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Isis Caroline da Silva Cirino
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Modulação da resistência a drogas por óleos essenciais em linhagens de Staphylococcus aureus
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Fecha: 24-oct-2014
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Hora: 10:00
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A resistência bacteriana a drogas pode ser ocasionada por diferentes mecanismos. Dentre esses, podemos destacar as chamadas bombas de efluxo as quais são partes integrantes da membrana plasmática. A crescente incidência de bactérias resistentes tem minado o valor terapêutico dos antibacterianos existentes, criando a necessidade, cada vez maior, da busca por alternativas capazes de reverter ou diminuir a resistência. Na tentativa de encontrar uma solução para esse problema, os produtos de origem vegetal (extratos, óleos essenciais e fitoconstituintes) surgem como uma rica fonte de pesquisa na busca de potenciais moduladores da resistência à droga, ou seja, drogas que aumentam a atividade de certos antibióticos ou mesmo revertem a resistência bacteriana. Neste trabalho, avaliamos o efeito modificador da atividade antibiótica em linhagens de Staphylococcus aureus - portadoras das bombas de efluxo - o óleo essencial de Rosmarinus officinalis, Illicium verum, Cananga odorata, Eucalytus globulus, Pelargonium graveolens , Citrus paradisi, Cymbopogon flexuosus, Melaleuca alternifólia, Mentha Spicata, Origanum vulgare, Cymbopogon Martini e seus constituintes majoritários, 1,8 cineol, Anetol, Trans-Caryophyllene, Citronelol, Limoneno, Citral, Terpinen-4-ol, L-carvone, Carvacrol e Geraniol. Como resultado, observou-se que os produtos naturais avaliados, de maneira geral, apresentaram significativa atividade antibacteriana e podem atuar como modificadores da atividade antibiótica ao agirem como possíveis inibidores de bomba de efluxo nas linhagens IS-58, RN4220, SA-1199B ao reduzirem a CIM dos antibióticos testados (tetraciclina, eritromicina e norfloxacina) de 2 a 16 vezes. Os resultados indicam que produtos naturais de origem vegetal são, de fato, potenciais adjuvantes de antibióticos.
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SANDRO MASCENA GOMES FILHO
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Purificação, caracterização e atividades biológicas de uma lectina da esponja marinha Aplysina fulva (AFL)
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Fecha: 29-ago-2014
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Hora: 14:00
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Uma nova lectina foi purificada e caracterizada a partir da esponja marinha Aplysina fulva (AFL). O extrato bruto foi produzido a partir da solubilização de proteínas em solução tampão Tris HCl 0,1 M NaCl 0,15 M pH 7,4, sendo este utilizado na realização dos ensaios de atividade hemaglutinante e dosagem de proteínas pelo método de Bradford. O primeiro passo de purificação de AFL foi por meio de cromatografia de afinidade em coluna de Sepharose CL 4B. O pico não retido foi eluido com o mesmo tampão de extração e o pico retido foi eluido com tampão Glicina 0,1 M NaCl 0,15 M pH 2,6. O mesmo foi dialisado, liofilizado e ressuspendido em Tris HCl 0,025 M pH 7,6 e submetido a cromatografia de troca iônica DEAE Sephacel. A análise do pico retido da DEAE Sephacel por eletroforese nativa em gel de poliacrilamida (PAGE) mostrou a presença de uma única banda com aproximadamente 57 KDa, como também uma única banda com aproximadamente em 27,5 KDa em presença de SDS (PAGE-SDS). A nova lectina apresenta uma grande quantidade de aminoácidos hidrofóbicos, mostrando-se resistente a altas temperaturas e com melhor atividade hemaglutinante na faixa de pHs neutro a alcalino. AFL foi capaz de inibir o crescimento de cepas de P. aeruginosa, C. albicans e C. tropicalis. A nova lectina não apresentou efeitos tóxicos para células de câncer de mama, entretanto mostrou-se hábil em aglutinar formas promastigotas de Leishmania brasiliensis através do reconhecimento de galactose em sua superfície.
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SORAIA FERNANDA COSTA INACIO PEREIRA
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Estudo evolutivo dos grandes vírus nucleocitoplasmáticos de DNA da Família Mimiviridae
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Fecha: 28-ago-2014
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Hora: 14:00
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Esta dissertação busca contribuir com o conhecimento a respeito da origem e evolução dos grandes vírus nucleocitoplasmáticos de DNA da Família Mimiviridae propondo um novo modelo de evolução para estes vírus. Primeiramente os genomas dos vírus Achanthamoeba Polyphaga Mimivirus, Achanthamoeba castellani Mamavirus e Megavirus chilensis foram adquiridos através da plataforma NCBIO. Foi avaliado a similaridade dos genes de cada um dos genomas virais com genes celulares; a assinatura genômica dos genes e dos genomas, em busca de genes que poderiam ser resultado de transferência gênica horizontal; a similaridade entre os genomas virais, buscando regiões conservadas e observando a sintenia entre os genes; busca por genes ortólogos e proximidade filogenética dos genes de tradução do Mimivirus com seus equivalentes celulares. O principal resultado foi a semelhança entre as assinaturas genômicas dos genes celulares e dos genes virais, mostrando poucos indícios de transferência gênica horizontal. Com base nos resultados obtidos foi proposto um novo modelo evolutivo para os vírus estudados que mostrou-se capaz de explicar diversos questionamentos que permaneciam em aberto nos modelos evolutivos preexistentes.
