PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM CIÊNCIA E TECNOLOGIA DE ALIMENTOS (PPGCTA)

UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA

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Apresentação

Imagem de apresentação do programa

       A Universidade Federal da Paraíba (UFPB) foi criada em 1960, surgiu da federalização da então Universidade da Paraíba, criada em 1955 pelo Governo do Estado a partir da incorporação de Escolas e Faculdades públicas instaladas nos municípios de João Pessoa, Campina Grande e Areia, no intervalo de 1934 a 1954. Com o desmembramento da Instituição, em abril de 2002, quatro (04) de seus sete (07) campi passaram a integrar a Universidade Federal de Campina Grande (UFCG). A UFPB atualmente tem a estrutura de funcionamento de sua vida acadêmico-científica organizada em dezesseis (16) Centros distribuídos pelos seus campi: Campus I - João Pessoa; Campus II - Areia; Campus III - Bananeiras; e o Campus IV - Rio Tinto e Mamanguape. Na Pós-Graduação, a UFPB possui 110 cursos de Pós-Graduação Strictu Sensu, correspondendo a setenta e dois 72 cursos de Mestrado (60 acadêmicos e 12 profissionais) e trinta e oito (38) cursos de Doutorado. 

A UFPB, instituição pública de ensino superior vinculada ao Ministério da Educação tem entre os seus objetivos “promover o desenvolvimento socioeconômico da Paraíba, do Nordeste e do Brasil”, e tem como proposta em sua área de competência empreender ações que visem, entre outros aspectos, formar profissionais em nível de pós-graduação; realizar atividades de pesquisa, extensão inovadora e inovação tecnológica e industrial; e pautar as suas atividades acadêmicas pela busca do progresso das Ciências, Artes e Música. A Pós-Graduação Stricto Sensu na UFPB, compreendendo os níveis de Mestrado e de Doutorado, destina-se à formação ampla e aprofundada de profissionais para atuarem na elaboração e difusão do saber filosófico, no desenvolvimento da ciência e da tecnologia e na produção e difusão do conhecimento gerado. 

O Projeto de Desenvolvimento Institucional vigente da UFPB inclui objetivos específicos para as ações de Pós-graduação e Pesquisa: a) Ampliação do número de programas e cursos de Pós-Graduação; b) Ampliação do número de vagas ofertadas na Pós-Graduação, c) Excelência da Pós-Graduação com vistas à elevação dos conceitos atribuídos pela CAPES, d) Internacionalização das atividades da Pós- Graduação, e) Ampliação de convênios nacionais e internacionais na Pós-Graduação, f) Acompanhamento dos egressos da Pós-Graduação, g) Acompanhamento dos Programas de Pós-Graduação e ciclos regulares de planejamento e autoavaliação, h) Promoção de ações que propiciem condições para acolhimento, permanência e diplomação na Pós-Graduação, i) Atuação na formação continuada, j) Atualização dos currículos acadêmicos com vistas a incorporar os avanços científicos, tecnológicos e da internacionalização, e l) Captação de recursos externos. No panorama Institucional e em alinhamento às ações estratégicas Institucionais, o Programa de Pós-Graduação em Ciência e Tecnologia de Alimentos (PPGCTA) da Universidade Federal da Paraíba (UFPB), Campus I, teve sua criação em nível de Mestrado junto ao Sistema Nacional de Pós-graduação (CAPES) no ano de 1978, sendo o pioneiro na Pós-Graduação e Pesquisa da área de Ciência de Alimentos na região do Nordeste do Brasil. Posteriormente, em 2004 o PPGCTA aprovou junto a CAPES o Curso de Doutorado, novamente destacando-se como o primeiro Curso de Doutorado da região Nordeste do Brasil, na área de Ciência de Alimentos. Atualmente,  o PPGCTA é regido pela Resolução Nº 15/2019 e desde a sua criação o PPG tem como objetivo a formação de recursos humanos qualificados na área de concentração Ciência e Tecnologia de Alimentos, bem como a geração de conhecimento que possam contribuir para o desenvolvimento da economia local, regional e nacional. Desta forma, o PPG se insere no contexto local e nacional na busca de soluções de base científica em atendimento a demandas de sua área. Após a abertura do Curso de Doutorado, as normativas que regem o PPGCTA têm sido revisadas com o objetivo de atender as tendências de evolução temporal do PPG. Particularmente, ao longo dos anos o PPGCTA sofreu modificações na sua estrutura curricular e abrangência das linhas de pesquisas. Conforme a Resolução N° 31/00 o PPGCTA estava estruturado em 4 linhas de pesquisa como segue: Química e Bioquímica de Alimentos, Ciência e Tecnologia de Produtos de Origem Animal, Ciência e Tecnologia de Produtos de Origem Vegetal e Microbiologia de Alimentos. Posteriormente, mantendo as mesmas 4 linhas de pesquisa, na Resolução Nº 37/2004, a estrutura curricular do Programa foi revisada, bem como foram readequados parâmetros da orientação docente e estruturação dos trabalhos gerados. Entretanto, a fim de melhor atender as demandas de formação de recursos humanos e em atenção aos projetos desenvolvidos e coordenados pelos docentes vinculados ao PPGCTA, bem como para atuar em consonância com a Resolução N° 79/2013 da UFPB, que deu novo texto ao Regulamento Geral dos PPG Stricto Sensu da UFPB, uma nova Resolução, de número 56/2014 foi aprovada para o PPGCTA, a qual entrou em vigor em dezembro do mesmo ano. Nesta, em particular foram alterados o calendário letivo (que passou a ser semestral), a estrutura curricular com foco no número de créditos exigidos para o mestrado (23 créditos no total) e doutorado (37 créditos no total) as linhas de pesquisa e a organização das disciplinas (que passaram a atender a demanda real do perfil de discentes ingressos no Programa). 

