométrica, de declividade, de orientação de vertentes; análise da rugosidade, perfis topográficos e modelos em 3D. Para a confecção dos produtos acima se utilizou da vetorização manual em tela da carta topográfica Jacumã, com escala de 1:25.000, com equidistância entre as curvas de nível de 10 m, e do software Spring 5.1.7. Os resultados obtidos a partir das análises dos produtos gerados mostraram que na porção central da área há um forte controle estrutural nos afluentes da margem direita do rio Guruji, onde os mesmos possuem um desnível altimétrico acentuado, vertentes com elevadas declividades, fortes entalhes fluviais e são mais numerosos e avantajados que os afluentes da margem esquerda. No final do curso do rio Guruji ocorre uma forte inflexão de aproximadamente 90°, onde sua direção muda bruscamente de W-E para S-N. Outro ponto anômalo observado na área estudada foi o forte entalhamento dos afluentes da bacia do rio Graú, na porção sul da área de estudo, onde a morfologia do relevo muda de tabular para colinoso de forma abrupta e seu fluxo sofre forte inflexão no seu baixo curso mudando sua direção de W-E para NNW-SSE.
  • DAVID LUIZ RODRIGUES DE ALMEIDA
  • "Mapas Mentais para o Ensino de Geografia: Práticas e Reflexões em uma Escola de Campina Grande"
  • Data: 17/08/2015
  • Hora: 14:00
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  • Atualmente, no Brasil, os anos iniciais do Ensino Fundamental e composto por cinco anos (1º ao 5º ano). Isso resulta, segundo a legislacao, num maior periodo para a alfabetizacao dos sujeitos que, desde os seis anos de idade devem ingressar na escola. Muito se tem investido na alfabetizacao da Lingua materna (Portugues) e da Matematica para a formacao basica dos alunos ate o 3º ano. Por outro lado, pouco se tem discutido sobre a progressao desta alfabetizacao nos anos subsequente. A presenca da Geografia no curriculo escolar pode auxiliar a formacao dos sujeitos, sua leitura de mundo, ao destacar a alfabetizacao cartografica enquanto metodologia que busca pensar o espaco geografico, desde o lugar ate outras escalas espaciais. Destacamos que a Cartografia Escolar, que se dedica a investigar o uso dos mapas nas praticas de ensino de Geografia, atribuem valor na producao e leitura dos mapas realizados pelos proprios alunos. Este potencial e encontrado no uso dos mapas mentais, representacoes livres, mas orientadas pelos docentes voltadas a insercao, reflexao e leituras espaciais tratadas na escola. Com base nesses apontamentos, esta pesquisa objetiva investigar as potencialidades e limitacoes do recurso mapa mental para o ensino-aprendizagem de Geografia com alunos do 4º e 5º ano do Ensino Fundamental. Para isso desenvolvemos a nossa pesquisa na Escola Lucia de Fatima Gayoso Meira, localizada na cidade de Campina Grande – PB. Paralelamente ao uso dos mapas mentais desenvolvemos atividades teoricas e praticas com a finalidade de motivar, apresentar, construir e refletir nocoes conceituais e habilidades com uma turma de 4º e outra de 5º ano. Para realizacao desta pesquisa resgatamos ainda as consideracoes da gestora escolar, professoras e, principalmente, dos alunos, utilizando questionarios e entrevistas. Como resultados percebemos as leituras e compreensoes dos alunos em relacao a organizacao de diferentes escalas do espaco geografico, ora voltadas ao seu proprio cotidiano, ora aos conteudos ministrados em sala de aula. Identificamos tambem limites no que corresponde ao uso de conteudos descontextualizados, e que se estes saberes nao estiverem relacionadas as praticas cotidianas, nao havera sentido em apreende-los o que consequentemente podera resultar em retencoes ou desmotivacoes acerca do se aprender Geografia nas escolas.
  • TAMIRES SILVA BARBOSA
  • Geomorfologia Urbana e Mapeamento Geomorfológico do Município de João Pessoa - PB.
  • Data: 06/08/2015
  • Hora: 14:00
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  • O presente trabalho objetiva realizar a análise da geomorfologia urbana do município de João Pessoa em seus aspectos naturais e antropogênicos, mapeando as formas de relevo, distinguindo e contabilizando as unidades morfoestruturais, morfoesculturais, os padrões e formas de relevo, os tipos de formas e os processos morfogenéticos atuais presentes no município de João Pessoa. O estudo da geomorfologia do município é de grande importância, pois se trata de uma área em franco processo de expansão urbana inclusive sobre formas de relevo inadequadas, como vertentes de altas declividades e estrutura geológica sedimentar, que é mais facilmente erodida pela ação climática e antropogênica, assim como fundos de vales de rios que periodicamente são atingidos por inundações e, por vezes, causam alagamentos de moradias instaladas nas margens de rios. As técnicas utilizadas nesta pesquisa consistiram na digitalização de quatro cartas topográficas na escala 1:25.000 e curvas de nível com equidistância de 10 m, que abarcam toda a área do município, obtendo desta forma, dados topográficos mais precisos devido à escala de detalhe. Com as cartas digitalizadas, elas foram vetorizadas e a partir das informações extraídas delas e trabalhadas em ambiente SIG, foram elaborados os mapas temáticos de hipsometria e declividade e, também, foi atualizado o mapa geológico da área. Tendo tais ferramentas nas mãos e com a realização dos trabalhos de campo e análise de imagens de satélite e fotografias aéreas, foi elaborado o mapa geomorfológico. O mapa geomorfológico, além de servir como base de análise da pesquisa, serviu também como síntese dos resultados da mesma. Ao fim da análise se pôde obter a quantificação da extensão geográfica superficial de cada unidade geológica presente no município, assim como das unidades geomorfológicas. Além disso, obtiveram-se dados morfométricos resultantes de análise dos mapas temáticos elaborados e o mapeamento das principais formas de relevo tecnogênicas do município. Discutiu-se acerca dos aspectos da geomorfologia urbana e dos riscos geológico-geomorfológicos causados pela ocupação/urbanização de formas de relevo inapropriadas para a ocupação.
  • DJANNÍ MARTINHO DOS SANTOS SOBRINHO
  • "A Avaliação do Desempenho em Nível Médio na Cidade de Caicó".
  • Data: 10/06/2015
  • Hora: 14:00
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  • No Brasil, atualmente, o setor educacional vem passando por transformacoes que envolvem desde reformas curriculares ate a implantacao de avaliacoes em nivel nacional, visando identificar os pontos nevralgicos do Ensino Medio. Neste trabalho, objetiva-se analisar o processo de ensino-aprendizagem de Geografia no Ensino Medio, tendo como base empirica de analise a Escola Estadual Calpurnia Caldas de Amorim, o Centro Educacional Jose Augusto e as escolas privadas Colegio Diocesano Seridoense e Centro Educacional Integrado do Serido, todas localizadas na cidade de Caico, estado do Rio Grande do Norte – Brasil. A problematica que suscitou o interesse pela pesquisa esta ancorada no fraco desempenho dos alunos nas provas discursivas dos vestibulares da UFRN e o seu recorte temporal compreende o periodo entre 2002 e 2012. Metodologicamente, este trabalho foi realizado com base em pesquisa bibliografica, documental, entrevista semiestruturada com os professores de Geografia das instituicoes de ensino, alem de visitas em diferentes momentos a essas escolas. Os resultados indicam que o quadro docente e formado por licenciados em Geografia, alguns com mais de 20 anos de experiencia em sala de aula e especialistas. Alem disso, constatou-se que praticamente nao existe planejamento, tendo em vista que os professores apenas seguem os conteudos propostos no livro didatico ou nas orientacoes dos sistemas de ensino. Outro item que merece ser destacado diz respeito aos instrumentos avaliativos, pois, enquanto predominam avaliacoes objetivas nas escolas, nos vestibulares os alunos tambem eram submetidos a questoes discursivas, sendo estas, em sua maioria, elaboradas de forma contextualizada e com diferentes linguagens. Assim sendo, a nao diversificacao desses instrumentos nas escolas pode ter contribuido ao longo dos anos para que os alunos nao conseguissem resultados satisfatorios.
  • DJANNÍ MARTINHO DOS SANTOS SOBRINHO
  • A avaliação do desempenho em nível médio na cidade de Caicó.
  • Data: 10/06/2015
  • Hora: 14:00
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  • No Brasil, atualmente, o setor educacional vem passando por transformações que envolvem desde reformas curriculares até a implantação de avaliações em nível nacional, visando identificar os pontos nevrálgicos do Ensino Médio.
  • MÔNICA LARISSA AIRES DE MACÊDO
  • "Análise Estatística e Geotecnologias no Estudo dos Indicadores de desertificação nos "Cariris Velhos"! - PB"
  • Data: 02/03/2015
  • Hora: 09:00
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  • As praticas de uso e ocupacao do solo geram processos de degradacao intensa e em regioes semiaridas podem culminar na desertificacao. Na Paraiba, uma das areas representativas desse processo e a delimitacao denominada de Cariris Velhos. Atraves de uma analise multitemporal, com o auxilio de algumas tecnicas estatisticas e das geotecnologias, foi possivel realizar algumas analises e diagnosticar o quadro da desertificacao. Foram utilizadas analises descritivas, teste nao parametrico e a tecnica da estatistica multivariada: analise fatorial em componentes principais. Utilizou-se a precipitacao pluviometrica que revelou tres padroes importantes que explicaram cerca de 70% da variabilidade dos dados cada, expondo a forma como a chuva ocorreu para os anos das imagens, tornando visiveis periodos chuvosos, secos e de transicao. Pode-se comprovar a fragilidade edafoclimatica existente e a forte relacao com as anomalias climaticas (El Nino e La Nina) provocadas por sistemas meteorologicos. O segundo aspecto a ser analisado foi a cobertura vegetal, definida em diferentes estratos, e a temperatura da superficie. Foram selecionados tres recortes temporais para compor esses aspectos: imagens da decada de 80 (1989, 1985), da decada de 90 (1990 e1995) e dos anos 2000 (2004, 2005 e 2007). O processamento das imagens foi feito com parte do algoritmo SEBAL onde foram determinados o SAVI, o IAF e a Temperatura da Superficie. Foram gerados o SAVI e IAF, entretanto, devido a poucos trabalhos realizados com o IAF para o semiarido considerou-se utiliza-lo. Os resultados mostraram que os estratos de vegetacao diminuiram gradativamente, passando para um estagio moderado para muito grave, com coeficientes de variacao (56%, 78,75% e 84%) pouco representativos, comprovando a diversidade de paisagens. Boa parte dos municipios, no ultimo recorte, ja apresentava, em sua maioria, mais de 50% dos valores dos pixels presentes nas classes de solo exposto, isto e, com degradacao acentuada, comprovando forte evidencia de desertificacao. Com o desmatamento, a temperatura da superficie aumentou significativamente passando a configurar um maior numero de pixels presentes em classes superiores aos 30ºC. Este fator, aliado ao quadro de chuvas, dificulta o desenvolvimento e a propagacao de especies, uma vez que a dispersao das sementes se da por anemocoria, o que diminui a biodiversidade da caatinga. Em relacao aos aspectos agropecuarios, economicos e socais, foram revelados tres perfis, para cada recorte, mostrando os indicadores mais importantes em cada um. Com isso, observou-se que entre 1980 e 1995, a populacao dependia mais da terra, de forma que uma piora no quadro fisico, na diminuicao no quadro de chuvas, diminuia a producao, refletindo diretamente no economico e no social e deste modo na populacao. Entre 2000 e 2010, os incentivos governamentais contribuiram para a melhora desses aspectos de forma que eles passaram a nao contribuir, diretamente, para o processo de desertificacao, configurando um menor impacto (peso) na analise. Neste caso, a degradacao e mais proveniente do aspecto agropecuario, tendo como exemplo o incentivo a caprinocultura e a extracao da madeira para o polo gesseiro de Pernambuco, em alguns municipios dos Cariris Velhos.
  • CLAUDEMIR MARTINS COSME
  • “A Expulsão de Camponeses Assentados como uma das Faces da Contrarreforma Agrária no Brasil: Um Estudo da Evasão nos Assentamentos Rurais do Ceará”
  • Data: 24/02/2015
  • Hora: 09:00
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  • A expulsão de camponeses assentados como uma das faces da contrarreforma agrária no Brasil é uma contribuição aos estudos da questão agrária brasileira, que tem por objetivo principal, analisar o processo de evasão de camponeses assentados em assentamentos rurais. Uma problemática esquecida em ampla maioria das pesquisas, que tem nessas frações territoriais de resistência e (re)criação camponesa o núcleo central de reflexão. Defende-se nesta investigação a noção de expulsão camponesa em detrimento do próprio conceito de evasão, bem como, ao invés de uma diversidade de outras denominações utilizadas tanto pelo Estado, como pela academia e até mesmo pelos movimentos sociais e organizações camponesas e os próprios assentados, a saber: “saída”, “desistência”, “rotatividade”, “abandono”, “venda” e “troca de lotes”. Por perceber que os referidos termos colocam a priori a responsabilidade do ato sobre os sujeitos envolvidos nos processos, fato que será contestado frontalmente neste trabalho. Elegendo como recorte temporal os últimos 12 anos, marcados pelos governos do Partido dos Trabalhadores à frente da República, o olhar geográfico recai sobre 40 assentamentos criados no espaço agrário cearense e, especificamente, aprofunda as reflexões analisando a história de gestação e construção dos Projetos de Assentamentos: Diamantina e Olga Benário, localizados nos municípios de Tabuleiro do Norte e Russas, respectivamente, Microrregião do Baixo Jaguaribe. Interpretando o espaço agrário brasileiro a partir da vertente teórica do desenvolvimento contraditório do capital e do caráter rentista assumido por este e com base em um rigoroso trabalho de campo, amparado na pesquisa participante, no uso de fontes orais (entrevistas semiestruturadas), registros fotográficos e caderno de campo, além da pesquisa documental e bibliográfica, é que se buscou compreender a problemática investigada e adentrar no universo dos diversos sujeitos envolvidos na luta pela reforma agrária e materialização dos assentamentos rurais. O estudo permite concluir que o Estado, através dos governos petistas, naufragados na ideologia do progresso e sob os auspícios do ideário neoliberal, opta pelo modelo agrário/agrícola do agronegócio numa busca incessante por um dito novo desenvolvimento, consequentemente, dá continuidade à histórica contrarreforma agrária no Brasil. Nessa conjuntura política totalmente adversa ao campesinato, a expulsão dos camponeses assentados, produto da precarização dos assentamentos rurais e das políticas para a classe camponesa de forma geral, constituísse em uma das inúmeras faces que dão concretude a referida contrarreforma no país.
2014
Descrição
  • JOSÉ DE NAZARÉ DANTAS SOARES
  • “Aos Fações de Ouro, de Prata e de Bronze: um estudo sobre as condições de vida de vida, trabalho e saúde dos trabalhadores canavieiros de Cruz do Espírito Santo - PB”
  • Data: 29/08/2014
  • Hora: 14:00
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  • A agricultura capitalista é uma das temáticas que mais proporciona subsídios para que a teoria da dependência marxista apresente sua vitalidade neste novo milênio. O capital sucroalcooleiro ratifica a perpetuação de uma das formas ―brutais‖ de subordinação do trabalho pelo capital, pautado, sobretudo, nesta cisão entre produção, circulação e, consequentemente, consumo (interno). Pudemos averiguar que os cinquenta canavieiros pesquisados residem na zona urbana (34 trabalhadores) e rural (16) do município em questão. Deste modo, obtivemos as seguintes informações dos trabalhadores assalariados da cana residentes no município de Cruz do Espírito Santo: no caso dos trabalhadores que cortaram seis toneladas de cana diariamente, ele percorreu 4.400 metros, realizou 66.666 golpes de podão, fez 18.315 flexões e entorses torácicas para golpear a cana, perdeu em média 4 litros de água por dia. Entre os problemas de saúde mais relatados pelos cortadores de cana, as dores na coluna aparecem em primeiro lugar. Esse sintoma oscila entre o âmbito da tecnopatias e mesopatias. Os exemplos que evidenciam as causas do sintoma em questão são oriundos direta e indiretamente do processo de labor nos canaviais, que durante safras trabalhadas vão sendo acentuados gradativamente. O propósito geral dessa pesquisa foi de analisar as condições de renda, trabalho e saúde dos trabalhadores safristras do corte da cana residentes no município de Cruz do Espírito Santo – PB.
  • NIELSON POLUCENA LOURENÇO
  • Da Concepção da cooperação do MST à sua Materialização no Assentamento Zumbi do Palmares"
  • Data: 28/08/2014
  • Hora: 16:00
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  • Esta dissertacao tem como objetivo central analisar, com base na concepcao de cooperacao do MST, como se da sua materializacao no Assentamento Zumbi dos Palmares. Ela visa entender a importancia da cooperacao para a organizacao da producao e do trabalho no referido assentamento, bem como os fatores responsaveis pelos conflitos e contradicoes estabelecidos durante sua materializacao, sem perder de vista a percepcao do assentamento enquanto fracao do territorio conquistado pelo campesinato. O Assentamento Zumbi dos Palmares, area objeto de investigacao, esta localizado no municipio de Mari-PB, situado na microrregiao de Sape. Escolhemos este assentamento pelo fato de nele serem desenvolvidas praticas de cooperacao dentro dos principios que norteiam a concepcao de cooperacao do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra - MST. Para levar a efeito o estudo, tomamos o territorio como categoria de analise a partir da concepcao de Raffestin (1993) quando afirma que o territorio e uma fracao do espaco produzido atraves do trabalho e marcado por relacoes de poder, e um ―local de relacoes‖. Nessas relacoes estao intrinsecos o poder, a apropriacao, a dominacao e o conflito, elementos que encontramos no processo de luta pela terra e pela permanencia nela. Do ponto de vista da metodologia de pesquisa utilizamos uma serie de procedimentos e tecnicas, tais como: levantamento bibliografico; levantamento documental; levantamento de dados secundarios e pesquisa de campo. No decorrer da pesquisa, constatamos que no assentamento Zumbi dos Palmares a ocorrencia das praticas de cooperacao mediadas pelo MST durante o periodo de luta pela terra proporcionou uma maior ligacao entre os sujeitos envolvidos na luta. O exercicio do mutirao, considerada pelo movimento como uma forma de cooperacao simples, e tambem a uniao entre eles para se defenderem das investidas dos latifundiarios, fortaleceu ainda mais a resistencia dos camponeses na terra. Vale ressaltar que tambem houve conflitos internos durante o acampamento, entretanto, o que prevaleceu foi a consolidacao de pertencimento ao grupo pelos camponeses. Contraditoriamente, apos a conquista da terra a imposicao desse modelo de cooperacao estruturado na Cooperativa vem sofrendo resistencia dos assentados. As razoes disso estao relacionadas ao carater politico que o MST tem com essas praticas, no qual desconsidera os aspectos socioculturais dos camponeses recusando o seu modelo de organizacao da producao que e baseado na triade terra, trabalho e familia por considera-lo irracional e individualista e a forma de gestao da cooperativa excludente e pouco transparente tal qual foi realizada inicialmente no Assentamento.
  • JONATHAS EDUARDO DOMINGOS MORAIS
  • GEOGRAFIA NOS ANOS INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL: UM OLHAR A PARTIR DA FORMAÇÃO E DA PRÁTICA PEDAGÓGICA DOS PROFESSORES DO MUNICÍPIO DE ALAGOA GRANDE – PB
  • Data: 28/08/2014
  • Hora: 14:00
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  • A Geografia nos anos iniciais do Ensino Fundamental vista a partir da formação e prática de um grupo de seis professores do município de Alagoa Grande-PB se apresenta como o tema central dessa pesquisa. Objetivamos nesse texto compreender a formação do professor dos anos iniciais do ensino fundamental e a prática pedagógica em Geografia a partir dos professores sujeitos da pesquisa relacionando os distintos processos formativos que, respectivamente, foram o Magistério, através da Escola Normal, e o curso superior em Pedagogia, procurando assim entender como a Geografia e suas metodologias de ensino foram apresentadas nesses momentos distintos da formação. Procuramos conhecer o percurso de formação dos professores através de suas experiências de vida e formação por meio das contribuições da pesquisa qualitativa em educação e elementos da História de Vida que propiciam ao pesquisador conhecer o passado dos seus sujeitos através de suas falas e a própria história de vida de cada um deles se aproxima de suas trajetórias profissionais, como ,por exemplo, ao retomar elementos da escolha da carreira docente e as fases do processo de formação. Um estudo que possibilita entender melhor como as metodologias de ensino para a Geografia são tratadas nos cursos de formação sob as reflexões no caso do município sede da pesquisa e como as experiências dessa formação podem ser percebidas na prática dos professores. Uma questão relevante nesse trabalho está em torno da preocupação com a relação teoria e prática que necessita ser mais valorizada no processo formativo dos professores, logo, concluímos que muitas das lacunas e dificuldades na prática cotidiana dos professores são reflexos de problemas teórico-metodológicos não resolvidos em sua totalidade no processo de formação. Em relação à Geografia nos anos iniciais e a relação da disciplina com esses profissionais está baseada no reconhecimento de sua importância na formação dos alunos e ao mesmo tempo nas dificuldades encontradas na busca de uma prática educativa de qualidade.
  • MARIA VERÔNICA DE AZEVEDO GOMES
  • “Dinâmica Socioespacial Urbana de Cuité - PB resultante da Implantação do Campus de Saúde e Educação da UFCG”
  • Data: 28/08/2014
  • Hora: 10:00
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  • Esta pesquisa trata da complexidade dos fenômenos intraurbanos da pequena cidade brasileira. O objetivo principal deste estudo foi analisar as dinâmicas socioespaciais ocorridas em Cuité devido à presença do Centro de Educação e Saúde-CES da Universidade Federal de Campina Grande-UFCG. O CES foi instalado em Cuité no segundo semestre do ano de 2006 e desencadeou processos transformadores no seu arranjo socioespacial, que nos incitaram a analisá-los e compreendê-los. Para tanto, procedemos com a revisão bibliográfica de textos alusivos à Geografia Urbana brasileira, que nos embasaram na construção de análises que buscam compreender as diferenciações e especificidades da pequena cidade brasileira. Somam-se a este procedimento a análise de documentos relativos ao processo de instalação do CES, a realização de entrevistas com os principais sujeitos envolvidos neste processo, a aplicação de questionários com alunos e servidores desta instituição e a coleta de dados junto a empresas imobiliárias e instituições administrativas municipais. As descobertas provenientes desta pesquisa nos permitem afirmar que a presença do CES vem atraindo investimentos e pessoas para Cuité, aumentando a produção e a comercialização imobiliária e expandindo sua área urbana.
  • IGOR DE VASCONCELLOS CÉSAR
  • “INDICADORES DE SUSTENTABILIDADE E ATITUDES AMBIENTAIS COMO FERRAMENTAS DE SUPORTE À TOMADA DE DECISÃO EM ZONAS ESPECIAIS DE INTERESSE SOCIAL. O CASO DA COMUNIDADE SÃO LUÍS, JOÃO PESSOA, PB”
  • Data: 27/08/2014
  • Hora: 15:00
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  • O presente trabalho teve como objetivo a realização de um diagnóstico socioambiental na ZEIS São Luís, localizada no bairro do Bessa em João Pessoa-PB. As ZEIS correspondem a uma nova potencialidade jurídica, surgida no Brasil na década de 80 em decorrência do aumento das pressões populares que clamavam por moradia e como uma tentativa de fomentar os programas de reforma urbana estabelecidos pela Constituição de 1988. Sob a ótica da sustentabilidade e da percepção ambiental, a pesquisa caminhou na direção da construção de bases e cenários que possam nortear a implantação de políticas públicas que priorizem melhorias da qualidade ambiental e, por extensão, da qualidade de vida e bem estar humano. Optamos pela utilização do Método do Painel de Sustentabilidade para compormos os indicadores da comunidade estudada, acoplando-o à caracterização dos aspectos atitudinais dos moradores locais através da medição de suas inserções no Novo Paradigma Ecológico (NEP).
  • IGOR DE VASCONCELLOS CÉSAR
  • “INDICADORES DE SUSTENTABILIDADE E ATITUDES AMBIENTAIS COMO FERRAMENTAS DE SUPORTE À TOMADA DE DECISÃO EM ZONAS ESPECIAIS DE INTERESSE SOCIAL. O CASO DA COMUNIDADE SÃO LUÍS, JOÃO PESSOA, PB”
  • Data: 27/08/2014
  • Hora: 15:00
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  • O presente trabalho teve como objetivo a realização de um diagnóstico socioambiental na ZEIS São Luís, localizada no bairro do Bessa em João Pessoa-PB. As ZEIS correspondem a uma nova potencialidade jurídica, surgida no Brasil na década de 80 em decorrência do aumento das pressões populares que clamavam por moradia e como uma tentativa de fomentar os programas de reforma urbana estabelecidos pela Constituição de 1988. Sob a ótica da sustentabilidade e da percepção ambiental, a pesquisa caminhou na direção da construção de bases e cenários que possam nortear a implantação de políticas públicas que priorizem melhorias da qualidade ambiental e, por extensão, da qualidade de vida e bem estar humano. Optamos pela utilização do Método do Painel de Sustentabilidade para compormos os indicadores da comunidade estudada, acoplando-o à caracterização dos aspectos atitudinais dos moradores locais através da medição de suas inserções no Novo Paradigma Ecológico (NEP).
  • MARIA DEUSIA LIMA ANGELO
  • "Livros Didáticos de Geografia e seus Autores: uma análise contextualizada das décadas de 1870 a 1910, no Brasil"
  • Data: 25/08/2014
  • Hora: 15:00
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  • A Geografia sempre se fez presente desde as primeiras escolas instaladas no Brasil, no entanto, sua história enquanto conhecimento escolar ainda é pouco conhecida, mesmo considerando que, na atualidade, essa temática vem ganhando espaço. Visando a contribuir com as pesquisas no âmbito da história da Geografia escolar, este trabalho tem como propósito evidenciar elementos que nos permitam conhecer e refletir sobre o processo de constituição dessa disciplina no contexto escolar brasileiro, entre as décadas de 1870 e 1910. Para tanto, nossas análises se direcionam para os livros didáticos de Geografia e para os sujeitos elaboradores desses impressos, enfocando os autores. Como perspectiva teórico-metodológica, apoiamo-nos na história das disciplinas escolares, além de recorrermos a importantes elementos representativos do campo da cultura escolar, da história social e da história do livro, dentre outros aportes. O contexto temporal retratado neste estudo compreende importantes transformações em vários setores da sociedade brasileira, ganhando centralidade as ideias republicanas e nacionalistas. No setor educacional, evidencia-se uma ampliação da escolarização, sobretudo das escolas primárias, contemplando várias partes do território nacional, culminando em um aumento da produção de livros escolares. Nosso levantamento acerca dos livros didáticos de Geografia expressou uma fertilidade na produção, resultando em um total de 186 livros, escritos por 134 autores, incluindo as obras destinadas à Geografia regional. Os livros destinados às escolas em geral compõem 134 títulos, demonstrando um maior número de publicações destinadas ao ensino secundário, em detrimento do ensino primário. Em referência às obras de Geografia regional, catalogamos um total de 52 livros. Neste caso, considerando os dois níveis de ensino mencionados, observamos uma maior expressividade para o ensino primário. Quanto ao conjunto de autores, identificamos uma heterogeneidade de sujeitos oriundos das diferentes províncias/estados, com diferentes formações e atuações. Destacaram-se os autores que exerciam a atividade do magistério e aqueles vinculados às instituições científicas e culturais do período, a exemplo dos IHG.
  • FLÁVIA MARIA DA SILVA
  • PRÁTICAS SOCIAIS SANITÁRIAS, AMBIENTE E SAÚDE NO MUNICÍPIO DE ABREU E LIMA - PE
  • Data: 25/08/2014
  • Hora: 14:00
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  • No Brasil, as condições sanitárias vivenciadas pela população são reconhecidamente deficitárias na maior parte do país. Tal situação favorece a continuidade de uma realidade que envolve a disseminação de doenças endêmicas, fazendo com que o Estado gaste com tratamento médico recursos que poderiam estar sendo empregados na prevenção das doenças. Em contrapartida, a sociedade busca, por seus próprios meios, minimizar os problemas socioambientais mediante práticas sociais de uso estratégico dos recursos do território. Entretanto, em alguns casos, estas práticas podem ser ineficientes, ou até mesmo danosas à saúde individual e coletiva. Assim, o trabalho aqui descrito, objetivou estabelecer uma relação entre o saneamento, as práticas sociais e a saúde, analisando a infraestrutura de saneamento, com ênfase no esgotamento sanitário e abastecimento de água; as práticas sociais sanitárias no âmbito das condições socioambientais locais; e a incidência de doenças endêmicas na população. Para isto, utilizou-se como área de estudo quatro bairros do Município de Abreu e Lima (Caetés III, Centro, Fosfato e Planalto), localizado na Região Metropolitana de Recife. Além das diferenças socioespaciais intraurbanas, também se buscou apreender a realidade por meio de um trabalho de campo envolvendo aplicação de questionários. Dessa forma, de posse desses e de outros dados, oriundos de órgãos oficiais responsáveis, foi realizada uma análise da conjuntura apresentada, na ânsia de verificar o quão determinantes podem ser essas práticas sociais para a saúde da população diante de suas condições ambientais. Após o cruzamento dessas informações, pôde ser constatada a precária situação de infraestrutura de saneamento básico no município, onde os principais problemas encontram-se na intermitência do abastecimento de água e na ausência de uma rede de esgotamento sanitário na maior parte do município. Foi verificado, ainda, que, na tentativa de sanar esses problemas, a população adquire práticas sanitárias específicas, como o armazenamento de água e construção de fossas rudimentares. Além disso, mesmo nos bairros onde essas práticas e a infraestrutura de saneamento foram consideradas mais adequadas, verificou-se um maior índice de disseminação de doenças de veiculação hídrica. Portanto, foi possível inferir que a tríade ambiente-saúde-saneamento estabelece relações complexas que não obedecem a uma lógica imutável e, assim, cada espaço confere a sua particularidade, podendo apresentar diferentes realidades.
  • JOCEIA GOUVEIA DE SOUSA
  • POLÍTICA DE DESENVOLVIMENTO TERRITORIAL RURAL: O Caso do Território da Zona da Mata Norte-PB
  • Data: 25/08/2014
  • Hora: 14:00
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  • A dissertação analisa a implementação da política de desenvolvimento territorial no meio rural paraibano com destaque para o PRONAT e o PTC, tendo como recorte espacial o Território da Zona da Mata Norte. Essa política rompe com o velho paradigma do desenvolvimento local, estruturado a partir de um viés setorial. Foram eleitas como categorias analíticas: território, estado e agricultura familiar sustentável. Os procedimentos metodológicos incluem a pesquisa bibliográfica, documentos institucionais, assim como dados coletados em pesquisa de campo. A importância do estudo tem a ver com a criação e estruturação dos territórios que se apresentam como um processo complexo, uma vez que exige dos participantes, a ruptura com os velhos paradigmas de benefícios individuais para seus municípios e passa a ser orientado para uma coletividade. Ou seja, implica na superação de um viés extremamente setorial para um de base territorial. A análise efetuada permite concluir que a política implantada provocou avanços em termos de melhoria das condições de vida, de estimular a participação social no processo de definição e execução da política. No entanto, as orientações não se realizam em sua forma plena, tendo em vista questões relacionadas com conflitos de interesse, dada a diversidade e heterogeneidade que são características das estruturas territoriais. Mesmo com os benefícios projetados de crescimento com qualidade de vida a partir de investimentos estatal, do fortalecimento das decisões a partir da gestão compartilhada público/privada e da articulação dos atores envolvidos dentro e fora do território, ainda há permanência de práticas e atitudes próprias do modelo de desenvolvimento local. Destaca-se que, nesse particular, as resistências dos gestores municipais em pensar a dinâmica territorial para além dos limites municipais. Por outro lado, fica evidenciado que apesar das mudanças na escala/categoria/conceito introduzidas com o modelo de desenvolvimento territorial sustentável, a política reforça o papel do Estado no processo da acumulação capitalista. Isto é, a política territorial objetiva viabilizar a inserção da produção familiar rural na dinâmica da acumulação capitalista e não desenvolver uma agricultura sustentável sob a ótica da organização camponesa.
  • ENVER JOSÉ LOPES CABRAL
  • "Transporte Coletivo e Espaço Urbano: Contradições, Conflitos e Mobilização Social"
  • Data: 25/08/2014
  • Hora: 09:00
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  • Atualmente, o transporte coletivo e gerenciado por empresas privadas de onibus em Joao Pessoa. Os onibus circulam na cidade e tem que arrecadar dinheiro acima dos custos de operacionalizacao, ou seja, tem que lucrar. A espacializacao das linhas de depende do horario e da regiao. O preco da passagem, a quantidade de pessoas em pe nos onibus lotados, os salarios dos trabalhadores das empresas de onibus, tudo isto, esta submetido a uma logica de gerenciamento do servico de onibus. O objetivo e estudar o sistema de onibus, contextualizado no espaco e no tempo urbano, compreendendo que sua logica de gerenciamento privado e os problemas enfrentados, sao o ponto de partida para entender a configuracao atual do transporte coletivo de Joao Pessoa. O primeiro capitulo apresenta o sistema de onibus em Joao Pessoa, trazendo a tona os problemas que os usuarios enfrentam no dia a dia, destacando o que ha entre os problemas e as espacializacoes. No capitulo 2 analisamos os problemas do servico de onibus como a superlotacao e o elevado preco da tarifa. No capitulo 3 discutimos o processo de urbanizacao na sociedade capitalista, estabelecendo a relacao deste com a logica liberal do transporte coletivo. No capitulo 4 entenderemos o processo de construcao da logica privada do transporte coletivo em Joao Pessoa, conhecendo como se constituiu o que hoje se apresenta como um servico de onibus, com suas varias ineficiencias. O ultimo capitulo da dissertacao, o capitulo 5, os movimentos que lutam por um transporte coletivo sao analisados, a partir das manifestacoes de junho de 2013, refletindo como estes atuam na realidade na reivindicacao por um transporte publico.
  • ROSIMARY DE ALMEIDA CALDAS
  • POTENCIAL TURÍSTICO E PRODUÇÃO/TRANSFORMAÇÃO DO ESPAÇO PELO TURISMO NO MUNICÍPIO DO CONDE-PB
  • Data: 22/08/2014
  • Hora: 15:00
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  • O turismo representa, na atualidade, uma atividade que gera milhões em divisas. Nesse estudo analisamos o turismo não somente enquanto atividade econômica, mas, também, como fenômeno social, político e cultural. O município do Conde, localizado no litoral sul do estado da Paraíba, é um lugar de belezas naturais exuberantes que atraem turistas de inúmeras localidades. Diante disso, neste estudo visamos discorrer acerca do potencial turístico do Conde e verificar como essa atividade tem interferido na produção/transformação do espaço e no desenvolvimento local. Para tanto, foi aplicada uma matriz de potencial turístico de localidades receptoras, bem como entrevistas a turistas, estabelecimentos hoteleiros e alimentícios e órgãos oficiais. Durante o estudo percebemos que, apesar de uma grande variedade de atrativos, estes não atraem, em sua maioria, uma corrente de turistas internacionais, mas que seu principal alvo são os turistas local e regionais. Por meio da opinião dos turistas frequentadores do Conde, pudemos avaliar como se encontra a infraestrutura básica do município, que atende não só aos turistas, mas toda a comunidade local. Foi comprovada, também, uma desvalorização do uso do turismo como mecanismo de desenvolvimento para a comunidade local em prol do crescimento de agentes externos, que possuem um discurso disfarçado de melhorias para a localidade, mas não passam de grandes empreendedores que trazem, na maior parte, impactos negativos, principalmente com a prática de loteamentos e construções em áreas de preservação ambiental, como a APA de Tambaba. O poder público local tem privilegiado a construção de condomínios horizontais pertencentes a empresas de proprietários de outras localidades, deixando os habitantes que ainda têm o turismo como fonte de renda, todo o restante da população local e os turistas que não se hospedam em grandes resorts, sem infraestrutura urbana básica, ou seja, uma política baseada na prioridade de uma minoria de alto poder econômico em detrimento da maioria de baixa renda.
  • GLAUCIENE JUSTINO FERREIRA DA SILVA
  • "Estimativa de Indicadores Biofísicos para Avaliação do Processo de desertificação No Municípío de São João do Cariri - PB"
  • Data: 22/08/2014
  • Hora: 14:00
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  • A degradação das terras no semiárido brasileiro tem intensificado a perda da vegetação do tipo caatinga, provocando a exaustão dos solos, dos recursos hídricos e proporcionando a expansão do processo de desertificação dos solos. Em uma região com grande heterogeneidade do ponto de vista socioambiental, como é o caso do semiárido paraibano, a urgência por metodologias que proporcionem uma melhor compreensão sobre o fenômeno é indiscutível. Diante do exposto, o entendimento das diferentes paisagens na região semiárida e a obtenção de dados dos aspectos bioclimáticos é uma alternativa para compreensão da dinâmica da degradação das terras e consequente desertificação. Nesse contexto, a utilização de fontes de dados, como o sensoriamento remoto, tem proporcionado a aquisição de informações referentes às variáveis biofísicas envolvidas no equilíbrio ambiental por meio do balanço de radiação. Dessa forma, essa pesquisa tem como objetivo demonstrar o potencial de indicadores biofísicos para avaliação do processo de desertificação e consequentes alterações na paisagem na Bacia Experimental de São João do Cariri, localizada na microrregião do Cariri paraibano. Com a utilização de técnicas de sensoriamento remoto, pesquisas de campo e o emprego do algoritmo SEBAL, foi possível analisar diversos indicadores biofísicos, como: albedo, índices de vegetação (IAF, NDVI e SAVI), temperatura da superfície, saldo de radiação e fluxo de calor no solo. Os resultados obtidos constatam que a área de estudo apresenta áreas de solo exposto com alto nível de degradação que impossibilita o desenvolvimento de uma vegetação mais expressiva. O potencial natural de erosão (PNE) demonstrou que a área apresenta altas perdas de solo por erosão chegando a 135 t/ano. Com a distribuição espacial das variáveis constatouse que os valores encontrados foram condizentes com a literatura consultada para áreas de caatinga. O albedo da superfície apresentou valores elevados nas áreas de solo exposto e a sua variação espacial foi condizente com a localização das mesmas. O SAVI apresentou valores mais coerentes com a densidade vegetal encontrada na área, quando comparado com o NDVI. Já, o IAF apresentou valores considerados altos para área de caatinga entre (06), o que poderia evidenciar maior densidade de biomassa vegetal na área de estudo, porém, a baixa diversidade encontrada nessas áreas mostrou que os altos valores foram obtidos para vegetação exótica. A distribuição espacial da temperatura da superfície variou conforme a presença da vegetação que, mesmo rala e espaçada, diminui a temperatura do solo, proporcionando uma menor ação erosiva pelo impacto das chuvas intensas e irregulares. Foi verificado que os menores valores de saldo de radiação (Rn) estiveram presentes nas áreas mais degradadas da bacia (porção oeste). O fluxo de calor no solo nessas áreas, também, apresentou-se elevado, sendo influenciado pelas características e tipo de cobertura do solo. Os resultados obtidos na pesquisa possibilitaram a aquisição de dados para monitoramento das variáveis envolvidas no balanço de energia fornecendo subsídios para deter a degradação ambiental na bacia e o consequente avanço do processo de desertificação.
  • GUIBSON DA SILVA LIMA JUNIOR
  • O Estudo do Meio no Ensino de Geografia: Um Caminho para Discussão dos Problemas Ambientais do Município de João Pessoa.
  • Data: 22/08/2014
  • Hora: 14:00
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  • O estudo do Meio no Ensino de Geografia: Um Caminho para Discussão dos Problemas
  • MARINA DA SILVA TEIXEIRA
  • "O Processo de Degradação e Revitalização dos espaços Públicos: Usos e Apropriações das praças do Centro Histórico de João Pessoa - PB"
  • Data: 22/08/2014
  • Hora: 14:00
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  • Esta pesquisa tem o objetivo de analisar as transformacoes nos usos dos espacos publicos do centro historico de Joao Pessoa, considerando relacoes de dominacao e apropriacao que ocorrem entre diferentes agentes que atuam nestes espacos. O principal foco sao tres pracas: a Praca Vidal de Negreiros, conhecida como Ponto de Cem Reis, a Praca Anthenor Navarro e a Praca Rio Branco. Buscamos historicizar algumas intervencoes promovidas pelo poder publico ou por iniciativas privadas, destacando as modificacoes relativas a essas pracas e seu entorno. Analisamos o conteudo e a implementacao do(s) projeto(s) de revitalizacao do centro historico e seus rebatimentos nos usos dos espacos publicos, identificando algumas praticas espaciais de diferentes sujeitos e grupos sociais que cotidianamente fazem uso desses espacos. O trabalho esta dividido em tres partes. No primeiro capitulo, trazemos a discussao teorico-metodologica que embasa a pesquisa, explicitando a abordagem sobre a producao e reproducao do espaco urbano e as transformacoes nos espacos publicos em centros urbanos. Alem disso, apresentamos as estrategias metodologicas e os objetos empiricos de analise: as pracas que fazem parte do recorte metodologico deste estudo. No segundo capitulo, sao abordados os conceitos de centro e centralidade para pensar o processo de definicao do centro principal e do centro historico de Joao Pessoa. Procuramos caracterizar o que reconhecemos como centro principal da cidade, destacando elementos de sua dinamica e historicidade. Tambem buscamos compreender os sentidos da “degradacao” e da “revitalizacao” do mesmo em relacao a producao do espaco urbano. Para tanto, discutimos a recente valorizacao da memoria e do patrimonio nos antigos nucleos urbanos, apontando experiencias de “revitalizacao” em outros paises e no Brasil. Por fim, abordamos a (re)invencao do centro historico de Joao Pessoa a partir de projetos de revitalizacao que ocorreram da decada de 1980 ate os dias de hoje. No terceiro capitulo, refletimos sobre o “uso cultural” dos espacos publicos e algumas experiencias vividas nesse recorte temporal no centro historico de Joao Pessoa. Fazemos uma breve discussao sobre a construcao do conceito de cultura nas ciencias sociais e como chegamos as nocoes de industria cultural e cultura de massa. Relacionamos essa discussao com os processos de espetacularizacao e gentrification nos centro urbanos, especialmente no que diz respeito a transformacao de lugares em mercadoria. Com a contribuicao de Henri Lefebvre, abordamos dialeticamente os “espacos de lazer” e as festas. A partir de situacoes vivenciadas em campo, realizacao de entrevistas e pesquisa documental, tratamos do projeto “Sabadinho Bom” e “Beco Cultural” que ocorrem na Praca Rio Branco. Finalmente, discutimos a realizacao de eventos nos demais espacos do centro historico, como as festas e a proposta do “Circuito Cultural”.
  • EMMY LYRA DUARTE
  • "Movimento de Mulheres Trabalhadoras da paraíba (MMT/PB): Mobilização Social, Trabalho e Relações de Gênero"
  • Data: 21/08/2014
  • Hora: 09:00
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  • O presente trabalho tem como objetivo discutir o processo de formação político-ideológico de um determinado sujeito até os dias atuais: as mulheres trabalhadoras rurais da microrregião do Brejo Paraibano. No Brejo da década de 1980, as mulheres trabalhadoras rurais ganham visibilidade através de dois movimentos específicos: o Movimento de Mulheres Trabalhadoras Rurais do Brejo (MMB) e o Movimento de Mulheres Trabalhadoras da Paraíba (MMT/PB). Esse período é retratado pelo brutal avanço do sistema capitalista no espaço agrário paraibano através da monocultura da cana-de-açúcar e refletiu na expropriação e exploração dos camponeses e trabalhadores rurais da região. Em resposta, a classe trabalhadora do espaço agrário paraibano e os camponeses reorganizam-se através de determinadas representações de classes: os sindicatos rurais, as pastorais rurais e os movimentos sociais. Nesse processo de reorganização da classe trabalhadora rural, as mulheres trabalhadoras rurais do Brejo paraibano identificam a emergência do debate acerca das condições e das demandas específicas do gênero feminino nesses espaços políticos e na sociedade capitalista, que as colocam em dupla opressão: a de mulher e trabalhadora. Para compreender esse processo de formação do espaço agrário do Brejo paraibano e a organização das mulheres enquanto classe e gênero em dois determinados movimentos autônomos de mulheres (MMB e MMT/PB) foram importantes à utilização da metodologia de levantamento bibliográfico, documental e pesquisa participante. A pesquisa participante teve como principal objetivo compreender as principais atividades de formação e debate exercidos pelo MMT/PB junto às mulheres trabalhadoras rurais na atualidade. Para isso, foram necessários procedimentos metodológicos como entrevistas semiestruturadas, conversas informais, análises de documentos (cartilhas, pautas de reuniões, relatórios, folhetos, vídeos), arquivo fotográfico e pesquisa de campo. Com isso, pudemos constatar a emergência do MMT/PB em ainda trazer ao debate atual a condição de mulher e trabalhadora para as mulheres trabalhadoras rurais do Brejo paraibano e a necessidade de reavaliar as principais diretrizes de atuações do MMT/PB no processo de aglutinação dessas mulheres para a constituição e continuidade da luta do MMT/PB na Paraíba. Palavras-chaves: Espaço Agrário. Brejo Paraibano. Mulheres. Trabalhadoras Rurais. Movimento de Mulheres.
  • WILMA GUEDES DE LUCENA
  • A PRODUÇÃO DO ESPAÇO URBANO DA CIDADE DE PATOS/PB: DO BNH AO PROGRAMA MINHA CASA MINHA VIDA
  • Data: 18/08/2014
  • Hora: 14:00
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  • O presente trabalho objetivou analisar as implicações do Programa Minha Casa, Minha Vida (PMCMV), na cidade de Patos - PB, sobretudo em seus espaços de moradia. A discussão centrou-se na compreensão de como a política habitacional influiu (e ainda influi) na produção do espaço urbano, especialmente nas cidades médias. Para tanto, buscou-se entender a produção do espaço urbano da cidade de Patos/PB, através das políticas passadas (período de vigência do Banco Nacional de Habitação) e no momento atual de implantação do PMCMV. Nessa perspectiva, analisou-se a política habitacional considerando a relação Estado-capital imobiliário, as formas de promoção dos projetos habitacionais do referido programa, bem como as características urbanísticas desses projetos. Assim, foi possível discutir sobre os efeitos dos projetos de habitação financiados pelo Estado em suas diversas escalas de atuação, sobretudo na escala da cidade. Ao longo da pesquisa, as leituras realizadas sobre as noções de (re) produção do espaço urbano, sobre os agentes produtores desse espaço e de questões mais específicas referentes aos processos de periferização e produção/valorização desigual da cidade foram de suma importância para o debate teórico desenvolvido neste trabalho. Além do referencial bibliográfico, fez-se um levantamento de dados, informações e bases cartográficas nos setores de administração pública da cidade de Patos (setor de geoprocessamento, secretarias de infraestrutura e de habitação) e em órgãos e instituições das demais esferas da ação estatal, como a CEHAP, o IBGE, entre outros, com o intuito de apreender com mais profundidade a realidade pesquisada. Apesar de o PMCMV ter modalidades de financiamento para famílias de diferentes faixas de renda, o foco da pesquisa foram os projetos habitacionais para a população que tem rendimento mensal de zero a três salários mínimos. A pesquisa de campo foi realizada no Conjunto Residencial Vista da Serra I, porque, entre os projetos propostos e em avaliação pela CEF, esse tinha sido, até a conclusão desta pesquisa, o único conjunto habitacional que havia sido entregue às famílias sorteadas para serem atendidas pelo PMCMV em Patos. Durante a pesquisa de campo, procedeu-se à observação/descrição da paisagem e aplicaram-se os questionários aos moradores do local. Com o levantamento dos dados e das informações obtidos no decorrer da pesquisa, o arquivamento deles e sua posterior análise, foram alcançados os objetivos específicos traçados e, conseguintemente, o objetivo geral. Com a conclusão da pesquisa, levantaram-se questões concernentes aos impasses para a implantação de uma política habitacional que, efetivamente, atenda às demandas habitacionais locais, tanto quantitativas como qualitativas, bem como questões relacionadas à reprodução e à intensificação das desigualdades socioespaciais nas cidades médias, especificamente na cidade de Patos-PB - onde identificamos a atuação de agentes que têm produzido duas periferias bem distintas: uma em que se observa a provisão de habitação de interesse social voltada para a população de baixa renda em locais onde há pouca infraestrutra e serviços, e outra em que há um grande número de loteamentos e empreendimentos imobiliários destinados aos grupos de renda mais elevada e que se localizam onde há grande pressão dos agentes imobiliários em relação ao poder público local para a implantação da infraestrutura e dos serviços necessários para a valorização desses espaços.
  • OTÁVIA KARLA DOS SANTOS APOLINÁRIO
  • ANÁLISE GEOAMBIENTAL E DEGRADAÇÃO NO MUNICÍPIO DE CABACEIRAS - PB
  • Data: 15/08/2014
  • Hora: 14:30
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  • O semiárido brasileiro apresenta um quadro biótico e abiótico ainda pouco conhecido cientificamente, o que acaba favorecendo a ocorrência de degradação ambiental, característica marcante no conjunto de paisagens existentes, particularmente em suas zonas de maior secura climática. Esse trabalho foi realizado no município de Cabaceiras-PB, conhecido como o de menor pluviosidade do Brasil, onde também existem sérios impactos ambientais devido a ocorrência de alguns processos naturais e principalmente através do uso e ocupação da terra por atividades agropecuárias e extrativistas, desde o início do processo de ocupação de seu território. O objetivo geral da pesquisa foi analisar o nível de degradação ambiental existente no município, tendo por objetivos específicos, realizar o diagnóstico físico-geográfico, analisar a vulnerabilidade das unidades de paisagem associadas às atividades socioeconômicas e analisar a relação do processo histórico e socioeconômico de uso e ocupação da terra com a degradação ambiental. A metodologia foi fundamentada nas Teorias Geossistêmica e Ecodinâmica, como também nos conceitos e processos causadores da degradação ambiental. Para os procedimentos metodológicos, foram utilizadas técnicas de geoprocessamento e sensoriamento remoto, acompanhadas de trabalhos de campo para validação das respostas obtidas. Como resultados, concluiu-se que o município se encontra, predominantemente, em um nível de estabilidade e vulnerabilidade média, prevalecendo a morfogênese sobre a pedogênese e que 32,36% da área de estudo foi considerada como degradada, tendo em vista a perda de biomassa entre os períodos de 1989 e 2005. Do ponto de vista das ações passíveis de conter a degradação e melhorar a qualidade ambiental encontrada atualmente, buscou-se destacar algumas diretrizes e programas de intervenções públicas existentes, as quais, sendo bem executadas, podem solucionar ou ao menos amenizar a situação existente.
  • JOÃO CESAR ABREU DE OLIVEIRA FILHO
  • “Movimentos Sociais Urbanos: A Produção do Espaço e a Luta pela Moradia na Cidade do Crato - Ceará
  • Data: 07/08/2014
  • Hora: 15:30
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  • O presente trabalho tem por objetivo discutir os movimentos sociais de luta pela moradia na cidade do Crato e o processo de produção do espaço urbano a partir da luta e atuação desses sujeitos sociais. Inicialmente, fizemos um levantamento histórico das principais lutas e movimentos que ocorreram na cidade, em especial nas décadas de 1980 e 1990, quando houve uma efervescência das formas de atuação dos movimentos sociais no Crato. A igreja teve, nesse período, um importante papel na construção e na organização dos movimentos sociais de luta pela moradia na cidade. A ala progressista da Igreja Católica do Crato, inspirada pela Teologia da Libertação, influenciou diretamente na construção das lutas por moradia na cidade; posteriormente, entraram em cena partidos políticos de esquerda, como o PT e o PC do B. Fizemos ainda, uma abordagem teórica sustentando que as ocupações de terra por grupos organizados são um movimento social ou mesmo uma etapa da construção de um movimento social. Abordamos também as associações de moradores, analisando suas ações diante da influência dos grupos políticos locais e da lógica política do Estado. A metodologia utilizada foi baseada numa ampla leitura de referencial teórico e bibliográfico, num estudo de caso e pesquisa participante acerca da atuação dos movimentos sociais na cidade. Utilizamos como processo de investigação científica entrevistas semiestruturada, conversas informais, memórias fotográficas, confecção de mapas e pesquisa de campo. Assim, constata-se que os movimentos sociais de luta pela moradia no Crato são, ora de forma organizada e ativa, ora pontual, uma forma de organização da classe trabalhadora que luta por melhores condições de vida e sobrevivência, corroborando a busca do direito à cidade.
  • JOSE EDVALDO LOPES
  • "A Del Monte Fresh Produce e Territorialização do Capital no Meio Rural do Município de Ipanguaçu - RN"
  • Data: 07/08/2014
  • Hora: 09:30
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  • Com o processo de reestruturacao produtiva do capital, aliado algumas acoes governamentais com o intuito de executar grandes projetos de irrigacao no semiarido do Nordeste brasileiro, o meio rural do municipio de Ipanguacu-RN passou a ser uma das areas em que o capital efetivou sua expansao. Apos o inicio da execucao do Projeto Baixo-Acu-RN na decada de 1970, em parceria com o Governo Federal e Estadual, esse Projeto viabilizou a construcao da Barragem Eng.º Armando Ribeiro Goncalves, a qual foi concluida no ano de 1983, permitindo desenvolver a fruticultura irrigada nesse municipio. Por conseguinte, o meio rural dessa unidade federativa passou a evidenciar significativas alteracoes nas relacoes de producao e de trabalho, uma vez que, com o grande potencial hidrico proporcionado por essa Barragem incentivou a instalacao de agroindustrias no meio rural do municipio de Ipanguacu, com o objetivo de desenvolver agricultura irrigada nos moldes capitalista para fins exclusivamente comerciais. O presente trabalho tem por principal objetivo uma analise referente ao processo de territorializacao do capital no meio rural do municipio de Ipanguacu, a partir da atuacao da multinacional Del Monte Fresh Produce. Esta empresa, a partir do momento em que passou atuar nesse municipio vem intensificando o processo de territorializacao do capital nas varzeas dos Rios Piranhas-Acu e Pataxo, na medida em que passou a se apropriar de uma vasta extensao territorial por meio da compra de pequenas e medias propriedades rurais, em que se praticava uma agricultura nos moldes tradicionais e onde o campones exercia a autonomia na sua producao. Contudo, antes da construcao da referida Barragem, as varzeas do Rio Piranhas-Acu e Pataxo, se constituiam no espaco onde predominava a agricultura campesina voltada basicamente para atender as necessidades primarias do nucleo familiar. As relacoes de producao tinham por base a forca de trabalho familiar, a parceria (meia e terca) e o arrendamento, nao havendo a presenca da mao de obra assalariada. No entanto, a partir da decada de 1990, sobretudo com a chegada da multinacional Del Monte Fresh Produce no municipio de Ipanguacu, a logica da producao e as relacoes de trabalho preexistentes vem sendo alteradas significativamente, sendo intensificado o emprego do trabalho assalariado. Palavras-chaves: Territorio; Capital; Reestruturacao Produtiva; Meio Rural; Ipanguacu.
  • DIEGO PESSOA IRINEU DE FRANÇA
  • "A AÇÃO PASTORAL DA IGREJA CATÓLICA DE GUARABIRA NA LUTA PELA TERRA EM ALAGOA GRANDE-PB"
  • Data: 06/08/2014
  • Hora: 09:00
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  • A importancia da Igreja Catolica de Guarabira para fortalecer a luta dos trabalhadores pela terra se insere no contexto de transformacoes latino-americanas, correspondendo a uma mudanca de posicionamento de parte desta instituicao em favor dos oprimidos – a chamada teologia da libertacao. No Brasil, em resposta a elevada concentracao fundiaria e de riqueza, houve um processo muito intenso de envolvimento de religiosos e leigos, com a causa dos trabalhadores explorados e ameacados de expulsao da terra. Neste contexto, o objetivo desta pesquisa consiste em compreender o significado da acao pastoral da Igreja Catolica de Guarabira junto a luta pela terra em Alagoa Grande-PB. Realizamos uma reconstrucao historico-territorial da luta pela terra, desencadeada no contexto das transformacoes agrarias ocorridas na regiao da diocese Guarabira para que entendamos acao pastoral da Igreja inerente a luta pela terra e a repercussao dessa luta sobre o territorio. Metodologicamente, a dissertacao (estruturada em quatro capitulos) se constituiu na articulacao entre o trabalho, a historia oral e a pesquisa documental/bibliografica, atraves das quais buscamos reconstruir o que chamamos de historia-territorial da luta pela terra. A partir dos conflitos, constatamos uma organicidade dos religiosos catolicos com a luta, contribuindo decisivamente para as conquistas dos trabalhadores.
  • JOÃO PAULO DE OLIVEIRA
  • MEDIAÇÃO EM GEOGRAFIA: PRÁTICAS DE PROFESSORES NO ENSINO FUNDAMENTAL NA CIDADE DE CRUZETA - RN
  • Data: 03/07/2014
  • Hora: 14:00
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  • Esta dissertacao trata-se de um estudo realizado sobre a mediacao de professoras em aulas de Geografia, em turmas do 6° ano do ensino fundamental, estudo desenvolvido na Escola Municipal de Ensino Fundamental Conego Ambrosio Silva (EMEFCAS), localizada no municipio de Cruzeta/RN. No texto, fazemos uma discussao a cerca do processo de ensino e de aprendizagem em Geografia na realidade pesquisada, destacando os aspectos pedagogicos e as ferramentas apropriadas pelas professoras. Dentre os aspectos discutidos, destacam-se: a relacao professor-aluno no contexto da escola e, especificamente, da sala de aula; o contexto em que as professoras trabalham, o qual constitui desafio, pois influencia diretamente na acao docente em seu cotidiano de ensino. Dessa maneira, percebemos que no desenvolvimento da atividade docente alguns desafios existem e que as professoras buscam superar a partir de suas estrategias. Problemas extraescolares, ou seja, decorrentes de problemas socioeconomicos e culturais constituem desafios que tornam mais complexo mediar o que se planeja para consecucao do processo de ensino e de aprendizagem. A partir do trabalho de campo realizado, buscamos responder os questionamentos inicialmente levantados sobre o fazer docente em Geografia, entre eles: Quais os suportes didaticos que o professor se apropria para ensinar Geografia? Quais as caracteristicas do perfil do professor de Geografia no municipio de Cruzeta/RN? Como esta ocorrendo a abordagem do conteudo de paisagem na EMEFCAS? A partir da investigacao sobre estas questoes, destacamos que o estudo apresenta caracteristicas de natureza qualitativa, pois fizemos uso da modalidade de pesquisa participante na qual, metodologicamente, realizamos observacoes num periodo de tres meses e tambem utilizamos entrevistas semiestruturadas. Entendemos que e importante ouvir o que as professoras tem a dizer sobre suas escolhas e maneiras de ensinar, suas estrategias, metodologias de ensinar Geografia, assim, preferimos dar destaque a alguns momentos a fala das professoras. Consideramos, portanto, que o professor de Geografia na contemporaneidade precisa pensar sua pratica, de maneira que seja consciente-planejada, nesse sentido, constituindo-a como uma acao intencional. A pesquisa revelou ainda, que o contexto local da escola e, na maioria das vezes, forte componente que arraiga praticas das professoras. Dessa maneira, a mediacao realizada pelo professor de Geografia, indicado pelos pesquisadores do ensino, pode ser a de problematizar os conteudos, levantando o desejo dos alunos em descobrir a relacao que tais conhecimentos tem com a sua realidade.
  • CHRISLAYNE FERNANDES SANTOS
  • “A Cidade na Ponta dos Trilhos: as marcas da ferrovia Timbó-Propriá em Aracajú - SE”
  • Orientador : DORALICE SATYRO MAIA
  • Data: 28/02/2014
  • Hora: 10:00
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  • “A Cidade na Ponta dos Trilhos: as marcas da ferrovia Timbó-Propriá em Aracajú - SE”
  • IVANILDO COSTA DA SILVA
  • GEOMORFOLOGIA, HIDROGRAFIA E TECTÔNICA DA FOLHA ARAÇAJI 1:25.000, ESTADO DA PARAÍBA
  • Data: 28/02/2014
  • Hora: 09:00
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  • A presente pesquisa teve como objetivo principal analisar as inter-relações existentes entre a geologia, o relevo e a hidrografia da área da folha Araçaji 1:25.000 (SB.25-Y-A-V-3-NE), Estado da Paraíba, e suas contribuições mútuas para o desenvolvimento das feições geomorfológicas pretéritas e atuais dessa região. Além disso, objetivou-se verificar a influência de eventos tectônicos e neotectônicos sobre a configuração da rede e dos padrões de drenagem. Entende-se que o conhecimento do modelado geomorfológico de uma área pode auxiliar de forma concisa na elaboração de planejamentos voltados aos mais diversos fins, como: obras de engenharia, questões ambientais, desenvolvimento agrícola, exploração mineral, entre outros. Tal consideração é válida para a área da folha Araçaji 1:25.000, visto que nela está em curso, desde a década passada, após a construção da Barragem de Aruá,uma franca expansão de práticas agrícolas. Ademais, estão sendo desenvolvidas, na área de estudo, pesquisas voltadas à exploração mineral. No presente trabalho foram analisados aspectos qualitativos e quantitativos da geomorfologia e da rede de drenagem, com o auxílio do material cartográfico produzido e da aplicação de índices morfométricos. A produção do material cartográfico, fundamental para análise qualitativa, consistiu na elaboração majoritariamente das cartas temáticas hipsométrica, clinográfica, do Modelo Digital de Elevação (MDE) e da carta geomorfológica. Para análise quantitativa e da neotectônica foram aplicados os índices morfométricos de Relação Declividade/Extensão (RDE), Razão Fundo/Altura de Vale (RFAV) e Fator Assimétrico (FA). As cartas temáticas e o MDE foram gerados no software Spring 5.2, com base em dados extraídos da folha Araçaji 1:25.000 por meio de vetorização manual, como: curvas de nível com equidistância de 10 metros, pontos cotados e outros elementos, a exemplo da hidrografia, rodovias e estradas. A elaboração da carta geomorfológica foi fundamentada na metodologia proposta por Ross (1992), que tem como base as unidades taxonômicas do relevo. Os resultados obtidos mostram que existem diversas anomalias na área da folha Araçaji 1:25.000, a exemplo de altimetria com cotas desproporcionais à média da região na área da unidade geológica da Rocha Vulcânica Félsica Itapororoca, que mostrou ter sido afetada por falhamentos e esforços compressivos evidenciados em rochas dobradas com aspectos de brechas tectônicas, e outras anomalias, como: fortes inflexões, canais retilíneos e padrões modificados na rede de drenagem influenciados principalmente por falhamentos transcorrentes dextrais visualizados em campo e pelo arcabouço geológico local. Aliados à análise qualitativa, os valores obtidos com a aplicação dos índices morfométricos mostraram que a rede de drenagem da área de estudo foi afetada, ainda, por eventos neotectônicos. Conclui-se, dessa forma, que a análise qualitativa combinada à análise quantitativa nos estudos geomorfológicos e da rede de drenagem trouxeram resultados confiáveis que se complementaram, além de terem sido fundamentais na detecção da atuação de eventos neotectônicos no modelado geomorfológico e da rede de drenagem da área da folha Araçaji 1:25.000.
  • PAMELA OLIVEIRA STEVENS
  • Dinâmica da Paisagem no Geossistema do Estuário do Rio Paraíba - Extremo Oriental das Américas: Estimativas de Perdas de Habitat e Cenários de Recuperação da biodiversidade.
  • Data: 12/02/2014
  • Hora: 09:00
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  • STEVENS, Pamela Oliveira. Análise espacial para conservação da biodiversidade no Geossistema do estuário do rio Paraíba. Dissertação (Mestrado em Geografia). PPGG/UFPB: João Pessoa, 2014. A conservação da biodiversidade está intimamente ligada ao estudo das transformações do espaço a uma escala adequada à compreensão humana dos fatos. Esta escala caracteriza a dimensão dos geossistemas, que são áreas delimitadas segundo uma relativa uniformidade de aspectos físicos. Foi identificado um geossistema com uma área de 62.143 hectares no entorno do estuário do rio Paraíba – PB e o mesmo foi estudado a partir da perspectiva da conservação dos ambientes naturais. O geossistema do estuário do rio Paraíba está localizado no domínio da Mata Atlântica, um dos biomas mais biodiversos do mundo, e, no entanto, também um dos mais degradados. A área de estudo foi considerada prioritária para a conservação da biodiversidade pela Portaria Nº 9/2007 do Ministério do Meio Ambiente (MMA) em nove categorias, e é uma das regiões mais populosas do Estado da Paraíba, e que resguarda importantes remanescentes de vegetação de Mata Atlântica Setentrional e ecossistemas associados. Para a análise das transformações que levaram a perda da biodiversidade no geossistema, foram empregadas técnicas de geoprocessamento, sensoriamento remoto e ecologia da paisagem. além disto, foi testada a metodologia do Planejamento Sistemático da Conservação aplicado na elaboração de cenários que indiquem as áreas mais prioritárias para o estabelecimento de ações de recuperação ambiental. O uso do solo foi mapeado em dois momentos históricos, 1970 e 2010 e através da interpretação das métricas de ecologia da paisagem foi possível compreender o alto grau de vulnerabilidade dos ambientes naturais da área estudada. Foi detectado que mais de dois terços da vegetação natural foi substituída por ocupações humanas apenas no período estudado. Na margem esquerda do estuário do rio Paraíba a ampliação de monoculturas de coco e cana-de-açúcar, e na margem direita, o crescimento das áreas urbanas dos municípios de João Pessoa, Cabedelo, Bayeux e Santa Rita transformaram a paisagem do geossistema. A paisagem do geossistema era caracterizada por um mosaico de tipos diferentes de vegetação com média de tamanho dos fragmentos de 70 ha. Atualmente, os fragmentos de vegetação resumem-se a pequenas manchas distribuídas principalmente em unidades de conservação e ao redor dos corpos d’água e a média do tamanho dos fragmentos aproxima-se a 50 ha. A conservação dos remanescentes vegetacionais estará comprometida caso não seja restabelecida a conectividade entre os fragmentos. Desta forma é importante que se identifiquem áreas que sejam prioritárias não apenas para a conservação, mas também áreas adequadas ao estabelecimento de medidas que melhorem a comunicação entre os fragmentos, como a recuperação florestal. Palavras-chave: geossistemas; estuário do rio Paraíba; Planejamento Sistemático da Conservação, Ecologia da Paisagem; Restauração de ecossistemas.
2013
Descrição
  • PABLO MELQUISEDEQUE SOUZA E SILVA
  • CAMPESINATO, AGROECOLOGIA E CONVIVÊNCIA COM O SEMIÁRIDO EM SOLÂNEA-PB
  • Data: 31/08/2013
  • Hora: 14:00
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  • Esta pesquisa tem como foco principal estudar a organização da produção camponesa no município de Solânea-PB, com destaque para o papel da agroecologia e da convivência com o semiárido no processo de sua reprodução. Para sua realização foram utilizados dados secundários que tiveram o IBGE, INCRA, Polo Sindical da Borborema e AS-PTA como fonte. Os dados primários foram levantados nos trabalhos de campo, que foram divididos em vários momentos. Com roteiros estruturados e/ou semiestruturados, foram entrevistados 70 camponeses responsáveis por estabelecimentos agropecuários e chefes de família, além de lideres do STR, da AS-PTA, do Polo Sindical da Borborema, da ONGIFA, entre outros. Durante a pesquisa, foram registrados eventos e ações de formação e mobilização realizadas pelos agentes que promovem a agroecologia e o campesinato em Solânea e no Agreste paraibano. A trajetória desta pesquisa proporcionou verificar o campesinato do município de Solânea, sua forma de organização, seus parceiros, o uso da agroecologia e as estratégias de convivência com o semiárido. Agentes como a AS-PTA, ONGIFA, ASA, Polo Sindical da Borborema, UFPB, dentre outros que têm atuado de forma centrada na família e na produção camponesa por um viés agroecológico, apresentam-se como de importância fundamental para a resistência, a permanência e a recriação do território camponês. Através da disseminação das práticas agroecológicas, da integração dos camponeses em redes de solidariedade, da prestação de cursos de formação técnica e cidadã, estes organismos têm obtido importantes resultados na retenção do homem no campo, na proteção ao meio ambiente, na convivência com o semiárido e na consolidação do território de Esperança em Solânea. A análise efetuada permite afirmar que há uma forma de produção camponesa no município de Solânea, formada historicamente, e que ela tem resistido e se ampliado numa perspectiva agroecológica.
  • PABLO MELQUISEDEQUE SOUZA E SILVA
  • CAMPESINATO, AGROECOLOGIA E CONVIVÊNCIA COM O SEMIÁRIDO EM SOLÂNEA-PB
  • Data: 31/08/2013
  • Hora: 10:00
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  • Esta pesquisa tem como foco principal estudar a organização da produção camponesa no município de Solânea-PB, com destaque para o papel da agroecologia e da convivência com o semiárido no processo de sua reprodução. Para sua realização foram utilizados dados secundários que tiveram o IBGE, INCRA, Polo Sindical da Borborema e AS-PTA como fonte. Os dados primários foram levantados nos trabalhos de campo, que foram divididos em vários momentos. Com roteiros estruturados e/ou semiestruturados, foram entrevistados 70 camponeses responsáveis por estabelecimentos agropecuários e chefes de família, além de lideres do STR, da AS-PTA, do Polo Sindical da Borborema, da ONGIFA, entre outros. Durante a pesquisa, foram registrados eventos e ações de formação e mobilização realizadas pelos agentes que promovem a agroecologia e o campesinato em Solânea e no Agreste paraibano. A trajetória desta pesquisa proporcionou verificar o campesinato do município de Solânea, sua forma de organização, seus parceiros, o uso da agroecologia e as estratégias de convivência com o semiárido. Agentes como a AS-PTA, ONGIFA, ASA, Polo Sindical da Borborema, UFPB, dentre outros que têm atuado de forma centrada na família e na produção camponesa por um viés agroecológico, apresentam-se como de importância fundamental para a resistência, a permanência e a recriação do território camponês. Através da disseminação das práticas agroecológicas, da integração dos camponeses em redes de solidariedade, da prestação de cursos de formação técnica e cidadã, estes organismos têm obtido importantes resultados na retenção do homem no campo, na proteção ao meio ambiente, na convivência com o semiárido e na consolidação do território de Esperança em Solânea. A análise efetuada permite afirmar que há uma forma de produção camponesa no município de Solânea, formada historicamente, e que ela tem resistido e se ampliado numa perspectiva agroecológica.
  • JORGE FERREIRA DE LIMA FILHO
  • O ENSINO DE GEOGRAFIA E AS NOVAS TECNOLOGIAS: PERSPECTIVAS PARA O USO DE SOFTWARES EDUCACIONAIS COMO RECURSO DIDÁTICO
  • Data: 30/08/2013
  • Hora: 14:00
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  • A presença das novas tecnologias da informação e da comunicação (TIC’s) no contexto da sociedade contemporânea torna-se algo proeminente e de relevante impacto no processo de produção do espaço geográfico. A rápida profusão das informações, os crescentes fluxos de pessoas e materialiades, as redes cada vez mais densas e a aparente ampliação da fluidez dos territórios atribuem novos parâmetros para compreensão da relação tempo-espaço. O sistema educacional, que diversas vezes teve seu desenvolvimento influenciado pelas demandas socioeconômicas e culturais dos contextos históricos, não passa isento a esse processo de transformações e de transição nos propósitos da educação do século XXI, em que as TIC’s são apropriadas e desempenham funções importantes no processo de ensino e aprendizagem, Nesse sentido, o presente trabalho, tem como objetivo propor reflexões sobre a relação entre o ensino de geografia e as TIC’s, especificamente no que condiz ao uso de softwares educacionais como recurso didático, analisando com maior precisão os diálogos entre a geografia escolar e o software educacional da empresa P3D Education.
  • PETRUCIO CLECIO ALVES DE OLIVEIRA
  • REESTRUTURAÇÕES TERRITORIAIS E NOVAS TERRITORIALIDADES NO CARIRI PARAIBANO: reflexões a partir do Pacto Novo Cariri
  • Data: 30/08/2013
  • Hora: 14:00
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  • O presente estudo procura analisar as ações promovidas Pacto Novo Cariri no território do Cariri paraibano. O Pacto é considerado por seus idealizadores como um exemplo dos novos mecanismos de organização e uso do território, embasados na concepção gerencialista da produção e pautado nos modelos neoliberais da gestão compartilhada-participativa, a partir da modernização das atividades produtivas desenvolvidas de acordo com a lógica econômica do Desenvolvimento Local Integrado e Sustentável. Nesse contexto, procuramos entender em que medida o Pacto Novo Cariri se configura como um novo instrumento capaz de alterar as estruturas políticas e as bases produtivas do território, com vistas à promoção do desenvolvimento socioeconômico e a participação dos sujeitos sociais na formulação das ações implementadas no Cariri paraibano. No tocante aos procedimentos de pesquisa, esses se concentraram no levantamento bibliográfico em diferentes fontes, como teses, livros, periódicos e dissertações, que nos deram subsídios teóricos para as discussões e reflexões sobre os conceitos de território, democracia participativa, gestão e planejamento do território. A pesquisa documental foi desenvolvida com a intenção de adquirir informações especificas sobre a criação e o funcionamento do Pacto, bem como o levantamento de dados secundários em instituições públicas e privadas. Soma-se a estes procedimentos a realização de entrevistas com os principais sujeitos envolvidos no processo de criação do Pacto e dos atuais responsáveis pelo planejamento e gestão do território. As informações obtidas mostram que as ações do Pacto causaram poucas alterações na realidade caririzeira, visto que os seus resultados são pouco significativos, com exceção das ações relacionadas à caprinovinocultura. A visão crítica desse contexto nos mostra que, na prática, ocorreu a reprodução dos grupos que controlam a política local, ou seja, os donos do poder disseminaram novos discursos, porém reproduziram práticas conservadoras para manutenção das relações de dominação e controle do poder político.
  • PETRUCIO CLECIO ALVES DE OLIVEIRA
  • REESTRUTURAÇÕES TERRITORIAIS E NOVAS TERRITORIALIDADES NO CARIRI PARAIBANO: reflexões a partir do Pacto Novo Cariri
  • Data: 30/08/2013
  • Hora: 14:00
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  • O presente estudo procura analisar as ações promovidas Pacto Novo Cariri no território do Cariri paraibano. O Pacto é considerado por seus idealizadores como um exemplo dos novos mecanismos de organização e uso do território, embasados na concepção gerencialista da produção e pautado nos modelos neoliberais da gestão compartilhada-participativa, a partir da modernização das atividades produtivas desenvolvidas de acordo com a lógica econômica do Desenvolvimento Local Integrado e Sustentável. Nesse contexto, procuramos entender em que medida o Pacto Novo Cariri se configura como um novo instrumento capaz de alterar as estruturas políticas e as bases produtivas do território, com vistas à promoção do desenvolvimento socioeconômico e a participação dos sujeitos sociais na formulação das ações implementadas no Cariri paraibano. No tocante aos procedimentos de pesquisa, esses se concentraram no levantamento bibliográfico em diferentes fontes, como teses, livros, periódicos e dissertações, que nos deram subsídios teóricos para as discussões e reflexões sobre os conceitos de território, democracia participativa, gestão e planejamento do território. A pesquisa documental foi desenvolvida com a intenção de adquirir informações especificas sobre a criação e o funcionamento do Pacto, bem como o levantamento de dados secundários em instituições públicas e privadas. Soma-se a estes procedimentos a realização de entrevistas com os principais sujeitos envolvidos no processo de criação do Pacto e dos atuais responsáveis pelo planejamento e gestão do território. As informações obtidas mostram que as ações do Pacto causaram poucas alterações na realidade caririzeira, visto que os seus resultados são pouco significativos, com exceção das ações relacionadas à caprinovinocultura. A visão crítica desse contexto nos mostra que, na prática, ocorreu a reprodução dos grupos que controlam a política local, ou seja, os donos do poder disseminaram novos discursos, porém reproduziram práticas conservadoras para manutenção das relações de dominação e controle do poder político.
  • Lidiane Cândido Rodrigues
  • "Os Acampamentos de Luta pela Terra na Microrregião de Sapé - PB”
  • Orientador : EMILIA DE RODAT FERNANDES MOREIRA
  • Data: 29/08/2013
  • Hora: 15:00
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  • "Os Acampamentos de Luta pela Terra na Microrregião de Sapé - PB”
  • Lidiane Cândido Rodrigues
  • "Os Acampamentos de Luta pela Terra na Microrregião de Sapé - PB”
  • Orientador : EMILIA DE RODAT FERNANDES MOREIRA
  • Data: 29/08/2013
  • Hora: 15:00
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  • "Os Acampamentos de Luta pela Terra na Microrregião de Sapé - PB”
  • VALDEMBERG DIAS DA SILVA
  • MODELOS DE ENSINO PÚBLICO, EFICIÊNCIA E GESTÃO ESCOLAR: UMA ANÁLISE DA ESCOLA DE ENSINO MÉDIO REGULAR DE QUIXABA E DA ESCOLA DE ENSINO MÉDIO INTEGRAL DE TIMBAÚBA, NO ESTADO DE PERNAMBUCO
  • Data: 29/08/2013
  • Hora: 15:00
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  • Os diferentes modelos escolares passam atualmente por diversos mecanismos avaliativos que colocam a prova os diferentes modelos de gestão e de ensino nas escolas públicas. A busca por modelos qualitativos da escola pública a partir de mecanismos quantitativos de avaliação coloca os gestores a definir metas para a inserção de suas escolas nas melhores posições do ranking estadual e nacional. Pernambuco não foge a busca por resultados satisfatórios nos processos avaliativos de qualidade de ensino e de gestão. Observamos empiricamente um fenômeno no processo referido que envolve dois modelos de ensino médio no sistema público de educação de Pernambuco, que é uma escola estadual regular e uma escola estadual integral, que aponta o desempenho de uma em relação à outra. A partir desse ponto, definimos nossa questão central que é a seguinte: como explicar o desempenho de uma escola regular frente a uma de tempo integral que recebe maior apoio da gestão pública e privada? Nesse sentido, nosso objetivo é desenvolver um estudo comparativo entre o desempenho de uma escola regular e outra de tempo integral no Estado de Pernambuco, considerando seus aspectos espaciais, sociais e econômicos. Os métodos de abordagem que lançamos para trilharmos no desvendamento da questão acima proposta e do objetivo perseguido passam pela operacionalização da análise quali-quantitativa e pelo materialismo histórico e dialético. Em relação aos procedimentos e técnicas, esta pesquisa se define pela pesquisa bibliográfica, pesquisa de campo e entrevistas. Como resultados desse estudo, consideramos que o modo de gestão escolar, mesmo que em regiões de baixo IDH, apresenta níveis satisfatórios em relação aos modelos de gerenciamento de escolas alvo de políticas de incentivos maiores, como observamos na escola localizada no Sertão de Quixaba em relação à escola localizada na Zona da Mata em Timbaúba. O rigor das atividades escolares associada à maior presença da família proporciona maiores desempenhos nos processos avaliativos considerados nesse estudo. Concluímos que não basta o jovem ter uma vida quase que integral na escola, mas o desempenho passa por maior investimento na formação e qualificação, disciplina e interação escola e família, não importando a região e as condições sociais e econômicas.
