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ANALINE INÊS DE CARVALHO SANTOS
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A PRODUÇÃO ARTÍSTICA DE ESTUDANTES DO CURSO TÉCNICO EM
ARTES VISUAIS DO IFPE/CAMPUS OLINDA E O ARQUÉTIPO DA ÁRVORE:UM ESTUDO BASEADO NA TEORIA DO IMAGINÁRIO
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Data: 18/12/2023
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Hora: 14:00
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Esta pesquisa tem como objetivo compreender as relações míticas das imagens nas produções artísticas de oito estudantes matriculados entre 2020 e 2021 no Curso Técnico em Artes Visuais (CTAV) do Instituto Federal de Educação, Ciências e Tecnologia de PE/ Campus Olinda na modalidade subsequente. O IFPE/ Campus Olinda recebe estudantes de variadas classes sociais, etnias e gênero, sendo, portanto, um espaço eclético, acolhedor e multicultural. A imaginação, a criatividade, o compartilhamento de saberes e as experiências vivenciadas no âmbito educacional, são considerados matérias primas no processo de ensino/aprendizagem nesta instituição. Para o estudo das imagens recorrentes na produção artística dos interlocutores tive como base a Teoria do imaginário, a fim de identificar símbolos, mitemas e mitos. O conhecimento crítico, o fazer artístico e a contextualização das produções são ações que propiciam a germinação de possibilidades de entendimento do percurso de criação. A pesquisa foi iniciada com estudantes em 2022 com a participação de oito estudantes, contribuindo com o envio de cem trabalhos, entrevistas semiestruturas e intervenção por meio de redes online de comunicação (WhatsApp e e-mail). Os dados coletados, foram interpretados à luz da Fenomenologia poética e da Mitocrítica. Gilbert Durand, Bachelard, Barbosa, Ostrower, bell hooks, Cirlot, Chevalier, Gheerbrant, Bachelard, Barcellos e outros autores e autoras dos campos da arte/educação, criatividade e imaginário serviram de fontes enriquecedoras para essa pesquisa. Nos estudos dos dados: pinturas, gravuras, desenhos e esculturas, o olhar mais sensível foi posto como elemento fundante para compreender a existência do imaginário no espaço da arte/educação no Campus Olinda. Sentir-me sensibilizada e atravessada pelas produções dos sujeitos, culminou em reconhecer que o arquétipo da árvore faz parte da minha trajetória pessoal e profissional. A descoberta do arquétipo da árvore também está presente ao longo do texto, bem como a importância que o imaginário exerce no ambiente da criação artística. Como percurso geral, essa escrita apresenta imagens produzidas antes e durante do CTAV
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KAÍSA LORENA OLIVEIRA ANDRADE
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ENTRETECER
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Data: 31/08/2023
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Hora: 19:00
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Esta pesquisa apresenta o processo de criação em rede proposto a dois artistas visuais dissidentes com o objetivo de criar obras hí- bridas, em diálogo com dois curadores. O processo foi dividido em duas etapas: imersão para criação dos trabalhos e a produção da exposição Isto é um roçar de mãos?, no Museu de Arte Moderna Aloísio Magalhães, MAMAM, Recife-PE. O trabalho criativo foi registrado em um caderno de criação colaborativo e as reuniões foram gravadas em áudio e transcritas. Neste processo, os conceitos de autoria, artista, curador, hibridização, dissidência e rede foram explorados e borrados. Colocou-se, assim, em evidência o entretecimento das interpretações e do fazer artístico em grupo.
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MAISA CRISTINA DA SILVA
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O CURSO INTENSIVO DE ARTE NA EDUCAÇÃO (CIAE) E CONTRIBUIÇÕES NA FORMAÇÃO DE
ARTE/EDUCADORES
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Data: 31/08/2023
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Hora: 15:00
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Esta pesquisa tem como objetivo compreender as Experiências em Arte/ Educação
desenvolvidas no Curso Intensivo de Arte na Educação CIAE a partir das narrativas dos
Arte/educadores egressos. Estes Artes/educadores são Rosa Vasconcelos, Maria
Aparecida, Sebastião Pedrosa, Tereza Aragão que participaram do CIAE entre os anos de
1968 e 1977. Curso desenvolvido na Escolinha de Arte do Brasil no Estado do Rio de
Janeiro no período em que as manifestações do Modernismo Cultural proporcionaram
uma atmosfera de valorização da Arte Infantil passível de investigação cientifica, como
instrumento da livre-expressão da criança, a implementação de ensino de arte e em ateliê
para a infância e divulgação da Arte com Experiência Consumatória. O referencial teórico
Experiencias e Narrativa em Walter Benjamin foram implementados para caracterizar e
identificar as Experiencias em Arte/Educação que foram compartilhadas nas narrativas
dos Arte/educadores parceiros da pesquisa. Deste modo, a questão central desta pesquisa
é a seguinte: Quais experiências em arte/educação são narradas por Arte/educadores que
cursaram o CIAE? O acesso as experiencias de formação das artes/educadores no CIAE
são constituídas pela Conversa como Metodologia e a análise de conteúdo em Bardin. Da
análise dos dados foram categorizadas as seguintes experiências: as Experiências em
Arte/educação no CAIE coma a Arte e seu Sistema; Experiências em Arte/educação no
CAIE coma a Epistemologia Modernista; Experiências em Arte/educação no CAIE coma
a Comunidade de Afeto, Experiências em Arte/educação no CAIE coma a
Profissionalidade, Experiências em Arte/educação no CAIE coma a Práxis, Experiências
em Arte/educação no CAIE coma a Curso de Aperfeiçoamento.