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ALLANE MARIA LACERDA FERREIRA DE OLIVEIRA
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Associação do polimorfismo A1298C no gene MTHFR e suscetibilidade a fissura labiais com ou sem fissuras palatinas não sindrômicas
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Fecha: 28-ago-2014
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Hora: 09:00
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As fissuras orofaciais (FO) são as malformações congênitas mais frequentes em crianças, podendo afetar o lábio, o palato ou ambos. O ácido fólico é uma importante vitamina envolvida no desenvolvimento do feto e polimorfismos nos genes relacionados ao metabolismo dessa vitamina são apontados como umas das possíveis causas de malformações congênitas. MTHFR é uma importante enzima envolvida no metabolismo do ácido fólico e um dos polimorfismos presentes nesse gene é o rs1801131 (1298AC), o qual é responsável pela redução de 40% da atividade da enzima. Realizamos uma integração de estudos de caso-controle e de teste de desequilíbrio de transmissão (TDT) para determinar o risco de susceptibilidade do rs1801131 em FL/P. A amostra da abordagem caso-controle incluiu 64 crianças com FL/P e suas mães e 87 mães e crianças saudáveis no grupo controle. O TDT incluiu 163 trios (pais, mães e crianças com FL/P). Um desequilíbrio significativo foi observado na análise do equilíbrio de Hardy-Weinberg em FL / P (p = 0,007). O genótipo heterozigoto 1298AC foi encontrado em 39,1% nas crianças do grupo controle, enquanto que no grupo FL/P foi 19% (p=0, 001). Em mães, os supostos genótipos de risco AC e CC foram mais frequentes em ambos os grupos controle, sem significância estatística. O Teste de desequilíbrio de transmissão (TDT) não apresentou distorção na transmissão do alelo C dos pais para os filhos (p = 0,769). Os resultados sugerem um possível efeito protetor contra FO em mães e crianças portadoras do alelo C rs 1801131.
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THERESA RAQUEL DE OLIVEIRA RAMALHO
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Atividade do gama-terpineno, um monoterpeno sintético, em modelos experimentais de inflamação
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Fecha: 27-ago-2014
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Hora: 14:00
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O gama-terpineno (GT) é um monoterpeno sintético com vários efeitos biológicos. A forma natural da molécula está presente em plantas de vários gêneros, como em Eucalyptus, o qual possui atividade anti-inflamatória. Objetivo: Avaliar a toxicidade do GT e sua atividade sobre diferentes modelos da inflamação aguda, in vitro e in vivo. Métodos: A toxicidade do GT foi realizada pelo teste de viabilidade com nauplios de Artemia salina. Para os testes in vivo o efeito antiedematogênico do GT foi avaliado. Camundongos Swiss pré-tratados com GT foram submetidos aos protocolos de edema de pata induzido por carragenina, prostaglandina, histamina, bradicinina (agentes flogisticos) e permeabilidade microvascular induzida por ácido acético. Para avaliar o efeito do GT sobre a migração de células, concentração de proteínas totais e citocinas inflamatórias, foram utilizados os modelos de peritonite induzida por carragenina e de lesão pulmonar aguda (LPA) induzida por LPS. Para os testes in vitro, macrófagos peritoneais de camundongos BALB/c foram tratados com GT e desafiados com lipopolissacarídeo (LPS) para análise da viabilidade celular, dosagem de NO, citocinas e prostaglandina E2 (PGE2), e expressão de receptores (RNAm de EP2 e EP4). Resultados: Não foram observados sinais de toxicidade do GT em nauplios de A. salina. O pré-tratamento com GT reduziu os edemas de pata induzidos pelos agentes flogisticos, bem como o extravasamento de fluidos mediado pelo ácido acético. Na peritonite, a migração de neutrófilos e a liberação de citocinas (IL-1β e TNF-α) provocados pela carragenina, foram reduzidas nos animais tratados com GT. Na LPA, o GT diminuiu a migração de neutrófilos no tecido pulmonar, sem, no entanto diminuir o extravasamento de proteínas totais. Os macrófagos tratados com GT e desafiados com LPS apresentaram redução na produção de NO, IL-1β e IL-6, e aumento na produção de IL-10 e prostaglandina, bem como não interferiu na expressão dos receptores EP2 e EP4. Conclusão: Os resultados in vivo obtidos neste estudo demonstraram que o GT foi capaz de diminuir vários parâmetros da inflamação aguda tais como edema, citocinas inflamatórias e migração de células da inflamação para o sitio inflamado sugerindo que este monoterpeno possui atividade anti-inflamatória. Já os dados in vitro em que o aumento de IL-10 de forma dependente ao aumento da produção de PGE2 no sobrenadante das células tratadas com GT e estimuladas com LPS demonstram que o GT é capaz de modular o perfil regulatório e anti-inflamatório dos macrófagos.
