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SOARES ELIAS RODRIGUES LIMA
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PERFIL LIPÍDICO E PROTEICO DO QUEIJO DE COALHO CAPRINO: INFLUÊNCIA DOS SISTEMAS DE PRODUÇÃO CONFINADO
E EM BIOMA CAATINGA
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Data: 30/09/2016
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Hora: 14:00
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O aspecto dietético peculiar de cada região é uma variável determinante na composição do leite caprino, exercendo impacto direto nos produtos lácteos. O objetivo dessa pesquisa foi avaliar a influência dos sistemas de alimentação confinado e em pasto do bioma Caatinga sobre o perfil lipídico e proteico do queijo de coalho de cabras leiteiras. Como resultados, observou-se que o teor de extrato seco total e gordura do leite, bem como o perfil de ácidos graxos, cor instrumental e os atributos sensoriais de aparência lisa e cor esbranquiçada do queijo de coalho dos animais a pasto foram influenciados quando comparados ao sistema confinado. Em geral, o bioma Caatinga proporcionou menor teor de ácidos graxos saturados de cadeia média C11:0, C12:0, C14:0, C:14:1 no produto obtido, representando aspecto positivo à saúde humana. Entretanto, o perfil proteico pouco diferiu quando comparados os sistemas de alimentação, destacando-se as principais proteínas αs-caseinas, β-caseínas e κ-caseínas. Além do mais, os queijos de coalho elaborados obtiveram boa aceitação quanto ao aspecto sensorial. Portanto, a escolha do sistema de alimentação que melhor se adequa as condições regionais parece ser uma estratégia direcionada para a valorização dos produtos lácteos caprinos.
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ANA CARLA BORBA DE AZEVEDO
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INATIVAÇÃO DA ENZIMA POLIFENOLOXIDASE NA VARIEDADE DE CANA-DE-AÇÚCAR RB 92579 COM OZÔNIO
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Orientador : FLAVIO LUIZ HONORATO DA SILVA
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Data: 30/09/2016
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Hora: 09:00
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A definir
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ELVIRA DE LOURDES CHAVES MACEDO
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USO DO SORO DE QUEIJO CAPRINO PARA A PRODUÇÃO DE BACTERIOCINAS POR Lactococcus lactis PARA APLICAÇÃO COMO BIOCONSERVANTE FRENTE A Listeria monocytogenes
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Data: 30/09/2016
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Hora: 09:00
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Bacteriocinas são pequenos peptídeos catiônicos produzidos espontaneamente ou de forma induzida por bactérias láticas e são capazes de inibir a multiplicação de outras bactérias incluindo micro-organismos deterioradores e patógenos, a exemplo da Listeria monocytogenes. A utilização de uma microbiota protetora capaz de produzir bacteriocinas tem sido considerada uma alternativa tecnológica para aumentar a vida útil dos alimentos e garantir sua inocuidade. A produção de bacteriocinas geralmente é realizada em meios de cultura complexos e caros; contudo, a possibilidade de maximizar o retorno da produção de bacteriocinas pelo uso de resíduos ou subprodutos da indústria alimentícia tem encorajado pesquisas com este enfoque. Na indústria de laticínios, o soro gerado durante a produção de queijo é o maior subproduto e, por ser o soro de queijo bovino já mundialmente explorado, surge o estímulo para o uso do soro de queijo caprino, seguindo o mesmo propósito. Dentro dessa proposta esse estudo objetivou determinar as melhores condições de produção de bacteriocinas por Lactococcus lactis cultivado em soro de queijo caprino, e avaliar o seu potencial inibidor frente a Listeria monocytogenes. Um delineamento central composto rotacional (DCCR) foi empregado para otimizar as variáveis independentes, temperatura de incubação e do ingrediente prebiótico Synergy 1® na produção de bacteriocinas. As variáveis dependentes avaliadas foram a atividade antimicrobiana (halo de inibição em mm), a viabilidade da cultura L. lactis (log UFC/ml) e o pH. Os experimentos foram acompanhados nos tempos 0, 6, 12, 18 e 24 h. A condição que proporcionou maior produção de bacteriocinas, avaliada através da atividade antimicrobiana frente a L. monocytogenes, foi pouco influenciada pela adição do ingrediente prebiótico Synergy 1®. A melhor condição foi observada na temperatura de 31 °C e atingiu halo máximo de inibição de 10,05 ±0,07 mm após 18 horas de incubação. A otimização demonstrou que o maior valor de atividade antimicrobiana é obtido incubando-se a temperatura de 31 °C sem adição de Synergy 1®. Já para a obtenção maior viabilidade do micro-organismo em estudo as condições ótimas foram temperatura de 28 °C e adição de 9 g/100 ml de Synergy 1®. Os maiores halos ocorreram quando a faixa de pH final esteve em 3,88 ±0,01 enquanto que os menores valores de pH foram atingidos no intervalo de temperatura de 27 a 35 °C. A maior viabilidade (9,20 ±0,01 log UFC/ml) foi encontrada quando se adicionou o prebiótico na concentração de 6 g/100 ml e incubou-se o soro a 25 °C. Os resultados demonstraram que há viabilidade no uso do soro de queijo caprino como meio de cultura para produção de bacteriocinas por L. lactis com ação antilisteria, representando uma alternativa para a exploração desse subproduto.
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ROBERTA CONCEIÇÃO RIBEIRO VARANDAS
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FORMULAÇÃO DE RAÇÃO PARA JUVENIS DE Litopenaeus vannamei A PARTIR DE ESPÉCIES REGIONAIS DE MICROALGAS
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Data: 28/09/2016
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Hora: 09:00
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A carcinicultra é uma das atividades econômicas que mais cresce no Nordeste. A espécie de camarão mais cultivada é a Litopenaeus vannamei. O objetivo desta pesquisa foi selecionar cepas de microalgas com potencial para produzir ração para camarão juvenil Litopenaeus vannamei, bem como formular rações substituindo parcialmente a farinha de peixe pela biomassa dessas microalgas nas quais foram previamente selecionadas. Foram escolhidas oito espécies de microalgas proveniente do banco de microalgas do Laboratório de Ambientes Recifais e Biotecnologia com Microalgas (LARBIM/UFPB): D9Z- Spirulina plantesis; D26Z-Desmodesmus; D29Z- Chlorococum sp cf hypnosporum; D39Z- Planktrothrix isothrix; D115WC- Scenedesmus acuminatus; 133WC- Lagerheimia longiseta; D359WC- Chlorella sp; D61Z- Kirchneriella lunaris. O cultivo das microalgas foi realizado no Laboratório de Ambientes Recifais e Biotecnologia com Microalgas (LARBIMN/UFPB), em bancada. Foram utilizados os meios de cultivo WC e Zarrouk. O crescimento foi acompanhado por contagem celular e também pela fluorescência in vivo. A biomassa foi concentrada em centrifuga, os concentrados congelados e liofilizados. Nas biomassas foram quantificadas: proteínas, carboidratos e lipídios totais. Na composição química das rações foram determinados os teores de umidade, cinzas, proteínas, lipídios, cálcio e fósforo. Os resultados foram submetidos à análise de variância (ANOVA), seguida do teste de Tukey (P<0,05). Quatro rações experimentais foram elaboradas com 35% da proteína bruta sendo a farinha de peixe substituída por 40% da biomassa de três microalgas. Os maiores crescimentos foram registrados em Desmodesmus sp., S. platensis, Chlorococcum sp cf hypnosporum, Planktothrix isothryx e Chlorella sp, que apresentaram, respectivamente, os maiores valores de biomassa e número de células. A segunda, a terceira e a última foram selecionadas para a formulação das rações por apresentaram os maiores teores de proteína. As rações formuladas têm composição química semelhante à das rações comerc,iais. Os dados indicam que Chlorella sp., C. sp cf hypnosporum e S. platensis podem ser utilizadas na substituição parcial da farinha de peixe em rações para camarão juvenis de L. vannamei.
Palavras-
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GENILSON BATISTA DE OLIVEIRA
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AVALIAÇÃO DA QUALIDADE DO CAMARÃO Litopenaeus vannamei (Boone, 1931) ARMAZENADO SOB EFEITO DO CONGELAMENTO ASSOCIADO AO USO DO SORBATO DE POTÁSSIO
JOÃO PESSOA
2016
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Data: 26/09/2016
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Hora: 08:30
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A procura por produtos que fornecem mais que saciedade as pessoas, vem fazendo com que o homem explore alimentos marinhos como fonte de alimentação alternativa e saudável. Dentre as várias espécies de pescado, o camarão vem ganhando ênfase, devido a sua composição nutricional e os efeitos benéficos à saúde. Mas por ser um alimento muito perecível, alguns métodos de conservação vem sendo pesquisados com o objetivo de prolongar sua vida de prateleira, neste trabalho, averiguou-se o emprego de aditivos associado a o uso de baixas temperaturas. As amostras foram obtidas de uma empresa local, acondicionadas e transportadas ao Centro de Tecnologia e de Desenvolvimento Regional - UFPB. Os produtos foram elaborados a partir de camarões inteiros e posteriormente, submetidos a 10 diferentes tratamentos: T1 e T6 - sem aditivo (controle), T2 e T7- solução de sorbato de potássio a 0,1%, T3 e T8 - solução de sorbato de potássio a 0,3%, T4 e T9 - mistura (sorbato de potássio, eritorbato de sódio e cloreto de sódio) a 0,1% e T5 e T10 - mistura (sorbato de potássio, eritorbato de sódio e cloreto de sódio a 0,3%). As amostras de T1, T2, T3, T4 e T5 foram submetidas ao congelamento lento (freezer) temperatura de -18°C e as amostras T6, T7, T8, T9 T10 foram submetidas a congelamento rápido (túnel de congelamento) temperatura de -34°C e em seguida foram armazenadas (-18 °C) por um período de 60 dias de avaliação. Efetuaram-se análises físicas e químicas tais como pH, atividade de água, rendimento na cocção, capacidade de retenção de água, textura, cor, bases voláteis totais e substâncias reativas ao ácido tiobarbitúrico e análises microbiológicas nos tempos 0 e 60 dias. Pode-se concluir que o efeito do sorbato de potássio associado a baixas temperaturas manteve a qualidade do camarão cultivado, mantendo-se valores dentro dos padrões exigidos pela legislação, quando equiparados aos da literatura.