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RAQUEL NASCIMENTO DE BRITO
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LADJANE BANDEIRA: DESDOBRAMENTOS DE UMA ARTISTA VISUAL NA EDUCAÇÃO
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Data: 30/08/2023
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Hora: 09:00
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Esta dissertação tem por objetivo geral investigar a contribuição da artista
pernambucana Ladjane Bandeira (1927-1999) para a formação em Artes Visuais, na
cidade de Recife, entre os anos de 1952 e 1955, a partir de seu trabalho como crítica de
arte. Para alcançar esse objetivo geral, apresenta e contextualiza o trânsito da artista pela
Literatura e Artes Visuais em meio aos constrangimentos sociais do Brasil do século XX;
analisa sua produção crítica publicada na Página Arte, do jornal pernambucano Diário da
Noite, no período de novembro de 1952 a agosto de 1955, com um olhar educativo. Esta
é uma Investigação Baseada nas Artes (IBA) que tem por fundamento epistemológico a
Abordagem Triangular, de Ana Mae Barbosa, por compreender que o sentido da
investigação se constrói ao longo do caminho percorrido e, desse modo, experimenta
outras formas de produção de conhecimento, dentro da narrativa da investigação, ao
relacionar as três ações da Abordagem Triangular fazer, ler e contextualizar. Em relação
aos procedimentos, o estudo de revisão histórica para recuperar o lugar de uma mulher
artista que contribuiu com os processos educacionais em Artes Visuais e que, nem
sempre tem seu nome registrado nos compêndios das histórias da Arte brasileira e seus
ensinos, tem caráter bibliográfico e documental. O levantamento documental localizou
124 publicações da Página Arte, sendo 6 referentes ao ano de 1952, 48 do ano de 1953,
40 de 1954 e 30 de 1955. A análise de conteúdo do material documental não definiu
categorias a priori que emergiram na identificação dos temas desenvolvidos em suas
críticas: os discursos sobre arte e suas possíveis funções; seus possíveis fundamentos
teóricos; artistas apresentados e os lugares de arte recomendados; a menção a cursos
de formação em Artes Visuais; a necessidade de lugares específicos para a formação em
Artes Visuais; as dificuldades do cenário artístico local; as possibilidades de acesso à arte
por parte da população pernambucana. O estudo conclui que a artista contribui para a
formação em Artes Visuais, na cidade de Recife, entre os anos de 1952 e 1955, mediante
uma ação efetiva em seu tempo e não meramente especulativa. Seu propósito de
educação visual se somou ao esforço de renovação presente no cenário artístico do Brasil
do século XX ao buscar situar seus leitores no debate do movimento modernista
assumindo, em sua Página, a responsabilidade de educar nos códigos modernistas para
ampliar a recepção desses códigos que são lentamente percebidos e dependem de uma ação pedagógica para tal.
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NATÁLIA DE ARAUJO COSTA
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ÁRVORE GENEALÓGICA: VISUALIDADES DE SI PARA UM ENSINO DE ARTES VISUAIS
ANTIRRACISTA.
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Data: 29/08/2023
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Hora: 14:30
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Esta dissertação, desenvolvida no Programa Associado de Pós-Graduação em Artes
Visuais, da Universidade Federal da Paraíba e Universidade Federal de Pernambuco
(PPGAV UFPB/UFPE), com área de concentração nas Artes Visuais e seus processos
educacionais, culturais e criativos, e, mais especificamente, na Linha de Pesquisa
Processos Educacionais em Artes Visuais, tem por objetivo geral investigar com
estudantes dos cursos de graduação em Artes Visuais, da UFPB, possíveis estratégias
para um Ensino de Artes Visuais Antirracista. Para alcançar esse objetivo geral, apresenta
a discussão sobre Educação Antirracista; caracteriza visualidades antirracistas a partir da
produção de artistas mulheres negras; problematiza visualidades antirracistas com
estudantes dos cursos de graduação em Artes Visuais da UFPB, objetivando fomentar a
construção coletiva de caminhos possíveis para um Ensino de Artes Visuais antirracista.