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PAMELLA KELLY FARIAS DE AGUIAR
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Análise da influência do polimorfismo rs1801133 (677C>T) no gene MTHFR em fissuras labiais com ou sem fissuras palatinas não sindrômicas: estudo de base familiar e populacional pareado por ancestralidade no Brasil
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Fecha: 27-ago-2014
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Hora: 09:00
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Entre os prováveis fatore de risco genético para as fissuras orais em diversas populações, está a variante MTHFR 677C>T (rs1801133). Para testar o papel do rs1801133 na predisposição para fissuras não-sindrômicas do lábio com ou sem o envolvimento do palato (FL/P) na população Brasileira, nós conduzimos um estudo combinando teste de associação de base familiar (teste de desequilíbrio de transmissão TDT) e análise de associação de estrutura (estudo caso-controle) baseada em proporções individuais de ancestralidade. Nós genotipamos o polimorfismo rs1801133 em 197 trios (o afetado e seus respectivos pais), 318 indivíduos fissurados e 598 controles saudáveis, utilizando um ensaio de discriminação alélica TaqMan 5′-exonuclease. A ancestralidade genômica foi caracterizada por um conjunto de 40 marcadores bialélicos de curta inserção / exclusão. O TDT revelou uma forte associação entre o polimorfismo rs1801133 nos trios de portadores de FL/P (p=0,002) como também nos trios de fissuras labiopalatinas (FLP, p=0,001), mas não apresentou associação com fissuras labiais isoladas (FL). A análise da origem parental do alelo T mostrou um razoável excesso de transmissão, por parte das mães, nos trios de portadores de FLP (OR: 1.47, 95%CI: 1.10-2.14, p=0,04). O estudo caso-controle baseado em associação de estrutura reforçou nossas conclusões, demonstrando que o alelo de risco T foi significantemente mais frequente no grupo de portadores de FL/P (OR: 1.37, 95% CI: 1.12-1.69, p=0,002) e de FLP (OR: 1.41, 95% CI 1.12-1.79, p=0,01) quando comparada ao grupo controle. Em conclusão, nossos resultados reforçam o envolvimento entre o polimorfismo rs1801133 e o desenvolvimento de FL/P na população brasileira, e reforça a importância da triagem genética na população de risco para otimização da aplicação de medidas preventivas.
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LAYANNE CABRAL DA CUNHA ARAUJO
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Exercício aeróbico crônico de natação promove alterações morfofuncionais em íleo de rato
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Fecha: 22-ago-2014
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Hora: 14:00
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Anormalidades na reatividade contrátil intestinal representam um dos processos fisiopatológicos que caracterizam a cólica intestinal, diarreia e constipação. Analisando essa reatividade contrátil no íleo de camundongos exercitados em esteira, verificou-se que houve redução dessa reatividade. Diante disso, o objetivo desse trabalho foi avaliar a influência do exercício aeróbio crônico de natação na reatividade contrátil, peroxidação lipídica e morfologia do íleo de ratos. Todos os protocolos experimentais foram previamente aprovados pelo Comitê de Ética no Uso de Animais da UFPB (Protocolo: 0907/13). Para isso, utilizou-se ratos Wistar (Rattus norvegicus), inicialmente foi realizada uma padronização das intensidades de exercício para confirmar em quais intensidades o exercício era considerado aeróbico. Os animais foram divididos em 6 grupos, grupo controle (GC) e grupos exercitados, estes foram submetidos a uma sessão de exercício de natação, tendo fixado ao seu tronco um anel de metal com as seguintes intensidade: 3, 4, 5, 6 ou 8% do peso corporal do animal, durante 1 hora. Após esse protocolo foi coletado o sangue do animal e realizada dosagem de lactato, cujo limiar de lactato era de 5,5 mmol/L. Verificou-se que intensidade inferiores a 5% do peso corporal do animal submetido à natação, o exercício é do tipo aeróbico. A partir disso, foi escolhida a menor intensidade analisada para seguir com o exercício crônico. Os animais foram divididos nos seguintes grupos, sedentário (SED) e exercitado (EX), os animais do grupo exercitado foram submetidos a um exercício de natação por uma hora, sendo fixado ao tronco do animal um anel de metal, correspondente a 3% do seu peso corporal. Os animais exercitados realizaram um treinamento de 5 dias por semana, sendo os grupos exercitados por 2 (EX2), 4 (EX4), 6 (EX6) ou 8 (EX8) semanas. A cada cinco dias de treinamento, os animais descansaram por 48 h. Após a realização do protocolo, os animais foram eutanasiados, o íleo era retirado, suspenso em cubas de banhos