Palavras chave: Tecnologia de Alimentos, Camarão, Qualidade, Congelamento, Aditivos.
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MARIA DIGIAN DE OLIVEIRA ARRUDA
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AVALIAÇÃO DA SOBREVIVÊNCIA E CRESCIMENTO DE L. MONOCYTOGENES E S. AUREUS EM QUEIJO DE COALHO DURANTE ARMAZENAMENTO SOB BAIXAS TEMPERATURAS.
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Data: 19/09/2016
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Hora: 09:00
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O queijo de coalho, caracterizado como um queijo de baixa maturação é um alimento típico produzido em vários Estados da região Nordeste do Brasil. Este produto apresenta potencial de atuar como substrato favorável para sobrevivência e crescimento de bactérias patogênicas devido ao elevado pH e teor de umidade quando comparado aos queijos maturados. Alguns estudos têm detectado contagens elevadas de Staphylococcus aureus e presença de Listeria monocytogenes em amostras de queijo de coalho, sendo estas bactérias reconhecidas como perigos para a segurança microbiológica de queijos frescos ou de baixa-maturação em vários países. O presente estudo avaliou a sobrevivência e crescimento de cepas de L. monocytogenes (ATCC 7644 e ATCC 19115) e S. aureus (ATCC 13565 e ATCC 19095), adaptadas a antibióticos específicos, em queijo de coalho ao longo de 14 dias em função do tipo de cepa inoculada, do nível de contaminação inicial (3 e 5 log UFC/g) e da temperatura de armazenamento (7,5 e 12 ºC). Ainda, foi avaliada a ocorrência de alterações nos parâmetros físico-químicos das amostras de queijos contaminados ao longo do período de armazenamento. As contagens de ambas as cepas testadas de L. monocytogenes e S. aureus aumentaram ao longo do período avaliado nas amostras de queijo mantidas a 7,5 ou 12 °C. Ao término do período de armazenamento, o aumento na população de L. monocytogenes e S. aureus foi sempre superior a 0,5 e 1 log UFC/g nas amostras mantidas a 7,5 e 12 ºC, respectivamente, quando comparadas ao nível de contaminação inicial. O início do aumento na população de L. monocytogenes e S. aureus ocorreu de forma antecipada quando as amostras foram mantidas a 12 ºC. Populações de L. monocytogenes de 3,9 - 6,2 e 4,3 - 6,4 log UFC/g, e de S. aureus de 4,1 6,0 e 4,2 - 6,4 log UFC/g, foram detectadas no 14° dia de armazenamento a 7,5 e 12 ºC, respectivamente. Poucas variações nos valores de pH e acidez foram verificadas nas amostras de queijo de coalho ao longo do armazenamento em ambas as temperaturas testadas. Estes resultados indicam que L. monocytogenes e S. aureus podem sobreviver e se multiplicar em queijo de coalho armazenado a 7,5 ou 12 °C, entretanto o aumento da população destas bactérias ocorre de forma antecipada quando o produto é armazenado a 12 ºC. Assim, a adoção de boas práticas de fabricação e o controle rigoroso da temperatura de refrigeração durante o armazenamento são aspectos fundamentais para evitar a contaminação e retardar o crescimento de L. monocytogenes e S. aureus em queijo de coalho, diminuindo, desta forma, os riscos de ocorrência de doenças transmitidas por alimentos a partir do consumo deste produto.
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KATYA ANAYA JACINTO LOPES
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PEPTÍDEO DE ÁGUA DE COCO CnAMP1: MÉTODOS ANALÍTICOS E EFEITOS EM LINHAGENS DE CÉLULAS HUMANAS
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Data: 26/08/2016
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Hora: 14:00
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Alimentos de origem vegetal são ricas fontes de peptídeos biologicamente ativos que podem desempenhar importante papel na prevenção de doenças. Dentre esses alimentos destaca-se a água de coco (Cocos nucifera L.), que é considerada uma bebida de alto valor nutritivo e abundante em compostos bioativos, como o CnAMP1, peptídeo natural que apresenta atividades biológicas de interesse para a saúde humana. Com o intuito de estudar a absorção do CnAMP1, este trabalho se propôs a desenvolver e validar um método analítico para caracterizar a absorção do peptídeo em modelos de células intestinais humanas. Foi conduzida também a investigação de novas atividades biológicas em modelos in vitro, verificando a influência do peptídeo sobre bomba de efluxo Glicoproteína-P (Gp-P) e analisando a sua atividade imunomodulatória pelo estudo da ativação do fator nuclear-kappa B (NF-κB). Para a validação do método em HPLC, padrões de CnAMP1 (1200 µmol/L) e lisados celulares das linhagens LS180 e Caco-2 diferenciadas em enterócitos adicionados de peptídeos, foram analisados em coluna Reprosil-Pur 120 C18-AQ (4,6 × 250 mm) utilizando acetonitrila:água:ácido trifluoroacético (14:85,9:0,1 v:v:v) como fase móvel em fluxo de 1 mL/min. O efeito do CnAMP1 sobre a Gp-P foi estudado em células LS180 e a ação sobre NF-κB foi avaliada em células HEK 293T e THP1-Blue. Como resultados, foi verificado que CnAMP1 (12,5400 μmol/L) não reduziu a viabilidade das células LS180 e Caco-2 diferenciadas. O método analítico desenvolvido foi considerado rápido e seletivo, com separação em 6 min, resposta linear, boa sensibilidade (Limite de detecção de 8,2 ng e Limite inferior de quantificação de 30,6 ng). Os melhores resultados de recuperação (84-96%), acurácia (7,614,8%) e precisão (1,5-8%) foram obtidos para lisados celulares de LS180 adicionados de média (50 µmol/L) e alta (100 µmol/L) quantidades de CnAMP1, fazendo deste um bom modelo experimental para os estudos de absorção do peptídeo. Não foram observados efeitos sobre a expressão e atividade da Gp-P bem como sobre a resposta inflamatória mediada por NF-κB. Os estudos de absorção mostraram que, após 15 min, CnAMP1 sofreu hidrólise parcial (provavelmente por peptidases ancoradas na membrana) pelas células LS180 (29%), e extensiva hidrólise pelas células Caco-2 (93%); e após 24 h de incubação o peptídeo já não pôde ser detectado nos sobrenadantes celulares, sugerindo que os fragmentos haviam sido absorvidos pelas células, já que as imagens de microscopia de fluorescência confirmaram a presença dos fragmentos do peptídeo no espaço intracelular de LS180 e Caco-2. Portanto, novas abordagens experimentais são necessárias para investigar os fragmentos oriundos da hidrólise do CnAMP1 e examinar sua potencial atividade biológica.
Palavras-chave: CnAMP1, Cocos nucifera, Método analítico, Absorção celular, Glicoproteína-P, Fator nuclear-kappa B.
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DALINE FERNANDES DE SOUZA ARAUJO
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AVALIAÇÃO DO POTENCIAL ANTI-INFLAMATÓRIO DO SORO DE LEITE CAPRINO NA COLITE EXPERIMENTAL E NA RESPOSTA CELULAR
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Data: 12/08/2016
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Hora: 09:00
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A Doença Inflamatória Intestinal (DII), caracterizada por apresentar uma inflamação crônica não controlada na mucosa intestinal, engloba, principalmente, duas patologias: a Colite Ulcerativa e a Doença de Crohn. Nestas, o sistema imunológico local permanece cronicamente ativado e o intestino intensamente inflamado, devido a uma incapacidade do organismo para a diminuição das respostas inflamatórias. Terapias alternativas e complementares tem sido de grande interesse para o tratamento das DII, com o objetivo de melhorar os efeitos secundários dos fármacos comumente utilizados. O soro de leite caprino apresenta na sua composição oligossacarídeos e ácido linoleico conjugado com propriedades funcionais, mas ainda insipiente como efeito na modulação intestinal. A presente tese foi dividida em dois estudos: no primeiro, foi avaliada a capacidade do soro de leite de cabra em prevenir a inflamação intestinal no modelo de inflamação induzida por ácido acético em ratos, comparando com um fármaco padrão, a sulfassalazina utilizada no tratamento da DII; no segundo, foi estudado o efeito anti-inflamatório do soro de leite no modelo de colite induzido por ácido 2,4-dinitrobenzeno sulfônico em camundongos. O pré-tratamento com soro de leite caprino (1, 2 e 4 g. Kg-1) e sulfassalazina (250 mg. Kg-1) melhorou os marcadores inflamatórios (mieloperoxidase, leucotrieno B4 e citocinas pró-inflamatórias) e de estresse oxidativo (conteúdo total de glutationa e malondialdeido) no tecido colônico dos animais. A avaliação histológica e imunohistoquímica do tecido colônico revelaram, respectivamente, uma preservação da citoarquitetura e redução na expressão de COX-2, iNOS e MMP-9, em conjunto com um aumento da expressão de SOCs-1. Os resultados sugerem que o soro caprino exerceu um efeito preventivo contra o dano intestinal induzida por ácido acético, mostrando uma eficácia semelhante à mostrada por sulfassalazina, sendo, portanto, um potencial tratamento para a doença inflamatória intestinal humana. No segundo modelo, com diferente agente indutor da DII, utilizou-se a dose de soro de leite caprino que mostrou melhor resultado na melhora da inflamação do estudo anterior. Neste estudo, também houve uma melhora do dano intestinal no grupo dos animais, confirmado pela avaliação do processo inflamatório colônico, e expressão gênica do cólon dos marcadores pró-inflamatórios IL-6, IL-1β, IL-17, TNF-α, iNOS, ICAM- 1, MMP-9, reguladores da integridade intestinal epitelial (MUC-2 e MUC-3, ocludina e ZO-1) e supressor de sinalização de citocinas (SOCS-1). As propriedades anti-inflamatórias do soro foram evidenciadas no estudo in vitro em células Raw 264 de macrófagos de murinos e CMT-93 derivada de células de carcinoma retal de murinos, em que promoveu uma redução significativa da produção de óxido nítrico e IL-6. Dessa forma, o soro de leite caprino, mostra-se como um produto inovador na prevenção e controle inflamação intestinal em modelos murinos.
Palavras-chave: inflamação intestinal; soro de leite caprino; marcadores inflamatórios; estresse oxidativo, resposta celular.