O estudo se inscreve como uma Investigação Baseada nas Artes (IBA), por compreender
que o objeto de estudo se constrói ao mesmo tempo em que se desenvolve o processo de
investigação, entrelaçado na memória e vivências da pesquisadora e participantes, por
meio de textos verbais e visuais, como formas de interpretar essa experiência. A
investigação se fundamenta no campo de estudo da Cultura Visual e se tece por meio de
uma escrevivência, priorizando a subjetividade que se relaciona com visualidades
denominadas de antirracistas, aberta a interpretações e modos de ver e pensar para
construir outro modo de se colocar diante das imagens. O estudo conclui que a Educação
Antirracista tem sido uma das reivindicações dos movimentos negros que culminou com a
promulgação da Lei n. 10.639/2003, porém a inclusão de conteúdos sobre arte africana e
afro-brasileira não basta para caracterizar uma prática educativa desapegada do racismo
estrutural que ainda impregna as relações sociais. Aponta para uma docência em Artes
Visuais que se aproxime da produção e do fazer de artistas mulheres negras que
abordam a temática do racismo na arte contemporânea brasileira. Constata que nenhuma
imagem pode, por si mesma, propor uma Educação Antirracista e ou um Ensino das Artes
Visuais Antirracista, mas é a ação coletiva de docentes e discentes, a partir e com as
imagens, que pode transbordar o potencial de todas as pessoas afetadas por anacrônicas
noções hierárquicas entre os diversos tons de pele.
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CARLA PRISCILA ANTUNES DOS SANTOS
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ANATOMIA DE UMA MISURA: Imaginário, criação e pesquisa
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Data: 28/08/2023
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Hora: 09:00
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Esta pesquisa apresenta a homologia de um processo de investigação acerca do nascimento de uma misura (assombração) de nome Pássaro-gente em minhas criações e seus desdobramentos em meu trabalho arteeducativo, em minha formação enquanto pesquisadora e na elaboração pessoal de um processo de luto. A gestação do Pássaro-gente conduziu todas as camadas desta pesquisa. A base teórica foi construída essencialmente a partir dos fundamentos do imaginário (Danielle Rocha Pitta/Gilbert Durand). Os procedimentos realizados foram fruto da confluência de métodos oriundos da cartografia (Virgínia Kastrup), da artografia (Belidson Dias) e da mitodologia (Danielle Pitta, Gilbert Durand e Yves Durand). A partir da mitocrítica de minha produção artística e o destaque das redundâncias míticas e principais significados que compõem meu imaginário, compartilho como esses elementos simbólicos se relacionaram com minhas dimensões arteeducadora, pesquisadora e pessoa neurodivergente, o que ofereceu pistas e estratégias possíveis acerca da relação: imaginário, criação e pesquisa arteeducativa.
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MAYELE MARIA SOUZA DE OLIVEIRA
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...AUTOBIOGRAFIA RETICENTE... Inquietações e narrativas de uma
professora de artes
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Data: 15/08/2023
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Hora: 10:00
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Esta produção está inserida no campo do Ensino das Artes visuais e mais especificamente nos processos educacionais em Artes Visuais e tem por objetivo evidenciar a abordagem triangular e a mediação cultural como caminhos importantes para o ensino da arte, explorando as visualidades e possibilidades de produção visual entre o exercício da docência e o desenvolvimento artístico dos(as) alunos(as). Portanto, pretendo nesta escrita destacar minhas primeiras experiências enquanto professora de artes do Centro Educacional Prefeito Eronides Soares (CEPEFS) ancoradas pelas inquietações, conceitos e reflexões acerca da minha identidade profissional, da mediação cultural e da abordagem triangular, além de também explorar como possibilidade investigativa algumas produções visuais minhas e dos(as) alunos(as), entre os anos de 2021 a 2023, nas visitas ao Museu de Arte Moderna Aloísio Magalhães (MAMAM) e Engenho Massangana. Partimos do conceito de Barbosa (2009), que aborda a arte como importante vetor na mediação cultural e social não somente nos espaços educativos museais, bem como na formação do indivíduo em sua totalidade. Nesse contexto, destaco como suporte algumas discussões acerca da construção da identidade, que conforme Hall (2005), é reflexo das multiplicidades do indivíduo moderno e da sociedade que o cerca, sendo essa uma discussão igualmente presente nas ideias de Bauman (2007), que fundamenta essas multiplicidades nos constantes processos de enfraquecimento e mudança da estrutura social e individual solidificada em outrora. Para tanto, toda a escrita, de cunho qualitativo, teve como referência metodológica a autobiografia, que se volta para a subjetividade enquanto parte da epistemologia, considerando seus aspectos individuais na sociedade, como Ferrarotti (1988) evidencia no método biográfico, e Josso (2004) que traz as biografias educativas como relevantes para o processo de formação do indivíduo. O texto está dividido em três capítulos, em que na primeira parte proponho uma contextualização sobre identificação profissional, baseada nas minhas inquietações enquanto professora de artes. Já no segundo capítulo, apresento a mediação cultural ancorada por duas experiências de visitação, como caminho importante para o ensino aprendizagem das artes. E por fim, o terceiro capítulo remonta de maneira visual as produções pessoais e dos meus alunos e alunas do CEPEFS, que refletem direta e indiretamente a proposta triangular de Barbosa (1998)