para órgãos isolados e eram registadas as contrações isotônicas. Curvas concentrações-resposta cumulativas ao KCl foram atenuadas em função do exercício, conforme os valores de Emax, que foi reduzido de 100% (SED) para 63,1 ± 3,9, 48,8 ± 3,8, 19,4 ± 1,8, 59,4 ± 2,8% nos grupos exercitados por 2, 4, 6 e 8 semanas, respectivamente. Porém, não apresentou diferença significante no parâmetro de potência contrátil. De forma similar, as curvas concentrações-resposta cumulativas ao carbacol (CCh), foram atenuadas em função do exercício, conforme os valores de Emax de 100% (SED) para 74,1 ± 5,4, 75,9 ± 5,2, 62,9 ± 4,6% nos grupos exercitados por 2, 4 e 6 semanas, respectivamente. E o grupo EX8 (Emax = 89,7 ± 3,4%) não apresentou diferença significante do grupo SED. E a potência contrátil do CCh também não foi alterada em relação ao grupo SED, mas foi alterada entre grupos EX2 (CE50 = 1,5 ± 0,5 x 10-6 M) e EX8 (CE50 = 2,1 ± 0,4 x 10-7 M), EX6 (CE50 = 1,5 ± 0,3 x 10-6 M) e EX8. A concentração de malondialdeído (MDA) foi realizada através de dosagens bioquímicas, e foi aumentada de 20,6 ± 3,6 µM/mL (SED) para 44,3 ± 4,4 µM/mL (EX4), porém essa peroxidação não foi alterada no grupo EX6 (20,0 ± 3,6 µM/mL) e EX8 (17,2 ± 3,6 µM/mL. As medidas das camadas musculares foram registradas através de cortes histológicos, sendo a camada muscular circular (CMC) reduzida de 50,9 ± 0,3 µm (SED) para 44,0 ± 1,8, 43,5 ± 1,3, 35,5 ± 1,4 e 41,6 ± 0,6 µm, nos grupos exercitados por 2, 4, 6 e 8 semanas, respectivamente. Já a camada muscular longitudinal (CML) foi aumentada de 21,6 ± 0,3 µm (SED) para 31,8 ± 1,0, 36,2 ± 2,5, 29,6 ±1,8 e 30,8 ± 1,3 µm, nos grupos exercitados por 2, 4, 6 e 8 semanas, respectivamente. De acordo com os resultados, o exercício aeróbico: altera a reatividade contrátil do íleo ao KCl e CCh, diminuindo a amplitude da contração intestinal. Promove um aumento da peroxidação lipídica no grupo EX4, que pode ter servido como estímulo para célula produzir antioxidantes e inibir o estresse oxidativo. E promove alterações morfológicas para estabelecer uma adaptação do órgão ao exercício. A diminuição da reatividade contrátil e as alterações histológicas parecem não estar correlacionadas com a peroxidação lipídica. Dessa forma, demonstra-se pela primeira vez uma relação direta entre o treinamento de natação e a reatividade intestinal do músculo liso de rato.
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MARIA TALITA PACHECO DE OLIVEIRA
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Efeito anti-inflamatório do MHTP, uma nova molécula do tipo alcaloide tetrahidroisoquilínico
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Fecha: 15-ago-2014
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Hora: 14:00
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A inflamação é uma resposta imune que visa estabelecer a homeostase tecidual durante uma infecção ou lesão. Reconhecida como um processo benéfico, a inflamação pode tornar-se prejudicial quando em excesso. Assim, estratégias terapêuticas que possam atuar na resolução da inflamação são estudadas e desenvolvidas, tendo os produtos naturais e seus derivados um papel de destaque para as descobertas de novas moléculas anti-inflamatórias. Nesse contexto, o alcalóide 1 (3 metoxi-4-hidroxifenil)-7-metoxi-1,2,3,4 tetrahidroisoquinolina (MHTP) foi sintetizado para prospecção de novos compostos com propriedades terapêuticas. Desta forma, o objetivo desse estudo foi avaliar o pontencial anti-inflamatório do MHTP, in vitro e in vivo, utilizando modelo murino de inflamação aguda. Inicialmente, foi avaliada a viabilidade celular em cultura de macrófagos peritoniais tratados com várias concentrações de MHTP. Observou-se que o alcalóide não apresentou citoxidade nas concentrações de 10, 25 ou 50 μM. Nestas concentrações o MHTP inibiu (p < 0,001) em 24%, 47% e 39% respectivamente, a produção de NO de macrófagos estimulados com LPS (1 μg/mL). Além disso, o tratamento com 10 μM de MHTP diminuiu (p < 0,001) os níveis das citocinas IL-1β, IL-6 e IL-10 em 35,7%, 31,0% e 33,4% respectivamente, sem alterar os níveis da quimiocina MCP-1/CCL2 no sobrenadante da cultura de macrófagos. Adicionalmente foi avaliado o efeito anti-inflamatório do MHTP in vivo. O pré-tratamento oral com MHTP (2,5, 5 ou 10 mg/kg) apresentou efeito anti-edematogênico (p < 0,05) no edema de pata induzido por carragenina inibindo a ação da PGE2 mas independente da desgranulação de mastócitos ou atividade da histamina. O alcalóide (2,5 mg/kg) também foi capaz de inibir (p < 0,01) a migração de leucócitos totais em 41,4% para a cavidade peritonial durante a inflamação induzida com carragenina, diminuindo o número de células polimorfonucleares (PMN) (59,6%) e proteínas totais (29,4%), sem alterar células mononucleares (MNs) e os níveis