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DEBORAH SILVA DO AMARAL
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EFEITO DA INCORPORAÇÃO DE QUITOSANA E QUITOSANA MODIFICADA NA QUALIDADE, FUNCIONALIDADE TECNOLÓGICA E VIDA DE PRATELEIRA DE SALSICHAS COM REDUZIDO TEOR DE GORDURA
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Data: 11/08/2016
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Hora: 09:00
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O objetivo deste estudo foi avaliar a inclusão da quitosana e quitosana modificada (quitosana-glicose), em concentração adequada para atender a alegação de saúde, em salsichas com reduzido teor de gordura, sobre a funcionalidade tecnológica e a vida de prateleira destas salsichas. Para isso, um primeiro estudo foi realizado, no qual a quitosana (2 % m/m) foi adicionada em salsichas elaboradas com carne suína e três níveis de gordura (5%, 12,5% e 20%, m/m). As salsichas foram submetidas ao armazenamento refrigerado a 4 ± 1 ºC por 15 dias e avaliadas em relação aos parâmetros microbiológicos, físico-químicos e sensoriais. Posteriormente, considerando a inexistência de estudos sobre a incorporação de quitosana em produtos cárneos caprino, realizou-se um segundo estudo, semelhante ao anterior, para avaliar o efeito da incorporação da quitosana (2 % m/m) em salsicha elaborada com carne caprina e similares níveis de gordura na qualidade microbiológica e físico-química durante o armazenamento refrigerado (4 ± 1 ºC) por 15 dias. Por fim, no terceiro estudo foi avaliado o efeito do derivado da quitosana (2% m/m), comparando com a quitosana base (2% m/m), em salsicha elaborada com carne caprina e reduzido teor de gordura (10% m/m). As salsichas foram armazenadas a 4 ± 1 ºC por 21 dias, e avaliadas nos parâmetros microbiológicos, físico-químicos e sensoriais. Nos três estudos uma formulação sem adição dos polímeros (quitosana e quitosana modificada) foi usada como controle. Os resultados indicaram que o uso de 2% (m / m) de quitosana e seu derivado (correspondendo a 1 g de quitosana por salsicha de 50g cada em uma porção de 150g) para garantir a ingestão de 3 g de quitosana por dia é tecnologicamente viável para uso na elaboração de salsicha com carne de porco e cabra. Além do potencial funcional, a quitosana e o derivado da quitosana proporcionaram aumento da estabilidade das salsichas tratadas, uma vez que provocaram a redução do crescimento microbiológico quando comparadas a amostra controle. Adicionalmente, proporcionaram uma melhoria na cor vermelha, resultando em efeitos positivos na aparência, uma emulsão mais estável, pela maior capacidade de ligar água e gordura, e uma textura mais firme por aumentar as forças de compressão, sem afetar negativamente as propriedades sensoriais das salsichas. A quitosana e a quitosana modificada mostraram comportamento semelhante, mas o uso da quitosana resultou em maior atividade antioxidante do que o seu derivado, considerando a maior redução dos valores de TBARS e maior teor de ácidos graxos insaturados e poli-insaturados. Entretanto, o derivado da quitosana promoveu maior cor vermelha (a*) e menor dureza que a quitosana. Portanto, os resultados da utilização da quitosana na fabricação de salsichas caprina, a qual foi estudada pela primeira vez, indicaram que a quitosana e a quitosana modificada apresentaram potencial interessante para serem utilizados na elaboração de produtos cárneos, uma vez que podem proporcionar maior qualidade e vida de prateleira, agregando valor à matéria-prima de baixo valor comercial, além de permitir a obtenção de um produto funcional com alegação de saúde e redução de gordura.
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VALQUIRIA CARDOSO DA SILVA FERREIRA
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OXIDAÇÃO LIPÍDICA E PROTEICA DE UM PRODUTO EMULSIONADO TIPO HAMBÚRGUER DE FRANGO
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Data: 01/08/2016
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Hora: 14:00
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Alimentos prontos para consumo, como o hambúrguer, estão sendo cada vez mais apreciados pelos consumidores em virtude da demanda atual de uma população que desprende cada vez menos tempo para o preparo de alimentos. Porém, durante as etapas de processamento destes alimentos, a moagem, moldagem, pré-cozimento, embalagem, armazenamento e o reaquecimento antes do seu consumo podem impulsionar sua deterioração oxidativa. Com o intuito de minimizar os efeitos negativos das oxidações lipídica e proteica na qualidade de produtos cárneos, a indústria faz uso de diferentes estratégias, dentre as quais se destacam o uso de antioxidantes e embalagens com atmosfera modificada (MAP). Neste contexto, objetivou-se avaliar o impacto que diferentes tipos de cozimento (imersão em água quente, forno e chapa), tipo de embalagem (ar sintético e MAP), uso de antioxidante natural (extrato de Quercus ilex) e reaquecimento em micro-ondas na deterioração físico-química, valor nutritivo, aceitação sensorial, digestibilidade in vitro e oxidação de lipídios e proteínas em emulsionados tipo hambúguer de frango prontos para consumo, armazenados sob refrigeração (+4°C) por um período de 14 dias. A caracterização dos emulsionados tipo hambúrguer foi realizada a partir das determinações da composição química (umidade, proteínas e lipídios), ácidos graxos, parâmetros de cor (L*, a* e b*), dureza, e perda de peso por cocção. O impacto dos fatores citados no desenvolvimento da oxidação lipídica foi medido a partir das análises de TBARS. Para a oxidação das proteínas foram realizadas análises de compostos carbonílicos, triptofano, bases de Schiff, tióis livres e ligações dissulfeto. Os compostos voláteis, compostos de Maillard, digestibilidade in vitro e aceitação sensorial (cor e odor) também foram determinados. Os tipos de cozimento aplicados influenciaram a composição química, a deterioração do odor e o desenvolvimento da oxidação lipídica dos emulsionados de frango prontos para consumo. O cozimento em água quente provocou maior oxidação nas proteínas em comparação com os demais métodos, entretanto durante o período de armazenamento muitas modificações consideráveis aconteceram nos cozimentos em forno e em chapa. A oxidação das proteínas parece estar relacionada com as alterações de textura e digestibilidade in vitro dos emulsionados tipo hambúrguer. O reaquecimento em micro-ondas teve menos impacto no desenvolvimento oxidativo quando comparado com o tempo de armazenamento dos emulsionados tipo hambúrguer. A adição do extrato vegetal foi uma estratégia efetiva na inibição do início dos processos oxidativos lipídico e proteico, e preservou a qualidade dos emulsionados tipo hambúrguer reaquecidos, podendo ser comparados aos recém cozidos. A aplicação de extrato vegetal, com potencial antioxidante, foi mais eficiente no controle das oxidações lipídica e proteica do que o uso de embalagem com baixa concentração de oxigênio. Assim, com os resultados gerados nesta pesquisa, foi possível concluir que a aplicação de diferentes tipos de cozimento, o uso de embalagem com atmosfera modificada e o uso de extrato vegetal apresentam efeito sobre a estabilidade oxidativa, as características de qualidade e aceitação sensorial do odor dos emulsionados tipo hambúrguer de frango.
Palavras chave: oxidação lipídica e proteica, alimentos prontos para consumo, embalagem com atmosfera modificada, antioxidante natural.
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ANA CAROLINY VIEIRA DA COSTA
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COMPOSTOS VOLÁTEIS E PERFIL SENSORIAL DE MÉIS MONOFLORAIS PRODUZIDOS POR ABELHAS SEM FERRÃO (Melipona spp.) DO SEMIÁRIDO BRASILEIRO
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Data: 25/07/2016
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Hora: 14:00
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As abelhas sem ferrão são produtoras de méis com características únicas e elevado valor comercial; no entanto, informações acerca do perfil volátil e sensorial dos méis produzidos por Melipona ssp. são escassas. O presente estudo teve como objetivo caracterizar méis monoflorais produzidos a partir da flora/fauna da região semiárida nordestina, a fim de determinar potenciais marcadores químicos (compostos voláteis) e sensoriais que auxiliem na comprovação da autenticidade destes méis, o que consequentemente contribuirá para a valorização da atividade melicultora. As amostras, em um total de doze méis, foram produzidas pelas espécies jandaíra (Melípona subnitida Ducke) e uruçu (Melipona scutellaris Latrelle), tendo sido coletadas em quatro meliponários distintos, situados na região do Seridó do Estado do Rio Grande do Norte, e na região do Agreste do Estado da Paraíba. Através da análise melissopalinológica, as amostras coletadas foram classificadas como méis monoflorais de juazeiro (Ziziphus joazeiro Mart.), velame branco (Croton heliotropiifolius Kunth), jurema branca (Mimosa arenosa willd poir), chanana (Turnera subulata L.), malícia (Mimosa quadrivalvis L.), angico (Anadenanthera colubrina) e algaroba (Prosopis juliflora Sw). A pesquisa inicialmente envolveu o estudo das condições ótimas da técnica de Micro Extração em Fase Sólida (MEFS) para extração de compostos voláteis dos méis monoflorais. Posteriormente, os méis foram avaliados aplicando-se três técnicas analíticas: MEFS aplicada à análise de voláteis por CG-EM (HS-MEFS-CG-EM), Análise Quantitativa Descritiva (ADQ) e Cromatografia Gasosa Olfatometria (CG-O). Os estudos de otimização da técnica de MEFS/CG/EM indicaram as seguintes condições otimizadas: tempo de equilíbrio de 15 minutos, tempo de extração de 45 minutos e temperatura de extração de 45 °C. Um total de 161 compostos voláteis, pertencentes a 13 classes químicas, foi identificado nos doze méis avaliados. O perfil de compostos voláteis desempenhou um papel importante na determinação da origem floral do mel, uma vez que os resultados encontrados sugerem a existência de compostos diferenciadores e potenciais marcadores referentes às fontes botânicas avaliadas. Como exemplo, citam-se o linalol para méis de malícia, o D-silvestreno para méis de chanana, rose-oxide para mel de algaroba e o benzenoetanol para o mel de angico. Os méis elaborados a partir das floradas de juazeiro foram sensorialmente mais doces, apresentando aroma e sabor de caramelo mais intenso. Esses méis também apresentaram um aroma mais característico de mel, que pode estar associado aos compostos benzaldeído e benzenoacetaldeído. Os méis elaborados a partir das floradas de velame branco foram mais ácidos e menos doces, sendo os únicos que apresentaram em sua composição o volátil metil eugenol, considerado um character impact compound. Os méis de jurema branca apresentaram maior aroma de cera de abelha; além disso, os compostos hexanol, limoneno, α-farneseno e δ-cardineno podem ter contribuído para gerar os aromas herbáceos percebidos com maior intensidade nos méis produzidos nessa florada. Através da técnica olfatométrica, detectou-se que os compostos químicos - pentanoato de etila, metil eugenol, safranal e β-damascenona - foram os voláteis que tiveram maior impacto odorífero no mel de velame branco elaborado pela abelha uruçu. Enfatiza-se que, em relação ao perfil sensorial e ao de voláteis, não foram observadas diferenças estatisticamente significativas (p ≤ 0,05) entre os méis produzidos por abelhas diferentes a partir da mesma origem botânica. Neste contexto, os resultados evidenciam a forte influência da florada no perfil volátil e sensorial dos méis monoflorais analisados, representando uma contribuição importante para o conhecimento relacionado à química de aroma e sabor desse tipo de mel. Ademais, estes são resultados inéditos, que poderão ser utilizados na avaliação da conformidade do mel, agregando valor ao produto e à região, além
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de contribuir para definir estratégias de comercialização e preservação da cultura e da identidade locais.