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WELLINGTON SOARES GOMES
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EXPERIÊNCIAS EM SALA DE AULA DE UMA BIXA PRETA: CONTRIBUIÇÕES PARA UMA EDUCAÇÃO A PARTIR DA DISSIDÊNCIA INTERSECCIONAL
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Data: 10/08/2023
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Hora: 14:00
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Esta pesquisa visa compreender quais as possíveis contribuições da/o professora/r de Artes Visuais para questões relacionadas às dissidências interseccionais (gênero, sexualidade e raça) nas salas de aula da Educação Básica (6º ao 9º ano). Tem como objetivos específicos: a) apresentar e refletir sobre as experiências em sala de aula na Educação Básica pautadas nos processos de pesquisa autobiográfica; b) compreender aspectos das dissidências interseccionais (raça, gênero e sexualidade) e o ensino das Artes Visuais e; c) investigar, experimentar e refletir sobre a metodologia PROVOQUE (Problematizando Visualidades e Questionando Estereótipos) como possibilidade de ação educativa em Artes Visuais na Educação Básica. O estudo acontece nos campos da Educação da Cultura Visual a da dissidência Interseccional e está ancorada na perspectiva da narrativa autobiográfica. O tema da pesquisa tem origem na necessidade de discussões qualificadas sobre a dissidência interseccional nas aulas de aula da Educação Básica e na ausência de registros educacionais a partir de narrativas de profissionais dissidentes, neste caso, uma artista professora e pesquisadora bixa preta. A pesquisa é concluída com o entendimento de que o campo educacional, especificamente o ensino das Artes Visuais na Educação Básica, está cada vez mais transitado por sujeitos dissidentes que, por sua vez, transformam a escola em um espaço de existências possíveis. E ainda, que a escrita autobiográfica é uma estratégia política de legitimação de corpos dissidentes em espaços educacionais e que metodologias de ensino que problematizam visualidades comuns abrem portas para o questionamento das relações de poder.
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RAISA FILGUEIRA SOARES GOMES
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HISTÓRIAS (NÃO) CONTADAS: O ACERVO DE ARTE POPULAR DO CENTRO CULTURAL SÃO FRANCISCO E A POTÊNCIA DOS FOLGUEDOS
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Data: 24/07/2023
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Hora: 14:00
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Entre bois, curvas, lacunas, fissuras e carrancas se esmerando para afastar os maus espíritos, há um trabalho curatorial que figura junto a um corpo colonial e contracena com o claro e escuro e os cheios e vazios do lugar, numa relação diversa. Para ver, sentir e ouvir as vozes do acervo de arte popular do Centro Cultural São Francisco é preciso subir a escada de acesso às obras que caminham junto ao tempo, às camadas pueris e metafísicas de uma construção de narrativas, que insistem em ser e estar, quando a máxima é apagar e emudecer. É nesse lugar, nas dependências do Antigo Convento de Santo Antônio, localizado na cidade de João Pessoa/Paraíba, hoje Centro Cultural São Francisco(CCSF), que (re)existe o acervo de arte popular, proveniente da exposição Brasil, Arte Popular Hoje, realizada no final da década de 1980, com curadoria da antropóloga, escritora e museóloga Lélia Coelho Frota, em fusão com o acervo de arte popular da Universidade Federal da Paraíba (UFPB). Múltiplas linguagens são contempladas no acervo, bem como trabalhos artísticos de muitas localidades do Brasil, como a xilogravura, a cerâmica, a arte indígena e afro-brasileira, os ex-votos, entre outros. As demais linguagens englobam inúmeras temáticas, tais como, os folguedos e brincadeiras populares oriundas do nordeste do Brasil, a exemplo do Cavalo Marinho, Reisado e Boi de Reis, manifestações artísticas e performativas que contam histórias e simbolizam tradições por meio da dança, da música e dos rituais cênicos. Assim, a pesquisa se objetiva em estudar o acervo de arte popular do Centro Cultural São Francisco, através de um olhar voltado para o diálogo entre os artistas e obras que registraram os folguedos e a potência dessas manifestações culturais para além do Antigo Convento de Santo Antônio. Logo, os objetivos específicos do presente trabalho são: Discorrer sobre os caminhos curatoriais do Acervo de arte popular do CCSF, proveniente da exposição Brasil, Arte Popular Hoje; Revelar histórias (não) contadas, a partir da percepção do acervo em sua totalidade, porém, com um enfoque nos folguedos retratados no universo do acervo e da exposição; Mostrar uma arte popular viva mediante os folguedos brincados na rua, utilizando como ferramenta imagens do acervo que dialoguem com o cenário atual das brincadeiras que acontecem na Paraíba, indo além dos limites espaciais de um museu de pedra e cal e revelando tradições artísticas populares potentes e vivas.