Desde então, ou seja, no quadriênio vigente, o PPGCTA apresenta-se estruturado em três linhas de pesquisa que expressam a especificidade de produção de conhecimento dentro da área de concentração de vínculo (Ciência e Tecnologia de Alimentos). Estas linhas correspondem ao conjunto de estudos desenvolvidos pelos docentes e discentes em diferentes temáticas. A Linha 1 é definida como Bioprocessos e Microbiologia de Alimentos, que tem foco no estudo dos processos biotecnológicos na elaboração de bioprodutos (etanol, xilitol, enzimas, aminoácidos, lipídeos, carotenoides), utilizando leveduras e microalgas. Em particular as pesquisas desta linha têm focado na utilização de resíduos agroindustriais da região Nordeste (sisal, pedúnculo do caju, mandioca, bagaço de cana, frutas). Nesta linha de pesquisa também se inserem os estudos sobre i) processos microbianos em alimentos, no que concerne ao comportamento microbiano (microrganismos benéficos, deteriorantes ou patogênicos) e sua relação com a matriz alimentar; ii) estudos que envolvem a problemática One-health, que tem como base a interação alimentos, meio-ambiente e saúde pública, e que têm enfoque na compreensão da geração e disseminação de resistência antimicrobiana durante o processamento de matérias-primas e alimentos, bem como nas repercussões na indústria de alimentos e de saúde pública e, iii) estudos sobre microrganismos probióticos e com potencial para emprego na bioconservação de alimentos. A Linha 2, definida como Ciência e Tecnologia de Produtos de Origem Animal, abrange estudos dos constituintes de leite, carnes, pescados, mel e produtos derivados, além de técnicas de processamento e desenvolvimento dos novos produtos. As pesquisas vinculadas a esta linha tem abrangência particular em produtos de origem animal importantes para a região Nordeste, como i) derivados da caprinovinocultura (leite e derivados, carnes e derivados); ii) derivados da avicultura com ênfase na cadeia produtiva do frango e busca de medidas preventivas da oxidação lipídica e proteica, bem como iii) o aproveitamento de subprodutos do processamento de alimentos de origem animal. Ainda, nesta linha tem sido desenvolvidos estudos que envolvem leite asinino e derivados, além de pesquisas bioprospectivas para geração de novos produtos e processos. Por fim a Linha 3, intitulada Ciência e Tecnologia de Produtos de Origem vegetal compreende pesquisas com enfoque nas propriedades físicas, químicas, físico-químicas e bioquímicas de frutas e vegetais, visando seu aproveitamento in natura ou industrial, como também, seu comportamento de pós-colheita. Nesta linha, também se inserem pesquisas com enfoque na busca de alimentos de origem vegetal como fonte de compostos bioativos, em particular, frutas nativas do Nordeste, ou cultivadas na região, bem como estudos com tecnologias emergentes que possam ser aplicadas para a conservação de alimentos de origem vegetal. Os projetos aos quais se vinculam as dissertações e teses desenvolvidos no PPGCTA estão distribuídos de forma homogênea nas linhas de pesquisa supracitadas, sendo que cada docente atua em no máximo duas destas linhas de pesquisa. Vale salientar, que todos os docentes permanentes coordenam pelo menos um projeto vinculado a estas linhas de pesquisa. 

Ainda, em atenção às demandas para avaliação do quadriênio vigente, sentiu-se a necessidade de direcionar melhor os trabalhos finais de dissertações e teses, em busca de uma melhor qualidade dos produtos gerados e maior competitividade do PPGCTA junto ao sistema de avaliação da Pós-Graduação no país. Assim, uma breve alteração nas exigências para a obtenção do título no PPGCTA foi inserida na Resolução 15/2019. A partir de então, na ocasião da qualificação do Curso do Doutorado, o discente deve apresentar pelo menos um artigo científico relativo ao seu tema de estudo, comprovadamente submetido para publicação (em periódico inserido nos quatros estratos superiores do sistema Qualis na área de avaliação do Programa junto à Capes). Posteriormente, na ocasião da solicitação de defesa da tese, o discente deve ter pelo menos um artigo aceito em periódico inserido nos quatros estratos superiores do sistema Qualis na área de avaliação do Programa junto à Capes. Estas exigências têm como base a necessidade da geração de produtos de qualidade a partir dos trabalhos que envolvem docentes e discentes do PPGCTA, bem como parceiros que participem nas pesquisas. 

O corpo docente do PPGCTA (ano 2020) é composto por 14 docentes permanentes e 4 docentes colaboradores com formação acadêmica de graduação multidisciplinar e formação de doutorado em áreas diversas e em distintas instituições caracterizando a sua não endogenia, e potencialidade de geração de convênios e parcerias, repercutindo em maior inserção nacional e internacional; e com relevante experiência na orientação de alunos de pós-graduação (nível mestrado e doutorado), compatibilizando tal perfil com a busca por melhor impacto dos produtos gerados das suas orientações e na formação do orientado em pesquisa. 


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