Palavras-chave: aroma, CG-EM, CG-olfatometria, jandaíra, sensorial, uruçu.
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MARISTELA ALVES ALCANTARA
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CHIA (SALVIA HISPANICA L.): POTENCIAL ANTIOXIDANTE, NUTRICIONAL E FUNCIONAL
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Data: 20/06/2016
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Hora: 09:00
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Os alimentos funcionais são destaque para a promoção de efeitos benéficos a saúde. Entre eles, a semente de chia (Salvia hispanica L.) é uma fonte natural de ácidos graxos poli-insaturados, com altos teores de ácido α-linolênico, além de outros componentes nutricionais importantes, tais como vitaminas, minerais e antioxidantes. Considerando o interesse crescente do uso de chia na dieta humana pelos benefícios a saúde relatados na literatura, o presente trabalho determinou as características físico-químicas do óleo e a composição de nutrientes de sementes de chia cultivadas no Brasil, investigou os componentes fenólicos presentes na semente, bem como desenvolveu uma microcápsula contendo óleo de chia. Uma revisão foi elaborada abordando os principais componentes: lipídios, proteínas, fibras e compostos fenólicos, com ênfase aos benefícios das propriedades funcionais da semente de chia sobre a saúde humana e na elaboração de produtos alimentares. A caracterização das sementes de chia cultivadas no Brasil revelou quantidades consideráveis de proteína (25,03 g/100g), lipídios (34,41 g/100g) e fibras (36,50 g/100g), além de quantidades elevadas de aminoácidos essenciais e minerais nutricionalmente importantes como cálcio, potássio, zinco e selênio. O perfil de ácidos graxos do óleo revelou um elevado grau de insaturação, composto pelos ácidos oleico, linoleico e, predominantemente, pelo ácido α-linolênico (65,61 g/100g). O óleo apresentou um elevado teor de tocoferois (586,78 μg/g), com o isômero γ-tocoferol representando mais de 90% de todos os isômeros e compostos fenólicos como miricetina, quercetina, campferol e ácido sináptico. O potencial antioxidante das sementes desengorduradas foi determinado a partir de um delineamento estatístico de mistura, modelo simplex lattice, de modo a produzir o extrato seco com maior conteúdo de fenólicos totais (CFT) e atividade antioxidante, aplicando os ensaios de captura do radical livre DPPH· e poder redutor do ferro (FRAP), assim como, identificando e quantificando por cromatografia líquida de alta eficiência (CLAE) os ácidos fenólicos e flavonoides. A polaridade dos solventes e suas misturas influenciaram fortemente a extração, onde misturas de solventes moderadamente polares como acetona-água e etanol-água foram altamente eficientes. O perfil fenólico dos extratos mostrou que os ácidos sinápico, cafeico, salicílico, protocatequímico, hidroxibenzoico, gentísico e os flavonoides, miricetina, quercetina e campferol são os compostos majoritários responsáveis pela elevada atividade antioxidante. A adição de compostos antioxidantes, presentes naturalmente nas sementes de chia, e a combinação destes como α-tocoferol e miricetina, proporcionou estabilidade oxidativa ao óleo de chia quando avaliado por método acelerado. Como forma de proteção para o óleo de chia foi avaliada a técnica de spray-dry, assim como a influência no emprego de homogeneizadores do tipo rotor-estator e ultrassom, na formação das emulsões e propriedades das microcápsulas. A utilização da tecnologia de microencapsulação apresentou resultados de porcentagem de óleo encapsulado (28,76%) e eficiência de encapsulação (96%), similarmente à micropartículas comerciais, e mostrou-se eficiente em conservar o perfil de ácidos graxos da matriz oleaginosa e elevou o tempo de estabilidade do óleo in natura de 0,6 horas para 8,2 horas o óleo microencapsulado, sobretudo quando utilizado o ultrassom. As informações nutricionais relatadas neste estudo ilustram os possíveis benefícios que a semente de chia pode promover à saúde humana, além de mostrar o potencial uso em aplicações industriais.
Palavras-chave: Salvia hispanica L.; propriedades_nutricionais; propriedades_funcionais ácido α-linolênico; óleo_microencapsulado.
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ILSA CUNHA BARBOSA
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DESENVOLVIMENTO E CARACTERIZAÇÃO DE QUEIJO CREMOSO CAPRINO COM POTENCIAL SIMBIÓTICO
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Data: 23/05/2016
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Hora: 09:00
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Os probióticos são descritos como culturas de uma única espécie ou de várias espécies de micro-organismos que quando utilizadas por animais ou pelo homem em quantidades adequadas trazem benefícios à saúde, promovendo melhora nas características da microflora intestinal natural. Os prebióticos são componentes alimentares não digeríveis que alcançam o cólon e estimulam seletivamente a proliferação ou atividade de populações de bactérias desejáveis nesse local. Um alimento classificado como simbiótico constitui-se aquele em que um probiótico e um prebiótico estão combinados em quantidades adequadas pré-estabelecidas. Neste estudo foi elaborado queijo caprino cremoso com potencial simbiótico, sendo avaliados os efeitos da incorporação dos probióticos Lactobacillus acidophilus LA-05 e Bifidobacterium lactis BB-12 e do prebiótico inulina sobre os parâmetros tecnológicos, físico-químicos, microbiológicos e sensoriais do produto, com 7 e 21 dias de armazenamento refrigerado (7±1ºC). Foram elaborados três tratamentos de queijo cremoso de leite de cabra com potencial simbiótico: com 8g/100g de inulina e Lactobacillus acidophilus (QLA); 8g/100g de inulina e Bifidobacterium lactis (QBB); 8g/100g de inulina, L. acidophilus LA-05 e B. lactis BB-12 (QLB) em co-cultura, além do queijo controle (QC) adicionado apenas da cepa starter Lactococcus lactis subsp. cremoris e Lactococcus lactis subsp. lactis. A formulação dos queijos elaborados permitiu a elaboração e depósito no INPI de um pedido de patente de invenção intitulado Queijo cremoso de Leite de cabra funcional e processo de obtenção. As contagens de L. acidophilus LA-05 e B. lactis BB-12 foram maiores que 6 log UFC/g, enquanto que a quantidade de inulina foi maior que 6 g/100 g nos queijos simbióticos com 7 e 21 dias de armazenamento. A firmeza reduziu nos queijos simbióticos proporcionando melhora na consistência do queijo cremoso. Os queijos avaliados apresentaram elevados valores de luminosidade (L*), com predominância do amarelo (b*). O QC apresentou maior teor de proteína, lipídios e minerais comparado aos demais. Houve diminuição dos ácidos graxos de cadeia curta e aumento dos de cadeia média e de cadeia longa nos queijos simbióticos em relação ao QC. Observou-se aumento no teor de ácido linoleico conjugado em QLA, QBB e QLB. Os maiores valores para profundidade de proteólise, bem como as maiores mudanças na liberação de aminoácidos livres foram verificados em QLB. A adição de inulina e probióticos não afetou a aceitação sensorial do produto. A inulina, L. acidophilus e B. lactis podem ser utilizados em conjunto para a produção de queijo caprino cremoso simbiótico sem efeito negativo sobre as características gerais de qualidade do produto com agregação de valor associada ao seu potencial funcional.
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TAINA AMARAL BARRETO
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EFEITOS DA APLICAÇÃO DE REVESTIMENTO DE QUITOSANA E ÓLEO ESSENCIAL DE ORÉGANO NO CONTROLE DA QUALIDADE PÓS-COLHEITA EM TOMATES CEREJA
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Data: 27/04/2016
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Hora: 09:00
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Tomates cereja (Lycopersicon esculentum L.) são frutos altamente perecíveis. A contaminação destes frutos com os fungos patogênicos Aspergillus niger e Rhizopus stolonifer é associada à elevadas perdas pós-colheita e à redução da qualidade durante o armazenamento. Este estudo avaliou a eficácia de um revestimento comestível composto de quitosana (QUI; 4 mg/mL) e óleo essencial de Origanum vulgare L. (OEOV; 1.25 µL/mL) na manutenção da qualidade de frutos de tomate cereja durante o armazenamento em temperatura ambiente (25 °C; 12 dias) e refrigerada (12 °C; 24 dias) considerando os aspectos físicos, físico-químicos e sensoriais. A concentração inibitória mínima (CIM) da QUI e do OEOV foram 4 mg/mL e 10 µL/mL, respectivamente, contra R. stolonifer e A. niger. A incorporação de QUI a 4 mg/mL e OVEO a 5 µL/mL, 2,5 µL/mL e 1,25 µL/mL no meio de crescimento mostrou efeito fungicida e inibiu fortemente a germinação dos esporos, o crescimento micelial e esporulação das cepas teste. O revestimento de QUI-OEOV reduziu a incidência de bolor negro e podridão-mole causada por estes fungos em frutos de tomate cereja artificialmente contaminados durante o armazenamento em ambas as temperaturas estudadas. Frutos revestidos com QUI-OEOV mostraram maior firmeza e menor perda de peso. O revestimento de QUI-OEOV retardou a redução de licopeno, ácido ascórbico e cítrico, glicose e frutose durante o armazenamento em temperatura ambiente ou refrigerada. Ao final do armazenamento, os frutos revestidos com QUI-OEOV apresentaram maiores quantidades de catequina, miricetina, ácido cafeico e ácido siringico em comparação aos frutos não revestidos. Nos testes sensoriais, os frutos revestidos com QUI-OVEO receberam maiores escores para os atributos aparência, sabor e cor quando comparados aos frutos sem revestimento. Estes resultados indicam que o revestimento comestível de QUI-OEOV é um tratamento viável para manter a qualidade de tomates cereja durante o armazenamento.