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PABLO MENEZES NÓBREGA
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NO SENTIDO DE UM PENSAMENTO: A Criação Sonora Como Amplificador Visual
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Orientador : JOAO DE LIMA GOMES
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Data: 20/06/2023
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Hora: 14:00
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O presente projeto se propõe a investigar as relações entre som, imagem e novas tecnologias a partir da perspectiva da arte contemporânea, em uma metodologia de revisão teórica e aplicação empírico-criativa. Sendo um projeto desenvolvido dentro da linha de Processos Criativos no programa de pós-graduação em Artes Visuais da Universidade Federal da Paraíba, a dissertação deseja esmiuçar o manancial teórico em relação à trajetória do próprio artista. No Sentido de um Pensamento, enquanto obra artística, se pretende um projeto híbrido entre corpo, fotografia e paisagem sonora. Um aporte sonoro que acrescenta distintos significados de acordo com a relação espacial entre espectador e obra. O experimento, assim, se desdobra na prática em um sistema de sensor de movimentos que amplia a experiência fotográfica através da criação sonora e sua cadeia de camadas somadas às diferentes leituras de uma imagem. Por fim, este projeto persegue a ideia de que uma construção sonora mais fluida consegue provocar diferentes significados de acordo com o manancial subjetivo de cada indivíduo observador; ou seja, o objeto artístico é infinitamente distinto, pois muda de acordo com o interesse do visitante. Para chegar ao ponto que nos encontramos e entendendo o processo de criação como sempre infindo, a revisão teórica deste projeto se debruça sobre os estudos de Michel Chion, Murray Schafer e Brian Eno, três pensadores da arte sonora
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ELIS MARINA RIGONI PERLINI
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Terra Vertida
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Data: 28/02/2023
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Hora: 14:00
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Terra Vertida é uma convocação. Ao utilizar fotografias e textos que buscam códigos documentais e evocativos, essa investigação busca trazer discussões sobre as relações entre arte e vida; land use e as possíveis perspectivas para adiar o fim do mundo. As etapas e procedimentos de construção de duas casas feitas de sacaria de terra são apresentadas e as reverberações nas paisagens social e ambiental em que estão inseridas são discutidas, auxiliadas por reflexões acerca das consequências que o legado da modernidade tem deixado para a natureza. Passando pela compreensão que somente é possível se construir lares quando esses são vertidos com diversas mãos, mãos que possuem histórias para que sejam escritas e contadas. Os relatos buscam evocar algo de ficcional, não como fora da realidade, mas sim como experiência que narra vivências fora da hegemonia do asfalto e do cimento
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ANA CLÁUDIA DE OLIVEIRA FREITAS
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Entre conversas e visualidades: as práticas em artes visuais na Educação Infantil em instituições públicas da cidade de Guanambi-BA
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Data: 28/02/2023
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Hora: 10:00
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O presente estudo foi desenvolvido na linha de pesquisa Artes Visuais e seus processos educacionais, culturais e criativos, do Programa Associado de Pós-Graduação em Artes Visuais da Universidade Federal da Paraíba e da Universidade Federal de Pernambuco PPGAV UFPB/UFPE, a partir de interesses despertados e experienciados no campo das artes enquanto apreciadora, estudante, artista, mãe e professora de Arte que observa, por diferentes ângulos, as potencialidades dos ambientes educacionais, especialmente no trato das Artes Visuais com crianças, cuja frequência escolar se torna obrigatória aos quatro anos de idade com a Lei nº 12.796/2013 e a qual presencio cotidianamente enquanto professora formadora de uma universidade pública localizada na cidade de Guanambi - BA. A partir das experiências vivenciadas, teve a presente investigação como problematização: como estão acontecendo as práticas em Artes Visuais em pré-escolas públicas da cidade de Guanambi - BA? Diante desta questão, buscou-se compreender como professoras pensam e praticam as Artes Visuais na pré escola de instituições públicas da cidade de Guanambi, Bahia. Para tanto, buscamos compreender o lugar das Artes Visuais nos documentos municipais que regem a Educação Infantil; perceber e identificar as imagens e visualidades presentes no ambiente escolar das crianças, bem como compreender as concepções e práticas de docentes da