  • VALDEMBERG DIAS DA SILVA
  • MODELOS DE ENSINO PÚBLICO, EFICIÊNCIA E GESTÃO ESCOLAR: UMA ANÁLISE DA ESCOLA DE ENSINO MÉDIO REGULAR DE QUIXABA E DA ESCOLA DE ENSINO MÉDIO INTEGRAL DE TIMBAÚBA, NO ESTADO DE PERNAMBUCO
  • Data: 29/08/2013
  • Hora: 15:00
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  • Os diferentes modelos escolares passam atualmente por diversos mecanismos avaliativos que colocam a prova os diferentes modelos de gestão e de ensino nas escolas públicas. A busca por modelos qualitativos da escola pública a partir de mecanismos quantitativos de avaliação coloca os gestores a definir metas para a inserção de suas escolas nas melhores posições do ranking estadual e nacional. Pernambuco não foge a busca por resultados satisfatórios nos processos avaliativos de qualidade de ensino e de gestão. Observamos empiricamente um fenômeno no processo referido que envolve dois modelos de ensino médio no sistema público de educação de Pernambuco, que é uma escola estadual regular e uma escola estadual integral, que aponta o desempenho de uma em relação à outra. A partir desse ponto, definimos nossa questão central que é a seguinte: como explicar o desempenho de uma escola regular frente a uma de tempo integral que recebe maior apoio da gestão pública e privada? Nesse sentido, nosso objetivo é desenvolver um estudo comparativo entre o desempenho de uma escola regular e outra de tempo integral no Estado de Pernambuco, considerando seus aspectos espaciais, sociais e econômicos. Os métodos de abordagem que lançamos para trilharmos no desvendamento da questão acima proposta e do objetivo perseguido passam pela operacionalização da análise quali-quantitativa e pelo materialismo histórico e dialético. Em relação aos procedimentos e técnicas, esta pesquisa se define pela pesquisa bibliográfica, pesquisa de campo e entrevistas. Como resultados desse estudo, consideramos que o modo de gestão escolar, mesmo que em regiões de baixo IDH, apresenta níveis satisfatórios em relação aos modelos de gerenciamento de escolas alvo de políticas de incentivos maiores, como observamos na escola localizada no Sertão de Quixaba em relação à escola localizada na Zona da Mata em Timbaúba. O rigor das atividades escolares associada à maior presença da família proporciona maiores desempenhos nos processos avaliativos considerados nesse estudo. Concluímos que não basta o jovem ter uma vida quase que integral na escola, mas o desempenho passa por maior investimento na formação e qualificação, disciplina e interação escola e família, não importando a região e as condições sociais e econômicas.
  • JORGE FERREIRA DE LIMA FILHO
  • O ENSINO DE GEOGRAFIA E AS NOVAS TECNOLOGIAS: PERSPECTIVAS PARA O USO DE SOFTWARES EDUCACIONAIS COMO RECURSO DIDÁTICO
  • Data: 29/08/2013
  • Hora: 14:00
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  • A presença das novas tecnologias da informação e da comunicação (TIC’s) no contexto da sociedade contemporânea torna-se algo proeminente e de relevante impacto no processo de produção do espaço geográfico. A rápida profusão das informações, os crescentes fluxos de pessoas e materialiades, as redes cada vez mais densas e a aparente ampliação da fluidez dos territórios atribuem novos parâmetros para compreensão da relação tempo-espaço. O sistema educacional, que diversas vezes teve seu desenvolvimento influenciado pelas demandas socioeconômicas e culturais dos contextos históricos, não passa isento a esse processo de transformações e de transição nos propósitos da educação do século XXI, em que as TIC’s são apropriadas e desempenham funções importantes no processo de ensino e aprendizagem, Nesse sentido, o presente trabalho, tem como objetivo propor reflexões sobre a relação entre o ensino de geografia e as TIC’s, especificamente no que condiz ao uso de softwares educacionais como recurso didático, analisando com maior precisão os diálogos entre a geografia escolar e o software educacional da empresa P3D Education.
  • REBECA MARIA AGUIAR DO NASCIMENTO
  • “As Transformações na Cidade da Parahyba: As Apropriações e Comercializações do Espaço e a Segregação Socioespacial no Subúrbio Jaguaribe”
  • Data: 29/08/2013
  • Hora: 14:00
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  • O presente trabalho refere-se à caracterização geomorfológica e morfométrica da região compreendida pela carta Jacumã (SB-25-Y-C-III-3-NE), localizada no estado da Paraíba. A utilização de técnicas de geoprocessamento para avaliação morfotectônica, além de tentar reforçar as hipóteses levantadas em estudos anteriores, é considerada relevante, pois os produtos gerados evidenciam de maneira concisa a morfologia do relevo, onde a influência da tectônica na sua configuração e arranjo é conspícua. As técnicas utilizadas nesta pesquisa consistiram na confecção e análise das cartas hipsométrica, de declividade, de orientação de vertentes; análise da rugosidade, perfis topográficos e modelos em 3D. Para a confecção dos produtos acima se utilizou da vetorização manual em tela da carta topográfica Jacumã, com escala de 1:25.000, com equidistância entre as curvas de nível de 10 m, e do software Spring 5.1.7. Os resultados obtidos a partir das análises dos produtos gerados mostraram que na porção central da área há um forte controle estrutural nos afluentes da margem direita do rio Guruji, onde os mesmos possuem um desnível altimétrico acentuado, vertentes com elevadas declividades, fortes entalhes fluviais e são mais numerosos e avantajados que os afluentes da margem esquerda. No final do curso do rio Guruji ocorre uma forte inflexão de aproximadamente 90°, onde sua direção muda bruscamente de W-E para S-N. Outro ponto anômalo observado na área estudada foi o forte entalhamento dos afluentes da bacia do rio Graú, na porção sul da área de estudo, onde a morfologia do relevo muda de tabular para colinoso de forma abrupta e seu fluxo sofre forte inflexão no seu baixo curso mudando sua direção de W-E para NNW-SSE.
  • JURANDIR DOS SANTOS LIMA
  • "Transformações na Estrutura Produtiva e no Emprego da Região Metropolitana de João Pessoa"
  • Data: 29/08/2013
  • Hora: 10:00
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  • Esta pesquisa, sob o título “Transformações da Estrutura Produtiva e do Emprego na Região Metropolitana de João Pessoa”, teve como objetivo geral, analisar as transformações na estrutura produtiva e no emprego da referida unidade regional, com a intenção de responder ao seguinte questionamento: as mudanças nos setores produtivos da economia, no seu mercado de trabalho e no emprego formal, ocorridas nesta porção espacial, na primeira década do século XXI, foram suficientes para modificar as suas estruturas econômicas? Em relação às análises dos setores produtivos, evidencia-se um baixo peso relativo no setor da agropecuária, no total do PIB da RMJP. Quanto ao valor adicionado bruto para a indústria, apresenta-se em posição relativa superior ao da agropecuária, no PIB a preços correntes da região metropolitana de João Pessoa. O setor de serviços da região metropolitana verifica-se com evolução e participação relativa superiores aos setores da agropecuária e da indústria, em termos de valores brutos adicionados, a preços correntes, no período em exame. O mercado de trabalho da região metropolitana de João Pessoa revela significativa evolução de pessoas ocupadas, um maior grau de escolaridade e uma transformação relevante no seu emprego formal, além de uma redistribuição de rendimento do trabalho, importante para todas as classes, destacando-se os benefícios para a base da pirâmide. A desagregação dos dados industriais e do setor de serviços revelam as mudanças e/ou permanências em sua estrutura produtiva, implicando em uma melhor compreensão sobre as flutuações do PIB, na região metropolitana de João Pessoa.
  • CLODOALDO BRANDAO COSTA JUNIOR
  • PARA ONDE (NÃO) VAMOS? ANÁLISE DOS IMPACTOS DA FROTA DE AUTOMÓVEIS NA ÁREA CENTRAL DE CAMPINA GRANDE-PB
  • Data: 29/08/2013
  • Hora: 09:30
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  • O crescimento em ritmo acelerado da frota de veículos automotores individuais nas cidades brasileiras, não acompanhado de planejamentos eficazes, tem proporcionado uma gama de intempéries que incidem diretamente nas condições de deslocamentos dos citadinos e na produção e reprodução do espaço urbano. Campina Grande-PB reproduz esta configuração, agravada pela disposição da sua estrutura morfológica e dinâmica no tecido intraurbano. Com a consolidação de um malha viária instituída de forma radial-concêntrica e a ampliação no número de veículos em circulação afluindo para o seu espaço central, que por sua vez, não fora repensado para suprir as demandas atuais de tráfego viário, Campina Grande observa uma difícil equação a ser resolvida expressa na redução da mobilidade na sua área central e o acréscimo acentuado do fluxo motorizado. A contínua presença de grandes congestionamentos, acidentes, falta de estacionamentos, deterioração das vias de tráfego e desgaste do sistema de transporte público de passageiros, são alguns dos problemas potencializados pela falta de planejamento adequado. O presente estudo busca analisar a dinâmica e as consequências do crescimento acelerado de veículos individuais na área central de Campina Grande, ponto nevrálgico do tecido urbano campinense.
  • CLODOALDO BRANDAO COSTA JUNIOR
  • PARA ONDE (NÃO) VAMOS? ANÁLISE DOS IMPACTOS DA FROTA DE AUTOMÓVEIS NA ÁREA CENTRAL DE CAMPINA GRANDE-PB
  • Data: 29/08/2013
  • Hora: 09:30
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  • O crescimento em ritmo acelerado da frota de veículos automotores individuais nas cidades brasileiras, não acompanhado de planejamentos eficazes, tem proporcionado uma gama de intempéries que incidem diretamente nas condições de deslocamentos dos citadinos e na produção e reprodução do espaço urbano. Campina Grande-PB reproduz esta configuração, agravada pela disposição da sua estrutura morfológica e dinâmica no tecido intraurbano. Com a consolidação de um malha viária instituída de forma radial-concêntrica e a ampliação no número de veículos em circulação afluindo para o seu espaço central, que por sua vez, não fora repensado para suprir as demandas atuais de tráfego viário, Campina Grande observa uma difícil equação a ser resolvida expressa na redução da mobilidade na sua área central e o acréscimo acentuado do fluxo motorizado. A contínua presença de grandes congestionamentos, acidentes, falta de estacionamentos, deterioração das vias de tráfego e desgaste do sistema de transporte público de passageiros, são alguns dos problemas potencializados pela falta de planejamento adequado. O presente estudo busca analisar a dinâmica e as consequências do crescimento acelerado de veículos individuais na área central de Campina Grande, ponto nevrálgico do tecido urbano campinense.
  • SEBASTIANA SANTOS DO NASCIMENTO
  • ANÁLISE MULTITEMPORAL DO PROCESSO DE DESERTIFICAÇÃO NA SUB-BACIA HIDROGRÁFICA DO ALTO PARAÍBA
  • Data: 29/08/2013
  • Hora: 09:00
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  • A Organização das Nações Unidas (ONU) define a desertificação como sendo um tipo de degradação ambiental que ocorre nas áreas áridas, semi-áridas e sub-úmidas secas, sendo esta resultante das variações climáticas e das atividades humanas (United Nations, 2001). Na Paraíba, devido ao clima predominantemente seco (semiárido e subúmido seco), mais de 90% do seu território apresenta áreas susceptíveis à desertificação (BRASIL, 2004), e uma das áreas mais propensas e afetadas por este processo é a microrregião do Cariri, onde se encontra inserida a Sub-bacia Hidrográfica do Alto Curso do Rio Paraíba, objeto de estudo do presente trabalho. Diferentes níveis de intensidade da susceptibilidade e da ocorrência da desertificação podem ser identificados a partir da integração de indicadores ambientais e socioeconômicos, que podem ser reunidos em um índice para uma melhor compreensão do processo. Desse modo, o objetivo geral deste trabalho foi o de analisar a tendência evolutiva no tempo e como se reflete no espaço o processo de desertificação na área de estudo, a partir aplicação da metodologia desenvolvida por Sampaio et al. (2003), que propõe a análise do processo de desertificação a partir do estabelecimento de índices de propensão ou susceptibilidade e índices de desertificação, com base na progressão de etapas do processo, tais como a redução na cobertura vegetal, a degradação ambiental, a deterioração da agricultura e o agravamento das condições sociais e econômicas.A propensão à desertificação manteve um nível baixo de propensão em 58,6% da sub-bacia nas duas primeiras décadas analisadas (1990 e 2000). Contudo, o nível grave, não registrado na primeira década, passou a representar 22,6% da área da sub-bacia na década de 2000, em função da redução dos níveis moderado e alto. Em 2010, o nível baixo de propensão diminuiu em 49,1%, passando a representar apenas 9,5% da área da sub-bacia, enquanto que, o nível moderado foi elevado de 11,5% na década anterior para 42,6%. O nível alto de propensão aumentou em 7,1% e o nível grave teve um aumento de 10,9%. Em relação à ocorrência da desertificação no Alto Paraíba no período compreendido entre as décadas de 2000 e 2010, de modo geral, houve também um agravamento da problemática analisada. As áreas consideradas não desertificadas aumentaram em 26,4%, mesmo com a redução de 20,2% do nível grave, o nível alto, que não havia sido registrado na década anterior, passou a representar 68,6% da sub-bacia. Em síntese, o que se pode apreender dos resultados obtidos para a propensão à desertificação, é que houve deterioração nas condições gerais existentes na área de estudo, expressas pelos índices utilizados, que fizeram com que houvesse um aumento das áreas com grave propensão à desertificação. No que tange aos resultados obtidos em relação aos níveis de desertificação, observou-se que, de uma forma geral, houve um agravamento da situação da desertificação na sub-bacia do Alto Paraíba, uma vez que houve uma diminuição das áreas consideradas não desertificadas, houve um aumento das áreas com alto e grave nível de desertificação, e nas duas últimas décadas, não se verificam áreas com baixo e moderado nível de desertificação.
  • SIDNEI FELIPE DA SILVA
  • EDUCAÇÃO AMBIENTAL EM TERRAS INDÍGENAS POTIGUARA: concepções e possibilidades na educação de jovens e adultos nas escolas estaduais indígenas do município de Rio Tinto-PB
  • Data: 28/08/2013
  • Hora: 15:00
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  • Nas últimas décadas, a Educação Ambiental ganhou bastante destaque na comunidade científica, passando a ser um importante instrumento que a sociedade possui na busca de minimizar os prejuízos causados ao meio ambiente. Atualmente, existe a necessidade da abordagem desta temática em todos os segmentos da sociedade, inclusive para as comunidades tradicionais, a exemplo dos povos indígenas para que a educação ambiental possa vir a ser um instrumento que, aliado aos aspectos culturais destes povos, passe a promover mudanças de atitudes e comportamento na atual sociedade de consumo. Sendo assim, o objetivo deste trabalho é analisar a importância de se aplicar a Educação Ambiental na Educação de Jovens e Adultos através das contribuições da educação diferenciada em Escolas Estaduais Indígenas do povo Potiguara das aldeias de Jaraguá e Monte-Mór, situadas no município de Rio Tinto-PB. É importante compreendermos que o território e a territorialidade se diferenciam da concepção de outras formas de organização de outros territórios porque, é um espaço social que possui como elemento principal a etnia. Do ponto de vista teórico e metodológico buscamos dialogar com autores da fenomenologia, haja vista, suas ideias estarem em conformidade com as nossas investigações, como Hasbaert (2004) e Santos (2010), dentre outros. O presente trabalho tem uma abordagem qualitativa. Além da pesquisa bibliográfica e documental, as visitas a campo foram cruciais para as nossas reflexões, visto que foi através delas que desvendamos a importância que a Educação Ambiental desperta nas escolas diferenciadas e nas aldeias Potiguara. O estudo apresenta uma realidade educacional bem peculiar de um contexto envolvendo as comunidades tradicionais indígenas presentes no Vale do Mamanguape e a sua relação com a natureza e com a população não-indígena das sedes dos municípios paraibanos de Baía da Traição, Marcação e Rio Tinto
  • SIDNEI FELIPE DA SILVA
  • EDUCAÇÃO AMBIENTAL EM TERRAS INDÍGENAS POTIGUARA: concepções e possibilidades na educação de jovens e adultos nas escolas estaduais indígenas do município de Rio Tinto-PB
  • Data: 28/08/2013
  • Hora: 15:00
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  • Nas últimas décadas, a Educação Ambiental ganhou bastante destaque na comunidade científica, passando a ser um importante instrumento que a sociedade possui na busca de minimizar os prejuízos causados ao meio ambiente. Atualmente, existe a necessidade da abordagem desta temática em todos os segmentos da sociedade, inclusive para as comunidades tradicionais, a exemplo dos povos indígenas para que a educação ambiental possa vir a ser um instrumento que, aliado aos aspectos culturais destes povos, passe a promover mudanças de atitudes e comportamento na atual sociedade de consumo. Sendo assim, o objetivo deste trabalho é analisar a importância de se aplicar a Educação Ambiental na Educação de Jovens e Adultos através das contribuições da educação diferenciada em Escolas Estaduais Indígenas do povo Potiguara das aldeias de Jaraguá e Monte-Mór, situadas no município de Rio Tinto-PB. É importante compreendermos que o território e a territorialidade se diferenciam da concepção de outras formas de organização de outros territórios porque, é um espaço social que possui como elemento principal a etnia. Do ponto de vista teórico e metodológico buscamos dialogar com autores da fenomenologia, haja vista, suas ideias estarem em conformidade com as nossas investigações, como Hasbaert (2004) e Santos (2010), dentre outros. O presente trabalho tem uma abordagem qualitativa. Além da pesquisa bibliográfica e documental, as visitas a campo foram cruciais para as nossas reflexões, visto que foi através delas que desvendamos a importância que a Educação Ambiental desperta nas escolas diferenciadas e nas aldeias Potiguara. O estudo apresenta uma realidade educacional bem peculiar de um contexto envolvendo as comunidades tradicionais indígenas presentes no Vale do Mamanguape e a sua relação com a natureza e com a população não-indígena das sedes dos municípios paraibanos de Baía da Traição, Marcação e Rio Tinto
  • SEBASTIANA SANTOS DO NASCIMENTO
  • ANÁLISE MULTITEMPORAL DO PROCESSO DE DESERTIFICAÇÃO NA SUB-BACIA HIDROGRÁFICA DO ALTO PARAÍBA
  • Data: 28/08/2013
  • Hora: 09:00
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  • A Organização das Nações Unidas (ONU) define a desertificação como sendo um tipo de degradação ambiental que ocorre nas áreas áridas, semi-áridas e sub-úmidas secas, sendo esta resultante das variações climáticas e das atividades humanas (United Nations, 2001). Na Paraíba, devido ao clima predominantemente seco (semiárido e subúmido seco), mais de 90% do seu território apresenta áreas susceptíveis à desertificação (BRASIL, 2004), e uma das áreas mais propensas e afetadas por este processo é a microrregião do Cariri, onde se encontra inserida a Sub-bacia Hidrográfica do Alto Curso do Rio Paraíba, objeto de estudo do presente trabalho. Diferentes níveis de intensidade da susceptibilidade e da ocorrência da desertificação podem ser identificados a partir da integração de indicadores ambientais e socioeconômicos, que podem ser reunidos em um índice para uma melhor compreensão do processo. Desse modo, o objetivo geral deste trabalho foi o de analisar a tendência evolutiva no tempo e como se reflete no espaço o processo de desertificação na área de estudo, a partir aplicação da metodologia desenvolvida por Sampaio et al. (2003), que propõe a análise do processo de desertificação a partir do estabelecimento de índices de propensão ou susceptibilidade e índices de desertificação, com base na progressão de etapas do processo, tais como a redução na cobertura vegetal, a degradação ambiental, a deterioração da agricultura e o agravamento das condições sociais e econômicas.A propensão à desertificação manteve um nível baixo de propensão em 58,6% da sub-bacia nas duas primeiras décadas analisadas (1990 e 2000). Contudo, o nível grave, não registrado na primeira década, passou a representar 22,6% da área da sub-bacia na década de 2000, em função da redução dos níveis moderado e alto. Em 2010, o nível baixo de propensão diminuiu em 49,1%, passando a representar apenas 9,5% da área da sub-bacia, enquanto que, o nível moderado foi elevado de 11,5% na década anterior para 42,6%. O nível alto de propensão aumentou em 7,1% e o nível grave teve um aumento de 10,9%. Em relação à ocorrência da desertificação no Alto Paraíba no período compreendido entre as décadas de 2000 e 2010, de modo geral, houve também um agravamento da problemática analisada. As áreas consideradas não desertificadas aumentaram em 26,4%, mesmo com a redução de 20,2% do nível grave, o nível alto, que não havia sido registrado na década anterior, passou a representar 68,6% da sub-bacia. Em síntese, o que se pode apreender dos resultados obtidos para a propensão à desertificação, é que houve deterioração nas condições gerais existentes na área de estudo, expressas pelos índices utilizados, que fizeram com que houvesse um aumento das áreas com grave propensão à desertificação. No que tange aos resultados obtidos em relação aos níveis de desertificação, observou-se que, de uma forma geral, houve um agravamento da situação da desertificação na sub-bacia do Alto Paraíba, uma vez que houve uma diminuição das áreas consideradas não desertificadas, houve um aumento das áreas com alto e grave nível de desertificação, e nas duas últimas décadas, não se verificam áreas com baixo e moderado nível de desertificação.
  • MARIA NIEDJA SILVA LIMA
  • CLASSIFICAÇÃO ECODINÂMICA DAS UNIDADES DE PAISAGEM NA ÁREA DE PRESERVAÇÃO AMBIENTAL DAS ONÇAS, NO MUNICÍPIO DE SÃO JOÃO DO TIGRE/PB
  • Data: 27/08/2013
  • Hora: 09:30
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  • Dentro de uma visão sistêmica, os estudos das paisagens buscam integrar as unidades discerníveis no meio, sendo estas unidades definidas como Geossistema, Geofácie e Geótopo, as quais buscam relacionar todas as atividades desenvolvidas no meio abiótico e biótico, tendo o Homem como agente modificador da dinâmica natural. A Ecodinâmica busca aliar os processos da morfogênese e pedogênese dos meios a fim de classifica-los dentro de uma faixa Estável, Intermediário e Instável, considerando todos os fatores que formam a paisagem, onde esta é considerada um produto das relações existentes. Este trabalho buscou identificar as unidades de paisagem da Área de Preservação Permanente (APA) das Onças, no município de São João do Tigre, avaliando os processos de vulnerabilidade da área. Foram realizados trabalhos de campo a fim de conhecer a área e identificar previamente as unidades de paisagem propostas por Bertrand (1979) e Sotchava (1977). Após a identificação das rochas, declividade, solo, clima e da vegetação, elementos dominantes na APA, foram identificadas as unidades de paisagem existentes, classificando a APA dentro do Geossistema da Serra das Onças, Geofácies Superfície de Cimeira, Vertente e Vale Fluvial, além dos Geótopos. A integração dos produtos gerados referentes as rochas, declividade, solo, clima e vegetação, permitiram uma análise desses fatores, seguida da sua síntese, gerando assim um mapa Ecodinâmico. Dentro desse mapa foram definidas classes de Estabilidade à Instabilidade, mostrando que grande parte da APA encontra-se numa faixa equivalente a um ambiente Intermediário, considerando que as atividades de extrativismo vegetal e exploração agropecuária são os grandes desencadeadores de modificações na APA. Para a área identificada como Instável, recomenda-se a isenção de uso e o reflorestamento. Afim de melhorar o quadro Ecodinâmico encontrado, recomenda-se a substituição de parte das atividades econômicas desenvolvidas pelo ecoturismo e pelo silvopastoralismo, em paralelo ao reflorestamento.
  • MARIA NIEDJA SILVA LIMA
  • CLASSIFICAÇÃO ECODINÂMICA DAS UNIDADES DE PAISAGEM NA ÁREA DE PRESERVAÇÃO AMBIENTAL DAS ONÇAS, NO MUNICÍPIO DE SÃO JOÃO DO TIGRE/PB
  • Data: 27/08/2013
  • Hora: 09:30
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  • Dentro de uma visão sistêmica, os estudos das paisagens buscam integrar as unidades discerníveis no meio, sendo estas unidades definidas como Geossistema, Geofácie e Geótopo, as quais buscam relacionar todas as atividades desenvolvidas no meio abiótico e biótico, tendo o Homem como agente modificador da dinâmica natural. A Ecodinâmica busca aliar os processos da morfogênese e pedogênese dos meios a fim de classifica-los dentro de uma faixa Estável, Intermediário e Instável, considerando todos os fatores que formam a paisagem, onde esta é considerada um produto das relações existentes. Este trabalho buscou identificar as unidades de paisagem da Área de Preservação Permanente (APA) das Onças, no município de São João do Tigre, avaliando os processos de vulnerabilidade da área. Foram realizados trabalhos de campo a fim de conhecer a área e identificar previamente as unidades de paisagem propostas por Bertrand (1979) e Sotchava (1977). Após a identificação das rochas, declividade, solo, clima e da vegetação, elementos dominantes na APA, foram identificadas as unidades de paisagem existentes, classificando a APA dentro do Geossistema da Serra das Onças, Geofácies Superfície de Cimeira, Vertente e Vale Fluvial, além dos Geótopos. A integração dos produtos gerados referentes as rochas, declividade, solo, clima e vegetação, permitiram uma análise desses fatores, seguida da sua síntese, gerando assim um mapa Ecodinâmico. Dentro desse mapa foram definidas classes de Estabilidade à Instabilidade, mostrando que grande parte da APA encontra-se numa faixa equivalente a um ambiente Intermediário, considerando que as atividades de extrativismo vegetal e exploração agropecuária são os grandes desencadeadores de modificações na APA. Para a área identificada como Instável, recomenda-se a isenção de uso e o reflorestamento. Afim de melhorar o quadro Ecodinâmico encontrado, recomenda-se a substituição de parte das atividades econômicas desenvolvidas pelo ecoturismo e pelo silvopastoralismo, em paralelo ao reflorestamento.
  • DIEGO BRUNO SILVA DE OLIVEIRA
  • O USO DAS TECNOLOGIAS SOCIAIS HÍDRICAS NA ZONA RURAL DO SEMIÁRIDO PARAIBANO: Entre o combate a seca e a convivência com o semiárido
  • Data: 26/08/2013
  • Hora: 15:00
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  • A deficiencia hidrica, imprevisibilidade da precipitacao pluviometria, altas temperaturas e os solos poucos profundos, com cobertura quase que totalmente cristalina, de baixa infiltracao, fazem com que o estado da Paraiba tenha mais de 70% de seu territorio numa area denominada como semiarida. Durante seculos alguns destes fatores, ou sua totalidade, foram apontados como principal culpado pela estagnacao economica e social do Nordeste brasileiro. Sob a falsa ilusao de que os problemas desta regiao estariam unicamente relacionados a questoes de carater climatico, as acoes governamentais estiveram quase sempre relacionadas aos grandes projetos centrados principalmente na construcao de acudes, publicos e privados. Esta forma de atuacao conhecida amplamente como politica de acudagem, fez parte de uma ideologia que tinha como premissa duas ideias equivocadas. A primeira era que o desenvolvimento do Nordeste so seria possivel atraves do combate as secas, e a segunda, que esse combate so era viavel atraves, exclusivamente, da tecnica. Somente no final do seculo XX, mais precisamente entre as decadas de 80 e 90 com o surgimento das Organizacoes Nao- Governamentais, e a efetiva participacao da sociedade civil na tentativa de resolver os problemas locais e que surgem alternativas que enxergam o territorio Nordestino, nao mais como uma regiao problema, mas desta vez como um espaco viavel, tanto no que diz respeito a questoes naturais, sociais e economicas. Desta forma, o resgate e utilizacao das Tecnologias Sociais no semiarido paraibano, por iniciativa em grande parte das ONGs, podem configurar um novo momento para a regiao. Na verdade, cria-se a expectativa de que, com a utilizacao destas tecnicas, aqui denominadas como Tecnologias Sociais Hidricas, gere-se uma mudanca no paradigma, possibilitando uma verdadeira convivencia com o semiarido, considerando todas as suas peculiaridades e potencialidades. Como resultado deste posicionamento ideologico, acreditamos que o termo combate a seca, pilar ideologico da historica “Industria das Secas”, ja nao cabe mais na regiao, pois as suas ideologias e acoes refletidas no territorio nordestino nao foram suficientes para atender as demandas locais.
  • DIEGO BRUNO SILVA DE OLIVEIRA
  • O USO DAS TECNOLOGIAS SOCIAIS HÍDRICAS NA ZONA RURAL DO SEMIÁRIDO PARAIBANO: Entre o combate a seca e a convivência com o semiárido
  • Data: 26/08/2013
  • Hora: 15:00
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  • A deficiencia hidrica, imprevisibilidade da precipitacao pluviometria, altas temperaturas e os solos poucos profundos, com cobertura quase que totalmente cristalina, de baixa infiltracao, fazem com que o estado da Paraiba tenha mais de 70% de seu territorio numa area denominada como semiarida. Durante seculos alguns destes fatores, ou sua totalidade, foram apontados como principal culpado pela estagnacao economica e social do Nordeste brasileiro. Sob a falsa ilusao de que os problemas desta regiao estariam unicamente relacionados a questoes de carater climatico, as acoes governamentais estiveram quase sempre relacionadas aos grandes projetos centrados principalmente na construcao de acudes, publicos e privados. Esta forma de atuacao conhecida amplamente como politica de acudagem, fez parte de uma ideologia que tinha como premissa duas ideias equivocadas. A primeira era que o desenvolvimento do Nordeste so seria possivel atraves do combate as secas, e a segunda, que esse combate so era viavel atraves, exclusivamente, da tecnica. Somente no final do seculo XX, mais precisamente entre as decadas de 80 e 90 com o surgimento das Organizacoes Nao- Governamentais, e a efetiva participacao da sociedade civil na tentativa de resolver os problemas locais e que surgem alternativas que enxergam o territorio Nordestino, nao mais como uma regiao problema, mas desta vez como um espaco viavel, tanto no que diz respeito a questoes naturais, sociais e economicas. Desta forma, o resgate e utilizacao das Tecnologias Sociais no semiarido paraibano, por iniciativa em grande parte das ONGs, podem configurar um novo momento para a regiao. Na verdade, cria-se a expectativa de que, com a utilizacao destas tecnicas, aqui denominadas como Tecnologias Sociais Hidricas, gere-se uma mudanca no paradigma, possibilitando uma verdadeira convivencia com o semiarido, considerando todas as suas peculiaridades e potencialidades. Como resultado deste posicionamento ideologico, acreditamos que o termo combate a seca, pilar ideologico da historica “Industria das Secas”, ja nao cabe mais na regiao, pois as suas ideologias e acoes refletidas no territorio nordestino nao foram suficientes para atender as demandas locais.
  • YGOR YURI DE LUNA CAVALCANTE
  • O ENSINO DE GEOGRAFIA NA EDUCAÇÃO QUILOMBOLA: EXPERIÊNCIA NA ESCOLA MUNICIPAL DE ENSINO FUNDAMENTAL PROFESSORA ANTÔNIA SOCORRO DA SILVA MACHADO - COMUNIDADE NEGRA DE PARATIBE, PB
  • Data: 26/08/2013
  • Hora: 14:30
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  • Esta dissertação trata das contribuições da disciplina Geografia para uma educação étnico-racial na Escola Municipal de Ensino Fundamental Professora Antônia Socorro da Silva Machado (EMEFPASSM), que atende educandos do Ensino Fundamental II oriundos do território quilombola da Comunidade Negra Paratibe (CNP), localizado na zona sul da cidade de João Pessoa-PB. Nosso objetivo foi investigar as contribuições da Geografia escolar para uma educação quilombola mediante investigação de campo sobre as práticas educativas que foram trabalhadas em sala de aula pela educadora de Geografia e seus educandos. O ensino de Geografia inserido em um contexto étnico-cultural e político-ideológico presente na escola, com educadores, educandos, direção escolar e poder público municipal e na comunidade quilombola, com lideranças quilombolas, apresenta-se como um dos elementos do currículo escolar formador de cidadãos que possibilita uma leitura socioespacial de suas realidades vividas. Em busca de uma melhor compreensão sobre o tema estudado, dividimos esta pesquisa em quatro capítulos, em cada uma delas são abordadas diferentes fundamentações teóricas, diálogos e interpretações que foram estabelecidas ou realizadas. No primeiro capítulo foi realizado uma discussão sobre o método e os procedimentos metodológicos a fim de compreender a realidade vivenciada em uma perspectiva qualitativa. Já o segundo capítulo trata do processo de construção territorial da referida comunidade quilombola, relacionando sua realidade com outras comunidades quilombolas a partir de um resgate histórico sucinto da educação para afrodescendentes e quilombolas como uma das bandeiras de luta destes, e, como a Geografia escolar pode contribuir nessa modalidade de educação. O terceiro capítulo realiza uma investigação sobre a educadora fundadora da escola em foco, enfatiza a relação do currículo escolar quilombola com a Lei 10.639/03 e suas influências na identidade territorial quilombola e na luta contra o racismo na escola, finalizando a partir de uma análise sobre a formação dos educadores de Geografia para uma educação quilombola. O quarto capítulo procura mostrar a pesquisa de campo realizada mediante uma investigação que, no primeiro momento se torna descritiva, enquanto, no segundo momento, se faz uma análise das práticas escolares vivenciadas em sala de aula.
  • RAQUEL SOARES DE FARIAS
  • A CENTRALIDADE DE MAMANGUAPE (PB) E SUA RELAÇÃO COM AS CIDADES PEQUENAS DO LITORAL NORTE PARAIBANO
  • Data: 26/08/2013
  • Hora: 14:00
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  • O presente trabalho teve por objetivo analisar a centralidade exercida pela cidade de Mamanguape (PB) na microrregião do Litoral Norte, sob a perspectiva do ensino superior de educação. Para tanto, procuramos, no decorrer da elaboração da pesquisa, refletir sobre as relações existentes entre Mamanguape e as demais cidades da microrregião do Litoral Norte; compreender a centralidade de Mamanguape (PB) em períodos históricos distintos e averiguar as principais mudanças ocorridas no espaço urbano da cidade após a implantação do Campus IV da UFPB. Apesar de ser intensa a influência das metrópoles sobre as demais cidades pertencentes a uma dada região, atualmente é perceptível o surgimento de novos núcleos de centralidade que não são necessariamente cidades de médio e grande porte e isso vem instigando muitos pesquisadores a direcionar seus estudos para estas. Mamanguape, por exemplo, mesmo classificada como cidade pequena sempre apresentou uma dinâmica e centralidade consideráveis o que faz com que as demais cidades da microrregião do Litoral Norte tenham uma estreita relação com a mesma. Partindo desses objetivos e contextualização, este trabalho foi estruturado em três capítulos e para isso foi necessário o levantamento de fontes teóricas e metodológicas sobre cidade, centralidade, bem como, de reflexões para investigação das pequenas cidades. Para tanto, nossa análise partiu do embasamento teórico-conceitual de cidades pequenas e centralidade apresentado por Maia (2009), Fresca (2010), Santos (1979), Corrêa (1999, 2004), Lefebvre (1999), Villaça (2009) e Spósito (1998). A pesquisa permitiu afirmar que a chegada do Campus IV à Mamanguape intensificou sua centralidade na microrregião. Foi identificado que a maioria dos estudantes é oriunda dos municípios do Litoral Norte o que estreitou sua relação com estes, pois, grande quantidade de pessoas passou a circular na cidade em busca do ensino superior o que acarretou na mudança/aquecimento de outros setores que não necessariamente estão ligados a universidade
  • RAQUEL SOARES DE FARIAS
  • A CENTRALIDADE DE MAMANGUAPE (PB) E SUA RELAÇÃO COM AS CIDADES PEQUENAS DO LITORAL NORTE PARAIBANO
  • Data: 26/08/2013
  • Hora: 14:00
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  • O presente trabalho teve por objetivo analisar a centralidade exercida pela cidade de Mamanguape (PB) na microrregiao do Litoral Norte, sob a perspectiva do ensino superior de educacao. Para tanto, procuramos, no decorrer da elaboracao da pesquisa, refletir sobre as relacoes existentes entre Mamanguape e as demais cidades da microrregiao do Litoral Norte; compreender a centralidade de Mamanguape (PB) em periodos historicos distintos e averiguar as principais mudancas ocorridas no espaco urbano da cidade apos a implantacao do Campus IV da UFPB. Apesar de ser intensa a influencia das metropoles sobre as demais cidades pertencentes a uma dada regiao, atualmente e perceptivel o surgimento de novos nucleos de centralidade que nao sao necessariamente cidades de medio e grande porte e isso vem instigando muitos pesquisadores a direcionar seus estudos para estas. Mamanguape, por exemplo, mesmo classificada como cidade pequena sempre apresentou uma dinamica e centralidade consideraveis o que faz com que as demais cidades da microrregiao do Litoral Norte tenham uma estreita relacao com a mesma. Partindo desses objetivos e contextualizacao, este trabalho foi estruturado em tres capitulos e para isso foi necessario o levantamento de fontes teoricas e metodologicas sobre cidade, centralidade, bem como, de reflexoes para investigacao das pequenas cidades. Para tanto, nossa analise partiu do embasamento teorico-conceitual de cidades pequenas e centralidade apresentado por Maia (2009), Fresca (2010), Santos (1979), Correa (1999, 2004), Lefebvre (1999), Villaca (2009) e Sposito (1998). A pesquisa permitiu afirmar que a chegada do Campus IV a Mamanguape intensificou sua centralidade na microrregiao. Foi identificado que a maioria dos estudantes e oriunda dos municipios do Litoral Norte o que estreitou sua relacao com estes, pois, grande quantidade de pessoas passou a circular na cidade em busca do ensino superior o que acarretou na mudanca/aquecimento de outros setores que nao necessariamente estao ligados a universidade
  • MANOEL FAUSTINO DA SILVA NETO
  • A PROBLEMÁTICA DA SALINIZAÇÃO DO SOLO NO PERÍMETRO IRRIGADO DE SÃO GONÇALO - PB
  • Data: 26/08/2013
  • Hora: 09:00
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  • A salinização constitui-se em um dos principais problemas existentes nas áreas irrigadas do semiárido nordestino, provocando danos econômicos e ambientais. Este trabalho consistiu em uma análise da degradação dos recursos naturais e os impactos gerados pelo manejo inadequado do solo no Perímetro Irrigado de São Gonçalo. Para analisar esta problemática, foram tomados os seguintes procedimentos metodológicos: elaboração de mapa de uso do solo; pesquisas de campo, com a coleta de amostras de água (6 amostras) e de solo (157 amostras) para posterior análise em laboratório, e aplicação de questionários em um universo de 100 colonos para coleta de dados secundários. Os resultados encontrados mostraram que: o Perímetro é composto em grande parte do seu território por solos com grande tendência a salinização; muitos lotes são cultivados com a utilização de água de poços com altos teores de sais em solução; o método de irrigação por inundação é uma das formas de irrigação utilizadas, também contribuindo para a salinização local; os plantios que possuem maior destaque na produção do PISG são de espécies vegetais que obtém bons níveis produtivos, mesmo em situação de salinidade (coco e arroz); muitos espaços são abandonados ou utilizados para a pecuária por não apresentarem mais condições de produtividade agrícola; a maior parte dos irrigantes possuem problemas de salinização em seus lotes; 51,78% do território do PISG possui teores elevados de sais, dificultando o desenvolvimento da agricultura com espécies não adaptadas a estas condições; uma parte bastante considerável dos irrigantes não sabe o que motiva o problema da salinização, não tendo o conhecimento que os métodos de irrigação e a água utilizada criam ou intensificam esse processo; a maior parte dos irrigantes não possui assistência técnica, exercendo o cultivo sem os conhecimentos técnicos que a agricultura irrigada exige; ocorre grande insatisfação dos irrigantes para com a atual situação da infraestrutura do Perímetro, tendo como principais queixas problemas referentes às estradas e a ocorrência de obstrução dos drenos e dos canais de irrigação. Com base no que foi observado, acreditamos que apesar de serem incontestáveis os benefícios capazes de serem obtidos pelo uso da agricultura irrigada, não se pode negar também que estes podem gerar impactos notáveis ao ambiente. Levando em consideração que a realidade observada no PISG faz parte de muitos dos perímetros irrigados no semiárido brasileiro, urge um repensar sobre essas áreas, assim como a própria atividade em questão.
  • MANOEL FAUSTINO DA SILVA NETO
  • A PROBLEMÁTICA DA SALINIZAÇÃO DO SOLO NO PERÍMETRO IRRIGADO DE SÃO GONÇALO - PB
  • Data: 26/08/2013
  • Hora: 09:00
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  • A salinização constitui-se em um dos principais problemas existentes nas áreas irrigadas do semiárido nordestino, provocando danos econômicos e ambientais. Este trabalho consistiu em uma análise da degradação dos recursos naturais e os impactos gerados pelo manejo inadequado do solo no Perímetro Irrigado de São Gonçalo. Para analisar esta problemática, foram tomados os seguintes procedimentos metodológicos: elaboração de mapa de uso do solo; pesquisas de campo, com a coleta de amostras de água (6 amostras) e de solo (157 amostras) para posterior análise em laboratório, e aplicação de questionários em um universo de 100 colonos para coleta de dados secundários. Os resultados encontrados mostraram que: o Perímetro é composto em grande parte do seu território por solos com grande tendência a salinização; muitos lotes são cultivados com a utilização de água de poços com altos teores de sais em solução; o método de irrigação por inundação é uma das formas de irrigação utilizadas, também contribuindo para a salinização local; os plantios que possuem maior destaque na produção do PISG são de espécies vegetais que obtém bons níveis produtivos, mesmo em situação de salinidade (coco e arroz); muitos espaços são abandonados ou utilizados para a pecuária por não apresentarem mais condições de produtividade agrícola; a maior parte dos irrigantes possuem problemas de salinização em seus lotes; 51,78% do território do PISG possui teores elevados de sais, dificultando o desenvolvimento da agricultura com espécies não adaptadas a estas condições; uma parte bastante considerável dos irrigantes não sabe o que motiva o problema da salinização, não tendo o conhecimento que os métodos de irrigação e a água utilizada criam ou intensificam esse processo; a maior parte dos irrigantes não possui assistência técnica, exercendo o cultivo sem os conhecimentos técnicos que a agricultura irrigada exige; ocorre grande insatisfação dos irrigantes para com a atual situação da infraestrutura do Perímetro, tendo como principais queixas problemas referentes às estradas e a ocorrência de obstrução dos drenos e dos canais de irrigação. Com base no que foi observado, acreditamos que apesar de serem incontestáveis os benefícios capazes de serem obtidos pelo uso da agricultura irrigada, não se pode negar também que estes podem gerar impactos notáveis ao ambiente. Levando em consideração que a realidade observada no PISG faz parte de muitos dos perímetros irrigados no semiárido brasileiro, urge um repensar sobre essas áreas, assim como a própria atividade em questão.
  • ANA NÉRI CAVALCANTE BATISTA
  • ANÁLISE DOS TEMAS ÁGUA E RECURSOS HÍDRICOS EM LIVROS DIDÁTICOS DE GEOGRAFIA E PRATICAS DOCENTES NO ENSINO MÉDIO DE ESCOLAS PÚBLICAS NO CURIMATAÚ OCIDENTAL DA PARAÍBA
  • Data: 23/08/2013
  • Hora: 15:00
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  • A água é essencial para manutenção da vida no planeta, e considerando sua importância é relevante o debate em torno dessa temática que deve estar presente nas diversas esferas do conhecimento. A água em todos os seus aspectos precisa ser analisada com uma postura de criticidade, dos agentes que participam da construção do processo ensino/aprendizagem e para tanto, o livro didático, como principal recurso utilizado e a escola tem papéis fundamentais nas discussões e questões relacionadas à água e recursos hídricos. A priori, todo o trabalho foi feito mediante uma análise bibliográfica para respaldo e embasamento teórico acerca dos livros didáticos da temática água e recursos hídricos, além da discussão regional. Neste ínterim considerou-se também a temática como componentes a serem analisados nos livros didáticos de forma abrangente, focada na realidade do aluno com o poder e a perspectiva de repercutir na sua análise crítica e social do ambiente que habita. O trabalho se deu a principio de forma quantitativa, após uma leitura flutuante, onde identificamos os termos água, recursos hídricos, rio(s), semiárido, seca e os termos com prefixo aqua e hidro. Embora o trabalho tenha sido orientado pela abordagem qualitativa, fundamentada em Lawrence Bardin (2011), servimo-nos também da quantificação ao longo da análise para mostramos o quanto os termos referentes à água aparecem ao longo das coleções. Essa pesquisa objetivou investigar a temática Água e Recursos Hídricos presentes em duas coleções de livros didáticos da disciplina de Geografia selecionados através do PNLD em duas Escolas de Ensino Médio na Microrregião do Curimataú Ocidental da Paraíba, considerando as ações metodológicas empregadas pelos docentes da região bem como a possibilidade de correlação dos temas à realidade do discente. Para alcançar esses objetivos foram realizadas as análises dos livros de geografia do ensino médio através da apreciação de conteúdo com a elaboração de categorias e subcategorias de análises e a aplicação dos questionários com os professores de geografia que atuam na região do Curimataú Ocidental da Paraíba. Foi possível observar que maior parte desse conteúdo é abordado nos volumes 1, das coleções dos livros didáticos de geografia do ensino médio. Entretanto uma continuidade e um aprofundamento dos conceitos seriam importantes e pertinentes para as séries posteriores. Concorda-se que essa aglutinação de conteúdos específicos em uma série e a não continuidade pode prejudicar o processo de assimilação de conhecimentos causando um déficit de aprendizagem sobre um tema especifico, nesse caso em relação as temática água e recursos hídricos. Os resultados também indicam que as relações entre a dimensão local e a dimensão global da temática água e recursos hídricos em relação ao semiárido brasileiro são incipientes nos livros analisados. Acredita-se que a relação que os livros didáticos procuram estabelecer entre conhecimentos e cotidiano merece ser discutida, pois, pelo que foi observado não há o tratamento suficiente de aspectos que são próximos à realidade dos alunos da região do semiárido do Brasil.
  • ANA NÉRI CAVALCANTE BATISTA
  • ANÁLISE DOS TEMAS ÁGUA E RECURSOS HÍDRICOS EM LIVROS DIDÁTICOS DE GEOGRAFIA E PRATICAS DOCENTES NO ENSINO MÉDIO DE ESCOLAS PÚBLICAS NO CURIMATAÚ OCIDENTAL DA PARAÍBA
  • Data: 23/08/2013
  • Hora: 15:00
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  • A água é essencial para manutenção da vida no planeta, e considerando sua importância é relevante o debate em torno dessa temática que deve estar presente nas diversas esferas do conhecimento. A água em todos os seus aspectos precisa ser analisada com uma postura de criticidade, dos agentes que participam da construção do processo ensino/aprendizagem e para tanto, o livro didático, como principal recurso utilizado e a escola tem papéis fundamentais nas discussões e questões relacionadas à água e recursos hídricos. A priori, todo o trabalho foi feito mediante uma análise bibliográfica para respaldo e embasamento teórico acerca dos livros didáticos da temática água e recursos hídricos, além da discussão regional. Neste ínterim considerou-se também a temática como componentes a serem analisados nos livros didáticos de forma abrangente, focada na realidade do aluno com o poder e a perspectiva de repercutir na sua análise crítica e social do ambiente que habita. O trabalho se deu a principio de forma quantitativa, após uma leitura flutuante, onde identificamos os termos água, recursos hídricos, rio(s), semiárido, seca e os termos com prefixo aqua e hidro. Embora o trabalho tenha sido orientado pela abordagem qualitativa, fundamentada em Lawrence Bardin (2011), servimo-nos também da quantificação ao longo da análise para mostramos o quanto os termos referentes à água aparecem ao longo das coleções. Essa pesquisa objetivou investigar a temática Água e Recursos Hídricos presentes em duas coleções de livros didáticos da disciplina de Geografia selecionados através do PNLD em duas Escolas de Ensino Médio na Microrregião do Curimataú Ocidental da Paraíba, considerando as ações metodológicas empregadas pelos docentes da região bem como a possibilidade de correlação dos temas à realidade do discente. Para alcançar esses objetivos foram realizadas as análises dos livros de geografia do ensino médio através da apreciação de conteúdo com a elaboração de categorias e subcategorias de análises e a aplicação dos questionários com os professores de geografia que atuam na região do Curimataú Ocidental da Paraíba. Foi possível observar que maior parte desse conteúdo é abordado nos volumes 1, das coleções dos livros didáticos de geografia do ensino médio. Entretanto uma continuidade e um aprofundamento dos conceitos seriam importantes e pertinentes para as séries posteriores. Concorda-se que essa aglutinação de conteúdos específicos em uma série e a não continuidade pode prejudicar o processo de assimilação de conhecimentos causando um déficit de aprendizagem sobre um tema especifico, nesse caso em relação as temática água e recursos hídricos. Os resultados também indicam que as relações entre a dimensão local e a dimensão global da temática água e recursos hídricos em relação ao semiárido brasileiro são incipientes nos livros analisados. Acredita-se que a relação que os livros didáticos procuram estabelecer entre conhecimentos e cotidiano merece ser discutida, pois, pelo que foi observado não há o tratamento suficiente de aspectos que são próximos à realidade dos alunos da região do semiárido do Brasil.
  • AUREA REGIA OLIVEIRA DA SILVA
  • PARTICIPAÇÃO E VISIBILIDADE DOS JOVENS NOS ASSENTAMENTOS RURAIS DO MUNICÍPIO DE MARI (PB).
  • Data: 23/08/2013
  • Hora: 09:30
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  • O trabalho aqui apresentado procura fazer uma articulacao entre dois temas principais: juventude e assentamento rural. Desse modo, se propoe a pesquisar a juventude rural assentada, visando, entre outras coisas, aprofundar a compreensao sobre o papel dos jovens na producao do espaco agrario e na consolidacao da reforma agraria, tomando como referencia o caso dos assentamentos existentes no municipio de Mari: o Assentamento Tiradentes e o Assentamento Zumbi dos Palmares. A partir dos dados coletados para esta pesquisa, pudemos constatar que esses dois assentamentos rurais tem uma populacao relativamente jovem e que, apesar de suas limitacoes, oferecem condicoes de atracao e de permanencia de muitos deles. Tambem percebemos que a maior parte dos jovens assentados do municipio de Mari expressa o desejo de continuar vivendo em suas comunidades, o que pode estar levando inclusive, a permanencia de muitos jovens de forma agregada ao lote dos pais. Analisar os motivos que fazem alguns jovens permanecerem ou nao nos assentamentos e uma preocupacao fundamental na busca de solucoes, no que tange a melhoria da qualidade de vida e de trabalho das populacoes assentadas.
  • AUREA REGIA OLIVEIRA DA SILVA
  • PARTICIPAÇÃO E VISIBILIDADE DOS JOVENS NOS ASSENTAMENTOS RURAIS DO MUNICÍPIO DE MARI (PB).
  • Data: 23/08/2013
  • Hora: 09:30
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  • O trabalho aqui apresentado procura fazer uma articulacao entre dois temas principais: juventude e assentamento rural. Desse modo, se propoe a pesquisar a juventude rural assentada, visando, entre outras coisas, aprofundar a compreensao sobre o papel dos jovens na producao do espaco agrario e na consolidacao da reforma agraria, tomando como referencia o caso dos assentamentos existentes no municipio de Mari: o Assentamento Tiradentes e o Assentamento Zumbi dos Palmares. A partir dos dados coletados para esta pesquisa, pudemos constatar que esses dois assentamentos rurais tem uma populacao relativamente jovem e que, apesar de suas limitacoes, oferecem condicoes de atracao e de permanencia de muitos deles. Tambem percebemos que a maior parte dos jovens assentados do municipio de Mari expressa o desejo de continuar vivendo em suas comunidades, o que pode estar levando inclusive, a permanencia de muitos jovens de forma agregada ao lote dos pais. Analisar os motivos que fazem alguns jovens permanecerem ou nao nos assentamentos e uma preocupacao fundamental na busca de solucoes, no que tange a melhoria da qualidade de vida e de trabalho das populacoes assentadas.
  • MARIA SALOME LOPES FREDRICH
  • TERRITÓRIO E MEMÓRIA: a construção da territorialidade étnica da Comunidade Quilombola Grilo, Paraíba
  • Data: 23/08/2013
  • Hora: 09:00
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  • Ao abordar a questão étnico-racial, toma-se como referência algumas questões de natureza política, ideológica, social e identitária. O objetivo desta dissertação é de analisar o processo de construção do território e da identidade étnica da Comunidade quilombola Grilo, com base em relatos memorialistas e nos mitos fundadores. A comunidade ora investigada localiza-se, geograficamente, no município de Riachão do Bacamarte, na Mesorregião do Agreste Paraibano. Nesta investigação, destacamos as relações e o processo de resistência dos negros e das negras do Grilo na construção da identidade material e imaterial com o território. Do ponto de vista teórico-metodológico, ressaltamos a importância do debate interdisciplinar na ciência geográfica, assim, buscando ampliar o nosso olhar nesta investigação, procedemos a uma revisão da literatura sobre o tema em documentos e bibliografias, e do trabalho de campo, que é a etapa mais relevante na elucidação dos fenômenos materiais e imateriais da referida comunidade. A combinação dessas metodologias possibilitou a construção deste texto, que compõe a Dissertação de Mestrado. Nessa perspectiva, algumas questões nos levam a afirmar que o território da comunidade quilombola representa para o grupo não só a apropriação de um território marcado pelas relações de poder, como estratégia política, mas também a manutenção da memória herdada dos ancestrais e repassada aos descendentes que se materializam nas relações de vizinhança, solidariedades costumeiras, que contribuem na construção da territorialidade.
  • MARIA DAS DÔRES FLORENCIO DE ARAUJO SILVA
  • GEOGRAFIA ESCOLAR: RELAÇÕES DE PODER E AÇÃO – interferências na formação e práticas docentes
  • Data: 22/08/2013
  • Hora: 15:00
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  • Esta dissertação tem como objetivo principal, analisar as relações de poderes e ações e, suas interferências na formação e práticas docentes de professores de Geografia, e, portanto, as implicações sobre a função educativa do ensino de Geografia. Sendo a formação e a prática docentes objetos de estudo da presente pesquisa. Partindo do pressuposto de que existem fatores internos e externos que influenciam os processos de formação e desenvolvimento das atividades docentes e discentes, realiza-se uma abordagem genealógica objetivando apreender e entender as relações de interdependência no bojo de cada instituição envolvida diretamente no processo de formação e ou ensino aprendizagem e entre as mesmas. Portanto, esse trabalho inicia-se por meio de uma abordagem dialética sobre a importância e interferências das instituições envolvidas no processo educacional brasileiro, família, Estado, escola, e Universidade. Trabalhando conceitos e algumas de suas especificidades, com o auxílio de uma ampla literatura geográfica, pedagógica, filosófica e sociológica a pesquisa desponta e consolida-se com o estudo e análise empírica. Assim, além da pesquisa bibliográfica, que focaliza esse campo de investigação, obtivemos dados e informações por meio de documentos oficiais, entrevistas e questionários, com a participação de dois professores que exercem efetivo exercício no Ensino Básico; três professores formadores do Curso de Licenciatura em Geografia; vinte e um licenciados do 8º período do Curso de Geografia e com quarenta alunos da 9º Ano do Ensino Fundamental. Orientado pela análise desse conteúdo, o trabalho empírico revelou que professores e alunos dos dois níveis de ensino, básico e superior, são conscientes das necessidades de ressignificação da formação, do estudo e da prática. Mas ao mesmo tempo, afirma que os entraves vividos na educação são provenientes do próprio sistema educacional, mas, sobretudo, da estrutura socioeconômica e política do país. Esperamos que esse trabalho venha a motivar outros sujeitos educacionais a aprofundarem seus estudos e desenvolvam pesquisas que contribuam para que as proposições de especialistas, docentes e discentes sejam consideradas e, não simplesmente ouvidas e descartadas.
  • ANGELICA MARA DE LIMA DIAS
  • LINGUAGENS LÚDICAS COMO ESTRATÉGIA METODOLÓGICA PARA A GEOGRAFIA ESCOLAR NA REVISTA DO ENSINO DE MINAS GERAIS (1925 – 1935)
  • Data: 21/08/2013
  • Hora: 16:00
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  • Nesta dissertação, problematizamos o lúdico – enquanto metodologia de ensino - em uma perspectiva histórica, usando como fonte de pesquisa o impresso pedagógico Revista do Ensino, publicada em Minas Gerais. Nosso foco se deteve nas instruções metodológicas apresentadas pelo impresso supracitado para a Geografia escolar, que abordam estratégias metodológicas lúdicas. As práticas lúdicas utilizadas como técnicas para transmissão do conhecimento acompanham o homem desde os tempos mais antigos, quando os jogos serviam para repassar o conhecimento dos mais antigos para os mais jovens. No que diz respeito ao valor educativo, estas práticas são apropriadas pelos colégios jesuítas no século XVI. No século XVIII o lúdico com valor educativo, ganha expressividade com o trabalho do autor suíço Pestalozzi, a partir de seu método intuitivo que prioriza a intuição e a observação direta do meio como procedimento de aprendizagem. Porém, é com Froebel, discípulo de Pestalozzi, e Montessori que o lúdico como metodologia de ensino se fortalece, defendendo a necessidade dos jogos educativos para a educação de cada um dos sentidos da criança. A educação dos sentidos critica o ensino livresco, centrado nas palavras e na memorização. Este viés de pensamento ganha maior visibilidade no Movimento da Escola Nova, caracterizado pela renovação escolar, principalmente no que diz respeito às práticas metodológicas. Concordando com a importância desse movimento para a escola, acreditamos que este provocou transformações importantes partindo de elementos já existentes que passaram a adquirir novo sentido. Focamos então o nosso olhar para a década de 1920 e de 1930, recorte temporal que marca a divulgação e a inserção das primeiras prescrições e ideais do que viria a ser denominado de Escola Nova. Assim sendo, ao pensar o lúdico como prática didática, recorremos ao Movimento Escolanovista, no qual tal prática é valorizada pelos educadores no ambiente escolar. A Geografia escolar, enquanto disciplina de ensino não ficou de fora das inovações metodológicas inseridas pela Escola Nova, e para ampliar nossas discussões sobre práticas que se utilizam de linguagens lúdicas na Geografia, recorremos a autores como Delgado de Carvalho e Élisée Reclus que, apesar de propósitos completamente antagônicos se mostram bastante a frente de seus tempos, bem como a documentos externos à Geografia, neste caso específico, a Revista do Ensino de Minas Gerais.
  • ANGELICA MARA DE LIMA DIAS
  • LINGUAGENS LÚDICAS COMO ESTRATÉGIA METODOLÓGICA PARA A GEOGRAFIA ESCOLAR NA REVISTA DO ENSINO DE MINAS GERAIS (1925 – 1935)
  • Data: 21/08/2013
  • Hora: 16:00
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  • Nesta dissertação, problematizamos o lúdico – enquanto metodologia de ensino - em uma perspectiva histórica, usando como fonte de pesquisa o impresso pedagógico Revista do Ensino, publicada em Minas Gerais. Nosso foco se deteve nas instruções metodológicas apresentadas pelo impresso supracitado para a Geografia escolar, que abordam estratégias metodológicas lúdicas. As práticas lúdicas utilizadas como técnicas para transmissão do conhecimento acompanham o homem desde os tempos mais antigos, quando os jogos serviam para repassar o conhecimento dos mais antigos para os mais jovens. No que diz respeito ao valor educativo, estas práticas são apropriadas pelos colégios jesuítas no século XVI. No século XVIII o lúdico com valor educativo, ganha expressividade com o trabalho do autor suíço Pestalozzi, a partir de seu método intuitivo que prioriza a intuição e a observação direta do meio como procedimento de aprendizagem. Porém, é com Froebel, discípulo de Pestalozzi, e Montessori que o lúdico como metodologia de ensino se fortalece, defendendo a necessidade dos jogos educativos para a educação de cada um dos sentidos da criança. A educação dos sentidos critica o ensino livresco, centrado nas palavras e na memorização. Este viés de pensamento ganha maior visibilidade no Movimento da Escola Nova, caracterizado pela renovação escolar, principalmente no que diz respeito às práticas metodológicas. Concordando com a importância desse movimento para a escola, acreditamos que este provocou transformações importantes partindo de elementos já existentes que passaram a adquirir novo sentido. Focamos então o nosso olhar para a década de 1920 e de 1930, recorte temporal que marca a divulgação e a inserção das primeiras prescrições e ideais do que viria a ser denominado de Escola Nova. Assim sendo, ao pensar o lúdico como prática didática, recorremos ao Movimento Escolanovista, no qual tal prática é valorizada pelos educadores no ambiente escolar. A Geografia escolar, enquanto disciplina de ensino não ficou de fora das inovações metodológicas inseridas pela Escola Nova, e para ampliar nossas discussões sobre práticas que se utilizam de linguagens lúdicas na Geografia, recorremos a autores como Delgado de Carvalho e Élisée Reclus que, apesar de propósitos completamente antagônicos se mostram bastante a frente de seus tempos, bem como a documentos externos à Geografia, neste caso específico, a Revista do Ensino de Minas Gerais.
  • KAROLINE DOS SANTOS MONTEIRO
  • AS MULHERES QUILOMBOLAS NA PARAIBA: Terra, trabalho e território
  • Data: 20/08/2013
  • Hora: 09:00
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  • Esta dissertação teve como objetivo desvendar e/ou compreender a importância das mulheres na reprodução social nas comunidades quilombolas em que vivem e a sua forma de participação e inserção no processo ininterrupto de produção do espaço agrário paraibano. Partimos da constatação que a falta ou escassez de informações sobre a diferença assimétrica entre os gêneros nas pesquisas em Geografia é um limite na compreensão dos processos e das relações sociais que se inscrevem e dão forma ao espaço agrário. Foi com essa preocupação que nos lançamos a fazer uma pesquisa sobre as mulheres em dezessete comunidades quilombolas localizadas em três mesorregiões paraibanas: a Zona da Mata Paraibana, o Agreste Paraibano e a Borborema. Propomos-nos a entender quem são as mulheres quilombolas nessas regiões e qual é a sua relação com a terra e os territórios que ocupam a partir da: a) divisão sexual do trabalho nas comunidades em que vivem; b) as diferentes formas de acesso a terra e as diversas maneiras como o direito a essa terra lhes é negado e; c) as formas de organização, participação e luta dessas mulheres pelos territórios quilombolas na Paraíba. Interessa-nos, portanto, com esta pesquisa contribuir para a compreensão do espaço agrário paraibano a partir de um sujeito que o produz e o protagoniza, porém, é omitido nas leituras geográficas. Pretendemos que esse debate nos auxilie no entendimento de quem é essa mulher trabalhadora quilombola atualmente no estado da Paraíba.
  • KAROLINE DOS SANTOS MONTEIRO
  • AS MULHERES QUILOMBOLAS NA PARAIBA: Terra, trabalho e território
  • Data: 20/08/2013
  • Hora: 09:00
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  • Esta dissertação teve como objetivo desvendar e/ou compreender a importância das mulheres na reprodução social nas comunidades quilombolas em que vivem e a sua forma de participação e inserção no processo ininterrupto de produção do espaço agrário paraibano. Partimos da constatação que a falta ou escassez de informações sobre a diferença assimétrica entre os gêneros nas pesquisas em Geografia é um limite na compreensão dos processos e das relações sociais que se inscrevem e dão forma ao espaço agrário. Foi com essa preocupação que nos lançamos a fazer uma pesquisa sobre as mulheres em dezessete comunidades quilombolas localizadas em três mesorregiões paraibanas: a Zona da Mata Paraibana, o Agreste Paraibano e a Borborema. Propomos-nos a entender quem são as mulheres quilombolas nessas regiões e qual é a sua relação com a terra e os territórios que ocupam a partir da: a) divisão sexual do trabalho nas comunidades em que vivem; b) as diferentes formas de acesso a terra e as diversas maneiras como o direito a essa terra lhes é negado e; c) as formas de organização, participação e luta dessas mulheres pelos territórios quilombolas na Paraíba. Interessa-nos, portanto, com esta pesquisa contribuir para a compreensão do espaço agrário paraibano a partir de um sujeito que o produz e o protagoniza, porém, é omitido nas leituras geográficas. Pretendemos que esse debate nos auxilie no entendimento de quem é essa mulher trabalhadora quilombola atualmente no estado da Paraíba.
  • THEREZA RACHEL RODRIGUES MONTEIRO
  • USO DOS SOLOS, ÍNDICES DE VEGETAÇÃO E DEGRADAÇÃO NA APA DAS ONÇAS-PB THEREZA
  • Data: 19/08/2013
  • Hora: 14:30
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  • O Bioma Caatinga ainda é pouco conhecido e vem sofrendo fortes pressões ambientais, inclusive nas Unidades de Conservação existentes, sendo o uso das geotecnologias de fundamental importância no aprofundamento do conhecimento sobre esse ambiente. A APA das Onças (município de São João do Tigre - Paraíba) foi escolhida para esse estudo em virtude da diversidade de ecossistemas existentes, associada a presença de degradação que vem alterando sistematicamente essa área. Essa pesquisa objetivou aplicar diferentes índices de vegetação para identificar áreas na APA que apresentem maior e menor cobertura vegetal. Logo após isso, foi aplicado o NDVI (Índice de Vegetação da Diferença Normalizada) e o SAVI (Soil Ajusted Vegetation Index), observando qual deles se adequaria a realidade vista no levantamento de campo, e posteriormente identificou-se os níveis de antropização que têm ocorrido nessa Unidade de Conservação para finalmente, criar uma base cartográfica que orientasse as intervenções de proteção aos recursos naturais presentes. Para alcançar esses objetivos foram realizado visitas in loco e o tratamento digital das imagens de satélite Lansat 5, sensor TM, referentes aos anos de 1989, 1992 e 2010 para a identificação das unidades de paisagem e os níveis de antropização. No tratamento digital das imagens, foi possível realizar a correção atmosférica, a radiância e a reflectância das imagens no Erdas 9.3 para a geração dos índices de vegetação NDVI e SAVI, e subsequentemente, conferência em planilha do Excel 2007.Com base nos mapas temáticos de NDVI e SAVI gerados no Arcgis 9.3, foi identificado espacialmente o que representaria melhor a realidade encontrada. O SAVI apresentou melhor a realidade da biomassa presente na APA, enquanto o NDVI não distinguiu de forma fidedigna os alvos na superfície, confundindo o que seria área degradada e Caatinga Hiperxerófila. Com o SAVI foi possível criar a base cartográfica dos mapas temáticos das unidades de paisagens da APA, com as seguintes classes: Degradação Ambiental, Caatinga Hiperxerófila, Caatinga Hipoxerófila, Mata Serrana e Brejo de Altitude. Na análise espaço-temporal nas imagens de 1989, 1992 e 2010, foi percebido aumento das áreas degradadas ou que sofreram algum tipo de alteração na vegetação em função do uso das terras para fins agropecuários ou devido ao extrativismo. Os dados encontrados indicam a necessidade urgente do desenvolvimento de ações intensas de fiscalização, para coibir as alterações verificadas, ao mesmo tempo que devem ser incentivadas atividades de uso dos recursos existentes em bases sustentáveis.
  • LEANDRO DE PONTES ARAÚJO
  • APROPRIAÇÃO ECONÔMICA DA RELIGIÃO E A POLÍTICA DE DESENVOLVIMENTO DO TURISMO: Reflexões a partir do Memorial Frei Damião, Guarabira -PB
  • Data: 19/08/2013
  • Hora: 14:00
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  • Este estudo pretende explorar as relações que ligam a produção e o consumo de produtos turísticos, desde o contexto cultural e político de sua criação até os rebatimentos, vinculados a práticas de produção do espaço. Neste sentido, o presente trabalho propõe uma discussão quanto à “produção capitalista do espaço”, refletindo sobre a existência e conflitos entre políticas públicas atreladas ao turismo no município de Guarabira, Paraíba. A reflexão sobre as ações do planejamento político ou da gestão administrativa e sua espacialização no município, serviram como recorte espacial para a análise do tema proposto. Em Guarabira, no Agreste Paraibano, o religioso Frei Damião tornou-se ícone da religiosidade de caráter popular, atraindo grandes multidões que atendiam a seus sermões missionários, vindos de cidades e estados vizinhos. O Memorial Frei Damião, principal artefato material que caracteriza a produção do espaço contemporâneo do município voltado à mercantilização do fenômeno religioso, é reconhecido, pelos gestores públicos, pelas políticas administrativas e pela sociedade local, como um “símbolo fé católica no estado da Paraíba”. A pesquisa partiu da hipótese de que a produção do espaço do município em questão foi palco de processos sociais e políticos que culminaram na eleição da cidade como lócus do turismo religioso no Agreste do estado da Paraíba, em que a reestruturação capitalista , deu-se de forma desigual e combinada. O turismo é um fenômeno complexo que contribuí para a reconstrução da sociedade, a partir das ações dos atores envolvidos no processo, que constroem a dimensão material e a dimensão simbólica. As pesquisas até aqui desenvolvidas permitiram analisar o fenômeno do turismo religioso sob um ponto de vista de interação com as magnitudes materiais e simbólicas da realidade do município de Guarabira. Dessa forma, tem-se como objetivo analisar a produção capitalista do espaço a partir da apropriação econômica da religião, da dinâmica populacional percebida no município de Guarabira e da influência da política pública vinculada à prática turística no referido município, identificando as principais ações promovidas pelo poder público para o desenvolvimento local que têm colaborado e/ou não para a produção do espaço. O presente trabalho tem o seguinte problema: Qual a influência da política pública relativa ao desenvolvimento turístico para a produção do espaço na cidade de Guarabira? A estruturação espacial do estudo está diante do contexto socioeconômico e das ações implantadas no município de Guarabira, que colaboram com a produção do espaço e a correlação com a apropriação econômica da religião. Onde a diversidade de atores produzem a realidade a partir das distintas interpretações, estabelecendo conexões de cooperação e conflito em relação aos interesses envolvidos. Neste sentido, parece oportuna a reflexão de que a prática do turismo religioso no município de Guarabira figura como uma potencialidade não como uma vocação, ou seja, algo que foi criado, não algo que tenha sido herdado.
  • LEANDRO DE PONTES ARAÚJO
  • APROPRIAÇÃO ECONÔMICA DA RELIGIÃO E A POLÍTICA DE DESENVOLVIMENTO DO TURISMO: Reflexões a partir do Memorial Frei Damião, Guarabira -PB
  • Data: 19/08/2013
  • Hora: 14:00
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  • Este estudo pretende explorar as relações que ligam a produção e o consumo de produtos turísticos, desde o contexto cultural e político de sua criação até os rebatimentos, vinculados a práticas de produção do espaço. Neste sentido, o presente trabalho propõe uma discussão quanto à “produção capitalista do espaço”, refletindo sobre a existência e conflitos entre políticas públicas atreladas ao turismo no município de Guarabira, Paraíba. A reflexão sobre as ações do planejamento político ou da gestão administrativa e sua espacialização no município, serviram como recorte espacial para a análise do tema proposto. Em Guarabira, no Agreste Paraibano, o religioso Frei Damião tornou-se ícone da religiosidade de caráter popular, atraindo grandes multidões que atendiam a seus sermões missionários, vindos de cidades e estados vizinhos. O Memorial Frei Damião, principal artefato material que caracteriza a produção do espaço contemporâneo do município voltado à mercantilização do fenômeno religioso, é reconhecido, pelos gestores públicos, pelas políticas administrativas e pela sociedade local, como um “símbolo fé católica no estado da Paraíba”. A pesquisa partiu da hipótese de que a produção do espaço do município em questão foi palco de processos sociais e políticos que culminaram na eleição da cidade como lócus do turismo religioso no Agreste do estado da Paraíba, em que a reestruturação capitalista , deu-se de forma desigual e combinada. O turismo é um fenômeno complexo que contribuí para a reconstrução da sociedade, a partir das ações dos atores envolvidos no processo, que constroem a dimensão material e a dimensão simbólica. As pesquisas até aqui desenvolvidas permitiram analisar o fenômeno do turismo religioso sob um ponto de vista de interação com as magnitudes materiais e simbólicas da realidade do município de Guarabira. Dessa forma, tem-se como objetivo analisar a produção capitalista do espaço a partir da apropriação econômica da religião, da dinâmica populacional percebida no município de Guarabira e da influência da política pública vinculada à prática turística no referido município, identificando as principais ações promovidas pelo poder público para o desenvolvimento local que têm colaborado e/ou não para a produção do espaço. O presente trabalho tem o seguinte problema: Qual a influência da política pública relativa ao desenvolvimento turístico para a produção do espaço na cidade de Guarabira? A estruturação espacial do estudo está diante do contexto socioeconômico e das ações implantadas no município de Guarabira, que colaboram com a produção do espaço e a correlação com a apropriação econômica da religião. Onde a diversidade de atores produzem a realidade a partir das distintas interpretações, estabelecendo conexões de cooperação e conflito em relação aos interesses envolvidos. Neste sentido, parece oportuna a reflexão de que a prática do turismo religioso no município de Guarabira figura como uma potencialidade não como uma vocação, ou seja, algo que foi criado, não algo que tenha sido herdado.
  • José Nildo Frutuoso de Arruda
  • POTENCIALIDADES E LIMITAÇÕES DOS PRODUTOS DE SENSORIAMENTO REMOTO PARA O PROCESSO DE ENSINO - APRENDIZAGEM DE GEOGRAFIA NO ENSINO FUNDAMENTAL II
  • Data: 31/07/2013
  • Hora: 15:00
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  • Este trabalho tem como objetivo principal analisar as potencialidades e limitações dos produtos de sensoriamento remoto para processo de ensino-aprendizagem de Geografia no ensino fundamental II. Por meio da aplicação de questionário, procuramos: Conhecer as concepções dos alunos e professores de Geografia a respeito do sensoriamento remoto e seus produtos; Identificar como os alunos e professores veem os produtos do sensoriamento remoto (fotografias aéreas e imagens de satélites) no processo de aprendizagem dos conteúdos da disciplina de Geografia; Diagnosticar o papel que os produtos de sensoriamento remoto podem desempenhar no ensino da cartografia na disciplina de Geografia a partir dos olhares de alunos e professores e, por fim, buscamos verificar como os alunos e professores percebem os produtos de sensoriamento remoto no estudo dos problemas socioambientais do bairro onde se localiza a escola. Quanto aos procedimentos metodológicos, realizamos um levantamento bibliográfico de autores que abordam a questão das novas tecnologias e do ensino-aprendizagem de Geografia. No que se refere ao recorte espacial, a presente pesquisa foi realizada em oito escolas públicas municipais do polo 01 de ensino da cidade de João Pessoa-PB. Fazem parte desse polo os seguintes bairros: Bancários, Jardim Cidade Universitária e Mangabeira. Os mesmos estão localizados na zona Sul do município supracitado. Para a delimitação dos sujeitos da pesquisa, definimos que seriam os professores de Geografia e também os alunos do sétimo ano do ensino fundamental II. De acordo com os resultados da pesquisa qualiquantitativa analisado à luz dos autores consultados, evidenciamos que os produtos do sensoriamento remoto, apoiados por outras ferramentas podem contribuir para ampliar as possibilidades do processo de ensino e aprendizagem de Geografia. De outra parte, percebemos também que diante da apropriação e expansão de novas tecnologias pela sociedade, se faz necessário pensarmos cada vez mais a respeito de estratégias didático-pedagógicas para serem implementadas no âmbito do ensino de Geografia. Tal aspecto requer capacitações dos professores, interesse em mudar suas práticas, dedicação, remunerações e aperfeiçoamento profissional.
  • SONALE VASCONCELOS DE SOUZA
  • "Relação Cidade-Campo: Permanência e recriação dos subespaços rurais na cidade de Campina Grande - PB"
  • Data: 23/07/2013
  • Hora: 09:00
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  • A pesquisa visou analisar a relação cidade-campo e teve como objeto de estudo a cidade de Campina Grande-PB. Com a modernização tecnológica e a expansão dos espaços urbanos, a temática cidade-campo, atualmente, vem se destacando na ciência geográfica, a partir de produções que buscam evidenciar as novas relações e os novos objetos que estão sendo inseridos no campo. Todavia, ao contrário dessa perspectiva, aqui, o objetivo consistiu em compreender a existência e a (re)produção dos subespaços rurais no interior da malha urbana da cidade analisada. Assim, investigou-se a cidade considerando-a como espaço produzido por meio de lógicas diferenciadas, em que se destacam não apenas os espaços concebidos pelas classes dominantes e pelos governantes, mas também os espaços vividos e apropriados, construídos cotidianamente pela população. Dentre tais espaços, examinaram-se os subespaços rurais mantidos e recriados na cidade. Contudo, devido ao grande número de estabelecimentos agropecuários espalhados pela cidade, elegeu-se a área localizada sob a rede alta tensão como objeto central para a investigação. Ao longo da pesquisa, procurou-se dialogar com autores que dessem subsídio às discussões acerca da relação cidade-campo, tanto em períodos passados quanto no contexto atual; realizaram-se trabalhos de campo, com a intenção de observar, registrar e investigar as áreas com estabelecimentos agropecuários na cidade e foram consultados os dados e as informações sobre atividades agropecuárias nas instituições governamentais, como a Secretaria de Estado do Desenvolvimento da Agropecuária e da Pesca – SEDAP. Após o levantamento em campo e a análise em gabinete, buscou-se responder aos questionamentos elaborados no início da pesquisa. Nesse sentido, trata-se de um estudo de natureza qualitativa, em que as observações, as entrevistas, as descrições e a fundamentação teórica foram fundamentais para a realização do trabalho. Ao término da investigação, verificou-se que, mesmo com a intensificação do processo de urbanização, em Campina Grande, assim como em outras cidades brasileiras, os costumes e as atividades rurais permanecem sendo constantemente adaptadas à realidade citadina, devido ao desejo das pessoas de reproduzirem um modo de vida semelhante ao que vivenciaram no campo. Essas pessoas – criadores de gado e agricultores – apropriam-se cotidianamente de áreas não edificadas da cidade (como a rede de alta tensão) e criam subespaços rurais, ou seja, espaços vividos que se contrapõem à lógica dominante de produção do espaço urbano.