Palavras-chave: Lycopersicon esculentum L., Aspergillus niger, Rhizopus stolonifer, revestimentos comestíveis, qualidade pós-colheita, deterioração fúngica.
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MARIANY CRUZ ALVES DA SILVA
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QUALIDADE E POTENCIAL FUNCIONAL DE MAMÃO GOLDEN MINIMAMENTE PROCESSADO E RECOBERTO COM FÉCULA DE INHAME, MUCILAGEM DE CHIA E ÓLEO ESSENCIAL DE LARANJA DOCE
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Data: 30/03/2016
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Hora: 08:00
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O consumo fresco de mamão pode ser ampliado com a tecnologia de processamento mínimo, e sua vida pós-corte pode ser prolongada com uso adequado de recobrimentos comestíveis. Neste sentido, o objetivo este trabalho foi prolongar a vida pós-corte de mamão Golden minimamente processado sob recobrimentos comestíveis à base de fécula de inhame (F), combinado ou não com mucilagem de chia (M) e óleo essencial de laranja doce (O), foram aplicados em mamão Golden minimamente processado seguido de armazenado por 12 dias à 5 ⁰C, bem como, foram avaliados em formato de filmes quanto à propriedades estruturais físicas e químicas. Fatias de mamão foram imersas em soluções filmogênicas de 4% F, 2%F+2%M+O, 1%F+3%M+O e 1%F+3%M e comparados a MMP sem recobrimento (C) embaladas em bandeja de politereftalato de etileno - PET cobertas com filme policloreto de polivinila PVC armazenadas a 5 ºC por 12 dias. A cada 2 dias, realizaram-se análises físico-químicas (perda de massa, pH, firmeza, sólidos solúveis - SS, acidez titulável - AT, relação SS/AT e permeabilidade de membrana, ácido ascórbico, licopeno, β-caroteno, flavonoides amarelos, polifenóis extraíveis totais, e atividade antioxidante total pelos métodos DPPH● e ABTS●. e a cada 4 dias mediu-se a qualidade sensorial. Filmes obtidos de 4F e 2F2MO foram analisados
por microscopia eletrônica de varredura - MEV, espectroscopia dispersiva de raios X - EDS, difração de raios X DRX e espectroscopia da região de infravermelho com transformada de Fourier FTIR. As variações de firmeza e acidez titulável foram as mais expressivas para a diferenciação dos recobrimentos nos períodos. O recobrimento 2F2MO destacou-se como único que manteve a qualidade sensorial dos MMP igual à do período inicial até o décimo segundo dia de armazenamento. O filme 4F apresentou padrão de difração de raios X mais cristalino que 2F2MO, que por sua vez, diminuiu a rugosidade e porosidade da superfície do filme, embora tenha demonstrado poros maiores. Em termos de conformação molecular, não se observou
alterações expressivas no espectro FTIR do filme 2F2MO em relação ao 4F. A fase cristalina mais intensa do filme 4F o tornou menos permeável, como consequência, os MMP sob tal recobrimento mantiveram os SS mais preservados entre os mamões MP recobertos. O caráter mais amorfo conferido pela adição de mucilagem foi desfavorável quando o percentual desta foi maior na formulação, visto que, os MMP sob 1F3M apresentaram perda de massa equivalente à de C. Após oito dias de armazenamento todos os recobrimentos demonstraram influencia na redução da síntese de polifenóis e a degradação de ácido ascórbico. Os recobrimentos 2F2MO e 1F3MO diferenciaram-se de 4F e 1F3M, a partir do décimo dia de armazenamento, pela maior retenção dos teores de ácido ascórbico e maiores atividades antioxidantes (DPPH● E ABTS●+). Evidenciou-se que a proporção 2:2 entre amido de inhame e mucilagem de chia com adição de óleo essencial de laranja doce promoveu manutenção da qualidade de MMP de forma mais vantajosa, sendo capaz de manter os MMP, acima do limite mínimo de aceitação, 8 dias a mais que o controle.
Palavras-chave: Carica papaya, processamento mínimo, recobrimento comestível, amido, mucilagem, Dioscorea spp., Salvia hispanica.
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MAYRA DA SILVA CAVALCANTI
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ELABORAÇÃO E CARACTERIZAÇÃO DE LEITE FERMENTADO CAPRINO TIPO IOGURTE SABOR GOIABA COM POTENCIAL PROBIÓTICO
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Data: 28/03/2016
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Hora: 09:30
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A utilização do leite caprino na formulação de derivados lácteos vem sendo realizada em
substituição ao leite bovino, por algumas características, entre elas a de apresentar menor
incidência a alergias. A produção de leite fermentado, tipo iogurte, caprino com o acréscimo
de culturas probióticas e frutas para saborizar o produto pode potencializar os efeitos
benéficos à saúde e, desta forma, a procura deste produto pelo consumidor. O presente estudo
foi desenvolvido com o objetivo de elaborar e caracterizar os aspectos tecnológicos, físicos,
físico-químicos, microbiológicos, reológicos e sensoriais de um fermentado caprino
adicionado de geleia de goiaba e culturas probióticas. O efeito da adição de culturas láticas
probióticas sobre as características de qualidade dos leites fermentados foi avaliado nos
tempos 1, 7, 14 e 21 dias, considerando os seguintes tratamentos: IC (iogurte convencional -
controle), contendo a cultura starter composta por Streptococcus thermophilus e o
Lactobacillus delbrüeckii, subsp. bulgaricus; ILA, contendo o micro-organismo probiótico
Lactobacillus acidophilus, em co-cultura com a starter; ILP, composto pelo probiótico
Lactobacillus casei subsp. paracasei, além da cultura starter; e IBB, contendo o probiótico
Bifidobacterium animalis subsp. lactis em associação com a cultura starter. Todos os leites
fermentados testados apresentaram bons resultados quanto às características tecnológicas, sem
sofrer sinérese, apresentando boa estabilidade e alta capacidade de retenção de água. As
amostras acidificaram pouco durante a vida de prateleira, característica percebida e bem aceita
no teste sensorial, com notas cujos termos hedônicos variaram entre gostei ligeiramente e
gostei muito. De um modo geral, observou-se que a adição de diferentes cepas probióticas
na elaboração dos leites fermentados não influenciou nas características físicas e físicoquímicas
dos mesmos (p>0,05), observando apenas uma redução (p<0,05) do teor de cinzas
na amostra IBB ao longo do armazenamento refrigerado. A viscosidade aparente das amostras
se manteve alta durante o tempo de armazenamento, com maior influencia (p<0,05) do
probiótico Lactobacillus casei subsp. paracasei. Assim, constatou-se que a elaboração de um
leite fermentado com adição de geleia de goiaba e probióticos se apresenta como um produto
com potencial para investimento da indústria de produtos lácteos com propriedades
funcionais, cujas qualidades microbiológicas, tecnológica, reológica, nutricional e sensorial
foram satisfatórias.
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DANISE MEDEIROS VIEIRA
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AVALIAÇÃO FÍSICA, QUÍMICA E SENSORIAL DE GENÓTIPOS DE UVAS COM POTENCIAL PARA PRODUÇÃO DE PASSAS NO SUBMÉDIO DO VALE DO SÃO FRANCISCO
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Data: 23/03/2016
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Hora: 14:00
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A Região do Submédio do Vale do São Francisco tem apresentado destaque na produção de uvas finas de mesa, representando mais de 95% da exportação nacional de uva. No entanto, uvas que apresentam-se fora do padrão para exportação, são comercializadas com preços reduzidos e muitas vezes são destinadas ao descarte. O objetivo deste trabalho foi avaliar o potencial de uvas produzidas no Submédio do Vale do São Francisco para elaboração de passas. Foram avaliados seis genótipos de uva sem sementes, sendo quatro tintas (Cnpuv 8, Adona, BRS Vitória e BRS Isis) e duas brancas (A1105 e Thomson Seedless), que após a colheita as uvas foram desengaçadas, sanitizadas, tratados com NaOH 1mol.L-1 e submetidas a secagem a 60°C. Após, as uvas-passas foram caracterizadas física e quimicamente. O tratamento com NaOH mostrou-se eficiente no processo de ruptura da epiderme, facilitando a perda de água e reduzindo o tempo de secagem. Na manutenção da cor das uvas brancas (A1105), passas desidratadas sem o uso de antioxidantes apresentaram a coloração mais clara, próxima a do fruto quando in natura. Uvas passas elaboradas com Thompson Seedless apresentaram maior valor de sólidos solúveis com 43,78 °Brix e a partir do genótipo Adona maior acidez, 3,00% ác.tartárico. Passas BRS Isis obtiveram a maior firmeza, com 90,12g. O genótipo apresentou influência no perfil sensorial das uvas passas. Uvas-passas dos genótipos Adona e Cnpuv8 diferenciaram-se por apresentar maior intensidade nos atributos sabor caramelizado, gosto doce, sabor de fruta seca e firmeza. Passas elaboradas com BRS Vitória apresentaram maior aceitação com média 6,8 em escala hedônica de 9 pontos e intenção de compra de 65% dos consumidores. Uvas passas elaboradas com o genótipo Thompson Seedless apresentaram a maior concentração de açúcares totais com 736,05 g Kg-1, enquanto que as passas BRS Isis e BRS Vitória apresentaram as maiores concentrações de fenólicos totais e antocianinas. Todas as passas elaboradas com as cultivares tintas apresentaram estilbeno, flavonóis, flavonóis e ácidos fenólicos totais superiores a Thompson Seedless. A maior concentração de flavonóis foi obtida nas passas BRS Isis com 181 mg Kg-1 de uva, já as passas elaboradas com BRS Vitória apresentaram as maiores concentrações de ácidos fenólicos e do estilbeno trans-resveratrol, com 31,87 e 4,37 mg Kg-1 de uva seca, respectivamente.