Educação Infantil, especificamente na pré-escola, acerca das Artes Visuais, por entendê-la como linguagem estética e como tal, um campo de conhecimento com códigos específicos que necessitam de formação e nutrição. No que se refere à orientação teórica, dialogamos com autoras e autores que discutem nos campos Arte Educação, Artes Visuais, Cultura Visual e Infância como: Ana Mae Barbosa (2010, 2009, 2008, 2004, 2001), Luciana Esmeralda Ostetto (2018, 2011), Mirian Celeste Martins (2011, 1998), Susana Rangel Vieira da Cunha (2021, 2005), Paul Duncum (2011, 2010), Loic Chalmel (2004) e Mary Del Priore (2002). Como encaminhamentos metodológicos utilizamos a análise documental de Menga Lüdke e Marli Eliza Dalmazo Afonso de André (2018), a conversa em Raphael de Souza et. al. (2019), Andréa Serpa (2010) e a observação participante segundo Maria Cecília de Souza Minayo (2010), em dois estabelecimentos de Educação Infantil na sede do município de Guanambi BA e seis professoras, concursadas no município, que atuam na pré-escola. Como instrumentos de registros, lançamos mão dos diários de campo, Maria Cecília de Souza Minayo (2010), e a fotografia, Olga Maria Botelho Egas (2018), aqui entendida não apenas como uma forma de registro, mas como a construção de uma ideia visual do percebido durante a investigação. Por fim, elegemos o Método de Interpretação de Sentidos a partir de Romeu Gomes (2009), objetivando articular nossos objetivos, a base teórica adotada e os dados obtidos empiricamente
durante a investigação.
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LOUISE DOS REIS GUSMÃO ANDRADE
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LINHA MOTRIZ
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Data: 28/02/2023
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Hora: 09:00
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Linha Motriz é um projeto artístico, na linha de processos criativos em artes visuais,
equivalente à dissertação de mestrado, composto principalmente por trabalhos que
têm como poética visual a arte têxtil. Trata-se da elaboração de uma pesquisa
acadêmica que coloca em evidência o desenvolvimento e aprofundamento de minha
pesquisa artística autoral, abarcando as exigências e as demandas do processo de
pesquisa em poéticas visuais, promovendo as tessituras que geram, conjuntamente à
prática, as reflexões críticas, registros e estudos teóricos imbricados nesta
investigação. Desta maneira, compartilho aqui, em uma narrativa pessoal e em
primeira pessoa, os caminhos, as testagens e referências de onde derivam os sentidos
e os entrelaçamentos que tecem essa trama, costurada pelos atravessamentos desse
território político-afetivo, germinados entre o processo poético da feitura do bordado
e o papel da arte têxtil contemporânea como meio de reapropriação do espaço social e
político da mulher.
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LUCIENE TORRES DE CARVALHO NUNES
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Arte como necessidade de vida: uma construção de processos criativos em
pinturas autorais ( 2020 2023)
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Data: 28/02/2023
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Hora: 09:00
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A presente Dissertação é um projeto de pesquisa dentro da linha de Processos Criativos em Artes
Visuais com uma produção que faz parte da arte, vida e criação, termo imbricado para entender
a arte como necessidade de vida do eu sujeito, mulher, branca, artista, brasileira, nordestina, cuja
produção em artes expressa especificamente o que vivenciei na cidade do Recife, desde o ano
de 2020 até 2023, compreendendo o período pandêmico da covid 19, numa grande cidade
urbana brasileira que teve impactos semelhantes em outras grandes cidades do Brasil e do
mundo. Procurei criar uma poética com os sentidos e memórias vivenciadas neste contexto de
isolamento, novos hábitos sanitários, reorganização social, violência, desigualdade social,
questões de gênero, tudo inserido em um ambiente político desastroso e polarizado, assim
apresento e fragmento este tempo na linguagem da pintura contemporânea e suas
possibilidades poéticas com a série, Arte Como Necessidade de Vida, cujas primeiras obras
participaram de exposição no início do ano de 2022, onde apresento também os esboços,
desenhos, escolhas cromáticas, logística do tempo, materiais e outras informações que levam a
dizer que finalizei parte de um conjunto de obra de uma vida de artista. A construção desta
poética visual em pintura, uma linguagem antiga e tradicional, é uma persistência em artes
trazendo reflexões sobre sujeito e sociedade, e quanto a averiguação deste fazer artístico conto
com suportes norteadores das literaturas, Gesto Inacabado (2012) de Cecilia A. Salles, O Mal-
Estar da Pós-Modernidade (1998) de Zygmunt Bauman (1925 2017) e A Persistência da
Pintura de Gaudêncio Fidelis e Paulo Sérgio Duarte (2005).