de MCP-1/CCL2, IL-1β, IL-6 e IL-10. Após caracterização do efeito anti-inflamatório, prosseguimos o estudo avaliando a atividade do MHTP no modelo experimental de lesão pulmonar aguda, onde o pré-tratamento com o MHTP (2,5 mg/kg) inibiu (p < 0,001) a migração de células inflamatórias totais e PMNs para os pulmões em 58% e 67,5%, respectivamente, sem alterar os MNs e a quantidade de proteínas totais. Os resultados obtidos nesse estudo nos permite concluir que a molécula MHTP apresenta efeito anti-inflamatório por inibir vários componentes do processo inflamatório inclusive parâmetros relacionados a lesão pulmonar aguda. Portanto, respaldamos o MHTP como um protótipo de molécula com atividade anti-inflamatória no desenvolvimento de novos fármacos a serem utilizados na resolução do processo inflamatório.
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DEREK BARROSO HOLANDA ASP VIEIRA
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Cristalização e resolução da estrutura tridimensional da lectina de Canavalia maritima (ConM) complexada com o primer da interleucina - 1 Beta;
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Fecha: 15-ago-2014
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Hora: 10:00
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Lectinas de leguminosas são historicamente reconhecidas como proteínas de ligação a carboidratos e essa propriedade é ligada à maioria das suas atividades biológicas, tais como pró e antiinflamatórias, apoptose e mecanismos mitogênicos. No entanto, vários estudos demonstraram a capacidade destas proteínas de se ligarem a diversos outros compostos, tais como fitohormônios e moléculas hidrofóbicas, embora a relevância biológica destas interações permaneça indefinida. Muitas reações biológicas envolvem a interação de proteínas com ácidos nucleicos e a interação da proteína com o DNA desempenha um papel chave em toda a regulação celular e das funções vitais. No presente trabalho relatamos a estrutura cristalina da ConM, uma lectina isolada de sementes de Canavalia maritima, em complexo com o primer da Interleucina 1β. Um cristal cúbico, pertencente ao grupo espacial F23, foi obtido através do método da difusão de vapor e submetido à difração de raios X. Na estrutura, o mapa de densidade eletrônica correspondente a quatro nucleotídeos do primer da interleucina-1β foi encontrado na interface do dímero não-canônico. A estabilização dos nucleotídeos envolve pontes de hidrogênio e forças eletrostáticas com os aminoácidos His127, Ser110, Lys114, Ser190, Asp192, Thr194, His51 e Ser190. Com base nestes resultados cristalográficos e em uma simulação de docking molecular, é hipotetizado que a lectina pode funcionar como um fator de transcrição, o que poderia nos ajudar a entender algumas de suas atividades biológicas.
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ANTONIEL AUGUSTO SEVERO GOMES
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Estudo Computacional dos Efeitos Farmacológicos das Miotoxinas Lys49 de Serpentes (Família: Viperidae): Modelos Moleculares para Citotoxicidade e Miotoxicidade
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Fecha: 14-ago-2014
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Hora: 10:00
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Acidentes ofídicos constituem um problema endêmico global, e o estudo de seus componentes é importante para compreender e preveni-los. Dentre seus componentes, fosfolipases A2 têm sido fortemente estudadas, bem como as miotoxinas Lys49. Contudo, o entendimento dos mecanismos moleculares que promovem seus efeitos farmacológicos permanece controverso até hoje. O presente trabalho buscou estudar os determinantes estruturais dos efeitos farmacológicos das miotoxinas Lys49, enfaticamente seus efeitos citotóxicos e miotóxicos. Foram realizados testes de análise de sequências entre tais proteínas, bem como dockings moleculares entre a miotoxina Bn IV e o VEGFR-II e diferentes moléculas aniônicas, como fosfato, heparina e lipopolissacarídeo. As análises das sequências das miotoxinas Lys49 apresentaram regiões bem definidas no grupo, notadamente regiões catiônicas. Em concordância com isto, os dockings moleculares realizados neste trabalho observaram a presença de um sítio não-específico para cargas aniônicas, bem como um sítio de reconhecimento para heparina. Já os dockings moleculares entre a miotoxina Bn IV e o VEGFR-II foram satisfatórias e apontaram a cauda C-terminal como uma importante região de interação. Tais resultados determinam regiões catiônicas importantes para a realização dos efeitos citotóxicos e trazem uma nova abordagem molecular para os efeitos miotóxicos, via VEGFR-II. Além disso, são apresentados modelos moleculares para os efeitos citotóxicos e miotóxicos das miotoxinas Lys49.