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JOSEVAN DA SILVA
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OBTENÇÃO DE LIPÍDIOS POR PROCESSO BIOTECNOLÓGICO UTILIZANDO A MANIPUEIRA COMO SUBSTRATO
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Data: 23/03/2016
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Hora: 10:00
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Em virtude da alta e constante atividade industrial, diariamente são gerados milhares de toneladas de resíduos, muitos destes não são aproveitados, sendo descartados diretamente no meio ambiente sem nenhum tratamento prévio, podendo ocasionar sérios impactos ambientais. Em vista disso, essa pesquisa teve como objetivo avaliar os efeitos dos componentes do meio de cultivo e a variação da concentração de manipueira sobre a biomassa e lipídios produzidos, utilizando a levedura Rhodotorula mucilaginosa CCT 7668 e a manipueira. Foi verificada a influência dos componentes do meio e a concentração de manipueira sobre a produção de biomassa e lipídios. As células de R. mucilaginosa foram cultivadas em meio YMA e inoculadas em frascos Erlenmeyer com 20 % de manipueira suplementada com glicose, sulfato de magnésio, fosfato de potássio e extrato de levedura. No segundo cultivo, utilizou-se 50, 75 e 100% de manipueira, com a concentração fixa de 3 g.L-1 de extrato de levedura. Os cultivos foram incubados em agitador rotativo tipo shaker, submetidos à temperatura de 30 °C, sob agitação constante de 200 rpm por 120 h. Durante intervalos de tempo pré-determinados, alíquotas foram retiradas do meio para a quantificação de biomassa e lipídios. A manipueira analisada apresentou 92,38% de umidade, 30,2 g.L-1 de açúcares redutores, 51 g.L-1 de açúcares totais, 1,17% de proteínas e 0,53% de cinzas, acidez titulável de 3,20 (meq NaOH.100 mL-1), sólidos solúveis totais de 7,0 ºBrix, e pH equivalente a 5,26. No cultivo com 20% de manipueira, a biomassa máxima foi de 7,49 g.L-1, 96 h após o inóculo, nesse mesmo intervalo de tempo foram produzidos 2,25 g.L-1 de lipídios, equivalente a 30% de lipídios em biomassa seca. Nos cultivos com variação da concentração de manipueira, foram produzidos 4,10, 6,95, 5,77 g.L-1 de biomassa e 13,33, 7,71 e 8,47% de lipídios nos cultivos com 50, 75 e 100% de manipueira, respectivamente. O cultivo sintético produziu 9,39 g.L-1 de biomassa e 41,92% de lipídios. O experimento com 100% de manipueira apresentou o melhor coeficiente de rendimento de conversão de açúcares redutores totais em biomassa (0,5188 g.g-1) e o cultivo com 50%, o melhor rendimento na produção de lipídios (0,0049 g.g-1). A manipueira mostrou-se como um potencial substrato para a produção de lipídios por R. mucilaginosa, podendo ser utilizada em processos fermentativos, agregando valor ao resíduo e minimizando possíveis impactos ambientais pelo descarte inadequado.
Palavras-chave: inóculo, resíduo, Rhodotorula mucilaginosa, biomassa.
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LEILA MOREIRA DE CARVALHO
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CARACTERÍSTICAS BIOQUÍMICAS E QUÍMICAS EM FILÉS DE PEITO DE FRANGO COM ANOMALIA PFN (PALE, FIRM, NON-EXUDATIVE) E PSE (PALE, SOFT, EXUDATIVE)
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Data: 23/03/2016
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Hora: 09:00
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In the past decades, the intense genetic selection aiming at the increase of productive efficiency of chickens resulted in changes in the meat quality. The broiler breast meat have been classified in three group of quality, Normal, PSE (Pale, Soft, Exudative) and DFD (Dark, Firm, Dry); however, recently, due to the appearance with pale color and normal firmness, another category of meat quality was suggested as PFN (Pale, Firm, Non-exudative). Considering the absence of studies about the incidence of anomalies of color in broiler breast in the Northeast of Brazil, this work aimed at verifying the incidence of these anomalies in the region and carrying out the chemical and biochemical characterization of these meats. This samples were collected in a commercial slaughterhouse and evaluated the parameters of color (L *, a *, b *), pH, water-holding capacity, cooking loss, shear force, myofibrillar fragmentation index, protein denaturation, mineral and fatty acids content, TBARS values, warmed-over flavor and total carbonyls. The broiler breast meat (n = 838) were classified in three categories: Normal (44 5.8), PSE (L * ≥53, pH <5.8) and PFN (L * ≥53, pH> 5.8). The incidence of PFN broiler breast meat was 19.8%, almost doubling the incidence of PSE (11.1%); Normal broiler breast meat presented a larger percentage (69.1%). The FPN breasts presented WHC (66.9%) similar to the Normal group and 4.2% larger in the PSE meat. The PFN breasts presented calcium concentrations (373,02 mg/kg), arachidonic acid (84,61 mg/100g) and the MFI (57,4) lesser in relation to PSE meat. We also noticed levels of lipid oxidation (0.23 mg MDA / kg) similar in comparison with Normal and PSE breasts. The PFN and Normal breasts presented a larger concentration of total carbonyls, 8,2 and 7,4 nM/mg of proteins, respectively. The results related confirm the existence of PFN anomaly in broiler breast meat, which present functional properties similar to the Normal group. When added to this, the results related confirm that the PSE syndrome in broiler present a defect in the regulation of calcium causes a fall of the meat pH and consequent compromise of the functional properties. Besides, its less firm texture results from the greater proteolytic activity, which seems to be related not only to the activation of the calpains, due to the excessive calcium ions, but also to the smaller level of protein oxidation.
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ADMA NADJA FERREIRA DE MELO
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EFEITOS DA EXPOSIÇÃO SUBSEQUENTE A ESTRESSES ABIÓTICOS NA TERMOTOLERÂNCIA E SOBREVIVÊNCIA EM CONDIÇÕES GASTROINTESTINAIS SIMULADAS DE Salmonella Enteritidis PT4 E Salmonella Typhimurium PT4
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Data: 21/03/2016
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Hora: 14:30
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Salmonella enterica subespécie enterica é um patógeno frequentemente envolvido em surtos alimentares em todo o mundo. Os sorovares S. Enteritidis e S. Typhimurium pertencentes ao fagotipo 4 (PT4) são prevalentes entre os agentes etiológicos de surtos de salmonelose envolvendo carne de frango. O objetivo do presente estudo foi avaliar mudanças na termotolerância e a capacidade de sobreviver em condições gastrointestinais simuladas de Salmonella Enteritidis PT4 e S. Typhimurium PT4 inoculadas em peito de frango após a exposição subsequente a estresses abióticos (frio, ácido e osmótico) impostos durante o processamento de alimentos. Os efeitos da exposição ao óleo essencial de Origanum vulgare L. (orégano), uma substância proposta para uso como antimicrobiano em alimentos também foram avaliados. A exposição ao estresse frio (5 °C durante 5 h) não aumentou a viabilidade das células na exposição subsequente ao estresse ácido (ácido láctico - 5 μL/g e 2,5 μL/g) nas cepas testadas. Células de S. Enteritidis ou S. Typhimurium previamente expostas ao estresse ácido mostraram maior tolerância ao estresse osmótico (NaCl - 75 mg/g e 37,5 mg/g) em comparação com células não expostas ao ácido. A exposição ao estresse osmótico sem prévia exposição ao estresse ácido causou um decréscimo concentração-dependente em ambas as cepas testadas. A exposição ao óleo essencial de orégano em concentrações subletais (1,25 μL/g e 0,625 μL/g) diminuiu a tolerância ao estresse ácido e osmótico em S. Enteritidis e S. Typhimurium. A exposição subsequente aos estresses frio, ácido e osmótico em todas as concentrações testadas aumentou a termotolerância nas cepas testadas. Em condições gastrointestinais simuladas, as células sobreviventes dos tratamentos de subsequente exposição ao estresse (células persistentes) apresentaram maior tolerância às condições ácidas em comparação às células controles. Células persistentes de S. Enteritidis e S. Typhimurium apresentaram taxas de sobrevivência maiores (aproximadamente 1,2 log UFC/g) que as células controle no final da digestão in vitro. Estes resultados mostram que a exposição subsequente a condições de estresse aumenta a termotolerância e a sobrevivência em condições gastrointestinais em S. Enteritidis PT4 e S. Typhimurium PT4, o que pode contribuir para a persistência deste patógeno na matriz alimentar e no hospedeiro.
Palavras-chave: Condições subletais, Salmonella enterica, digestão in vitro, processamento de alimentos, termotolerância.