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FLÁVIA ROBERTA ALVES COSTA
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ARTES INDÍGENAS NA ESCOLA NÃO INDÍGENA: CONVERSAS COM DOCENTES DE ARTES VISUAIS DA PREFEITURA DO RECIFE
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Data: 28/02/2023
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Hora: 08:00
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O presente trabalho é elaborado tendo como foco de investigação o ensino das temáticas indígenas nas aulas de Artes Visuais em escolas Integrais da Rede Municipal da cidade do Recife. A pesquisa se debruça sobre o pensamento decolonial, ensino da arte e arte indígena contemporânea e tem como objetivo compreender como a temática em tela é abordada no campo das Artes Visuais nos Anos Finais do Ensino Fundamental dessas escolas. O estudo pretende caminhar por uma abordagem decolonial, pois trata-se de uma investigação que busca superação de padrões epistemológicos hegemônicos e que pretende trazer a discussão sobre como é vista e compreendida as produções artísticas dos povos originários do Brasil nessas escolas, propondo esse pensar com os/as docentes a partir da conversa como metodologia de pesquisa. Além do estado do conhecimento levantado sobre a temática em estudo, na pesquisa de natureza qualitativa, utilizaremos a Análise de Conteúdo como recurso metodológico para investigar as orientações acerca das temáticas indígenas contidas no Currículo, na Política de Ensino da rede municipal e para o estudo das conversas com docentes sob o viés teórico do pensamento decolonial.
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EVA CAROLINE DE SENA CASTRO
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O SAGRADO NAS ARTES: HISTÓRIA, ACERVO E PÚBLICO DO MUSEU DE
ARTE SACRA ESCRITOR MAXIMIANO CAMPOS
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Data: 27/02/2023
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Hora: 14:00
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Os museus são espaços destinados a conservação e preservação do patrimônio, seja ele
cultural ou artístico, onde o público tem a possibilidade de refletir socialmente por meio
do contato com o patrimônio diverso e plural. O público, por sua vez, também é diverso
e heterogêneo, e é campo de pesquisa e interesse de estudo por parte dos museus.
Assim, a presente investigação tem como objetivo analisar a experiência, face à Arte
Sacra, do público visitante do Museu de Arte Sacra Escritor Maximiano Campos,
localizado no município de Goiana em Pernambuco, Brasil. A pesquisa, caracterizada
como estudo de público, é bibliográfica, exploratória, descritiva e documental, sob
abordagem quali-quantitativa, conformada como estudo de caso. São sujeitos da
pesquisa, os estudantes dos cursos oferecidos pelo setor de cultura do Sesc-Goiana, ao
qual o museu tem vinculação. Utiliza, como instrumento de coleta de dados,
questionário composto por questões abertas e fechadas. Como procedimento de análise
dos dados, emprega a Análise de conteúdo pelo estabelecimento de categorias
temáticas: perfil socioeconômico do público do Museu de Arte Sacra Escritor
Maximiano Campos; frequência e conhecimento do museu; motivações, contribuições e
percepções da visita; e considerações particulares. Os resultados dão conta de que o
público investigado demonstra interesse pelas exposições do museu, que este visita o
museu entre duas ou mais vezes ao ano, que realça a necessidade de maior divulgação
das ações do museu e que suas experiências de visita partem do seu repertório
individual, alinhada às experiências comunitárias, uma vez que a memória perpassa
pelos campos individual e coletivo. Conclui que a trajetória histórica, construída pelo
acervo do Museu de Arte Sacra Escritor Maximiano Campos, e apresentada por este
museu perpassa a história e memória do município de Goiana e de seus habitantes,
possibilitando experiências com a arte sacra entendendo-a não apenas como a
simbologia e a materialização do sagrado, mas também na perspectiva de seu valor
patrimonial.