  • LEONARDO BARBOZA DA COSTA
  • "Estruturação da Cidade de Campina Grande: As Estratégias e Intencionalidades do Mercado Imobiliário"
  • Data: 06/05/2013
  • Hora: 15:00
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  • O objetivo da dissertação é analisar o processo de estruturação da cidade de Campina Grande – PB, a partir das ações e intencionalidades do mercado imobiliário. Para tal estudo considera-se a atuação do Estado nas melhorias urbanas nos aspectos relacionados a infraestrutura (água e esgoto encanados e coleta de lixo), com o adensamento populacional, os níveis de renda e de alfabetização dos chefes de família como sendo aspectos importantes na valorização imobiliária e que atraem outros empreendimentos modernizadores como supermercados, shopping Centers, condomínios fechados horizontais e verticais. As localizações desses grandes empreendimentos na cidade influenciam a ação do mercado imobiliário - ora se aproveitando de um processo de valorização anterior, ora fazendo parte desse processo. Portanto, partimos do princípio de que essas novas formas de morar e de consumir na cidade agregam um valor diferencial a determinada localização. Esses elementos nos ajudam a entender a ação do mercado imobiliário e o processo de valorização da cidade. Destacando os seguintes recursos para nos ajudar a analisar esse processo - o mapa da inclusão/exclusão socioambiental, e as guias dos ITBI (imposto sobre bens imóveis) para os anos de 1995, 2000, 2005e 2010. O recurso do mapa da inclusão/exclusão auxilia na compreensão das áreas de melhor qualidade do espaço construído. E as guias de ITBI possibilita determinar os preços dos diferentes imóveis analisados nessa pesquisa e como as estratégias imobiliárias levam em consideração esses preços na sua atuação na cidade. Tais dados são apresentados como forma de ter uma noção real de como os preços vem aumentando em certas áreas da cidade, considerando nesse aspecto a variação dos índices de preço através do uso da “calculadora do cidadão” disponibilizada pelo Banco Central, o que permite uma comparação real desse processo de valorização entre os anos de 1995 a 2010 analisados. Estabelece-se assim uma distinção entre o valor proveniente do trabalho incorporado ao espaço urbano e o preço monetário cobrado por determinado empreendimento e por determinada localização. Nesse processo de estruturação da cidade compreendemos melhor a disposição das camadas de renda na cidade ao longo dos anos, bem como os motivos da localização de empreendimentos modernizadores, tendo como mediação a ação dos agentes imobiliários na cidade.