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ANA CAROLINA DOS SANTOS COSTA
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DESENVOLVIMENTO DE COOKIES FORMULADOS COM A NATA DO LEITE CAPRINO ENRIQUECIDA COM ÁCIDO LINOLÉICO CONJUGADO
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Data: 21/03/2016
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Hora: 14:00
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a definir
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MICHELLY PIRES QUEIROZ
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MPACTO DA SUPLEMENTAÇÃO MATERNA COM ÁCIDO LINOLEICO CONJUGADO SOBRE A MATURAÇÃO REFLEXA E FUNÇÃO COGNITIVA DA PROLE DE RATOS
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Data: 18/03/2016
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Hora: 14:00
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Os acidos graxos essenciais sao lipidios muito importantes para a formacao do sistema nervoso central (SNC). Durante a gestacao e lactacao sua necessidade encontra-se aumentada para melhor desenvolvimento deste sistema. O Acido Linoleico Conjugado (CLA) e um acido graxo formado por isomeros de acido linoleico. Este acido graxo vem sendo investigado devido aos seus provaveis efeitos beneficos a saude, porem os efeitos domix de CLA sobre alteracoes do SNC durante a fase de gestacao e lactacao ainda nao foram investigados. Assim, este estudo tem como objetivo investigar o impacto de dieta materna com diferentes concentracoes de CLA durante a gestacao e lactacao sobre a maturacao reflexa neonatal e funcao cognitiva em ratos. Para tanto, foram formados 3 grupos: O Grupo Controle (GC) recebeu a dieta padrao sem adicao de CLA; O Grupo GCLA1, a dieta experimental contendo 1% de CLA e o GCLA3, contendo 3% de CLA. Apos o nascimento, asrespostas reflexas foram pesquisadas entre o1º e 21º dia pos-natal, como tambem a afericao do tamanho da cabeca e o peso corporal. Aos 42 dias de vida, os animais participaram do teste de habituacao ao campo aberto, sendo a segunda exposicao apos 7 dias. Para a avaliacao da memoria declarativa, foi realizado o teste de reconhecimento de objetos 3 dias apos o teste de habituacao, usando o campo aberto. Apos os testes os animais foram anestesiados e eutanasiados por puncao cardiaca. As analises foram comparadas pelo teste One Way ANOVA seguidas pelo teste de Tukey para os dados parametricos e o teste Kruskal Wallis para os dados nao parametricos, considerando-se diferenca significativa para p < 0.05. Utilizou-se o programa Sigma Start para a analise dos dados. Os GCLA1 e GCLA3 demonstraram aceleracao na maturacao reflexa dos filhotes. CLA3 tinha maturacao somatica precoce em comparacao com os outros grupos e o peso corporal foi maior em comparacao com ao GC (p <0,05). Ao avaliar a medida da cabeca, pode-se observar que o GCLA1 e o GCLA3 apresentaram maior tamanho nas medidas laterolateral quando comparado ao controle. Ja na medida anteroposterior os dados foram bem uniformes. No teste de habituacao no campo aberto apenas o GCLA3 deambulou menos na segunda exposicao ao campo aberto indicando facilitacao da memoria (p<0,05). No teste de reconhecimento de objetos a longo prazo, houve diferenca estatistica significativa quando comparado o tempo de exploracao do objeto familiar ao tempo de exploracao do objeto novo nos GC, GCLA1 e GCLA3. Alem disso, com relacao a taxa de exploracao dos objetos, no GCLA1 essa diferenca foi observada quando comparado ao GC, e o GCLA3 ao GCLA1(p<0,05). O tratamento materno com CLA antecipa maturacao reflexa, aumenta o peso corporal, tamanho da cabeca e melhora respostas em testes de memoria na prole de ratas.
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CAROLINE UCHÔA SOUZA CARVALHO
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DETERMINAÇÃO DE MINERAIS POR DIFERENTES MÉTODOS ANALÍTICOS EM LEITE DE CABRAS SEM RAÇA DEFINIDA (SRD) CRIADAS NA REGIÃO DO CARIRI PARAIBANO, BRASIL
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Data: 04/03/2016
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Hora: 09:00
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O leite caprino constitui uma matriz alimentar de alto valor nutricional, com baixo poder alergênico quando comparado ao leite de vaca, sendo mais digestível e de fácil aquisição. Atualmente, a caprinocultura vem crescendo, principalmente em regiões semiáridas, onde estes animais se adaptam às condições climáticas. O cariri paraibano constitui uma região de clima semiárido, onde o modelo de criação é extensivo, com pequenos rebanhos e pequenas propriedades, muitas vezes sendo a principal fonte de renda das famílias. Nesta região, os rebanhos são predominantemente de animais sem raça definida e/ou de animais mestiços, cuja composição de minerais do leite, ainda é pouco esclarecida. Neste estudo, objetivou-se comparar diferentes metodologias utilizadas na determinação de minerais em leite caprino de animais sem raça definida (SRD) resultantes de cruzamento com animais de raças puras, criados no semiárido nordestino do Brasil. Os leites foram coletados de cabras SRD resultantes do cruzamento de raças de linhagem mais pura, a citar: Saanen, Parda + Toggenburg e Toggenburg, pertencentes a três produtores de uma cooperativa leiteira na cidade de Monteiro/PB. Para efeito de comparação, as amostras de leite foram submetidas à determinação de cálcio, ferro, fósforo e sódio por técnicas tradicionais (métodos titulométricos e espectrofotométricos) e por técnicas mais avançadas (ICP-OES e EDX-RF). Observou-se a influência do fenótipo dominante para o animal sem raça definida na concentração da maioria dos elementos minerais analisados, principalmente quando se utilizou a técnica de ICP-OES. Houve diferença entre os métodos utilizados para maioria dos minerais estudados em cada tipo de leite, cujos valores detectados foram superiores quando se utilizaram as técnicas tradicionais, exceto para o sódio. Ademais, a técnica de EDX-RF pode ser apontada como uma alternativa analítica para obtenção de dados quantitativos para ferro e fósforo em leite de cabra. Apesar de terem sido utilizados métodos convencionais para a quantificação dos elementos minerais, como os titulométricos e espectrofotométricos, os valores encontrados para os minerais se assemelharam aos encontrados por pesquisas que utilizaram métodos instrumentais e, portanto, de maior sensibilidade e exatidão. Esse dado mostra a possibilidade da utilização de metodologias mais simples, como uma alternativa na detecção destes minerais, principalmente na falta da disponibilidade de equipamentos mais sofisticados e nem sempre tão acessíveis em laboratórios de controle de qualidade de alimentos.
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FRANCYELI ARAUJO SILVA
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DESENVOLVIMENTO DE IOGURTE PRODUZIDO COM LEITE CAPRINO E ADICIONADO DE "PREPARADO" DE UVA ISABEL (Vitis Labrusca L.)
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Data: 29/02/2016
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Hora: 10:00
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Os alimentos funcionais têm ganhado destaque devido à crescente procura dos consumidores por um estilo de vida e alimentação mais saudáveis, com destaque para os probióticos, os quais têm sua maior veiculação através de derivados lácteos, inclusive os iogurtes que são amplamente consumidos em todo o mundo. Desta forma, neste estudo objetivou-se elaborar iogurte caprino adicionado do micro-organismo probiótico Lactobacillus acidophilus e de preparado de uva Isabel (Vitis labrusca L.), e avaliar a influência da adição desse ingrediente nos aspectos de qualidade do iogurte, assim como na viabilidade microbiológica. Foram elaboradas 4 formulações de iogurtes adicionados de diferentes concentrações do preparado de uva, sendo: ICU0 (iogurte controle não adicionado de preparado de uva), ICU15 (iogurte adicionado de preparado de uva - 15 g/100 mL), ICU20 (iogurte adicionado de preparado de uva - 20 g/100 mL) e ICU25 (iogurte adicionado de preparado de uva - 25 g/100 mL), os quais foram mantidos sob refrigeração (10 ºC ± 2 ºC) e avaliados até 28 dias de armazenamento, quanto às características tecnológicas, físico-químicas, microbiológicas e sensoriais. A incorporação do preparado de uva Isabel promoveu modificações na cor do iogurte, tornando-o mais escuro à medida que se aumentou a proporção de preparado adicionado, fato relacionado às antocianinas presentes na uva. O preparado de uva Isabel não causou prejuízos à viabilidade das bactérias láticas, cujos iogurtes apresentaram contagens de células (7 8 log ufc.mL-1) do micro-organismo probiótico capazes de proporcionar benefícios à saúde dos possíveis consumidores até o final do armazenamento. Adicionalmente, a formulação com 20 g/100 mL de preparado de uva Isabel (ICU20) influenciou de maneira positiva as características de cor, viscosidade aparente e aceitação sensorial do iogurte, tornando-o uma ótima opção de novo derivado lácteo, com características tecnológicas, nutricionais e sensoriais agradáveis.
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CASSIARA CAMELO ELOI DE SOUZA
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QUALIDADE, PERFIL ELETROFORÉTICO E DE VOLÁTEIS, FITOQUÍMICOS BIOATIVOS E ATIVIDADE ANTIOXIDANTE DE FRUTOS DE GENÓTIPOS DE MACAIBEIRA (Acrocomia intumescens Drude)
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Data: 26/02/2016
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Hora: 13:00
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O objetivo desta pesquisa foi avaliar a qualidade de frutos de sete genótipos de macaibeira nativos da Mata Atlântica e entorno, por meio da caracterização física, química, capacidade antioxidante, perfil de ácidos graxos (GC-FID), fenólicos (HPLC-UV) e voláteis (SPME-GC-MS) com vistas a obter dados sobre potencial de utilização e variabilidade desta espécie. A polpa e amêndoa podem ser consideradas como importante fonte de carboidratos, lipídios, minerais e K, Fe, P e Ca. As amêndoas são ricas em globulinas e não possuem inibidores de tripsina e/ou atividade hemaglutinante. A polpa apresentou elevados teores de AGI (89,81%) sendo mais abundantes os ácidos oleico (8,09 g.100g-1), linoleico (1,56 g.100g-1) e palmítico além de excelentes índices de qualidade nutricional. A amêndoa, também rica em ácido oleico (7,61 g.100g-1) contem teores significativos de AGS (14,35 g.100g-1), sobretudo láurico, mirístico e palmítico. Os óleos possuem boa estabilidade térmica até 230 ºC com curvas de DTA de caráter exotérmico. A polpa possui teores muito elevados de carotenoides totais (8,64 mg.100g-1) e pode ser considerada rica em vitamina C (47,60 mg.100g-1). As maiores concentrações de fenólicos totais foram observados na casca (274,55 mg.100g-1) e na amêndoa (147,23 mg.100g-1). A correlação significativa e positiva mais forte ocorreu entre ABTS●+ e PET. Os ácidos fenólicos e flavonóis foram os compostos majoritários nas frações pesquisadas. A catequina foi o único fenólico encontrado em todas as amostras. No entanto, a miricetina foi o fenólico identificado com a maior concentração. O genótipo 6 destacou-se por conter as maiores concentrações de carotenoides totais, flavonoides amarelos e PET na casca, ácido ascórbico e flavonoides amarelos na polpa e maior atividade antioxidante na casca. O genótipo 7 tem o maior teor de carotenoides totais e PET na polpa. Através do sistema HS-SPME-GC-MS foram identificados pela primeira vez (62) compostos voláteis na polpa. Terpenos, aldeídos e álcoois foram os principais. O teor de álcoois oscilou de 1,5 a 44,99%; os dioxalanes estiveram presentes em todos os genótipos; o hexanal foi o principal representante dos aldeídos. A polpa de macaíba apresenta aroma forte e exótico e elevados teores de β-Cis-Ocimene, β-Trans-Ocimene e Allo-aromadendrene. A ACP se mostrou eficiente para indicar as características mais significativas na diferenciação entre os genótipos que apresentaram variabilidade genética. Este fruto, portanto, pode contribuir substancialmente para o fornecimento de nutrientes, enriquecimento da dieta, fonte de bioativos e agregação de valor aos recursos naturais da Mata Atlântica brasileira pelo seu consumo fresco ou processado.