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CAROLINA PEREIRA COSTA
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Expressão Diferencial de Genes Relacionados à Tolerância ao Estresse Salino (NaCl) em Arroz Vermelho (Oryza sativa L.)
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Fecha: 29-may-2014
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Hora: 14:00
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O arroz (Oryza sativa L.) é um dos principais produtos agrícolas comercializados no mundo e o alimento básico para mais da metade da população mundial. Na região do Nordeste do Brasil o arroz vermelho cultivado tem grande importância sócio-econômica, além de ser um alimento integral e funcional associado à produção de compostos antioxidantes. Este grão apresenta alta variabilidade genética e genes de resistência a fatores bióticos e abióticos. Entretanto, o cultivo do arroz é suscetível ao excesso de sais no solo. Neste contexto no presente trabalho pretende-se estudar: (a) os parâmetros de crescimento vegetal sistema de classificação SES, produção de fitomassa da parte aérea e da raiz, área foliar e comprimento da parte aérea e da raiz, em doze variedades de arroz vermelho com relação à tolerância ao estresse salino (NaCl) e selecionar duas variedades, uma tolerante e outra suscetível; (b) a expressão relativa de genes associados ao estresse salino OsHKT1;5, OsCIPK24, OsSOS1 e OsNHX1 nas variedades de arroz vermelho selecionadas como tolerante e suscetível ao estresse salino. Os estudos de crescimento vegetal foram realizados em sistema de cultivo hidropônico (IRRI), onde o tratamento de 100 mM de NaCl apresentou a maior redução relativa dos parâmetros de crescimento vegetal quando comparado a 50 mM de NaCl. A massa fresca da parte aérea, a massa seca da parte aérea, o comprimento da parte aérea e a relação da massa seca da raiz com a massa seca da parte aérea apresentaram correlações altamente significativas com o sistema de classificação SES. Estes parâmetros permitiram a classificação e seleção das variedades 0801 e 0903 como tolerante e suscetível, respectivamente, durante a fase inicial do desenvolvimento vegetal. Os estudos de expressão relativa foram analisados através da expressão relativa do Cq comparativo (2-∆∆Cq) determinada após a reação de qPCR. Foi observado comportamento diferencial nas expressões relativas médias dos quatro genes analisados entre as variedades de arroz vermelho tolerante (0801) e suscetível (0903) no tratamento salino. Estas diferenças de expressão, respectivamente entre a variedade tolerante e suscetível, nas folhas jovens foram provenientes dos genes OsCIPK24 (1,28 e 1,89 vezes) e OsHKT1;5 (1,53 e 1,70 vezes), já nas folhas antigas estas diferenças foram determinadas para os genes OsSOS1 (-1,69 e 1,40 vezes) e OsCIPK24 (2,02 e 3,16 vezes). O gene OsNHX1 não apresentou expressão diferencial entre as variedades tolerante e suscetível, apresentando entretanto aumento da expressão relativa nas folhas antigas (média de 9,18 vezes) quando comparadas às folhas jovens (média de 2,02 vezes). A classificação das variedades tolerante (0801) e suscetível (0903) permitiu a identificação de diferenças na expressão de genes relacionados ao estresse salino, contribuindo para elucidar os mecanismos que levam à diferença no nível de tolerância à salinidade destas variedades de arroz vermelho.