  • MARIA EMANUELLA FIRMINO BARBOSA
  • "Geomorfologia e Tectônica da Folha Jacumã (1:25.000)"
  • Data: 15/03/2013
  • Hora: 14:00
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  •  

    O presente trabalho refere-se à caracterização geomorfológica e morfométrica da região compreendida pela carta Jacumã (SB-25-Y-C-III-3-NE), localizada no estado da Paraíba. A utilização de técnicas de geoprocessamento para avaliação morfotectônica, além de tentar reforçar as hipóteses levantadas em estudos anteriores, é considerada relevante, pois os produtos gerados evidenciam de maneira concisa a morfologia do relevo, onde a influência da tectônica na sua configuração e arranjo é conspícua. As técnicas utilizadas nesta pesquisa consistiram na confecção e análise das cartas hipsométrica, de declividade, de orientação de vertentes; análise da rugosidade, perfis topográficos e modelos em 3D. Para a confecção dos produtos acima se utilizou da vetorização manual em tela da carta topográfica Jacumã, com escala de 1:25.000, com equidistância entre as curvas de nível de 10 m, e do software Spring 5.1.7. Os resultados obtidos a partir das análises dos produtos gerados mostraram que na porção central da área há um forte controle estrutural nos afluentes da margem direita do rio Guruji, onde os mesmos possuem um desnível altimétrico acentuado, vertentes com elevadas declividades, fortes entalhes fluviais e são mais numerosos e avantajados que os afluentes da margem esquerda. No final do curso do rio Guruji ocorre uma forte inflexão de aproximadamente 90°, onde sua direção muda bruscamente de W-E para S-N. Outro ponto anômalo observado na área estudada foi o forte entalhamento dos afluentes da bacia do rio Graú, na porção sul da área de estudo, onde a morfologia do relevo muda de tabular para colinoso de forma abrupta e seu fluxo sofre forte inflexão no seu baixo curso mudando sua direção de W-E para NNW-SSE.