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AUVANEIDE FERREIRA DE CARVALHO
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CURSOS DE FÉRIAS NA ESCOLINHA DE ARTE DO RECIFE: FOCO NA FORMAÇÃO DE
ARTE/EDUCADORES/AS DE 2016 - 2020
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Data: 24/02/2023
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Hora: 10:00
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Este estudo buscou investigar como acontecem as formações das/os arte/educadoras/es
nos cursos de férias da Escolinha de Arte do Recife (EAR) no período de 2016 a 2020.
Para isso, foi necessário, primeiro identificar quais são as práticas formativas
desenvolvidas na Escolinha de Arte do Recife. Também identificar quais são as ações
de Ensino de Arte realizadas na Escolinha de Arte do Recife, como também mapear e
analisar quais as concepções presentes nas práticas formativas desenvolvidas para as/os
arte/educadoras/es nos cursos de férias da Escolinha de Arte do Recife no período de
2016 a 2020. Partindo da análise de estudos que estão na BDTD podemos perceber a
invisibilidade presente quando o assunto é formação dos arte/educadores nas EAR. A
dissertação está organizada em três seções onde a primeira aborda o Movimento
Escolinhas de Arte e apresenta a EAR e seus acervos à luz de (SILVA; SANTOS;
AZEVEDO, 2013) e (ALVES, 2018). A segunda parte trata das concepções de
formação para arte/educadoras/es (ARAÚJO E SILVA, 2009), (SILVA, 2005 e 2015),
(SILVA, 2021). Educação não formal (TRILLA, 2008) e (GOHN, 2010). O estudo se
insere numa abordagem qualitativa de pesquisa em educação e adotamos o método de
pesquisa documental (MINAYO,2016), (SÁ-SILVA, ALMEIDA, GUINDANI, 2009).
O trabalho evidencia a prática de formação para arte/educadoras/es no viés crítico-
reflexivo da formação docente.
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CASSIA CRISTINA DOMINGUEZ SANTANA
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Raízes
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Data: 13/02/2023
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Hora: 09:00
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Aqui figuram conotações simbólicas contadas nas entrelinhas de uma poética visual que enreda arte têxtil, ilustração, memória e identidade cultural. A palavra raízes contorna laços memoriais, culturais e acadêmicos. Em um retorno às minhas raízes, presente no rememorar saberes, locais e culturas, entrelaço três elementos têxteis, desenhos e o fruto cacau que fundamentam minhas noções identitárias para apresentar uma poética trabalhada no campo das artes visuais com facetas interdisciplinares. Por meio da linguagem artística, cartografo uma poética visual, delineada entre lembranças e visualidades contemporâneas que me cercam para desenvolver a série de obras, titulada Raízes, materializada entre papel e têxtil. O processo criativo resgata técnicas e saberes tradicionais têxteis para criar ilustrações imaginadas de uma realidade afetiva relativa. A personagem central das ilustrações se apresenta por meio de uma materialização da imagem/metáfora da cidade de Ilhéus, celebrada como a Princesinha do Sul da Bahia e desfila ornamentada de lembranças ressignificadas a partir de uma imersão nos sentidos. Assim, retalhos de visualidades simbólicas corporificam-se em ilustrações tecidas, costuradas, bordadas e poetizadas a partir das relações entre espaços, tempos e sujeitos. Paralela a esta proposta central, foram desenvolvidos outros artefatos inerentes aos processos artístico-criativos, como a construção de um livro-objeto de artista, experimentações e criações literárias por meio de poemas livres, peças têxteis tridimensionais, vídeos de registros e o projeto gráfico da série aqui apresentado.
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ANA PAOLA VIANNA OTTONI DE SIQUEIRA
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O futuro será coletivo ou não será? Práticas poéticas e políticas no espaço urbano pandêmico: o caso das @tarantinas
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Data: 02/02/2023
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Hora: 14:00
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O futuro será coletivo ou não será? Práticas poéticas e políticas no espaço urbano pandêmico, é uma pesquisa teórico- crítica que experimenta a escrita auto ficcional para narrar o encontro da pesquisadora/espectadora com a produção de ações de intervenção urbanas do coletivo @_tarantinas, na intenção de relacionar estas práticas com o espaço urbano no período da pandemia. Acrescenta ainda, no campo das artes visuais, os processos de produção da projeção expandida e do ativismo como arte, investigando questões de temporalidade, materialidade da imagem, espacialização e da possível participação do espectador. Este trabalho dedica-se a investigar um conjunto de ações de intervenção artísticas realizadas pelo coletivo no primeiro ano da pandemia, entre março de 2020 a fevereiro de 2021, nas cidades de Natal, RN e Rio de Janeiro, RJ.
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