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FABIO ANDERSON PEREIRA DA SILVA
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CARNE DE FRANGO E DE GALINHAS DE POSTURA PARA ELABORAÇÃO DE CHARQUE
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Data: 26/02/2016
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Hora: 09:00
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Objetivou-se com este trabalho avaliar os efeitos do processamento, armazenamento, dessalga e métodos de cozimento nos atributos de qualidade e na evolução da oxidação lipídica e proteica de charque elaborado com carnes de frango e de galinha poedeira. Os estudos iniciais envolveram o entendimento dos efeitos do processamento (salga, secagem e prensagem) e do armazenamento nos parâmetros de qualidade e na oxidação lipídica e proteica de charques de frango e de galinha poedeira. Observou-se efeito significativo (p<0,05) das etapas de processamento e do tempo de armazenamento nos parâmetros físico-químicos e sensoriais das amostras analisadas. Um aumento considerável da força de cisalhamento foi identificado após o processamento das amostras, que também apresentaram escores reduzidos de sabor e aroma de ranço e similaridade com o sabor do charque tradicional. O tempo de armazenamento teve efeito na evolução da oxidação lipídica e proteica, sobretudo nas amostras processadas com a carne de galinhas poedeiras. O tipo de músculo teve impacto marcante na estabilidade oxidativa ao longo do armazenamento das amostras. Posteriormente, foram realizados estudos sobre os efeitos da dessalga e de diferentes métodos de cozimento nos atributos de qualidade e na evolução da oxidação lipídica e proteica em charques elaborados com peito de frango. A dessalga promoveu um aumento do teor de umidade com consequente redução da concentração de cloreto de sódio nas amostras. O uso de temperaturas elevadas de cocção afetou a carbonilação proteica, os níveis de triptofano e a formação de pontes dissulfeto, enquanto o tempo de cozimento prolongado teve maior impacto na perda de tióis livres, formação de Bases de Schiff e na diminuição da dureza do charque de frango. As amostras submetidas ao processo de dessalga e ao cozimento pela técnica sous-vide apresentaram os maiores níveis de TBARs, o que refletiu no perfil aromático do produto, que apresentou maior número de compostos voláteis derivados do processo de oxidação lipídica. Os tratamentos térmicos mais severos empregados nas amostras cozidas em chapa, forno e azeite tiveram efeito significativo na formação de compostos voláteis derivados da reação de Maillard, que possuem impacto positivo no aroma cárneo. O cozimento pela técnica sous-vide promoveu menor perda de peso, menor teor de NaCl e aumento da maciez dos charques de frango, parecendo ser um método vantajoso para o cozimento deste tipo de produto. No entanto, a aceitação do aroma sensorial do produto cozido pela técnica sous-vide apresentou os menores escores em comparação com os demais tratamentos de cocção. Além disso, observou-se que a aceitação sensorial do aroma do charque de frango é dependente do equilíbrio entre os compostos voláteis derivados da oxidação de lipídeos e daqueles formados pela reação de Maillard durante o cozimento. A partir dos resultados gerados nesta pesquisa, foi possível confirmar a viabilidade da produção de um produto similar ao charque utilizando-se as carnes de frango e de galinha poedeira. A dessalga e a aplicação de diferentes métodos de cocção apresentam efeito sobre a estabilidade oxidativa, características de qualidade e perfil aromático do charque elaborado com peito de frango.
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KATHARINA KARDINELE BARROS SASSI
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BIOPROSPECÇÃO DE METABÓLITOS DE INTERESSE À INDÚSTRIA DE ALIMENTOS PRODUZIDOS POR CEPAS REGIONAIS DE MICROALGAS EM CULTIVOS MONOESPECÍFICOS
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Data: 24/02/2016
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Hora: 09:00
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As microalgas vêm recebendo uma crescente atenção nos últimos anos devido ao seu conteúdo em fitometabólitos tais como ácidos graxos poli-insaturados (AGPI) incluindo os ômegas ω-3, ω-6 e ω-9, carotenoides, ficobilinas, fenóis, aldeídos, vitaminas, entre outros. Mediante tais características, procurou-se, com esta pesquisa, efetuar uma bioprospecção de dezessete espécies de microalgas isoladas da região Nordeste do Brasil visando identificar aquelas que possam ser produtoras potenciais de metabólitos de interesse à indústria de alimentos. Foram produzidas biomassa de cada espécie sob condições controladas de cultivo (temperatura de 24 ± 1 ºC, iluminação 150 μmol fótons m-2 s-1, fotoperíodo de 12 h), determinando os parâmetros cinéticos de crescimento. As biomassas produzidas foram caracterizadas quanto aos percentuais de carboidratos, proteínas, lipídios, carotenoides e clorofila-a e b, além da determinação do perfil de ácidos graxos com ênfase ao teor de ômegas e a capacidade antioxidante nos extratos hexânico, etanólico e aquoso. Houveram diferenças nos parâmetros de crescimento e na composição química entre as espécies pesquisadas. Os maiores teores de carboidratos foram detectados nas espécies Chlorococcum e Amphidinium carterae. As maiores concentrações de proteínas foram encontradas em Scenedesmus acuminatus e Pediastrum tetras. Com relação aos lipídios, os maiores teores foram observados em A. carterae e em algumas cepas de Chlorococcum sp. (cf. hypnosporum). A espécie Chlamydomonas sp. apresentou os maiores teores de carotenoides, clorofila-a e clorofila-b. Quanto ao perfil de ácidos graxos, todas as microalgas continham os ácidos palmítico, oleico (ω-9), linoleico (ω-6) e α-linolênico (ω-3). As espécies Chlorella cf. minutissima, Chlorococcum sp. (cf. hypnosporum), P. tetras, Planktothrix isothrix e S. acuminatus apresentaram elevado percentual de ω-3, ω-6 e ω-9, carotenoides e clorofilas. Nos ensaios de avaliação da capacidade antioxidante o maior teor total de fenólicos foi obtido na microalga Chlorococcum sp. (cf. hypnosporum). Todas as microalgas investigadas, avaliadas pelos ensaios de DPPH e ABTS mostraram elevada capacidade antioxidante. A espécie P. isothrix apresentou o maior efeito inibitório sobre a oxidação lipídica. Esses resultados demonstram que as microalgas isoladas de distintos ambientes aquáticos da região Nordeste do Brasil contem espécies que são fontes de compostos de interesse para a indústria de alimentos passiveis de serem explorados comercialmente.
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GEISEANNY FERNANDES DO AMARANTE MELO
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UTILIZAÇÃO DE CONCENTRADO PROTEICO OBTIDO DE SUBPRODUTOS DE CAMARÃO CULTIVADO NA FORMULAÇÃO DE MOLHOS.
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Data: 01/02/2016
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Hora: 09:00
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Considerando o valor nutricional de subprodutos (cefalotórax e exoesqueleto) do camarão descartados durante o beneficiamento, objetivou-se com este trabalho obter molhos de grau alimentício utilizando concentrado proteico de subprodutos de camarão Litopenaeus vannamei. Para isso, um concentrado proteico obtido a partir da secagem de cabeça e casca de camarão foi otimizado utilizando da metodologia de planejamento fatorial 22 em estrela, sob influência dos parâmetros de pH e NaCl. O concentrado proteico foi analisado em termos de composição química centesimal, avaliação microbiológica, análise de aminoácidos, análise térmica, determinação de propriedades funcionais no concentrado proteico por meio de solubilidade, capacidade de retenção de água e óleo e propriedades emulsificantes, bem como a aceitação sensorial de diferentes molhos formulados com o concentrado proteico como ingrediente, utilizando da metodologia de planejamento fatorial 2k + configuração estrela (Delineamento Composto Central Rotacional - DCCR), determinando a combinação de ingredientes com melhores atributos sensoriais, sendo realizada a caracterização física e química do molho, análise microbiológica e análise térmica da formulação otimizada. De acordo com os resultados obtidos, verificou-se que o concentrado proteico no pH habitual de 8,0 com quantidade mínima ou ausência de NaCl foi o mais adequado para a pesquisa e apresentou alto teor de proteína (61 %) e cinza (18 %), com 8,203 mg de cálcio, e valores significativos de aminoácidos essenciais e não-essenciais. A solubilidade mínima alcançada foi apresentada no pH 2,0 e aumentou conforme o pH aproximou-se da neutralidade (pH 7,0). Os valores médios obtidos para capacidade de retenção de água e capacidade de retenção de óleo para o concentrado protéico foram de 3,60 mL H2O.g-1 prot. e 3,93 mL óleo.g-1 prot., respectivamente, e ainda apresentou capacidades emulsificantes semelhantes em cada pH analisado. Quando utilizado em molho, a melhor combinação de ingredientes apresentou as variáveis MA (Mistura A vinagre e açúcar 1:1), MB (Mistura B salsa desidratada, cebola desidratada, alho desidratado, pimenta do reino, noz moscada, gengibre e sal 2:2:2:1:1:1:1), CP (concentrado proteico) e AM (amido) nos níveis 0 (4,0), + α (2,0), 0 (5,0) e 0 (2,5) determinada pela melhor aceitação sensorial e intenção de compra, com índice de aceitação (IA) de 68 %, 69 %, 74 %, 74 %, e 75 %, para os atributos sensoriais de sabor, aroma, aparência, impressão global, textura e aparência, respectivamente. Apresentando 88,13 % de umidade, 1,85 % de minerais, 2,6 % de proteína, 0,88 % de lipídios, pH 7,69, 277,5 de viscosidade, 1,05 mmP de densidade, 6,53 % de carboidratos e 44,47 Kcal/100g de valor energético. O concentrado proteico e o molho estão dentro dos padrões microbiológicos aceitáveis. Esta pesquisa mostra que o concentrado proteico elaborado a partir de um produto de descarte, possui fácil obtenção, boa quantidade de proteína, aminoácidos, minerais e cálcio, e que quando utilizado como ingrediente em molho agrega benefícios nutricionais dos subprodutos do camarão, com possibilidades de oferta de produto com boa aceitação sensorial.
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