     

     

2012
Descrição
  • JOANA JAKELINE DE ALCANTARA SAMPAIO
  • O CONCEITO DE TERRITÓRIO NOS LIVROS DIDÁTICOS DE GEOGRAFIA DO ENSINO MÉDIO DO AUTOR MELHEM ADAS (1970 a 1990)
  • Data: 28/09/2012
  • Hora: 14:00
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  • A questão do território sempre esteve presente na constituição das sociedades humanas; sua apreensão e domínio estão atreladas às mais diversas formas de poder, inclusive a ideológica, que muitas vezes tem sido utilizada como maneira de justificar as mais diferentes formas de possessão, já que sua utilização se dá por meio do domínio de um determinado grupo social. Nesse sentido, a importância do território se dá, nessa pesquisa, enquanto conceito abordado nos livros didáticos de Geografia para o Ensino Médio do autor Melhem Adas, durante o período de 1970 a 1990. Para tanto, a abordagem histórica remonta ao século XIX, com a constituição do surgimento da Escola Moderna na Europa, que a priori tinha a função de justificar a fundação do Estado-nação a partir do saber escolar instituído nas escolas. A Geografia, enquanto disciplina escolar, teve um papel fundamental para justificar a ideia do nacionalismo patriótico, tão importante para a consolidação do projeto do Estado nacional nesse período. O conceito de território foi, assim, bastante utilizado para fundamentar os ideais nacionalistas e o livro didático foi o instrumento usado para garantir tais objetivos. As mudanças políticas, econômicas e sociais transcorridas durante o processo histórico redefiniram as relações da sociedade com o território e sua concepção passou por várias transformações teóricas, as quais foram analisadas de forma diferente, por vários campos da ciência, entre eles a Geografia. O recorte histórico escolhido para essa pesquisa se deu em virtude do contexto histórico no qual foi escrito a obra didática do autor acima referenciado, que no caso do Brasil, se deu a implantação da Ditadura Militar e a abertura política, a partir de meados da década de 1980, quando ocorrem também as mudanças de paradigmas da ciência geográfica.
  • HELIO DE FRANÇA GONDIM
  • PLANEJAMENTO, GESTÃO E (RE)ORDENAMENTO TERRITORIAL DA ORLA: O CASO DO PROJETO ORLA EM JOÃO PESSOA-PB NOS BAIRROS DO BESSA E JARDIM OCEANIA
  • Data: 24/09/2012
  • Hora: 15:00
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  • O presente trabalho é o resultado de uma pesquisa que se realizou na orla marítima da cidade de João Pessoa-PB, evidenciando a implantação do Projeto de Gestão Integrada da Orla Marítima – Projeto Orla – na praia do bairro do Bessa e do Jardim Oceania, bairros da zona leste e litoral norte da cidade. O processo de ocupação e uso irregular das praias é uma característica recorrente em várias praias brasileiras. Devido a esse desordenamento da ocupação urbana do litoral do Brasil, como enfatiza Moraes (1999), o Governo Federal vem desenvolvendo ações que têm por objetivo efetivar um reordenamento territorial estabelecendo um disciplinamento do uso do solo nessas áreas litorâneas. Podemos constatar essa preocupação do Governo Federal com a gestão costeira primeiramente através da criação da Lei n° 7.661/1988, que institui o Plano Nacional de Gerenciamento Costeiro (PNGC) e, em 2001, quando surge o Projeto de Gestão Integrada da Orla Marítima – Projeto Orla. Ele tem por objetivo realizar a gestão urbana e ambiental da orla marítima do Brasil em seus 8.500 km de extensão realizando a aplicação de diretrizes gerais de disciplinamento de uso e ocupação do território costeiro. Na orla de João Pessoa, especificamente na praia do Bessa, ocorreu uma questão polêmica com relação à ocupação e uso da propriedade da terra urbana porque o disciplinamento do uso do solo contido nas legislações federais e estaduais não foi respeitado. Bares e barracas avançaram no terreno da União em até aproximadamente 20 metros da área permitida para a ocupação, negligenciando a legislação ambiental presente na Constituição Federal, Estadual e no Código do Meio Ambiente Municipal. No Plano de Gestão Integrada da Orla de João Pessoa, estava previsto o recuo dos imóveis no Jardim Oceania e a remoção das barracas no Bessa, que, devido aos entraves judiciais, foram demolidos apenas após indenização da prefeitura aos donos das barracas; contudo, ressaltamos que esses donos é quem deveriam pagar indenização de acordo com as legislações vigentes.
  • ELTON OLIVEIRA DA SILVA
  • CAMPESINATO E MOBILIDADE ESPACIAL: O ESTUDO DOS PROJETOS DE ASSENTAMENTOS TIRADENTES E FREI DAMIÃO (PB)
  • Data: 05/09/2012
  • Hora: 09:00
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  • A questão migratória é um fenômeno que esteve presente na história do Brasil desde os primórdios de sua colonização até nossos dias. A dinâmica do processo de colonização implantado no nosso território condicionou o nascimento e a evolução da questão agrária brasileira. Na verdade, ao longo da história do Brasil, estes dois fenômenos (migração e concentração fundiária) estão intimamente relacionados, pois a estrutura de distribuição desigual da terra no Brasil é um dos fatores impulsionadores dos movimentos migratórios internos, principalmente do tipo rural-urbano. Este trabalho tem como principal objetivo compreender o processo migratório da população rural residente em Projetos de Assentamento, a partir do estudo de caso do Projeto de Assentamento Tiradentes, município de Mari, e do Projeto de Assentamento Frei Damião no município de Cajazeiras. Sendo o primeiro localizado na Zona da Mata Paraibana e o segundo no Sertão paraibano. O primeiro capítulo trata das questões teóricas utilizando três conceitos de forma articulada: migração, território e campesinato. O segundo capítulo aborda a formação territorial dos dois espaços que são objeto do estudo: a Mata Paraibana e o Sertão Paraibano. Vamos resgatar o processo histórico de ocupação, buscando no passado elementos para atual organização desses espaços, mostrando as origens da luta pela terra. Em seguida, discute-se a atual forma de organização do espaço, trazendo especificamente as características do espaço agrário dos municípios estudados. O terceiro capítulo resgata a história da construção dos dois Projetos de Assentamento. O quarto capítulo apresenta e discute os dados da pesquisa de campo. Destacando: o perfil da população assentada, a organização do trabalho, da produção, a mobilidade espacial dos assentados e de seus familiares e a perspectiva de migração dos jovens residentes nos dois Projetos pesquisados. O trabalho realizado permite concluir que a migração é uma constante na vida da população investigada e que constitui uma estratégia de sua sobrevivência enquanto camponeses.
  • MARCOS AURÉLIO FERNANDES
  • "A Relação Cidade Campo no Romance O Moleque Ricardo de José Lins do Rêgo"
  • Data: 04/09/2012
  • Hora: 15:00
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  •  

    As narrativas romanescas incorporam-se como uma forma a mais de interpretação da
    realidade espacial. Geografia e literatura construíram laços de afinidades que nortearam
    o diálogo entre esses campos do saber. Assim, a literatura romanesca consiste como
    meio estimulante de análise e conhecimento geográfico, possibilitando compreender os
    aspectos materiais e imateriais inerentes ao espaço. Assim, escolhemos a narrativa
    romanesca de José Lins do Rego, “O moleque Ricardo”, como importante fonte de
    memória, documento e representação de determinada realidade. A trajetória do
    personagem principal, Ricardo, possibilita compreendermos as instâncias que fizeram o
    moleque da bagaceira migrar do engenho Santa Rosa em direção a cidade do Recife. A
    saga de Ricardo, criança negra trabalhando como semi-alugado do coronel José Paulino,
    nos instiga a interpretar e analisar o campo e a cidade. O contexto histórico vivido pelo
    o autor serve como pano de fundo para mostrar o cotidiano de uma sociedade recémliberta,
    vivendo em regime de semi-escravidão no engenho e posteriormente como
    operário no espaço urbano. As agruras vividas pelos negros, no campo ou na cidade,
    podem ser observadas no romance. José Lins do Rego, romancista do movimento
    regionalista de 1930 traduz o painel dos problemas sociais do Nordeste do Brasil, em
    especial a região da zona da mata paraibana e pernambucana.

    As narrativas romanescas incorporam-se como uma forma a mais de interpretação darealidade espacial. Geografia e literatura construíram laços de afinidades que nortearamo diálogo entre esses campos do saber. Assim, a literatura romanesca consiste comomeio estimulante de análise e conhecimento geográfico, possibilitando compreender osaspectos materiais e imateriais inerentes ao espaço. Assim, escolhemos a narrativaromanesca de José Lins do Rego, “O moleque Ricardo”, como importante fonte dememória, documento e representação de determinada realidade. A trajetória dopersonagem principal, Ricardo, possibilita compreendermos as instâncias que fizeram omoleque da bagaceira migrar do engenho Santa Rosa em direção a cidade do Recife. Asaga de Ricardo, criança negra trabalhando como semi-alugado do coronel José Paulino,nos instiga a interpretar e analisar o campo e a cidade. O contexto histórico vivido peloo autor serve como pano de fundo para mostrar o cotidiano de uma sociedade recémliberta,vivendo em regime de semi-escravidão no engenho e posteriormente comooperário no espaço urbano. As agruras vividas pelos negros, no campo ou na cidade,podem ser observadas no romance. José Lins do Rego, romancista do movimentoregionalista de 1930 traduz o painel dos problemas sociais do Nordeste do Brasil, emespecial a região da zona da mata paraibana e pernambucana.

     

  • HELEN NUNES COSMO DA FONSECA
  • A Nova Dinâmica Territorial do Capital Sucroalcooleiro no Baixo Paraíba.
  • Orientador : DORALICE SATYRO MAIA
  • Data: 03/09/2012
  • Hora: 09:00
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  • A crescente necessidade de buscar fontes energéticas alternativas aos combustíveis derivados do petróleo fez com que o governo federaldo Brasil voltasse seus interesses para o etanol. Agrocombustível derivado da cana-de-açúcar, o etanol tem atraído olhares para sua produção.
  • THIAGO LEITE BRANDAO DE QUEIROZ
  • "Produção do Agrodíesel na Paraíba: avanço do agronegócio das oleaginosas, movimentos sociais e soberania alimentar"
  • Data: 31/08/2012
  • Hora: 14:00
  • Mostrar Resumo
  • O estado da Paraíba está inserido na proposta governamental de cultivo de
    oleaginosas para produção de combustíveis vegetais, designados nesta
    pesquisa como agrocombustíveis. Depois da inauguração em 2008 da
    Petrobras Biocombustível S. A. e a criação do Selo Combustível Social em
    2009, o cultivo de girassol foi promovido pelo Governo do estado da Paraíba
    como uma das oleaginosas capazes de contribuir com a produção nacional de
    óleo vegetal para uso combustível. A inserção dessa oleaginosa nas áreas de
    agricultura familiar foi incentivada e financiada pelo Programa Nacional de
    Produção e Uso do Biodiesel (PNPB) e, especificamente, na Paraíba pelo
    PNPB/PB. Este Programa através do Selo Combustível Social, que obriga as
    plantas processadoras de óleo a comprar parte da sua matéria-prima a
    agricultores cadastrados nas diferentes regiões onde o PNPB atua, propôs
    inserir a agricultura familiar na cadeia produtiva do agrodiesel, transformando
    agricultores camponeses em agricultores familiares dependentes do
    agronegócio de grãos. Até 2012 agricultores familiares de 101 dos 223
    municípios paraibanos tinham-se aderido a este Programa, distribuídos em
    todas as mesorregiões do estado: Litoral, Agreste, Borborema e Sertão. Muitas
    dessas famílias são assentadas de Reforma Agrária. Movimentos sociais que
    lutam pela terra e pela Reforma Agrária no estado tem-se aderido ao PNPB/PB
    visando garantir recursos para a viabilização da produção nos assentamentos
    sob a sua organização. A CPT e o MST destacam-se nessa articulação.
    Entretanto, esses movimentos sociais são críticos diante o avanço do
    agronegócio no campo e colocam nas suas preocupações político-ideológicas
    a necessidade de garantir a Soberania Alimentar dos povos. Essa bandeira de
    luta significa que o Brasil não deve abrir mão de definir e defender uma política
    agrícola e alimentar própria. Uma política que garanta o desenvolvimento
    econômico e social das populações que vivem do e no campo, principalmente
    aquelas que produzem alimentos, que no caso brasileiro, são as pequenas
    propriedades de origem camponesa, e os agricultores familiares, muitos deles
    assentados de Reforma Agrária. O avanço do cultivo de oleaginosas
    destinadas a produzir agrodiesel avança sobre áreas de agricultura familiar no
    estado. Muitas dessas áreas foram conquistadas pela luta histórica de
    camponeses e trabalhadores rurais outrora expropriados pelo avanço do
    grande capital no campo. As contradições que emergem no processo de
    O estado da Paraíba está inserido na proposta governamental de cultivo deoleaginosas para produção de combustíveis vegetais, designados nestapesquisa como agrocombustíveis. Depois da inauguração em 2008 daPetrobras Biocombustível S. A. e a criação do Selo Combustível Social em2009, o cultivo de girassol foi promovido pelo Governo do estado da Paraíbacomo uma das oleaginosas capazes de contribuir com a produção nacional deóleo vegetal para uso combustível. A inserção dessa oleaginosa nas áreas deagricultura familiar foi incentivada e financiada pelo Programa Nacional deProdução e Uso do Biodiesel (PNPB) e, especificamente, na Paraíba peloPNPB/PB. Este Programa através do Selo Combustível Social, que obriga asplantas processadoras de óleo a comprar parte da sua matéria-prima aagricultores cadastrados nas diferentes regiões onde o PNPB atua, propôsinserir a agricultura familiar na cadeia produtiva do agrodiesel, transformandoagricultores camponeses em agricultores familiares dependentes doagronegócio de grãos. Até 2012 agricultores familiares de 101 dos 223municípios paraibanos tinham-se aderido a este Programa, distribuídos emtodas as mesorregiões do estado: Litoral, Agreste, Borborema e Sertão. Muitasdessas famílias são assentadas de Reforma Agrária. Movimentos sociais quelutam pela terra e pela Reforma Agrária no estado tem-se aderido ao PNPB/PBvisando garantir recursos para a viabilização da produção nos assentamentossob a sua organização. A CPT e o MST destacam-se nessa articulação.Entretanto, esses movimentos sociais são críticos diante o avanço doagronegócio no campo e colocam nas suas preocupações político-ideológicasa necessidade de garantir a Soberania Alimentar dos povos. Essa bandeira deluta significa que o Brasil não deve abrir mão de definir e defender uma políticaagrícola e alimentar própria. Uma política que garanta o desenvolvimentoeconômico e social das populações que vivem do e no campo, principalmenteaquelas que produzem alimentos, que no caso brasileiro, são as pequenaspropriedades de origem camponesa, e os agricultores familiares, muitos delesassentados de Reforma Agrária. O avanço do cultivo de oleaginosasdestinadas a produzir agrodiesel avança sobre áreas de agricultura familiar noestado. Muitas dessas áreas foram conquistadas pela luta histórica decamponeses e trabalhadores rurais outrora expropriados pelo avanço dogrande capital no campo. As contradições que emergem no processo de substituição da produção de alimentos pela produção de energia no campo, especificamente nas pequenas propriedades de base familiar, nos levam a refletir sobre os limites tanto do êxito do PNPB na Paraíba, como dos avanços contra o controle social do capital no espaço agrário dos movimentos articulados pela Via Cmpesina no estado.l

  • SUANA MEDEIROS SILVA
  • PESCA ARTESANAL: a história, a cultura e os (des) caminhos em Lucena/PB
  • Data: 31/08/2012
  • Hora: 10:00
  • Mostrar Resumo
  • Nos dados do boletim Estatístico da Pesca e Aquicultura de 2010, a produção de pescado no Brasil, para o ano de 2010 foi de 1.264.765 t, registrando-se um incremento de 2% em relação a 2009, quando foram produzidas 1.240.813 t de pescado. Nessa produção nacional, de acordo com a média dos últimos 10 anos, a pesca artesanal é responsável por 65% da produção total de pescado, enquanto a pesca industrial representa 35% da produção. O ministério da Pesca e Aquicultura possui em seu registro geral 957 mil pescadores artesanais entre homens e mulheres. Segundo seus dados, esses pescadores estão organizados em cerca de 760 associações, 137 sindicatos e 47 cooperativas (MPA, 2011). O município de Lucena tem a pesca artesanal como uma atividade significante na sua origem e no seu processo de formação, quando da sua evolução de vila à cidade. Não obstante, atualmente a pesca artesanal se apresenta ainda muito relevante na realidade socioeconômica da população, considerando que é uma das atividades econômicas mais exercidas no lugar. O município possui uma área de 88,9 km², limitando-se ao norte com o município de Rio Tinto, ao sul com o estuário do rio Paraíba, a oeste com o município de Santa Rita e a leste com o oceano atlântico (IBGE, 2012). O rio Paraíba do Norte e o seu estuário, que limita a porção sul do município, tem grande influência nas águas marítimas e na vegetação de Lucena; e consequentemente, nas atividades extrativistas e de cultivo. O rio Paraíba possui 380 km de extensão e se configura como o rio mais importante do estado da Paraíba, considerando seu tamanho e importância econômica. Além da pesca artesanal Lucena tem na história do seu setor pesqueiro e econômico, a pesca industrial da baleia que, além dos impactos ambientais, provocou grandes impactos socioeconômicos na região. De 1911 até 1985 a pesca artesanal e a pesca da baleia eram exercidas em Lucena concomitantemente. A população do município, entre pescadores e demais moradores, teve na pesca da baleia uma importante fonte de renda estável. Essa estabilidade era um fator positivo que se diferenciava da instabilidade financeira proveniente da pesca artesanal. Depois da proibição nacional da caça à baleia, na década de 1980, os pescadores que trabalhavam na COPRESBA – Companhia de Pesca Norte do Brasil, voltaram a viver somente da pesca artesanal. O objetivo geral dessa pesquisa é estudar a atividade da pesca artesanal no município de Lucena-PB, resgatando a história dos pescadores e das pescadoras artesanais, desde a origem da cidade como vila até a realidade atual da atividade. Bem como analisar as relações dos pescadores com o poder público e com o meio natural. O trabalho de campo foi desenvolvido por meio de entrevistas nos órgãos públicos, na colônia de pescadores e por meio de questionários e entrevistas com os pescadores e pescadoras artesanais aposentados e não aposentados, cadastrados na colônia de Lucena. A renda gerada pela produção, na maioria dos casos não é suficiente para o sustento da família, obrigando o pescador a fazer outros serviços para complementação da renda. Constatamos que a situação socioeconômica do pescador artesanal em Lucena é precária e que, além disso, há vários conflitos envolvendo o poder público local e os pescadores artesanais. A precariedade da atividade, bem como os conflitos mencionados, ameaça
  • SUANA MEDEIROS SILVA
  • PESCA ARTESANAL: a história, a cultura e os (des) caminhos em Lucena/PB
  • Data: 31/08/2012
  • Hora: 10:00
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  • Nos dados do boletim Estatístico da Pesca e Aquicultura de 2010, a produção de pescado no Brasil, para o ano de 2010 foi de 1.264.765 t, registrando-se um incremento de 2% em relação a 2009, quando foram produzidas 1.240.813 t de pescado. Nessa produção nacional, de acordo com a média dos últimos 10 anos, a pesca artesanal é responsável por 65% da produção total de pescado, enquanto a pesca industrial representa 35% da produção. O ministério da Pesca e Aquicultura possui em seu registro geral 957 mil pescadores artesanais entre homens e mulheres. Segundo seus dados, esses pescadores estão organizados em cerca de 760 associações, 137 sindicatos e 47 cooperativas (MPA, 2011). O município de Lucena tem a pesca artesanal como uma atividade significante na sua origem e no seu processo de formação, quando da sua evolução de vila à cidade. Não obstante, atualmente a pesca artesanal se apresenta ainda muito relevante na realidade socioeconômica da população, considerando que é uma das atividades econômicas mais exercidas no lugar. O município possui uma área de 88,9 km², limitando-se ao norte com o município de Rio Tinto, ao sul com o estuário do rio Paraíba, a oeste com o município de Santa Rita e a leste com o oceano atlântico (IBGE, 2012). O rio Paraíba do Norte e o seu estuário, que limita a porção sul do município, tem grande influência nas águas marítimas e na vegetação de Lucena; e consequentemente, nas atividades extrativistas e de cultivo. O rio Paraíba possui 380 km de extensão e se configura como o rio mais importante do estado da Paraíba, considerando seu tamanho e importância econômica. Além da pesca artesanal Lucena tem na história do seu setor pesqueiro e econômico, a pesca industrial da baleia que, além dos impactos ambientais, provocou grandes impactos socioeconômicos na região. De 1911 até 1985 a pesca artesanal e a pesca da baleia eram exercidas em Lucena concomitantemente. A população do município, entre pescadores e demais moradores, teve na pesca da baleia uma importante fonte de renda estável. Essa estabilidade era um fator positivo que se diferenciava da instabilidade financeira proveniente da pesca artesanal. Depois da proibição nacional da caça à baleia, na década de 1980, os pescadores que trabalhavam na COPRESBA – Companhia de Pesca Norte do Brasil, voltaram a viver somente da pesca artesanal. O objetivo geral dessa pesquisa é estudar a atividade da pesca artesanal no município de Lucena-PB, resgatando a história dos pescadores e das pescadoras artesanais, desde a origem da cidade como vila até a realidade atual da atividade. Bem como analisar as relações dos pescadores com o poder público e com o meio natural. O trabalho de campo foi desenvolvido por meio de entrevistas nos órgãos públicos, na colônia de pescadores e por meio de questionários e entrevistas com os pescadores e pescadoras artesanais aposentados e não aposentados, cadastrados na colônia de Lucena. A renda gerada pela produção, na maioria dos casos não é suficiente para o sustento da família, obrigando o pescador a fazer outros serviços para complementação da renda. Constatamos que a situação socioeconômica do pescador artesanal em Lucena é precária e que, além disso, há vários conflitos envolvendo o poder público local e os pescadores artesanais. A precariedade da atividade, bem como os conflitos mencionados, ameaça
  • NOEMI PAES FREIRE
  • DISPUTA TERRITORIAL ENTRE O AGRONEGÓCIO E O CAMPESINATO NA ZONA DA MATA PARAIBANA: A PRODUÇÃO DE CANA-DE-AÇÚCAR NOS ASSENTAMENTOS
  • Data: 31/08/2012
  • Hora: 08:00
  • Mostrar Resumo
  • A produção de cana-de-açúcar nos assentamentos da Zona da Mata paraibana constitui um fato recente e está em grande parte relacionada à retomada da atividade canavieira a partir do ano 2000, após a crise do Proalcool. O processo de reestruturação produtiva recente do capital canavieiro tem sido estimulado tanto pelos incentivos provenientes da nova geopolítica energética internacional, que na tentativa de diminuir a dependência dos países desenvolvidos em relação ao petróleo, incentiva à produção de agrocombustíveis nas ex-colônias do Sul, apoiada no discurso ambiental da “energia limpa”; como pelo aumento do preço do açúcar no mercado internacional. Na Zona da Mata da Paraíba essa reestruturação tem se dado através da expansão da área plantada e da quantidade produzida com cana, da transferência de titularidade de terras e agroindústrias para o capital estrangeiro e pelo aumento da produção de açúcar e álcool. A expansão da fronteira da cana tem ultrapassado os limites do território controlado pelo agronegócio canavieiro e tem avançado nas áreas de assentamento da região. Interessa a este trabalho compreender de que forma vem ocorrendo esse processo, quais os fatores responsáveis pelo plantio da cana em algumas áreas de assentamento e os fatores que explicam a rejeição de outras áreas em incluir a cana na sua pauta de produção. Esse processo não ocorre sempre de forma pacífica, sem conflitualidades. Muitos assentados reagem lutando para que a terra de trabalho não se transforme mais uma vez em território de exploração. Outros procuram uma complementação da renda e ainda há os que se deixam dominar pela lógica capitalista e transformam seus lotes em terra de negócio. De uma forma geral o que pudemos constatar é que a cana-de-açúcar vem se tornando uma constante em parte dos assentamentos. Em alguns casos há pretensão de aumento da área plantada e em outros não, porém os motivos são bem particulares e variam segundo as condições geográficas, financeiras e da força produtiva e interesse no trabalho agrícola da família. Isso nos leva a refletir sobre vários aspectos. A maior parte dos assentados tem experiência na produção canavieira, apesar de toda exploração pela qual passaram os ex-cortadores de cana-de-açúcar. A cana-de-açúcar nesta região é historicamente utilizada como ração animal; é um tipo de lavoura possível de ser cultivada nos topos de tabuleiro; resiste à estiagem e ao excesso de água; brota cinco safras sem precisar replantar; possui mercado garantido nas proximidades dos assentamentos; no caso de os assentados não terem condições para produzir a Usina fornece adiantamentos, mesmo se eles possuírem dívidas com o banco; demanda menor desprendimento de força-de-trabalho, é mais resistente a pragas e menos vulnerável a saques. Na maioria dos casos, os assentados só abrem mão de suas produções de alimento quando não conseguem ter êxito nas mesmas, seja por questões edáficas, seja por questões climáticas ou por falta de condições financeiras para investir na produção. Os que hoje em dia enveredaram na monocultura canavieira, na maioria das vezes possuem histórico de prejuízos e endividamentos. Mas quando eles têm as devidas condições de produção, em geral mantém a lavoura destinada à subsistência familiar.
  • MARIANA BORBA DE OLIVEIRA
  • Certificação Participativa e Agroecologia: Processos de Organização e Resistência Camponesa na Mata Paraibana.
  • Data: 13/08/2012
  • Hora: 14:00
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  • A temática abordada na presente pesquisa trata de modo geral da resistência do
    campesinato à agricultura moderna, sendo esta, uma resistência a um modo de produção
    e consumo puramente capitalista que, considera o alimento como mercadoria, e assim
    dissemina o caos social e ambiental. Nesta perspectiva, interpretamos uma organização
    camponesa cuja produção é de base agroecológica e a comercialização dos produtos
    realizada diretamente com o consumidor através de uma feira, como uma forte
    estratégia de resistência que permite a (re) construção das bases da reprodução
    camponesa, e a construção de paradigmas que geram um desenvolvimento local.
    Investigamos a hipótese dessa experiência ser fortalecida por um mecanismo de
    certificação desenvolvido pelos movimentos sociais ligados à Agroecologia que é a
    certificação participativa para produtos agroecológicos. A experiência estudada é a
    Feira Agroecológica que acontece em João Pessoa - PB, no campus I da UFPB, e que
    comercializa produtos hortifrúti granjeiros provenientes de 4 (quatro) assentamentos
    rurais localizados na Várzea do Rio Paraíba (nos municípios de Cruz do Espírito Santo,
    Sapé e Sobrado), e um assentamento rural localizado no Litoral Sul da Paraíba
    (município do Conde). Constatamos que o fortalecimento da referida experiência se dá
    no momento em que é inserido um processo de certificação para produtos
    agroecólogicos através de um processo participativo de controle da produção que
    envolve produtores, consumidores, técnicos, poder público e sociedade civil.
    Palavras Chave: Campesinato - Agroecologia – Certificação Participativa
    A temática abordada na presente pesquisa trata de modo geral da resistência docampesinato à agricultura moderna, sendo esta, uma resistência a um modo de produçãoe consumo puramente capitalista que, considera o alimento como mercadoria, e assimdissemina o caos social e ambiental. Nesta perspectiva, interpretamos uma organizaçãocamponesa cuja produção é de base agroecológica e a comercialização dos produtosrealizada diretamente com o consumidor através de uma feira, como uma forteestratégia de resistência que permite a (re) construção das bases da reproduçãocamponesa, e a construção de paradigmas que geram um desenvolvimento local.Investigamos a hipótese dessa experiência ser fortalecida por um mecanismo decertificação desenvolvido pelos movimentos sociais ligados à Agroecologia que é acertificação participativa para produtos agroecológicos. A experiência estudada é aFeira Agroecológica que acontece em João Pessoa - PB, no campus I da UFPB, e quecomercializa produtos hortifrúti granjeiros provenientes de 4 (quatro) assentamentosrurais localizados na Várzea do Rio Paraíba (nos municípios de Cruz do Espírito Santo,Sapé e Sobrado), e um assentamento rural localizado no Litoral Sul da Paraíba(município do Conde). Constatamos que o fortalecimento da referida experiência se dáno momento em que é inserido um processo de certificação para produtosagroecólogicos através de um processo participativo de controle da produção queenvolve produtores, consumidores, técnicos, poder público e sociedade civil.