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ELIS TORREZAN GONCALVES RAMALHO NITAO
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ABERTURA DO PORO DE TRANSIÇÃO DE PERMEABILIDADE MITOCONDRIAL (PTPM) EM GAMETAS E CÉLULAS EMBRIONÁRIAS DE OURIÇOS-DO-MAR: PAPEL NA FERTILIZAÇÃO E DESENVOLVIMENTO EMBRIONÁRIO INICIAL
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Fecha: 23-may-2014
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Hora: 14:00
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O poro de transição de permeabilidade mitocondrial (PTPM) consiste em um complexo proteico cuja abertura aumenta a permeabilidade da membrana mitocondrial interna a solutos de até 1.500 Da. A formação do PTPM é um processo dependente de voltagem e de Ca2+, sensível à ciclosporina A (CsA), e pode atuar como um rápido mecanismo de liberação de Ca2+. Vias de sinalização de Ca2+ já foram descritas em espermatozoides e óvulos e possuem importância crucial para a fertilização e desenvolvimento embrionário. Apesar da mitocôndria ser considerada um importante estoque de Ca2+ e estar envolvida na regulação de vias de sinalização de Ca2+, apresentando um rápido mecanismo de liberação de Ca2+ através do PTPM, a sua contribuição para o processo de fertilização e desenvolvimento embrionário é pouco conhecida. O presente trabalho teve como objetivo caracterizar o fenômeno PTPM em gametas de ouriços-do-mar Echinometra lucunter e investigar o seu papel no processo de fertilização e desenvolvimento embrionário. Ouriços-do-mar E. lucunter adultos foram coletados na costa de João Pessoa, Paraíba, Brasil (7° 7 S, 34° 49 O - Autorização ICMBio: 32105-1), mantidos em aquários com água do mar filtrada e os gametas foram coletados por meio de injeção celômica de KCl 0,5 M. As células foram tratadas com diversas ferramentas farmacológicas e a fisiologia do PTPM foi analisada na fertilização e no desenvolvimento embrionário. Os nossos resultados demonstraram a ocorrência do PTPM em gametas e zigotos, de maneira dependente de Ca2+ e do potencial de membrana mitocondrial interna (m), assim como sensível à CsA. Adicionalmente, a abertura do PTPM em óvulos ocasionou aumento na produção de espécies reativas de oxigênio (ROS) de forma dependente de Ca2+ extracelular. Em contraste, em espermatozoides, a geração de ROS foi reduzida após a indução do PTPM. Fisiologicamente, a inibição do PTPM de espermatozoides aumentou as taxas de fertilização e de desenvolvimento embrionário, podendo envolver mecanismos que aumentam a vida-média dos espermatozoides. Ademais, os nossos resultados revelaram que a inibição do PTPM em óvulos retardou o desenvolvimento embrionário, sugerindo que a mitocôndria atue como um estoque intracelular de Ca2+ em óvulos fertilizados e que o PTPM opere como uma via rápida de liberação de Ca2+, sendo essencial à ativação do óvulo. O presente trabalho configura o primeiro relato da formação do PTPM em gametas e células embrionárias de invertebrados. A regulação do PTPM parece ser outra característica evolutiva compartilhada entre ouriços-do-mar e mamíferos, o que destaca esta espécie como um excelente modelo para investigar a configuração do PTPM e o seu papel fisiológico. Estudos sobre a formação de PTPM em gametas e células embrionárias podem ajudar a elucidar diversos mecanismos envolvidos na infertilidade espermática, inativação do óvulo e atraso no desenvolvimento embrionário.
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JULIANA DA CAMARA ROCHA
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Comportamento de camundongos Suíços frente à infecção por Leishmania (V.) braziliensis e/ou Leishmania (L.) amazonensis
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Fecha: 16-may-2014
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Hora: 09:00
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As leishmanioses são doenças causadas por diferentes espécies de parasitos do gênero Leishmania. Camundongos isogênicos são amplamente utilizados na investigação dos processos imunopatológicos associados a essas enfermidades. Contudo, poucos são os estudos de leishmaniose experimental com camundongos que possuem uma constituição genética variada, os denominados heterogênicos. No presente trabalho foi investigado o comportamento de camundongos Suíços (heterogênicos) infectados com as espécies L. (V.) braziliensis e/ou L. (L.) amazonensis. Inicialmente, os camundongos Suíços foram infectados na pata com formas promastigotas de L. braziliensis e L. amazonensis isoladamente; a evolução da lesão foi monitorada por nove semanas, e foram determinadas a carga parasitária e os níveis das citocinas IFN-γ, TNF-α e do NO. Posteriormente, camundongos Suíços foram previamente infectados com L. braziliensis, e após seis ou dezessete semanas de infecção, foram coinfectados na outra pata com L. amazonensis; analisando a evolução da lesão e após oito ou nove semanas de coinfecção, foram determinadas a carga parasitária, os níveis de IFN-γ e de NO pelas células do baço e do linfonodo poplíteo. Os camundongos infectados com L. braziliensis desenvolveram uma pequena lesão no sítio de infecção (0,26 ± 0,05 mm), permanecendo de forma inalterada, sem indícios de evolução, sem a detecção de parasitos no baço e apresentando um aumento nos níveis de IFN-γ pelas células do baço. De modo diferente, os camundongos Suíços infectados com L. amazonensis desenvolveram lesões com crescimento progressivo e contínuo, com a detecção de parasitos no baço, apesar de também aumentarem significativamente a síntese de IFN-γ. Nos animais coinfectados, a lesão no sítio de infecção por L. amazonensis também apresentou um crescimento progressivo. Contudo, a partir da segunda semana de infecção, as lesões nestes animais foram significativamente menores do que as lesões dos animais infectados apenas com L. amazonensis. Na oitava semana de avaliação foi observada uma diferença no tamanho da lesão entre esses dois últimos grupos de animais de 2,54 ± 0,57 mm. A diminuição da lesão foi correlacionada com o aumento dos níveis de IFN-γ e de NO por células do baço desses animais coinfectados. Diante dos resultados obtidos, pode-se concluir que camundongos Suíços desenvolvem um fenótipo de resistência à infecção por L. braziliensis e um fenótipo de susceptibilidade à infecção por L. amazonensis. Adicionalmente, a infecção prévia com L. braziliensis confere proteção parcial a uma posterior infecção com L. amazonensis, associada a uma maior síntese de IFN-γ.