  • JOSSANDRA GONÇALVES DOS SANTOS
  • Agricultura Camponesa e Maio Ambiente no Município de Itaporanga - PB.
  • Data: 03/08/2012
  • Hora: 09:00
  • Mostrar Resumo
  •  

    A agricultura camponesa no Sertão paraibano convive com condições edafoclimáticas que
    limitam a produção agrícola e, sobretudo, com a dificuldade de recuperação dos recursos
    naturais, uma vez degradados. É verdade que as secas prolongadas acentuam esta
    vulnerabilidade. Entretanto, as maiores dificuldades por ela encontrada residem na forma
    marginal como é tratada pelo modelo de desenvolvimento adotado e na ineficácia das
    políticas públicas voltadas para a mesma. Mesmo assim a agricultura camponesa sertaneja
    tem se mantido viva resistindo e se reproduzindo ao longo do tempo. Contudo, observa-se que
    os processos tradicionais que sempre nortearam o fazer camponês vêm sofrendo fortes
    modificações decorrentes do recuo do tamanho das propriedades, da falta de uma política de
    reforma agrária, da força do agronegócio e da disseminação do uso de insumos químicos
    propagados pela modernização da agricultura (DUQUE, 2006). Sendo assim, o que dizer da
    agricultura camponesa praticada por proprietários de pequenos estabelecimentos rurais em
    região sujeita a semiaridez, com limitações de solo, submetida a secas periódicas e onde a
    assistência técnica é quase inexistente? Quais as práticas agrícolas utilizadas por estes
    camponeses que buscam o equilíbrio com a natureza e as que impactam negativamente sobre
    o ambiente? No intuito de responder a tais questionamentos, o objetivo geral deste artigo é
    estudar a agricultura camponesa em Itaporanga/PB e sua relação com o ambiente. Para a sua
    realização uma série de procedimentos metodológicos foi adotada, tais como: a utilização do
    estudo etnográfico como instrumento metodológico de investigação. Para o desenvolvimento
    do trabalho foram necessárias a pesquisa bibliográfica e documental, o levantamento de dados
    secundários e pesquisa de campo. As idas a campo tiveram início ainda em setembro de 2007
    quando pesquisava para elaborar a monografia de graduação e se estendeu até janeiro de
    2012. Porém, foi somente a partir do ingresso no Programa de Pós-Graduação que adentramos
    de forma mais específica na questão ambiental, pesquisando as práticas camponesas, sejam
    elas tradicionais ou de cunho agroecológico que degradam ou não o ambiente. No semiárido
    paraibano o processo histórico de produção do espaço teve origem a partir da criação de gado
    e cultivo de algodão e policultura de alimentos. Esta forma de organização da produção e do
    trabalho persistiu com algumas alterações até 1985, sobrevivendo ao próprio processo de
    modernização da agricultura. Só a partir de então, com a expansão da praga do bicudo em
    direção ao interior é que se assiste a quebra dessa forma histórica de organização do espaço
    sertanejo. Com o fim da cultura do algodão no Sertão mudanças significativas são observadas
    nas formas de organização da produção e do trabalho camponês. Este, na sua maioria, tem
    hoje na atividade pecuária a principal fonte de renda. A fragmentação das terras por herança
    tem levado a uma intensificação no uso dos recursos naturais disponíveis e a sua conseqüente
    degradação. Embora para o camponês a terra seja tratada como se fosse uma mãe, a
    necessidade de sobrevivência está em primeiro luga

    A agricultura camponesa no Sertão paraibano convive com condições edafoclimáticas quelimitam a produção agrícola e, sobretudo, com a dificuldade de recuperação dos recursosnaturais, uma vez degradados. É verdade que as secas prolongadas acentuam estavulnerabilidade. Entretanto, as maiores dificuldades por ela encontrada residem na formamarginal como é tratada pelo modelo de desenvolvimento adotado e na ineficácia daspolíticas públicas voltadas para a mesma. Mesmo assim a agricultura camponesa sertanejatem se mantido viva resistindo e se reproduzindo ao longo do tempo. Contudo, observa-se queos processos tradicionais que sempre nortearam o fazer camponês vêm sofrendo fortesmodificações decorrentes do recuo do tamanho das propriedades, da falta de uma política dereforma agrária, da força do agronegócio e da disseminação do uso de insumos químicospropagados pela modernização da agricultura (DUQUE, 2006). Sendo assim, o que dizer daagricultura camponesa praticada por proprietários de pequenos estabelecimentos rurais emregião sujeita a semiaridez, com limitações de solo, submetida a secas periódicas e onde aassistência técnica é quase inexistente? Quais as práticas agrícolas utilizadas por estescamponeses que buscam o equilíbrio com a natureza e as que impactam negativamente sobreo ambiente? No intuito de responder a tais questionamentos, o objetivo geral deste artigo éestudar a agricultura camponesa em Itaporanga/PB e sua relação com o ambiente. Para a suarealização uma série de procedimentos metodológicos foi adotada, tais como: a utilização doestudo etnográfico como instrumento metodológico de investigação. Para o desenvolvimentodo trabalho foram necessárias a pesquisa bibliográfica e documental, o levantamento de dadossecundários e pesquisa de campo. As idas a campo tiveram início ainda em setembro de 2007quando pesquisava para elaborar a monografia de graduação e se estendeu até janeiro de2012. Porém, foi somente a partir do ingresso no Programa de Pós-Graduação que adentramosde forma mais específica na questão ambiental, pesquisando as práticas camponesas, sejamelas tradicionais ou de cunho agroecológico que degradam ou não o ambiente. No semiáridoparaibano o processo histórico de produção do espaço teve origem a partir da criação de gadoe cultivo de algodão e policultura de alimentos. Esta forma de organização da produção e dotrabalho persistiu com algumas alterações até 1985, sobrevivendo ao próprio processo demodernização da agricultura. Só a partir de então, com a expansão da praga do bicudo emdireção ao interior é que se assiste a quebra dessa forma histórica de organização do espaçosertanejo. Com o fim da cultura do algodão no Sertão mudanças significativas são observadasnas formas de organização da produção e do trabalho camponês. Este, na sua maioria, temhoje na atividade pecuária a principal fonte de renda. A fragmentação das terras por herançatem levado a uma intensificação no uso dos recursos naturais disponíveis e a sua conseqüentedegradação. Embora para o camponês a terra seja tratada como se fosse uma mãe, a necessidade de sobrevivência está em primeiro lugar, sem contar que muitas práticas tradicionais utilizadas pelos seus antepassados ou herança da modernização conservadora, embora degradantes ainda sejam utilizads. 

  • CLEITON FERREIRA DA SILVA
  • "O Movimento de Luta nos Bairros, Vilas e Favelas (MLB) e a Atualidade da Política Nacional de Habitação de Incentivo a Autogestão: análise de uma experiência no bairro da Iputinga, Recife - PE".
  • Data: 19/07/2012
  • Hora: 15:00
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  • Este trabalho apresenta algumas reflexões e proposições acerca da
    contemporaneidade dos movimentos sociais, em especial dos sem-teto, no que
    concerne, sobretudo, ao seu papel na construção de cidades em que a promoção da
    justiça socioterritorial seja prioridade, partindo da análise da natureza das suas lutas,
    por políticas públicas de habitação popular, promotoras da democratização, bem
    como do acesso e do uso do espaço urbano, com base no Estatuto da Cidade. Para
    isso, analisamos um projeto de construção de habitação popular, através do regime
    de autogestão em um bairro do Recife, desencadeado pela ação de um movimento
    pela reforma urbana e moradia, o Movimento de Lutas nos Bairros, Vilas e Favelas
    (MLB), através da inserção do mesmo, na atual política pública de incentivo à
    autogestão, desencadeada institucionalmente, na esfera Federal, em meados de
    2006. Para a elaboração desta dissertação, o método de análise baseou-se tanto no
    campo teórico, através do levantamento bibliográfico, bem como no campo empírico,
    a partir do acompanhamento in loco de toda evolução do projeto, além da coleta e
    sistematização de entrevistas de moradores, lideranças do MLB e representantes de
    órgãos do governo. A partir destes mecanismos, tenta-se explanar os principais
    entraves e paradigmas que inviabilizaram a plena efetivação dos anseios das
    famílias, organizadas pelo movimento, na conquista de suas moradias.
    Palavras-chave: Sem-teto; Movimento; Políticas Públicas; Mutirão Autogestionado;
    Cidadania.
    Este trabalho apresenta algumas reflexões e proposições acerca dacontemporaneidade dos movimentos sociais, em especial dos sem-teto, no queconcerne, sobretudo, ao seu papel na construção de cidades em que a promoção dajustiça socioterritorial seja prioridade, partindo da análise da natureza das suas lutas,por políticas públicas de habitação popular, promotoras da democratização, bemcomo do acesso e do uso do espaço urbano, com base no Estatuto da Cidade. Paraisso, analisamos um projeto de construção de habitação popular, através do regimede autogestão em um bairro do Recife, desencadeado pela ação de um movimentopela reforma urbana e moradia, o Movimento de Lutas nos Bairros, Vilas e Favelas(MLB), através da inserção do mesmo, na atual política pública de incentivo àautogestão, desencadeada institucionalmente, na esfera Federal, em meados de2006. Para a elaboração desta dissertação, o método de análise baseou-se tanto nocampo teórico, através do levantamento bibliográfico, bem como no campo empírico,a partir do acompanhamento in loco de toda evolução do projeto, além da coleta esistematização de entrevistas de moradores, lideranças do MLB e representantes deórgãos do governo. A partir destes mecanismos, tenta-se explanar os principaisentraves e paradigmas que inviabilizaram a plena efetivação dos anseios dasfamílias, organizadas pelo movimento, na conquista de suas moradias.

  • THIAGO ALMEIDA DE LIMA
  • "Zonas Especiais de Interesse Social: A Institucionalização da Segregação Sócio-Espacial em João Pessoa PB".
  • Data: 29/06/2012
  • Hora: 15:00
  • Mostrar Resumo
  • O presente trabalho objetivou analisar o processo de institucionalização das Zonas Especiais
    de Interesse Social (ZEIS) em João Pessoa - PB. O histórico processo de produção do espaço
    urbano brasileiro, baseado nos ditames do sistema capitalista, produziu o fenômeno da
    separação entre as camadas sociais a partir dos níveis de renda. Essa separação se materializa
    no espaço e, assim, se produz o fenômeno da segregação sócio-espacial no qual se percebem
    fissuras sociais que conduzem a uma situação de constantes tensões e conflitos, negando a
    cidade enquanto espaço de socialização e de convivência com a diversidade. A criação do
    dispositivo jurídico das ZEIS, possibilitada pelo surgimento das novas legislações urbanas
    ensejadas pela Constituição de 1988 e Estatuto da Cidade, é uma tentativa de reversão do
    quadro de segregação existente na cidade brasileira. No caso específico desta pesquisa,
    privilegiou-se o estudo do processo de implantação das ZEIS na cidade de João Pessoa, tendo
    por base e parâmetro os estudos realizados na comunidade São Luis, situada no bairro do
    Bessa. As análises realizadas nos levaram a sustentar a premissa de que o Estado, através de
    suas práticas de implantação e de intervenção nas ZEIS, tem institucionalizado a segregação
    sócio-espacial, negando, assim, as possibilidades contidas no referido dispositivo jurídico.
    Palavras-chave: ZEIS. Segregação sócio-espacial. Estado. Constituição de 1988. Estatuto da
    O presente trabalho objetivou analisar o processo de institucionalização das Zonas Especiaisde Interesse Social (ZEIS) em João Pessoa - PB. O histórico processo de produção do espaçourbano brasileiro, baseado nos ditames do sistema capitalista, produziu o fenômeno daseparação entre as camadas sociais a partir dos níveis de renda. Essa separação se materializano espaço e, assim, se produz o fenômeno da segregação sócio-espacial no qual se percebemfissuras sociais que conduzem a uma situação de constantes tensões e conflitos, negando acidade enquanto espaço de socialização e de convivência com a diversidade. A criação dodispositivo jurídico das ZEIS, possibilitada pelo surgimento das novas legislações urbanasensejadas pela Constituição de 1988 e Estatuto da Cidade, é uma tentativa de reversão doquadro de segregação existente na cidade brasileira. No caso específico desta pesquisa,privilegiou-se o estudo do processo de implantação das ZEIS na cidade de João Pessoa, tendopor base e parâmetro os estudos realizados na comunidade São Luis, situada no bairro doBessa. As análises realizadas nos levaram a sustentar a premissa de que o Estado, através desuas práticas de implantação e de intervenção nas ZEIS, tem institucionalizado a segregaçãosócio-espacial, negando, assim, as possibilidades contidas no referido dispositivo jurídico.

  • JOSÉ ARIMATÉIA DA SILVA ARAÚJO
  • A Produção do Espaço Urbano: Uma Discussão sobre a Centralidade Urbano-Regional de Campina Grande - PB.
  • Data: 27/06/2012
  • Hora: 14:00
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  • A pesquisa analisa a cidade de Campina Grande no contexto da rede urbana regional. Busca averiguar a centralidade urbana que Campina Grande exerce a partir dos serviços de atendimento médico-hospitalares e de educação superior. Neste sentido, desenvolveu-se com a clara intensão de procurar compreender a (re) produção do espaço da cidade supracitada, sob a perspectiva do estudo das cidades médias. A partir destes pressupostos, a dissertação estrutura-se em três capítulos articulados entre si. O primeiro apresenta algumas ideias sobre os conceitos balizadores da Geografia Urbana estabelecendo uma discussão teórica-conceitual e metodológica para investigação de cidades médias bem como revelando a inserção de Campina Grande no contexto da rede urbana. O segundo capítulo resgata discussões sobre a produção do espaço urbano e as teorias que subsidiam sua compreensão a partir da contextualização histórica com a intensão de apreendermos como se processa a centralidade regional de Campina Grande. Por fim, trazemos os dados e informações sobre os serviços médicohospitalares e de educação superior ofertados na cidade e a partir destes fazse uma análise, possibilitando revelar que estes serviços são responsáveis pela centralidade da cidade estudada. De fato a pesquisa permite afirmar a importância de Campina Grande como um relevante centro de oferta desses serviços para a região, atendendo não só aos municípios do interior paraibano, mas também a uma extensa área da Região Nordeste, com destaque para os estados de Pernambuco e do Rio Grande do Norte. Os resultados apontam para a forte centralidade exercida por Campina Grande para onde converge um acentuado contingente populacional em busca dos serviços ofertados em âmbito intraurbano, mas que se regionaliza ao expandir-se para além do entorno da cidade e se inserindo em diversas mesorregiões do estado da Paraíba e nos estados vizinhos.
  • JOSÉ ARIMATÉIA DA SILVA ARAÚJO
  • "A Centralidade Urbano-Regional de Campina Grande - PB: Serviços de Saúde e Educação Superior"
  • Data: 27/06/2012
  • Hora: 14:00
  • Mostrar Resumo
  • A pesquisa analisa a cidade de Campina Grande no contexto da rede urbana regional. Busca averiguar a centralidade urbana que Campina Grande exerce a partir dos serviços de atendimento médico-hospitalares e de educação superior. Neste sentido, desenvolveu-se com a clara intensão de procurar compreender a (re) produção do espaço da cidade supracitada, sob a perspectiva do estudo das cidades médias. A partir destes pressupostos, a dissertação estrutura-se em três capítulos articulados entre si. O primeiro apresenta algumas ideias sobre os conceitos balizadores da Geografia Urbana estabelecendo uma discussão teórica-conceitual e metodológica para investigação de cidades médias bem como revelando a inserção de Campina Grande no contexto da rede urbana. O segundo capítulo resgata discussões sobre a produção do espaço urbano e as teorias que subsidiam sua compreensão a partir da contextualização histórica com a intensão de apreendermos como se processa a centralidade regional de Campina Grande. Por fim, trazemos os dados e informações sobre os serviços médicohospitalares e de educação superior ofertados na cidade e a partir destes fazse uma análise, possibilitando revelar que estes serviços são responsáveis pela centralidade da cidade estudada. De fato a pesquisa permite afirmar a importância de Campina Grande como um relevante centro de oferta desses serviços para a região, atendendo não só aos municípios do interior paraibano, mas também a uma extensa área da Região Nordeste, com destaque para os estados de Pernambuco e do Rio Grande do Norte. Os resultados apontam para a forte centralidade exercida por Campina Grande para onde converge um acentuado contingente populacional em busca dos serviços ofertados em âmbito intraurbano, mas que se regionaliza ao expandir-se para além do entorno da cidade e se inserindo em diversas mesorregiões do estado da Paraíba e nos estados vizinhos.
  • CLEBIANA DANTAS CALIXTO
  • Organização do Espaço Agrário e Práticas para Convivência com o Semiárido no Assentamento Queimadas - PB.
  • Data: 03/05/2012
  • Hora: 15:00
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  •  

    Este estudo tem a finalidade de analisar a organização do espaço agrário e as
    práticas para convivência com o semiárido no assentamento Queimadas,
    localizado no município de Remígio (PB). Refletir sobre o campesinato e a luta
    por terra é uma tarefa que se formula em meio às transformações decorrentes
    do desenvolvimento do capitalismo no campo brasileiro, o qual, em seu
    desenvolvimento desigual, gera inevitavelmente a expropriação e a exploração.
    Nesse sentido, os expropriados utilizam-se da ocupação da terra como forma
    de reprodução do trabalho de base familiar e de materialização da luta de
    classes. Em se tratando dos procedimentos da pesquisa, este foi realizado por
    meio de entrevistas, aplicação de questionários, pesquisa bibliográfica,
    levantamento de dados secundários em instituições governamentais e nãogovernamentais,
    documentação fotográfica e elaboração de mapas, gráficos e
    tabelas. Tais procedimentos, aliados ao referencial teórico-metodológico, nos
    ajudaram a compreender que o Assentamento Queimadas é um espaço de
    conquista da luta pela terra e de produção agropecuária, uma vez que abarca
    experiências e vivências, sendo entendido como a espacialidade representativa
    da materialidade do homem, já que a área de produção agrícola é considerada
    o lugar onde os assentados estabelecem relações uns com os outros,
    produzindo e recriando gêneros que na vida social, transformam-se em
    mercadorias.

    Este estudo tem a finalidade de analisar a organização do espaço agrário e aspráticas para convivência com o semiárido no assentamento Queimadas,localizado no município de Remígio (PB). Refletir sobre o campesinato e a lutapor terra é uma tarefa que se formula em meio às transformações decorrentesdo desenvolvimento do capitalismo no campo brasileiro, o qual, em seudesenvolvimento desigual, gera inevitavelmente a expropriação e a exploração.Nesse sentido, os expropriados utilizam-se da ocupação da terra como formade reprodução do trabalho de base familiar e de materialização da luta declasses. Em se tratando dos procedimentos da pesquisa, este foi realizado pormeio de entrevistas, aplicação de questionários, pesquisa bibliográfica,levantamento de dados secundários em instituições governamentais e nãogovernamentais,documentação fotográfica e elaboração de mapas, gráficos etabelas. Tais procedimentos, aliados ao referencial teórico-metodológico, nosajudaram a compreender que o Assentamento Queimadas é um espaço deconquista da luta pela terra e de produção agropecuária, uma vez que abarcaexperiências e vivências, sendo entendido como a espacialidade representativada materialidade do homem, já que a área de produção agrícola é consideradao lugar onde os assentados estabelecem relações uns com os outros,produzindo e recriando gêneros que na vida social, transformam-se emmercadorias.

     

  • IBRAHIM SOARES TRAVASSOS
  • " 'Florestas Brancas' " do Semiárido Nordestino: Desmatamento e Desertificação do Cariri Paraibano"
  • Data: 02/05/2012
  • Hora: 14:30
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  • Segundo a Onu, a desertificação é um tipo de degradação que ocorre nas áreas, áridas, semiáridas e subúmidas secas, resultante das mudanças climática e das atividades humanas.

  • GILVONETE MARIA ARAUJO DE FREITAS
  • Caracterização Geomorfológica e Morfológica da Folha Alhandra (1:25.000)
  • Data: 23/03/2012
  • Hora: 15:00
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  •  

    Com o apoio de índices morfométricos, o presente trabalho teve como objetivo caracterizar a
    geomorfologia da área correspondente à Folha Alhandra 1:25.000, localizada
    predominantemente nos Tabuleiros Litorâneos esculpidos na maior parte pelos sedimentos
    mal consolidados da Formação Barreiras. Esta geomorfologia encontra-se associada aos
    demais elementos do meio físico com os quais mantém interação mútua. Além disto, este
    trabalho buscou feições que evidenciem a ação da neotectônica na configuração do relevo e
    no arranjo da rede de drenagem atual Ainda, foram verificadas as formas de ocupação e uso
    da terra, avaliando quanto ao cumprimento da legislação vigente. Nesse sentido, fez-se o
    levantamento bibliográfico para a descrição geral do tema e para a caracterização no que diz
    respeito aos aspectos geomorfológicos, geológicos, pedológicos, climáticos, da vegetação
    natural e da hidrografia. Percebendo a importância das geotecnologias, procurou-se utilizá-las
    para descrever a área com mais precisão, por meio dos produtos cartográficos produzidos. A
    partir das curvas de nível extraídas da Folha Alhandra e com o auxílio do SPRING 5.1.7,
    confeccionaram-se as cartas temáticas: hipsométrica, clinográfica, geomorfológica e ainda
    com o apoio do software referido, de imagens de satélites e de trabalhos de campo, produziuse
    a carta de ocupação e uso da terra. As duas primeiras possibilitaram mensurar o modelado,
    o que deu subsídio para analisar as formas de ocupação e uso da terra, sintetizadas tanto na
    carta de nome homônimo, como na carta de ocupação e uso da terra irregular quanto à
    declividade, a qual foi construída a partir da sobreposição das cartas clinográfica e de
    ocupação e uso da terra. Já a carta geomorfológica permitiu estabelecer a ordem cronológica
    (tempo geológico), partindo da formação mais antiga para as formas atuais. Também se
    construíram perfis topográficos utilizando o Microsoft Office Excel 2007 para observar
    detalhes da variação do terreno. Por entender que a geomorfologia está diretamente vinculada
    à pedologia, fizeram-se análises laboratoriais (pH, densidade do solo, densidade das partículas
    e granulometria). Por fim, para averiguar a rede de drenagem foram confeccionados os índices
    Relação Declividade-Extensão (RDE) e densidade de drenagem (Dd), tendo como suporte o
    software SPRING 5.1.7. O primeiro foi aplicado com intuito de verificar a influência da
    neotectônica, correlacionando os resultados com a morfologia do relevo. O segundo teve
    como finalidade identificar pontos suscetíveis a processos erosivos e índices relacionados à
    produção e ao transporte de sedimentos, provenientes dos interflúvios. Aplicados e analisados
    todos os procedimentos técnico-operacionais pode-se perceber que as feições
    geomorfológicas, bem como o arranjo da drenagem atual são resultados da conjunção do
    controle estrutural, da neotectônica e dos fatores climáticos regionais. A possível influência
    neotectônica é evidenciada por meio de blocos basculados e escalonados e, na rede de

    Com o apoio de índices morfométricos, o presente trabalho teve como objetivo caracterizar ageomorfologia da área correspondente à Folha Alhandra 1:25.000, localizadapredominantemente nos Tabuleiros Litorâneos esculpidos na maior parte pelos sedimentosmal consolidados da Formação Barreiras. Esta geomorfologia encontra-se associada aosdemais elementos do meio físico com os quais mantém interação mútua. Além disto, estetrabalho buscou feições que evidenciem a ação da neotectônica na configuração do relevo eno arranjo da rede de drenagem atual Ainda, foram verificadas as formas de ocupação e usoda terra, avaliando quanto ao cumprimento da legislação vigente. Nesse sentido, fez-se olevantamento bibliográfico para a descrição geral do tema e para a caracterização no que dizrespeito aos aspectos geomorfológicos, geológicos, pedológicos, climáticos, da vegetaçãonatural e da hidrografia. Percebendo a importância das geotecnologias, procurou-se utilizá-laspara descrever a área com mais precisão, por meio dos produtos cartográficos produzidos. Apartir das curvas de nível extraídas da Folha Alhandra e com o auxílio do SPRING 5.1.7,confeccionaram-se as cartas temáticas: hipsométrica, clinográfica, geomorfológica e aindacom o apoio do software referido, de imagens de satélites e de trabalhos de campo, produziusea carta de ocupação e uso da terra. As duas primeiras possibilitaram mensurar o modelado,o que deu subsídio para analisar as formas de ocupação e uso da terra, sintetizadas tanto nacarta de nome homônimo, como na carta de ocupação e uso da terra irregular quanto àdeclividade, a qual foi construída a partir da sobreposição das cartas clinográfica e deocupação e uso da terra. Já a carta geomorfológica permitiu estabelecer a ordem cronológica(tempo geológico), partindo da formação mais antiga para as formas atuais. Também seconstruíram perfis topográficos utilizando o Microsoft Office Excel 2007 para observardetalhes da variação do terreno. Por entender que a geomorfologia está diretamente vinculadaà pedologia, fizeram-se análises laboratoriais (pH, densidade do solo, densidade das partículase granulometria). Por fim, para averiguar a rede de drenagem foram confeccionados os índicesRelação Declividade-Extensão (RDE) e densidade de drenagem (Dd), tendo como suporte osoftware SPRING 5.1.7. O primeiro foi aplicado com intuito de verificar a influência daneotectônica, correlacionando os resultados com a morfologia do relevo. O segundo tevecomo finalidade identificar pontos suscetíveis a processos erosivos e índices relacionados àprodução e ao transporte de sedimentos, provenientes dos interflúvios. Aplicados e analisadostodos os procedimentos técnico-operacionais pode-se perceber que as feiçõesgeomorfológicas, bem como o arranjo da drenagem atual são resultados da conjunção docontrole estrutural, da neotectônica e dos fatores climáticos regionais.

     

  • JOSELMA ARAUJO DE LUCENA
  • Dinâmica Climática e Produção Agropecuária no Município de Caicó/RN.
  • Data: 23/03/2012
  • Hora: 09:00
  • Mostrar Resumo
  • Os elementos do clima e sua variabilidade ainda são responsáveis por parcela significativa da
    produção no ambiente rural, em especial das atividades agropecuárias. Reconhecendo essa
    repercussão, o presente trabalho foi realizado no município de Caicó/RN, tendo como
    objetivo analisar a variabilidade e a gênese das chuvas e sua influência na atividade
    agropecuária. A escolha da área se justifica por esta se encontrar inserida no semiárido
    nordestino, vulnerável à ocorrência de eventos pluviais extremos (anos extremamente secos e
    anos extremamente chuvosos) e está incluída no mapa de risco à desertificação das Nações
    Unidas. Como procedimento metodológico foi adotado a análise rítmica do clima proposta
    por Monteiro (1971), e análise de correlação e regressão linear. Na primeira etapa do trabalho,
    foi analisada a variabilidade da precipitação pluviométrica, por meio dos dados da série
    histórica da pluviosidade, no período de 1996 a 2010. A série temporal recebeu os seguintes
    tratamentos estatísticos: cálculo de média, valores mínimo e máximo, desvio padrão e
    coeficiente de variação. Foi analisada a distribuição anual, sazonal e mensal das chuvas para
    seleção de anos-padrão (seco, habitual e chuvoso) representativos da pesquisa. Na segunda
    fase, foram identificados os sistemas atmosféricos atuantes na região estudada e analisada a
    participação de cada um para os anos considerados padrão. Por fim, foi analisada a série
    histórica da produção da agricultura e da pecuária e correlacionada com a pluviosidade e com
    Os elementos do clima e sua variabilidade ainda são responsáveis por parcela significativa daprodução no ambiente rural, em especial das atividades agropecuárias. Reconhecendo essarepercussão, o presente trabalho foi realizado no município de Caicó/RN, tendo comoobjetivo analisar a variabilidade e a gênese das chuvas e sua influência na atividadeagropecuária. A escolha da área se justifica por esta se encontrar inserida no semiáridonordestino, vulnerável à ocorrência de eventos pluviais extremos (anos extremamente secos eanos extremamente chuvosos) e está incluída no mapa de risco à desertificação das NaçõesUnidas. Como procedimento metodológico foi adotado a análise rítmica do clima propostapor Monteiro (1971), e análise de correlação e regressão linear. Na primeira etapa do trabalho,foi analisada a variabilidade da precipitação pluviométrica, por meio dos dados da sériehistórica da pluviosidade, no período de 1996 a 2010. A série temporal recebeu os seguintestratamentos estatísticos: cálculo de média, valores mínimo e máximo, desvio padrão ecoeficiente de variação. Foi analisada a distribuição anual, sazonal e mensal das chuvas paraseleção de anos-padrão (seco, habitual e chuvoso) representativos da pesquisa. Na segundafase, foram identificados os sistemas atmosféricos atuantes na região estudada e analisada aparticipação de cada um para os anos considerados padrão. Por fim, foi analisada a sériehistórica da produção da agricultura e da pecuária e correlacionada com a pluviosidade e com outros elementos climáticos.

  • JOSEILTON JOSÉ DE ARAUJO SILVA
  • "A Utilização da literatura de Cordel como Instrumento Didático-Metodológico no Ensino de Geografia"
  • Data: 22/03/2012
  • Hora: 14:30
  • Mostrar Resumo
  •  

    Este trabalho tem como objetivo principal, analisar as possibilidades da utilização do cordel
    como instrumento didático-metodológico no ensino de Geografia. O cordel objeto de estudo
    da presente pesquisa, apresenta-se como uma das mais ricas manifestações da cultura popular.
    Assim sendo, capaz de contextualizar as situações didáticas nas aulas de Geografia e
    disciplinas afins. Ao aproximar o conhecimento científico do conhecimento popular, o cordel
    faz uma ponte entre o saber acadêmico e o saber escolar. A Geografia apresenta-se para a
    escola, na atualidade como uma ciência dinâmica e, portanto, construída no espaço concebido
    e vivido. Partindo do pressuposto de que o poeta de cordel, aqui caracterizado como
    cordelista, expressa na sua produção características de um conhecimento construído nas
    experiências culturais e cotidianas, que nos revela as concepções da realidade sociocultural de
    um determinado lugar. A região Nordeste, foi delimitada como recorte espacial da presente
    pesquisa, à medida que buscamos identificar através de uma revisão bibliográfica e de uma
    pesquisa de campo, os conteúdos geográficos nestes contidos, que pudessem, efetivamente,
    caracterizar essa região nas aulas de Geografia. O caráter educacional e informacional contido
    nos cordéis pode vir a ser um recurso didático-metodológico capaz de facilitar o processo de
    ensino-aprendizagem, na educação básica. Este, já vem tendo o seu valor reconhecido no
    ensino superior. Entretanto, com algumas exceções, na educação básica este ainda é pouco
    aproveitado. Para formular o percurso teórico-metodológico do trabalho que ora
    apresentamos, procuramos mostrar a relação entre cultura, saber popular e científico
    abordando perspectivas da Geografia Crítica e Cultural e provocando um diálogo entre as
    Geografias Acadêmica e Escolar. Buscando evidenciar as potencialidades do cordel, traçamos
    um panorama histórico e cultural do mesmo no Brasil e no Nordeste. Fazendo uma correlação
    entre o mesmo e a educação informal. Concluindo nosso processo de pesquisa, analisamos
    alguns cordéis, procurando identificar o caráter educacional e os conteúdos geográficos sobre

    Este trabalho tem como objetivo principal, analisar as possibilidades da utilização do cordelcomo instrumento didático-metodológico no ensino de Geografia. O cordel objeto de estudoda presente pesquisa, apresenta-se como uma das mais ricas manifestações da cultura popular.Assim sendo, capaz de contextualizar as situações didáticas nas aulas de Geografia edisciplinas afins. Ao aproximar o conhecimento científico do conhecimento popular, o cordelfaz uma ponte entre o saber acadêmico e o saber escolar. A Geografia apresenta-se para aescola, na atualidade como uma ciência dinâmica e, portanto, construída no espaço concebidoe vivido. Partindo do pressuposto de que o poeta de cordel, aqui caracterizado comocordelista, expressa na sua produção características de um conhecimento construído nasexperiências culturais e cotidianas, que nos revela as concepções da realidade sociocultural deum determinado lugar. A região Nordeste, foi delimitada como recorte espacial da presentepesquisa, à medida que buscamos identificar através de uma revisão bibliográfica e de umapesquisa de campo, os conteúdos geográficos nestes contidos, que pudessem, efetivamente,caracterizar essa região nas aulas de Geografia. O caráter educacional e informacional contidonos cordéis pode vir a ser um recurso didático-metodológico capaz de facilitar o processo deensino-aprendizagem, na educação básica. Este, já vem tendo o seu valor reconhecido noensino superior. Entretanto, com algumas exceções, na educação básica este ainda é poucoaproveitado. Para formular o percurso teórico-metodológico do trabalho que oraapresentamos, procuramos mostrar a relação entre cultura, saber popular e científicoabordando perspectivas da Geografia Crítica e Cultural e provocando um diálogo entre asGeografias Acadêmica e Escolar. Buscando evidenciar as potencialidades do cordel, traçamosum panorama histórico e cultural do mesmo no Brasil e no Nordeste. Fazendo uma correlaçãoentre o mesmo e a educação informal. Concluindo nosso processo de pesquisa, analisamosalguns cordéis, procurando identificar o caráter educacional e os conteúdos geográficos sobre alguns codéis, procurando identificar o caráter educacional e os conteúdos geográficos sobre o Nordeste nestes contidos. Esperamos que este trabalho possa, ajudar futuras pesquisas que tenham por objetivo ampliar o conhecimento sobre o cordel e sua aplicabilidade como instrumento didático-metodológico.

     

  • LEANDRO PAIVA DO MONTE RODRIGUES
  • "A Formação Territorial do Brejo Paraibano e a Luta pela Terra: O Caso do Assentamento Nossa Senhora de Fátima"
  • Data: 22/02/2012
  • Hora: 15:30
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    A luta camponesa por terra, no Brasil, não é algo novo, mas sempre foi um tema
    posto de lado na política brasileira. Esta luta tem assumido diversas formas,
    principalmente após a segunda metade do século XX. O objetivo deste trabalho é
    compreender a luta camponesa por terra e pela vida na terra a partir do município de
    Bananeiras, interior do estado da Paraíba, através do estudo de caso de um projeto
    de assentamento, o de Nossa Senhora de Fátima, à luz do processo geo-histórico
    de formação territorial do Brejo paraibano. O município de Bananeiras situa-se na
    região do Brejo paraibano que é considerada uma área de exceção, tanto pelas
    condições fisiográficas como pela forma diferenciada de produção do espaço em
    relação ao restante do Agreste, onde esta subunidade espacial se localiza. No que
    se refere à questão agrária, o Brejo reproduz as contradições verificadas no campo
    e se destaca como palco de conflitos de terra e trabalhistas e pelo papel
    desempenhado pela Igreja Católica (através da Comissão Pastoral da Terra, da
    Diocese de Guarabira e das ações das paróquias locais), e pelo movimento sindical.
    No desenvolvimento deste estudo, a partir das escolhas metodológicas, foram
    realizados diversos trabalhos de campo, levantamento bibliográfico e documental. A
    categoria geográfica de análise é o território. Compreendemos que esta categoria
    possibilita entender a disputa entre capital e trabalho no campo. Consideramos o
    assentamento como um território de esperança, isto é, como aquele conquistado
    pelos trabalhadores e que representa tanto uma ruptura com a forma de organização
    social, econômica e política pré-existente, como uma forma de resistência à
    dominação do modo de produção capitalista no campo. Enquanto agentes, atores e
    protagonistas da luta pela terra no Brejo paraibano, o trabalho destaca, além da
    classe camponesa, as Ligas Camponesas, a Comissão Pastoral da Terra e o
    Sindicalismo Rural. Em seguida, resgata a história da luta pela terra que deu origem
    ao Projeto de Assentamento Nossa Senhora de Fátima e apresenta a dinâmica
    interna e externa do assentamento, suas con

    A luta camponesa por terra, no Brasil, não é algo novo, mas sempre foi um temaposto de lado na política brasileira. Esta luta tem assumido diversas formas,principalmente após a segunda metade do século XX. O objetivo deste trabalho écompreender a luta camponesa por terra e pela vida na terra a partir do município deBananeiras, interior do estado da Paraíba, através do estudo de caso de um projetode assentamento, o de Nossa Senhora de Fátima, à luz do processo geo-históricode formação territorial do Brejo paraibano. O município de Bananeiras situa-se naregião do Brejo paraibano que é considerada uma área de exceção, tanto pelascondições fisiográficas como pela forma diferenciada de produção do espaço emrelação ao restante do Agreste, onde esta subunidade espacial se localiza. No quese refere à questão agrária, o Brejo reproduz as contradições verificadas no campoe se destaca como palco de conflitos de terra e trabalhistas e pelo papeldesempenhado pela Igreja Católica (através da Comissão Pastoral da Terra, daDiocese de Guarabira e das ações das paróquias locais), e pelo movimento sindical.No desenvolvimento deste estudo, a partir das escolhas metodológicas, foramrealizados diversos trabalhos de campo, levantamento bibliográfico e documental. Acategoria geográfica de análise é o território. Compreendemos que esta categoriapossibilita entender a disputa entre capital e trabalho no campo. Consideramos oassentamento como um território de esperança, isto é, como aquele conquistadopelos trabalhadores e que representa tanto uma ruptura com a forma de organizaçãosocial, econômica e política pré-existente, como uma forma de resistência àdominação do modo de produção capitalista no campo. Enquanto agentes, atores eprotagonistas da luta pela terra no Brejo paraibano, o trabalho destaca, além daclasse camponesa, as Ligas Camponesas, a Comissão Pastoral da Terra e oSindicalismo Rural. Em seguida, resgata a história da luta pela terra que deu origemao Projeto de Assentamento Nossa Senhora de Fátima e apresenta a dinâmicainterna e externa do assentamento, suas conquistas e suas contradições.

     

2011
Descrição
  • JUSSARA MANUELA SANTOS DE SANTANA
  • "Territorialidade Quilombola: Um Olhar sobre o Papel Feminino em Caiana dos Crioulos - Alagoa Grande - PB".
  • Data: 09/12/2011
  • Hora: 09:00
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  • Este estudo tem como objetivo interpretar as práticas culturais da comunidade de Caiana
    dos Crioulos, a partir das atividades camponesas, buscando compreender a
    territorialidade étnica, com destaque para a figura da mulher quilombola na construção
    da identidade étnica do grupo. A pesquisa agrega-se ao esforço de dar visibilidade às
    formas de resistência exercidas pelos seus membros, no tocante à demarcação de suas
    terras e das práticas culturais exercidas no cotidiano, nas dinâmicas sócio-espaciais que
    reafirmam sua identidade e a memória coletiva desse grupo étnico. Nesse sentido, o
    território e a territorialidade, para Caiana dos Crioulos, assumem um significado de
    pertença étnica e histórica, visto que seus membros compartilham uma origem em
    comum. Do ponto de vista teórico metodológico, buscamos um diálogo interdisciplinar
    a partir da geografia com áreas afins, destacamos nesse diálogo autores como: Anjos
    (1997), Arruti (2005), Raffestin (1993), Haesbaert (2004), Ratts (2003), Gerrtz (1989) e
    Reis e Gomes (1996). Além da pesquisa documental e bibliográfica, foi imprescindível
    o trabalho de campo, como ferramenta para melhor compreender e interpretar o espaço
    estudado, possibilitando melhor apreensão da realidade social dos sujeitos da pesquisa.
    Como resultado da pesquisa, verificamos que a mulher desempenha diversos papéis
    dentro da comunidade, seja nos espaços domésticos, sociais e religiosos, mas
    principalmente em transmitir alguns aspectos da memória que reafirmam a identidade
    do grupo, através das práticas culturais vivenciadas no cotidiano de seus membros.
    Palavras-chave: territorialidade, Caiana dos Crioulos, mulher e cultura.
    Este estudo tem como objetivo interpretar as práticas culturais da comunidade de Caianados Crioulos, a partir das atividades camponesas, buscando compreender aterritorialidade étnica, com destaque para a figura da mulher quilombola na construçãoda identidade étnica do grupo. A pesquisa agrega-se ao esforço de dar visibilidade àsformas de resistência exercidas pelos seus membros, no tocante à demarcação de suasterras e das práticas culturais exercidas no cotidiano, nas dinâmicas sócio-espaciais quereafirmam sua identidade e a memória coletiva desse grupo étnico. Nesse sentido, oterritório e a territorialidade, para Caiana dos Crioulos, assumem um significado depertença étnica e histórica, visto que seus membros compartilham uma origem emcomum. Do ponto de vista teórico metodológico, buscamos um diálogo interdisciplinara partir da geografia com áreas afins, destacamos nesse diálogo autores como: Anjos(1997), Arruti (2005), Raffestin (1993), Haesbaert (2004), Ratts (2003), Gerrtz (1989) eReis e Gomes (1996). Além da pesquisa documental e bibliográfica, foi imprescindívelo trabalho de campo, como ferramenta para melhor compreender e interpretar o espaçoestudado, possibilitando melhor apreensão da realidade social dos sujeitos da pesquisa.Como resultado da pesquisa, verificamos que a mulher desempenha diversos papéisdentro da comunidade, seja nos espaços domésticos, sociais e religiosos, masprincipalmente em transmitir alguns aspectos da memória que reafirmam a identidadedo grupo, através das práticas culturais vivenciadas no cotidiano de seus membros.

  • DILSOM BARROS DA SILVA
  • "Aspectos Sócio-Econômico-Ambientais do Processo de Extração do Caulim no Município de Junco do Seridó - PB"

  • Data: 25/11/2011
  • Hora: 09:00
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    O trabalho intitulado “Aspectos Sócio-Econômico-Ambientais do Processo de Extração do Caulim no Município de Junco do Seridó/PB” é um estudo pautado na extração do caulim no município de Junco do Seridó, que é o maior pólo produtor desse mineral no estado da Paraíba. Essa atividade é a base de uma extensa e complexa cadeia produtiva desse argilomineral muito utilizado nos setores industriais, cerâmicas, refratários, borrachas, papel e sistemas de tintas. A extração desse recurso mineral é a principal fonte geradora de trabalho e renda para a população local. Atualmente, cerca de oitocentos homens trabalham nas minas de caulim, arriscando suas vidas diante dos iminentes perigos e riscos de desabamentos e ainda submetidos a uma remuneração diária de apenas trinta reais. Outras características consistem na utilização de ferramentas artesanais pouco eficientes na produção, carência de técnicas de lavra adequadas, dispêndio de esforços físicos em excesso, além do desprovimento de equipamentos de proteção individual, mesmo conscientes dos perigos das escavações subterrâneas. Os trabalhadores se expõem aos danos à saúde e até mesmo casos de acidentes fatais dentro das minas. Na maioria dos casos, os trabalhadores estão postos à margem da legalidade e na informalidade. Para apontar os aspectos sócio-econômico-ambientais do processo de extração do caulim no município de Junco do Seridó/PB, enfatizaram-se as condições de trabalho dos garimpeiros nas áreas extrativistas relacionando-as com os indicadores de sustentabilidade. Para definir a caracterização dos aspectos, foram realizadas entrevistas com profissionais das áreas da saúde, educação, assistência social e cooperativa da classe. Na sequência, foram realizadas visitas in loco para averiguar as instalações e condições de trabalho durante o processo de extração. Essa atividade caracterizou-se como sendo insustentável na maioria dos componentes indicadores de sustentabilidade. À luz desse conceito foi realizada a análise dos dados coletados durante esta pesquisa. Com base nos aspectos Sócio-Econômico-Ambientais da extração do caulim apontados neste estudo, constatamos a necessidade de um aporte técnico-científico, planejamento e gestão estratégica, políticas públicas, capacitação para operacionalização e organização em cooperativas eficientes para que esse tipo de extrativismo garanta uma cadeia produtiva sustentável em Junco do Seridó/PB.

     

  • WELLINGTON ALVES ARAGÃO
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  • Data: 31/08/2011
  • Hora: 09:00
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  • ELIANETE LIRA CRUZ
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    "Praça da Paz: espaço público na cidade de João Pessoa - PB"

  • Data: 30/08/2011
  • Hora: 15:00
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    O espaço público da Praça da Paz é analisado a partir da perspectiva de um fazer cotidiano,
    através de práticas, e do significado de pertencimento que os frequentadores adotaram. Nesse
    sentido, o processo de produção e apropriação desse espaço remete a níveis de sociabilidade,
    mesmo que diante da diversidade de seus usuários. Discutimos, nesta pesquisa, a Praça da
    Paz, no Bairro dos Bancários, município de João Pessoa, estado da Paraíba, visando pensar as
    propostas de sua construção naquele local e a visualização dos seus frequentadores, com a
    finalidade de perceber como ocorre a participação popular com vínculos de sociabilidade. O
    foco central de nossa problematização foi mostrar que esse espaço constitui peça fundamental
    na fabricação das relações sociais, ou seja, uma apropriação do espaço público que estabelece
    relações de sociabilidades. Devido aos seus usos e às práticas cotidianas, a praça contribui
    para dar significado a esse espaço público, o de pertencimento. O texto se organiza em três
    eixos: a ordenação das praças, com uma viabilidade de progresso e de embelezamento da
    capital da Parahyba, nas primeiras décadas do Século XX, como forma de atrair a população
    para frequentar os espaços públicos; pressupostos teóricos acerca da percepção sobre espaço
    público como produtor/produto social, com aspectos de construção da praça a partir de uma
    gestão participativa entre poder público e cidadão; e considerações sobre a importância desse
    espaço, como lócus de convívio, pertencimento e sociabilidade.
    Palavras-chave: Praça. Espaço público. Práticas cotidianas. Sociabilidade.

    O espaço público da Praça da Paz é analisado a partir da perspectiva de um fazer cotidiano,através de práticas, e do significado de pertencimento que os frequentadores adotaram. Nessesentido, o processo de produção e apropriação desse espaço remete a níveis de sociabilidade,mesmo que diante da diversidade de seus usuários. Discutimos, nesta pesquisa, a Praça daPaz, no Bairro dos Bancários, município de João Pessoa, estado da Paraíba, visando pensar aspropostas de sua construção naquele local e a visualização dos seus frequentadores, com afinalidade de perceber como ocorre a participação popular com vínculos de sociabilidade. Ofoco central de nossa problematização foi mostrar que esse espaço constitui peça fundamentalna fabricação das relações sociais, ou seja, uma apropriação do espaço público que estabelecerelações de sociabilidades. Devido aos seus usos e às práticas cotidianas, a praça contribuipara dar significado a esse espaço público, o de pertencimento. O texto se organiza em trêseixos: a ordenação das praças, com uma viabilidade de progresso e de embelezamento dacapital da Parahyba, nas primeiras décadas do Século XX, como forma de atrair a populaçãopara frequentar os espaços públicos; pressupostos teóricos acerca da percepção sobre espaçopúblico como produtor/produto social, com aspectos de construção da praça a partir de umagestão participativa entre poder público e cidadão; e considerações sobre a importância desseespaço, como lócus de convívio, pertencimento e sociabilidade.

  • MARIA DO SOCORRO NICOLLY R. ALMEIDA
  • "Relações Sóciosespaciais no contexto das Indústrias de Calçados Informais de Campina Grande".

  • Orientador : SERGIO FERNANDES ALONSO
  • Data: 30/08/2011
  • Hora: 15:00
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  • As industrias de calçados de Campina Grande.

     

    O estudo das indústrias calçadistas informais na cidade de Campina Grande-PB está
    relacionado à constituição desta estrutura produtiva em seu âmbito espacial, social e
    econômico. Desse modo, os objetivos do presente trabalho foram: discutir a origem e a
    evolução do setor industrial em Campina Grande, especificamente o setor de calçados;
    identificar e mapear as micro e pequenas indústrias informais calçadistas neste espaço; e,
    estudar as indústrias informais e sua dinâmica na estrutura socioespacial da cidade em
    questão. Assim, procurou-se discutir a realidade socioespacial das indústrias de calçados
    informais em Campina Grande através de uma pesquisa de caráter analítico-descritivo, com
    abordagem quantitativa e qualitativa. Em meio aos resultados encontrados, notou-se que as
    indústrias informais investigadas apresentam estrutura física e operacional arcaica, mão de
    obra barata com mínima ou sem qualificação profissional, produção sazonal de calçados, fato
    que provoca instabilidade às pessoas inseridas na atividade e com relação à geração trabalho,
    uma pequena representatividade, quando comparada as indústrias formais. A análise crítica do
    estudo permite considerar que, o arranjo calçadista informal campinense, necessita de ações
    eficientes e eficazes, por parte das instituições que apóiam o setor, além de incentivos
    governamentais, para que estas se desenvolvam e tornem-se competitivas, adequando-se ao
    atual modelo capitalista de produção, regido pelas inovações tecnológicas e ampliação dos
    mercados consumidores, e caso contrário, estarão fadadas a uma redução e até o
    desaparecimento. Portanto, este trabalho tem a proposta de contribuir para um melhor
    conhecimento acerca da origem das “fabriquetas” de calçados, além de analisar o papel
    socioeconômico da atividade calçadista informal para a cidade de

    O estudo das indústrias calçadistas informais na cidade de Campina Grande-PB estárelacionado à constituição desta estrutura produtiva em seu âmbito espacial, social eeconômico. Desse modo, os objetivos do presente trabalho foram: discutir a origem e aevolução do setor industrial em Campina Grande, especificamente o setor de calçados;identificar e mapear as micro e pequenas indústrias informais calçadistas neste espaço; e,estudar as indústrias informais e sua dinâmica na estrutura socioespacial da cidade emquestão. Assim, procurou-se discutir a realidade socioespacial das indústrias de calçadosinformais em Campina Grande através de uma pesquisa de caráter analítico-descritivo, comabordagem quantitativa e qualitativa. Em meio aos resultados encontrados, notou-se que asindústrias informais investigadas apresentam estrutura física e operacional arcaica, mão deobra barata com mínima ou sem qualificação profissional, produção sazonal de calçados, fatoque provoca instabilidade às pessoas inseridas na atividade e com relação à geração trabalho,uma pequena representatividade, quando comparada as indústrias formais. A análise crítica doestudo permite considerar que, o arranjo calçadista informal campinense, necessita de açõeseficientes e eficazes, por parte das instituições que apóiam o setor, além de incentivosgovernamentais, para que estas se desenvolvam e tornem-se competitivas, adequando-se aoatual modelo capitalista de produção, regido pelas inovações tecnológicas e ampliação dosmercados consumidores, e caso contrário, estarão fadadas a uma redução e até odesaparecimento. Portanto, este trabalho tem a proposta de contribuir para um melhorconhecimento acerca da origem das “fabriquetas” de calçados, além de analisar o papelsocioeconômico da atividade calçadista informal para a cidade de Campina Grande.

  • DAVID MELO VAN DEN BRULE
  • "Territorialização como espaço público pelos camelôs nas romarias de Juazeiro do Norte - CE".

  • Data: 30/08/2011
  • Hora: 09:00
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  •  

    A presente dissertação tem como principal objetivo analisar o uso do espaço público pelos

    camelôs — mais especificamente pelas barraqueiras moradoras — na dinâmica territorial do

    centro religioso/comercial da cidade de Juazeiro do Norte, em momentos de romarias.

    Juazeiro do Norte está localizada na região do Cariri, sul do Estado do Ceará, com uma

    população estimada em 249.939 habitantes, segundo IBGE (2010). Todos os anos,

    aproximadamente dois milhões de fiéis chegam à cidade fundada pelo Padre Cícero Romão

    Batista. Neste trabalho, investigou-se o processo de desterritorialização e reterritorialização

    das barraqueiras moradoras que passaram a ocupar o recém inaugurado Centro de Apoio aos

    Romeiros, próximo à Igreja da Matriz, um dos principais focos das romarias. Para analisar o

    uso de praças, ruas e calçadas, pelos camelôs, fez-se uso do conceito de território na visão de

    Souza e Haesbeart, somando-se a isto estudos que versam sobre o tema das cidades médias,

    centro e centralidade, para investigar o surgimento de uma nova centralidade em função do

    aumento do fluxo de orçamento, infraestrutura e variedade de serviços ofertados nesta cidade,

    os procedimentos metodológicos utilizados foram: a) entrevistas; b) observação passiva do

    cotidiano dos camelôs e através de aplicação de questionários; e c) registro em fotografias e

    análises das mesmas. Esta pesquisa contribui também na medida em que dá visibilidade a um

    cotidiano pouco visto, aquele em que o trabalhador sem carteira assinada, e restrito de direitos

    busca uma vida digna através do trabalho, na esperança por dias melhores.

     

     

    A presente dissertação tem como principal objetivo analisar o uso do espaço público pelos
    camelôs — mais especificamente pelas barraqueiras moradoras — na dinâmica territorial do
    centro religioso/comercial da cidade de Juazeiro do Norte, em momentos de romarias.
    Juazeiro do Norte está localizada na região do Cariri, sul do Estado do Ceará, com uma
    população estimada em 249.939 habitantes, segundo IBGE (2010). Todos os anos,
    aproximadamente dois milhões de fiéis chegam à cidade fundada pelo Padre Cícero Romão
    Batista. Neste trabalho, investigou-se o processo de desterritorialização e reterritorialização
    das barraqueiras moradoras que passaram a ocupar o recém inaugurado Centro de Apoio aos
    Romeiros, próximo à Igreja da Matriz, um dos principais focos das romarias. Para analisar o
    uso de praças, ruas e calçadas, pelos camelôs, fez-se uso do conceito de território na visão de
    Souza e Haesbeart, somando-se a isto estudos que versam sobre o tema das cidades médias,
    centro e centralidade, para investigar o surgimento de uma nova centralidade em função do
    aumento do fluxo de orçamento, infraestrutura e variedade de serviços ofertados nesta cidade,
    os procedimentos metodológicos utilizados foram: a) entrevistas; b) observação passiva do
    cotidiano dos camelôs e através de aplicação de questionários; e c) registro em fotografias e
    análises das mesmas. Esta pesquisa contribui também na medida em que dá visibilidade a um
    cotidiano pouco visto, aquele em que o trabalhador sem carteira assinada, e restrito de direitos
    busca uma vida digna através do trabalho, na esperança por dias melhores.A presente dissertação tem como principal objetivo analisar o uso do espaço público pelos
    camelôs — mais especificamente pelas barraqueiras moradoras — na dinâmica territorial do
    centro religioso/comercial da cidade de Juazeiro do Norte, em momentos de romarias.
    Juazeiro do Norte está localizada na região do Cariri, sul do Estado do Ceará, com uma
    população estimada em 249.939 habitantes, segundo IBGE (2010). Todos os anos,
    aproximadamente dois milhões de fiéis chegam à cidade fundada pelo Padre Cícero Romão
    Batista. Neste trabalho, investigou-se o processo de desterritorialização e reterritorialização
    das barraqueiras moradoras que passaram a ocupar o recém inaugurado Centro de Apoio aos
    Romeiros, próximo à Igreja da Matriz, um dos principais focos das romarias. Para analisar o
    uso de praças, ruas e calçadas, pelos camelôs, fez-se uso do conceito de território na visão de
    Souza e Haesbeart, somando-se a isto estudos que versam sobre o tema das cidades médias,
    centro e centralidade, para investigar o surgimento de uma nova centralidade em função do
    aumento do fluxo de orçamento, infraestrutura e variedade de serviços ofertados nesta cidade,
    os procedimentos metodológicos utilizados foram: a) entrevistas; b) observação passiva do
    cotidiano dos camelôs e através de aplicação de questionários; e c) registro em fotografias e
    análises das mesmas. Esta pesquisa contribui também na medida em que dá visibilidade a um
    cotidiano pouco visto, aquele em que o trabalhador sem carteira assinada, e restrito de direitos
    busca uma vida digna através do trabalho, na esperança por dias melhores.
    A presente dissertação tem como principal objetivo analisar o uso do espaço público peloscamelôs — mais especificamente pelas barraqueiras moradoras — na dinâmica territorial docentro religioso/comercial da cidade de Juazeiro do Norte, em momentos de romarias.Juazeiro do Norte está localizada na região do Cariri, sul do Estado do Ceará, com umapopulação estimada em 249.939 habitantes, segundo IBGE (2010). Todos os anos,aproximadamente dois milhões de fiéis chegam à cidade fundada pelo Padre Cícero RomãoBatista. Neste trabalho, investigou-se o processo de desterritorialização e reterritorializaçãodas barraqueiras moradoras que passaram a ocupar o recém inaugurado Centro de Apoio aosRomeiros, próximo à Igreja da Matriz, um dos principais focos das romarias. Para analisar ouso de praças, ruas e calçadas, pelos camelôs, fez-se uso do conceito de território na visão deSouza e Haesbeart, somando-se a isto estudos que versam sobre o tema das cidades médias,centro e centralidade, para investigar o surgimento de uma nova centralidade em função doaumento do fluxo de orçamento, infraestrutura e variedade de serviços ofertados nesta cidade,os procedimentos metodológicos utilizados foram: a) entrevistas; b) observação passiva docotidiano dos camelôs e através de aplicação de questionários; e c) registro em fotografias eanálises das mesmas. Esta pesquisa contribui também na medida em que dá visibilidade a umcotidiano pouco visto, aquele em que o trabalhador sem carteira assinada, e restrito de direitosbusca uma vida digna através do trabalho, na esperança por dias melhores.
  • RAFAELA FERNANDES E SILVA
  • "A Relação Cidade-Campo em Campina Grande a partir da Produção do Algodão Colorido"

  • Data: 29/08/2011
  • Hora: 09:00
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  •  

    A antiga dicotomia cidade-campo vem-se diluindo com as novas transformações,
    compondo uma unidade dialética entre essas duas espacialidades. As novas relações
    cidade e campo têm como base a troca de informações e de tecnologia por parte da
    cidade, formando um novo arranjo das atividades agrícolas. A partir de então surge o
    que se denomina hoje de agricultura científica, guiada pela economia de mercado, em
    função das demandas urbanas e industriais. A dinâmica econômica da cidade de
    Campina Grande-PB, dentre outros fatores, baseia-se na produção agropecuária desde a
    sua fundação. Contudo, nos últimos anos a partir da atuação Embrapa Algodão, iniciamse
    modificações no processo produtivo agropecuário, em destaque para o cultivo do
    algodão, estimulado pelos estudos e experimentos desenvolvidos com base na
    tecnologia e informação. A cidade de Campina Grande-PB contou com uma forte
    participação da cotonicultura durante o seu processo de expansão e de formação
    socioeconômica. Local de beneficiamento e comercialização da maior parte do algodão
    produzido na região Nordeste, a cidade cresceu contando com a acumulação de capital
    gerado pelas empresas, armazéns e estabelecimentos comerciais que nela se instalavam
    à medida que aumentava a circulação do algodão. Atualmente, em relação as
    implicações do algodão na cidade, encontramos o surgimento de cooperativas
    espalhadas pela cidade, responsáveis pela exportação e pela fabricação dos produtos
    finais do algodão colorido, como roupas, acessórios e peças para decoração. Dentre as
    cooperativas que atuam nesse setor, destaca-se a Coopnatural, que trabalha com o
    algodão colorido orgânico. Assim, trazemos como objetivo desta dissertação a análise
    da relação cidade-campo em Campina Grande, a partir da produção do algodão
    colorido. Esta análise foi efetivada a partir de levantamento bibliográfico com temas
    pertinentes à pesquisa, assim como trabalhos de campo nos campos de produção e nos
    estabelecimentos responsáveis pela produção de seus derivados. Mesmo não tendo
    influenciado fortemente a dinâmica socioespacial da cidade de Campina Grande, como
    o do algodão tradicional nos finais do século XIX e início do século XX, o algodão
    colorido tem exercido considerável influência na dinâmica da cidade, no que se refere
    aos espaços dedicados ao setor têxtil. A relevância da pesquisa direciona-se para a
    análise das transformações da relação cidade-campo, abrindo um leque de
    possibilidades para pesquisas futuras permitindo diferentes análises a partir do circuito
    espacial da produção do algodão colorido.

    A antiga dicotomia cidade-campo vem-se diluindo com as novas transformações,compondo uma unidade dialética entre essas duas espacialidades. As novas relaçõescidade e campo têm como base a troca de informações e de tecnologia por parte dacidade, formando um novo arranjo das atividades agrícolas. A partir de então surge oque se denomina hoje de agricultura científica, guiada pela economia de mercado, emfunção das demandas urbanas e industriais. A dinâmica econômica da cidade deCampina Grande-PB, dentre outros fatores, baseia-se na produção agropecuária desde asua fundação. Contudo, nos últimos anos a partir da atuação Embrapa Algodão, iniciamsemodificações no processo produtivo agropecuário, em destaque para o cultivo doalgodão, estimulado pelos estudos e experimentos desenvolvidos com base natecnologia e informação. A cidade de Campina Grande-PB contou com uma forteparticipação da cotonicultura durante o seu processo de expansão e de formaçãosocioeconômica. Local de beneficiamento e comercialização da maior parte do algodãoproduzido na região Nordeste, a cidade cresceu contando com a acumulação de capitalgerado pelas empresas, armazéns e estabelecimentos comerciais que nela se instalavamà medida que aumentava a circulação do algodão. Atualmente, em relação asimplicações do algodão na cidade, encontramos o surgimento de cooperativasespalhadas pela cidade, responsáveis pela exportação e pela fabricação dos produtosfinais do algodão colorido, como roupas, acessórios e peças para decoração. Dentre ascooperativas que atuam nesse setor, destaca-se a Coopnatural, que trabalha com oalgodão colorido orgânico. Assim, trazemos como objetivo desta dissertação a análiseda relação cidade-campo em Campina Grande, a partir da produção do algodãocolorido. Esta análise foi efetivada a partir de levantamento bibliográfico com temaspertinentes à pesquisa, assim como trabalhos de campo nos campos de produção e nosestabelecimentos responsáveis pela produção de seus derivados. Mesmo não tendoinfluenciado fortemente a dinâmica socioespacial da cidade de Campina Grande, comoo do algodão tradicional nos finais do século XIX e início do século XX, o algodãocolorido tem exercido considerável influência na dinâmica da cidade, no que se refereaos espaços dedicados ao setor têxtil. A relevância da pesquisa direciona-se para aanálise das transformações da relação cidade-campo, abrindo um leque depossibilidades para pesquisas futuras permitindo diferentes análises a partir do circuitoespacial da produção do algodão colorido.

     

  • SILVANA CRISTINA COSTA CORREIA
  • Resistência e Formas de (RE) Criação Camponesa no Semiárido Paraibano.

  • Data: 26/08/2011
  • Hora: 09:00
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  •  

     

    Praticamente quatro autores clássicos são responsáveis pela construção do arcabouço teórico
    que norteia as discussões sobre o desenvolvimento agrário: Marx, Lênin, Kautsky e Chayanov.
    Marx defende a tese de que a agricultura, como os demais setores da economia seguiria as leis
    gerais do desenvolvimento capitalista; Lênin enfatiza o processo de diferenciação social ao
    qual estariam fatalmente submetidos os camponeses; Kautsky destaca a especificidade da
    agricultura no processo de desenvolvimento capitalista ressaltando a superioridade técnica da
    grande produção sobre a produção familiar e; Chayanov defende a tese de que a produção
    camponesa é ao mesmo tempo uma unidade de consumo e de produção cuja organização está
    pautada no balanço entre dois elementos. Essas diferentes teses podem ser integradas em
    duas correntes teóricas que se contrapõem: a que preconiza o fim do campesinato com a
    expansão do capitalismo no campo e a que pressupõe que o desenvolvimento do capitalismo
    no campo é responsável tanto pela criação de relações capitalistas de produção como pela
    criação de relações não capitalistas, ou seja, que a resistência e a recriação camponesa
    decorrem do próprio movimento contraditório e desigual do capitalismo. No Brasil essa
    discussão permanece atual e tem sido abordada tanto por autores agraristas como por
    geógrafos agrários. Este trabalho recupera a discussão clássica sobre o papel do campesinato
    no desenvolvimento do capitalismo agrário e o debate levado a efeito sobre a mesma por
    alguns autores agraristas e geógrafos agrários brasileiros. Defendendo, no caso do Brasil, que a
    expansão do capital no campo não promoveu o fim do campesinato, mas que este resiste e se
    recria sob o capitalismo. Este trabalho estuda as formas assumidas por estes processos em
    dois municípios do semi –árido paraibano: Nova Floresta e Teixeira. Para tanto, além da
    pesquisa bibliográfica e documental e da análise de dados secundários, o estudo pautou-se em
    ampla pesquisa empírica. Do ponto de vista conceitual ele privilegia o conceito de
    campesinato, espaço, território, resistência e recriação camponesa. Constata-se, nos
    municípios estudados, que o campesinato resiste e se recria de diversas formas, subordinado à
    lógica do desenvolvimento capitalista o qual, ao mesmo tempo em que monopoliza a
    produção camponesa, permite a sua reprodução. Por sua vez, esses processos se reproduzem
    e se expressam na forma como se organiza e se estrutura o espaço agrário municipal.
    Palavras-chaves: Campesinato; Recriação camponesa; Resistência camponesa; Nova Floresta;
    Teixeira.

    Praticamente quatro autores clássicos são responsáveis pela construção do arcabouço teóricoque norteia as discussões sobre o desenvolvimento agrário: Marx, Lênin, Kautsky e Chayanov.Marx defende a tese de que a agricultura, como os demais setores da economia seguiria as leisgerais do desenvolvimento capitalista; Lênin enfatiza o processo de diferenciação social aoqual estariam fatalmente submetidos os camponeses; Kautsky destaca a especificidade daagricultura no processo de desenvolvimento capitalista ressaltando a superioridade técnica dagrande produção sobre a produção familiar e; Chayanov defende a tese de que a produçãocamponesa é ao mesmo tempo uma unidade de consumo e de produção cuja organização estápautada no balanço entre dois elementos. Essas diferentes teses podem ser integradas emduas correntes teóricas que se contrapõem: a que preconiza o fim do campesinato com aexpansão do capitalismo no campo e a que pressupõe que o desenvolvimento do capitalismono campo é responsável tanto pela criação de relações capitalistas de produção como pelacriação de relações não capitalistas, ou seja, que a resistência e a recriação camponesadecorrem do próprio movimento contraditório e desigual do capitalismo. No Brasil essadiscussão permanece atual e tem sido abordada tanto por autores agraristas como porgeógrafos agrários. Este trabalho recupera a discussão clássica sobre o papel do campesinatono desenvolvimento do capitalismo agrário e o debate levado a efeito sobre a mesma poralguns autores agraristas e geógrafos agrários brasileiros. Defendendo, no caso do Brasil, que aexpansão do capital no campo não promoveu o fim do campesinato, mas que este resiste e serecria sob o capitalismo. Este trabalho estuda as formas assumidas por estes processos emdois municípios do semi –árido paraibano: Nova Floresta e Teixeira. Para tanto, além dapesquisa bibliográfica e documental e da análise de dados secundários, o estudo pautou-se emampla pesquisa empírica. Do ponto de vista conceitual ele privilegia o conceito decampesinato, espaço, território, resistência e recriação camponesa. Constata-se, nosmunicípios estudados, que o campesinato resiste e se recria de diversas formas, subordinado àlógica do desenvolvimento capitalista o qual, ao mesmo tempo em que monopoliza aprodução camponesa, permite a sua reprodução. Por sua vez, esses processos se reproduzeme se expressam na forma como se organiza e se estrutura o espaço agrário municipal.

     

  • SHAUANE ITAINHARA FREIRE NUNES
  • "A Pesca Artesanal como Mediação da Relação Homem Natureza: Permanência e Resistência dos Pescadores na Comunidade Pesqueiras do Povoado Mosqueiro/Aracajú-SE".
  • Data: 25/08/2011
  • Hora: 15:00
  • Mostrar Resumo
  •  

    O Povoado Mosqueiro, localizado na grande Aracaju, constitui um território de vida e
    trabalho para as famílias de pescadores e marisqueiras que historicamente tem-se
    relacionado com a área estuarina do rio Vaza-Barris por meio da atividade
    pesqueira. Esta comunidade tem garantido a sua existência como coletividade
    vinculada ás características próprias da pesca artesanal: atividade extrativista, de
    baixo impacto predatório, voltada para o auto- consumo ao tempo que garante a
    comercialização local do excedente das capturas e fundamentada no trabalho de
    base familiar. A relação homem/natureza mediada pelo trabalho na pesca tem
    garantido no Mosqueiro, até os dias de hoje, a reprodução de valores que vão de
    encontro ao modo de vida que se submete aos ditames do capital, especificamente
    ao assalariamento. Nosso objetivo nesta dissertação de mestrado é compreender
    como essa atividade pesqueira, praticada em sua forma artesanal, persiste e resiste
    na comunidade pesqueira do Povoado Mosqueiro no estado de Sergipe. A partir do
    resgate da história oral e da memória dos mais velhos, reconstruímos uma narrativa
    do processo de formação territorial do Povoado, constatando que a dinâmica da
    expansão urbana da grande Aracaju e a pressão que o setor imobiliário e turístico
    exercem sobre a comunidade e seu território, colocam em risco a permanência da
    mesma. Todavia, a identidade da comunidade gestada a partir do trabalho cotidiano
    e artesanal, que modifica á natureza e o seu espaço, ao tempo que transforma á
    própria comunidade em uma “comunidade de pescadores” faz com que o controle e
    domínio total do processo de trabalho pelos próprios trabalhadores-pescadores
    coloque os limites reais ao avanço das relações capitalistas dentro da comunidade.

    O Povoado Mosqueiro, localizado na grande Aracaju, constitui um território de vida etrabalho para as famílias de pescadores e marisqueiras que historicamente tem-serelacionado com a área estuarina do rio Vaza-Barris por meio da atividadepesqueira. Esta comunidade tem garantido a sua existência como coletividadevinculada ás características próprias da pesca artesanal: atividade extrativista, debaixo impacto predatório, voltada para o auto- consumo ao tempo que garante acomercialização local do excedente das capturas e fundamentada no trabalho debase familiar. A relação homem/natureza mediada pelo trabalho na pesca temgarantido no Mosqueiro, até os dias de hoje, a reprodução de valores que vão deencontro ao modo de vida que se submete aos ditames do capital, especificamenteao assalariamento. Nosso objetivo nesta dissertação de mestrado é compreendercomo essa atividade pesqueira, praticada em sua forma artesanal, persiste e resistena comunidade pesqueira do Povoado Mosqueiro no estado de Sergipe. A partir doresgate da história oral e da memória dos mais velhos, reconstruímos uma narrativado processo de formação territorial do Povoado, constatando que a dinâmica daexpansão urbana da grande Aracaju e a pressão que o setor imobiliário e turísticoexercem sobre a comunidade e seu território, colocam em risco a permanência damesma. Todavia, a identidade da comunidade gestada a partir do trabalho cotidianoe artesanal, que modifica á natureza e o seu espaço, ao tempo que transforma áprópria comunidade em uma “comunidade de pescadores” faz com que o controle edomínio total do processo de trabalho pelos próprios trabalhadores-pescadorescoloque os limites reais ao avanço das relações capitalistas dentro da comunidade.

  • HENRIQUE ELIAS PESSOA GUTIERRES
  • A Efetividade da gestão Ambiental nas Empresas de Mineração com ISO 14001 no Estado da Paraíba na Ótica das Comunidades.
  • Data: 25/08/2011
  • Hora: 09:30
  • Mostrar Resumo
  • A mineração é atividade essencial para o desenvolvimento da sociedade humana e ao
    mesmo tempo de alto poder degradador, desenvolvida por grandes empresas em vários
    países, inclusive no Brasil. A instalação e operação desses empreendimentos não
    escolhem lugar, na maioria das vezes, estando condicionadas a uma série de fatores,
    tendo a proximidade com a área de exploração como determinante. Dessa forma, as
    empresas de mineração estão presentes em grandes cidades até em áreas rurais distantes
    dos grandes aglomerados populacionais, sendo a maior proximidade com comunidades
    um fator para um maior nível de conflitos socioambientais, o que exige a adoção de
    instrumentos de melhoria na gestão ambiental desses empreendimentos. Partindo desse
    entendimento, a pesquisa analisou três áreas localizadas em municípios do Estado da
    Paraíba (Boa Vista, João Pessoa e Mataraca), que possuem mineradoras certificadas
    pela norma ambiental ISO 14001. O objetivo foi entender de que forma a gestão
    ambiental dessas empresas é vista pelas pessoas das comunidades mais próximas,
    tomando como referência as ações desenvolvidas pela área ambiental dessas empresas e
    a opinião das donas-de-casa. A partir da obtenção da realidade socioeconômica das
    moradoras, as respostas dadas foram tratadas por meio da técnica do Diagrama de
    Pareto, possibilitando verificar a existência de diferenças quanto ao relacionamento
    entre as três áreas estudadas no tocante à educação ambiental, poluição e saúde. Os
    resultados obtidos demonstraram que o fator proximidade empresa-comunidade não é
    garantia de um relacionamento harmonioso. Por fim, o entendimento da relação ent

    A mineração é atividade essencial para o desenvolvimento da sociedade humana e aomesmo tempo de alto poder degradador, desenvolvida por grandes empresas em váriospaíses, inclusive no Brasil. A instalação e operação desses empreendimentos nãoescolhem lugar, na maioria das vezes, estando condicionadas a uma série de fatores,tendo a proximidade com a área de exploração como determinante. Dessa forma, asempresas de mineração estão presentes em grandes cidades até em áreas rurais distantesdos grandes aglomerados populacionais, sendo a maior proximidade com comunidadesum fator para um maior nível de conflitos socioambientais, o que exige a adoção deinstrumentos de melhoria na gestão ambiental desses empreendimentos. Partindo desseentendimento, a pesquisa analisou três áreas localizadas em municípios do Estado daParaíba (Boa Vista, João Pessoa e Mataraca), que possuem mineradoras certificadaspela norma ambiental ISO 14001. O objetivo foi entender de que forma a gestãoambiental dessas empresas é vista pelas pessoas das comunidades mais próximas,tomando como referência as ações desenvolvidas pela área ambiental dessas empresas ea opinião das donas-de-casa. A partir da obtenção da realidade socioeconômica dasmoradoras, as respostas dadas foram tratadas por meio da técnica do Diagrama dePareto, possibilitando verificar a existência de diferenças quanto ao relacionamentoentre as três áreas estudadas no tocante à educação ambiental, poluição e saúde. Osresultados obtidos demonstraram que o fator proximidade empresa-comunidade não égarantia de um relacionamento harmonioso. 