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ALANA ARAUJO BRAGA
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Isolamento, purificação, caracterização, atividade antibacteriana e hemolítica da lectina extraída de sementes de Sterculia foetida L.
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Fecha: 15-abr-2014
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Hora: 14:00
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Sterculia foetida L., conhecida popularmente no Brasil como chichá-fedorento, é uma planta tropical que pertence à família Malvaceae. Tem atraído à atenção de muitos pesquisadores devido as suas propriedades medicinais. Lectinas são proteínas ou glicoproteínas, as quais são distribuídas em praticamente todos os organismos vivos, capazes de interagir de forma reversível com carboidratos ou glicoconjugados sem alterá-los estruturalmente. Essa ligação torna essas proteínas capazes de exercer inúmeras atividades biológicas passíveis de serem usadas na terapêutica. O objetivo do presente trabalho foi isolar, purificar e caracterizar a lectina presente nas sementes de Sterculia foetida L., bem como investigar a sua possível atividade antibacteriana e hemolítica. Para a purificação foi testada a cromatografia de troca iônica DEAE-Sephacel acoplada ao HPLC. O grau de pureza e o peso molecular da lectina foram determinados por eletroforese SDS-PAGE. A proteína foi caracterizada quanto à natureza glicoproteica, especificidade a açúcares e glicoproteínas, resistência ao pH, temperatura, agentes desnaturantes, redutores, oxidantes e quelantes. Foi realizado o método de microdiluição para determinar a atividade antibacteriana, e as bactérias testadas foram: Bacillus subtilis CCT 0516, Escherichia coli ATCC 2536, Pseudomonas aeruginosa ATCC 23243, Pseudomonas aeruginosa ATCC 8027, Staphylococcus aureus ATCC 25619, Staphylococcus aureus ATCC 25925. Foi verificado o efeito hemolítico contra eritrócitos humanos. A lectina presente nas sementes de Sterculia foetida L., denominada SfoL, foi isolada, apresentando peso molecular de aproximadamente 17 kDa, possuindo um teor de 53 µg/mL de carboidratos. A lectina foi inibida pelos monossacarídeos arabinose e xilose, apresentou-se resistente ao tratamento como agente desnaturante ureia e sensível ao tratamento com o agente oxidante metaperiodato de sódio, e redutor β-mercaptoetanol. Houve perda considerável da atividade hemaglutinate (AH) na presença de EDTA, mas na presença de cátions divalentes Ca2+ e Mn2+ a AH foi aumentada. A lectina manteve sua atividade hemaglutinante mesmo após incubação a 80 °C, demonstrando ser uma proteína termo- estável. Porém houve diminuição da AH quando exposta a temperatura igual ou maior que 90 °C. A hemaglutinação foi maior quando a lectina foi exposta a valores de pH situados entre 5 e 11. A lectina inibiu o crescimento de todas as linhagens bacterianas testadas, sendo os gêneros Bacillus subtillis e Pseudomonas aeruginosa os mais sensíveis (CIM 128 µg/mL). SfoL causou baixa hemólise em eritrócitos humanos pertencentes aos três tipos sanguíneos do sistema ABO.
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SARAH GURGEL DE CASTRO
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Estudo de Frequências Alélicas de 15 ST'Rs Autossômicos na População Paraibana
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Fecha: 26-feb-2014
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Hora: 10:00
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A identificação humana está baseada na análise do DNA através de marcadores moleculares presente em todo o genoma. Estes marcadores são transmitidos de pais para filhos por hereditariedade. Atualmente os marcadores STR são os marcadores genéticos mais utilizados em Genética Forense devido ao seu elevado polimorfismo, alta reprodutibilidade, possibilidade de serem amplificados por PCR em inúmeras cópias numa só reação e em mínimas quantidades de DNA (1ng). O exame de DNA que permite a individualização das pessoas é ferramenta indispensável à solução de casos forenses de identificação humana, crimes sexuais, locais de crime (incluindo ou excluindo suspeitos), desastres em massa, e tem seu resultado apresentado em cálculos estatísticos que consideram a frequência alélica dos marcadores usados. Por isso é importante o conhecimento das frequências alélicas apresentadas na população regional de forma que os resultados sejam os mais fidedignos possíveis. Neste trabalho, 15 marcadores autossômicos (loci) STR ou microssatélites (CSF1PO, D13S317, D16S539, D18S51, D19S433, D21S11, D2S1338, D3S1358, D5S818, D7S820, D8S1179, FGA, TH01, TPOX e vWA) foram estudados em 766 indivíduos paraibanos não aparentados, demonstrando uma população tri - hibrida, formada de africanos (25,86%), ameríndios (6,81%) e europeus (67,33%). Os mais informativos foram D21S11 e FGA, e os menos informativos foram TPOX, D7S820 e D13S317. Os resultados são importantes para que um banco de dados com as frequências alélicas encontradas na população paraibana possa servir de base de cálculo útil para prática forense no Estado da Paraíba.
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