  • ALTEMAR DE FIGUEIRÊDO BUSTORFF QUINTÃO
  • "A Geografia na Educação de Jovens e Adultos Trabalhadores em mamanguape: percurso histórico e práticas atuais"

  • Data: 15/08/2011
  • Hora: 13:30
  • Mostrar Resumo
  • Geografia de jovens e adultos na cidade de Mamanguape

  • ALTEMAR DE FIGUEIRÊDO BUSTORFF QUINTÃO
  •  

     

     

    "A Geografia de Jovens e Adultos Trabalhadores em Mamanguape: percurso histórico e práticas atuais"

  • Data: 15/08/2011
  • Hora: 13:30
  • Mostrar Resumo
  • Este trabalho tem como objetivo analisar a importância da Geografia para alunos tralhadores de classe de Educação de Jovens e adultos (EJA). Para tanto foi realizada uma pesquisa bibliográfica e documental junto às Secretarias de Educação do Município de Mamanguape e do Estado da Paraíba na busca de fontes na busca de fontes que nos permitissem compreender como foi concedida a educação municipal na modalidade EJA de uma forma geral e, em especial, para a disciplina Geografia. Assim discutimos como a Geografia foi tratada nos projetos destinados a essa modalidade de ensino. Nossa metodologia abrangeu uma pesquisa bibliográfica associada a uma empírica. Teve com o universo a turma da 7ª e 8ª séries da EJA da Escola Municipal de Ensino Fundamental Coronel José castor do Rêgo do município de Mamanguape. Foram selecionados cinco alunos, escolhidos por serem trabalhadores, para os quais utilizamos uma entrevista semiestruturada, abordando em especial a categoria geográfica lugar e o tema transversal trabalho para a obtenção do nosso objetivo. Após a análise dos resultados, chegamos à conclusão de que os alunos reconhecem a importância da disciplina Geografia para sua função cidadã, porém, identificamos alguns problemas no que diz respeito à aplicação da modalidade EJA para esse grupo. Estas questões serão discutidas ao longo desta dissertação.

  • PERICLES ALVES BATISTA
  • Data: 12/08/2011
  • Hora: 00:00

  • MARQUILENE DA SILVA SANTOS LUCENA
  • Data: 13/06/2011
  • Hora: 00:00

  • JEAN CARLOS FERREIRA DE LIMA
  • Data: 03/06/2011
  • Hora: 00:00

  • ILANA BARRETO KIYOTANI
  • Orientador : EDUARDO RODRIGUES VIANA DE LIMA
  • Data: 13/05/2011
  • Hora: 00:00

  • RAFAEL FERNANDES DA SILVA
  • Diagnóstico Socioambiental da Bacia Hidrográfica do Rio Calabouço - PB/RN.
  • Data: 28/02/2011
  • Hora: 16:30
  • Mostrar Resumo
  • Este trabalho apresenta o diagnóstico socioambiental da bacia hidrográfica do rio
    Calabouço-PB/RN, com destaque para as questões socioambientais. Teve por
    objetivo a realização de uma análise das condições geoambientais, (geologia,
    geomorfologia, clima e hidrografia, solos e biodiversidade), O embasamento teórico
    constitui-se das questões voltadas para a disponibilidade e acesso à água, da
    conceituação da bacia hidrográfica enquanto unidade básica para o planejamento
    ambiental e do desenvolvimento e sustentabilidade, A metodologia utilizada
    estruturou-se em duas partes, a primeira conceitual refere-se à abordagem Teoria
    Geral dos Sistemas aplicada em estudos ambientais. A segunda parte tratou dos
    procedimentos técnicos desta pesquisa, que contou com a utilização da ficha de
    caracterização do meio físico, e do Sistema de Processamento de Imagens
    Georreferenciadas (SPRING). A bacia hidrográfica do Rio Calabouço (BHRC)PB/RN,
    está localizada entre coordenadas de 6º 24’ 53’’ e 6º 39’ 49’’ de latitude S,
    35º 26’ 16” e 35º 49’ 49” de longitude W, possui área de aproximadamente 688 km²,
    numa zona de intersecção entre a região do Agreste Paraibano e Agreste Potiguar.
    A estrutura geológica da BHRC é marcada por três conjuntos: as formações do
    Cenozoico representa 6%, as formações do Neoproterozoico constitui 18,5% e as
    formações do Paleoproterozoico, representadas pelo Complexo Santa Cruz com
    percentual de 53,7% e pelo Complexo Serrinha-Pedro Velho com apenas 22%. A
    geomorfologia é constituída por um horste das serras de Araruna e da Confusão que
    contrasta com o gráben da depressão do Curimataú, correspondente a uma fossa
    tectônica resultante de falhamentos, cuja altitude média de 300 metros, e desníveis
    de 300 metros entre a baixada e os topos mais elevados das serras vizinhas. Esta
    bacia hidrográfica apresenta clima de transição, As’– tropical quente e úmido, com
    Este trabalho apresenta o diagnóstico socioambiental da bacia hidrográfica do rioCalabouço-PB/RN, com destaque para as questões socioambientais. Teve porobjetivo a realização de uma análise das condições geoambientais, (geologia,geomorfologia, clima e hidrografia, solos e biodiversidade), O embasamento teóricoconstitui-se das questões voltadas para a disponibilidade e acesso à água, daconceituação da bacia hidrográfica enquanto unidade básica para o planejamentoambiental e do desenvolvimento e sustentabilidade, A metodologia utilizadaestruturou-se em duas partes, a primeira conceitual refere-se à abordagem TeoriaGeral dos Sistemas aplicada em estudos ambientais. A segunda parte tratou dosprocedimentos técnicos desta pesquisa, que contou com a utilização da ficha decaracterização do meio físico, e do Sistema de Processamento de ImagensGeorreferenciadas (SPRING). A bacia hidrográfica do Rio Calabouço (BHRC)PB/RN,está localizada entre coordenadas de 6º 24’ 53’’ e 6º 39’ 49’’ de latitude S,35º 26’ 16” e 35º 49’ 49” de longitude W, possui área de aproximadamente 688 km²,numa zona de intersecção entre a região do Agreste Paraibano e Agreste Potiguar.A estrutura geológica da BHRC é marcada por três conjuntos: as formações doCenozoico representa 6%, as formações do Neoproterozoico constitui 18,5% e asformações do Paleoproterozoico, representadas pelo Complexo Santa Cruz compercentual de 53,7% e pelo Complexo Serrinha-Pedro Velho com apenas 22%. Ageomorfologia é constituída por um horste das serras de Araruna e da Confusão quecontrasta com o gráben da depressão do Curimataú, correspondente a uma fossatectônica resultante de falhamentos, cuja altitude média de 300 metros, e desníveisde 300 metros entre a baixada e os topos mais elevados das serras vizinhas. Estabacia hidrográfica apresenta clima de transição, As’– tropical quente e úmido, com verões quentes e chuvosos e inverno frio e seco e período de estiagem até seis meses, médias pluviométricas entre 800 mm e 1500 mm, e Bsh - clima semiúmido, de média pluviosidade entre 500 mm e 800 mm anuais. 

  • LEANDRO GONDIM DE OLIVEIRA
  • Orientador : EDUARDO RODRIGUES VIANA DE LIMA
  • Data: 28/02/2011
  • Hora: 00:00

  • MANOEL VIEIRA DA SILVA
  • Orientador : EMILIA DE RODAT FERNANDES MOREIRA
  • Data: 28/02/2011
  • Hora: 00:00

  • RAFAEL FERNANDES DA SILVA
  • Data: 28/02/2011
  • Hora: 00:00

  • JULIANO MOREIRA DO NASCIMENTO
  • Data: 25/02/2011
  • Hora: 00:00

2010
Descrição
  • LEILA BARBOSA COSTA
  • Data: 28/12/2010
  • Hora: 00:00

  • LUCY SATYRO DE MEDEIROS
  • Data: 12/11/2010
  • Hora: 00:00

  • MARIA REJANE DA SILVA
  • Data: 12/11/2010
  • Hora: 00:00

  • RUTE VIEIRA
  • "Gênero e gestão da Água no Semi-árido: O Caso da Comunidade de Lajedo de Timbaúba - Soledade - PB"

  • Data: 29/10/2010
  • Hora: 10:00
  • Mostrar Resumo
  • tríade proposta como objeto da análise, se justifica na medida em que essas
    categorias dão possibilidade de entender as relações de poder que permeiam as
    discussões sobre a gestão dos recursos hídricos e que estão territorializadas em
    diferentes recortes espaciais do semiárido paraibano. Considerando essas
    discussões mais gerais sobre as relações de gênero e água, buscou-se entender
    suas relações para elucidar essa pesquisa de mestrado. No caso das mulheres
    vinculadas à Articulação Semi-árido Brasileiro (ASA-Brasil) observou-se que suas
    ações representam também a luta de todos os povos. Essa articulação se dá através
    de uma política de convivência, de conscientização e articulação de projetos sociais.
    As discussões feitas darão destaque às diversas maneiras de conviver e
    permanecer no semi-árido, como por exemplo, o acesso à capacitação e ao manejo
    da água. A importância dos estudos sobre os espaços ocupados pelas mulheres tem
    sido objeto de transformação histórica e vem tomando importância não só na
    Geografia, mas em outras ciências como a Sociologia, Ciências Sociais, História,
    dentre outras. Estudamos as mulheres do Cariri Paraibano, especificamente em
    Lajedo de Timbaúba, no sentido do espaço relacional. Diante disso, procurou
    analisar os programas e ações que de alguma forma cumprem a tarefa de
    regularizar a oferta de água. A metodologia utilizada foi baseada em trabalhos de
    campo qualitativo, partindo desse pressuposto buscamos também, discutir algumas
    leituras iniciais de ordem teórico-metodológicas, as quais darão suporte para
    analisarmos as relações de gênero na gestão da água, no Estado da Paraíba.
    Palavras-chave: Semi-árido; Água, Gênero, Território, Grupo de Mulheres,

    Essa pesquisa é parte integrante do grupo de pesquisa, GEPAT (Grupo de Estudos

    e Pesquisa sobre Água e Território). Esta dissertação tem como propósito debater

    acerca de três categoriais trabalhadas na Geografia: território, gênero e água. Essa

    tríade proposta como objeto da análise, se justifica na medida em que essas

    categorias dão possibilidade de entender as relações de poder que permeiam as

    discussões sobre a gestão dos recursos hídricos e que estão territorializadas em

    diferentes recortes espaciais do semiárido paraibano. Considerando essas

    discussões mais gerais sobre as relações de gênero e água, buscou-se entender

    suas relações para elucidar essa pesquisa de mestrado. No caso das mulheres

    vinculadas à Articulação Semi-árido Brasileiro (ASA-Brasil) observou-se que suas

    ações representam também a luta de todos os povos. Essa articulação se dá através

    de uma política de convivência, de conscientização e articulação de projetos sociais.

    As discussões feitas darão destaque às diversas maneiras de conviver e

    permanecer no semi-árido, como por exemplo, o acesso à capacitação e ao manejo

    da água. A importância dos estudos sobre os espaços ocupados pelas mulheres tem

    sido objeto de transformação histórica e vem tomando importância não só na

    Geografia, mas em outras ciências como a Sociologia, Ciências Sociais, História,

    dentre outras. Estudamos as mulheres do Cariri Paraibano, especificamente em

    Lajedo de Timbaúba, no sentido do espaço relacional. Diante disso, procurou

    analisar os programas e ações que de alguma forma cumprem a tarefa de

    regularizar a oferta de água. A metodologia utilizada foi baseada em trabalhos de

    campo qualitativo, partindo desse pressuposto buscamos também, discutir algumas

    leituras iniciais de ordem teórico-metodológicas, as quais darão suporte para analisarmos as relações de gênero na gestão da água, no Estado da Paraíba.

  • ANTONIO CARLOS CARVALHO DOS SANTOS
  • Data: 29/10/2010
  • Hora: 00:00

  • JOSIAS MATIAS
  • Data: 28/10/2010
  • Hora: 00:00

  • JULIANA NOBREGA DE ALMEIDA
  • Orientador : MARIA FRANCO GARCIA
  • Data: 28/10/2010
  • Hora: 00:00

  • YURE SILVA LIMA
  • "A Política Habitacional em Campina Grande - PB (1988 - 2009)"

  • Data: 14/10/2010
  • Hora: 09:00
  • Mostrar Resumo
  •  

    A política habitacional em Campina Grande na Paraíba é o objeto de análise para a discussão da
    problemática da produção do espaço urbano. Este texto apresenta os elementos constitutivos da
    política habitacional brasileira de 1945 até 2010, destacando as políticas voltadas para a habitação
    de interesse social (0 a 3 salários mínimos) e a produção de habitações precárias ou subnormais
    como considera o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). As Conferências das
    Cidades foram também analisadas. A análise mostra a fragilidade das propostas elaboradas e a
    ausência de planejamento estratégico para combater o déficit habitacional qualitativo e
    quantitativo. Outro elemento investigado é o PMCMV (Programa Minha Casa Minha Vida), cujo
    texto de criação é aqui avaliado. As áreas investigadas são o Conjunto Araxá e a Comunidade do
    Papelão: o primeiro, construído como uma obra financiada pelo PAC (Programa de Aceleração
    do Crescimento) com o objetivo de relocar 460 famílias da “Favela do Araxá” para o novo
    conjunto habitacional; o segundo, em outra parte da cidade, situado nas proximidades do Ginásio
    de Esportes O Meninão, em que vivem os moradores da Ocupação do Papelão, à revelia do Poder
    Público, em situação de extrema pobreza. Os procedimentos metodológicos para a realização da
    pesquisa foram: a pesquisa bibliográfica e documental; os trabalhos de campo com registro
    fotográfico e a aplicação de questionários nas áreas de estudo. A pesquisa revela que o modelo
    utilizado atualmente para a elaboração das políticas habitacionais, que tem por eixo a Gestão
    Democrática da cidade por meio da participação popular em Conselhos e Conferências, é de
    fundamental importância para o sucesso dessas ações governamentais, embora o processo esteja
    distante do cotidiano das pessoas na cidade estudada. A pesquisa desvela a relevância da
    produção habitacional para a constituição das feições do espaço urbano de Campina Grande e a
    precariedade de condições em que vive a população de menor poder aquisitivo nas áreas de
    habitação precária.

    A política habitacional em Campina Grande na Paraíba é o objeto de análise para a discussão daproblemática da produção do espaço urbano. Este texto apresenta os elementos constitutivos dapolítica habitacional brasileira de 1945 até 2010, destacando as políticas voltadas para a habitaçãode interesse social (0 a 3 salários mínimos) e a produção de habitações precárias ou subnormaiscomo considera o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). As Conferências dasCidades foram também analisadas. A análise mostra a fragilidade das propostas elaboradas e aausência de planejamento estratégico para combater o déficit habitacional qualitativo equantitativo. Outro elemento investigado é o PMCMV (Programa Minha Casa Minha Vida), cujotexto de criação é aqui avaliado. As áreas investigadas são o Conjunto Araxá e a Comunidade doPapelão: o primeiro, construído como uma obra financiada pelo PAC (Programa de Aceleraçãodo Crescimento) com o objetivo de relocar 460 famílias da “Favela do Araxá” para o novoconjunto habitacional; o segundo, em outra parte da cidade, situado nas proximidades do Ginásiode Esportes O Meninão, em que vivem os moradores da Ocupação do Papelão, à revelia do PoderPúblico, em situação de extrema pobreza. Os procedimentos metodológicos para a realização dapesquisa foram: a pesquisa bibliográfica e documental; os trabalhos de campo com registrofotográfico e a aplicação de questionários nas áreas de estudo. A pesquisa revela que o modeloutilizado atualmente para a elaboração das políticas habitacionais, que tem por eixo a GestãoDemocrática da cidade por meio da participação popular em Conselhos e Conferências, é defundamental importância para o sucesso dessas ações governamentais, embora o processo estejadistante do cotidiano das pessoas na cidade estudada. A pesquisa desvela a relevância daprodução habitacional para a constituição das feições do espaço urbano de Campina Grande e aprecariedade de condições em que vive a população de menor poder aquisitivo nas áreas dehabitação precária. 

  • ARETHUSA EIRE MOREIRA DE FARIAS
  • Data: 11/10/2010
  • Hora: 00:00

  • MARIA GLORIA DE SOUSA
  • Data: 06/10/2010
  • Hora: 00:00

  • LUCIA MARIA DE S. HOLANDA
  • Data: 29/09/2010
  • Hora: 00:00

  • SEVERINO ALVES COUTINHO
  • Data: 27/08/2010
  • Hora: 00:00

  • GUSTAVO FERREIRA DE VASCONCELOS
  • Data: 26/08/2010
  • Hora: 00:00

  • ALLANA ANJOS COUTINHO
  • Data: 24/08/2010
  • Hora: 00:00

  • ENILDO LUIZ GOUVEIA
  • Data: 24/08/2010
  • Hora: 00:00

  • MARA EDILARA B DE OLIVEIRA
  • Data: 19/07/2010
  • Hora: 00:00

  • ELIANE MARIA BARBOSA DE MENDONCA
  • Data: 16/06/2010
  • Hora: 00:00

  • GUSTAVO CESAR OJEDA BAEZ
  • Orientador : RAIMUNDO BARROSO CORDEIRO JUNIOR
  • Data: 10/06/2010
  • Hora: 00:00

  • ALEXANDRE PEIXOTO FARIA NOGUEIRA
  • Escolas do Campo e Formação Territorial dos Assentamentos de Reforma Agrária do Município de Cruz do Espiríto Santo - PB.

  • Data: 22/04/2010
  • Hora: 18:00
  • Mostrar Resumo
  • Abordar a questão agrária enquanto um processo histórico presente na formação do
    espaço brasileiro coloca-nos frente à diversas possibilidades de análise. Por
    exemplo, pode-se investigar os processos de concentração fundiária, a ação do
    agronegócio, o protagonismo dos movimentos sociais rurais, as regulações das leis
    agrárias, dentre outras temáticas. No caso da presente pesquisa analisamos a
    ausência histórica de políticas de educação do e no campo a partir das seguintes
    indagações: Até que ponto a relação entre educação, Reforma Agrária e formação
    territorial nos ajuda a compreender a singularidade da questão agrária nacional? Até
    que ponto esse tripé garante a reprodução social das famílias assentadas? Para
    responder tais questões, partimos do estudo do papel que as Escolas do Campo têm
    na formação territorial dos assentamentos de Reforma Agrária do município de Cruz
    do Espírito Santo, na Zona da Mata Paraibana. Consideramos aqui a escola do
    campo como uma nova conquista da organização e luta das famílias camponesas
    em favor do fortalecimento desses territórios de Reforma Agrária do seu
    desenvolvimento e de sua reprodução social. Inicialmente apresentamos uma
    discussão sobre o paradigma da Educação do Campo, questionando até que ponto
    pode ser considerado um elemento de fortalecimento de uma política de Reforma
    Agrária. Em seguida analisamos criticamente as políticas de Reforma Agrária
    durante os diferentes governos brasileiros enfatizando o tratamento que a educação
    nas áreas rurais teve em cada momento. Por fim, partimos para o entendimento do
    Estado e seu caráter classista, especialmente no modelo de desenvolvimento
    adotado para o campo, seja na Reforma Agrária, seja na educação do campo.

    Abordar a questão agrária enquanto um processo histórico presente na formação doespaço brasileiro coloca-nos frente à diversas possibilidades de análise. Porexemplo, pode-se investigar os processos de concentração fundiária, a ação doagronegócio, o protagonismo dos movimentos sociais rurais, as regulações das leisagrárias, dentre outras temáticas. No caso da presente pesquisa analisamos aausência histórica de políticas de educação do e no campo a partir das seguintesindagações: Até que ponto a relação entre educação, Reforma Agrária e formaçãoterritorial nos ajuda a compreender a singularidade da questão agrária nacional? Atéque ponto esse tripé garante a reprodução social das famílias assentadas? Pararesponder tais questões, partimos do estudo do papel que as Escolas do Campo têmna formação territorial dos assentamentos de Reforma Agrária do município de Cruzdo Espírito Santo, na Zona da Mata Paraibana. Consideramos aqui a escola docampo como uma nova conquista da organização e luta das famílias camponesasem favor do fortalecimento desses territórios de Reforma Agrária do seudesenvolvimento e de sua reprodução social. Inicialmente apresentamos umadiscussão sobre o paradigma da Educação do Campo, questionando até que pontopode ser considerado um elemento de fortalecimento de uma política de ReformaAgrária. Em seguida analisamos criticamente as políticas de Reforma Agráriadurante os diferentes governos brasileiros enfatizando o tratamento que a educaçãonas áreas rurais teve em cada momento. Por fim, partimos para o entendimento doEstado e seu caráter classista, especialmente no modelo de desenvolvimentoadotado para o campo, seja na Reforma Agrária, seja na educação do campo.

  • ALEXANDRE PEIXOTO FARIA NOGUEIRA
  • Escolas do Campo e Formação Territorial dos Assentamentos de Reforma Agrária do Município de Cruz do Espiríto Santo - PB.

  • Data: 22/04/2010
  • Hora: 18:00
  • Mostrar Resumo
  • Abordar a questão agrária enquanto um processo histórico presente na formação do
    espaço brasileiro coloca-nos frente à diversas possibilidades de análise. Por
    exemplo, pode-se investigar os processos de concentração fundiária, a ação do
    agronegócio, o protagonismo dos movimentos sociais rurais, as regulações das leis
    agrárias, dentre outras temáticas. No caso da presente pesquisa analisamos a
    ausência histórica de políticas de educação do e no campo a partir das seguintes
    indagações: Até que ponto a relação entre educação, Reforma Agrária e formação
    territorial nos ajuda a compreender a singularidade da questão agrária nacional? Até
    que ponto esse tripé garante a reprodução social das famílias assentadas? Para
    responder tais questões, partimos do estudo do papel que as Escolas do Campo têm
    na formação territorial dos assentamentos de Reforma Agrária do município de Cruz
    do Espírito Santo, na Zona da Mata Paraibana. Consideramos aqui a escola do
    campo como uma nova conquista da organização e luta das famílias camponesas
    em favor do fortalecimento desses territórios de Reforma Agrária do seu
    desenvolvimento e de sua reprodução social. Inicialmente apresentamos uma
    discussão sobre o paradigma da Educação do Campo, questionando até que ponto
    pode ser considerado um elemento de fortalecimento de uma política de Reforma
    Agrária. Em seguida analisamos criticamente as políticas de Reforma Agrária
    durante os diferentes governos brasileiros enfatizando o tratamento que a educação
    nas áreas rurais teve em cada momento. Por fim, partimos para o entendimento do
    Estado e seu caráter classista, especialmente no modelo de desenvolvimento
    adotado para o campo, seja na Reforma Agrária, seja na educação do campo.

    Abordar a questão agrária enquanto um processo histórico presente na formação doespaço brasileiro coloca-nos frente à diversas possibilidades de análise. Porexemplo, pode-se investigar os processos de concentração fundiária, a ação doagronegócio, o protagonismo dos movimentos sociais rurais, as regulações das leisagrárias, dentre outras temáticas. No caso da presente pesquisa analisamos aausência histórica de políticas de educação do e no campo a partir das seguintesindagações: Até que ponto a relação entre educação, Reforma Agrária e formaçãoterritorial nos ajuda a compreender a singularidade da questão agrária nacional? Atéque ponto esse tripé garante a reprodução social das famílias assentadas? Pararesponder tais questões, partimos do estudo do papel que as Escolas do Campo têmna formação territorial dos assentamentos de Reforma Agrária do município de Cruzdo Espírito Santo, na Zona da Mata Paraibana. Consideramos aqui a escola docampo como uma nova conquista da organização e luta das famílias camponesasem favor do fortalecimento desses territórios de Reforma Agrária do seudesenvolvimento e de sua reprodução social. Inicialmente apresentamos umadiscussão sobre o paradigma da Educação do Campo, questionando até que pontopode ser considerado um elemento de fortalecimento de uma política de ReformaAgrária. Em seguida analisamos criticamente as políticas de Reforma Agráriadurante os diferentes governos brasileiros enfatizando o tratamento que a educaçãonas áreas rurais teve em cada momento. Por fim, partimos para o entendimento doEstado e seu caráter classista, especialmente no modelo de desenvolvimentoadotado para o campo, seja na Reforma Agrária, seja na educação do campo.

  • ALEXANDRE PEIXOTO FARIA NOGUEIRA
  • Escolas do Campo e Formação Territorial dos Assentamentos de Reforma Agrária do Município de Cruz do Espiríto Santo - PB.

  • Data: 22/04/2010
  • Hora: 18:00
  • Mostrar Resumo
  • Abordar a questão agrária enquanto um processo histórico presente na formação do
    espaço brasileiro coloca-nos frente à diversas possibilidades de análise. Por
    exemplo, pode-se investigar os processos de concentração fundiária, a ação do
    agronegócio, o protagonismo dos movimentos sociais rurais, as regulações das leis
    agrárias, dentre outras temáticas. No caso da presente pesquisa analisamos a
    ausência histórica de políticas de educação do e no campo a partir das seguintes
    indagações: Até que ponto a relação entre educação, Reforma Agrária e formação
    territorial nos ajuda a compreender a singularidade da questão agrária nacional? Até
    que ponto esse tripé garante a reprodução social das famílias assentadas? Para
    responder tais questões, partimos do estudo do papel que as Escolas do Campo têm
    na formação territorial dos assentamentos de Reforma Agrária do município de Cruz
    do Espírito Santo, na Zona da Mata Paraibana. Consideramos aqui a escola do
    campo como uma nova conquista da organização e luta das famílias camponesas
    em favor do fortalecimento desses territórios de Reforma Agrária do seu
    desenvolvimento e de sua reprodução social. Inicialmente apresentamos uma
    discussão sobre o paradigma da Educação do Campo, questionando até que ponto
    pode ser considerado um elemento de fortalecimento de uma política de Reforma
    Agrária. Em seguida analisamos criticamente as políticas de Reforma Agrária
    durante os diferentes governos brasileiros enfatizando o tratamento que a educação
    nas áreas rurais teve em cada momento. Por fim, partimos para o entendimento do
    Estado e seu caráter classista, especialmente no modelo de desenvolvimento
    adotado para o campo, seja na Reforma Agrária, seja na educação do campo.

    Abordar a questão agrária enquanto um processo histórico presente na formação doespaço brasileiro coloca-nos frente à diversas possibilidades de análise. Porexemplo, pode-se investigar os processos de concentração fundiária, a ação doagronegócio, o protagonismo dos movimentos sociais rurais, as regulações das leisagrárias, dentre outras temáticas. No caso da presente pesquisa analisamos aausência histórica de políticas de educação do e no campo a partir das seguintesindagações: Até que ponto a relação entre educação, Reforma Agrária e formaçãoterritorial nos ajuda a compreender a singularidade da questão agrária nacional? Atéque ponto esse tripé garante a reprodução social das famílias assentadas? Pararesponder tais questões, partimos do estudo do papel que as Escolas do Campo têmna formação territorial dos assentamentos de Reforma Agrária do município de Cruzdo Espírito Santo, na Zona da Mata Paraibana. Consideramos aqui a escola docampo como uma nova conquista da organização e luta das famílias camponesasem favor do fortalecimento desses territórios de Reforma Agrária do seudesenvolvimento e de sua reprodução social. Inicialmente apresentamos umadiscussão sobre o paradigma da Educação do Campo, questionando até que pontopode ser considerado um elemento de fortalecimento de uma política de ReformaAgrária. Em seguida analisamos criticamente as políticas de Reforma Agráriadurante os diferentes governos brasileiros enfatizando o tratamento que a educaçãonas áreas rurais teve em cada momento. Por fim, partimos para o entendimento doEstado e seu caráter classista, especialmente no modelo de desenvolvimentoadotado para o campo, seja na Reforma Agrária, seja na educação do campo.

  • ALDO GONCALVES DE OLIVEIRA
  • Data: 16/04/2010
  • Hora: 00:00

  • MARIA CLAUDIA DA COSTA AMORIM
  • Data: 29/03/2010
  • Hora: 00:00

2009
Descrição
  • LUCINEIDE FABIA RODRIGUES LOPES
  • Data: 09/12/2009
  • Hora: 00:00

  • ANDRE DA SILVA SANTOS
  • Data: 30/10/2009
  • Hora: 00:00

  • CLÁUDIA SIMONI VELOZO DE LIMA
  • Dinâmica Costeira e a Trama Complexa entre Natureza e Sociedade nas Praias da Penha e Seixas - PB.
  • Data: 25/09/2009
  • Hora: 14:00
  • Mostrar Resumo
  • O litoral do município de João Pessoa (PB) estende-se por aproximadamente 25 Km,
    constituído por uma sucessão de enseadas abertas e pontais arenosos (cúspides), geralmente
    associados ao abrigo dos recifes rochosos (beach rocks) e/ou recifes algálicos/coralíneos.
    Semelhante a outras regiões costeiras, o litoral paraibano apresenta processos de erosão
    costeira em vários níveis, decorrentes de uma teia complexa que articula elementos naturais e
    sociais. A presente pesquisa tem por objetivo compreender e quantificar as variações da
    dinâmica costeira nas praias da Penha e do Seixas-PB, bem como, as interferências resultantes
    da relação sociedade e natureza nessas praias, tomando como referência o processo de
    urbanização e o turismo em João Pessoa. A base teórico-conceitual fundamenta-se na teoria
    dos sistemas, na discussão da relação de reciprocidade hostil entre a sociedade e a natureza, a
    fim de compreender as origens da degradação ambiental, mormente da erosão costeira nas
    referidas praias. Os procedimentos metodológicos utilizados para elaboração do presente
    trabalho consistiram em: pesquisa bibliográfica e documental, etapas de campo e de
    laboratório. O levantamento bibliográfico enfocou a busca e compreensão dos conceitos de
    natureza, complexidade, e lugar. Além disso, pesquisamos os conceitos atuais que permeiam a
    literatura inerente a Geomorfologia Costeira, procurando dialogar com autores da Geografia e
    áreas afins. As etapas de campo e laboratório foram complementares. Nesta etapa
    monitoramos as variações morfológicas verticais de curto prazo (perfil praial) a partir de três
    pontos ao longo das referidas praias, levantamos dados relativos à hidrodinâmica (altura de
    onda, período de onda, velocidade da corrente litorânea, direção da corrente de deriva,
    velocidade dos ventos, temperatura, e umidade), coletamos amostras de sedimentos em três
    compartimentos praiais (antepraia, estirâncio e pós-praia) para depois, em laboratório,
    realizarmos a análise sedimentológica, por fim, elaboramos a caracterização dos elementos

    O litoral do município de João Pessoa (PB) estende-se por aproximadamente 25 Km,constituído por uma sucessão de enseadas abertas e pontais arenosos (cúspides), geralmenteassociados ao abrigo dos recifes rochosos (beach rocks) e/ou recifes algálicos/coralíneos.Semelhante a outras regiões costeiras, o litoral paraibano apresenta processos de erosãocosteira em vários níveis, decorrentes de uma teia complexa que articula elementos naturais esociais. A presente pesquisa tem por objetivo compreender e quantificar as variações dadinâmica costeira nas praias da Penha e do Seixas-PB, bem como, as interferências resultantesda relação sociedade e natureza nessas praias, tomando como referência o processo deurbanização e o turismo em João Pessoa. A base teórico-conceitual fundamenta-se na teoriados sistemas, na discussão da relação de reciprocidade hostil entre a sociedade e a natureza, afim de compreender as origens da degradação ambiental, mormente da erosão costeira nasreferidas praias. Os procedimentos metodológicos utilizados para elaboração do presentetrabalho consistiram em: pesquisa bibliográfica e documental, etapas de campo e delaboratório. O levantamento bibliográfico enfocou a busca e compreensão dos conceitos denatureza, complexidade, e lugar. Além disso, pesquisamos os conceitos atuais que permeiam aliteratura inerente a Geomorfologia Costeira, procurando dialogar com autores da Geografia eáreas afins. As etapas de campo e laboratório foram complementares. Nesta etapamonitoramos as variações morfológicas verticais de curto prazo (perfil praial) a partir de trêspontos ao longo das referidas praias, levantamos dados relativos à hidrodinâmica (altura deonda, período de onda, velocidade da corrente litorânea, direção da corrente de deriva,velocidade dos ventos, temperatura, e umidade), coletamos amostras de sedimentos em trêscompartimentos praiais (antepraia, estirâncio e pós-praia) para depois, em laboratório,realizarmos a análise sedimentológica, por fim, elaboramos a caracterização dos elementos naturais que influenciam na dinâmica costeira.

  • ÉRICSON DA NOBRIGA TÔRRES
  • Data: 09/09/2009
  • Hora: 00:00

  • ALECSANDRA PEREIRA DA C MOREIRA
  • Data: 08/09/2009
  • Hora: 00:00

  • LENYGIA MARIA FORMIGA ALVES MORAIS
  • Data: 28/08/2009
  • Hora: 00:00

  • PAULA PRISCILA GOMES DO NASCIMENTO
  • Data: 28/08/2009
  • Hora: 00:00

  • ANDREA LEANDRA PORTO SALES
  • Data: 27/08/2009
  • Hora: 00:00

  • NIRVANA LIGIA ALBINO RAFAEL DE SA
  • Data: 27/08/2009
  • Hora: 00:00

  • MARCO ANTONIO ALMEIDA LLARENA
  • Data: 14/08/2009
  • Hora: 00:00

  • EDUARDO ERNESTO DO REGO
  • Data: 31/07/2009
  • Hora: 00:00

  • AMANDA CHRISTINNE NASCIMENTO MARQUES
  • Orientador : MARIA DE FATIMA FERREIRA RODRIGUES
  • Data: 13/07/2009
  • Hora: 00:00

  • VALERIA RAQUEL PORTO DE LIMA
  • Data: 06/04/2009
  • Hora: 00:00

  • SEVERINO DOS RAMOS ALVES DA SILVA
  • Data: 18/02/2009
  • Hora: 00:00

2008
Descrição
  • CARLOS SOARES LOPES
  • Data: 22/12/2008
  • Hora: 00:00

  • ROGERIO SILVA BEZERRA
  • Orientador : EMILIA DE RODAT FERNANDES MOREIRA
  • Data: 30/09/2008
  • Hora: 00:00

  • VILMA LUCIA URQUIZA CAVALCANTE
  • Data: 30/09/2008
  • Hora: 00:00

  • ROSANA NOGUEIRA DA SILVA
  • Data: 29/09/2008
  • Hora: 00:00

  • ALTEMAR AMARAL ROCHA
  • Data: 27/09/2008
  • Hora: 00:00

  • OCIONE DO NASCIMENTO FERNANDES
  • Orientador : DORALICE SATYRO MAIA
  • Data: 27/09/2008
  • Hora: 00:00

  • ANA BERNADETE DE C A SOARES
  • Orientador : MARIA DE FATIMA FERREIRA RODRIGUES
  • Data: 24/09/2008
  • Hora: 00:00

  • RITA DE C GREGORIO DE ANDRADE
  • Data: 24/09/2008
  • Hora: 00:00

  • ALINE BARBOZA DE LIMA
  • Data: 27/06/2008
  • Hora: 00:00

  • FRANKLYN BARBOSA DE BRITO
  • Data: 25/06/2008
  • Hora: 00:00

2007
Descrição
  • RODRIGO BEZERRA PESSOA
  • Data: 09/10/2007
  • Hora: 00:00

  • ERNANI MARTINS DOS SANTOS FILHO
  • Orientador : SERGIO FERNANDES ALONSO
  • Data: 28/09/2007
  • Hora: 00:00

  • IVANALDA DANTAS DA NOBREGA
  • Data: 28/09/2007
  • Hora: 00:00

  • JOCÉLIO ARAUJO DOS SANTOS
  • Data: 27/09/2007
  • Hora: 00:00

  • NAPOLEAO DE FARIAS MARACAJA
  • Data: 27/09/2007
  • Hora: 00:00

  • JOAO TAVARES GUEDES
  • Data: 26/09/2007
  • Hora: 00:00

  • LUCIANO VIEIRA DUTRA
  • Data: 26/09/2007
  • Hora: 00:00

  • ANDERSON ALVES DOS SANTOS
  • Data: 25/09/2007
  • Hora: 00:00

  • EMMANUEL CONSERVA DE ARRUDA
  • Data: 24/09/2007
  • Hora: 00:00

  • FABIANO CUSTODIO DE OLIVEIRA
  • Data: 24/09/2007
  • Hora: 00:00

  • EDINALVA MARIA DA SILVA
  • Data: 21/09/2007
  • Hora: 00:00

  • JOSÉ BENEDITO DE BRITO
  • Data: 30/03/2007
  • Hora: 00:00

  • MARIVALDO CAVALCANTE DA SILVA
  • Data: 28/03/2007
  • Hora: 00:00

  • AVANI TEREZINHA GONCALVES TORRES
  • Data: 13/03/2007
  • Hora: 00:00

2006
Descrição
  • PAULO RENER DE FREITAS SOUSA
  • Data: 30/09/2006
  • Hora: 00:00

  • MÁRCIA MARIA COSTA GOMES
  • Orientador : CARLOS AUGUSTO DE AMORIM CARDOSO
  • Data: 29/09/2006
  • Hora: 00:00

  • ALZENI GOMES DA SILVA
  • Data: 25/09/2006
  • Hora: 00:00

  • JOSINEIDE DA SILVA BEZERRA
  • Data: 14/09/2006
  • Hora: 00:00

  • ALDO GOMES LEANDRO
  • Data: 01/09/2006
  • Hora: 00:00

  • LUCIANA MEDEIROS DE ARAUJO
  • Data: 01/09/2006
  • Hora: 00:00

  • VERA LUCIA ARAUJO
  • Data: 01/09/2006
  • Hora: 00:00

  • EVERALDO VIRGINIO MARTINS JUNIOR
  • Data: 31/08/2006
  • Hora: 00:00

  • MARCOS TAVARES DA FONSECA
  • Data: 31/08/2006
  • Hora: 00:00

  • PAVLA GOULART HUNKA
  • Data: 27/07/2006
  • Hora: 00:00

  • CARMELO RIBEIRO DO NASCIMENTO FILHO
  • Data: 27/04/2006
  • Hora: 00:00

  • PAULO HENRIQUE MARQUES DE QUEIROZ GUEDES
  • Data: 17/02/2006
  • Hora: 00:00

1900
Descrição
  • SILVANIA FELIX DA SILVA
  • Data: 01/01/1900
  • Hora: 00:00